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0 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA – FUNESO 
 UNIÃO DE ESCOLAS SUPERIORES DE FUNESO – UNESF 
 COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENÇÃO 
 CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PETRÓLEO E GÁS 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ PEREIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DO POLIETILENO NAS INSTALAÇÕES DE 
GÁS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLINDA 
2012 
 
 
1 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
JOSÉ PEREIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DO POLIETILENO NAS INSTALAÇÕES DE GÁS 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Pós-
Graduação da Fundação de Ensino 
Superior de Olinda, como requisito parcial 
para obtenção do título de especialista em 
Petróleo e gás, sob orientação do Prof. 
Enjôlras de Albuquerque Medeiros Lima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLINDA 
2012 
 
2 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Dados informacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP), Biblioteca Luiz Delgado 
da Fundação de Ensino Superior de Olinda, Olinda-PE. 
 
 
 Silva, José Pereira 
 Aplicação do Polietileno nas instalações da indústria de petróleo e gás. José Pereira da Silva. - 
Olinda: FUNESO, 2012. 
 73 f. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Enjôlras de Albuquerque Medeiros Lima. 
 
 Monografia apresentada em cumprimento das exigências para obtenção do título de especialista 
em Petróleo e Gás. 
 
 1. Polietileno. 2. Soldagem 3. Tubos e conexões. l. Fundação de Ensino Superior de Olinda. II. 
Título. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
APLICAÇÃO DO POLIETILENO NAS INSTALAÇÕES DE GÁS 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Fundação 
de Ensino Superior de Olinda, 
(FUNESO). Como requisito para 
obtenção do título de especialista em 
Petróleo e gás. 
 
 
 
Aprovado em: ___/___/2012 NOTA:______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________________ 
 
 
_______________________________________________________ 
 
 
 ________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
4 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Aos meus pais João Claudino da Silva e Maria da Conceição da Silva (in 
memóriam), a minha esposa Berleide de Almeida Silva, a meus filhos Rafael de 
Almeida Silva e Filipe de Almeida Silva, maiores incentivadores na minha luta 
incansável em busca da aprendizagem e do saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus fonte de sabedoria e amor; 
A meus pais por todo conhecimento transmitido em vida de amor, carinho, 
perseverança, esperança que a vida necessita; 
A minha esposa e meus filhos por toda a força, amizade, amor, compreensão, 
e por estar o meu lado a todo tempo; 
A meus irmãos e irmãs pela amizade; 
A todos os Professores do Curso de Gestão de Petróleo e Gás pela 
competência, caráter e ensinamentos transmitidos que levarei por toda a minha vida; 
Ao meu orientador Prof. Dr. Enjôlras de Albuquerque Medeiros Lima, pela 
amizade, dedicação e atenção dada a este trabalho; 
A todos os meus amigos e amigas formandos que durante um ano e meio (1 
½) estiveram ao meu lado compartilhando os bons e maus momentos da vida 
acadêmica; 
Ao Engenheiro Químico Max Koehler que contribui com seus conhecimentos. 
A todas as pessoas e instituições que direta ou indiretamente, contribuíram 
para a elaboração deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho tem como objetivo abordar o uso de Tubos e Conexões 
de Polietileno de Alta Densidade – PEAD, bem como os equipamentos, dispositivos 
e acessórios utilizados nas instalações de gás, através do processo de Soldagem, 
contemplando uma breve análise pontual de cada elemento supracitado e uma 
aplicação de processo de soldagem por eletrofusão. 
 
Palavras Chave: Polietileno, Soldagem, Tubos, Conexões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This monograph aims to board the use of pipes and fittings of High Density 
Polyethylene - HDPE, as well as equipments, devices and accessories used in the 
gas facilities, through the process of welding, comprising a brief punctual analysis of 
each element above and an applying of process of welding of polyethylene pipes and 
fittings by electrofusion. 
 
Keywords: Polyethylene, Welding, Pipes, Fittings. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Consumo de Polietileno per capita para o Brasil, China, UE e USA.............. 17 
Figura 2 – Representação esquemática da polimerização por adição do PE........ 19 
Figura 3 – Esquema de obtenção das Poliolefinas................................................. 20 
Figura 4 – Mecanismo da reação de obtenção de Polietileno................................ 21 
Figura 5 – Extrusora................................................................................................ 27 
Figura 6 – Tubo em barra com extremidades para solda de topo/eletrofusão; 
Tubo em barra com extremidades flangeadas........................................................ 28 
Figura 7 – Tubos em barra para água (pretos e azuis) e para gás (laranja e 
amarelo); Feixe de tubos em barra com extremidades para solda de 
topo/eletrofusão....................................................................................................... 28 
Figura 8 – Processo de bobinameto de tubo de polietileno; Discriminação de 
elementos de uma bobina....................................................................................... 29 
Figura 9 - Discriminação dos elementos de um carretel......................................... 30 
Figura 10 - Aplicação de tubo em carretel em campo............................................. 31 
Figura 11 - Representação de uma junção de tubos policamadas de alumínio e 
polietileno; Conexões Autovedantes Prensadas e articulações sanfonadas 
típicas de tubos policamadas.................................................................................. 31 
Figura 12 - Detalhamento de especificações em um tubo de Polietileno 
comercial................................................................................................................. 33 
Figura 13 - Curva de Fator de Redução de pressão em função da temperatura e 
tipo do composto..................................................................................................... 35 
Figura 14 - Tubo de Polietileno para água na cor preta.......................................... 36 
Figura 15 - Tubo de Polietileno para gás na cor amarela............................................... 36 
Figura 16 - Tubo de Polietileno para gás na cor laranja......................................... 36 
Figura 17 - Tubo de Polietileno para água na cor azul.................................................... 37 
Figura 18 - Codificação de tubos............................................................................................ 39 
Figura 19 - Estocagem de tubos em pilha e pacote horizontal de altura máxima 
de 1,00 m, evitando a ovalização............................................................................ 40 
Figura 20 - Luva de Eletrofusão PE100 SDR11 com fixador de 20 a 63, União e 
Luva Eletrofusão PE100 SDR11 de 75 a 400, respectivamente................................... 
 
42 
 
 
9 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Figura 21 - Joelho45 Eletrofusão PE100 SDR11 de 75 a 180, Curva 45 PEAD 
de Ponta Segmentada, Curva 45 PEAD Ponta e Joelho 90 Eletrofusão PE100 
SDR11 de 75 a 180, respectivamente........................................................................... 
 
 
42 
Figura 22 - Tê” de PEAD tipo “Ponta”, “Tê” de Eletrofusão, Cruzeta, “Tê” de 
Serviço com Válvula Integrada e “Y”, respectivamente.......................................... 43 
Figura 23 - Cap Eletrofusão PE100 SDR11 de 160 a 250 e Cap Eletrofusão 
PE100 SDR11 de 20 a 63, respectivamente........................................................... 43 
Figura 24 - Luva de Redução Eletrofusão PE100 SDR11 de 90 a 180...................... 43 
Figura 25 - Flange de Polietileno............................................................................ 44 
Figura 26 - Válvula de Polietileno............................................................................ 44 
Figura 27 - Máquinas de Termofusão de Topo das marcas Georg Fischer e 
Rothenberger, respectivamente.............................................................................. 
 
46 
Figura 28 - Máquinas de Eletrofusão (Georg Fischer e Rothenberger).................. 48 
Figura 29 - Alinhadores de tubos em Polietileno..................................................... 48 
Figura 30 - Arredondadores de tubos em Polietileno.............................................. 49 
Figura 31 - Endireitadores de tubos em Polietileno................................................ 49 
Figura 32 - Raspadores manual e Rotativo de tubos em Polietileno...................... 49 
Figura 33 - Cortadores de tubos de polietileno – alicate, rotativo e guilhotina, 
repectivamente........................................................................................................ 50 
Figura 34 - Visão dos cordões internos e externos de solda; Extração de cordão 
interno e externo de solda; Extrator de cordão externo de solda; Extrator de 
cordão interno de solda........................................................................................... 
Figura 35 - Esmagadores de tubos em polietileno.................................................. 
50 
51 
Figura 36 - Componentes de um termofusor: A) Unidade Hidráulica; B) Placa 
aquecedora; C) Faceadora; D) Alinhador............................................................... 
 
54 
Figura 37 - Regulagem da pressão da unidade hidráulica............................................. 55 
Figura 38 - Verificação de alinhamento entre os tubos........................................... 55 
Figura 39 - A) Faceador executando operação; B) Formação de fita contínua; C) 
Detalhe de formação de fita contínua..................................................................... 
 
56 
Figura 40 - Nova verificação de alinhamento entre os tubos.................................. 
Figura 41 - Limpeza das extremidades dos tubos com álcool isopropílico............. 
56 
56 
 
 
 
10 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Figura 42 - Introdução da placa de aquecimento entre os tubos............................ 57 
Figura 43 - Formação de cordão de solda entre a placa de aquecimento e os 
tubos........................................................................................................................ 
 
57 
Figura 44 - Processo de sooldagem concluído, com a formação de cordão final 
de solda................................................................................................................... 
 
57 
Figura 45 - Retirada de cordão externo de solda.................................................... 58 
Figura 46 - Componentes de um eletrofusor: Display, Cabos, Conectores e 
Caneta Ótica............................................................................................................ 
Figura 47 - Limpeza grosseira do tubo.................................................................... 
58 
58 
Figura 48 - Marcação da profundidade da inserção na conexão e tubo................. 59 
Figura 49 - Remoção da camada oxidada com raspador rotativo.......................... 59 
Figura 50 - Remoção das rebarbas das extremidades externas e internas do 
tubo.......................................................................................................................... 
 
59 
Figura 51 - Limpeza da superfície do tubo a ser soldada....................................... 60 
Figura 52 - Limpeza da conexão de solda por eletrofusão..................................... 60 
Figura 53 - Inserção do tubo até a marcação traçada............................................ 60 
Figura 54 - Terminais do componente conectados e esquemas de compoente 
antes e durante o aquecimento............................................................................... 
 
61 
Figura 55 - Exemplo de estrutura de código de barras de uma conexão para 
eletrofusão............................................................................................................... 
 
61 
Figura 56 - Registro dos parâmetros da soldagem no tubo.................................... 61 
Figura 57 - Instalação de rede de gás através da acomodação de duto de 
polietileno em vala................................................................................................... 
 
63 
Figura 58 - Instalação de rede para Gás Natural em PEAD................................... 64 
Figura 59 - Instalação de rede para Gás Natural em PEAD em Guarulhos SP...... 64 
Figura 60 - Tubo e conexões multicamada polietileno-alumínio-polietileno............ 65 
Figura 61 - Instalação de um ramal predial............................................................. 65 
Figura 62 – Instalação predial de tubos multicamadas para gás............................ 
Figura 63 - Representação esquemática da aplicação de tubos de polietileno 
pelo método de inserção. A) Perfuração do furo piloto; B) Alargamento do furo 
piloto e lançamento da tubulação final.................................................................... 
65 
 
 
66 
Figura 64 - Representação esquemática da aplicação de tubos de polietileno..... 66 
 
11 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
pelo método de substituição por arrebatamento..................................................... 
Figura 65 - Representação esquemática da aplicação de tubos de polietileno 
pelo método da perfuração por percussão.............................................................. 67 
Figura 66 - Rede de dutos submarinos................................................................... 67 
Figura 67 - Fotos A,B,C e D fazendo manobra, lançamento e atracação no Rio 
Branco em São Vicente / São Paulo comTubos em Polietileno (PEAD) PE-100 ø 
1000 mm ................................................................................................................ 
68 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Diâmentro Interno, Diâmetro Externo e Altura de Bobina para 
diversos diâmetros externos de tubos de polietileno, conforme normas ISO – 
International organization for standardization e DIN - Deutsches Institut für 
Normung.................................................................................................................. 29 
Tabela 2 – Dimensões para carretéis de 1000, 1500 e 2000 m, para diferentes 
pressões nominais de tubo, conforme normas ISO – International organization 
for standardization e DIN - Deutsches Institut für Normung.................................... 30 
Tabela 3 - Normas de Referência para Fabricação, Ensaios e Instalação de 
Tubos de Polietileno................................................................................................ 33 
Tabela 4 - Equivalência entre série de classificação de tubos............................... 38 
Tabela 5 - Dimensões de Tubos............................................................................. 38 
Tabela 6 - Fabricantes nacionais de tubos de PE..................................................41 
 
LISTA DE EQUAÇÕES 
 
Equação 1.............................................................................................................. 35 
Equação 2.............................................................................................................. 37 
Equação 3.............................................................................................................. 37 
Equação 4.............................................................................................................. 37 
 
 
 
12 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Capitulo 1.................................................................................................................. 14 
1 Introdução.............................................................................................................. 15 
Capitulo 2.................................................................................................................. 18 
2 Generalidades sobre Polietileno............................................................................. 19 
2.1 Estrutura básica................................................................................................... 19 
2.2 Obtenção............................................................................................................. 20 
2.3 Mecanismo da reação de obtenção de Polietileno............................................. 21 
2.4 Aditivos fundamentais.......................................................................................... 22 
2.5 Tipos de polietileno............................................................................................... 22 
2.6 Propriedades químicas e mecânicas.................................................................... 22 
2.7 Razão do uso....................................................................................................... 24 
2.8 Áreas de utilização............................................................................................... 24 
2.9 Limitações............................................................................................................. 24 
Capitulo 3.................................................................................................................. 26 
3 Tubos e Acessórios de Polietileno......................................................................... 27 
3.1 Processo de fabrico de tubos de polietileno por extrusão.................................. 27 
3.2 Formas de fornecimento...................................................................................... 27 
3.3 Descrição dos tubos de polietileno....................................................................... 32 
3.4 Identificação de tubos.......................................................................................... 
3.5 Normas de referências......................................................................................... 
32 
33 
3.6 Designação dos tubos de Polietileno................................................................... 34 
3.7 Dimensões dos tubos........................................................................................... 37 
3.8 Recomendações para manuseio, transporte, armazenagem e instalação.......... 40 
3.9 Acessórios de tubulações..................................................................................... 42 
Capitulo 4.................................................................................................................. 45 
4 Equipamentos de Soldagem................................................................................... 46 
4.1 Equipamentos de solda por termofusão a topo................................................... 46 
4.2 Equipamentos de soldagem por eletrofusão........................................................ 47 
13 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
4.3 Acessórios............................................................................................................ 48 
Capitulo 5 ................................................................................................................ 52 
5.1 Conceito Soldagem.............................................................................................. 53 
5.2 Métodos de soldagem.......................................................................................... 53 
5.3 Procedimento se soldagem de tubos e conexões de Polietileno........................ 54 
Capitulo 6.................................................................................................................. 62 
6 Aplicações............................................................................................................... 
6.1 Generalidades...................................................................................................... 
63 
63 
6.2 Conclusão............................................................................................................. 69 
Referências................................................................................................................. 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 1 
Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
1 INTRODUÇÃO(12) 
 
 
 Desde a Antiguidade que se conhecem aplicações de polímeros naturais, 
no entanto, a ciência e indústria dos polímeros teve origem no início do século XIX, 
quando Hancock, na Inglaterra, descobriu o efeito da “mastigação” da borracha 
natural, tendo sido em 1843 patenteada à vulcanização da borracha por meio de 
enxofre. Em 1839, Goodyear, na América do Norte, tinha apresentado 
independentemente uma patente semelhante e, mais tarde, em 1851, viria a 
descobrir a ebonite, iniciando assim o desenvolvimento dos plásticos 
termoendurecíveis. 
A primeira experiência comercial bem sucedida na área dos polímeros 
deve-se a J. W. Hyatt que, em 1870, nos E.U.A., usando cânfora como plastificador 
do nitrato de celulose produziu a celulóide. Esta invenção surgiu na sequência dos 
seus trabalhos para sintetizar um substituto para o marfim para o fabrico de bolas de 
bilhar. Assim, a celulóide tornou-se rapidamente um sucesso comercial e controlou o 
mercado durante cerca de 30 anos, embora, devido à sua elevada inflamabilidade, 
logo se procurassem materiais alternativos mais estáveis. 
Os plásticos baseados em acetato de celulose e caseína foram 
desenvolvidos em princípios do século XX e, entre 1907 e 1910, comercializou-se a 
“bakelite”, um polímero que ainda hoje é muito usado em caixas e ligações elétricas. 
Em 1917, a falta de matérias-primas fez com que os químicos alemães 
desenvolvessem uma borracha sintética a partir do dimetilbutadieno. O produto, 
cujas propriedades eram incomparavelmente inferiores às da borracha natural, 
serviu, no entanto, como ponto de partida para a importantíssima indústria da 
borracha artificial sintética. 
Até ao início da década de 20, não era possível um verdadeiro 
desenvolvimento neste domínio dado à ausência de conhecimentos fundamentais 
sobre a estrutura dos materiais poliméricos. 
Quando, em 1953, Staudinger recebeu o prémio Nobel de Química pelo 
seu trabalho monumental no estabelecimento da ciência de polímeros, já esta 
ciência e a indústria dos polímeros estavam firmemente implantadas. De fato, desde 
16 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
1930, nomes como Mark, Carothers, Flory, Meyer e muitos outros tinham contribuído 
fortemente para o desenvolvimento destes materiais. 
Em 1933, três investigadores da ICI - Imperial Chemical Industries, 
Gibson, Fawcett e Swallow descobriram o polietileno. Em 1934, W. H. Carothers, 
trabalhando para a Dupont descobriu o nylon e, subsequentemente, desenvolveuum 
trabalho pioneiro sobre a teoria das reações de polimerização por condensação. 
Nessa década, Hill e Crawford, também da ICI, sintetizaram o poli(metacrilato de 
metilo) (perspex e vidro acrílico). Nessa mesma altura começou a produzir-se 
comercialmente o poliestireno e o poli(cloreto de vinilo) (PVC). Em 1939 a ICI 
produzia industrialmente o polietileno de alta pressão. Depois da 2ª Guerra Mundial, 
aceleraram-se a investigação científica e o desenvolvimento industrial. A maioria dos 
polímeros poliolefínicos modernos são o resultado direto do trabalho de Natta (e 
Ziegler) que desenvolveu catalisadores organometálicos de polimerização que 
permitiram obter, na década de 50, o polietileno de alta densidade e o polipropileno 
isotático. Juntamente com os poliuretanos (1937), os epóxidos (1939), o 
poli(tetrafluoroetileno) (1941), os silicones (1942), as resinas de poliéster insaturadas 
(1946), o policarbonato (1956) e as poliamidas (descobertas em 1964), estes 
polímeros são a base de mais de 90% dos plásticos utilizados atualmente. 
(8)Os tubos plásticos, no Brasil, são ainda poucos conhecidos – com 
exceção, talvez, dos tubos de PVC rígido e eventualmente os de fibra de vidro 
(fiberglass). Os tubos plásticos flexíveis de pequenos diâmetros também já se 
tornaram populares em virtude de suas aplicações em irrigação (PEBD) e nas 
ligações domiciliares de água (PEAD). 
Todavia, os tubos plásticos flexíveis de médios e grandes diâmetros são 
ainda quase desconhecidos entre nós. A literatura técnica pertinente, em português, 
praticamente inexiste. Entretanto, as características técnicas destes tubos são 
singularíssimas, permitindo, muitas vezes, soluções inconcebíveis aos tubos 
convencionais de concreto, aço, ferro fundido, cimento amianto, resina de poliéster 
reforçado com fibra de vidro, ou mesmo de PVC. Descortinam-se, assim, novos e 
fascinantes campos de aplicações para esses tubos ditos poliolefínicos – PO (PE – 
polietileno, PP – polipropileno, PB – polibuteno) especialmente em emissários 
subaquáticos, em tubulações sujeitas à abrasão (transporte de sólidos), em 
17 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
tubulações assentadas em solos muito inconsistentes e/ou muito agressivos, em 
linhas sujeitas a produtos altamente corrosivos, em água quente, redes de 
distribuição de água e de gás combustível, onde a velocidade e a facilidade de 
instalação, aliadas a uniões e derivações altamente seguras, são imprescindíveis. 
(11)As poliolefinas representam aproximadamente 60% da demanda 
mundial de termoplásticos, onde os PE se enquadram no patamar de 40%. 
No Brasil as poliolefinas representam cerca de 65% dos quais 43% são 
PE. 
 
 
Figura 1: Consumo de PE per capita para o Brasil, China, Europa e Estados Unidos. 
Fonte: AZEVEDO, J. S. G. A Indústria de Petróleo e Gás Natural - 2008. In: IBEF – Instituto Brasileiro 
de Executivos de Finanças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 2 
Generalidades sobre 
Polietileno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
2 GENERALIDADES SOBRE O POLIETILENO(9) 
 
É o mais leve e o mais barato dos materiais termoplásticos, tendo 
excelente resistência aos ácidos minerais, aos álcalis e aos sais. É um material 
combustível com fraca resistência mecânica, 20 a 35 Mpa (≈2,0 a 3,5 kg/mm²), e 
cujos limites de temperatura vão de -30° a 80°C, dependendo da especificação. O 
polietileno é usado para tubos de baixo peso, para pressões moderadas. 
Distinguem-se três graus de material, denominados de baixa, média e alta 
densidade, sendo os últimos de melhor qualidade e maior resistência. No Brasil 
fabricam-se tubos flexíveis de 1/2” a 4”, pela norma P-EB-195, e tubos rígidos de 
110 a 1.200 mm, nas classes 2,5; 3,2; 4,0; 6,0; e 10,0 kg/cm². 
 
 
2.1 ESTRUTURA BÁSICA(8) 
 
H – Hidrogênio 
C - Carbono 
R - Radical 
n – Grau de polimerização 
(n = 2000 a 40000) 
Polietileno R = H 
 
 O Polietileno é obtido pela polimerização, na presença de catalisadores e sob 
determinadas condições de temperatura e pressão, do gás eteno (etileno CH2 = 
CH2). 
 
Figura 2: Representação esquemática da polimerização por adição do polietileno. 
Fonte: Propriedades gerais do polietileno e sua aplicação em tubulações PUC-Rio 
20 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
O etileno é um hidrocarboneto olefínico, obtido através do cracking da 
nafta do petróleo. O etileno pode ainda ser ainda ser obtido da desidratação 
catalítica do álcool etílico. Por advir de hidrocarboneto olefínicos, o PE é chamado 
de resina poliolefínica (PO – possuem apenas hidrogênio e carbono na sua 
molécula). 
 
2.2 OBTENÇÃO(8) 
 
 A obtenção do PE basicamente se resume na polimerização do etileno, 
em reator na presença de solventes, catalizadores, hidrogênio e comonômeros 
quando for ocaso. O catalizador entra no processo para desencadear a reação e 
propiciar a estereoespecificidade, ou seja, fazer com que as unidades básicas se 
interliguem na conformação desejada (daí o termo catalisador estereoespecífico) 
enquanto o hidrogênio (H2) entra como elemento finalizador ou limitador de 
comprimento das macromoléculas. 
 O produto em forma de um pó branco, ou em forma de flocos, precipita-
se no reator e a seguir é lavado e secado para eliminação do solvente e de resíduos 
catálicos. Depois então, é conduzido a uma unidade para mistura de aditivos 
específicos e pigmentos, conforme a aplicação do produto, passando daí à unidade 
de granulação (extrusora) e embalagem. 
 
Figura 3: Esquema de obtenção das Poliolefinas 
Fonte: Manual de Tubulações de polietileno e Polipropileno, José Roberto Danieletto 
21 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
2.3 MECANISMO DA REAÇÃO DE OBTENÇÃO DE POLIETILENO(8) 
 
 São polímeros formados por reações que seguem mecanismos radicalares, 
essas reações prosseguem em três etapas: uma de iniciação, uma de propagação e 
uma de terminação. No geral, a etapa de iniciação é realizada por apenas uma 
reação, onde o iniciador sofre uma quebra homolítica, e as etapas posteriores são 
compostas por várias reações. 
 
Figura 4: Mecanismo da reação de obtenção de Polietileno. 
Fonte: Manual de tubulações de Polietileno e polipropileno, José Roberto Danieletto 
 
2.4 ADITIVOS FUNDAMENTAIS(10) 
 
Os aditivos são produtos adicionados à matéria prima básica com função 
de melhorar algumas propriedades específicas necessárias ao desempenho do 
produto. 
 
2.4.1 Antioxidantes e termoestabilizantes 
Tem por objetivo proteger o polímero contra o envelhecimento natural e 
contra a degradação térmica, seja na extrusão, na soldagem, ou no trabalho a 
temperaturas elevadas. 
A presença de antioxidantes permite também que o polímero seja 
reprocessado diversas vezes sem que haja perdas significativas de propriedades. 
 
 
 
 
22 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
2.4.2 Pigmentos e protetores contra a radiação ultravioleta 
A cor natural das poliolefinas (PE e PP) é um branco translúcido, podendo 
ser pigmentadas nas mais variadas cores para efeito de identificação ou por motivo 
meramente estético: 
 Tubos para gás: normalmente são amarelos 
 Tubos para água: normalmente são pretos ou azuis. 
A pigmentação se faz durante o processo de produção da matéria-prima, 
ou misturando esta com o pigmento no momento de produzir o tubo ou a conexão, 
de forma que o pigmento seja fundido e misture-se à massa da matéria prima dentro 
do cilindro da extrusora ou injetora. 
 
2.4.3 Antichama 
Todos os materiais orgânicos são combustíveis. Embora as poliolefinas 
não seja consideradas materiais inflamáveis, pegam fogo sob chama direta e 
demoram a apagar. Por isso são consideradas Propagantes de chamas. 
 
 
 
2.5 TIPOS DE POLIETILENO(13)Na prática os diversos tipos de polietilenos comercializados podem ser 
classificados pela sua densidade (sem aditivos): 
 d < 930 kg/m³ - Polietileno de baixa densidade. 
 930 < d < 940 kg/m³ - Polietileno de média densidade. 
 d > 940 kg/m³ - Polietileno de alta densidade. 
 
2.6 PROPRIEDADES QUÍMICAS E MECÂNICAS(13) 
 
 O PE é de um modo geral, uma matéria inerte cuja resistência química 
aos produtos agressivos correntes (ácidos, bases) é excelente, até mesmo em 
concentrações altas e aquecidas. 
23 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 Os odorizantes e os solventes usados no acondicionamento do gás 
natural são praticamente inativos para o polietileno, para as taxas habituais e de um 
modo geral, enquanto estão em fase de vapor. 
 Os gases: gás natural, gás liquefeito de petróleo, também são 
praticamente inativos para o PE quando estão em estado gasoso. Porém, duas 
famílias de produtos chegam a atacar o PE. Estes são os agentes tensoativos como 
os detergentes, sabões e potassa, e os hidrocarbonetos pesados, parafinas e 
aromáticos em estado líquido. Estas agressões não são propriamente uma 
degradação química do PE, mas sim uma corrosão a baixa tensão em meio 
tensoativo ou orgânico. 
 Com o hidrocarbonetos são verificados alguns dos fenômenos de 
colapso pontual e de dilatação por absorção de líquido. 
 O PE que está debilitado mecanicamente favorece deste modo os 
mecanismos de ruptura. Este material não é atacado pelos diversos microrganismos 
e bactérias suscetíveis de serem encontrados no solo, nem pelos insetos como as 
térmitas (cupins). 
 O PE é um bom isolante. Sua resistividade à 20°C é da ordem de 1016 
Ωm. Esta propriedade confere às canalizações de PE a vantagem de ser 
perfeitamente insensível à corrosão eletroquímica suprimindo, deste modo, a 
proteção passiva ou catódica. 
 O PE é mau condutor e pode dar lugar ao acúmulo local de carga 
eletrostática criada, por exemplo, pela passagem de gás com pó. Nestas condições 
é necessário tomar precauções no momento das intervenções com carga, evitando a 
formação de faíscas, com a presença de uma mistura de gases combustíveis. 
 O PE tem um coeficiente de dilatação linear de aproximadamente 130 
a 200 µm/m °C. Com este valor, 10 vezes superior ao coeficiente de dilatação do 
aço, necessita em alguns casos, certas precauções para a colocação em trabalho. 
Uma vez enterrado o tubo, as variações de temperatura são fortemente atenuadas e 
só dão lugar a deslocamentos e compressões fracas rapidamente liberadas. 
 Independentemente da dilatação linear, o aumento da temperatura 
acelera o envelhecimento do material, visto que, diminuindo suas propriedades 
mecânicas, favorece os mecanismos de trincamento. 
24 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
2.7 RAZÃO DO USO(13) 
 
 O PE foi imposto como matéria prima nas canalizações para gás, 
devido principalmente as seguintes razões: 
 O uso do PE resolve os problemas que são derivados da corrosão e da 
fragilidade de outros tipos de tubos, resistindo aos ataques químicos quase 
que na sua totalidade. 
 O PE apresenta uma grande facilidade de manipulação e de instalação. 
 Oferece melhores características de soldagem e excelente resistência 
para as agressões do ambiente. 
 Para as instalações de PE é previsto um tempo de vida de 50 anos, 
para temperaturas de 20°C. 
 
 
2.8 ÁREAS DE UTILIZAÇÃO(13) 
 
 
 O regulamento de Redes e Ramais de Combustíveis Gasosos admite o 
uso de PE nos seguintes intervalos de pressão: 
 Baixa pressão: (até 0,05 bar) BP 
 Média pressão A: (entre 0,05 bar e 0,4 bar) MPA 
 Alta pressão B: (entre 0,4 bar e 4 bar) MPB 
 
2.9 LIMITAÇÕES(13) 
 
 O regulamento de Redes e Ramais de Combustíveis Gasosos 
estabelece as seguintes limitações: 
 Não deve ser usado exposto ao tempo e nem lugares, cuja temperatura 
pode ultrapassar ao 50°C. 
 Não deve ser usado em canalizações que não podem ser enterradas. 
O PE é afetado pela ação nociva do oxigênio, durante uma exposição 
25 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
demorada ao tempo no que se traduz em um endurecimento e diminuição das 
suas propriedades. 
 Deve ser armazenado protegido dos raios ultravioleta da luz solar. 
 Não deve ser usado nos casos em que a pressão de trabalho superará 
o que estabelece a norma. A norma UNE 53-333 estabelece as pressões 
máximas de trabalhos para cada diâmetro e série. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 3 
Tubos e Acessórios de Polietileno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
3 TUBOS E ACESSÓRIOS DE POLIETILENO 
 
Tubos são condutos fechados, destinados principalmente ao transporte 
de fluídos. 
Acessórios de tubulações são peças utilizadas nas tubulações de modo a 
permitir mudanças de direção, de nível, derivações, redução ou ampliação do 
diâmetro da tubulação. 
 
3.1 PROCESSO DE FABRICO DE TUBOS DE POLIETILENO POR 
EXTRUSÃO(13) 
 
A produção de um tubo ou acessório necessita de três operações delicadas 
que são: 
• Fusão da matéria-prima. 
• Conformação por: extrusão ou injeção 
• Resfriamento. 
 
Figura 5: Extrusora 
Fonte: Apostila Soldador de Polietileno Núcleo do Gás Natural SENAI 
 
3.2 FORMAS DE FORNECIMENTO(18)(19) 
 
Dependendo das necessidades de cada companhia de gás, esses tubos 
de PE podem ser fornecidos em barras, bobinas ou carretéis. 
Estes últimos são formados por uma estrutura metálica, na qual, o tubo de 
PE é enrolado. 
 
 
 
28 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Os critérios gerais segundo o diâmetro do tubo podem ser: 
 
3.2.1 Barras 
Os tubos em barra são aqueles fornecidos no formato “retilíneo” e sem 
deformação apreciável em sua curvatura. Seus comprimentos comerciais mais 
comuns são os de 6,12 e 18 metros, com extremidades tipo ponta para solda 
topo/eletrofusão ou flangeadas, podendo ser fornecidos em outros comprimentos, 
sob consulta ao fabricante. 
 
A) B) 
 
Figura 6: A) Tubo em barra com extremidades para solda de topo/eletrofusão; B) Tubo em barra com 
extremidades flageadas. 
Fonte: Manual técnico Tubos de Polietileno BRASTUBO 
 
 
 A) B) 
Figura 7: A) Tubos em barra para água (pretos e azuis) e para gás (laranja e amarelo); B) Feixe de 
tubos em barra com extremidades para solda de topo/eletrofusão. 
Fonte: www.fgsbrasil.com.br/tubos-de-polietileno-peadqtubo-para-gas.htm 25/09/2012 
 
3.2.2 Bobinas: 
Os tubos são enrolados em torno de um molde circular, conferindo 
formato de bobina, cuja altura e diâmetros externo e interno são estabelecidos por 
normas, conforme Tabela 1 abaixo. Suas dimensões comerciais mais comuns são 
de DE 20 a 125 para SDR < 17 e comprimentos até 100 metros. 
 
http://www.fgsbrasil.com.br/tubos-de-polietileno-peadqtubo-para-gas.htm
29 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 A) B 
Figura 8: A) Processo de bobinameto de tubo de polietileno; B) Discriminação de elementos de uma 
bobina. 
Fonte: Manual técnico Tubos de Polietileno BRASTUBO 
 
Na figura 8 (B) acima, os elementos da bobina são: 
H = Altura da Bobina 
Øi = Diâmetro Interno da Bobina 
Øe = Diâmetro Externo da Bobina 
 
Tabela de dimensões para bobinas de 100 m 
 
Tabela 1: Diâmentro Interno, Diâmetro Externo e Altura de Bobina para diversos diâmetros externos 
de tubos de polietileno, conforme normas ISO – International organization for standardization e DIN - 
Deutsches Institut für Normung. 
Fonte: Manual técnico Tubos de Polietileno BRASTUBO 
 
3.2.3 Carretéis 
Nesse formato, o tubo é fornecido bobinado em torno de um carretel que 
irá facilitar a aplicaçãodo tubo em campo, uma vez que permitirá que o tubo seja 
30 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
depositado a partir do carretel diretamente sobre a vala (vide Figura 10); quanto 
maior o diâmetro do carretel, menor será a necessidade de soldagem; os tubos em 
carretel são geralmente fornecidos em comprimentos aproximados de 200, 500, 
1000 e 1500 m, para diâmetros de 63, 90 e 110 mm. Os elementos principais de um 
carretel são indicados na Figura 9 abaixo: 
 
 
Figura 9: Discriminação dos elementos de um carretel. 
Fonte: Manual técnico Tubos de Polietileno BRASTUBO 
 
Na figura 9 acima, os elementos da bobina são: 
DF = Diâmetro do Flange do carretel 
DI = Diâmetro Interno do carretel 
L = Largura do Carretel 
E = Espessura do Flange 
 
As dimensões críticas dos carretéis de tubos de polietileno são previstas 
em norma, conforme a tabela abaixo. 
 
Tabela 2: Dimensões para carretéis de 1000, 1500 e 2000 m, para diferentes pressões nominais de 
tubo, conforme normas ISO – International organization for standardization e DIN - Deutsches Institut 
für Normung. 
Fonte: Manual técnico Tubos de Polietileno BRASTUBO 
31 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Figura 10: Aplicação de tubo em carretel em campo. 
Fonte: Apostila Formação continuada Soldador de polietileno SENAI-SP 
 
 
3.2.4 Tubos Flexíveis para Gás em Alumínio Multicamadas(21) 
 
Os tubos flexíveis para Gás em Alumínio Multicamadas representam uma 
nova tecnologia em instalação de Gás Natural e GLP e são específicos para 
instalações prediais. 
 
A) B) 
Figura 11: A) Representação de uma junção de tubos policamadas de alumínio e polietileno; B) 
Conexões Autovedantes Prensadas e articulações sanfonadas típicas de tubos policamadas. 
Fonte: Tubos Flexíveis para Gás em Aluminio Multicadas http://www.emmeti.com.br/ 
 
Características: 
 Sem emendas - tubos flexíveis em bobinas de 100 m; 
 Conexões Autovedantes Prensadas - Com anéis internos de borracha, sem 
soldas ou colas. 
 
 
 
32 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
3.3 DESCRIÇÃO DOS TUBOS DE POLIETILENO(25) 
 
1ª geração: PE 63 - tensão de rachaduras-rompimento após 50 anos / 20°C e 
tensão de 6.3 N/mm2. 
2ª geração: PE 80 - tensão de rachaduras-rompimento após 50 anos / 20°C e 
tensão 8.0 N/mm2. 
3ª geração: PE 100 - tensão de rachaduras-rompimento após 50 anos / 20°C e 
tensão 10,0 N/mm2. 
 
 
3.4 IDENTIFICAÇÃO DE TUBOS(19)(23) 
 
Todos os tubos de PE para canalização de gás, geralmente vão marcados 
com as seguintes indicações: 
 HDPE (High Density Polyethylene) ou MDPE (Medium Density Polyethylene) 
conforme seja o polietileno de alta ou média densidade. 
 A palavra gás. 
 UNE 53-333, ISO 14462, ISO 4437, ou norma equivalente. 
 Tipo de tubo por meio de série σ/p ou SDR. 
 Diâmetro nominal. 
 Siglas da Identificação do fabricante. 
 As duas últimas cifras do ano de produção. 
 Lote de produção. 
Modelo de marcação dos tubos de PE, de acordo com a norma ISO 4437/97 
(aplicação para distribuição de gás), podendo ter dupla marcação a 180º para tubos 
em bobinas. 
33 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Figura 12: Detalhamento de especificações em um tubo de Polietileno comercial. 
Fonte: Manual técnico Tubos de Polietileno BRASTUBO 
 
 
3. 5 NORMAS DE REFERÊNCIA 
Fabricação 
ABNT NBR 14462 2000 Sistemas para distribuição de gás combustível – Tubos 
de Polietileno PE 80 e PE 100 – Requisitos 
ABNT NBR 14463 2000 
Sistemas para distribuição de gás combustível 
enterrada – Conexões em Polietileno PE 80 e PE 100 – 
Requisitos 
Ensaios 
ABNT NBR 8415 2007 Tubos e conexões de polietileno – Verificação da 
resistência à pressão hidrostática interna 
ABNT NBR 9023 1985 Termoplástico – Determinação do índice de fluidez – 
Método de ensaio 
ABNT NBR 14464 2000 
Sistemas para distribuição de gás combustível para 
redes enterradas – Tubos de Polietileno PE 80 e PE 
100 – Execução de solda de topo. 
ABNT NBR 14465 2000 
Sistemas para distribuição de gás combustível para 
redes enterradas – Tubos de Polietileno PE 80 e PE 
100 – Execução de solda por eletrofusão. 
ABNT NBR 14466 2000 Tubos de Polietileno PE 80 e PE 100 – Verificação da 
resistência após envelhecimento. 
Instalação 
ABNT NBR 14461 2000 
Sistemas para distribuição de gás combustível para 
redes enterradas – Tubos e conexões de Polietileno PE 
80 e PE 100. 
Tabela 3: Normas de Referência para Fabricação, Ensaios e Instalação de Tubos de Polietileno. 
Fonte: Catálogo Técnico TIGREGÁS 
 
34 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
3.6 DESIGNAÇÃO DOS TUBOS DE POLIETILENO(19) 
 
3.6.1 Diâmetro Externo (DE) 
Os tubos de Polietileno são mundialmente designados pelo Diâmetro 
Externo Nominal (DE), diferentemente dos tubos brasileiros de PVC, AÇO e FERRO, 
que são designados pelo Diâmetro Nominal (DN). 
DN corresponde aproximadamente, ao diâmetro interno do tubo em 
milímetros, enquanto o DE é o diâmetro externo do tubo em milímetros. Quando 
dizemos que o tubo tem DE 63, significa que seu diâmetro externo é de, no mínimo, 
63 mm. Nunca menor, pois somente se admite tolerância para cima. Enquanto seu 
diâmetro interno é função da espessura. 
Ex.: tubo de PE 80 DE 110, para classe de pressão PN 10. 
Seu diâmetro externo será de, no mínimo, 110 mm, sendo sua espessura 
de 8,2 mm. Portanto, seu diâmetro interno será de: 110 - (2. x 8,2) = 93,6 mm. 
 
3.6.2 Classe de Pressão (PN ou SDR) 
A Classe de Pressão do tubo refere-se à pressão máxima que o tubo pode 
suportar à 25ºC; e pode ser expressa por: 
 PN (Pressão Nominal), que corresponde à pressão em bar (ou 
kgf/cm²), ou seja, PN 10 corresponde a 10 bar (ou kgf/cm²) de pressão. PN 8 
corresponde a 8 bar (ou kgf/cm²) de pressão, e assim por diante; 
 MPa (Megapascal), que corresponde à PN 10. Ou seja, 1 MPa 
corresponde a PN 10, assim como 0,6 MPa corresponde a PN 6, e assim por diante; 
 SDR (relação diâmetro externo/espessura); Todos os tubos de mesmo 
SDR e de mesmo material (PE 80 ou 100) são da mesma classe de pressão, ou 
seja, de mesma PN. 
 
3.6.3 Máxima Pressão de Serviço - Tipo A ou B 
Conforme o comportamento do material, os mesmos são ainda 
designados por tipo A ou B, ou seja, um PE 80 pode ser PE 80 A ou PE 80 B, pois 
se refere à resistência à pressão do tubo em função da temperatura. 
35 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Quando o tubo for transportar fluidos que estejam a temperaturas 
superiores a 25ºC, o projetista da obra deverá dizer qual a máxima pressão que ele 
suportará, pois quanto maior for a temperatura de operação, menor será a pressão 
suportada, conforme equação abaixo: 
 
FtPNMPS  (Equação 1) 
 
 
 
Onde: 
MPS = Máxima Pressão de Serviço 
PN = Pressão Nominal 
Ft = Fator de Redução 
 
 
Figura 13: Curva de Fator de Redução de pressão em função da temperatura e tipo do composto. 
Fonte: Manual técnico Tubos de Polietileno BRASTUBO 
 
Por exemplo, um tubo de PN 10 de tipo “A” a 25ºC suporta 10 bar, enquanto que a 
40ºC o mesmo tubo suportará no máximo 7,4 bar. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
3.6.4 Lote de Fabricação 
Todo tubo deve ter indicado em sua superfície externa o seu lote de 
fabricação. Cada fabricante tem seu sistema e tipo de codificação. 
O instalador deve registrar esse código, pois no caso de haver problemas 
com a tubulação, o fabricante poderá identificar o material do tubo e os resultados 
dos ensaios executados, facilitando a avaliação do problema ocorrido. 
3.6.5 Cor dos Tubos 
Para cada finalidade, os tubos de polietileno são fabricados em cores 
específicas: 
 Preto PE 80 e PE 100: Para água e aplicações gerais - pode ser utilizado 
exposto ao tempo; 
 
Figura 14: Tubo de Polietileno para água na cor preta. 
Fonte: www.acrelnet.com.br/index.php/produtos/13/125/tubo_pebd_natural 25/09/2012 Amarelo PE 80: Para gás - somente para instalações enterradas até 4 bar; 
 
Figura 15: Tubo de Polietileno para gás na cor amarela. 
Fonte: www.tigre.com .br/pt/produtos 25/09/2012 
 
 Laranja PE 100: Para gás PE 100 até 7 bar enterrados; 
 
Figura 16: Tubo de Polietileno para gás na cor laranja. 
Fonte: www.tigre.com.br/pt/produtos 25/09/2012 
 
http://www.acrelnet.com.br/index.php/produtos/13/125/tubo_pebd_natural
http://www.tigre.com.br/pt/produtos
37 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 Azul PE 80 E PE 100: para água - somente para tubos enterrados; 
 
 
Figura 17: Tubo de Polietileno para água na cor azul. 
Fonte: www.acrelnet.com.br/index.php/produtos/13/125/tubo_pebd_natural 25/09/2012 
 
 outras cores: somente para tubos enterrados. 
 
3.7 DIMENSÕES DOS TUBOS(13) 
 
As dimensões características de um tubo são o diâmetro externo nominal, 
as espessuras da parede e as tolerâncias. 
 Existem várias formas de expressar as dimensões de um tubo: 
 SDR (Relação Dimensional Normalizada) relação entre o diâmetro do 
tubo e a espessura da parede: 
 
e
D
SDR  (Equação 2) 
 Série de classificação de acordo com a norma ISO: 
 1
2

SDR
S (Equação 3) 
 σ/P – Esforço tangencial de trabalho em relação à pressão interna. 
 
e
eDN
P 2
)( 


 (Equação 4) 
 PN – Pressão Nominal do tubo. 
 
http://www.acrelnet.com.br/index.php/produtos/13/125/tubo_pebd_natural
38 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Tabela 4: Equivalência entre série de classificação de tubos. 
Fonte: Apostila Soldador de Polietileno Núcleo do Gás Natural SENAI 
 
 
TABELA DE DIMENSÕES(16) 
 
Tabela 5 – Dimensões de Tubos 
Fonte: Catálogo técnico Poly Easy 
39 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Figura 18 – Codificação de tubos. 
Fonte: Catálogo técnico Poly Easy 
 
 
 
40 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
3.8 RECOMENDAÇÕES PARA MANUSEIO, TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E 
INSTALAÇÃO.(25) 
 
1. O descarregamento de tubos em bobinas ou barras por caminhões com 
“Munck“ devem ser feitas cautelosamente. 
2. Nunca jogue tubos em bobina (mesmo em pequenas dimensões) do 
caminhão para o solo. 
3. Nunca role tubos em bobina pelo chão para ou durante o armazenamento. 
4. Nunca carregue tubos em barras com uma das extremidades tocando o solo. 
5. O preenchimento com areia da canaleta onde está o tubo de PE deve ser feito 
com cuidado. 
 
 
Figura 19: Estocagem de tubos em pilha e pacote horizontal de altura máxima de 1,00 m, 
evitando a ovalização. 
Fonte: FRIALEN
®
 Técnicas de junção para tubos em PEAD) www.friatec.com.br, Acesso em: 15 de 
jul. 2012. 
 
6 - Verificar para que os tubos não fiquem expostos às fontes de calor, como 
escapamentos de veículos, e agentes químicos agressivos, como solventes. 
7 - Para a movimentação dos tubos utilizar cintas não metálicas e largas, próprias 
para cargas. 
8 - Quando do manuseio e movimentação dos tubos, deve-se evitar colisões ou 
impactos, evitando assim marcas ou entalhes que possam comprometer a sua 
resistência. 
9 - Amarrar e acondicionar adequadamente as cargas de tubos para que não se 
soltem durante o transporte. Deve-se evitar a fixação da carga através de cintas 
metálicas ou cordas. 
http://www.friatec.com.br/
41 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
10 - Ao armazenar, preparar uma base de apoio adequada, com calços de madeira 
largos, impedindo movimentos acidentais. Respeitar as alturas máximas de 
armazenagem em função da espessura de parede, evitando a deformação dos tubos 
inferiores. 
11 - Os tubos não devem ser armazenados ao sol, de modo à evitar a ação nociva 
dos raios U.V., bem como deformações em função da variação térmica. 
12 - Para instalação devem ser seguidos os procedimentos de soldagem 
normalizados. 
13 - Na instalação aérea deve ser verificado o correto espaçamento entre os 
suportes, bem como o tipo de suporte a ser utilizado, sendo previamente calculados 
e especificados. 
14 - Na instalação de tubulação aterrada deve ser verificada a correta dimensão 
para abertura da vala, bem como o tipo e carga de aterro. 
15 - Na instalação de tubo subterrânea deve ser verificado o correto comprimento de 
abertura de vala para inserção do tubo, em função do raio de curvatura admissível. 
16- Para o processo de inserção do tubo deve ser observado o limite máximo de 
tração de 15 mpa (20ºC), ou menor em função do tipo de dispositivo de 
tracionamento. É conveniente que o equipamento de inserção seja provido de um 
sistema de segurança não permitindo que o limite máximo de tração seja 
ultrapassado. 
 
Fabricantes brasileiros 
 
*Tecnologia Hoechst – Alemanha; **tecnologia Solvay – Bélgica; ***tecnologia Mitsubishi - Japão 
Tabela 6: Fabricantes nacionais de tubos de PE. 
Fonte: Formação continuada Soldador de Polietileno SENAI-SP 
Fabricante Local Produto Tipo Classificação Código Cor 
Ipiranga* Triunfo/RS 
PEAD 
PEAD 
PE 80 A 
PE 80 A 
GM 7040G 
GM 5010T2 
Amarelo 
preto 
Solvay** 
Ribeirão 
Pires/SP 
PEMD 
PEMD 
PEAD 
PEAD 
PE 80 B 
PE 63 B 
PE 80 A 
PE 80 A 
TUB 102 
TUB 101 
TUB 131-X 
TUB 132-X 
Amarelo 
preto 
preto 
amarelo 
Polialden*** Canaçari/BA PEAD PE 80 B ES002G Preto/natural 
42 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
3.8 ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÕES(26) 
 
Os materiais das conexões são os mesmos utilizados na fabricação dos 
tubos. As normas que regulam a fabricação desses acessórios são as seguintes: 
ASTM/ANSI, ISO, DIN, BS e JIS. 
 
3.8.1 Conexões 
As conexões das tubulações são de diferentes tipos, com diferentes 
finalidades, como podemos ver a seguir. 
 
• Luvas, niples e uniões. 
Para ligar tubos entre si ou com algum outro acessório. 
 
Figura 20: Luva de Eletrofusão PE100 SDR11 com fixador de 20 a 63, União e Luva Eletrofusão 
PE100 SDR11 de 75 a 400, respectivamente. 
Fonte: http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2, Acesso em: 10 de jul. 2012. 
 
• Curvas e joelhos 
Para mudança de direção. 
 
 
Figura 21: Joelho 45 Eletrofusão PE100 SDR11 de 75 a 180, Curva 45 PEAD de Ponta Segmentada, 
Curva 45 PEAD Ponta e Joelho 90 Eletrofusão PE100 SDR11 de 75 a 180, respectivamente. 
Fonte: http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2, Acesso em: 10 de jul. 2012. 
http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2
http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2
43 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
• Tês, Cruzetas e Y 
Para derivações ao mudar de direção da tubulação. 
 
Figura 22: “Tê” de PEAD tipo “Ponta”, “Tê” de Eletrofusão, Cruzeta, “Tê” de Serviço com Válvula 
Integrada e “Y”, respectivamente. 
Fonte: http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2, Acesso em: 10 de jul. 2012. 
 
• Tampões, Bujões 
Para fechamento de extremidades de tubos ou equipamentos. 
 
Figura 23: Cap Eletrofusão PE100 SDR11 de 160 a 250 e Cap Eletrofusão PE100 SDR11 de 20 a 63, 
respectivamente. 
Fonte: http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2, Acesso em: 10 de jul. 2012. 
 
• Reduções 
Para mudar, seja para maior ou menor, o diâmetro da tubulação. 
 
 
Figura 24: Luva de Redução Eletrofusão PE100 SDR11 de 90 a 180. 
Fonte: http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2, Acesso em: 10 de jul. 2012. 
 
 
 
http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2
http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2
http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2
44 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
• Flanges 
Para fazer a ligação entre tubos ou entre tubos e acessórios. 
 
Figura 25: Flange de Polietileno. 
Fonte: http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2, Acesso em: 10 de jul. 2012. 
 
 
• Válvulas 
Para controlare interromper o fluxo de uma tubulação. 
 
Figura 26: Válvula de Polietileno 
Fonte: http://www.redebras.com.br/tubos-e-conexoes-polietileno-pe-sigas/valvula-esfera-pe-sigas.php 
 
 
Todos esses acessórios são fabricados de acordo com o tipo de ligação 
empregada, ou seja, com o procedimento adotado para unir tubos entre si, ou tubos 
com algum acessório ou algum equipamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.reunidasrp.com.br/exibeProdutos.php?id=4&t=2
45 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Capítulo 4 
Equipamentos de Soldagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
4 EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM 
 
As máquinas de solda para tubos de polietileno são equipamentos que 
apresentam uma solução tecnológica para problemas da união de polímeros que 
não dispõem de cola para sua união e são termoplásticos, normalmente polietileno 
(PEAD). 
Existem no Brasil alguns fabricantes de tubos, mas, devido ao fato de que 
os equipamentos de soldagem serem de tecnologia "avançada", não dispomos de 
fabricante de máquinas de solda 100% nacionais. 
 
4.1 EQUIPAMENTOS DE SOLDA POR TERMOFUSÃO A TOPO(15)(16) 
 
A solda por termofusão é composta por algumas etapas, como o 
faceamento das extremidades dos tubos, verificação de alinhamento das 
extremidades, aquecimento e pressionamento mútuo das extremidades; devido a 
esse fato, associado à necessidade de uma unidade de controle dessas operações, 
no caso de uma máquina automática ou semiautomática; por isso, um equipamento 
de termofusão normalmente é composto por vários elementos, como ilutrado na 
Figura 27 abaixo. 
 
 
Figura 27: Máquinas de Termofusão de Topo das marcas Georg Fischer e Rothenberger, 
respectivamente. 
Fonte: Catálogo técnico fabricante Georg Fischer e Rothenberger 
47 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Na figura acima podemos visualizar os vários elementos que compõem 
uma máquina de termofusão: 
 Unidade básica composta de estrutura da máquina, as abraçadeiras para 
tubos e os cilindros hidráulicos para movimentação e aplicação das forças de 
soldagem; 
 Faceador rotativo (plaina com lâminas rotativas), de acionamento elétrico, 
com dispositivo de proteção que habilita seu funcionamento somente quando 
adequadamente posicionado na unidade básica evitando riscos de acidentes 
com o operador; 
 Unidade hidráulica, comando moto-bomba hidráulica com simples ajustes das 
pressões de soldagem e comando do equipamento; 
 Casquilhos (reduções), para adaptação das abraçadeiras da unidade básica 
aos demais diâmetros de tubos da gama do equipamento; 
 Suporte, para descanso do faceador e da placa de aquecimento; 
 Placa de solda em alumínio revestida com composto PTFE (teflon) com 
resitências elétricas fundidas no seu interior e com temperatura controlada 
por pirômetro eletrônico; 
 
4.2 EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM POR ELETROFUSÃO 
 
O equipamento é dotado de caneta para leitura óptica de código de barras 
resistentes e de fácil manejo e cabos de alimentação e de fusão. 
Os modelos dotados de memória para registro de dados possuem interface USB 
para “uploads” de novos “softwares” e linguagens. 
Para gravação de dados para soldagem, conta com prático “Compact 
Flash Slot” com capacidade acima de 1.700 protocolos, possibilitando o transporte 
destes arquivos sem a necessidade de retirar o aparelho da frente de trabalho. 
Para impressão ou “downloads” destes arquivos, o equipamento conta, 
ainda, com uma porta USB tipo A. 
48 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Figura 28: Máquinas de Eletrofusão (Georg Fischer e Rothenberger) 
Fonte: Catálogo técnico fabricante Georg Fischer e Rothenberger 
 
4.3 ACESSÓRIOS(14) 
 
4.3.1 Alinhadores e Arrendadores para solda 
 
Estes acessórios são indispensáveis par se realizar solda de tubos com 
perfeição pois permitem que os tubos possam adquirir valores de alinhamento e 
perpendicularidade entre as extremidades dos tubos dentro dos limites de tolerância 
previstos em normas, como, por exemplo a NBR 14462, para uma soldagem de 
forma correta e sem aparecimento de ressaltos. 
 
 
Figura 29: Alinhadores de tubos em Polietileno 
Fonte: Catálogo técnico ferramentas Poly Easy 
 
 
49 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Figuta 30: Arredondadores de tubos em Polietileno 
Fonte: Catálogo técnico ferramentas Poly Easy 
 
Figura 31: Endireitadores de tubos em Polietileno 
Fonte: Catálogo técnico ferramentas Poly Easy 
 
 
4.3.2 Raspadores 
 
Os raspadores têm a função de tratar as áreas dos tubos a serem 
soldadados, através de remoção física da camada superficial dos mesmos, que 
estão oxidadas e potencialmente contaminadas com impurezas que, se não 
retiradas, poderão interferir na qualidade da soldagem. 
 
 A B 
Figura 32: A) Raspadores manual e B) Rotativo de tubos em Polietileno 
Fonte: A) FRIALEN
®
 Técnicas de junção para tubos em PEAD) www.friatec.com.br, Acesso em: 15 
de jul. 2012 e B) Catálogo técnico ferramentas Poly Easy 
 
 
 
 
http://www.friatec.com.br/
50 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
4.3.3 Cortadores 
 
Os cortadores são ferramentas com a função de cortar tubos e podem ter 
diversas formas, sendo algumas mais empregadas em tubos de pequenos 
diâmetros, como o alicate, e outras para diâmetros de tubos maiores, como as 
guilhotinas. 
 
Figura 33: Cortadores de tubos de polietileno – alicate, rotativo e guilhotina, repectivamente. 
Fonte: Catálogo técnico ferramentas Poly Easy 
 
4.3.4 Extrator de cordão de solda 
 
O controle de qualidade da soldagem de topo de tubos de polietilenos é 
feita pela análise de alguns parâmetros dos cordões de solda, tais como a 
espessura, relação entre as espessuras dos cordões, alinhamento, altura, presença 
de descontinuidades e resistência mecânica do cordão, determinada por meios de 
ensaios de dobramento. Para tanto, é necessária a retirada do cordão com 
extratores apropiados, que retirem o cordão de solda de forma rente ao tubo, mas 
sem danificar a solda propriamente dita. 
 
Figura 34: a) Visão dos cordões internos e externos de solda; b) Extração de cordão interno 
e externo de solda; c) Extrator de cordão externo de solda; d) Extrator de cordão interno de solda. 
Fonte: FRIALEN
®
 Técnicas de junção para tubos em PEAD) www.friatec.com.br, Acesso em: 15 de 
jul. 2012. 
http://www.friatec.com.br/
51 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
4.3.5 Pinçadores de tubos 
 
Em algumas ocasiões, tais como manutenções em redes vivas de gás, é 
necessário fazer um interrupção no fluxo de gás, de forma a evitar perdas e 
acidentes; tal manobra é executada através do esmagamento pontual nos tubos, 
utilizando-se pinçadores ou estraguladores, conforme figura abaixo. 
 
Figura 35: Esmagadores de tubos em polietileno 
Fonte: Catálogo técnico ferramentas Poly Easy 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 5 
Soldagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
5.1 CONCEITO SOLDAGEM 
 
Processo de Fabricação para união de materiais por meio de solda, que 
reduz o tempo de produção na maioria das vezes (substituindo rebites, parafusos e 
adesivos), com ou sem deposição de material em metais ou não metais (polímeros), 
seja por aquecimento das partes à temperatura adequada, com ou sem aplicação de 
pressão (solda a frio), dividindo-se em três fatores para sua aplicação: tipo de 
operação, material a ser soldado e estrutura (duto) no nosso caso. 
 
5.2 MÉTODOS DE SOLDAGEM 
 
Asoldagem de tubos de PE pode ser feita por dois métodos: Termofusão 
ou Eletrofusão. 
 
As soldagens de tubos por termofusão são classificadas em: 
 Topo 
 Soquete 
 Sela 
 Ar quente/Espaguete 
 Extrusão 
 Rotacional 
 
As soldagens de tubos por eletrofusão são classificadas em: 
 Luva 
 Sela 
 
No Brasil, os métodos de soldagem adotados para tubulação são: 
 Termofusão de topo: DE ≥ 63 mm 
 Termofusão soquete: DE de 20 a 63 mm e SDR ≥ 17 
 Termofusão de sela: DE de 63 a 280 mm 
 Eletrofusão de luva e sela DE de 20 a 315 mm 
54 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
O método de soldagem por termofusão por extrusão aplica-se mais 
comumente na confecções de tanques e peças especiais. 
O método de soldagem tipo Ar quente / Espaguete pode ser aplicado em 
tubos finos que não são submetidos a pressões muito altas ou a muito baixa 
pressão, pois não resultam em fator de solda adequado a linhas pressurizadas. 
A soldagem por rotação não é aplicada no Brasil e é muito pouco utilizada 
no exterior. Necessita de peças similares às da soldagem tipo soquete, que são 
soldadas ao tubo através da rotação de alta velocidade da peça e do consequente 
atrito contra a superfície externa do tubo, provocando a fusão superficial dos dois 
materiais. 
 
 
5.3 PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM DE TUBOS E CONEXÕES DE 
POLIETILENO 
 
5.3.1 Termofusão 
 
O equipamento utilizado na solda de topo é constituído por 3 elementos: 
Unidade de força (composta de unidade hidráulica e alinhador), faceador e placa de 
aquecimento; 
 
Figura 36: Componentes de um termofusor: A) Unidade Hidráulica; B) Placa aquecedora; C) 
Faceadora; D) Alinhador. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
 
 
55 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Os passos para a execução de uma soldagem por termofusão são: 
 
1 - A partir de uma tabela fornecida pelo fabricante, verificar a pressão de solda 
necessária e some-a à pressão inicial para deslocamento do conjunto (inércia da 
máquina adicionada ao peso próprio do tubo a ser deslocado); 
 
 
Figura 37: Regulagem da pressão da unidade hidráulica. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
3 - A partir da tabela de valores de desalinhamento constante na NBR 14464, 
verificar o perfeito alinhamento dos dois tubos; 
 
 
Figura 38: Verificação de alinhamento entre os tubos. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
56 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
4 - Com o uso do faceador, constituído de lâminas de aço rotativas, aplainar as 
superfícies das extremidades dos tubos; 
 
A B C 
Figura 39: A) Faceador executando operação; B) Formação de fita contínua; C) Detalhe de formação 
de fita contínua. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
5 - Aproximar os tubos e verificar novo alinhamento. Repita a operação até 
conseguir o perfeito alinhamento; 
 
 
Figura 40: Nova verificação de alinhamento entre os tubos. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
6 - Limpar as superfícies com álcool isopropílico ou solução à base de acetona, e a 
partir desse instante não tocar, em nenhuma hipótese, na região a ser soldada; 
 
Figura 41: Limpeza das extremidades dos tubos com álcool isopropílico. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
57 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
7 - Quando a temperatura da placa de aquecimento estiver no valor recomendado 
pelo fabricante do tubo, posicioná-la mantendo a pressão de solda até a formação 
de um cordão inicial entre a placa e o tubo (a tabela do fabricante indicará a 
dimensão do cordão); 
 
Figura 42: Introdução da placa de aquecimento entre os tubos. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
8 - Formado o cordão, retirar a pressão de solda e mantenha a placa em contato 
com os tubos pelo tempo recomendado pelo fabricante do equipamento; 
 
Figura 43: Formação de cordão de solda entre a placa de aquecimento e os tubos. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
9 - Retirar a placa de aquecimento e aproxime os tubos. O cordão de solda 
imediatamente aumentará de dimensão. Aguarde o resfriamento recomendado. 
Somente após o resfriamento pode-se mover o equipamento, preparando-o para a 
montagem seguinte. 
 
Figura 44: Processo de sooldagem concluído, com a formação de cordão final de solda 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
58 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
10 – Retirar o cordão de externo de solda para análise, ensaios e rastreabilidade. 
 
Figura 45: Retirada de cordão externo de solda. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
 
5.3.2 Eletrofusão 
 
O equipamento utilizado na solda de Eletrofusão é constituído pelos 
elementos: Caneta ótica, Conectores, Cabos e Display 
 
Figura 46: Componentes de um eletrofusor: Display, Cabos, Conectores e Caneta Ótica 
Fonte: Catálogo fabricante Rothenberger 
 
Os passos para a execução de uma soldagem por eletrofusão: 
 
1. Remover a sujeira grossa do tubo 
 
 
Figura 47: Limpeza grosseira do tubo. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
59 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
2. Marcar a profundidade da inserção 
 
Figura 48: Marcação da profundidade da inserção na conexão e tubo. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
3. Remover a camada oxidada com raspador 
 
Figura 49: Remoção da camada oxidada com raspador rotativo. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
 
4. Raspar as extremidades externas e internas do tubo, removendo as rebarbas. 
 
 
Figura 50: Remoção das rebarbas das extremidades externas e internas do tubo. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
5. Arredondar tubos ovalizados utilizando os grampos desovalizadores. 
 
 
 
 
 
60 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
6. Limpar a superfície do tubo com acetona ou com álcool isopropílico. 
 
Figura 51: Limpeza da superfície do tubo a ser soldada. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
7. Limpar as áreas internas do acessório. 
 
 
Figura 52: Limpeza da conexão de solda por eletrofusão. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
8. Inserir o tubo até a marca ou até atingir o batente interno. 
 
 
Figura 53: Inserção do tubo até a marcação traçada. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
 
 
 
 
61 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
9. Conectar os terminais elétricos do eletrofusor aos terminais do componente. 
 
Figura 54: Terminais do componente conectados e esquemas de componente antes e durante o 
aquecimento. 
Fonte: José Pereira e Max Koehler (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) e 
 
 
Figura 55: Exemplo de estrutura de código de barras de uma conexão para eletrofusão. 
Fonte: FRIALEN
®
 Técnicas de junção para tubos em PEAD) www.friatec.com.br, Acesso em: 15 
de jul. 2012. 
 
 
10. Escreva os parâmetros da fusão no tubo 
 
Figura 56: Registro dos parâmetros da soldagem no tubo. 
Fonte: José Pereira (Laboratório Soldador de PEAD SENAI-CABO) 
http://www.friatec.com.br/
62 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 6 
Aplicações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
6 APLICAÇÕES 
6.1 GENERALIDADES(17) 
 
As característicastécnicas, e principalmente econômicas, dos materiais 
plásticos fazem com que estes materiais venham se revelando como elementos 
fundamentais para o setor da Construção Civil, Mineração, Indústria do Petróleo, 
Gás, etc. 
Praticamente 100% das novas redes de distribuição de gás são feitas 
com tubos de Polietileno, em todo o mundo. 
No Brasil, as recentes medidas governamentais para um grande 
incremento da participação do gás natural na matriz energética, entre elas o 
gasoduto Brasil-Bolívia, encontram nos tubos de Polietileno a solução técnica para a 
construção das novas redes de distribuição e na substituição e recuperação das 
redes de ferro fundido com a técnica de inserção. 
 
Figura 57: Instalação de rede de gás através da acomodação de duto de polietileno em vala. 
Fonte: Propriedades gerais do polietileno e sua aplicação em tubulações PUC-Rio 
 
 
Na implementação de infraestruturas, os tubos de polietileno apresentam 
facilidade de instalação e grande versatilidade em acompanhar as variações de 
relevo, em função de sua leveza, soldabilidade e relativa flexibilidade, conforme 
ilustrado nas figuras 58 e 59 a seguir. 
 
 
64 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Figura 58: Instalação de rede para Gás Natural em PEAD 
Fonte: http://www.planemont.com.br/gas_natural.htm Acesso em 28/09/2012 
 
 
Figura 59: Soldagem eletrofusão de ramais em PEAD em Curitba e Região Metropolitana/PR 
COMPAGÀS ramais em PEAD em Curitba e Região Metropolitana/PR 
Fonte: http://www.gel-eng.com.br/imagem/89.jpg Acesso em 01/10/2012 
 
Em geral, o tubo de polietileno simples (monocamada) é utilizado apenas 
em redes externas de gás; já para as instalações prediais tem sido muito difundido 
pelas companhias de distribuição de gás o uso de versões de tubos multicamadas 
polietileno-alumínio-polietileno em substituição às tubulações de aço galvanizados, 
cobre, etc. (18)As figuras abaixo ilustram os tubos e conexões multicamadas, 
representam esquematicamente a ligação de um ramal predial a um tubo mestre de 
rede externa e de uma instalação predial. 
 
http://www.planemont.com.br/gas_natural.htm
http://www.gel-eng.com.br/imagem/89.jpg
65 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
Figura 60: Tubo e conexões multicamada polietileno-alumínio-polietileno. 
Fonte: http://maygas.com.br/port/manual%20do%20produto%20Maygas.pdf, Acesso em 28/09/2012 
 
 
Figura 61: Instalação de um ramal predial. 
Fonte: http://maygas.com.br/port/manual%20do%20produto%20Maygas.pdf, Acesso em 28/09/2012 
 
 
Figura 62: Instalação predial de tubos multicamadas para gás. 
Fonte: http://maygas.com.br/port/manual%20do%20produto%20Maygas.pdf, Acesso em 28/09/2012 
 
http://maygas.com.br/port/manual%20do%20produto%20Maygas.pdf
http://maygas.com.br/port/manual%20do%20produto%20Maygas.pdf
http://maygas.com.br/port/manual%20do%20produto%20Maygas.pdf
66 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
A substituição de tubos antigos pela técnica de inserção de tubos de 
Polietileno vem viabilizando de forma econômica, rápida e segura a recuperação das 
antigas redes de distribuição de gás. Conforme representações esquemáticas 
abaixo. 
 
 
Figura 63: Representação esquemática da aplicação de tubos de polietileno pelo método de inserção. 
A) Perfuração do furo piloto; B) Alargamento do furo piloto e lançamento da tubulação final. 
Fonte: Catálogo técnico Tigregás 
 
A substituição por arrebatamento consiste em usar uma tubulação pré existente 
como caminho para a inserção de uma nova tubulação, inclusive podendo ser de 
diâmentro maior. A tubulação pré existente é destruída no processo. 
 
Figura 64: Representação esquemática da aplicação de tubos de polietileno pelo método de 
substituição por arrebatamento. 
Fonte: Catálogo técnico Tigregás 
67 
 
SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 A perfuração por percussão é método similar à substituição por 
arrebatamento, porém sem uma tubulação pré exeistente para servir como caminho 
preferencial da perfuração. 
 
 
Figura 65: Representação esquemática da aplicação de tubos de polietileno pelo método da 
perfuração por percussão. 
Fonte: Catálogo técnico Tigregás 
 
 
 
Os tubos empregados na fabricação de dutos submarinos são revestidos 
com polietileno ou polipropileno para isolar a água do mar da superfície da 
tubulação. 
 
 
Figura 66: Rede de dutos submarinos. 
Fonte: Apostila Inspeção de dutos, Ealaboração Raimundo Sampaio 
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SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
Mergulho Subaquático para Manobra, posicionamento, lançamento e atracação no 
Rio Branco em São Vicente/São Paulo, dos tubos em Polietileno (PEAD) PE-100 ø 
1000 mm e ø 1600 mm, indicada nas figuras abaixo. 
 
 
Figura 67: Fotos A,B,C e D fazendo manobra, lançamento e atracação no Rio Branco em São Vicente 
/ São Paulo comTubos em Polietileno (PEAD) PE-100 ø 1000 mm e ø 1600 mm. 
Fonte: http://www.momplast.com.br/obras-brastubo.asp Acesso em 11/11/2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.momplast.com.br/obras-brastubo.asp
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SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
6.2 CONCLUSÃO 
 
 
Os tubos e conexões de Polietileno mostram ter grande aplicabilidade na 
indústria de gás, além de em indústrias de outros setores que fogem ao escopo 
dessa monografia; tal aplicabilidade vem sendo confirmada pela durabilidade de 
suas instalações, constatada por ocasiões de manutenção e instalação de novas 
derivações em tubulações antigas; essa constatação se baseia no ótimo estado 
físico dos tubos observado pelos técnicos, validando a estimativa de vida útil dessas 
tubulações, fornecida pelos fabricantes, de no mínimo cinqüenta anos; vale salientar 
que tubos metálicos subterrâneos necessitariam de um oneroso sistema de proteção 
catódica para oferecer tais condições. 
Outro aspecto bastante importante é o da relativa facilidade de aplicação, 
frente a tubulações de outros materiais, principalmente os metálicos. Dessa forma, o 
uso de tubos de polietileno na indústria de gás apresenta as seguintes vantagens: 
 Menores custos com transporte, material e ferramental; 
 Menor grau de qualificação requerido dos profissionais envolvidos; 
 Não necessita de sistemas de proteção permanentes contra corrosão; 
 A depender do diâmetro do tubo, sua aplicação pode ser feita em valas 
não retilíneas, podendo até dispensar o uso de valas, quando sua aplicação for feita 
por inserção no solo. 
 Sua fabricação é menos complexa e tem consideravelmente menor 
custo energético. 
Considerando-se as vantagens acima, é esperado que o uso de tubos de 
polietileno torne-se cada vez mais uma regra, com exceção apenas em que o seu 
uso não atender aos requisitos de segurança parâmetros técnico-operacionais; 
atualmente no Brasil as companhias de gás ainda não alcançaram a totalidade de 
suas instalações nesse material, embora essa seja a tendência natural. vantagens 
econômicas e de segurança. 
 
 
 
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SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SILVA, José Pereira Petróleo e Gás 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR14724: Informação e 
documentação: Trabalhos acadêmicos: Apresentação: Rio de janeiro, 2011. 
 
2. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR6028: Informação e 
documentação: Resumo: Apresentação: Rio de janeiro, 2003. 
 
3. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR6024: Informação e 
documentação: Numeração progressiva das seções de um documento escrito: 
Apresentação: Rio de janeiro, 2003. 
 
4. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: Informação e 
documentação: referências: Elaboração: Rio de janeiro,2002. 
 
5. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR14462: Sistemas 
para distribuição de gás combustível para redes enterradas – Tubos de polietileno

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