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UNIDADE 04 Acidente de Trabalho. Quando falamos em acidente de trabalho é importante que as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, tenham a convicção da necessidade ter pleno conhecimento dos quatro fatores relacionados aos acidentes e incidentes, que são: • Condição Insegura • Ato Inseguro • Perigo • Risco Condição insegura: Está relacionada ao ambiente de trabalho, considerando todas as instalações recursos e condições gerais. Aqui daremos ênfase à responsabilidade do empregador em manter o ambiente em condições seguras, e ao empregado em colaborar com a manutenção deste ambiente preservando-o sempre seguro, dentro dos limites de tolerância. Ato inseguro: Está relacionado ao comportamento do indivíduo, que por negligência, imperícia ou imprudência coloca-se ou coloca outros em condições de riscos. Vale ressaltar que um ato inseguro, pode resultar também num ambiente inseguro. Perigo: Conforme a NR1 o perigo é: Fonte com o potencial de causar lesões ou agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em combinação com outros tem o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou agravos à saúde. Risco: Faz referência a exposição e a probabilidade, e conforme a mesma NR1 o risco é: Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde. A importância de conhecer os quatro fatores relacionados aos acidentes se dá pelo fato que, são premissas da gestão de saúde e segurança do trabalho, a realização de análise de risco antes de iniciar o trabalho, e também após um evento perigoso e nos dois casos, as análises são orientadas para o local de trabalho e o indivíduo. Para cada setor/atividade é pressuposto que uma empresa estruturada também seja organizada ou no mínimo busca a adequação as legislações que envolvem a saúde e segurança. Portanto, as normas e procedimentos precisam estar alinhadas as exigências legais. Neste contexto, o Programa de Gerenciamento de Riscos (NR1) as relações entre ente perigos e riscos são objetos de estudos utilizando um Matriz de Perigos e Riscos, como será apresentado no próximo assunto. O objetivo é identificar nos locais e atividades todos os fatores de riscos para que sejam implementadas as ações de prevenção, dentro de um planejamento, afim de eliminar e/ou controlar os riscos. Matriz de Perigos e Riscos É um mecanismo de gestão que utiliza uma técnica visual, onde deve-se classificar e avaliar os perigos e riscos. A matriz de riscos não é mencionada na NR1 nem no PGR, mas é mencionada a necessidade de classificar e avaliar os riscos, por meio de um inventário dos riscos ocupacionais, conforme o item 1.5.7.3.2 desta mesma NR: 1.5.7.3.2 O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar, no mínimo, as seguintes informações: a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho; b) caracterização das atividades; c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas; Este texto não substitui o publicado no DOU 8. d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17. e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação; e f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão (...) A matriz deve ser de acordo com a realidade da empresa, e, portanto, compete aos gestores a adequação. Os modelos existentes foram desenvolvidos por especialistas no assunto, mas todos os modelos devem atender aos dispostos na NR1 1.5.3.2, alínea c: avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco. A estrutura da matriz se dá pelo cruzamento da probabilidade (frequência) com a consequência (gravidade) onde, cada um dos eixos (vertical e horizontal) tem um nível atribuído conforme o exemplo da matriz abaixo. Cada item avaliado também tem uma descrição que o representa como tal e auxilia na interpretação da matriz. A tabela abaixo é um exemplo. Agora que você já conhece esses fatores relacionados aos acidentes e também sabe da importância da matriz de riscos, vamos entender o que é o acidente de trabalho. Acidente de Trabalho A definição de acidente conforme artigo 19, da Lei nº 8.213/91 que trata dos Planos de Benefícios da Previdência Social é: Podemos extrair definição três condições básicas que caracterizam um acidente ou doença do trabalho: ✓ O trabalhador deve estar a serviço da empresa; ✓ O trabalhador sofre uma lesão corporal ou perturbação funcional; ✓ Perda ou redução da capacidade para o trabalho Embora o acidente do trabalho nos remete a uma imagem chocante, como esmagamento, fratura exposta por exemplo, as doenças profissionais, muitas vezes silenciosas, não dispensam a necessidade de emissão do Comunicado de Acidente do Trabalho – CAT. Divisão de acidente de trabalho Os acidentes de trabalho são divididos em 3 (três) tipos: 1) Acidente típico: aquele que ocorre no ambiente de trabalho, e durante a jornada de trabalho. É um acontecimento súbito, violento e ocasional, que culmina na interrupção do trabalhador na prestação de serviço. Exemplos: batidas, quedas, queimaduras, contato com produtos químicos, choque elétrico, etc. 2) Acidente de trajeto: é aquele sofrido pelo empregado no percurso de sua residência até o local de trabalho, ou em seu retorno ao final do expediente, por qualquer que seja o meio de locomoção, mesmo que seja em um veículo do próprio empregado. Nesse caso, o acidente de trajeto deixa de ser assim entendido quando o empregado tenha, por qualquer motivo particular, alterado o trajeto ou interrompido, como por exemplo, se parou para ir ao supermercado antes de voltar para casa. 3) Doenças ocupacionais: esse tipo de acidente de trabalho, correspondem às doenças decorrentes do trabalho, e podem ser classificadas em “doenças profissionais” e “doenças do trabalho”. o Doença profissional é identificada quando há uma relação desencadeada pelo exercício de trabalho exposto a agentes físicos, químicos ou biológicos, conforme as deliberações do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Exemplo: LER (lesão por esforço repetitivo), perda auditiva induzida pelo ruído (provocada, na maioria das vezes, pela exposição a altos níveis de ruído durante período prolongado), bissinose (estreitamento das vias respiratórias causado pela aspiração de partículas de algodão), siderose (causada pela inalação de partículas de ferro, asbestose (causada pelo trabalho com amianto), e etc. o Doença do trabalho é aquela desencadeada a partir de condições inadequadas de trabalho, onde se torna necessária a comprovação das causas, que afirmem a concepção em decorrência do trabalho. Exemplos: alergias respiratórias adquiridas em ambientes condicionados, estresse, fadiga, dores de coluna em motoristas, e etc. Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) A emissão do Comunicado de Acidente do Trabalho é um procedimento que ter por objetivo atender o disposto no artigo 22 da Lei nº 8.213/91, que expressa: A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.Tanto o funcionário acidentado, ou seus dependentes, bem como o sindicato da categoria deverão receber uma cópia dessa comunicação, como garantia da realização do processo. Na falta de comunicação por parte da empresa, o próprio funcionário poderá formalizá-la, seus dependentes, ou o sindicato que o representa. Além disso, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, também poderá realizar essa comunicação caso a empresa não cumpra sua obrigação. O envio do comunicado (CAT) deve ser de acordo com as seguintes ocorrências: • CAT inicial irá se referir a acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato; • CAT de reabertura será utilizada para casos de afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho (não será considerada CAT de reabertura a situação de simples assistência médica ou de afastamento com menos de 15 dias consecutivos); • CAT de comunicação de óbito, será emitida exclusivamente para casos de falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial Registro do Comunicado de Acidente de Trabalho – CAT O registro é feito on-line, de acordo com as instruções previstas no sitio do INSS: https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de- trabalho-cat , mas também pode ser entregue em formulário impresso, conforme o https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat modelo abaixo, disponível no sítio: https://www.gov.br/inss/pt-br/centrais-de- conteudo/formularios/copy_of_CAT.pdf https://www.gov.br/inss/pt-br/centrais-de-conteudo/formularios/copy_of_CAT.pdf https://www.gov.br/inss/pt-br/centrais-de-conteudo/formularios/copy_of_CAT.pdf
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