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3/19/2023 1 Direitos da Personalidade Profa. Milena Felizola Direito ao nome O nome civil é o sinal exterior pelo qual são reconhecidas e designadas as pessoas, no seio familiar e social. 1 2 3/19/2023 2 É matéria de ordem pública – todo nascimento deve ser registrado no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais (arts. 54 e 55 da Lei n° 6.015/73). O MP intervém em todos os procedimentos (judiciais ou administrativos que disserem respeito ao nome civil - art. 82, CPC). Direito ao nome Direito ao nome Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 3 4 3/19/2023 3 Elementos componentes do nome civil Prenome é o nome individual, próprio da pessoa, que pode ser simples ou composto. Patronímico, nome de família, apelido de família ou sobrenome identifica a procedência da pessoa, o tronco familiar do qual provém, indicando sua filiação ou estirpe, podendo também ser simples ou composto. Agnome é o sinal distintivo entre pessoas da mesma família com nomes iguais, que se acrescenta ao nome completo (ex: Júnior, Filho, Neto, etc.). Nomes no Brasil (2010) 5 6 3/19/2023 4 Direito ao nome Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Direito ao nome Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 7 8 3/19/2023 5 Direitos da Personalidade Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 55. da Lei n° 6.015/73 (alterado em 2022): § 1º O oficial de registro civil não registrará prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores, observado que, quando os genitores não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso à decisão do juiz competente, independentemente da cobrança de quaisquer emolumentos. Direito ao nome 9 10 3/19/2023 6 Deu Samba! Direito ao nome Em regra o nome é imutável Princípio da Inalterabilidade (relativa) do nome civil No entanto o princípio da inalterabilidade do nome sofre diversas exceções em casos justificados. A lei e a jurisprudência admitem a retificação ou a alteração de qualquer dos seus elementos. 11 12 3/19/2023 7 Possibilidade de alteração do prenome • quando expuser seu portador ao ridículo ou situações vexatórias; • quando houver evidente erro gráfico (Ex. Nerson, Craudia); • quando causar embaraços comerciais e/ou morais; • com uso prolongado e constante de apelido notório (ex: Luiz Inácio Lula da Silva, etc.). • adoção; • redesignação do estado sexual (com ou sem cirurgia). USO DO NOME SOCIAL: decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016 13 14 3/19/2023 8 STF autoriza pessoa trans a mudar nome ou/e sexo mesmo sem cirurgia ou decisão judicial - DIREITO À AUTODETERMINAÇÃO 01/03/2018: pessoas trans podem alterar o nome e o sexo no registro civil sem que se submetam a cirurgia. O princípio do respeito à dignidade humana foi o mais invocado pelos ministros para decidir pela autorização. - o interessado na troca poderá se dirigir diretamente a um cartório para solicitar a mudança e não precisará comprovar sua identidade psicossocial, que deverá ser atestada por autodeclaração. 15 16 3/19/2023 9 Cláudio Cézar entrou na justiça para pedir a inclusão dos nomes Jaspion, Jiraya e Jiban. Ele alegou que queria incluir na identidade um apelido público, que já usava há muito tempo. 17 18 3/19/2023 10 19 20 3/19/2023 11 21 22 3/19/2023 12 23 24 3/19/2023 13 Hipótese imotivada para alteração do nome Art. 56. A pessoa registrada poderá, após ter atingido a maioridade civil, requerer pessoalmente e imotivadamente a alteração de seu prenome, independentemente de decisão judicial, e a alteração será averbada e publicada em meio eletrônico. § 1º A alteração imotivada de prenome poderá ser feita na via extrajudicial apenas 1 (uma) vez, e sua desconstituição dependerá de sentença judicial. 25 26 3/19/2023 14 Possibilidade de alteração do sobrenome • com o casamento (o art. 1.565, §1º, CC permite que qualquer dos nubentes acrescente ao seu, o sobrenome do outro); • com a união estável (a lei permite que os conviventes adotem o patronímico de seus parceiros, desde que haja concordância recíproca); • homonímia (nome igual de outra pessoa); • adoção e reconhecimento de filho; • acréscimo do sobrenome do padrasto/madrastra • divórcio; • serviço de proteção de vítimas e testemunhas. Possibilidade de alteração do sobrenome Jurisprudência do STJ • acréscimo, à título de homenagem, dos sobrenomes dos responsáveis pela criação da pessoa, diversos dos seus pais biológicos (RESP 605.708/RJ); • inclusão de mais um sobrenome materno no nome de criança sem supressão dos demais (RESP 1.256.074/MG) e do sobrenome materno (RESP 1.393.195/MG); • autorização de supressão de um dos apelidos de família, porque mesmo com a redução, a identificacão do grupos familiar seria preservada (RESP 1.673.048/RJ). 27 28 3/19/2023 15 Caso Romero Britto STJ negou que o artista plástico Romero Britto (registrado como Brito) duplicasse a consoante "t", de maneira que o seu registro refletisse a sua identificação artística. Para o colegiado, a mera alegação de discrepância entre a assinatura artística e o nome registral não justifica excepcionar a regra geral de imutabilidade do registro pessoal. Sustentou- se, ainda que não foram comprovados danos. "Portanto, no que tange ao sobrenome, particularmente, sobressai a essencialidade da função de revelar a estirpe familiar. Referido elemento do nome, também denominado de patronímico ou apelido de família, tem por escopo justamente designar, comum e inexoravelmente, todos os indivíduos pertencentes ao mesmo grupo familiar, preservando-o, como entidade, no meio social", explicou o relator. 29 30 3/19/2023 16 Caso sunga de Tiago Lacerda Thiago Lacerda processou a TV SBT Canal 4 de São Paulo S/A e de Roberto Manzoni (diretor do Programa apresentado por Gugu Liberato) por leiloar em seu programa uma sunga que o apresentador dizia ter sido usada pelo ator em uma encenação de “A Paixão de Cristo”. Thiago ganhou a ação em 2009 e o SBT foi condenado a pagar uma indenização de 80 mil reais (40 mil para cada). Caso Gloria Pires, Orlando Moraes e Cleo Pires O jornalista Alessandro Porro foi condenado a pagar 3.600 salários mínimos (R$ 543.600,00) à atriz Glória Pires, à sua filha e ao seu marido, por danos morais. A decisão é da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por unanimidade. A atriz processou o jornalista por causa de uma nota publicada no jornal O Globo envolvendo o seu marido e músico Orlando Morais e a filha Cléo. A menina é filha de Glória Pires com o cantor Fábio Júnior. Segundo a nota, a atriz teria flagrado o marido namorando a enteada. A família da atriz teve que morar um ano nos Estados Unidos depois da publicação da nota devido às especulações sobre o assunto. 31 32
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