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13 Art 5 - Ações Constitucionais

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AÇÕES CONSTITUCIONAIS
Habeas corpus
LXVIII - concedido quando “alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. Tem origem da Magna Carta inglesa. Pode ser:
· Repressivo/liberatório: busca cessar o constrangimento da, já estando o sujeito privado dela, já tendo sofrido coação. Se deferido, o juiz concederá ordem de habeas corpus;
· Preventivo; busca evitar a prisão, estando o sujeito sob ameaça de atentado a sua locomoção ao, por exemplo, aguardar a decisão de recurso em segunda instância contra sentença condenatória ou ser intimado a depor em CPI, que pode fazer prisão em flagrante diante da negação de tal depoimento. Se deferido o juiz concederá o salvo conduto (“conduzido a salvo”).
A coação ilegal é definida no art. 648, CPC:
I. Quando não houver justa causa (prova da materialidade e indicio de autoria, suporte indiciário mínimo, que constituem condição para a ação);
II. Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III. Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV. Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V. Quando não for alguém admitido a prestar fiança (não tiver chance e fazê-lo), nos casos em que a lei a autoriza;
VI. Quando o processo for manifestamente nulo;
VII. Quando extinta a punibilidade.
Cabe habeas corpus às penas restritivas de direito, que substituem as de prisão e, caso não cumpridas, podem levar à prisão. Ele apenas não cabe a processo cuja única pena é a de multa, conforme Sum. 693, STF; quanto à exclusão de militar ou perca de patente ou função pública, conforme Sum. 694, STF e quando já extinta a pena privativa de liberdade, conforme Sum. 695, STF, visto que esta não atenta à liberdade do sujeito.
Pode ser decretado de ofício.
Pode ser impetrado não só contra autoridades públicas, representantes do poder público (como delegado – representante do executivo - juiz ou MP), mas também à relações entre particulares, consagrando o caráter horizontal dos direitos fundamentais. Assim é possível seu uso para tirar do hospital alguém que já recebeu alta, mas lá está retido por não pagar a conta. 
Só não pode ser impetrado contra punições disciplinares militares (englobando exército, marinha, aeronáutica, PM e bombeiros militares), conforme art. 142, § 2º, CF, visto que analisar o mérito da questão que levou à punição o judiciário estaria intervindo na disciplina e hierarquia militares, podendo apenas avaliar a legalidade (fundamentação, pressupostos legais) da prisão. 
Natureza Jurídica
Apesar de aparecer no CPP, no art. 647, no capítulo dos recursos, é entendido pela doutrina como ação autônoma, constitucional, visto que se realiza em outro processo, inaugurando nova relação processual. Para Queiroz, não é recurso por também poder ser impetrado contra atos de autoridade administrativa. Possuindo natureza penal, é ação gratuita.
Legitimidade
Pode ser impetrado por qualquer pessoa, mesmo que sem capacidade postulatória (que detém o advogado), em nome próprio ou alheio, nacional ou estrangeiro, capaz ou incapaz, manuscrito ou digitado. Figurando o advogado como impetrante, o será em benefício de do paciente, contra alguém que supostamente praticou o ato ilegal, chamado de coator.
Competência
 A competência inicial para sua apreciação depende da autoridade coatora, submetendo-o a autoridade judicial do degrau imediatamente superior, que também seria a competente para processá-lo na esfera criminal. Em geral, é do juiz de direito da vara criminal da comarca (primeira instância) onde ocorreu a prisão ou ameaça à liberdade, não sendo o coator autoridade sujeita, criminalmente, a foro especial por prerrogativa de função, como o delegado de polícia. Igualmente, compete ao juiz federal se impetrado contra delegado de polícia federal, ou à turma recursal dos juizados em caso de prisão por crime de menor potencial ofensivo.
Caso indeferido, o juiz de primeira instancia, que estaria mantendo a ilegalidade, passa a ser a autoridade coatora e o pedido é enviado ao TJ ou TRF, visto que aos tribunais de segunda instancia compete julgar os juízes de direito por questões criminais, inclusive juiz do trabalho, salvo se a ilegalidade ou abuso se verificar em matéria sujeita à jurisdição trabalhista, conforme art. 114, IV, CF, caso em que competirá ao TRT. Depois disso, se denegatória a decisão, pode ser enviado ao STJ como recurso ordinário constitucional, conforme art. 105, II, “a”, CF. 
Poderá ser julgado pelo STF, também como recurso ordinário, caso tenha sido julgado em única instância pelos tribunais superiores e tido decisão denegatória, conforme art. 102, II, “a”. O STF tem competência para julgá-lo originalmente: 
· Tendo como paciente (art. 102, I, “b” a “d”): quem a ele se sujeitaria na esfera criminal (presidente da República, vice-presidente, membros do Congresso, seus próprios ministros, PGR, ministros de estado, comandantes das 3 armas nacionais – exército, marinha e aeronáutica - membros dos tribunais superiores, do TCU e chefes de missão diplomática permanente. 
· Tendo como coator Tribunal Superior (“i”). 
· Tendo como coator ou paciente (“i”): autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos à jurisdição do STF, que goze de foro especial por prerrogativa de função ou que tenha por base crime inserto em sua competência originária, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.
O STJ tem competência para julgá-lo originalmente, conforme art. 105, I, “a” e “c”. 
· Tendo como paciente: tribunal sujeito à sua jurisdição, ministro de estado ou comandante das três armas nacionais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
· Tendo como coator ou paciente: quem a ele se sujeita na esfera criminal (governadores dos estados e DF, desembargadores dos TJs dos estados e DF, membros dos tribunais de tontas dos estados e DF, dos TRFs, TREs e TRTs, membros dos conselhos ou tribunais de contas dos municípios e do MPU que oficiem perante tribunais).
Habeas data
LXXII – decorrente do contexto autoritário anterior em que não havia o direito de petição, é concedido para:
a) Assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, como o SPC e SERASA;
b) Retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
É regulado pela lei 9.507/97, segundo cujo art. 8º, só é cabido diante da recusa do órgão público em prestar ou retificar as informações, requisito sem o qual se identifica a ausência do interesse de agir.
Não se confunde com o direito de obter certidão em repartição pública que é condicionado à demonstração da necessidade para defesa de direitos ou esclarecimento de situações de seu interesse pessoal. Para o habeas data basta o desejo de conhecer informações sobre sua própria pessoa.
É ação personalíssima, ou seja, só pode impetrá-la aquele sobre quem dizem respeito as informações que se buscadas, não por terceiro, apenas por sucessores de falecido.
O processo assemelha-se ao do mandado de segurança, mas se desenvolve em duas fases: na primeira o juiz determina ao impetrado que preste as informações solicitadas em prazo razoável. Se o impetrante nada tiver a retificar sobre as informações prestadas, o processo será arquivado; caso contrário abre-se a segunda fase, intimando-se o impetrante para aditar a inicial com os dados a corrigir; após, será citado o impetrado para contestar, prosseguindo-se com o contraditório até o julgamento final. 
Competência
· STF: atos do presidente da república, das mesas da câmara dos deputados e do senado, do TCU, do procurador-geral da república e do próprio STF;
· STJ: ato de ministro de Estado, comandantes das 3 armas nacionais, e seus próprios;
· Justiça do trabalho: atos envolvendo matéria sujeita à sua jurisdição;
· TJ: ato do governador do estado, do presidente ou da mesa da assembleia legislativa, do próprio TJ, de seu presidenteou integrante;
· Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Estadual: atos de órgãos estaduais que não se incluírem na competência do tj;
· Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Municipal: atos de órgãos ou autoridades municipais.
Mandado de segurança
Regulado pela lei 12.016/09, que é a terceira lei do país sobre o tema. Ação de natureza civil, eventualmente concedida em âmbito criminal.
LXIX –concedido “para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data [caráter residual, subsidiário], quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de PJ no exercício de atribuições do Poder Público”, como faculdades particulares, visto que a educação é função do poder público. Assim são pressupostos positivos, que precisam ser observados:
· Direito liquido [manifesto na sua existência, dotada de certeza] e certo [delimitado na sua extensão]: comprovado apenas por provas documentais, juntadas na inicial, motivo pelo qual esta ação não admite dilação probatória (realização de audiência - para arrolação de testemunhas, por exemplo). Isto não significa ter razão o impetrante, dizendo respeito apenas à maneira como os fatos se apresentam. Conforme Súm. 625 STF, controvérsia sobre matéria de direito não impede sua concessão.
· Ato de autoridade: é autoridade o responsável pelo ato, ou seja, quem poderia tê-lo impedido ou desfazê-lo depois de praticado.
· Ilegalidade ou abuso de poder: ilegalidade é a realização de ato contrário à lei; abuso de poder pode ser excesso (prática por autoridade incompetente) ou desvio (desrespeito à finalidade do ato) de poder. Ambos podem ocorrer de omissão.
Conforme art. 5º da lei, não é cabido contra decisão, judicial ou administrativa as quais caiba recurso (judicial ou administrativo – Sum. 267 STF) com efeito suspensivo (que suspense a decisão anterior), salvo quando tiver por objeto ato omissivo (Sum. 268 STF). Conforme Sum. 266 STF, não é cabido contra lei, decreto, portaria ou outro ato normativo genérico, impessoal e abstrato, que dependem de regulamentação ou complementação para produzir efeitos, chamados de “em tese”, aplicando-se apenas aos atos concretos. 
Conforme Sum. 269 STF, ele não substitui de ação de cobrança, visto que era comum seu uso para obter equiparação salarial, sendo necessária ação de cobrança dos anteriores.
Legitimidade
Tem legitimidade ativa para impetrá-lo, pessoas físicas em geral, inclusive estrangeiras, PJ de direito público e privado e entes despersonalizados, sempre por meio de advogado. É endereçado à autoridade superior do polo passivo. Pode ser coletivo, conforme art. 5º, LXIX, CF quando impetrado por:
· Partido político com representação no congresso (pelo menos um membro na câmara ou no senado), de acordo com o STF, para discutir interesses do partido, relativos a seus integrantes ou finalidades, restrição criticada por alguns por não estar na CF; 
· Organização sindical, entidade de classe (como de classes profissionais – federações e confederações sindicais) ou associação legalmente constituída a pelo menos 1 ano. 
Procedimento
Na inicial, no passivo deve contar não só o nome da autoridade, mas também o órgão ao qual ele pertence. Depois dela, o juiz determinará que a autoridade coatora apresente informações (e não contestação) em até 10 dias, conforme art. 7º. Prestadas ou não, será colhido parecer do MP, em 10 dias, conforme art. 12. Depois disso, resta a sentença.
A sentença é sujeita a recurso de apelação, como qualquer outra. Tem duplo grau de jurisdição obrigatório, se haver a concessão da segurança, independente de recurso, o que alguns chamam de remessa necessária (antes chamado de recurso de ofício, feito pelo juiz sobre sua própria sentença), de modo que não transite em julgado logo após a sentença, sendo o duplo grau obrigatório condição para tal, conforme art. 14, § 1º. 
Prazo decadencial
O prazo para impetrá-lo é de 120 dias contados da notificação (que dá ciência) negatória do pedido, conforme art. 23. Ele é decadencial, visto que depois de passado o que se perde não é o direito que o sujeito possui, mas a possibilidade de pedi-lo por este procedimento especial, podendo fazê-lo por procedimento comum/ordinário. Isto pois se o sujeito pode esperar 120, seu pedido não é urgente, podendo também suportar o procedimento ordinário mais demorado. Não se sujeita a esse prazo mandado de segurança para reivindicar prestações de trato sucessivo, como supressão de benefício salarial, e aquele contra ato omissivo.
É possível nele pedir concessão de liminar, concedida no início, no limiar do processo “in limine litis”, concedida apenas com a análise da inicial, sem ouvir a parte contrária. 
Competência
Em regra, compete ao juiz de direito da vara da fazenda pública (justiça estadual de primeira instancia) julgar aqueles contra ato de autoridade estadual ou municipal, como delegado de polícia, presidente de autarquia ou dirigente de escola de ensino particular, estadual ou municipal, de ensino fundamental ou médio, não sujeita à competência originária dos TJs. Quando o ato for de autoridade federal (como estabelecimentos federais de ensino médio ou superior ou particular de ensino superior), eleitoral ou do trabalho, será de competência destas justiças.
Com relação aos tribunais, os juizados especiais e aos Tribunais Regionais, adota-se o princípio da autocompetência, uma turma recursal de cada tribunal julgando atos de seus membros, além de poderem julgar quem a eles estiverem sujeitos nas constituições estaduais. Ao TST e ao TSE aplica-se unicamente o princípio da autocompetência em termos de mandado de segurança. 
Também compete:
· STF (art. 102, I, “d” e “r”): presidente da república, mesas da câmara e senado, do TCU, procurador-geral da república, Conselho Superior do MP e Conselho Superior da Justiça.
· STJ (art. 108, “c”): ministro de Estado e comandantes das três armas nacionais (art. 105, I, “b”). 
· Tribunais regionais (art. 108, “c”): tanto federais como do trabalho, juízes de primeira instância.
Caso o ato tenha sido delegado de uma autoridade a outra será autoridade coatora a quem ele foi delgado, quem efetivamente o praticou, visto que foi delegada também a responsabilidade, sendo assim determinada a competência.
Mandado de injunção
LXXI – concedido “sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”, havendo uma lacuna técnica decorrente de mora legislativa, ou seja, para sanar a omissão do legislador diante de norma de eficácia limitada/relativa/complementável e aplicabilidade mediata/indireta/diferida, para dotá-la de efetividade, visto que a ausência de legislação sobre um direito impede seu exercício.
Aplica-se não só diante da completa ausência de norma regulamentado um direito, mas também quando a norma existente for omissa, quando o legislador deixa de completar todas as hipóteses que poderia ter contemplado. Há divergência sobre seu cabimento contra lei inconstitucional ou lei anterior à CF mas não recepcionada por ser contrária a ela. Também não é cabível quando a CF confere ao legislador a faculdade e não a obrigação de legislar, conferindo ao sujeito uma expectativa de direito, não um direto individual subjetivo. Caso, porém, haja lei advinda de uma destas faculdades mas for omissa caberá mandado de injunção.
Não se confunde com a ADI por omissão, que busca provocar o controle abstrato de constitucionalidade, enquanto o mandado de injunção é ação constitucional de garantia de direito individual.
Regulada pela lei 13.300/16, antes seguindo o procedimento do mandado de segurança. 
Foram as soluções dadas a estes pedidos com o tempo:
1. Posição não concretista: já superada, o judiciário se limitava a dar ciência ao legislativo sobre o problema, sem resolver o problema, em razão da independência dos poderes que impede o judiciário de ordenar que o legislativo legisle;
2. Concretista: adotada a partir de2007 e presente na lei (que deu grande liberdade ao judiciário, inclusive para adotar o posicionamento direto ou indireto), por conta da impossibilidade de exercício direito de greve do servidor público, conforme art. 37, VII. O STF então aplicou a lei de greve do empregado privado, vedada apenas sindicalização e greve de militares, conforme art. 142, IV, e a totalidade dos policiais civis (alguns podem fazer greve, mantido um percentual mínimo para a garantia do funcionamento). Divide-se em (existem decisões fazendo ambas as coisas):
1.1 Indireta: dá um prazo para o legislativo regular o assunto, caso contrário o judiciário o fazendo. É indireta pois não resolve indiretamente o problema, delega-o ao legislativo.
1.2 Direta: determina de pronto a aplicação de lei já existente, enfrentando o caso concreto.
Efeitos
Os efeitos da decisão do mandado de segurança podem ser:
· Individuais: valendo apenas para o caso;
· Gerais: tendo de força de lei.
Legitimidade 
· Ativa: PF ou PJ a quem se confere o direito, liberdade ou prerrogativa. Conforme art. 12, pode ser coletivo, nos moldes no mandado de segurança (impetrado por partido político com representação no congresso, organização sindical - como confederações e federações sindicais -, entidade de classe ou associação legalmente constituída a pelo menos 1 ano);
· Passiva: é aquele que possui o dever de iniciativa de certa regulamentação. Quando de inciativa de qualquer um, é de quem incumbia fazer a lei (sendo a lei federal, por exemplo, será direcionado ao presidente do Congresso Nacional, conforme art. 61). Nos casos em que a iniciativa (apresentação do projeto) de lei é privativa de alguém será aquele que a possui, como a do presidente da republica nos casos constantes do art. 61, §1, quando tratar de matéria relativa ao judiciário, por exemplo, como a criação de tribunal, será do judiciário.
Sua competência é geralmente do STF. Será dos seguintes órgãos quando a elaboração da norma ou o poder de iniciativa for exclusivo do:
· STF: presidente da república, congresso, câmara, senado, mesas de uma dessas casas legislativas, TCU, um dos tribunais superiores ou do próprio STF;
· STJ: órgão, entidade ou autoridade federal, administração direta ou indireta, exceto os casos de competência do STF e dos órgãos da justiça militar, eleitoral, do trabalho e federal;
· TJ: ele próprio ou governador do estado, assembleia legislativa ou sua mesa diretora, ou tribunais de contas do estado ou dos municípios;
· Justiça federal de primeiro grau: órgão ou autoridade federal que não esteja sujeita à competência dos tribunais;
· Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Estadual: órgãos estaduais que não se incluírem na competência do TJ;
· Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Municipal: órgãos ou autoridades municipais.
Procedimento
O supremo recebe a inicial e faz a notificação do polo passivo para que preste informações em 10 dias. Depois segue o MP dar parecer
Ação popular
Regulada pela lei 4.717/65, é remédio para proteger interesses difusos, ou seja, que transcendem a uma pessoa. 
LXXIII – “qualquer cidadão [que tem título de eleitor] é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. 
Pressupostos
· Autor seja cidadão, assim entendido o eleitor em dia com suas obrigações eleitorais, o que pode ser comprovado mediante título de eleitor, até a data da emissão, comprovante de votação ou certidão fornecida pela Justiça eleitoral; 
· Ato atacado seja lesivo ao patrimônio público, ou de entidade da qual o Estado participe, ou, ainda, à moralidade administrativa, ao meio ambiente ou ao patrimônio histórico ou cultural.
A primeira leitura do dispositivo constitucional parece conduzir ao entendimento de que somente caberia ação popular para anular ato lesivo já praticado. Mas, para Gonçalves, não há razão para negá-la em caráter preventivo, podendo o juiz, inclusive, deferir medida liminar.
Competência
Não é fixada na CF, ficando a cargo dos Estados, nas leis de organização judiciária, ressalvada a competência da JF, quando o ato impugnado atingir interesse da União, suas autarquias, fundações, agências ou empresas públicas, sendo estas autoras, rés ou interessadas. A saber, a ação que popular que disser respeito a sociedade de economia mista federal é de competência da justiça estadual.
Apenas habeas corpus não precisa de advogado.

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