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Prática Forense Família e Sucessões - Aula 04 Profa. Suzyanne Pessôa O Divórcio, desde que seja consensual, bem como, desde que não haja nascituro, nem filhos incapazes pode ser realizado por meio de Escritura Pública que constituirá título hábil para o registro civil e de imóveis (artigo 733 do CPC). Divórcio Consensual Extrajudicial Art. 733. CPC: O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731. Divórcio Consensual Extrajudicial Os brasileiros que estejam residindo no exterior poderão igualmente obter o divórcio consensual por meio de escritura pública a ser lavrada pelas autoridades consulares brasileiras, conforme norma expressa nos §§ 1º e 2º do art. 18 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, Decreto-lei 4.657/1942, incluídos pela Lei 12.874, de 29 de outubro de 2013. Divórcio Consensual Extrajudicial Nos casos de divórcio consensual extrajudicial, a escolha do cartório de notas é livre, pois nesse caso não se aplicam as regras de competência do CPC. Divórcio Consensual Extrajudicial A petição inicial deve está, devidamente acompanhada dos documentos exigidos pelas normas legais, entre eles: a) certidão de casamento; b) documento de identidade oficial e CPF/MF; c) pacto antenupcial, se houver; Divórcio Consensual Extrajudicial d) certidão de nascimento ou outro documento de identidade oficial dos filhos absolutamente capazes, se houver; e) certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a eles relativos e; f) documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens móveis e direitos, se houver. Divórcio Consensual Extrajudicial A função do tabelião, normalmente, fica limitada a registrar a escritura, pois trata-se de negócio jurídico bilateral. Divórcio Consensual Extrajudicial No entanto, dispõe o art. 46, Res. 35/2007 do CNJ: “O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de separação ou divórcio se houver fundados indícios de prejuízo a um dos cônjuges ou em caso de dúvidas sobre a declaração de vontade, fundamentando a recusa por escrito”. Divórcio Consensual Extrajudicial Os interessados não estão obrigados a comparecer pessoalmente ao cartório, desde que se façam representar por mandatário constituído por instrumento público com poderes especiais, com prazo de validade de trinta dias e no qual se descreva as cláusulas essenciais. Divórcio Consensual Extrajudicial O que é escritura? A escritura pública é um documento elaborado em cartório, por agente que detém a função pública. Divórcio Consensual Extrajudicial Não existe idade máxima para se assinar uma escritura. Precisa ser capaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil e estar lúcida e orientada. Divórcio Consensual Extrajudicial É preciso salientar que, a presença do advogado é obrigatória, conforme o artigo 733, § 2º, do Novo Código de Processo Civil de 2015. Divórcio Consensual Extrajudicial Art. 733, § 2º CPC: O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. Divórcio Consensual Extrajudicial A Escritura Pública de Divórcio não depende de homologação judicial. (Art. 733, § 1º CPC) Divórcio Consensual Extrajudicial A escritura pública de divórcio é um título executivo extrajudicial. Divórcio Consensual Extrajudicial Por tratar-se de título executivo extrajudicial, quando constar obrigação alimentar e desta, decorrer inadimplemento, para a execução do débito, a parte interessada deverá se valer do rito da execução por quantia certa contra devedor solvente, mas não do rito que prevê a prisão civil por débito alimentar. Divórcio Consensual Extrajudicial
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