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9 Repartição de Competência e Imunidades Parlamentares

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UNIDADES DA FEDERAÇÃO
Sua autonomia se expressa por meio de:
· Auto-organização/autolegislação: poder de elaborar suas próprias constituições/leis orgânicas e leis;
· Auto-governo: poder de eleger seus governos e formar seus poderes, que trabalham com autonomia, sem interferência da União;
· Auto-administração: aplicar suas próprias leis, administrando suas competências constitucionais (administrativas, legislativas e tributárias) em consequência do auto-governo. 
Ela é limitada pela CF pelos princípios constitucionais sensíveis, estabelecidos e extensíveis. Estes limites, conforme doutrina majoritária, devem ser interpretados restritivamente, sob pena de violação do princípio federalista e da cláusula pétrea inserida no art. 6º, § 4º, I.
Estados
Sua auto-organização é poder constituinte estadual, derivado. Também possui auto-governo e auto-administração.
Distrito federal
Possui:
· Auto-organização: através de sua lei orgânica (art. 32);
· Auto-governo: exercido por meio do governador e dos deputados distritais em câmara legislativa. Porém, seu judiciário é mantido pela União (art. 22, XVII), bem como o MP, que não é próprio, mas o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (art. 128);
· Auto-administração: compete à União a organização e manutenção remuneração dos policiais civis e militares, e bombeiros, bem como sua remuneração (sum. vinculante 39, STF). Porpem, com
Municípios
Sua auto-organização se dá através de sua lei orgânica (art. 29). Apesar de possuir auto-governo, por meio de prefeito e vereadores (executivo e legislativo), não possui poder judiciário, tampouco Cortes de Contas mantidas pelos Municípios (art. 31, § 4º). Porém, o art. 31, § 1°, acabou por manter os únicos dois que até então existiam (Tribunais de Contas dos Municípios de São Paulo e Rio de janeiro). Também possui auto-administração.
REPARTIÇÃO DE COMPETENCIAS
Trazida pela CF uma vez que temos uma federação, onde as diferentes esferas possuem poderes que devem ser repartidos entre si (competência), utilizando-se o critério/principio da predominância do interesse:
· Geral/nacional: a competência é da União, a exemplo dos arts. 21 e 23;
· Regional: competência do estado ou DF;
· Local: competência do município. Se aplica também ao DF.
Apesar da existência desse critério, não existe hierarquia entre os entes da federação (união não manda nos estados nem municípios), nem entre as leis (lei federal não valendo mais que estadual).
Da União
Art. 21 – Exclusiva
Administrativa/material. Não admite delegação/suplementação, não podendo esta responsabilidade ser repassada pela União a outro ente, podendo apenas ela administrar.
A responsabilidade da União sobre a energia nuclear é objetiva, sendo que, em caso de acidente, a União será responsabilizada independente de culpa.
Art. 22 – Competência privativa
Legislativa, identificada pelo verbo “legislar”. Admite delegação de questões especificas – não genéricas - aos estados através de LC (único). As competências da câmara e do senado presentes nos arts. 51 e 52, porém, são indelegáveis, havendo erro.
I - Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho – CAPACETE PM.
Dos demais entes
Art. 23 – Comum/cumulativa/paralela
De todos os entes federativos igualmente, mas dentro da respectiva esfera de atuação, sem que o exercício da competência por um deles exclua a competência do outro. É administrativa. Também chamada de competência de proteção, identificada pelos verbos, zelar, proteger, entre outros.
Art. 24 – Concorrente
Legislativa. Não se estende aos municípios, apenas União, Estados e DF.
§ 1º - “[...] a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais”, que não exclui a competência suplementar dos Estados (§ 2º) § 3º - “Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário”, não havendo revogação, pois uma lei só pode revogar outras do mesmo tipo (federal-federal, estadual-estadual).
Esta competência dos estados é chamada de suplementar, podendo ser:
- Complementar
Relativa à suplementação de normas gerais já editadas pela União, concedida pelo § 2º.
Embora esquecidos pelo caput do art. 24, os Municípios também dispõem de competência complementar para “suplementar a legislação federal e a estadual no que couber” (art. 30, 11). Conforme o STF, o Município é competente para legislar sobre o meio ambiente, juntamente com a União e o Estado, no limite do seu interesse local e desde que a legislação municipal seja harmônica com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI, c/c art. 30, I e II)
De qualquer forma, os Estados e o DF não podem, a pretexto de complementar normas gerais federais, editar normas que interfiram em especificidades locais, que são da competência municipal (art. 30, I).
- Supletiva
Relativa à suplementação de normas gerais ainda não editadas pela União (§ 3º). Só é estendida aos Municípios, excepcionalmente, aos Municípios, em matéria tributária (art. 34, § 3º, ADCT).
A prerrogativa para legislar concorrentemente, todavia, deve ser exercida com respeito ao princípio da predominância do interesse, de modo que eventual extrapolação, contida em lei federal, daquilo que se considera por normas gerais, não vincula os Estados, DF, ou Municípios, da mesma forma que o Estado, em existindo normas gerais veiculadas em leis nacionais, não pode ultrapassar os limites da competência meramente suplementar. 
Art. 25 - A competência legislativa dos Estados é residual, abrangendo aquela que não é da União. Além disso, possuem competência exclusiva para explorar os serviços de gás canalizado e criarem regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.
Como não pode dividir-se em Municípios, foram atribuídas ao Distrito Federal as competências legislativa tanto estaduais quanto municipais (art. 32, § 1°), a ele também se aplicando as restrições estabelecidas para os estados. Mas não há competência distrital para legislar sobre os assuntos em relação aos quais a CF sujeitou o DF à tutela da União.
Por fim, existem dispositivos na CF que, por simetria, são reproduzidos nas Constituições Estaduais.
Por exemplo, tem-se um total de 513 deputados federais, sendo no mínimo 8 e no máximo 70, sendo o valor definido em proporção à população de cada estado por lei. Este numero tem reflexo no numero de deputados estaduais que o estado terá, sendo ele três vezes o numero de deputados federais, conforme art. 27 CF, caso o numero de deputados federais seja 12 ou menos, atingindo-se até 36 deputados estaduais. Se maior de 12 federais, atingindo até 36 deputados estaduais,será o numero de deputados federais, mais 36, diminuindo-se 12 do resultado, ou simplesmente somando-se 24 ao numero de deputados federais.
Os deputados ferais e senadores, recebem imunidades parlamentares, também chamado de estatuto dos congressistas, desde que em razão de sua função (não apenas dentro do congresso), para que possa exercer livremente seu mandato.
Formal/procedimental/processual – art. 53
- Foro
§ 1º - “Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma [diplomação, que ocorre antes de assumir o mandato], serão submetidos a julgamento perante o STF”. Assim, a imunidade formal se restringe aos crimes cometidos após a diplomação, seja durante o exercício do mandato ou em razão deste.
Foro por prerrogativa de função, sendo julgados no STF por crimes comuns (não crimes de responsabilidade), conforme jurisprudência do STF, desde que praticados durante o mandato e em relação a ele, para evitar que o processo fique transitando entre o STF e a primeira instancia conforme o sujeito fosse eleito ou não para tais cargos, acabando por prescrever sem julgamento, como ocorria antes deste entendimento, havendo mutação constitucional (mudança da interpretação sem mudança do texto), os processos que transitavam noSTF tendo voltado à primeira instancia. Isto é favorável ao réu pois na primeira instancia é possível recorrer, o que não é possível quando o processo se origina no STF.
- Prisão
§ 2º - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos [sem condenação, como em prisão preventiva ou temporária], salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão [podendo inclusive soltá-lo].
Art. 302, CPP- Considera-se em flagrante delito quem:
I. Está cometendo a infração penal;
II. Acaba de cometê-la;
III. É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV. É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
São inafiançáveis racismo (lei 7.716/89), tráfico (11.343/06), tortura (9.455/97), terrorismo e crime hediondo (8.072/90). Ressalta-se que a fiança é garantia ao estado de que o sujeito não ira fugir para poder reaver seu dinheiro caso absolvido, sendo medica cautelar que busca garantir o resultado final do processo.
§ 3º - Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
Isto se aplica aos deputado estaduais, inclusive quanto à restrição posta pelo STF, sendo julgados pelo TJ do estado, conforme art. 27.
Já os vereadores, porém, só tem imunidade material, limitada ao município, que é extrapolada ao falar em rádio, conforme art. 29, VIII. A Constituição do estado, porém, pode aumentar esta imunidade.
Material – art. 53
Por suas opiniões, palavras e votos, não tendo, em regra, por eles responsabilidade civil (especialmente em relação a danos morais) e penal. Em razão disso, por exemplo, o presidente Bolsonaro foi absolvido de acusações de racismo por declarações dadas enquanto deputado federal.

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