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APG 15 - Alergias

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APG 15 - Alergias
 Objetivos:
· Estudar os processos alérgicos; 
· Compreender as modificações celulares sanguíneas no processo alérgico.
Reações de Hipersensibilidade
· Podemos entender a hipersensibilidade como uma reação exagerada ou inapropriada, podendo desencadear um processo inflamatório ou lesão tecidual. 
· As respostas imunes adaptativas são algumas vezes direcionadas contra antígenos não associados a agentes infecciosos, e isso pode causar doenças. 
· Uma circunstancia na qual isso ocorre é quando reações de hipersensibilidade imunologicamente mediadas, conhecidas como reações alérgicas, são produzidas em resposta a antígenos ambientais inofensivos, como pólen, comida e medicamentos.
· As reações de hipersensibilidade, causadas por respostas imunes, são classificadas e quatro grupos:
· Hipersensibilidade do Tipo I: reações alérgicas do tipo imediatas mediadas por anticorpos IgE. São as mais comuns e ocorrem alguns minutos depois que uma pessoa sensível a um alergênico é novamente exposta a ele. (anafilática)
· Hipersensibilidade do Tipo II: são causadas por anticorpos (IgG ou IgM) dirigidos contra antígenos nas células do sangue de uma pessoa (eritrócitos, linfócitos ou plaquetas) ou células teciduais. A reação de anticorpos e antígenos normalmente leva à ativação do complemento. As reações do tipo II, que podem ocorrer em reações de transfusão de sangue incompatível, danificam as células, causando sua lise. (citotóxica)
· Hipersensibilidade do Tipo III: envolvem antígenos, anticorpos (IgA ou IgM) e complemento. Quando ocorrem determinadas proporções de antígenos/anticorpos, os complexos imunes são suficientemente pequenos para escapar da fagocitose, mas são retidos na membrana basal sob o endotélio dos vasos sanguíneos, onde ativam o complemento e causam inflamação. A glomerulonefrite e a artrite reumatoide (AR) surgem deste modo. (complexos imunes)
· Hipersensibilidade do Tipo IV ou Tardia: aparecem 12 a 72 h após a exposição a um alergênio. As reações do tipo IV ocorrem quando alergênios são captados pelas células apresentadoras de antígeno (como macrófagos intraepidérmicos na pele) que migram para os linfonodos e apresentam o alergênio aos linfócitos T, que então proliferam. Alguns dos novos linfócitos T retornam para o sítio de entrada do alergênio no corpo, onde produzem interferona gama, que ativa macrófagos, e fator de necrose tumoral, que estimula uma resposta inflamatória. 
· Atopia: predisposição a se tornar IgE-sensibilizado a alérgenos ambientais. Essa predisposição pode ser influenciada por fatores genéticos e ambientais.
Hipersensibilidade Imediata
· Reações de hipersensibilidade imediata são reações em que o espaço de tempo entre o segundo contato do organismo sensibilizado com o antígeno e o aparecimento dos sintomas alérgicos é curto.
· Reações Anafiláticas:
· Consistem na interação de um antígeno com anticorpos fixos na membrana de células através de receptores para a região Fc da molécula de imunoglobulina.
· Mediadores: são substancias químicas geradas e liberadas quando acontece a ligação de duas moléculas adjacentes de anticorpos por uma molécula antigênica.
· Atuam na musculatura lisa e no endotélio vascular, causando vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e a contração da musculatura brônquica e visceral.
· Alguns mediadores provocam uma inflamação local, com um infiltrado celular rico em eosinófilos, após algumas poucas horas, caracterizando a fase tardia da hipersensibilidade imediata.
· Anafilaxia Sistêmica: acontece quando o antígeno entra na circulação sanguínea pela segunda vez em um individuo sensibilizado. 
· O choque anafilático vai acontecer quando a liberação de mediadores estiver além da capacidade do organismo em controlar as alterações provocadas pelos mesmos e restabelecer a homeostase.
· Anafilaxia Local: além de reação sistêmica, o indivíduo sensibilizado pode apresentar reações localizadas, dependendo da via de contato com o antígeno. 
· Reação de fase tardia: algumas horas após o segundo contato com o alérgeno (4 a 6 horas), ocorre uma segunda fase de inflamação, que consiste no acumulo de leucócitos inflamatórios e linfócitos T CD4+, e mais tarde de eosinófilos, que persiste por cerca de 24 horas. Essa reação também pode ser transferida por anticorpos IgE.
· Anafilaxia Passiva: acontece através da injeção intravenosa de soro obtido de um indivíduo sensibilizado, em um indivíduo normal. 
· Para ocorrer a sensibilização passiva efetiva é necessário que transcorra certo período de tempo entre a administração dos anticorpos e a do antígeno (período de latência).
· Os anticorpos da classe IgE são os principais responsáveis pelas reações anafiláticas, fixando-se em receptores de alta afinidade para sua região Fc expressos na membrana de mastócitos e basófilos. 
· A síntese de IgE é regulada por diversos fatores, entre eles:
· Hereditariedade: predisposição genética em alguns indivíduos que facilita o desenvolvimento de estados alérgicos.
· Exposição aos alérgenos: alérgenos são proteínas ou grupamentos químicos ligados a proteínas que desencadeiam uma forte resposta Th2 e reações alérgicas em indivíduos atópicos, devido à exposição constante aos mesmos. 
· Ativação de linfócitos T: a indução da síntese de IgE em linfócitos B depende da ativação de linfócitos T CD4+ do tipo Th2. Essas células expressam o ligante da molécula CD40, expressa pelos linfócitos B, e secretam IL-4 e IL-3, promovendo o switch do isótopo da imunoglobulina para IgE.
· Células envolvidas na Anafilaxia:
· Mastócitos: contêm receptores de alta afinidade para IgE. Apresentam grânulos com substancias pré-formadas, como a histamina.
· Basófilos: apresentam receptores de alta afinidade para a região Fc da IgE e possuem grânulos ricos em histamina.
· Eosinófilos: são os granulócitos mais abundantes no infiltrado celular das reações de fase tardia.

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