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TCC UNIBRA - Transtornos alimentares

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
Ana Beatriz Marinho Silva
Carolina Aires Viana
Manoela Soares Silva
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL SOBRE ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO AOS TRANSTORNOS ALIMENTARES: UMA VISÃO DE CORPO X SAÚDE
Recife-PE
Junho, 2021
Ana Beatriz Marinho Silva
Carolina Aires Viana
Manoela Soares Silva
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL SOBRE ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO AOS TRANSTORNOS ALIMENTARES: UMA VISÃO DE CORPO X SAÚDE
Projeto de Pesquisa apresentado como requisito parcial, para conclusão do curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário Brasileiro, sob a orientação do professor Marcela Sarmento Valencia.
Recife/PE
Junho, 2021
RESUMO
A busca pelo corpo ideal é algo que vem sendo muito comentado e implantado pela sociedade atual e sua relação com a saúde chega a ser tornar preocupante por desenvolver os transtornos alimentares e outras patologias. Este estudo vem trazendo como foco a relação entre a psicologia básica e nutrição comportamental a fim de entender quais os impactos que essas patologias causam em pacientes. Neste cenário a pesquisa mostra a influência da mídia social no desenvolvimento dessas patologias e a amplitude da insatisfação corporal em homens e mulheres jovens. Contudo, a pesquisa tem como função trazer escolhas estratégicas de intervir que o paciente tem uma má relação com seu corpo, além de realizar práticas que valorizam hábitos de uma vida saudável com abordagem de nutrição comportamental e o apoio psicológico para identificar os principais problemas vistos por pessoas que não aceitam o próprio corpo.
Palavra – chave: Nutrição comportamental; Psicologia básica; Transtornos alimentares.
Sumário
1.Introdução 	5
1.1 JUSTIFICATIVA..........................................................................................................5
1.2 HIPOTESE..................................................................................................................6
2. REFERENCIAL TEORÍCO..............................................................................6
2.1 TRANSTORNOS ALIMENTARES (TAs)........................................................................ 6
	2.1.1 ANOREXIA NERVOSA .........................................................................................................7
2.1.2 BULIMIA NERVOSA .............................................................................................................8
2.1.3 VIGOREXIA NERVOSA........................................................................................................10
2.1.4 ORTOREXIA NERVOSA .....................................................................................................11
2.1.5 TRANSTORNO COMPULSIVO ALIMENTAR......................................................................12
2.2 NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL...............................................................................14
3. OBJETIVOS	15
	3.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................................15
3.2 OBJETIVO ESPECIFICO.........................................................................................15
4. METODOLOGIA ...........................................................................................15
REFERÊNCIA 	16
1. INTRODUÇÃO 
 Os Transtornos Alimentares (TAs) são patologias caracterizadas pelo receio de engordar, influenciadas por fatores socioculturais. Estudos mostram que esses comportamentos estão ligados ao alimento, relacionado a doenças como anorexia, bulimia, vigorexia, compulsão alimentar e ortorexia. Essas patologias acarretam a pessoa a procurar um padrão de beleza globalizado que está diretamente relacionado a caso dessas doenças (ABREU; CANGELLI FILHO, 2005).
A busca pela alimentação e corpo ideal (magreza) vem sendo algo muito visto pela sociedade atual, de uma visão de corpo perfeito. Desde os primórdios dos regimes patriarcais, esse padrão estético sofreu inúmeras variações e desde então as culturas são marcadas pela visibilidade estética (HERCOVICI BAY, 1997).
Neste cenário surge a compreensão que o corpo é um vetor muito importante para a construção da identidade do indivíduo, considerando também a importância para a interação dos grupos sociais. Há ideia de que o corpo é construído a partir de várias significações, culturalmente usadas e associadas às pessoas vistas como corporeidade mostrando que o corpo não é apenas um produto, mas também aquele que constrói a sociedade (SOARES, 2010). 
Percebe-se que as práticas alimentares e padrões estéticos caminham juntos. Mais do que tendência ou produto da disponibilidade alimentar, os modelos de beleza são indicativos de distinção social e sinalizadores das diferenças entre classes sociais. Constata-se que independente da faixa etária ou fase da vida, existe um direcionamento e uma grande influência dos fatores socioculturais, como mídia, os amigos e familiares e grupo no qual se está inserido, na busca do corpo ideal e de uma melhor satisfação da imagem corporal (CARRETEIRO, 2005).
1.1 JUSTIFICATIVA
Portanto, é fundamental a pesquisa sobre a influência da mídia no desenvolvimento dessas patologias, devido a amplitude e gravidade de insatisfação corporal. Salienta-se a importância da realização de estudos interdisciplinares, que criem e utilizem métodos adequados para a avaliação do impacto da cultura na imagem corporal e nas práticas alimentares. 
Devido aos dados preocupantes e feitos por pesquisas na área em relação ao alto grau de insatisfação corporal, cabe refletir sobre as contradições apresentadas pela sociedade atual especialmente as crianças e adolescentes. De um lado enfatizando a atividade física e a importância de manter hábitos alimentares saudáveis, através dos mais variados veículos de comunicação.
1.2 HIPÓTESE
Existem muitos fatores envolvidos na etiologia dos transtornos alimentares de indivíduo para indivíduo. O tratamento psicológico junto com a nutrição comportamental mostra que é possível ajudar na prevenção dessas patologias.
A aplicação da Nutrição Comportamental (NC) na abordagem de visão entre corpo e saúde é fundamental diante dos TAs, pois ajuda em seu tratamento psicológico entre corpo e mente. É necessário que o paciente procure ajuda tanto psicológica como nutricional, para auxiliar na melhora e obter resultados satisfatórios e positivos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
	O referencial teórico deste referente artigo se propõe a investigar como se dá o tratamento dos transtornos alimentares na visão da nutrição comportamental utilizando essa abordagem entre corpo e saúde. 
2.1 TRANSTORNOS ALIMENTARES (TAs)
	Transtornos alimentares (TAs), caracterizam-se como doenças demarcadas por distúrbios psiquiátricos de etiologia multifatorial e modificações no comportamento alimentar por aspectos caracterizados por consumos, padrões e atitudes alimentares extremamente distorcidas como o medo mórbido de engordar, ingestão mássica de alimentos seguidos de vômitos, uso abusivo de laxantes e/ou diuréticos e mais a preocupação exagerada com o peso. Geralmente, envolvem uma preocupação excessiva com a imagem corporal, gerando comportamentos como a ingestão reduzida de alimentos e se desenvolvendo com mais frequência entre meninas e mulheres jovens, não descartando a inclusão de homens nesse meio (NUNES, et al., 2017).
	A etiologia dos TAs é multifatorial e envolve componentes biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares. Os principais tipos de TAs são: anorexia nervosa (AN) e a bulimia nervosa (BN) que se configuram como os transtornos mais comuns, tendo em vista que se encontram outros tipos, como: ortorexia nervosa (ON), vigorexia e compulsão alimentar. Podendo não ser possível definir uma causa única para que uma pessoa desenvolva esses transtornos sendo necessária uma abordagem integrada e multiprofissional, formada por, pelo menos, um psiquiatra, um clínico geral, um psicólogo e um nutricionista (GORGATI, et al., 2002).
	A mídia, ao valorizar ideais de belezae promover distúrbios da imagem corporal e alimentar, influencia muito para o desenvolvimento destes tipos de TAs, dando ênfase a magreza feminina como uma expressão da atração sexual coincidindo com o aumento dessa incidência, mostrando como a obesidade ou um corpo normal diante da sociedade é uma condição altamente rejeitada e estigmatizada e valorizando a magreza em particular e seus padrões (FIATES; SALES, 2001).
	A busca da feminilidade tem como imagem do normal amplamente difundidas nos discursos vigentes que definem o que é ser ou não ser mulher. Essa perspectiva traz o corpo como um território de regulação, manipulação e controle social contribuindo afirmar a manutenção de um estereótipo predominando de que o feminino precisa ser melhorado, moldado e transformado para afirmar que os desejos excessivos, obsessivos e irracionais, de outras imagens e sentidos sejam produzidos (BORDO, 1999).
2.1.1 ANOREXIA NERVOSA (NA)
A anorexia nervosa (AN) é caracterizada pela recusa da alimentação associada a uma alteração na percepção subjetiva da forma e do peso corporal, podendo causar vários danos ao sistema reprodutor (feminino e masculino), como a interrupção do ciclo menstrual e diminuição ou ausência da libido, o indivíduo portador deste distúrbio apresenta uma extrema perda de peso, baixa taxa metabólica basal e exaustão (MATA; SCHMIDT, 2012). 
Os sinais e os sintomas mais evidentes dessa patologia, são: a busca incessante pelo emagrecimento, a percepção distorcida que a pessoa tem do próprio corpo e uma restrição alimentar muito rigorosa e em outros casos episódios bulímico, seguido por purgação. A AN pode estar relacionada à atividade da serotonina do cérebro. Esse neurotransmissor regula a ansiedade, humor e possui controle no apetite. Os pacientes com esse diagnostico normalmente tem perfil perfeccionista, manipulador, inseguro com rejeição (BENTO et al., 2016).
Assim, pode ser caracterizada por alterações consideradas patológicas associadas a outros comportamentos voltados para o controle do peso, como o uso de laxantes e anfetaminas que estão presentes nos inibidores de alimentos, podendo induzir o vomito e levando aos exercícios físicos exagerados causando lesões no corpo. As causas de modelo etiológico são multifatoriais, incluindo gêneros biológicos, psicológicos, familiares e os fatores de risco sociocultural e econômico (RUSSELL et al., 1987).
Estudos mostram que a frequência em mulheres e mais relevantes que em homens nas idades entre 15 a 20 anos, mostrando uma porcentagem de 79% à 90% dos casos. Inicialmente uma pessoa que sofre deste distúrbio restringe as refeições por medo de ganhar peso, mantendo propositalmente baixo peso corporal recusando manter um nível igual ou acima do mínimo para sua idade e altura fazendo assim uma distorção de sua imagem (CONER et al., 2018).
Infelizmente por causa da AN os pacientes tem como consequência a pele mais áspera, seca e rachada. Suas unhas terão uma aparência quebradiça, e há perda de cabelo do couro cabeludo. Essa perda demasiada de peso faz com que cresçam lanugos pelo corpo, com intuito de proteger a temperatura corporal e tendo a aparência mais fina e sedosa como as de um recém-nascido (SYSKO,2016).
2.1.2 BULIMIA NERVOSA (BN)
Segundo Gerald Russell (1979), a primeira descrição da Bulimia Nervosa (BN) desde o quadro da entidade nosológica distinta identifica o avanço, graças a proliferação de grupos de pesquisas em vários países. Sendo esse o principal reflexo da epidemiologia que a BN vem demonstrando com o passar dos tempos, superando a Anorexia Nervosa (AN). Inicialmente a BN foi descrita como AN por volta dos anos 50 e na década de 70 pesquisadores identificaram sintomas bulímicos entre mulheres jovens de peso normal, sendo 30 casos, em 1979 constatando assim uma estranha evolução da AN. 
Portanto a BN é uma patologia caracterizada pela ingestão compulsiva e rápida de grande quantidade de alimento com pouco ou nenhum prazer. Apresentando sintomas alimentares, tais como: períodos sem comer, vômitos, uso de medicamentos para evitar o ganho de peso, dietas e exercícios físicos, abuso de cafeína ou uso de cocaína (FORTES, et al., 2014).
O vômito autoinduzido é muito comum em pacientes que sofrem deste distúrbio, sendo encontrado em 95% pelo efeito da redução imediata da ansiedade. Em virtude disto no antigo Egito, era muito comum o estimulo do vômito e o uso de purgativos todo mês, por dias consecutivos julgando que “todas as doenças dos homens são oriundas da comida”. Purgantes também eram comuns na Idade Média, sendo tudo que um médico poderia prescrever na época. (CASPER, 1983)
A origem desse transtorno é multifatorial, embora os fatores de personalidade e os elementos ambientais estejam implícitos, que indicam ser verídico haver uma predisposição genética que ainda não é reconhecida. Há uma abundância de alimentos em nossa sociedade, sendo alguns muitos atrativos e aliada à ordem social sendo preciso ser esguio para ser aceita, dando origem as situações internas muito complicadas, levando pessoas que já tem uma predisposição a desenvolver um TA (BORGART, et al., 2017).
Há algum tempo, com o desenvolvimento de culturas enfatizando a procura do corpo ideal e influenciando cada vez mais o belo e magro, muitos adolescentes têm sofrido dores e se sucumbindo a medidas extremas e pouco saudáveis para alcançar um corpo perfeito. Devido a atenção com aparências e comparações com os outros, o indivíduo com BN tende a procurar transformar seu corpo mais estável, pesando e estimando as medidas de etiqueta repetindo compulsivamente os atos de assumir um papel de imagem corporal negativa, assim, fortalecendo o excesso de atividade física e buscando fazer mais dietas para tentar alcançar o tão desejado e satisfeito corpo (CAMPANA; TAVARES, 2012).
Indivíduos portadores desta patologia apresentam uma ampla gama de limitações, sendo o campo social mais afetado negativamente associando uma probabilidade significativamente de automutilação, suicídio e morte. Assim a terapia cognitiva-comportamental desenvolve o desdobramento de recursos e também esforços por autoridades sanitárias, a fim de implementar procedimentos terapêuticos (WADE, 2019).
2.1.3 VIGOREXIA NERVOSA (VN)
Esse Transtorno Alimentar também é conhecido como Dismorfia Muscular, Anorexia Nervosa Reversa e Vigorexia sendo descrita como uma patologia caracterizada pela insatisfação corporal constante com o próprio corpo que motiva a pratica exagerada de exercícios e tratamentos clínicos nutricionais desfavoráveis. A Dismorfia muscular envolve uma preocupação por não ser suficientemente forte e musculoso em todas as partes do corpo. Essa síndrome ocorre principalmente em homens de 18 a 25 anos que praticam exercícios além de utilizarem anabolizantes e outros métodos para alcançar os resultados que desejam (SOLER et al., 2013).
Assim como a Ortorexia, nos casos em que o indivíduo excessivamente procura consumir os alimentos mais puros, a vigorexia ainda não tem estudos que associem diretamente os efeitos sobre o transtorno que potencializa defeitos estéticos. Os portadores desses distúrbios não fazem exercícios aeróbicos, pois temem a perder massa muscular. Por isso, esses portadores tendem ter obsessões exagerada por treinamentos exaustivos e dietas extremamente rigorosas (NOVAES, 2013). 
Desde a mitologia grega, a beleza tem sido alvo de relevante na sociedade e era disputada pelas deusas do Olimpo, de modo que, sempre a vencedora despertava ira das demais, com isso a sociedade vem produzindo a manifestação do que é estético e principalmente o que deve ser almejado, mostrando que a um padrão de corpo ideal que associam a felicidade. Essa preocupação exacerbada pelo corpo tem vista como um dos fatores causais de alterações da percepção da imagem corporal que impulsiona os indivíduos a potencializar os defeitos estéticos que possua, ou imagine que possua, chegando a tortura-lo fazendo se sentir aparentemente magro e sem músculos (CONTI et al., 2005).
Por isso, alguns sintomas causados para o desenvolvimentoda doença são: intolerância a aparência, exagerada frequência de treinos, perca de controle das horas de treinamento além de sintomas de depressão, ansiedade e mudanças no habito de dormir. Quando impedidos de fazer exercícios ocorre uma preocupação desacerbada em relação aos alimentos ingeridos, utilizando anabolizantes de prescrição medica e abdicação do convívio social em pró da rotina em que se acredita ser ideal (GONCÁLEZ-CARRASCOSA et al., 2015).
Portanto, é necessário como tratamento para indivíduos com vigorexia, juntamente com a equipe multidisciplinar e um nutricionista com combinações de formas geralmente utilizadas para esse transtorno que pode funcionar como diretriz para o tratamento (OLIVARDIA, 2001).
2.1.4 ORTOREXIA NERVOSA(ON)
É um TAs relativamente novo, descrito pela primeira vez por Steven Bratman em 1997, caracterizada pela obsessão por alimentos normalmente considerados pelo sujeito como saudável. Os indivíduos cujo comportamento sugerem esse transtorno desprendem tempo e esforço na busca desta alimentação sadia considerada “pura” que, os leva a comportamentos restritivos frente a escolha e ao preparo dos alimentos e que incompatibiliza a vida cotidiana e os afastam de relações sociais. Estudantes da área da saúde, modelos e atletas são considerados grupos de risco para o desenvolvimento de transtornos já conhecidos tais como anorexia nervosa e bulimia (SOUZA, 2014).
A busca pela alimentação saudável pode acarretar alguns problemas, quando passa a ser uma compulsão no momento em que uma pessoa começa preparar seu próprio alimento, pois acredita que somente assim ele está saudável e pronto para seu consumo; com isso tem-se alguns cuidados como a higienização dos alimentos evitando assim várias doenças, porém nem sempre é suficiente para erradicar alguns ovos de parasitas, contudo é preciso filtrar a água para que todos os vegetais, frutas, verduras, tubérculos e legumes possam ser cuidadosamente levados para eliminar parasitas presentes no solo (OLIVER, 2017).
Os ortorexicos incluem alimentos que consideram impuros, entretanto, muitos alimentos naturais possuem em sua própria flora bacteriana, bactérias e protozoários comuns em solo que aderem as plantas e se tornam parte da microbiota de produtos frescos, sendo benefícios a saúde. Como por exemplo as bactérias ácido-láticas, que são uma parcela significativa da biota bacteriana de plantas e seus produtos, também estão presentes em leite e produtos derivados que atuam como probióticos, proporcionando uma série de benefícios para a saúde, como a estimulação e regulação do sistema imune, prevenção de doenças intestinas por meio de promoção de resistência gastrointestinal a colonização de patógenos é também, pela produção de ácido lático (JAY,2005).
O indivíduo por se submeter a diversas restrições ao iniciar uma busca obsessiva por alimentação saudável acaba excluindo certos tipos de alimentos, começando com os considerados impuros, tais como: corante, conservante, gordura trans, açúcares, sal, agrotóxicos, transgênicos entre muitos outros, até a exclusão de grupos de alimentos considerados importantes para a nutrição adequada, podendo chegar a quadros de carência nutricional. A restrição do cardápio diminui significativamente a quantidade de vitaminas necessárias para uma dieta balanceada e acaba danificando algumas funções dentro do metabolismo, gerando sintomas como: unhas quebradas, queda de cabelo, flacidez muscular, ansiedade, depressão, doenças autoimunes e o sistema nervoso também pode ser prejudicado (PONTES, et al., 2014)
2.1.5 TRANSTORNO COMPULSIVO ALIMENTAR (TCA) 
O Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) descrito pela primeira vez em 1950 trata-se de uma patologia que é caracterizada pela grande ingestão de alimentos em um período curto de tempo, seguido geralmente de alto desconforto e autocondenação. A TCA está relacionada a sintomas psicopatológicos em geral (sobretudo depressão), a maior gravidade da obesidade e a prejuízo no funcionamento social e ocupacional. Desde então várias alterações de acordo com seu critério de avaliação sendo em 2013 finalmente descrita como um TAs sendo chamada de Transtorno Compulsivo Alimentar (TCA). A diferença entre o exagero alimentar e compulsão são o campo das psicopatologias alimentares, causando dúvida e confusão até mesmo entre profissionais de saúde (APA,2013).
Essa patologia pode ser acompanhada de sentimentos como angustia, vergonha, nojo e/ou culpa. Definindo que o comedor compulsivo pode ser dividido em dois elementos: o subjetivo que se trata de uma pessoa que tem a sensação de perda de controle e o objetivo que é a quantidade de consumo alimentar. Diferentemente da bulimia nervosa onde a compulsão é claramente concluída como comportamento purgativo, mostra que na TCA não há uma certeza, assim gerando várias dúvidas quanto ao tamanho e a duração da compulsão, mas que no final, a duração é designada num período de duas horas, sendo uma solução claramente insatisfatória (STUNKARD, 2003).
Os casos podem ocorrer isoladamente em episódios pontuais que caracterizam uma manifestação clínica, mas que estão ligados a todos os critérios para diagnosticar um TAs. Assim podendo apresenta episódios esporádicos, com baixo comprometimento psíquico, físico e social e até um quadro grave e debilitante diante da patologia. Nas TCA as pessoas sentem a necessidade de comer mesmo sem fome nos quais a comida assume o protagonismo e o consumo de uma grande quantidade e variedade de alimentos sendo consumidos num intervalo curto de tempo. A pessoa com essa patologia não possui controle e por essa razão costumam comer escondido trazendo sentimento de culpa vergonha e tristeza (VIANNA, 2019).
A TCA não está ligada ao prazer alimentar à mesa, pelo contrário ela é um transtorno psiquiátrico que está presente em alguns TAs como pro exemplo a BN, sendo uma síndrome do comportamento alimentar. Tendo em contexto o sentimento de obrigação em comer e ser julgado por ele com o reflexo de uma excessiva falta de controle. Além disso, outro fator que pode acarretar no aumento dessa patologia é o estresse liberando o cortisol gerando a sensação de fome e então estimulando o aumento de peso. Os componentes psicológicos do transtorno, identifica que os pacientes com TCA possuem a autoestima muito baixa fazendo preocupar-se com o peso e a forma física diferentemente de pessoas que também possuem o sobrepeso sem terem o transtorno (GELIEBTER, 2002).
2.2 NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL (NC)
A Nutrição Comportamental não é de fato uma especialidade e sim uma abordagem inovadora, que inclui aspectos sociológicos, sociais, culturais e emocionais da alimentação promovendo mudanças no relacionamento nutricionista e paciente, e da comunicação na mídia e da indústria com seus consumidores que apresentam TAs e dificuldades de seguir dietas padrões ou orientações nutricionais tradicionais incentivando o tratamento para que alcancem seus objetivos (ALVARENGA, 2016).
O comportamento alimentar envolve muitos outros fatores, não só o ato de comer, mas fatores emocionais e culturais, independentes de saciar a fome. O nutricionista que trabalha com essa abordagem é chamado de Terapeuta Nutricional (TN), eles auxiliam ao paciente uma boa relação com o alimento e sobre o que ele deve consumir ajudando nas emoções e influenciando o comportamento e as atitudes com o alimento. As emoções influenciam no comportamento, envolvendo o ambiente e situações externas do porquê comemos e sobre o que comemos (KAMIL,2013).
Diante disso, o TN é responsável por ajudar o paciente a construir estratégias, tornando viáveis para a execução do planejamento alimentar. Os profissionais baseados em evidencias cientificas tem como peça-chave mostrar o prazer de comer e o equilíbrio, acreditando que cada alimento independente da qualidade possa ter espaço para uma alimentação saudável, respeitando a quantidade e a frequência. Todas essas ferramentas/técnicas são utilizadas para que o paciente se sinta motivado no processo de mudança do comportamentoalimentar assim aplicando uma orientação nutricional, que não seja baseada em uma “dieta” e sim mostrando como os hábitos saudáveis não dependem do peso como um comportamento e sim uma comunicação (MACEDO, 2016).
Deste modo, o papel do nutricionista comportamental é estabelecer estratégias de comunicação visando transmitir ideias consistentes que ajudam no processo de cura, considerando que os transtornos tem diversas causas como psicológicas, biológicas e socioculturais pois, devem ser cuidados respeitando a doutrina e os preceitos do paciente, detalhando um plano mais flexível, ajudando a estabelecer metas e práticas educativas (ALVARENGA M., 2016). 
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral: 
· Propor uma estratégia de intervenção nas escolhas dos pacientes que possuem uma má relação com seu corpo e saúde e que cause um impacto positivo nas suas escolhas alimentares
3.2 Objetivo Específico:
· Caracterizar os transtornos alimentares como patologias a serem estudadas e o que elas causam em determinados casos.
· Identificar os principais problemas vistos pelas pessoas que apresentam essas patologias e o que pode ser feito para solucionar isso. 
· Valorizar hábitos que são condição de uma vida saudável na abordagem de nutrição comportamental com apoio psicológico. 
METODOLOGIA
O presente trabalho destaca sobre os impactos da insatisfação corporal na sociedade, mostrando a mídia como uma principal influência. Com base nisto, esta pesquisa relata a importância da nutrição comportamental, mostrando mais uma abordagem podendo ser incluída como um meio de tratamento diante de várias patologias, destacando a visão entre corpo e saúde.
Essa pesquisa tem como um impacto positivo através do seu estudo mostrar a importância da nutrição comportamental diante dos transtornos alimentares envolvidos e junto à psicologia e a nutrição trazer a ideia de corpo x saúde como algo que está relacionado em todos os seus fatores envolvidos como fisiológicos, emocionais e sociais através dos alimentos no intuito de promover a mudança comportamental das pessoas.
Desta forma a abordagem do problema da pesquisa em questão será quantitativo considerando fatos por meio de questionários e, posteriormente analisa-los através de procedimentos estatísticos apresentando resultados significativos e contribuições a pesquisa em estudo.
REFERÊNCIAS
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ALVARENGA, M. Contextos da Alimentação. Revista de comportamento, cultura e sociedade, vol. 5, n.1, 2016.
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