ATIVIDADES MORFOLOGIA THAIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ 
FACULDADE DE LINGUAGEM 
CURSO DE LETRAS LINGUA PORTUGUESA 
TURMA: LP 2021 
DISCIPLINA: MORFOLOGIA 
DOCENTE: CELSO FRANCÊS 
 
 
 
 
 
THAÍS CHAVES RODRIGUES 
 
 
 
 
ATIVIDADES AVALIATIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMETÁ- PA 
2023 
DISCIPLINA: MORFOLOGIA 
PROFESSOR: CELSO FRANCÊS 
DISCENTE: Thaís Chaves Rodrigues 
 
ATIVIDADE I(Pág. 26-31) 
 
Bloco I 
 1. Imagine uma situação em que haja quatro jogadores, pedras de seis cores 
diferentes e as seguintes regras obrigatórias e opcionais: 
a) combine sempre para a direita as pedras azuis e as amarelas; 
b) pode-se intercalar entre a pedra azul e a amarela, pedras verdes e vermelhas, 
desde que elas sejam colocadas sempre juntas; 
c) as pedras verdes e vermelhas, podem ser substituídas por cinzas e laranjas. 
 2. Imagine as seguintes jogadas e verifique quais dos jogadores seguiram as regras 
estabelecidas: 
a) o jogador A não põe entre a pedra azul e a amarela as pedras verdes e 
vermelhas; 
b) O jogador B põe uma pedra amarela entre a verde e a vermelha; 
c) O jogador C combina pedras azuis com amarelas à esquerda; 
d) O jogador D põe uma pedra amarela ao lado direito de uma azul, 
intercalando pedras cinzas e laranjas. 
3. Estabeleça agora um paralelo entre o jogo e as noções linguísticas de língua e 
fala: o que corresponde, na descrição acima, à língua? E à fala? 
Reposta: Segundo as concepções de língua pode-se dizer que esta seria todo o sistema 
do jogo, considerando que trata-se de um sistema de valores e conjunto de 
convenções necessárias adotadas por uma comunidade linguística. A fala nesse 
sentido, que é a realização individual das possibilidades oferecidas pela língua, no 
contexto do jogo seria as opções escolhidas pelos jogadores, dadas as regras. 
 Bloco II 
 Distinga e justifique, nas afirmações a seguir, as noções linguísticas em jogo 
( sincronia — diacronia; sintagma —paradigma) e a abordagem ( normativa ou 
descritiva) utilizada pelo autor: 
1) "Na fala popular do Rio de Janeiro, há uma tendência para a supressão das 
semivogais de certos ditongos... Consideremos em primeiro lugar os ditongos 
crescentes. Há um grupo de palavras para as quais é grande a tendência à redução do 
ditongo: 
Padrão popular 
Popular paciença 
paciência poliça 
salário salaro 
contrário contraro 
armário armaro 
edifício edifiço 
escritório escritóro 
anúncio anunço 
 
(Lemle, Miriam. Heterogeneidade dialetal: um apelo à pesquisa linguística e ensino 
do vernáculo.Tempo Bra-sileiro, n. 53 /54, p. 57 , 1978). 
R: A noção linguística é a Sincronia, pois estuda apenas as variações da língua que 
existem em uma determinada época, como variações regionais, sociais e situacionais. 
Já a abordagem utilizada é a descritiva, visto que, realiza-se o estudo, e a 
interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador. 
2) "O infinitivo pessoal emprega-se obrigatoriamente num só caso: quando tem 
sujeito próprio, distinto do sujeito da oração principal" ( Rocha Lima, 1974 , p. 
429). 
R: Sincronia já que não demonstra levar em consideração aspectos históricos para 
o estudo normativo. 
Normativo, pois busca a padronização da língua, indicando através de suas regras 
como devemos falar e escrever corretamente. 
Sintagma, pois é uma relação onde em cima disso será construída a fala. 
 
3) O pronome eu é empregado na língua como sujeito de um verbo. Em qualquer outra 
função é substituído por me ( objeto direto e indireto) não precedido de 
preposição ou por mim, se for precedido de preposição. 
R: Sincronia, já que trata de estudo/ análise (caráter comparativo) de elementos 
linguísticos de um mesmo período de tempo(simultaneamente). 
Descritivo, pois é um trabalho de definição. E por fim, Sintagma: pois mostra 
relação de possibilidades, onde são termos que se alterados os signos, modifica-
se o sentido. 
 
4) "Quanto à colocação ou procedência dos pronomes na frase, é de boa norma, 
não propriamente gramatical, mas de distinção e elegância, dar prioridade à 
primeira (eu), quando se trate de alguma coisa menos agradável, ou que importe 
responsabilidade, ou, ainda, nas manifestações de autoridade e hierarquia; em 
caso contrário, por modéstia e delicadeza, a primeira pessoa, a que fala, coloca-
se em último lugar..." ( Rocha Lima, 1974 , p. 310). 
R: Sincronia, pois traz aspectos do mesmo período. 
Normativo, pois busca padronizar a língua, com aspectos até mesmo não 
propriamente gramaticais, apenas por elegância. 
Paradigma, já que (eu) tem possibilidades dentro do sintagma de modificação. 
 
5) "Na linguagem arcaica, era frequente o uso das formas tônicas do objeto 
indireto em função objetiva direta" ( Rocha Lima, 1974 , p. 302). 
R: Diacronia, pois engloba as mudanças ocorridas através do tempo. 
Descritivo, já que não faz uso de julgamentos, colocando um lado como superior. 
E Sintagma, pois o conjunto é a construção da fala. 
 
6) "Como é sabido, o plural, em - aeis, - eis (= ees), - is (= iis ou fies), - o. e - ues 
dos nomes terminados em - al, - el, - ol, - ul é devido à queda do / intervocálico; 
a terminação - files deu, quando tônica, - fies, que passou para - iis e depois se 
reduziu a - is, e, quando átona, - ees, que mais tarde, por dissimilação ou devido 
ao lugar ocupado pelo último e, se tomou em - eis, evolução que igualmente 
sofreu a tônica - e / es ...." ( Nunes, J. J. Compêndio de gramática histórica 
portuguesa ( fonética e morfologia). Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1945. p. 
236 e 237). 
R: Diacronia, pois relata as modificações sofridas com o passar do tempo. 
Descritivo, pois explicita o estudo sem jugacões. 
 
7) "Posto que a instituição dos oráculos e agouros estives-se morta desde muito 
tempo, perdurou na era medieval, e ainda na idade moderna, a crença de que 
o êxito dos atos humanos dependia da hora em que eram empreen-didos. Daí 
o costume de se acrescentara frases optativas ou imperativas, por sinceridade, 
ou mera cortesia, a locução em boa hora... Fundiu o uso das três palavras em 
uma só, embora, sendo adotada sem o mínimo escrúpulo pela linguagem 
literária. Tornou-se usual acompanhar a forma imperativa de ir e vir dos votos 
de bom êxito. Esta noção, compreendida no advérbio embora, deslizou-se da 
consciência hodierna, que confusamente descarrega nele o conceito de 
afastamento como se os verbos não dissessem já a mesma coisa" ( Ali, M. S. 
Gramática histórica da língua portuguesa. São Paulo, Melhoramentos, 1971). 
R: Diacronia, pois compreende o estudo da língua de acordo com a sua evolução 
no tempo. 
Normativa, pois tá fazendo julgamento e crítica ao termo criado. 
Paradigma, pois existia a possibilidade de acrescentar um termo dentro do 
sintagma. 
 
 Bloco III 
 Aplique nos exercícios abaixo, as noções linguísticas estudadas neste capítulo: 
 1. A palavra estudantes pode ser dividida de duas formas, de acordo com o 
princípio da dupla articulação da linguagem. Quantos segmentos teria, se 
subdividida em unidades de primeira articulação? E em unidades de segunda 
articulação? Responda às mesmas questões a respeito das palavras: 
 
a) linguística; LINGU/ÍSTIC/A = ML(radical)= MD(sufixo)+MF/DGF(Morfema 
flexional e Desinência de gênero feminino) 
b) indiretamente; IN/DIRET/A/MENT/E = MD(prefixo)+ML(radical)+VL(elementode 
ligação)+MD(sufixo)+VT 
c) possibilidades; POSS/I/BILIDAD/E/S = ML(radical)+VL(elemento de 
ligação)+MD(sufixo)+VT+DNP 
d) significativas; SIGNIFIC/A/TIV/A/S = ML(radical)+VL(elemento de ligação)+ 
MD(sufixo)+MF/DGF+ DNP 
 2. Construa conjuntos de palavras que se agrupam por paradigmas de acordo com 
os seguintes critérios: 
a) semântico: palavras que indicam ação, estado, sentimento; 
R: Amar = Ação 
Amado =Estado 
Amor =Sentimento. 
 
b) sintático: termos que exercem as funções de sujeito, objeto e modificador; 
R: A chuva- Chuva - Chovia. 
 
c) morfológico: elementos gramaticais que ocorrem como: prefixos, sufixos 
formadores de nomes, sufixos formadores de adjetivos. 
R: Cida, Cidade- Inseticida- Suicida 
3. Determine os critérios que possibilitaram os agrupamentos obtidos nas 
colunas A e B; em seguida, combine de modo diferente as palavras de cada 
uma delas, indicando os critérios utilizados. 
A B 
Teatro Automóvel 
Troleibus Cinema 
Testemunhas Advogado 
 
R: Teatro/ Cinema: ambos são locais em que o público pode assistir a atuações 
para entretenimento. 
Troleibus/ Automóvel: Os dois são veículos automotores destinados ao 
transporte de passageiros. 
Testemunha/Advogado: Ambos participam de julgamentos, tanto para 
incriminação ou defender. 
 
4. Observando as relações sintagmáticas, construa três frases, utilizando 
elementos pertencentes às classes gramaticais indicadas: 
a) dois substantivos, um artigo e um verbo; 
R: O príncipe Harry dormia. 
 
b) três substantivos, dois artigos, uma preposição e um verbo; 
R: A princesa Diana foi para a casa. 
 
c) um substantivo, um artigo, um adjetivo e um verbo. 
R: A menina bonita dançava. 
5. Complete o vazio com outros contextos: 
Suicida- Cida Com- portar Com- portar 
R: Homi- Cida Com- panhia Su- portar 
 Inseti- Cida Com- pactuar A- portar 
 
6. No texto abaixo, procure detectar os paradigmas seguintes: 
a) de palavras relacionadas à religiosidade; 
R: Pecado, Senhor, Sacra, Jesus Cristo. 
b) de termos que exprimem oposição de ideias; 
R: Mas. 
c) de elementos gramaticais indicadores de oposição ou contraste entre outros 
elementos pertencentes aos diversos paradigmas da língua: 
R: Mas, quanto mais. 
 "Pequei Senhor: mas não porque hei pecado De vossa alta clemência me 
despido Porque, quanto mais tenho delinquido Vos tenho a perdoar mais 
empenhado" ( Guerra, Gregório de Mattos. Obra Sacra n. 1 — A Jesus 
Cristo Nosso Senhor. In: A literatura brasileira através de textos. Massaud 
Moisés. São Paulo: Cultrix, 1971. p. 4). 
 
 
ATIVIDADE II (P, 46/49) 
Bloco 1 
Se você concordar com cada uma das afirmações a seguir, coloque ao lado um exemplo que a 
comprove; caso contrário, deixe o espaço em branco: 
1. tem-se a alomorfia quando a forma é a mesma, apenas o significado varia A alomorfia ocorre 
quando existe variação mórfica, isto é, não apenas quando varia o significado. 
 
2. as partículas enclíticas e proclíticas em Português não são vocábulos mórficos São vocábulos 
mórficos, mas que possuem comportamento fônico particular. 
 
3. em Português há uma grande ocorrência de vocábulos formados de uma forma livre e uma 
ou mais formas presas A afirmação está correta, vejamos dois exemplos: impróprio= im(forma 
presa) próprio(forma livre); infelizes = in(forma presa) feliz(forma livre) es(forma presa). 
4. para dividir o vocábulo em cada um dos segmentos que o constituem, baseamo-nos no 
princípio da comutação Não, pois a comutação trata-se da substituição de uma invariante por 
outra, tal qual resulta em um outro vocábulo formal. 
 
5. o morfema lexical, além de funcionar como base de significado, serve para formar outras 
palavras do idioma a afirmação está correta, uma vez que o morfema lexical ou sematema é um 
elemento que se repete em todas as palavras cognatas, sujeito a variações. 
6. o morfema gramatical tem a função de enquadrar o morfema lexical dentro de categorias da 
língua não, pois são responsáveis pelas funções gramaticais dos vocábulos. 
 
Bloco 2 
1. Considerando as frases abaixo: 
a) indique o número de vocábulos mórficos e classifi-que-os em formas livres e dependentes; 
b) assinale todas as formas presas e, a seguir, indique os morfemas lexicais e gramaticais que 
constituem as formas livres: 
As/ carta/s/ estão /rasura/das/ nova/mente/. 8 vocábulos mórficos: As = forma dependente; carta= 
forma livre, s=forma presa; estão= forma livre; rasura= forma livre, das=forma presa; nova=forma 
livre, mente= forma presa. 
 
Não/ refiz/ o /artigo/ de/ linguística. 9 vocábulos mórficos: Não = forma livre; refiz=forma livre; 
o= forma dependente; artigo=forma livre; de=forma dependente; linguística= forma livre. 
 
O/rosto/da /acusada/parecia/ trans/figurado/. 7 vocábulos mórficos: O= forma dependente; rosto= 
forma livre; da=forma dependente; acusada= forma livre; parecia= forma livre; trans=forma 
presa; figurado= forma livre. 
 
Casas/extra/ordinária/s. 4 vocábulos mórficos: casas= forma livre; extra=forma livre, ordinária= 
forma livre, s= forma presa. 
 
2. Decomponha as palavras reconsolidar e encruzilhada em unidades significativas. 
Reconsolidar: RE/CONSOLI/DAR 
MD(Prefixo) + ML(radical)+ DMT(verbo da 1ª conjugação) 
Encruzilhada: EN/CRU/ZILHAD/A 
MD(Prefixo)+ML(radical)+MD(sufixo)+VT 
 
3. Para cada palavra abaixo, indique outra que contenha alomorfe do morfema lexical: 
a) felicidade: Feliz b) petição: Pensão 
c) dúvida: Dúbia d) Visão: Vemos 
e) bandido: Banditismo 
 
Bloco 3 
Línguas hipotéticas 
1. Observe os dados da língua A: 
Ikalveve – casa grande petatsosol – capacho velho 
Ikalsosol – casa velha petatcin – capacho pequeno 
Ikalcin – casa pequena ikalmeh – casas 
Petatveve – capacho grande petatmeh – capachos 
a) segmente os vocábulos; 
Ikal= M.L / veve= Sufixo Petat= M.L / sosol= Sufixo 
Ikal=M. L / sosol = Sufixo Petat= M. L / cin= Sufixo 
Ikal=M.L / cin= Sufixo Ikalmeh= M.L / meh= Sufixo 
Petat= M.L / veve= Sufixo Petat= M.L / meh = Sufixo. 
 
b) quais os elementos que significam "grande", "velho", "pequeno"? 
Os elementos que significam grande, velho e pequeno são respectivamente: Veve, Sosol e Cin. 
 
c) quais os elementos que significam "casa" e "capacho"? 
Os elementos são: Casa= Ikal e Capacho= Petat. 
 
d) quais os morfemas indicativos do número e do gênero? 
Levando em conta os dados fornecidos pela língua hipotética A, o morfema indicativo de 
Número temos o: meh = Desinência de Número Plural. Já para indicar Gênero também 
utilizaríamos o meh= desinência de gênero feminino. 
Caso fosse no Português teríamos o “s” para indicar Desinência de Número Plural. E de 
Gênero, teríamos o “a” para indicar Desinência de Gênero Feminino. 
 
2. Observe agora os dados da língua B: 
filkas — forte mafilkas — fortalecer 
kelad — fraco mekelad — enfraquecer 
batar — surdo mabatar — ensurdecer 
fusat — escuro mufusat — escurecer 
pesal— velho mepesal — envelhecer 
 
a) qual o afixoque aparece nos dados? 
O afixo que aparece é o Prefixo, como: “ ma, me e mu.” 
b) que ideia encerra? 
A ideia de que o substantivo com o acréscimo do prefixo passa a ser verbo e toma a forma 
de infinitivo. 
c) esse afixo apresenta variantes (alomorfes), como acontece com in-, im-, i- em Português? 
Sim, apresenta. Como por exemplo temos no Português: Infeliz. Já referente aos dados 
fornecidos pela língua hipotética B, temos: “mepesal.” 
 
d) dada a palavra posas (pobre), como você diria empobrecer? 
Diria: “meposas.” 
 
Bloco 4 
Classifique os morfemas flexionais encontrados em cada par de vocábulos.. 
a) freguês — freguesa (Freguês temos o morfema zero , Já em Freguesa temos: o morfema 
aditivos “a.”) 
b) bisavô — bisavó (Morfema Alternativos) 
c) o, a pianista (morfema Latente ou Alomorfe) 
d) cirurgião — cirurgiã (Morfema Subtrativos) 
e) sogro — sogra (Morfema Aditivos) 
f) mão — mãos (Morfema Aditivos) 
g) o, os pires (Morfema Latente ou Alomorfe) 
h) compraremos — venderemos. (Morfema Aditivos cumulativos)