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Luidgi Almeida - 112084023 - Segundo Trabalho de Filosofia - 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
ICM – FACULDADE DE DIREITO 
Filosofia do Direito – Daniel Nascimento 
 
ALUNO: Luidgi Silva Almeida – 112084023 
 
 
Trabalho de Filosofia 
 
 
Em sua obra intitulada “Princípios da Filosofia do Direito” Hegel estabelece 
como se deu a formação do Estado. Para Hegel, o Estado como conhecemos hoje se 
constituiu através de uma progressão histórica e natural da sociedade. 
Hegel vislumbra na família a primeira instituição existente, na qual o patriarca 
(chefe da família) protegia e ficava responsável pela sobrevivência dos demais membros 
desta família. Com o passar do tempo nasceu a necessidade de reunião coletiva de 
diversas famílias de origem comum para um bem maior, se iniciando assim a criação do 
que posteriormente se denominou comumente de sociedade civil. A sociedade civil foi 
institucionalizada por uma reunião de famílias com características culturais parecidas. 
Essa reunião se deu por uma necessidade natural e de vontade arbitrária. 
Assim, a sociedade civil acabaria por fortalecer o instituto familiar, pois a 
resguardaria as individualidades pessoais de cada indivíduos componente desta 
sociedade, visando o bem comum. Neste estágio vislumbra-se uma clara mudança na 
perspectiva ideológica da instituição, antes pautada no princípio da particularidade, 
agora se transforma em universalidade, encontrando sua verdade e legitimando sua 
realidade. 
 O último estágio dessa progressão seria o Estado, onde a cultura da sociedade 
estaria protegida e resguardada através das leis. O direito, então, nesse Estado seria 
parte da cultura, e estaria positivado na norma de modo proteger a identidade da 
sociedade. O estado, portanto, seria o ápice da liberdade, pois o ordenamento protege o 
indivíduo em suas particularidades, bem como seus bens pessoais, os protegendo uns 
dos outros, de modo a resguardar sua integridade física e ideológica. Ou seja, há aqui a 
ideia de os interesses coletivos estarem resguardando os interesses pessoais, e os 
interesses pessoais de cada indivíduo componente deste Estado agindo na legitimação 
dos interesses coletivos. 
 A progressão do pensamento hegeliano mostra claramente que o Estado é 
consequência da Família e Sociedade Civil, sendo estes condições de existência do 
Estado. 
A crítica de Marx à filosofia do Direito de Hegel se dá em dois pontos, sendo o 
primeiro a crítica à ontologização do Estado e, o segundo, a crítica à separação e à 
oposição entre Estado e Sociedade Civil. Marx, em seu pensamento, critica a estrutura 
hegeliana de formação estatal, dizendo Hegel ter invertido a ordem de origem das 
instituições de modo que, em sua análise, a família e a Sociedade Civil seriam 
consequências do Estado, não instituições que agiram na formação precípua do Estado, 
ou seja, esse teria surgido antes daqueles. 
Ou seja, para Marx, é depois da formação do Estado que se originariam as 
instituições da Família e da Sociedade Civil. Desse modo, Marx considera a família e a 
sociedade civil apenas como sujeitos constituintes do Estado, que por sua vez teve sua 
formação dada pelo homem. 
Com relação à Constituição, Marx acredita que a constituição representa a 
separação do povo em relação a sua vontade real, de modo que seria a vontade do povo 
a vontade real e da Constituição uma vontade genérica do povo. 
A tese de Hegel é embasada por uma análise histórica na qual houve uma 
progressão arbitrária e natural das instituições da família, da sociedade civil e do Estado 
de modo que a história das sociedades, portanto, deixa a ideia hegeliana mais 
fundamentada. As junções familiares trabalhando para o bem comum originou a ideia 
de sociedade e o regramento e positivação das normas dessa sociedade, protegendo a 
família e a cultura (expressa resguardada pela lei) deram origem ao Estado, que, 
progrediu de uma ideia de particularidade para uma manifestação da vontade Universal. 
Em momento algum Hegel fala em superioridade de alguma das Instituições em 
relação à outra, muito pelo contrário, o autor fala de sua complementação, uma só 
existe, pois a outra existe e vice-versa, mostrando claramente uma relação de harmonia 
entre as Instituições. Com a progressão histórica hegeliana o povo dita as leis de acordo 
com sua cultura e moralidade, fazendo destas leis sua proteção individual e coletiva do 
indivíduo e da cultura, resguardando assim a caracterização da sociedade. A 
constituição, portanto é a representação real dos interesses do povo, já que esse mesmo 
povo o fez.

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