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DOENÇAS DO TRATO URINÁRIO

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UROLOGIA Carolina Ferreira 
-Composição dos cálculos: sais de cálcio (+ frequente e o + comum é o oxalato de cálcio, FR hipercalciúria 
idiopática); estruvita---fosfato de amônio magnesiano (é o que + cresce, muito grande →coraliforme, FR bactérias 
produtoras de urease-----Proteus mirabillis e Klebisiella, o tto p/ evitar recorrência é antibiótico); ácido úrico (5-10 %, se 
puro→radiotransparente---ñ aparece no Rx SOMENTE na TC/RM, FRhiperuricosúria/pH≤5) 
-Manifestações clínicas: pode ser assintomático, quando for sintomático deve-se pensar nos 3 pontos de constrição 
fisiológica (junção ureteropélvica; 1/3 médio do ureter; junção vesicoureteral). 
Hematúria+ cólica nefrética (dor lombar irradiada p/baixo----FID,bolsa escrotal, 
grandes lábios) + náuseas e vômitos + febre + leucocitose 
-Complicações: a presença de complicações faz c/ que o pct seja operado de 
urgência, devido a presença do cálculo acarretar p/ o doente um prognóstico ruim. 
São: infecção (risco de sepse) e obstrução total (risco de IRA pós-renal) 
-Diagnóstico: Rx de abdome total (pode ser feito, é o + barato) + TC sem contraste de 
abdome total (é o padrão-ouro, melhor exame p/ dx--- imagem hiperdensa) + USG de 
abdome total (é a escolha na gestante---- 
imagem do cálculo renal é hiperecogênica + sombra acústica posterior) 
-Tratamento inicial—quadro agudo: é feito p/ tirar o 
pct do quadro de dor 
1. Analgesia: AINES/Opioides EV ou VO. 
2. Avaliar o tamanho do cálculo: cálculos de até 10mm 
conseguem ser eliminados sozinhos 
→ ≤ 10 mm: Terapia expulsiva (alfa bloqueio ou BCC) c/ 
objetivo de relaxar musculatura lisa ---- tansulozina 0,4 mg 
1xdia. Oriento o pct p/ observar se os cálculos vão sair. 
Deve-se tentar essa terapia por até 4 semanas 
→ ≥ 10 mm/refratários: intervenção urológica (litotripsia extracorpórea; 
nefrolitotripsia percutânea e ureterolitotripsia) 
o Litotripsia extracorpórea: é indicada p/: cálculos na pelve/ureter proximal e cálculos c/ 
baixa densidade (<1000 uh) e < que 2 cm.CI: ñ dever ser feita em gestantes e pcts c/ 
aneurisma; cálculos coraliformes 
o Nefrolitotripsia percutânea: é indicada p/: cálculos na pelve/ureter proximal e cálculos c/ alta densidade (>1000 uh) e > 
que 2 cm. 
o Ureterolitotripsia: é indicada p/: cálculos de ureter médio e distal 
-Tratamento inicial (cálculo COMPLICADO-----infecção/obstrução):nesses 
casos os pcts podem morrer de sepse, por isso tem que ser feito como a 
prioridade/1º conduta a DESOBSTRUÇÃO, ñ precisa necessariamente ser feito 
a remoção do cálculo. Realizada por meio do CATETER DUPLO J(ñ é definitivo 
é paliativa) ou NEFROSTOMIA PERCUTÂNEA. Tem que ser feito ATB nesses 
casos 
-Tratamento crônico(prevenção): é feito a fim de evitar a recorrência 
• Hidratação: ≥ 2,5 L/dia 
• Cálculos de sais de cálcio: ñ deve restringir cálcio; deve-se restringir sódio 
e proteína + diurético tiazídico(impede a reabsorção de sódio, ai c/ isso faz a 
reabsorção do cálcio) 
• Cálculos de estruvita: antibiótico. Em casos refratários: utiliza-se ácido acetohidroxâmico (inibe a produção de 
urease) 
• Cálculos de ácido úrico: restringir a ingesta de purinas + alcalinizar urina (citrato de potássio). Em casos 
refratários: utiliza-se alopurinol 
 
-Próstata: localiza-se abaixo da bexiga; envolve a 1º porção da uretra masculina; seu peso normal é de 20-30g. Zonas 
prostáticas: 
o Zona de transição:está em íntimo contato c/ a uretra prostática; aqui que surge a HPB por isso ele tem sintomas + 
precocemente 
o Zona periférica: aqui é onde surge o Ca de prostáta 
o Zona central 
o Estroma fibromuscular anterior 
UROLOGIA Carolina Ferreira 
-Fisiopatologia: ocorre devido ao envelhecimento (+receptores 
androgênicos). Ocorre por: obstrução uretral (mecânica—estática-----
fica= em 24 hrsação de androgênio—estimula a próstata a 
crescerINIBIDOR DE 5 ALFA REDUTASE; OU dinâmico⎯funcional--- 
pode sofrer modificação ao longo do dia pq é do tônus vesicalação 
alfa-adrenérgica faz c/ que cresça a m.lisa da próstataALFA 
BLOQUEADOR) + resposta do detrusor à obstrução---irritativo 
(hipertrofia do m.detrusor + denervação parassimpática 
complacência + contração involuntária do detrusor----ação 
colinérgicaANTICOLINÉRGICO) 
-Manifestações clínicas: obstrução uretral (sintomas obstrutivos + 
“luts” de esvaziamento) e resposta do detrusor à obstrução (sintomas 
irritativos + “luts” de enchimento) 
-Quadro clínico: 
• Sintomas obstrutivos: hesitância; esforço miccional; intermitência; jato fraco; jato afilado; gotejamento terminal; 
esvaziamento incompleto e gotejamento pós-miccional 
• Sintomas irritativos: URGÊNCIA miccional; frequência urinaria ; noctúria e incontinência de urgência 
-Escore IPSS: SO (jato fraco; intermitência; esforço miccional e esvaziamento incompleto) + SI (urgência; frequência e 
noctúria. Vai de 0-35 pontos. 
-Tratamento: é feito quando os sintomas são muitos intensos 
o Sintomas leves (0-7 pontos): observação e acompanhamento anual 
o Sintomas moderados (8-19 pontos): terapia farmacológica 
o Sintomas graves (20-35 pontos): terapia farmacológica + cirurgia 
-Tratamento farmacológico: 
→ Alfa bloqueador (doxazosina, tansulozina): opção + usada; espera até 4 semanas p/ saber se houve melhora dos 
sintomas 
→ Inibidor de 5 alfa redutase (finasterida): efeito demora 
→ Anticolinérgico (oxibutinina e solifenacina): usada p/ sintomas irritativos 
-Tratamento cirúrgico: usada em casos refratários ou complicados 
→ Ressecção transuretral da próstata (RTU-P): é formalmente indicada em próstatas c/ peso ≤ 80 g. complicação: 
síndrome de absorção hídrica/síndrome pós-RTUhiponatremia dilucional, p/ evitar essa complicação: ressecção c/ 
cautério bipolar, redução do tempo operatório < 90 minutos e usar SF 
 
-Rastreamento: ñ há consenso; sempre pesar risco-benefício e decidir c/ o pct. Indicações: 
o ≥ 40-45 anos: se fatores de risco (afrodescendentes, história familiar positiva) 
o ≥ 50 anos: restante 
o Interromper aos 69 anos 
o PSA e TR a cada 2 anos 
→ Toque retal: área suspeita (n2ódulo ou induração)  Biopsia TR guiada por US 
→ PSA: se ≥ 4 ng/ml é suspeito. Em pcts < 60 anos o PSA é suspeito se >2,5 Biopsia TR guiada por US 
→ Refinamentos do PSA: 
✓ Velocidade > 0,75 ng/ml/ano 
✓ Densidade > 0,15 
✓ Fração livre < 25% 
-Metástase: linfonodos→ ósseas (blásticas) 
-Estadiamento: PSA + GLEASON + TNM 
• PSA: ≥10= baixo risco // 10-20=médio risco // >20= alto risco 
• GLEASON: ≤6= baixo risco // 7=médio risco // 8-10= alto risco 
• TNM: RM de próstata + cintilografia óssea (Gleason ≥7) + T1-T2a= baixo risco // T2b= médio // ≥ T2c = alto risco 
-Tratamento: classificar a doença + expectativa de vida 
o Doença localizada: Tu confinado a próstata; conduta expectante (vigilância ativa); prostatectomia radical; 
radioterapia 
o Doença avançada: tu invadindo estruturas e/ou c/ metástases; derivação androgênica 
 
UROLOGIA Carolina Ferreira 
 
-Fatores de risco: tabagismo; > 60 anos; raça branca; sexo masculino; cistites crônicas; cálculo vesical; exposição 
ocupacional; dieta rica em carnes e gorduras 
-Patologia: carcinoma de células transicionais/carcinoma urotelial (+ comum , 90-95%); carcinoma escamosos (3-
5%); adenocarcinoma (2%); outros (<1%) 
-Quadro clínico: hematúria macroscópica indolor + sintomas irritativos vesicais + massa pélvica + obstrução urinária 
+ edema de MMII (envolvimento linfonodal) + achado incidental 
-Diagnóstico: história clínica + FR + TC + cistoscopia c/ biopsia + citologia urinaria (é + o especifico)+ US de vias 
urinarias + TC ou RM de abdome e pelve + RX ou TC de tórax 
-Estadiamento: 
• T: 
→ Ta papilar ñ invasivo 
→ TIS carcinoma in situ (ou TU plano): é altamente imprevisível e agressivo c/ grande tendência a recorrência 
→ T1 lamina própria (tec.conjutivo) 
→ T2 muscular (detrusor): a partir de t2 é gravíssimo 
→ T3 gordura perivesical 
→ T4 estruturas adjacentes 
-Tratamento: 
o Grave--- ñ musculo invasivo ou ñ invasor: T1 ou menos, avalia o risco de recorrência 
o Muito grave --- musculo invasivo: T2 ou +; e cistectomia radical é feita p/ todo mundo + QT c/cisplatina neo 
o Gravíssimo--- musculo invasivo + metástase: QT c/ cisplatina 
-Risco de recorrência: 
o Baixo risco: solitário; baixo grau; Ta; ñ pode ser carcinoma in situ; < 3 cm RTU-B + QT IV 
o Intermediário  RTU-B + QT IV 
o Alto risco: múltiplo; alto grau; T1; carcinoma in situ; ≥ 3 cm  RTU-B + BCG 
 
-Indicações de nefrectomia radical: tumor > 7 cm; central; endofítico; linfonodos +; veia acometida 
-Indicações de nefrectomia parcial: tumor ≤ 7 cm; periférico; exofítico; linfonodos -; sem veia acometida; rim único; 
bilateral;  DRC 
 
CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS 
-FR: tabagismo; obesidade; exposição ocupacional (cádmio, asbesto, derivados do petróleo); síndromes genéticas 
(Von-Hippel-Lindau e esclerose tuberosa) 
-Quadro clínico: hematúria + massa abdominal palpável + dor em flanco + varicocele aguda (+ comum à esquerda) 
-Diagnóstico: TC c/ contraste (melhor exame p/ dx, observa-se massa renal principalmente à esquerda c/ necrose 
central). Massa sólida  faz nefrectomia direto (alta suspeita de Ca). 
E se a massa for cística? Identificar se é simples ou complexo 
-Metástase: pulmão→ ósseas (líticas)→fígado →cérebro 
CISTOS RENAIS 
-Classificação de Bosniak: 
• Bosniak I: homogêneo sem septações, calcificações ou captação. 
Conduta: alta 
• Bosniak II: finas septações (1mm), pequenas calcificações e < 3 cm. 
Conduta: alta 
• Bosniak IIF: várias septações finas, calcificações espessas e > 3 cm. 
Conduta: acompanhamento c/ exame de imagem por 5 anos, 1º 
repete o exame de imagem(RM ou TC abdome total c/ contraste) 
daqui a 6 meses e depois acompanhamento anual por 5 anos 
• Bosniak III e IV: massa multiloculada c/ septações espessas ou 
grosseiras; realce pelo contraste e calcificações espessas. Conduta: 
nefrectomia 
 
UROLOGIA Carolina Ferreira 
-Valores normais no EAS: 
o Até 1-2 hemácias/campo: adulto 
o Até 1-4 hemácias/campo: crianças 
-Valores anormais no EAS: 
o ≥3 hemácias/campo: adulto 
o ≥5 hemácias/campo: criança 
-Hematúria transitória: febre, atividade física, medicamento 
-Hematúria persistente: presença dos valores anormais em + 2 EAS depois de 1º vim alterado 
-Etiologia: 
o Nefrológica: 
→ Glomerulares: urina marrom e sem coágulos; cilindros hemáticos; hemácias dismórficas; cilindros leucocitários e 
proteinúria > 500mg/dia 
→ Tubulointersticial: proteinúria > 500mg/dia; cilindros leucocitários e raramente hemáticos 
o Urológica: trauma; nefrolitíase; ITU baixa(prostatite); neoplasias urológicas; HPB 
-Diagnóstico: USG; UROTC; cistoscopia

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