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Visão Detalhada Sobre Regressão

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1Curso	Ênfase	©	2021
EXECUÇÃO	PENAL
REGRESSÃO	DE	REGIMES
Visão	detalhada
1.	Regressão	de	regimes
A	 causa	 determinante	 da	 regressão	 consiste	 na	 ausência	 de	mérito	 do	 apenado	 para
prosseguir	 usufruindo	 as	 benesses	 concernentes	 ao	 regime	 prisional	 mais	 brando.
Consiste	 na	 inadaptação	 ao	 regime	 semiaberto	 ou	 aberto,	 impondo-se	 transferência
para	regime	mais	rigoroso.
Ao	 contrário	 da	 progressão	 de	 regime,	 que	 não	 pode	 ser	 per	saltum	 (por	 salto),	 não
existe	óbice	para	fins	de	regressão,	visto	que	o	art.	118	da	Lei	de	Execução	Penal	(LEP)
autoriza	a	transferência	para	qualquer	dos	regimes	mais	rigorosos	quando	ocorrerem
as	 situações	 nele	 previstas.	 Cabe	 ao	 juiz	 da	 execução	 determinar	 para	 qual	 regime
prisional	deverá	ser	transferido	o	condenado.
A	regressão	de	regime,	nos	termos	do	art.	118	da	LEP,	poderá	ser	autorizada	quando
concorrerem	quaisquer	das	seguintes	causas:	o	condenado	praticar	fato	definido	como
crime	 doloso;	 o	 condenado	 praticar	 falta	 grave;	 o	 condenado	 sofrer	 condenação	 por
crime	anterior,	cuja	pena,	somada	ao	restante	da	pena	em	execução,	torne	incabível	o
regime;	 o	 condenado	do	 regime	aberto	 frustrar	 os	 fins	da	 execução;	 o	 condenado	do
regime	aberto	não	pagar,	podendo,	a	multa	cumulativamente	imposta.
Além	das	situações	previstas	no	art.	118,	I	e	II,	§	1º,	da	LEP,	conjuntamente	é	prevista	a
regressão	do	regime	carcerário	na	hipótese	de	violação	de	deveres	relacionados	com	o
monitoramento	eletrônico.
Para	que	seja	determinada	a	regressão	de	regime,	segundo	o	art.	118,	§	2º,	da	LEP,	é
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necessário	que	seja	previamente	ouvido	o	condenado,	quando	cometido	crime	doloso	ou
falta	grave,	bem	como	na	situação	do	condenado	em	regime	aberto	frustrar	a	execução
ou,	sendo	solvente,	omitir-se	do	pagamento	da	pena	pecuniária.
A	 LEP	 não	 exige	 a	 oitiva	 do	 condenado	 quando	 se	 trata	 de	 regressão	motivada	 pela
superveniência	de	condenação	que	torne	incabível	a	permanência	no	regime	em	que	se
ele	 encontrar	 (art.	 118,	 II,	 da	 LEP).	 Bem	 como	 não	 exige	 a	 lei	 a	 oitiva	 pessoal	 do
condenado	 na	 hipótese	 de	 violação	 de	 deveres	 relacionados	 com	 o	 monitoramento
eletrônico	 (art.	146-C,	parágrafo	único,	 I,	 da	LEP).	No	entanto,	em	ambos	os	casos	é
necessária	a	oitiva	do	Ministério	Público	e	da	defesa.
Caso,	após	oitiva	do	condenado,	nos	termos	do	art.	118,	§	2º,	da	LEP,	conclua	o	juízo	no
sentido	da	inexistência	de	falta	grave,	crime	ou	conduta	que	indique	frustração	aos	fins
da	execução	ou	desídia	injustificada	no	pagamento	da	multa	imposta	simultaneamente
à	prisão,	caberá	ao	juiz	restabelecer	a	situação	anterior,	revogando,	portanto,	a	ordem
de	regressão	cautelar.
Obra	coletiva	do	Curso	Ênfase	produzida	a	partir	da	análise	estatística	de	incidência
dos	temas	em	provas	de	concursos	públicos.	
A	autoria	dos	e-books	não	se	atribui	aos	professores	de	videoaulas	e	podcasts.	
Todos	os	direitos	reservados.

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