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ANATOMIA-E-FISIOLOGIA-HUMANA

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2 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3 
1 CONCEITOS BÁSICOS ..................................................................................... 4 
2 SISTEMA ESQUELÉTICO ............................................................................... 16 
3 SISTEMA ARTICULAR .................................................................................... 20 
4 SISTEMA MUSCULAR .................................................................................... 22 
5 SISTEMA NERVOSO ....................................................................................... 24 
6 SISTEMA CIRCULATÓRIO.............................................................................. 30 
7 SISTEMA RESPIRATÓRIO .............................................................................. 36 
8 SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................................. 41 
9 SISTEMA URINÁRIO ....................................................................................... 47 
10 SISTEMA GENITAL MASCULINO ................................................................... 49 
11 SISTEMA GENITAL FEMININO ....................................................................... 52 
12 SISTEMA ENDÓCRINO ................................................................................... 58 
13 SISTEMA SENSORIAL .................................................................................... 60 
14 SISTEMA TEGUMENTAR ................................................................................ 61 
15 HOMEOSTASIA ............................................................................................... 63 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 CONCEITOS BÁSICOS 
Fonte: shre.ink/mpb1 
A Anatomia (ana = em partes + tomein = cortar) é a ciência que estuda 
macroscopicamente a estrutura dos seres organizados, através da descrição 
morfológica dos órgãos e sistemas. É imprescindível ter o conhecimento da 
anatomia do corpo humano, desde as menores até às maiores dimensões de seus 
componentes, que comumente são divididos em níveis organizacionais. 
 
5 
 
Abordagens ou especialidades anatômicas 
 
Duas categorias gerais dos estudos anatômicos são comumente consideradas: 
a anatomia microscópica e a anatomia macroscópica. A anatomia microscópica 
examina estruturas que não são visíveis a olho nu, utilizando-se de equipamentos 
como lupas e microscópios ópticos e eletrônicos. A anatomia macroscópica é a qual 
considera as estruturas visíveis a olho nu e que se vale de formas de estudo como a 
anatomia de superfície, a anatomia topográfica (ou regional) e a anatomia sistêmica. 
Estas formas de estudo se completam gerando uma perspectiva mais ampla para o 
conhecimento. Entenda-as: 
➢ Anatomia de superfície: analisa os pontos ou regiões superficiais do corpo, 
sem utilizar métodos de dissecção, por meio da palpação ou observação. 
➢ Anatomia topográfica: examina as características internas e externas de uma 
região do corpo específica, como tórax, abdome e membros superiores e 
inferiores. 
➢ Anatomia sistêmica: estudo dos sistemas do corpo; como o sistema ósseo, 
muscular, nervoso e digestório. Considera as características anatômicas de um 
grupo de órgãos que funcionam integrados para produzir efeitos coordenados. 
➢ Anatomia do desenvolvimento ou embriologia: acompanha o 
desenvolvimento humano desde o nascimento até a maturidade física; 
➢ Anatomia clínica: compreende as características anatômicas descobertas nas 
patologias. 
➢ Anatomia comparada: relaciona a anatomia de outros animais que 
apresentam um processo de evolução semelhante ao do ser humano; 
➢ Anatomia por imagem ou anatomia radiológica: gera o conhecimento 
anatômico por meio da visualização e da interpretação de imagens 
radiológicas, como as da radiografia, da tomografia computadorizada, da 
ressonância magnética (Figura 1). As imagens geradas pelo aparelho de 
ultrassom (ecografia) também estão incluídas. 
As imagens radiológicas podem ser úteis não apenas para estudar a anatomia 
normal do corpo humano, mas também para compreender as variações anatômicas, 
 
6 
 
patologias e diferenças morfológicas em neonatos, crianças, adultos jovens, adultos 
e idosos. 
 
 
Terminologia anatômica 
A anatomia é uma ciência essencialmente baseada em observar e descrever o 
que se vê. Os anatomistas estudam o corpo humano há séculos, tentando proferir o 
que encontram e o que veem; para isso, eles necessitam de um vocabulário 
específico, que traduza a imagem em linguagem. Esta linguagem é fundamentalmente 
derivada de termos e étimos gregos e latinos. Por exemplo, a palavra intercostal é 
composta das raízes do latim inter, que significa ‘entre’, e costo, que significa 
‘costelas’; assim, a palavra intercostal tem como significado ‘entre as costelas’, como 
os músculos intercostais (BECKER, et al., 2018). 
Essa linguagem anatomoclínica é amplamente utilizada na área da saúde, 
devendo ser inserida para comunicação no ambiente acadêmico e vida profissional. 
 
 
 
 
7 
 
Posições corporais 
 
As descrições de alguma parte do corpo humano assumem que elas estão em 
uma posição padronizada de referência chamada posição anatômica. Na posição 
anatômica, o indivíduo se mantém ereto de frente para o observador, com a cabeça e 
os olhos voltados diretamente para frente. Os membros inferiores estão paralelos, os 
pés estão retos sobre o chão e direcionados para frente. Os membros superiores ficam 
ao lado do corpo, com as palmas voltadas para frente. Dois termos descrevem o corpo 
deitado. Se o corpo está com o rosto voltado para baixo, ele está em decúbito ventral. 
Se o corpo está com o rosto voltado para cima, ele está em decúbito dorsal 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
Partes do corpo humano e regiões anatômicas 
 
A divisão do corpo humano é feita em partes principais, que podem ser 
identificadas externamente. As principais partes do corpo são a cabeça, o pescoço, o 
tronco, os membros superiores e os membros inferiores. A cabeça consiste no crânio 
e na face. O crânio envolve e protege o encéfalo; a face é a parte frontal da cabeça 
que inclui olhos, nariz, boca, fronte, bochechas e mento. O pescoço sustenta a 
cabeça, unindo-a ao tronco. O tronco consiste em tórax, abdome e pelve. Cada 
membro superior está unido ao tronco e consiste em ombro, axila, braço (a parte do 
membro do ombro até o cotovelo), antebraço (do cotovelo até o punho), punho e mão. 
Cada membro inferior também está unido ao tronco e consiste em nádega, coxa (a 
parte do membro da nádega até o joelho), perna (a parte do membro do joelho até o 
tornozelo), tornozeloe pé. A região inguinal é a área na superfície anterior do corpo, 
marcada por uma prega de cada lado, na qual o tronco se liga às coxas (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
 
8 
 
 
Na figura acima, mostra os nomes comuns anatômicos e os da terminologia 
anatômica das principais partes do corpo. Por exemplo, se você recebe uma vacina 
antitetânica na região glútea, ela é aplicada na nádega. Como o termo anatômico para 
uma parte do corpo em geral se baseia em uma palavra ou “radicais” gregos ou latinos, 
ela pode ser diferente do nome comum para a mesma parte do corpo. Por exemplo, a 
palavra latina que descreve a cavidade abaixo da articulação do ombro é “axila”. 
Desse modo, um dos nervos que atravessam essa região é denominado nervo axilar. 
Termos direcionais 
Para localizar diferentes estruturas do corpo, os anatomistas usam termos 
direcionais específicos, palavras que descrevem a posição de uma parte do corpo em 
relação à outra. Diversos termos direcionais são agrupados em pares com significados 
opostos, como anterior (frente) e posterior (atrás). 
 
9 
 
A maioria dos termos direcionais usados para descrever a correlação entre uma 
parte do corpo com outra pode ser agrupada em pares com significados opostos. Por 
exemplo, superior significa na direção da parte de cima do corpo e inferior significa na 
direção da parte de baixo do corpo. É importante entender que os termos direcionais 
têm significados relativos; eles só fazem sentido quando usados para descrever a 
posição de uma estrutura em relação à outra. Por exemplo, o joelho é superior ao 
tornozelo, mesmo que ambos estejam localizados na metade inferior do corpo 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
TERMOS DIRECIONAIS DEFINIÇÃO EXEMPLO DE USO 
Superior (cefálico ou cranial) Em direção à cabeça ou na parte 
de cima de uma estrutura. 
O coração encontra-se superior 
ao fígado. 
Inferior (caudal) Distante da cabeça ou na parte de 
baixo de uma estrutura. 
O estômago encontra-se 
inferior aos pulmões. 
Anterior (ventral)* Próximo da parte frontal ou na 
frente do corpo 
O esterno encontra-se anterior 
ao coração. 
Posterior (dorsal) Próximo ou na parte de trás do 
corpo. 
O esôfago encontra-se 
posterior à traqueia. 
Medial Próximo ao plano mediano (um 
plano imaginário vertical que 
divide o corpo em lados iguais 
direito e esquerdo). 
A ulna encontra-se medial ao 
rádio. 
Lateral Mais afastado do plano mediano. Os pulmões encontram-se 
laterais ao coração. 
Intermediário Entre duas estruturas. O colo transverso encontra-se 
em posição intermediária aos 
colos ascendente e 
descendente do intestino 
grosso. 
Ipsilateral No mesmo lado do corpo em 
relação a outra estrutura. 
A vesícula biliar e o colo 
ascendente do intestino grosso 
são ipsilaterais. 
Contralateral No lado oposto do corpo em 
relação a outra estrutura. 
Os colos ascendente e 
descendente do intestino 
grosso são contralaterais. 
Proximal Próximo à ligação entre um 
membro e o tronco; próximo à 
origem de uma estrutura. 
O úmero encontra-se proximal 
ao rádio. 
 
10 
 
Distal Distante da ligação entre um 
membro e o tronco; distante da 
origem de uma estrutura. 
As falanges (ossos dos dedos 
da mão) são distais aos ossos 
carpais. 
Superficial (externo) Na direção ou na superfície do 
corpo. 
As costelas encontram-se 
superficiais aos pulmões. 
Profundo (interno) Distante da superfície do corpo. As costelas encontram-se 
profundas em relação à pele do 
tórax e do dorso. 
*Repare que os termos anterior e ventral significam a mesma coisa para seres humanos. Entretanto, 
nos quadrúpedes, ventral refere-se ao ventre e é, portanto, inferior. De maneira semelhante, os termos 
posterior e dorsal significam a mesma coisa em seres humanos, mas em quadrúpedes, dorsal refere-
se ao dorso e é, portanto, superior. 
Os termos direcionais localizam precisamente várias partes do corpo em 
relação umas às outras. 
 
11 
 
 
 
Fonte: shre.ink/mh0f 
Posição anatômica 
 
 O termo posição anatômica é outra convenção para examinar o corpo humano de 
uma forma organizada e metodológica. Esse termo estabelece que a posição seja: o 
corpo humano está em pé (ereto), o olhar no horizonte, as palmas das mãos para 
frente (supinação), os membros superiores e inferiores estão retos (em extensão) e 
os pés estão ligeiramente afastados. Portanto, visto que definido esse termo, não 
precisa mais visualizar uma imagem, somente imaginar o corpo posicionado assim. 
(BECKER, et al., 2018). 
 
Quadrantes abdominais 
 
Na anatomia de superfície existe termos que referenciam as regiões do 
abdome. Trata-se de uma convenção para padronizar a comunicação e descrição 
anatômica na área da saúde. Comumente, são aplicadas duas formas ao abdome: a 
divisão em 4 e em 9 quadrantes. Essa divisão do abdome é feita para facilitar a 
descrição da localização anatômica e é também muito útil para a investigação de 
disfunções e patologias. Cada quadrante é específico a órgãos e/ou estruturas 
internas, abdominais e pélvicas específicas (BECKER, et al., 2018). 
 
12 
 
 
Anatomia seccional 
 
Podem ser examinadas através de cortes ou planos de corte todas as 
estruturas da anatomia. Existem três tipos de cortes ou secções padronizados. 
 
 
Através de imagem radiológica, da interpretação diagnóstica de exames de 
tomografia computadorizada e ressonância magnética é possível realizar o estudo 
anatômico em secções. Caso você tenha a oportunidade de observar essas imagens 
radiológicas em cortes, automaticamente você estará exercitando a anatomia 
topográfica, observará estruturas e órgãos de vários sistemas corporais em um único 
 
13 
 
corte. Ainda estará testando seu raciocínio espacial, tentando imaginar uma estrutura 
em três dimensões, partindo de uma imagem em duas dimensões (BECKER, et al, 
2018). 
 
 
Cavidades do corpo 
 
O corpo é formado internamente por cavidades cujas funções são proteger 
separar e sustentar os órgãos. 
 
14 
 
 
Anatomia Sistêmica 
 
Como vimos anteriormente, a anatomia sistêmica consiste no estudo da 
morfologia dos órgãos que compõem os sistemas orgânicos, os quais em conjunto 
formam o corpo humano. Os sistemas orgânicos encontram descritos a seguir: 
➢ Sistema esquelético: formado pelos ossos que compõem o esqueleto de 
sustentação do corpo, além de servir de suporte de fixação a outras estruturas 
(exemplo: músculos) e de proteção a órgãos (exemplo: coração e pulmões). 
➢ Sistema articular: composto pelas articulações que conectam os ossos, de 
fundamental importância para a realização de movimentos. 
➢ Sistema muscular: constituído pelos músculos esqueléticos, os quais se fixam 
nos ossos e são responsáveis pela parte ativa movimento. 
 
15 
 
➢ Sistema nervoso: constituído por uma parte central (sistema nervoso central), 
uma parte periférica (sistema nervoso periférico) e uma autônoma (sistema 
nervoso autônomo). 
➢ Sistema circulatório: composto pelo coração e por vasos nos quais circulam 
o sangue e a linfa. 
➢ Sistema respiratório: constituído por órgãos responsáveis pela condução 
(exemplo: nariz, faringe, laringe, traqueia e brônquios) e trocas de gases entre 
o ar e o sangue (exemplo: pulmões). 
➢ Sistema digestório: formado por órgãos que transportam (exemplo: faringe, 
esófago) e modificam o alimento ingerido (exemplo: boca, estômago, pâncreas, 
fígado), além de permitir a absorção de nutrientes (exemplo: intestino delgado), 
armazenamento e eliminação de resíduos para o meio externo (intestino 
grosso). 
➢ Sistema urinário: composto pelos órgãos produtores de urina (rins) e vias 
urinárias que transportam a urina para o meio externo (cálices renais, pelve 
renal, ureter, bexiga urinária e uretra). 
➢ Sistema genital feminino: constituído por órgãos produtores de gametas 
(ovários), tubas uterinas, útero, vagina, glândulas vestibulares, clitóris e vulva. 
➢ Sistema genital masculino:composto por órgãos produtores de gametas 
(testículos), além dos epidídimos, ductos deferentes, ducto ejaculatório, 
glândulas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais, uretra, escroto e pênis. 
➢ Sistema endócrino: formado por glândulas endócrinas, que não possuem 
ducto excretor (hipófise, tireoide, paratireoides, pineal, ilhotas pancreáticas, 
suprarrenal). 
➢ Sistema sensorial: constituído pelos órgãos dos sentidos e estruturas 
responsáveis por informar sensações ao sistema nervoso (pele, orelha, nariz, 
boca, olho). 
➢ Sistema tegumentar: formado pelas estruturas que revestem externamente o 
corpo (pele, cabelo, pelos, unhas, glândulas sebáceas e mamárias). 
A seguir, discutiremos detalhadamente os órgãos e estruturas que compõem 
cada sistema. 
 
16 
 
2 SISTEMA ESQUELÉTICO 
Fonte: shre.ink/mpO4 
 
O corpo humano adulto é formado por aproximadamente 206 ossos, unidos por 
articulações, os quais em conjunto formam o esqueleto. No entanto, o número de 
ossos que formam o esqueleto pode variar, dependendo dos critérios de contagem, 
da idade e de variações individuais. O esqueleto é um arcabouço ósseo, resistente, 
que tem por função fornecer suporte e sustentação ao corpo e conferir proteção à 
órgãos vitais (coração, pulmões, encéfalo e medula espinal). Ainda, o esqueleto serve 
de reservatório de diversos íons (cálcio e fosfato), além também de armazenar células 
tronco hematopoiéticas, que irão originar diversas células sanguíneas (SILVA, 2021). 
O esqueleto é dividido em esqueleto axial, o qual forma o eixo do corpo (ossos 
da cabeça, pescoço e tronco), e esqueleto apendicular, formado pelos membros 
(ossos dos membros superiores e inferiores). O esqueleto apendicular se conecta ao 
esqueleto axial através dos cíngulos do membro superior (escápula e clavícula) e do 
membro inferior (ossos do quadril). 
Os ossos são revestidos externamente por uma membrana, denominada de 
periósteo (exceto as superfícies articulares). À camada profunda do periósteo é 
osteogênica, e contém células responsáveis pelo remodelamento do tecido ósseo. 
Além disso, observa-se no periósteo diversos nervos e vasos sanguíneos, os quais 
são responsáveis pela inervação e nutrição dos ossos (SILVA, 2021). 
 
 
17 
 
Classificação dos ossos 
 
Os ossos podem ser classificados de diversas maneiras. Conforme a sua 
localização topográfica, podem ser classificados em axiais (localizam-se no esqueleto 
axial) e apendiculares (localizam-se no esqueleto apendicular). Além disso, os ossos 
podem ser classificados conforme a predominância de uma de suas dimensões em: 
ossos longos (comprimento predomina sobre espessura e largura; exemplos: fêmur, 
úmero), curtos (comprimento, largura e espessura equivalentes; exemplo: ossos do 
carpo e do tarso), planos (largura e comprimento predominam sobre espessura; 
exemplo: escápula, frontal), irregulares (não possuem morfologia definida; exemplo: 
temporal, vértebras), pneumáticos (possuem cavidades contendo ar e revestidas de 
mucosa; exemplo: frontal, maxilar) e sesamoides (encontrados em articulações ou 
tendões; exemplos: patela, periarticulares). 
 Nos ossos longos é possível notar duas extremidades, denominadas epífises, 
conectadas por um corpo denominado de diáfise. Em ossos longos com ossificação 
incompleta, observa-se a presença da cartilagem epifisial entre a epífise e a diáfise, a 
qual é responsável pelo crescimento em comprimento do osso longo. No interior da 
diáfise, observa-se a cavidade medular, que contém a medula óssea amarela. Além 
disso, ao seccionarmos um osso, podemos observar que este é formado por dois tipos 
de substância óssea, denominadas substância compacta e substância esponjosa 
(SILVA, 2021). 
Osso longo Apresenta um comprimento maior que a largura e a espessura. Exemplo: 
fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula e falanges 
Osso curto Apresenta equivalência das três dimensões. São os ossos que suportam o 
peso do corpo. Exemplo: ossos do carpo e do tarso. 
Osso plano Seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando sobre a 
espessura. Ossos do crânio, como o parietal, frontal, occipital e outros como 
a escápula e o osso do quadril, são exemplos bem demonstrativos. São 
também chamados (impropriamente) de ossos planos. 
Osso irregular Apresenta uma morfologia complexa não encontrando correspondência em 
formas geométricas conhecidas. As vértebras e osso temporal são exemplos 
marcantes. 
 
 
18 
 
 
Ossos do esqueleto axial 
 
O esqueleto axial é formado pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco. 
 
Ossos da cabeça 
 
São ossos do crânio e da face: Frontal, parietal, occipital, temporal, esfenoide, 
etmoide, nasal, maxila, mandíbula, zigomático, palatino, vômer, lacrimal, ossículos da 
audição e concha nasal inferior (SILVA, 2021). 
 
Ossos do pescoço e do tronco 
 
A coluna vertebral corresponde ao eixo ósseo do corpo, que além de servir de 
suporte para a sustentação e movimentação do corpo, também protege a medula 
espinal, localizada no seu interior. As vértebras possuem uma estrutura básica, 
constituída pelo forame vertebral, corpo vertebral, processos transversos e 
espinhosos. 
 
19 
 
A coluna vertebral é formada por 33 peças ósseas que se articulam entre si 
através dos discos intervertebrais. As vértebras encontram-se dispostas umas sobre 
as outras, formando a coluna vertebral, e são classificadas em: 
 
➢ 7 vértebras cervicais 
➢ 12 vértebras torácicas 
➢ 5 vértebras lombares 
➢ 5 vértebras sacrais (sacro) 
➢ 4 vértebras coccígeas (cóccix) 
As vértebras são conectadas entre si por diversas articulações e ligamentos de 
modo a conferir estabilidade e flexibilidade à coluna, atributos necessários para 
amobilidade do tronco, postura, equilíbrio e suporte de peso. 
As vértebras torácicas, por sua vez, se associam com o esterno e as costelas 
para formar a caixa torácica (SILVA, 2021). 
 
 
 
20 
 
Ossos do esqueleto apendicular 
 
O esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros superiores e 
inferiores. 
 
Ossos dos membros superiores 
 
São ossos dos membros superiores: escápula, clavícula, úmero, ulna, rádio, 
carpo, metacarpo e falanges. 
 
Ossos dos membros inferiores 
 
São ossos dos membros inferiores: ossos do quadril, fêmur, patela, tíbia, fíbula, 
tarso, metatarso e falanges. 
3 SISTEMA ARTICULAR 
Fonte: shre.ink/mpOX 
 
As articulações unem dois ou mais ossos, e têm por função permitir a formação 
do esqueleto. Além de promover a união entre os ossos, as articulações 
desempenham importante papel na movimentação, através da sua associação com o 
 
21 
 
sistema esquelético e sistema muscular. Elas podem ser classificadas de acordo com 
sua estrutura ou função (SILVA, 2021). 
As articulações fibrosas são formadas por tecido conjuntivo fibroso, e possuem 
mobilidade extremamente reduzida. As articulações fibrosas podem ser subdivididas 
em: suturas (entre os ossos do crânio), gonfoses (entre dente e alvéolo) e 
sindesmoses (entre extremidades distais da tíbia e fibula). As suturas apresentam 
forma variável e, por isso, podemos classificá-las em: plana, escamosa, esquindilese 
e serrátil. No neonato, observa-se uma maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso 
entre os ossos do crânio, a qual é fundamental para permitir o crescimento destes 
ossos. Essas regiões são chamadas de fontanelas (ou fontículos) e desaparecem 
após a ossificação completa do crânio. 
As articulações cartilaginosas são constituídas por cartilagem hialina ou 
fibrocartilagem, e também apresentam pouca mobilidade. As articulações 
cartilaginosas possuem cartilagem hialina entre os ossos e são classificadas como 
sincondroses (sincrondose esfeno-occipital). Já as articulações cartilaginosas 
formadas por fibrocartilagem são denominadas de sínfises (sínfise púbica). 
O terceiro tipo de articulação é a articulação sinovial, a qual apresenta como 
elemento estrutural o líquidosinovial. Diferente das articulações fibrosas e 
cartilagíneas, as articulações sinoviais permitem grande mobilidade entre as peças 
ósseas dessa articulação. As extremidades ósseas que se relacionam nessa 
articulação são revestidas por cartilagem hialina, e são desprovidas de irrigação 
sanguínea e inervação, o que torna a regeneração do tecido lenta em caso de lesões. 
Além disso, encontramos nesse tipo de articulação uma cápsula articular, que envolve 
a articulação e conecta as peças ósseas, e uma cavidade articular, onde se encontra 
o líquido sinovial. As articulações sinoviais podem ainda apresentar elementos 
acessórios, como por exemplo, meniscos, discos e ligamentos (SILVA, 2021). 
As articulações sinoviais podem ser classificadas morfologicamente de acordo 
com a forma das superfícies ósseas articulares em: plana (articulações intercarpais), 
gínglimo (articulação interfalângica), trocoidea (articulação radioulnar proximal), 
elipsoidea (articulação metacarpofalângica), selar (articulação carpometacarpal do 
polegar) e esferoidea (articulação do quadril). Elas podem ainda ser classificadas de 
acordo com os movimentos realizados em torno de um, dois ou três eixos (ântero-
posterior, longitudinal e látero-lateral) em: monoaxiais (articulação rádioulnar 
 
22 
 
proximal), biaxiais (articulação radiocarpal) e triaxiais (articulações do ombro e 
quadril). 
4 SISTEMA MUSCULAR 
Fonte: shre.ink/mpOQ 
 
O sistema muscular é composto pelos músculos estriados esqueléticos, 
responsáveis por realizar diversos tipos de movimento. Os músculos são formados 
por células especializadas, que contraem e relaxam frente à diferentes estímulos. As 
células musculares são fusiformes e alongadas, sendo denominadas de fibras. 
As fibras se agrupam em feixes que, por sua vez, formam os músculos, por 
serem o elemento ativo do movimento, participam da sustentação, locomoção e 
manutenção da forma do corpo. Além disso, os músculos são reservatórios de 
proteínas e fontes de produção de calor. Os músculos estriados esqueléticos 
apresentam estriações, e são em sua maioria voluntários. Ainda é válido ressaltar que 
a força de contração de um músculo depende não apenas do número de fibras que o 
compõe, mas também do diâmetro destas fibras (SILVA, 2021). 
Os músculos estriados esqueléticos possuem uma porção carnosa, chamada 
ventre muscular, que é a parte contrátil dos músculos. Além disso, os músculos 
estriados esqueléticos possuem em suas extremidades uma porção branca 
cilíndrica/ou em forma de fita, denominada tendão ou aponeurose, as quais são 
constituídas de tecido conjuntivo denso e são responsáveis por fixar o músculo ao 
esqueleto, cartilagens ou outras estruturas. 
 
23 
 
Além disso, os músculos estriados esqueléticos são envolvidos externamente 
por uma membrana de tecido conjuntivo, a fáscia muscular, que tem por finalidade, 
otimizar o trabalho de contração dos músculos, além de auxiliar a sua fixação ao 
esqueleto (SILVA, 2021). 
O ponto proximal de fixação do músculo é denominado origem, enquanto que 
o ponto distal de fixação é denominado de inserção. Nos membros, normalmente, a 
inserção corresponde à porção mais distal, e a origem à porção mais proximal do 
músculo. Dessa forma, a origem e inserção do músculo não dependem do movimento 
realizado. No entanto, é válido esclarecer que durante a realização de determinados 
movimentos, um músculo pode ter seus pontos fixo e móvel alterados. 
Os músculos podem ser classificados conforme vários critérios que incluem a 
disposição das fibras musculares e a forma. Quanto à disposição das fibras 
musculares, os músculos podem ser classificados em longo (m. 
esternocleidomastoideo), largo (m. glúteo máximo) e fusiforme (m. bíceps braquial), 
quando apresentam fibras musculares paralelas. Ainda, alguns músculos apresentam 
fibras em disposição oblíqua, sendo classificados como peniformes, quando suas 
fibras são oblíquas em relação aos tendões (m. reto femoral). 
Além disso, alguns músculos apresentam fibras musculares em disposição 
circular, sendo classificados como circulares (m. orbicular da boca). Quanto ao 
número de origens, os músculos podem ser classificados em bíceps (2 origens: m. 
bíceps braquial), tríceps (3 origens: m. tríceps sural) e quadríceps (quatro origens: m. 
quadríceps femural). 
No que diz respeito ao número de inserções, os músculos podem ser divididos 
em bicaudado (2 tendões de inserção: m. reto da coxa) e policaudado (3 ou mais 
tendões de inserção: mm. extensores dos dedos da mão). Além disso, os músculos 
podem ser classificados conforme o número de ventres musculares em digástrico (2 
ventres: m. digástrico) e poligástrico (3 ou mais ventres: m. reto do abdome). 
Os músculos também podem ser classificados conforme o movimento que 
realizam, ou seja, de acordo com sua função. Assim, quando o músculo é o principal 
agente na execução de um movimento, ele é denominado agonísta; quando se opõe 
ao movimento do agonista, ele é denominado antagonista. 
 
24 
 
As células musculares normalmente são controladas pelo sistema nervoso, 
através da inervação das fibras musculares, que irão promover a contração ou 
relaxamento do músculo (SILVA, 2021). 
5 SISTEMA NERVOSO 
Fonte: shre.ink/mpOt 
 
O sistema nervoso é responsável pela integração do ser humano ao meio 
ambiente, uma vez que é capaz de interpretar os estimulos aplicados ao corpo, e gerar 
respostas adequadas a este estímulos. Desta forma, o sistema nervoso controla e 
coordena todos os sistemas que formam o organismo. Para desempenhar suas 
funções, o sistema nervoso possui milhões de receptores sensitivos, que detectam 
informações de dentro e fora do corpo. Em seguida o sistema nervoso interpreta e 
integra essas informações, as quais irão desencadear respostas nos órgãos efetores 
(SILVA, 2021). 
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC), formado pela 
medula espinal e pelo encéfalo, responsável por interpretar estímulos e gerar 
comandos, e pelo sistema nervoso periférico (SNP), formado por nervos cranianos e 
espinais, gânglios e terminações nervosas, cuja função é tanto conduzir estímulos 
para o SNC como também ordens geradas no SNC para as estruturas-alvo (fibras 
 
25 
 
meotoras ou eferentes). Além disso, há o sistema nervoso autônomo (SNA), formado 
pelas subdivisões simpática e parassimpática, o qual é responsável pelo controle e 
manutenção da homeostase do organismo (SILVA, 2021). 
 
Sistema nervoso central e sistema nervoso periférico 
 
O SNC é formado pelo encéfalo e medula espinal, os quais se localizam dentro 
do crânio e da coluna vertebral. O SNP, como mencionado anteriormente, é composto 
por terminações nervosas, nervos e gânglios. Os nervos correspondem a feixes de 
fibras nervosas que conduzem ou trazem impulsos ao SNC, e podem ser divididos em 
nervos cranianos ou espinais. 
 
Os nervos cranianos (12 pares) fazem conexão com o encéfalo, e são divididos 
em: 
Olfatório (I), 
Óptico (II), 
Oculomotor (III), 
Troclear (IV), 
Trigêmeo (V), 
Abducente (VI), 
Facial (VII), 
Vestibulococlear (VIII), 
Glossofaríngeo (IX), 
Vago (X), 
Acessório (XI) e Hipoglosso (XII). 
 
Já os nervos espinais (31 pares) realizam conexão com a medula espinal. 
 
Cérebro 
 
O encéfalo pode ser dividido em várias partes, que são o cérebro, tronco 
encefálico e cerebelo. O cérebro é formado pelo telencéfalo e diencéfalo, que durante 
o processo de desenvolvimento do embrião evoluem a partir do prosencéfalo. O 
telencéfalo é composto por dois hemisférios cerebrais, os quais estão unidos por 
fibras, denominadas de comissuras. Os hemisférios cerebrais são compostos pelo 
 
26 
 
córtex cerebral (substância cinzenta), fibras nervosas (substância branca) e núcleos 
da base. 
A área clara, denominada substância branca, localiza-se na região central do 
encéfalo, enquanto a área escura, denominada substância cinzenta,ocupa a região 
periférica do encéfalo (SILVA, 2021). 
Na substância branca há predomínio de fibras nervosas mielínicas, enquanto 
que na substância cinzenta há predomínio de corpos de neurônios. O acúmulo de 
corpos de neurônios no SNC forma núcleos, os quais possuem diversas funções, 
como por exemplo, controle da respiração, da pressão arterial, da produção de 
hormônios, etc. 
 
Tronco encefálico 
 
O tronco encefálico é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo, os quais 
evoluem a partir do mesencéfalo, metencéfalo e mielencéfalo. No mesencéfalo, 
situam-se importantes estruturas, como a glândula pineal e o nervo troclear. Na ponte, 
localizada entre o mesencéfalo e o bulbo, nota-se o nervo trigêmeo. No sulco que 
afasta a ponte do bolbo (sulco bulbopontino), emergem os nervos facial, abducente, 
intermédio e vestibulococlear. Do bulbo, emergem os nervos glossofaríngeo, vago, 
acessório e hipoglosso (SILVA, 2021). 
 
Cerebelo 
 
O cerebelo origina-se a partir do metencéfalo, e está localizado posteriormente 
o bulbo e à ponte. Suas principais funções estão relacionadas à coordenação motora 
e ao equilíbrio. 
 
Medula espinal 
 
A medula espinal é uma estrutura cilíndrica e afilada, localizada no canal 
vertebral. À medula espinal é composta por substância cinzenta, localizada mais 
internamente e em forma de “H”, e por substância branca, formada principalmente por 
fibras mielínicas e localizada na porção mais externa. Na medula espinal, encontram-
 
27 
 
se os nervos espinais, os quais são formados pela união da raiz posterior e da raiz 
anterior. As fibras que compõe essas raízes são sensitivas (raiz posterior) e motoras 
(raiz anterior), o que torna o nervo espinal misto. 
 No entanto, logo após a fusão das raízes, o nervo se divide em ramos anterior 
e posterior, que inervam diferentes regiões do corpo. Alguns ramos anteriores podem 
se unir, formando Plexos nervosos (plexo braquial). 
 
Meninges 
 
O encéfalo e a medula espinal são envolvidos por membranas de tecido 
conjuntivo, denominadas meninges. A membrana mais interna, aderida ao tecido 
nervoso, é a pia-máter, enquanto a mais externa é a dura-máter; entre essas duas 
membranas há uma membrana intermediária, denominada de aracnoide-máter. A 
medula espinal possui espaços entre as meninges. Entre o canal vertebral e a dura-
máter há o espaço epidural entre a aracnoide-máter e a dura-máter há o espaço 
subdural. Entre a pia-máter e a aracnoide-máter há o espaço subaracnóideo, por onde 
circula o liquor, o qual é produzido nos plexos coroideos, localizados nos ventrículos 
cerebrais (SILVA, 2021). 
 
Sistema nervoso autônomo 
 
O sistema nervoso (SN) pode ser dividido funcionalmente em SN somático e 
SN visceral. O SN somático é responsável por integrar o indivíduo ao meio ambiente, 
através de suas ações sobre o músculo estriado esquelético. Já o SN visceral regula 
a atividade das glândulas, músculo cardíaco e músculo liso, atuando assim no controle 
da homeostasia do organismo. O SN visceral possui um componente aferente, o qual 
transmite informações até o SNC, que por sua vez interpreta as informações e 
desencadeia uma resposta, a qual é enviada até o local de origem do estímulo por 
meio da via eferente, que é também denominada de Sistema Nervoso Autônomo 
(SNA). 
O SNA é fundamental para o controle da manutenção da homeostase, através 
de seus efeitos sobre a atividade das glândulas, músculo cardíaco e músculo liso. Os 
SN visceral é o somático apresentam algumas diferenças anatômicas e funcionais. 
 
28 
 
Uma das diferenças refere-se aos órgãos inervados, uma vez que o SN somático 
inerva músculo esquelético, enquanto que o SN visceral inerva coração músculo liso 
e glândulas. Outra diferença entre o SN visceral e o SN somático diz respeito ao 
número de neurônios que inervam o órgão efetor. Enquanto o SN somático tem um 
neurônio responsável por inervar o órgão, o SN visceral possui dois neurônios, sendo 
um localizado dentro do SNC (neurônio pré-ganglionar) e outro em um gânglio 
(neurônio pós-ganglionar). 
O SN autônomo é dividido em dois ramos, denominados de simpático e paras- 
simpático, os quais apresentam diferenças anatômicas e funcionais. Uma das 
diferenças anatômicas refere-se quanto à localização dos neurônios pré-ganglionares. 
No SN simpático, os neurônios pré-ganglionares estão localizados nas porções 
torácica e lombar (de T1 a L2) da medula espinal (SILVA, 2021). 
Já no SN Parassimpático, os neurônios pré-ganglionares estão localizados na 
parte sacral (de S2-S4) da medula espinal e no tronco encefálico. À ativação do SN 
simpático promove aumento da frequência cardíaca, vasodilatação, dilatação das 
pupilas, as quais são caracterizadas como reação de luta e fuga. Por outro lado, a 
ativação do SN parassimpático induz redução da frequência cardíaca, promove 
vasoconstrição e constrição das pupilas, características de uma situação de repouso. 
Entretanto, em alguns casos, as partes simpática e parassimpática podem 
exercer o mesmo efeito em um órgão. À maior parte dos órgãos são inervados pelas 
duas divisões do SN autônomo. Entretanto, algumas estruturas apresentam somente 
um tipo de inervação, como, por exemplo, as glândulas sudoríparas, que são 
inervadas apenas pelo SN simpático (SILVA, 2021). 
O SN autônomo é influenciado por estruturas do SNC, como tronco encefálico, 
hipotálamo, córtex cerebral, amígdala e medula espinal. Este fato explica como 
modificações do funcionamento visceral podem ocorrer frente a alterações 
emocionais. 
 
Transmissão Sináptica 
 
As sinapses podem ser definidas como zonas de contato entre dois neurônios, 
ou entre neurônios e células musculares, e até mesmo células glandulares. As 
sinapses podem ser químicas ou elétricas, sendo que nas sinapses químicas uma 
 
29 
 
molécula, chamada de neurotransmissor, é liberada em um espaço denominado fenda 
sináptica, daí se difundindo para interagir com receptores na outra célula. 
Nas sinapses elétricas não há neurotransmissor; o estímulo é propagado para 
a célula vizinha por meio de canais que comunicam o citoplasma de uma célula a 
outra. Por propagar rapidamente o potencial de ação através dos seus axônios, este 
tipo de sinapse é mais comum em neurônios responsáveis pelas informações 
sensoriais. No caso das sinapses químicas, a transmissão do impulso elétrico é 
sempre unidirecional, o que nos permite classificar as células dessa sinapse em pré e 
pós-sináptica. A célula que transmite o estímulo é conhecida como célula pré-
sináptica, enquanto que a célula que recebe o estímulo, dando continuidade à 
propagação do sinal, é conhecida como célula pós-sináptica. 
Vale salientar que, apesar de existirem dois tipos de sinapses, o tipo mais 
encontrado são as sinapses químicas. Estas sinapses estão envolvidas com 
processos de aprendizagem, sendo bastante comum no SNC. Diferente das sinapses 
elétricas que sempre são excitatórias, as químicas podem ser tanto excitatórias 
quanto inibitórias, isto é, sinapses que estimulam e inibem a atividade da célula pós-
sináptica, respectivamente. Para entender melhor a importância das sinapses 
inibitórias nos processos biológicos podemos citar o controle das atividades motoras 
realizadas por estruturas supra-espinhais (tronco encefálico e córtex cerebral), os 
quais são na grande maioria dependentes de sinapses químicas inibitórias. 
O processo de liberação do neurotransmissor nas sinapses químicas depende 
da chegada do potencial de ação no terminal da fibra pré-sináptica, o que leva a 
abertura de canais de cálcio e entrada deste íon. O cálcio estimula o tráfego, fusão 
das vesículas e liberação do neurotransmissor na fenda sináptica. O neurotransmissor 
interage com receptores presentes na fibra pós-sináptica, processo que leva a 
abertura de canais para cátions (íons com carga positiva), geração e propagação do 
potencial de ação na fibra pós-sináptica(SILVA, 2021). 
 
30 
 
6 SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Fonte: shre.ink/mpOd 
 
O sistema circulatório é um sistema fechado constituído por tubos (vasos) no 
interior dos quais circulam fluidos (sangue), através da ação de uma bomba muscular 
(coração). Tem por função realizar o transporte de nutrientes, oxigênio, hormônios e 
resíduos do metabolismo, além de transportar células de defesa importantes para a 
defesa do organismo. Ele é subdividido em sistema sanguíneo, formado pelos vasos 
que transportam sangue (veias, artérias e capilares) e o coração, e sistema linfático, 
formado pelos vasos que transportam linfa (capilares e vasos linfáticos) e por órgãos 
linfoides (tonsilas, linfonodos, baço e timo). 
 
Coração 
 
O coração está localizado na cavidade torácica, posterior ao esterno e às 
costelas, apoiado sobre o diafragma, em uma região denominada mediastino. O 
coração possui uma base, que é superior, e um ápice, o qual é inferior, e possui três 
faces, cujos nomes descrevem as suas relações com as estruturas adjacentes 
(esternocostal, diafragmática e pulmonar). 
Externamente, os átrios apresentam estruturas em forma de orelha, 
denominadas aurículas (direita e esquerda). A morfologia interna dos átrios é 
caracterizada pela presença dos músculos pectíneos. Já os ventrículos, apresentam 
 
31 
 
em sua morfologia interna projeções musculares, denominadas de músculos papilares 
(SILVA, 2021). 
Entre os átrios e os ventrículos existem orifícios: os óstios atrioventriculares 
esquerdo e direito. Nestes óstios, observam-se a valva atrioventricular direita, ou 
tricúspide (formada por três válvulas), e a valva atrioventricular esquerda, ou bicúspide 
(composta por duas válvulas), as quais permitem a passagem unidirecional do sangue 
dos átrios para os ventrículos. 
Basicamente, o coração funciona como uma bomba contrátil que transporta 
sangue pouco oxigenado para os pulmões e sangue rico em oxigênio proveniente dos 
pulmões para o coração, para então ser transportado ao restante do organismo. As 
veias cavas superior e inferior drenam o sangue pouco oxigenado no átrio direito, o 
qual é transportado para o ventrículo direito. No ventrículo direito, emerge o tronco 
pulmonar, que se divide em artérias pulmonares (direita e esquerda), as quais 
transportam sangue para ser oxigenado nos pulmões. 
Em seguida, o sangue rico em oxigênio retorna pelas veias pulmonares (direitas 
e esquerdas) ao átrio esquerdo (circulação pulmonar), que em seguida é transportado 
ao ventrículo esquerdo. No ventrículo esquerdo, emerge o arco da aorta, por onde o 
sangue rico em oxigênio será transportado a todo organismo (circulação sistêmica), 
O músculo cardíaco (miocárdio) é revestido externamente por uma membrana serosa 
(epicárdio) e internamente por células endoteliais (endocárdio). Além disso, o coração 
é envolvido externamente por um saco fibroso, o pericárdio, o qual é formado por uma 
camada externa (pericárdio fibroso) e uma camada interna (pericárdio seroso), a qual 
é subdividida em duas lâminas, (parietal e visceral), entres quais se observa a 
cavidade do pericárdio (SILVA, 2021). 
O coração é irrigado pelas artérias coronárias (direita e esquerda), as quais 
quando obstruídas, podem resultar em infarto do miocárdio. Entre as propriedades do 
coração, podemos citar o automatismo, ou seja, a capacidade que o coração possui 
de gerar e conduzir impulsos elétricos. A atividade contrátil do coração é influenciada 
pelo SN autônomo, o qual atua sobre o nó sinoatrial, que por sua vez conduz o impulso 
ao nó atrioventricular, de onde partem os feixes que se distribuem e inervam todo o 
miocárdio. 
 
 
 
32 
 
Fisiologia Cardíaca 
 
Na fisiologia, o coração é dividido em duas bombas: uma direita e outra 
esquerda. A primeira propele o sangue para os pulmões, e a segunda para a 
circulação sistêmica. Cada uma dessas bombas apresenta duas câmaras, um átrio e 
um ventrículo constituídos pelos músculos atrial e ventricular, respectivamente, além 
de fibras excitatórias e condutoras; estas últimas são pobres em proteínas de 
contração, porém, especializadas em gerar impulsos e conduzi-los por todo o coração, 
tornando-o uma bomba contrátil. 
A velocidade de propagação do impulso gerado pelas fibras excitatórias é 
otimizada pela presença de uma comunicação entre as fibras cardíacas denominadas 
discos intercalares, e são eles que fornecem ao coração a natureza sincicial. Para que 
o músculo cardíaco se contraia, ele precisa antes passar por uma despolarização de 
suas membranas. Em repouso, a membrana sarcoplasmática das fibras cardíacas é 
carregada negativamente, e para que haja contração é preciso que íons carregados 
positivamente entrem rapidamente na fibra tornando-a positiva, o que caracteriza um 
potencial de ação. 
Diferentemente do músculo esquelético, o potencial de ação do músculo 
cardíaco é mais longo, pois apresenta um platô, ou seja, um período de estabilidade 
elétrica onde o potencial de membrana não diminui nem aumenta. Isso acontece pela 
abertura dos canais lentos de cálcio e pelo retardo na abertura dos canais de potássio, 
após a abertura dos canais de sódio; estes últimos são responsáveis pela 
despolarização da membrana, enquanto que os canais de cálcio e de potássio pelo 
platô. Vale ressaltar que o platô é importante para a função de bomba do coração. 
A positividade da membrana promove um aumento intracelular de cálcio 
proveniente da abertura de canais de cálcio do retículo sarcoplasmático e da 
membrana plasmática (sarcolema), que, por sua vez, promove o deslizamento dos 
filamentos contráteis de actina sobre os de miosina, encurtando o músculo, o que 
constitui o mecanismo de contração cardíaca. Após a contração, o cálcio é removido 
do meio intracelular pelas bombas de cálcio presentes no retículo sarcoplasmático e 
sarcolema. 
 
 
 
33 
 
Ciclo cardíaco 
Os eventos que ocorrem desde o início do primeiro batimento cardíaco até o 
começo do seguinte compõem o chamado ciclo cardíaco. O ciclo se inicia com a 
geração do potencial de ação no nodo sinusal, localizado no átrio direito, atingindo 
primeiramente os átrios. Por esta razão, eles se contraem primeiro, e depois os 
ventrículos, por meio do nodo e do feixe atrioventriculares. O motivo pelo qual os 
ventrículos contraem apenas após os átrios é que, na altura no nodo atrioventricular, 
o impulso elétrico originado no nodo sinoatrial ou sinusal sofre um atraso na sua 
condução; este fenômeno é conhecido como retardo funcional. O ciclo cardíaco é 
dividido em duas fases: uma de contração, chamada de sístole, e outra de 
relaxamento, momento em que há enchimento da câmara cardíaca, denominada 
diástole. 
No eletrocardiograma, o ciclo cardíaco pode ser identificado pelo traçado 
produzido pelos sinais elétricos do coração propagados para a superfície do corpo. A 
onda P do traçado indica despolarização dos átrios, seguida pelo complexo QRS 
(ondas identificadas no traçado do eletrocardiograma), que indica despolarização dos 
ventrículos - fenômenos que antecedem a contração dos átrios e ventrículos, 
respectivamente. O complexo QRS é seguido pela onda T, que representa a 
repolarização dos ventrículos. Dessa forma, o espaço entre a onda P e o complexo 
QRS, denominado intervalo P-R, indica o retardo funcional, enquanto o espaço entre 
o complexo QRS e onda T, denominado segmento S-T, representa o platô. 
 
Sístole ventricular 
 
O aumento da pressão ventricular, imediatamente após a contração dos 
ventrículos, provoca fechamento das valvas atrioventriculares (valvas A-V) e, em 
seguida, a abertura das valvas semilunares (aórtica e pulmonar), permitindo a saída 
de sangue dos ventrículos para a aorta (coração esquerdo) e o tronco pulmonar 
(coração direito). No entanto, nem todo o sangue do ventrículo é ejetado pelo coração, 
permanecendo no final da sístole um volume residual, denominado volume sistólicofinal, enquanto que o volume ejetado é denominado débito sistólico. 
O volume sistólico final é importante para nutrição do endocárdio, desprovido 
do aporte sanguíneo durante a contração. Com o fim da sístole ventricular ocorre uma 
 
34 
 
diminuição da pressão ventricular e, consequentemente, as valvas semilunares se 
fecham, enquanto as valvas A-V se abrem, permitindo a passagem do sangue 
acumulado nos átrios durante a sístole ventricular para os ventrículos, enchendo-os. 
 
Artérias 
 
São tubos que transportam sangue para fora do coração. São compostas por 
uma tánica íntima (endotélio), uma túnica média (fibras musculares lisas e elastina) 
espessa e uma túnica adventícia (tecido conjuntivo). As artérias apresentam calíbre 
variado, ou seja: grande, médio, pequeno e arteríolas, cujos ramos podem ser 
terminais (quando a artéria se ramifica e o tronco principal deixa de existir após a 
divisão) ou colaterais (quando a artéria se ramifica e o tronco de origem continua a 
existir). As artérias podem ser superficiais ou profundas, dependendo de sua 
localização topográfica. Os critérios mais comuns utilizados para designar as artérias 
estão relacionados com o local por onde passam (artéria braquial), órgão irrigado 
(artéria gástrica) ou osso mais próximo (artéria temporal). 
 
Veias 
 
São tubos que transportam sangue para o coração. As veias também possuem 
uma túnica íntima, túnica média e túnica adventícia, entretanto, a túnica média das 
veias é muito menor do que das artérias. Além disso, a luz das veias é maior do que 
das artérias. Às veias apresentam forma variada, dependendo do volume de sangue 
presente no seu interior. Assim, quando as veias estão cheias de sangue tornam-se 
cilíndricas, mas quando estão com pouco sangue tornam-se achatadas (SILVA, 2021). 
Quanto ao calibre, as veias podem ser classificadas em veias de grande, médio 
e pequeno calibre, e vênulas. Enquanto as artérias se ramificam, formando outros 
vasos de menor calibre, as veias de menor calibre vão se unindo com outras veias, 
formando vasos de maior calibre à medida que se aproximam do coração. 
Bem como as artérias, as veias podem ser superficiais ou profundas, 
dependendo da sua localização. Em alguns casos, é possível observar a presença de 
veias comunicantes estabelecendo comunicações entre veias superficiais e 
profundas. 
 
35 
 
A quantidade de veias é maior do que de artérias devido ao elevado número de 
veias superficiais, que é superior ao de artérias, e devido à presença de duas veias 
satélites, que acompanham o trajeto de algumas artérias. 
Outra característica das veias é a presença de válvulas no seu interior, 
formadas a partir de uma projeção da membrana interna do vaso, cuja função é 
orientar o fluxo sanguíneo em direção ao coração e impedir o refluxo de sangue para 
regiões inferiores do corpo. Entretanto, veias do cérebro e do pescoço não 
apresentam válvulas, já que o fluxo sanguíneo nesses territórios é favorecido pela 
gravidade. A falência das válvulas provoca estase sanguínea e dilatação dos vasos, 
que é conhecido como varizes (SILVA, 2021). 
O sangue circula nas artérias por diferença de pressão. No entanto, para que o 
sangue possa circular nas veias, onde a pressão é quase nula, outros mecanismos 
são necessários para que o sangue retorne ao coração, como por exemplo, as 
válvulas, peristaltismo (movimento das vísceras no tubo digestório) e contração 
muscular, os quais, em conjunto, promovem o retorno do sangue venoso ao coração. 
 
Capilares Sanguíneos 
 
São as menores estruturas do sistema circulatório, formadas por uma camada 
de células endoteliais, interpostas entre as artérias e veias. Os capilares 
correspondem ao local das trocas realizadas entre o sangue e os tecidos (SILVA, 
2021). 
 
Sistema linfático 
 
É um sistema formado por capilares linfáticos (mais calibrosos e irregulares que 
os sanguíneos), vasos linfáticos, troncos linfáticos e órgãos linfoides (linfomodos, 
baço, tonsilas e timo). Os vasos linfáticos transportam a linfa, que possui constituição 
diferente do sangue. Este sistema auxilia o transporte de moléculas que saíram dos 
capilares sanguíneos, além de remover o excesso de líquido dos tecidos, auxiliando 
assim a drenagem realizada pelo sistema venoso. 
O fluxo de linfa nos vasos e capilares linfáticos é lento e flui apenas em direção 
ao coração. A linfa que circula pelos vasos linfáticos é lançada de volta ao sistema 
 
36 
 
venoso através do maior tronco linfático, denominado ducto torácico, localizado entre 
a veia jugular interna e a veia subclávia do lado esquerdo. Os capilares linfáticos estão 
localizados em quase todas as regiões, exceto no SNC, medula óssea, ossos e dentes 
(SILVA, 2021). 
Além de auxiliar o sistema venoso na remoção de líquidos e partículas, o 
sistema linfático possui órgãos linfoides, podendo citar os linfonodos. Estas estruturas 
estão localizadas no trajeto dos vasos linfáticos e constituem um mecanismo de 
proteção contra partículas estranhas presentes na circulação. 
7 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Fonte: shre.ink/mpcZ 
O sistema respiratório é responsável pela hematose, que é o processo pelo 
qual ocorre a absorção do oxigênio pelo organismo e eliminação do CO2 (dióxido de 
carbono) no ar expirado. Ele pode ser dividido do ponto de vista funcional em duas 
porções: uma que conduz o ar e outra que promove a hematose. À porção condutora 
é constituída por estruturas tubulares que transportam o ar para os pulmões e 
transportam o ar dos pulmões rico em CO2, para o meio externo. 
A porção condutora é composta pelo nariz, cavidade nasal, seios paranasais, 
faringe, laringe, traqueia e brônquios. Já a porção de respiração corresponde aos 
pulmões, que é o local onde ocorrem as trocas gasosas entre os capilares pulmonares 
e o ar presente nos alvéolos (SILVA, 2021). 
 
37 
 
Algumas estruturas de condução do ar podem estar envolvidas com outras 
funções, como, por exemplo, a laringe, que é um órgão de fonação, e o nariz que 
também é responsável pelo olfato. Ainda, parte da faringe também participa do 
sistema digestório, conduzindo o alimento para o esôfago. As estruturas que 
compõem o sistema respiratório serão discutidas a seguir. 
 
Nariz, cavidade nasal e seios paranasais 
 
O nariz é formado por um esqueleto ósseo (ossos nasais, maxilas) e 
cartilaginoso (cartilagens nasais). As diferenças nas cartilagens nasais são as 
principais responsáveis pelas variações morfológicas do nariz. O nariz apresenta em 
sua extremidade superior uma raiz e, em sua extremidade inferior, uma base com 
duas aberturas denominadas narinas, as quais comunicam a cavidade nasal com o 
meio externo. 
A cavidade nasal localiza-se posteriormente às narinas e comunica-se 
posteriormente com a parte nasal da faringe através das coanas. À cavidade nasal é 
separada em duas metades pelo septo nasal, composto por uma porção óssea 
(lâmina perpendicular do osso etmoide e osso vômer) e uma porção cartilagínea 
(cartilagem do septo nasal). 
Esta ainda está separada da cavidade oral, localizada inferiormente pelo palato, 
formado por osso (palato duro) e por músculos (palato mole). À cavidade nasal 
desempenha importantes funções, que incluem o transporte, aquecimento, filtração e 
umidificação do ar inspirado, atua como câmara de ressonância na fonação, e possui 
receptores olfatórios, atuando assim na olfação (SILVA, 2021). 
Nas paredes laterais da cavidade nasal são observadas projeções: as conchas 
nasais (superior, média e inferior), que são formadas por tecido ósseo recoberto de 
mucosa. A principal função das conchas nasais é possibilitar o aumento da superfície 
da cavidade nasal. Entre as conchas nasais, observam-se espaços, denominados 
meatos (superior, médio e inferior). 
Os seios paranasais são cavidades presentes em alguns ossos do crânio e da 
face, revestidos por mucosa e preenchidos de ar, que auxiliam namodificação do ar 
inspirado. Os seios paranasais são encontrados nos ossos frontal, esfenoide, etmoide 
 
38 
 
e maxila, eles se comunicam com a cavidade nasal por meio de estruturas que se 
abrem nos meatos, através dos quais podem liberar excesso de fluídos (SILVA, 2021). 
 
Faringe 
 
A faringe é um tubo muscular comum aos sistemas respiratório e digestório, 
pois permite a passagem de ar e de alimento em algumas de suas partes. Este tubo 
localiza-se posteriormente à cavidade nasal, oral e à laringe, e é dividido em três 
partes: parte nasal, parte oral e parte laríngea. 
À parte nasal da faringe, superior, comunica-se anteriormente com a cavidade 
nasal através das coanas. À parte oral da faringe, média, comunica-se anteriormente 
com a cavidade oral através do istmo das fauces. Já a parte laríngea da faringe, 
inferior, localiza-se posteriormente a laringe, e é continuada inferiormente pelo 
esôfago. 
Observa-se na parte nasal da faringe um orifício que comunica a cavidade 
timpânica com a faringe, denominado óstio faríngeo da tuba auditiva, o qual tem por 
função equilibrar as pressões de ar da cavidade timpânica e do ar externo. Processos 
infecciosos na cavidade oral podem afetar a orelha média, através da propagação do 
agente infeccioso por este óstio (SILVA, 2021). 
 
Laringe 
 
 É conhecida também como “caixa de voz”, a laringe é um tubo curto 
cartilaginoso revestido por uma túnica mucosa, servindo de conexão para a faringe 
com a traqueia. Fica localizada na parte mediada do pescoço, anterior à quarta, quinta 
e sexta vértebras cervicais (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Em sua parte anterior, 
a laringe é constituída pela cartilagem tireoidea, sendo formada por cartilagem hialina. 
Popularmente recebe o nome de “pomo de Adão”, dando referência de que em 
homens é geralmente maior que em mulheres, graças à influência dos hormônios 
sexuais masculinos durante a puberdade. Na laringe existe uma estrutura chamada 
epiglote, sendo um pedaço foliado de cartilagem elástica recoberto por epitélio. Tem 
uma parte chamada pecíolo da epiglote, que fica preso na margem anterior da 
cartilagem tireoidea e no osso hioide. Sua porção superior não é fixa, estado livre para 
 
39 
 
se mover para cima e para baixo, fazendo o trabalho de um alçapão, sendo uma peça 
fundamental para a deglutição, pois esse alçapão consegue fechar a laringe durante 
a deglutição de alimentos ou líquidos, impedindo que produtos alimentares entrem 
para o trato respiratório inferior, local que deve receber apenas ar, e nunca produtos 
sólidos ou líquidos. Com isso, os produtos alimentares obrigatoriamente descem em 
direção ao esôfago. Se, eventualmente, alguma coisa diferente de ar passar para a 
laringe, ocorre o reflexo de tosse, no intuito de expelir o corpo estranho daquele local 
(TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Formando a parede inferior da laringe, encontramos a cartilagem cricoidea, 
sendo um anel de cartilagem hialina, estando fixada ao primeiro anel de cartilagem da 
traqueia. Acima da cartilagem cricoidea podemos encontrar as cartilagens 
aritenoideas pares, constituídas principalmente por cartilagem hialina. Essas 
cartilagens estão fixadas às pregas vocais e aos músculos da faringe, tendo atuação 
na produção da voz. Se caso for preciso acessar uma abertura para a passagem de 
ar de emergência, chamada traqueostomia, esta acontecerá na cartilagem cricoidea 
(TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Traqueia 
 
A traqueia é um tubo mediano, localizado inferiormente à laringe, composta por 
diversos anéis cartilaginosos incompletos, conectados por ligamentos anulares. A 
parede posterior da traqueia é constituída por músculo liso, denominado parede 
membranácea da traqueia. À constituição da traqueia confere a esse tubo mobilidade 
e flexibilidade e ao mesmo tempo impede o seu colapso devido a presença dos anéis 
de cartilagem. Ela apresenta um pequeno desvio para a direita inferiormente, antes 
de se ramificar para formar os brônquios principais, que se dirigem para os pulmões 
direito e esquerdo (SILVA, 2021). 
 
Brônquios 
 
Os brônquios principais direito e esquerdo, ou de primeira ordem, se ramificam 
em estruturas tubulares menores, conhecidas como brônquios lobares ou de segunda 
ordem, cada um para um lobo pulmonar (dois à esquerda e três à direita). Em seguida, 
se ramificam em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que por sua vez se 
 
40 
 
ramificam em estruturas cada vez menores, denominados de bronquíolos terminais, 
estes que terminam nos alvéolos pulmonares, onde ocorrem as trocas gasosas. 
 
Pulmões 
 
Os pulmões (direito e esquerdo) são os órgãos responsáveis pela hematose, 
localizam-se na cavidade torácica e são envolvidos por uma membrana serosa, 
denominada de pleura. A pleura é dividida em pleura visceral, aderida à superfície do 
pulmão, e pleura paríetal, que reveste a cavidade torácica. A pleura parietal e a pleura 
visceral estão intimamente unidas, e são separadas por um pequeno espaço por onde 
circula um líquido, denominado de cavidade pleural (SILVA, 2021). 
Os pulmões se dividem em lobos, delimitados por fendas, denominadas de 
fissuras. O pulmão direito apresenta três lobos: superior, médio e inferior, O lobo 
superior é separado do lobo médio pela fissura oblíqua e o lobo médio é separado do 
lobo inferior pela fissura horizontal. Já o pulmão esquerdo apresenta dois lobos, 
superior e inferior, que são separados pela fissura oblíqua. Os lobos pulmonares, por 
sua vez, se dividem em vários segmentos broncopulmonares, os quais recebem ar de 
um brônquio segmentar específico. 
Os pulmões apresentam uma abertura na face mediastinal por onde 
atravessam diversas estruturas, denominada hilo pulmonar. Pelo hilo pulmonar 
entram e saem vasos sanguíneos e linfáticos, brônquios principais e nervos, os quais 
em conjunto formam a raiz do pulmão (SILVA, 2021). 
 
41 
 
8 SISTEMA DIGESTÓRIO 
Fonte: shre.ink/mpV4 
 
O sistema digestório é formado por vários órgãos que, promovem em conjunto 
a preensão, mastigação, modificação e absorção dos alimentos, bem como a 
eliminação de resíduos em forma de fezes. 
O sistema digestório é um canal que tem origem na boca e termina no ânus. 
Desta forma, os alimentos penetram no sistema digestório através da boca, onde 
começam a sofrer modificações mecânicas e químicas. Em seguida, são direcionados 
para a faringe, esófago, até chegar ao estómago. No estómago, os alimentos, 
parcialmente digeridos, sofrem mais modificações mecânicas e químicas, e são 
direcionados aos intestinos delgado e grosso, onde são absorvidos pelo organismo. 
Os resíduos desse processo de digestão e absorção são eliminados na forma 
de fezes através da porção final do sistema digestório (ânus). 
Para que o sistema digestório desempenhe suas funções de forma adequada, 
estruturas conhecidas como órgãos anexos (glândulas salivares, pâncreas e figado) 
auxiliam a digestão dos alimentos ao liberarem seus produtos de secreção no interior 
do sistema digestório. De modo geral, esses produtos são enzimas especializadas em 
fragmentar os alimentos em partículas menores, possibilitando assim sua absorção 
(SILVA, 2021). 
 
 
 
42 
 
Boca e cavidade oral 
 
A boca é a primeira estrutura do sistema digestório. Comunica-se anteriormente 
com o meio externo por intermédio de uma fenda (rima da boca), limitada pelos lábios, 
e posteriormente com a parte oral da faringe, por meio do istmo das fauces. 
Lateralmente é limitada pelas bochechas, superiormente pelo palato, e inferiormente 
pelos músculos que formam o assoalho da boca. 
Na boca encontram-se os dentes, a gengiva e a língua. A cavidade oral pode 
ser dividida em duas partes: vestíbulo da boca (espaço entre lábios e bochechas) e 
cavidade própria da boca (restante da cavidade oral). 
O palato é formado por uma porção óssea (palato duro) e uma porção muscular 
(palato mole). O palato mole apresentauma projeção em direção à faringe, 
denominada úvula palatina, e lateralmente duas pregas, denominadas arco 
palatoglosso (a mais anterior) e arco palatofaríngeo (a mais posterior). Entre os arcos 
palatoglosso e palatofaríngeo existe um espaço, denominado fossa tonsilar, onde se 
localiza a tonsila palatina. À tonsila palatina é um órgão linfoide e, por esta razão, 
constitui uma barreira de proteção do organismo contra microrganismos. 
A língua é um órgão muscular (formada pelos mm, extrínsecos e intrínsecos) 
revestido por mucosa, e é dividido em duas partes, um corpo e uma raiz. À língua 
possui diversas funções envolvidas na mastigação, deglutição e gustação. Sua face 
superior, denominada dorso da língua, apresenta uma série de projeções conhecidas 
como papilas linguais, as quais podem ser classificadas em filiformes, 
valadas,cônicas, fungiformes e folhadas. Na porção posterior da língua, observa-se a 
tonsila lingual, a qual também é composta por tecido linfático (SILVA, 2021). 
Os dentes são estruturas rígidas, implantadas em cavidades da mandíbula e 
da maxila, denominadas alvéolos dentários, e são divididos em 3 partes: raiz 
(implantada no alvéolo), coroa (parte livre) e colo (região circundada pela gengiva). 
No homem há duas dentições: primária (ou de leite) e a permanente. À primeira 
dentição aparece ao redor dos seis meses de idade, e é composta por 20 dentes, 
sendo oito incisivos, quatro caninos e oito molares. A primeira dentição começa a ser 
substituída ao redor dos sete anos de idade pela dentição permanente, a qual é 
composta por 32 dentes, sendo 8 incisívos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares. 
 
43 
 
As glândulas salivares, que são órgãos anexos do sistema digestório, 
produzem saliva, que é liberada na cavidade oral. As maiores glândulas salivares são: 
parótidas, submandibulares e sublinguais. As glândulas parótidas estão localizadas 
na face, anteriormente à orelha. Seu canal excretor, o ducto parotídeo, abre-se no 
vestíbulo da boca. As glândulas submandibulares localizam-se inferiormente à 
mandíbula e seu canal excretor se abre no assoalho da cavidade oral. Já as glândulas 
sublinguais estão localizadas inferiormente à língua da mesma maneira que as 
glândulas submandibulares, drenam saliva no assoalho da cavidade oral (SILVA, 
2021). 
 
Faringe 
 
Como citado anteriormente, a faringe corresponde a um tubo muscular, 
mediano, dividido em três partes. À cavidade própria da boca comunica-se 
posteriormente com a parte oral da faringe, através do istmo das fauces. Durante a 
deglutição, o palato mole é tracionado superiormente, fechando a comunicação da 
parte oral (inferior) com a parte nasal da faringe (superior), impedindo assim a 
passagem de alimento para o interior da cavidade nasal. Simultaneamente, a 
cartilagem epiglótica fecha o ádito da laringe, impedindo a passagem de alimento para 
o interior da laringe. Dessa forma, o alimento presente na cavidade oral é transportado 
pela parte oral e parte laríngea da faringe, até atingir o esófago inferiormente (SILVA, 
2021). 
 
Esôfago 
 
O esófago é um órgão muscular que comunica a faringe ao estômago. O 
esófago é a continuação da faringe, situa-se anteriormente à coluna vertebral e à aorta 
e posteriormente à traqueia, Este pode ser dividido em três partes: cervical, torácica 
e abdominal. Através da realização de movimentos peristálticos, o esófago realiza o 
transporte do bolo alimentar da faringe até o estômago. 
 
 
 
 
44 
 
Abdome e Peritônio 
 
Os órgãos do sistema digestório descritos anteriormente localizam-se na 
cabeça, pescoço e tórax. No entanto, o sistema digestório possui outros órgãos 
localizados no abdome. O abdome é separado do tórax pelo diafragma, o qual é 
atravessado pelo esófago, através do hiato esofágico (SILVA, 2021). 
Os órgãos abdominais do sistema digestório são revestidos por uma membrana 
serosa de parede dupla, denominada peritônio. Este por sua vez é dividido em 
peritônio parietal, que reveste a cavidade abdominal, e peritônio visceral, que reveste 
as vísceras, entre os quais observa-se a cavidade intraperitoneal. Alguns órgãos estão 
localizados posteriormente ao peritônio parietal e, por isso, são denominados 
retroperitoniais, como por exemplo, o pâncreas. Ainda, o peritônio pode fixar algumas 
estruturas à parede abdominal posterior (mesentério) ou ainda pode formar pregas 
entre dois órgãos (omento). 
 
Estômago 
 
O estômago é um órgão muscular que apresenta dois orifícios: o óstio cárdico, 
que se comunica com o esófago, e o óstio pilórico, que se comunica com o duodeno. 
Este localiza-se na parte superior esquerda da cavidade abdominal. O estômago 
apresenta duas margens denominadas curvatura maior (esquerda) curvatura menor 
(direita), e é dividido em algumas partes: cárdia (próximo ao óstio cárdico), fundo (mais 
superior), corpo (maior parte do órgão) e a parte pilórica (próxima ao óstio pilórico). A 
mucosa do estómago apresenta pregas gástricas que desaparecem com a distensão 
do órgão. Logo após a parte pilórica, inicia-se a primeira parte do intestino delgado, o 
duodeno (SILVA, 2021). 
 
Intestino delgado 
 
O intestino delgado estende-se do piloro até o óstio ileal. Este é dividido em 3 
segmentos: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno inicia-se após o piloro, e estende-se 
até a flexura duodenojejunal. O duodeno é a menor parte do intestino delgado, 
encontra-se ao lado do pâncreas. No duodeno desembocam os ductos colédoco (que 
 
45 
 
traz a bile produzida pelo fígado) e o ducto pancreático (que traz a secreção 
pancreática produzida pelo pâncreas), em uma projeção da mucosa, denominada de 
papila maior do duodeno. Esses ductos normalmente se unem, formando a ampola 
hepatopancreática. 
O duodeno é continuado pelo jejuno e íleo, e como não é possível delimitar os 
limites entre eles, essas duas porções são comumente descritas em conjunto Gejuno-
fleo), o jejuno-fleo se inicia após a flexura duodeno-jejunal e termina no óstio ileal, 
onde estabelece comunicação com o ceco, que é a primeira porção do intestino 
grosso. 
O jejuno-ileo é formado por várias alças intestinais, aderidas à parede posterior 
da cavidade abdominal pelo mesentério, que é uma projeção do peritônio. A mucosa 
do intestino delgado apresenta várias pregas que aumentam a superfície de absorção 
dos nutrientes (SILVA, 2021). 
 
Intestino grosso 
 
O intestino grosso corresponde à porção final do sistema digestório, e 
apresenta-se menor e mais calibroso quando comparado ao intestino delgado. O 
intestino grosso inicia-se no ceco e termina no ânus. Este apresenta diversas 
dilatações delimitadas por sulcos, denominadas saculações do colo, e três fitas que 
percorrem toda a sua extensão, denominadas tênias. O intestino grosso é dividido nas 
seguintes porções: ceco, colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo 
sigmoide e reto, o qual comunica-se com o exterior através do ânus. 
 
Anexos do sistema digestório 
 
Como descrito anteriormente, o sistema digestório é auxiliado por estruturas 
denominadas de órgãos anexos, os quais auxiliam na digestão, que são as glândulas 
salivares, fígado e pâncreas. O papel das glândulas salivares já foi abordado. O fígado 
é a maior glândula do corpo, localizada inferiormente ao diafragma posicionado à 
direita na cavidade abdominal. Este apresenta duas faces, diafragmática (voltada para 
o diafragma) e outra visceral (voltada para as visceras). 
 
46 
 
À face visceral é composta por quatro lobos: direito, esquerdo, caudado e 
quadrado. Na face visceral, observam-se diversas estruturas, como a vesícula biliar, 
uma parte da veia cava inferior, e o pedículo hepático, o qual é formado pela veia 
porta do fígado, artéria hepática, ducto hepático comum, vasos linfáticos e nervos. A 
face diafragmática é composta pelo lobo direito e lobo esquerdo, entre os quais 
observa-se uma prega do peritônio, o ligamentofalciforme (SILVA, 2021). 
O ducto hepático comum surge da junção entre o ducto hepático direito e o 
ducto hepático esquerdo que, por sua vez, são formados pela união de dúctulos 
biliares intra-hepáticos, que transportam a bile produzida no fígado. O ducto hepático 
comum se une ao ducto cístico, formando o ducto colédoco, que drena a bile 
armazenada na vesícula biliar na papila maior do duodeno, juntamente com o ducto 
pancreático. 
O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, possui uma porção endócrina 
(produz insulina e glucagon) e outra exócrina (produz enzimas digestivas). Este está 
localizado posteriormente ao estômago, aderido à parede abdominal, e é formado por 
três partes: cabeça, corpo e cauda. A secreção exócrina do pâncreas é liberada no 
duodeno por meio do ducto pancreático, o qual pode desembocar junto como ducto 
colédoco, na ampola hepatopancreática, ou separadamente, Alguns indivíduos 
apresentam um ducto pancreático acessório, que drena o suco pancreático 
diretamente no duodeno ou no ducto pancreático principal (SILVA, 2021). 
 
47 
 
9 SISTEMA URINÁRIO 
Fonte: shre.ink/mpVs 
O sistema urinário é constítuido por órgãos e estruturas que produzem (rins), 
armazenam (bexiga urinária) e transportam (ureteres e uretra) a urina. Graças a esse 
sistema, o organismo é capaz de excretar inúmeros resíduos metabólicos, como ácido 
úrico, ureia e creatinina. Além disso, os rins regulam o volume e o equilíbrio de sais 
no sangue, influenciando assim a homeostase do organismo. Os rins também 
influenciam a produção de eritrócitos, devido à produção da eritropoietina (SILVA, 
2021). 
 
Rim 
A urina é produzida pelos rins (direito e esquerdo), cuja forma lembra um grão 
de feijão. Estes são envolvidos por uma cápsula fibrosa, firmemente aderida ao 
parênquima renal, e ao seu redor observa-se uma cápsula adiposa, rica em gordura. 
Os rins localizam-se posteriormente ao peritônio (posição retroperitonial), na 
região lombar. Os rins têm duas faces: anterior e posterior; duas margens: medial e 
lateral; e duas extremidades: polos superior e inferior, sendo que no polo superior 
encontra-se a glândula suprarrenal. À margem medial possui uma abertura, hilo renal, 
onde atravessam diversas estruturas, como veia renal, artéria renal, vasos linfáticos, 
nervos e ureter, as quais em conjunto formam o pedículo renal. 
 
48 
 
Um corte frontal dos rins permite identificar uma área mais externa, 
denominada córtex renal, e uma área mais interna, a medula renal. Do córtex se 
projetam estruturas para a medula renal, denominadas colunas renais, que por sua 
vez delimitam porções cônicas da medula, denominadas pirâmides renais. As 
pirâmides têm seu ápice voltado para a pelve renal, que é a extremidade inicial e 
dilatada do ureter. A pelve renal é dividida em cálices renais maiores e cálices renais 
menores, sendo que estes últimos oferecem um encaixe para receber o ápice da 
pirâmide renal, identificado também como papila renal, local onde será drenada a 
urina produzida pelos rins (SILVA, 2021). 
 
Ureter 
 
O ureter é um tubo muscular, de trajeto descendente, que transporta urina dos 
rins para a bexiga urinária, onde se abre por meio do óstio ureteral. Pelo seu trajeto 
distinguem-se três porções no ureter: abdomínal, pélvica e intramural. O transporte da 
urina através do ureter se deve graças aos movimentos peristálticos realizados pelos 
músculos que compõem o ureter. 
 
Bexiga urinária 
 
A bexiga urinária é um órgão muscular, localizado posteriormente à sínfise 
púbica e apoiada sobre o assoalho pélvico, cuja função é armazenar urina. O tamanho 
e forma da bexiga urinária dependem de seu estado de plenitude. Esta possui o corpo, 
o fundo, o ápice e o colo. Em sua mucosa, é possível observar a presença de 3 
orifícios, que são os óstios dos ureteres e o óstio interno da uretra, os quais delimitam 
o trígono da bexiga (SILVA, 2021). 
 
Uretra 
 
A uretra é um tubo mediano que transporta urina da bexiga urinária para o meio 
externo, ela se comunica com a bexiga urinária, por intermédio do óstio interno da 
uretra, e externamente, por meio do óstio externo da uretra. No óstio interno da uretra 
 
49 
 
existe o músculo esfíncter interno da uretra que controla a saída de urina da bexiga 
urinária para a uretra. 
A uretra possui algumas variações anatômicas e funcionais no homem e na 
mulher. No homem, a uretra é maior (cerca de 20 cm), e é uma via comum tanto para 
o transporte de urina, como também para a ejaculação. Já a uretra feminina, além de 
ser bem mais curta (3-4 cm) que a uretra masculina, serve apenas para excreção de 
urina. O óstio externo da uretra no homem abre-se na glande do pênis, enquanto que 
na mulher este óstio abre-se na superiormente ao óstio da vagina. 
A uretra masculina se divide em 3 partes: prostática (atravessa a próstata), 
membranosa (atravessa o assoalho pélvico) e esponjosa (atravessa o corpo 
esponjoso do pênis). 
10 SISTEMA GENITAL MASCULINO 
Fonte: shre.ink/mpiL 
 
Este sistema é formado por órgãos que produzem, transportam e introduzem o 
sêmen no sistema genital feminino. Os órgãos que compõem o sistema genital 
masculino são: testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório, uretra, pênis, 
glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais (SILVA, 2021). 
 
 
 
 
50 
 
Testículos e escroto 
Os testículos são os órgãos produtores de espermatozoides a partir da 
puberdade, são estruturas ovais, localizadas em uma bolsa denominada escroto. 
Dentro do escroto, cada testículo é envolvido externamente por uma membrana 
serosa, denominada túnica vaginal. Ainda, os testículos são envolvidos por uma 
membrana fibrosa, denominada túnica albugínea, que se projeta para o interior do 
testículo, formando lóbulos, os quais abrigam os túbulos seminíferos contorcidos, 
onde ocorre a espermatogênese. Estes túbulos convergem e formam os túbulos 
seminiferos retos, os quais originam a rede testicular, esta que dá origem a diversos 
canais: os dúctulos eferentes do testículo, que penetram no epidídimo. Os testículos, 
além de produzirem espermatozoides, produzem hormônios sexuais, atuando assim 
como glândulas endócrinas (SILVA, 2021). 
O escroto é uma bolsa formada por uma túnica muscular (túnica dartos), 
recoberta por uma pele fina coberta por pelos, e está localizado fora da cavidade 
pélvica e inferior à sínfise púbica. O escroto é dividido internamente em dois 
compartimentos por um septo, os quais abrigam os testículos. Graças ao músculo liso 
presente na túnica dartos, o escroto é capaz de se contrair ou relaxar, regulando assim 
a temperatura dos testículos para manter condições adequadas à espermatogênese. 
 
Epidídimo 
 
É uma estrutura alongada, situada na parte posterior do testículo, responsável 
por armazenar os espermatozoides até o momento da ejaculação. Além disso, o 
epidídimo possui importante papel na maturação dos espermatozoides, visto que é 
neste local que os espermatozoides adquirem capacidade de se movimentar e 
fecundar o óvulo. O epidídimo é dividido em três porções: cabeça, corpo e cauda. 
Os dúctulos eferentes do testículo entram na cabeça do epidídimo, os quais 
convergem para o ducto do epidídimo, que irá armazenar os espermatozoides. 
 
Ducto deferente e ducto ejaculatório 
 
É pelo ducto deferente que os espermatozoides são transportados do epidídimo 
até o ducto ejaculatório durante a ejaculação. O ducto deferente se inícia na cauda do 
 
51 
 
epidídimo e, para chegar até a cavidade pélvica, atravessa o canal inguinal. Pelo canal 
inguinal também passam diversas estruturas, como nervos, vasos sanguíneos e 
linfáticos, as quais em conjunto com o ducto deferente formam o funículo espermático 
(SILVA, 2021). 
Na cavidade pélvica, o ducto deferente se une ao ducto da glândula seminal na 
face posterior da bexiga urinária, para formar o ducto ejaculatório. Este ducto se abre 
na parte

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