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CENTRO CIRÚRGICO - ESTERILZAÇÃO

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Maria Eduarda Busnello Schmidt - Medicina T7
_____________________________________________________________________________________________UCVII
Habilidades Procedimentais
_________________________________________________________________________________________________
 
1-Técnicas Asséptica - Antissepsia e Paramentação
Assepsia → conjunto de manobras realizadas com o intuito de manter o doente e o ambiente cirúrgico livre de germes, dificultando a introdução de agentes patogênicos no organismo.
Anti-sepsia → destruição dos germes patogênicos que habitam tecidos vivos por meio de anti-sépticos ou microbicidas aplicados na superfície da pele 
Antisséptico bom: solúvel em água, ter amplo espectro de ação com ação residual e atividade prolongada, baixo custo e sem toxicidade.
→ forma líquida: sabão, álcool etílico, compostos halogenados, cloro de benzalcônio, ácido hipocloroso, H202;
→ forma volátil: óxido de etileno e propileno;
Degermação → lavar a mão com água e sabão para erradicação total ou parcial da microbiota da pele ou mucosa; é uma forma de anti-sepsia 
Esterilização → processo que garante completa ausência de vida sob qualquer forma
2 - Ambiente Cirúrgico e Esterilização
Antigamente, a localização do centro cirúrgico era a primeira decisão a ser tomada, já que dependia de boa iluminação natural. 
O ambiente cirúrgico deverá se localizar próximo a unidades que recebam casos cirúrgicos, preferencialmente em andares elevados, ao abrigo da poluição aérea sonora e fora da interferência de tráfego hospitalar (geralmente o bloco é no primeiro andar). 
COMPONENTES DO AMBIENTE CIRÚRGICO 
· Zona de proteção: “barreira” para evitar que as pessoas entrem livremente no CC
· corredores externos e vestiários de profissionais
· zona de transferência (familiares podem até acessar essa zona para acompanhar o paciente, como em casos de crianças ou pessoas ansiosas)
· sala de recepção dos pacientes: possuem macas próprias para entrada no CC, já que as macas que vem da enfermaria podem estar contaminadas
· vestiário do paciente
· Zona limpa:
· corredores dentro do CC e entre as salas de cirurgia
· colocação gorro, propé, touca, máscara
· entrada do paciente pela zona de transferência 
· ilha: descrição completa e minuciosa da cirurgia feita no computador 
· farmácia: retirada de kit sutura, anestésico 
· sala de recuperação: o anestesista que dá a alta hospitalar após acompanhamento na recuperação
· lavatório
· Zona asséptica: 
· Sala cirúrgica em si
Assepsia no C.M.E
C.M.E → (entrada) centro de materiais estéreis para esterilizar todos os materiais que vem de fora do hospital ou de outros setores (todo o material usado no CC precisa passar pela esterilização própria do hospital)
C.M.E → (saída) área de retirada de materiais para os instrumentos a serem usados em procedimentos, além do pijama cirúrgico. Após o uso, devolve-se o item a entrada do CME. 
formas de assepsia
· Calor seco: utilizado para vidro e aço inoxidável; são colocados em estufa elétrica, de modo que quanto maior a temperatura, menos tempo irá ficar lá (varia de 20 a 60 minutos) → oxidação do citoplasma do microorganismo 
· Calor úmido: usado em materiais de borracha e tecido, com o vapor úmido sendo saturado sob pressão na autoclave; → é a forma mais confiável devido a união de calor e pressão
· Óxido de etileno: forma gasosa 
· posteriormente material é exposto a aeração por 24h para impedir que haja queimaduras termoquímicas em contato com a pele 
· o material não pode ser reesterilizado 
· Formaldeído : forma gasosa (não se usa mais)
· Solução aquosa de glutaraldeído: forma química; utilizado em aparelhos de endoscopia e de terapia respiratória
· tóxico: antes de ser usado precisa ser limpo com água destilada
· Radiações ionizantes: custo elevado; usado só para produtos termoplásticos descartáveis e soro
· Filtração: membranas microporosas para reter os microrganismos no ar ou água; descontaminação da água para hemodiálise
 3 - Preparo do Paciente para a Cirurgia
Fatores que influenciam na maior possibilidade de infecção:
· idade (dois extremos)
· diabetes (sangue não chega às extremidades - pé diabético - e nem ao sistema imune) 
· obesidade (metabolicamente inflamada; complacência pulmonar)
· desnutrição
· tratamentos prolongados com esteroides 
· duração da hospitalização
· tempo da cirurgia
· contaminação ambiental
· uso de drenos e sondas
· tamanho da incisão 
Assepsia → preparo do paciente (antes de chegar no centro cirúrgico)
1. Banho geral com anti-séptico um dia antes: remover a microbiota transitória e dar tempo da fixa se regenerar 
2. Trocar a roupa: colocar avental
3. Tricotomia: aparar o pelo (risco de raspar é dar foliculite)
Antissepsia→ preparo do paciente (já no centro cirúrgico)
1. Identificação do campo operatório
2. Degermação geral do paciente (lavagem simples)
3. Solução alcóolica em sentido unidirecional (já todo paramentado)
4. Colocação dos campos primários
5. Incisão 
→ Incisão preferencial onde tem pelos pois as
glândulas anexas próximas ao folículo piloso
auxiliam na cicatrização 
 3 - Preparo da Equipe 
Deve-se tomar banho no mínimo 2 horas antes da cirurgia, colocar pijama cirúrgico antes de entrar no centro cirúrgico e não esquecer dos adereços como gorra ou touca, máscara e óculos de proteção.
Higienização das mãos: eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota permanente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional; deve durar de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia do dia e de 2 a 3 minutos para as subsequentes 
Flora da pele
· transitória: nas regiões mais expostas com colorização temporária e dependente do ambiente ao qual o indivíduo está exposto; é removida com facilidade na assepsia → após sua remoção deve-se aguardar para que a flora permanente do paciente colonize as regiões, antes de dar entrada ao procedimento 
· permanente: sua redução pelo anti-séptico é transitória e logo se restabelece, aumentando rapidamente em ambiente úmido. 
 5 - Curativos 
Fase inflamatória (3º dia): hemostasia e degranulação plaquetária com tampão para parar o sangramento; sinalização para os neutrófilos conterem o processo infeccioso
→ curativo que deve ser trocado todas as vezes que estiver molhado por exsudato 
Fase proliferativa (5º dia): selamento da ferida com fibrose associada ao colágeno tipo II → já existe um selamento da ferida e não precisa mais curativo 
· ainda não se remove os pontos 
· granulação:não retirar a cada com aspecto vermelho vivo pois irá sangrar e com isso retorna a fase inflamatória
Fase de maturação: colágeno tipo I,II e III e miofibroblasto que faz a contração da ferida (faz com que a cicatriz diminua) 
· se não cicatrizou por completo em até 3 semanas indica problema → infiltrado leucocitário 
→ A atividade celular ocorre em meio úmido
→ O macrófago está presente em todos os processos; quando ausente, indica que acabou a reparação.
CAMADAS DA PELEA) EPIDERME: consiste primariamente em queratinócitos, que a impermeabilizam; está em constante renovação, as células mais antigas são substituídas por outras mais novas em uma renovação que ocorre em média a cada 12 dias. 
B) DERME: formada por tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. 
As fibras são produzidas por células chamadas fibroblastos, que permitem a elasticidade, tração e conferem maior resistência à pele. 
C) HIPODERME: basicamente formada por células de gordura e faz conexão entre a derme e a fáscia muscular; atuando como reservatório energético, isolante térmico, proteção contra choques mecânicos, fixação dos órgãos e modelando a superfície corporal.
TIPOS DE FERIDAS
· Cirúrgicas: provocadas por instrumentos cirúrgicos e estéreis 
· incisivas: perda mínimo de tecido
· excessivas: remoção de áreas depele como em biópsias
· Traumáticas: acidentalmente
· Mecânica: prego, espinho, pancada
· Física: temperatura, pressão
· Química: ácido ou soda cáustica
· Biologia: parasitas ou animais
· Ulcerativas: lesões escavadas com profundidade variável, podendo atingir desde as camadas mais superficiais até os músculos. São classificadas de acordo com as camadas de tecido atingidas 
· Estágio I: pele avermelhada, não rompida, mácula eritematosa bem delimitada, somente na epiderme
· Estágio II: pequenas erosões na epiderme ou ulcerações na derme; abrasão ou bolha
· Estágio III: afeta a derme e tecido subcutâneo
· Estágio IV: perda total da pele, atingindo músculos, tendões e exposição óssea 
mácula: mancha
eritematosa: vermelha 
TEMPO DE CICATRIZAÇÃO E CONTEÚDO BACTERIANO 
Ferida aguda → ruptura da vascularização com desencadeamento imediato do processo de hemostasia. 
• A contração das margens inicia em cerca de 5 dias após a lesão e tem seu pico em 2 semanas. 
• Se a ferida não fechar até 3 semanas após a ruptura da pele, a contração cessa, caracterizando então a ferida como crônica
Ferida crônica → desvio na sequência do processo cicatricial fisiológico 
A ferida pode apresentar conteúdo bacteriano ou não, sendo também classificada quanto a isso.
· Limpa: lesão feita em condições assépticas e isenta de microrganismos
· Limpa contaminada: lesão com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento mas sem contaminação significativa 
· Contaminada: lesão com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento com presença de contaminantes mas sem processo infeccioso visível no local
· Infectada: presença de agente infeccioso e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e destruição de tecidos, podendo haver pus
· Odor: produzido por bactérias e tecidos de decomposição (geralmente com necrose)
→ Os tecidos inviáveis são removidos e a intenção é retornar para a fase inflamatória. 
PRESENÇA DE EXSUDATO
É resultado do processo inflamatório, sendo composto por células que escapam do vaso sanguíneo e se depositam nos tecidos.
Sua coloração depende da composição, sendo as mais comuns esbranquiçadas, amareladas, avermelhadas, esverdeadas e achocolatadas. 
→ Seroso: líquido de baixo conteúdo proteico
→ Sanguinolento: decorrente de ruptura de vasos ou hemácias 
→ Purulento: células e proteínas
→ Fibrinoso: proteínas plasmáticas 
1ª intenção : encosta as bordas
2ª intenção: não junta as ordas
3ª depois da segunda intenção, suturar
O CURATIVO 
Curativo é todo material colocado diretamente sobre uma lesão a fim de prevenir uma contaminação. Portanto, as finalidades do tratamento das feridas são: 
1. Evitar a contaminação das feridas limpas; 
2. Reduzir a infecção das lesões contaminadas; 
3. Facilitar a cicatrização removendo as secreções; 
4. Promover a hemostasia; 
5. Facilitar a drenagem proteger a ferida; 
6. Aliviar a dor
TIPOS DE CURATIVO 
Passivos: ocluem e protegem a lesão, como gazes
Interativos: mantém ambiente úmido e favorável a restauração do tecido (filme, espumas)
Bioativos: estimulam sustâncias ou reações dna cacastaa de cicatrização (colágnos e faotres de crescimento)
· Babosa: atividade cicatrizante e reepitelizante com ação anti inflamatória, analgésica e emoliente → queimaduras de 1º e 2 graus
· Hidrocolóide: estimula a angiogênese e acelera a granulação tecidual → queimaduras, feridas limpas sem grandes exsudatos 
· Alginato de Cálcio: derivado de algas marinhas, indicado para feridas com muito exsudato → absorve o exsudato e induz a hemostasia 
· Curativo com carvão ativado: indicado para feridas infectadas com exsudato → filtra odor, tem ação bactericida e absorve o exsudato
· Hidrogel: estimula a cicatrização em feridas secas, como em úlceras e queimaduras 
· Filme transparente: deixa umidade e permite “respiração” ao mesmo tempo que é impermeável para agentes externos
· Sulfadiazina de prata: ação bactericida
· Creme de papinha: usado em feridas abertas ou infectadas pois provoca desbridamento químico
· Colagenase 
Roteiro de Assepsia Prática 
1. DEGERMAÇÃO 
Molhar até o antebraço, passar o anti séptico e iniciar a escovação com a escova, na seguinte ordem:
· unhas e leito ungueal
· inter dígitos
· palma das mãos
· dorso das mãos
· antebraço 
Retirada do antisséptico seguindo sentido distal para proximal
Secagem das mãos
2. COLOCAR CAPOTE CIRÚRGICO 
3. CALÇAR LUVAS

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