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Código de Ética Profissional do Psicólogo - Est Bás II

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Código de ética profissional do psicólogo
Alunas: Anne Kelly, Eduarda Câmera, Juliana Quintes e Yasmin Reis.
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O que é código de ética profissional?
E qual é a sua função?
Os Códigos de Ética são um conjunto de regras e diretrizes que servem para padronizar procedimentos operacionais e condutas de comportamento, garantindo a segurança dos profissionais e dos usuários de cada serviço. 
Eles estabelecem princípios ético-morais de determinada profissão, e preveem penas disciplinares aos profissionais que não obedecerem aos procedimentos e normas de sua área, de modo a responsabilizá-los, pessoal e profissionalmente. Protegendo a sociedade de injustiças e desrespeito em qualquer esfera e coletivamente, por ações e suas consequências no exercício. 
Por constituir a expressão de valores universais, tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; socioculturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta.
Histórico
A formalização da psicologia como profissão ocorreu com a Lei 4.119 de 27/08/1962 que dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo. 
Em 1967, a Associação Brasileira de Psicólogos elaborou e aprovou uma espécie de código de ética, composto por 5 princípios fundamentais e 40 artigos, que foi modificado em 1975, transformando-se no primeiro Código de Ética oficial da profissão.
Somente em 1971, a Lei 5.766 cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, com o objetivo de regulamentar, orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão, elaborando o primeiro código de ética, aprovado pela resolução CFP 008/75, de 02/02/1975, publicada no Diário Oficial da União em 08/04/1975.
Após 4 anos da regulamentação do primeiro Código de Ética oficial, em 1979, por ocasião da comemoração do centenário da psicologia como ciência comportamental, algumas reformulações foram realizadas no primeiro código e aprovadas pela Resolução do CFP 029/79, que revoga a Resolução CFP 008/75 de 02/02/1975.
Histórico
Passados 25 anos da regulamentação da profissão e 8 anos após a regulamentação do último Código, com uma situação política menos ameaçadora e mais democrática, foi aprovada em 15/08/1987, a Resolução do CFP 002/87 que apresenta o terceiro Código de Ética Profissional dos Psicólogos, revogando a resolução CFP 029/79 de 30/08/1979, bem como as demais disposições em contrário. 
30 anos depois da entrada em vigor do primeiro Código de Ética Profissional e 43 anos após a regulamentação da Psicologia como profissão, temos aprovado pela Resolução CFP 010/05, em vigor desde 27 de agosto de 2005, o atual Código, com discussões democráticas, votações pelo site do CRP, amplas plenárias e discussões, refletindo o aprendizado democrático e a luta pela atuação social do psicólogo.
Este atual Código de Ética Profissional é fruto de amplos debates ocorridos entre os anos de 2003 e 2005, envolvendo: 
 15 fóruns regionais de Ética, que culminaram com o II Fórum Nacional de Ética; 
 Os trabalhos de uma comissão de psicólogos e professores convidados; 
 Os trabalhos da Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF); 
 Conselhos de Psicologia.
Tudo sob a responsabilidade do Conselho Federal de Psicologia (CFP). 
A composição do Código de Ética atual
O Código de Ética é composto por 7 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS e 25 artigos (25 artigos a menos que o anterior). Os artigos são dispostos de forma mais clara e abrangente.
As resoluções, por serem mais específicas, trazem procedimentos mais claros sobre cada tema tratado, ainda devendo respaldar o exercício profissional. 
Nos Princípios Fundamentais é enfocado o respeito pelo outro e por sua integridade, com destaque para a promoção da liberdade, da dignidade e da igualdade. 
Dispõe de 2 capítulos, no primeiro: DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO, são abordados: os deveres fundamentais (art. 1°); os atos vedados (art. 2°), a postura do profissional frente às instituições (art. 3°); a fixação da remuneração (art. 4°); a postura ao participar de greves e paralisações (art. 5°); o relacionamento com outros profissionais (art. 6° e 7°); os procedimentos para o atendimento, eventual ou não, de crianças e adolescentes (art. 8°); a questão do sigilo profissional é melhor explicitada e circunstanciada (art. 9° ao 15°); os procedimentos de pesquisa (art. 16º); a decência e a supervisão (art. 17º); os instrumentos e técnicas psicológicas (art. 18°); as atividades em veículos de comunicação (art. 19º), as condições necessárias para a promoção pública de serviços (art. 20º). O segundo capítulo fala sobre AS DISPOSIÇÕES GERAIS, sendo composto por 5 artigos, que dizem respeito à observância do presente código (art. 21° ao 25°).
Princípios fundamentais
O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
 O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural. 
 O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática. 
O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão. 
O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada. 
 O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.
Das responsabilidades do psicólogo
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código; 
b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional; 
d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal; 
e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;
Entre outros.
Das responsabilidades do psicólogo
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência;
d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional; 
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;Entre outros.
Das responsabilidades do psicólogo
Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.
Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.
Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: 
a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário;
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do valor acordado.
Das responsabilidades do psicólogo
Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que: 
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas; 
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 18º – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão. 
Das responsabilidades do psicólogo 
Art. 20º – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente: 
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro; 
b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua; 
c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão; 
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e) Não fará previsão taxativa de resultados;
f) Não fará autopromoção em detrimento de outros profissionais.
Disposições gerais 
Art. 21º – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais: 
a) Advertência; 
b) Multa; 
c) Censura pública; 
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; 
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia. 
Art. 23º – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.
Art. 24º – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais de Psicologia.
Referências bibliográficas 
Disponível em: < http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf > Acesso em 10 de abril de 2021.
Disponível em: < http://anakarkow.pbworks.com/w/file/fetch/99081746/C%C3%B3d.%2Bde%2B%C3%89tica%2B-%2BPercurso%2BHist%C3%B3rico.pdf > Acesso em 10 de abril de 2021. 
Disponível em: < https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/o-que-e-etica-profissional/#:~:text=O%20C%C3%B3digo%20de%20%C3%89tica%20Profissional&text=Eles%20estabelecem%20princ%C3%ADpios%20%C3%A9tico%2Dmorais,e%20desrespeito%20em%20qualquer%20esfera > Acesso em 10 de abril de 2021. 
 
 
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