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Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 1 COMPONENTES DO GRUPO: Emily Catharine de Souza Dias Juliana Cunha Bomfim Larissa Oliveira de Jesus Naira Guerra Fernandes Vitória dos Santos Silva SEMINÁRIOS DE FARMACOLOGIA TEMA: Fármacos Quimioterápicos 1. DEFINIÇÃO GERAL Os fármacos quimioterápicos tem o objetivo de destruir as células cancerígenas em qualquer uma das diferentes fases do ciclo celular. Sua função principal é estabelecer o equilíbrio das destruições das células cancerígenas e poupar as células normais, porém essa tarefa não é muito fácil, pois as células cancerígenas tender a formar novas células mais rapidamente que as normais. 2. EXEMPLOS COM SUAS DESCRIÇÕES GERAIS Agentes alquilantes – Os agentes alquilantes impedem a célula de se reproduzir danificando seu DNA, impedindo sua replicação. Fazem a alquilação dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) e proteínas. Esses medicamentos agem em todas as fases do ciclo celular e são usados para tratar muitos tipos de câncer, incluindo o câncer de pulmão, câncer de mama e câncer de ovário, bem como a leucemia, linfoma, doença de Hodgkin, mieloma múltiplo e sarcoma. Como esses medicamentos causam danos ao DNA, podem afetar as células da medula óssea que produzem as novas células sanguíneas. Em casos raros, isso pode levar à leucemia. Ciclofosfamida e ifosfamida, derivadas das mostardas nitrogenadas, são os agentes aniquilantes mais empregados. Relacionam-se intimamente entre si quanto à estrutura, uso clínico e toxicidade. A ativação desses fármacos se dá pelas oxidases hepáticas de função mista, resultando nos metabólitos ativos mostarda fosforamida, da ciclofosfamida, e mostarda ifosfamida, da ifosfamida. Acroleína, um metabólito comum aos dois fármacos, possui baixa atividade antitumoral, mas é responsável por alguns de seus efeitos tóxicos, incluindo cistite hemorrágica, que pode ser prevenida com hidratação Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 2 intravenosa adequada e uso de mesma. Efetividade e segurança da ciclofosfamida e da ifosfamida podem ser alteradas por inibidores e indutores de CYP450. Exemplo: Dacarbazina. Antimetabólitos - Agentes capazes de engrupira a célula, incorporando-se a ela, bloqueando a produção de enzimas necessárias à síntese de substâncias fundamentais ou interpondo-se às cadeias do DNA e RNA, transmitindo mensagens errôneas. São drogas ciclo celulares peculiares, atuando especificamente sobre células em fase de síntese do DNA (fase S). São mais efetivos no tratamento de tumores de rápida divisão celular. Ex: Metotrexato. Antibióticos Antitumorais – ao contrário dos antibióticos “comuns” que tratam as infecções, esses alteram o DNA das células cancerígenas para evitar que cresçam e se multipliquem. Exemplo: Cloridrato de Duxorrubicina. Inibidores de Topoisomerase - São enzimas responsáveis pela resolução das dificuldades geradas durante alguns processos que requerem o desenrolamento das fitas de DNA, ao induzirem uma quebra transitória na cadeia. As enzimas são diferenciadas e classificadas de acordo com o seu mecanismo de ação em duas classes: topoisomerase I, que induz a quebra de somente uma fita e topoisomerase II, que promove a quebra das duas fitas de DNA. Os inibidores de topoisomerase são usados para tratar determinadas leucemias, tais como o câncer de pulmão, ovário, tumores gastrointestinais e outros. O tratamento quimioterápico do câncer continua como primeira linha de tratamento, estando nesse grupo os inibidores de topoisomerase. Tendo as células cancerígenas possuir uma maior concentração de topoisomerase I. Ex: Cloridrato de irinotecano. Inibidores Mitóticos – Os inibidores mitóticos são compostos derivados de produtos naturais, como plantas. Eles agem impedindo as células de se dividirem para formar novas células, mas podem danificar as células em todas as fases do ciclo, ao impedirem que as enzimas produzam as proteínas necessárias para a reprodução celular. Esses inibidores podem agir na quimioterapia, as diversas drogas presentes no coquetel atuam de maneiras diferentes para matar as células cancerígenas ou impedir que elas se multipliquem. Os inibidores mitóticos podem paralisar a mitose na metáfase, devido à sua ação sobre a proteína tubulina, formadora dos microtúbulos que constituem o fuso espiralar, pelo qual migram os cromossomos. Deste modo, os cromossomos, durante a metáfase, ficam impedidos de migrar, ocorrendo a interrupção da divisão celular. Esta função tem sido útil Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 3 na "sincronização" das células quando os inibidores mitóticos são combinados com agentes específicos da fase S do ciclo. Devido ao seu modo de ação específico, os inibidores mitóticos devem ser associados a outros agentes para maior efetividade da quimioterapia. Exemplo: Paclitaxel. Corticosteroides - Corticoides, como conhecemos, é uma classe de medicamentos de ação anti-inflamatória e imunossupressora - ou seja, usada para suprimir os mecanismos de defesa do corpo, um procedimento necessário para a realização de transplantes e enxertos, por exemplo. Este medicamento é confeccionado a partir de um hormônio produzido pelo nosso corpo chamado de cortisol, que é produzido nas glândulas suprarrenais. O corticoide, portanto, é um derivado sintético deste hormônio, com o mesmo núcleo, mas a estrutura dele é modificada para potencializar a sua ação e função no organismo. Os corticoides, também conhecidos como corticosteroides, glicocorticoides e anti-inflamatórios esteroidais, são muito potentes e têm as mais diversas indicações para uso. Contudo, por serem uma espécie de hormônio sintético, eles não atuam apenas onde está o problema, e podem acabar alterado o funcionamento de todo o organismo. Seu uso requer cuidados e a indicação médica é fundamental, assim como seguir as orientações de posologia à risca e o protocolo de retirada do medicamento do organismo também. Os corticoides são divididos em duas classes, de acordo com os tipos de hormônios esteroides que a glândula suprarrenal produz: os glicocorticoides e os mineralocorticoides. O glicocorticoide, muitas vezes colocado como sinônimo de corticosteroide é o cortisol mais importante no corpo humano e também é produzido naturalmente, sendo responsável por regular e sustentar várias ações do organismo, como funções metabólicas, cardiovasculares, imunológicas e homeostáticas. É nessa classe de corticoides que se concentram os fármacos utilizados como imunossupressores e anti-inflamatórios, sendo, assim, de grande importância para o tratamento de doenças autoimunes, como o Lúpus. Os mineralocorticoides fazem parte da segunda classe de hormônios esteroides, responsáveis pela formação dos corticoides. Sua principal função se deve ao hormônio androsterona. Possui grande influência no equilíbrio eletrolítico (íons e água) e é também responsável pelo equilíbrio do sódio, pois atua diretamente nos rins, colaborando com o bom funcionamento desses órgãos. Ex: Prednisolona. 3. ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS Dacarbazina https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18480-dosagem-de-cortisol-sangue https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/20968-corticoide-o-que-e-forma-de-usar-indicacoes-e-efeitos-colaterais https://www.minhavida.com.br/saude/temas/lupus Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 4 Após administração intravenosa de Dacarbazina, o volume de distribuição excede o conteúdo total de água corpórea, o que sugere a localização em alguns tecidos corpóreos,provavelmente o fígado. A curva de desaparecimento no plasma é bifásica, com uma meia vida inicial de 19 (dezenove) minutos e uma meia-vida terminal de 5 (cinco) horas. Em um paciente com disfunções hepática e renal, as meias-vidas foram aumentadas para 55 (cinquenta e cinco) minutos e 7,2 horas, respectivamente. A excreção cumulativa média de Dacarbazina inalterada na urina é 40% da dose injetada em 6 (seis) horas. A Dacarbazina está mais sujeita à secreção tubular renal do que à filtração glomerular. Em concentrações terapêuticas, a Dacarbazina não se liga apreciavelmente às proteínas plasmáticas. No homem, a Dacarbazina é amplamente degradada. Metotrexato Absorção: Consegue-se uma absorção rápida e completa do metotrexato após administração intramuscular e os níveis séricos máximos são obtidos dentro de 0,25-2 horas. Em adultos, a absorção oral parece ser dependente da dose. Os picos séricos são atingidos dentro de uma a duas horas. Em doses de 30 mg/m2 ou menos, o metotrexato é geralmente bem absorvido com uma biodisponibilidade média de cerca de 60%. Distribuição: Depois da administração intravenosa, o volume inicial de distribuição é de aproximadamente 0,18 L/kg (18% de peso corporal) e o volume de distribuição em estado de equilíbrio é de aproximadamente de 0,4 a 0,8 L/kg (40% a 80% de peso corporal). O metotrexato é amplamente distribuído nos tecidos corporais com concentrações mais altas nos rins, vesícula, baço, fígado e pele. Metabolismo: O fármaco não parece sofrer metabolização significativa em doses baixas; após tratamento com doses elevadas, o metotrexato sofre metabolização hepática e intracelular para formas poliglutamadas que podem ser reconvertidas a metotrexato por enzimas do tipo hidrolase. Esses poliglutamatos agem como inibidores de di-hidrofolato redutase e do timidilato sintetase. Pequenas quantidades de poliglutamatos de metotrexato podem permanecer nos tecidos por longos períodos. A ação prolongada do fármaco e de retenção desses metabólitos ativos variam entre os diferentes tumores, tecidos e células. https://minutosaudavel.com.br/proteinas/ Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 5 Meia vida: A meia-vida terminal relatada para o metotrexato é aproximadamente de três a dez horas para pacientes que receberam o tratamento para psoríase ou terapia de baixa dose de antineoplásico (menos de 30 mg/m2). Para pacientes que receberam altas doses de metotrexato, a meia vida terminal é de 8 a 15 horas. Excreção: A excreção renal é a via principal de eliminação e é dependente da dose e da via de administração. Com a administração IV, de 80% a 90% da dose administrada é excretada inalterada na urina dentro de 24 horas após a excreção de 1 a 2% da dose diária retida. Há excreção biliar limitada que quantifica 10% ou menos da dose administrada. A recirculação entero-hepática do metotrexato foi proposta. A excreção renal ocorre pela filtração glomerular e pela secreção tubular ativa. A eliminação não linear devido à saturação da reabsorção tubular renal foi observada em pacientes com psoríase em doses entre 7,5 e 30 mg. Cloridrato de Duxorrubicina Distribuição: a meia-vida de distribuição inicial de aproximadamente 5 minutos sugere uma rápida absorção tecidual de duxorrubicina, enquanto que a eliminação tecidual lenta se reflete em uma meia-vida terminal de 20 a 48 horas. O estado de equilíbrio do volume de distribuição atinge de 809 a 1.214 L/m2 e indica a grande recaptação do fármaco nos tecidos. A ligação da duxorrubicina e seu principal metabólito, doxorrubicinol, às proteínas plasmáticas é de cerca de 74 a 76% e é independente da concentração plasmática de doxorrubicina ser até 1,1 µg/mL. A doxorrubicina foi excretada no leite de uma paciente em período de lactação, com o pico de concentração no leite 24 horas após o tratamento, sendo aproximadamente 4,4 vezes maior que a concentração plasmática correspondente. A doxorrubicina foi detectável no leite até 72 horas após a terapia com 70 mg/m2 de doxorrubicina administrada por infusão intravenosa de 15 minutos e 100 mg/m2 de cisplatina por infusão intravenosa de 26 horas. O pico de concentração de doxorrubicinol no leite após 24 horas do tratamento foi de 0,11 µg/mL e a ASC até 24 horas foi de 9,0 µg.h/mL, enquanto que a ASC para doxorrubicina foi de 5,4 µg.h/mL. A doxorrubicina não atravessa a barreira hematoencefálica. Metabolismo: a redução enzimática da posição 7 e a clivagem do açúcar daunosamina resulta em agliconas que são acompanhadas da formação de radical livre; a produção local desses, pode contribuir para a atividade cardiotóxica da doxorrubicina. Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 6 A disposição do doxorrubicinol (DOX-OL) em pacientes é limitada pela taxa de formação. A meia-vida terminal do DOXOL é similar à da doxorrubicina. A exposição relativa de DOX- OL, por exemplo, a razão entre a ASC do DOX-OL e a ASC da doxorrubicina, comparado ao intervalo de doxorrubicina entre 0,4 e 0,6. Excreção: o clearance plasmático está no intervalo de 324 a 809 mL/min/m2 com predomínio do metabolismo e excreção biliar. Aproximadamente 40% da dose aparecem na bile em 5 dias, enquanto que somente 5 a 12% do fármaco e seus metabólitos aparecem na urina durante o mesmo período de tempo. Após 7 dias, < 3% da dose foi recuperada na urina como DOX-OL. O clearance sistêmico de doxorrubicina é significativamente reduzido em mulheres obesas com mais de 130% do peso corpóreo ideal. Ocorreu redução significativa no clearance sem qualquer alteração no volume de distribuição em pacientes obesos, quando comparado a pacientes normais com menos de 115% do peso corpóreo ideal. Cloridrato de irinotecano Absorção e distribuição Após a infusão intravenosa do produto em humanos, as concentrações plasmáticas do irinotecano decaem de forma multiexponencial, com uma meia-vida média de eliminação de cerca de 6 horas; sendo que a meia vida média de eliminação do SN-38 é de cerca de 10 horas. A meia-vida da lactona, forma ativa do irinotecano e a do SN-38, é similar àquela observada no irinotecano total e no SN-38, conforme a lactona e a forma hidroxiácido estão em equilíbrio. O irinotecano apresenta ligação moderada às proteínas plasmáticas (de 30 a 68%). O SN- 38 é altamente ligado às proteínas plasmáticas em humanos (aproximadamente 95%). A principal proteína plasmática de ligação de ambos é a albumina. Paclitaxel A farmacocinética do paclitaxel foi avaliada em uma série de doses, até 300 mg/m², e esquemas de infusão, variando de 3 a 24 horas e demonstrou ser não-linear e saturável com um aumento desproporcionalmente grande dos valores de concentração máxima (Cmáx) e área sob a curva (AUC) com o aumento da dose, acompanhado por uma diminuição aparente, relacionada à dose, do clearance corpóreo total. Após a administração intravenosa, o paclitaxel mostra um declínio bifásico das concentrações plasmáticas. O declínio rápido inicial representa a distribuição para os compartimentos periféricos e a Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 7 eliminação da droga. A última fase deve-se, em parte, a um efluxo relativamente lento do paclitaxel do compartimento periférico. Em pacientes tratados com doses de 135 e 175 mg/m² administrados por infusões de 3 e 24 horas, a meia-vida final média variou de 13,1 a 52,7 horas e o clearance corpóreo total variou de 12,2 a 23,8 L/h/m². O volume médio de distribuição no estado de equilíbrio variou de 198 a 688 L/m², indicando uma distribuição extravascular extensa e/ou ligação do paclitaxel aos tecidos. A variabilidade na exposiçãosistêmica do paclitaxel, avaliada pela AUC (ooo) para ciclos de tratamento sucessivos é mínima; não há evidências de acúmulo do paclitaxel quando administrado em múltiplos ciclos de tratamento. Distribuição Em média, 89% da droga encontra-se ligada às proteínas séricas; a presença de cimetidina, ranitidina, dexametasona ou difenidramina não altera a taxa de ligação proteica do paclitaxel. Metabolismo Estudos in vitro com microssomos hepáticos humanos e pedaços de tecidos demonstraram que o paclitaxel é metabolizado fundamentalmente ao 6αhidroxipaclitaxel pelo citocromo P450 isoenzima CYP2C8; e a dois metabólitos menores, o 3-p-hidroxipaclitaxel e o 6α,3'-p-diidroxipaclitaxel pelo CYP3A4. In vitro, o metabolismo do paclitaxel a 6α-hidroxipaclitaxel foi inibido por vários agentes. O efeito da disfunção renal sobre a disposição do paclitaxel não foi estudado. Excreção Após administração intravenosa de doses de 15 a 275 mg/m² de paclitaxel por 1, 6 ou 24 horas de infusão, os valores médios de recuperação urinária cumulativa da droga inalterada variaram de 1,3% a 12,6% da dose. Isto indica um clearance não-renal extenso de paclitaxel. Em 5 pacientes que receberam doses radio marcadas de 225 ou 250 mg/m2 de paclitaxel por infusão de 3 horas, 14% da radioatividade foi recuperada na urina e 71% foi excretada nas fezes em 120 horas. A recuperação total da radioatividade variou de 56% a 101% da dose. O paclitaxel representou uma média de 5% da radioatividade recuperada nas fezes, enquanto que os metabólitos, principalmente o 6α-hidroxipaclitaxel, responderam pelo restante. Prednisolona A prednisona é uma molécula inativa e possui baixa afinidade pelos receptores de glicocorticoides, sendo necessária sua conversão in vivo a Prednisolona para que essa exerça sua ação. Após ser administrada por via oral a prednisona é rapidamente absorvida e convertida em Prednisolona no fígado pela ação da enzima 11-beta-hidroxiesteróide desidrogenase, sendo que 45% dessa conversão ocorrem durante o efeito de primeira Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 8 passagem. Após ser metabolizada a prednisona forma vários metabólitos, que são eliminados pela via renal na forma livre ou conjugada. Apenas uma pequena taxa de 2 a 2,5% é excretada de forma inalterada pela mesma via. A prednisona apresenta uma taxa de ligação às proteínas plasmáticas de aproximadamente 90%, biodisponibilidade de 80% e seu volume de distribuição varia entre 0,4 e 1,0 L. Kg-1. Sua meia-vida é de 3,6 horas e sua concentração sérica máxima é atingida entre uma e três horas após a administração oral. Vale à pena ressaltar que os parâmetros farmacocinéticos de um medicamento podem ser alterados devido a vários fatores de origem fisiológica ou intrínsecos a esse medicamento. Segundo Facial e colaboradores a meia-vida sérica da prednisona pode ser influenciada pela prática de exercícios físicos, gravidez, sexo e pela hora do dia em que é administrada. 4. ASPECTOS FARMACODINÂMICOS Dacarbazina Embora o mecanismo de ação exato da Dacarbazina seja desconhecido, existem três hipóteses prováveis: 1. Inibição da síntese de DNA pela ação como um análogo de purina; 2. Ação como um agente alquilante; 3. Interação com grupos SH. Metotrexato O metotrexato (ácido 4-amino-10 metil fólico) é um antimetabólitos e análogo do ácido fólico. O fármaco entra nas células através de um sistema de transporte ativo para folatos reduzidos e, devido à ligação relativamente irreversível, o metotrexato inibe a enzima di- hidrofolato redutase. Di-hidrofolatos devem ser reduzidos para tetraidrofolatos por esta enzima, antes de poderem ser utilizados como transportadores de grupos de um carbono na síntese de nucleotídeos de purina e timidilato. Portanto, metotrexato interfere com a síntese de DNA, reparo e replicação celular. Cloridrato de Duxorrubicina O cloridrato de doxorrubicina de rápida dissolução é um antibiótico antiblástico, citotóxico, da classe das antraciclinas, isolado de culturas de Streptomyces peucetius var. caesius. Este produto é solúvel em água para injetáveis. Os efeitos citotóxicos da doxorrubicina sobre as células malignas e seus efeitos tóxicos em vários órgãos parecem estar Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 9 relacionados à intercalação nas bases nucleotídicas e à atividade da doxorrubicina de se ligar à membrana celular lipídica. A intercalação inibe a replicação nucleotídica e a ação da DNA e RNA-polimerases. A interação da doxorrubicina com a topoisomerase II para formar complexos de DNA passíveis de clivagem parece ser um importante mecanismo da atividade citocida do fármaco. Cloridrato de irinotecano O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é um agente antineoplásico da classe dos agentes inibidores da topoisomerase I, clinicamente investigado como CPT-11. O irinotecano é um derivado semissintético da camptotecina, um alcaloide extraído de vegetais como, por exemplo, a Camptotheca acuminata ou sintetizada quimicamente. O irinotecano e seu metabólito ativo SN-38 se ligam ao complexo DNA-topoisomerase I e impede a religação das fitas únicas. Pesquisas atuais sugerem que a citotoxicidade do irinotecano é devido ao dano na fita dupla de DNA produzido durante a síntese de DNA, quando as enzimas de replicação interagem com o complexo terciário formado pela topoisomerase I, DNA e pelo irinotecano ou SN-38. Paclitaxel O paclitaxel é um novo agente antimicrotúbulo que promove a agregação dos microtúbulos a partir dos dímeros de tubulina. Ele estabiliza os microtúbulos prevenindo a despolimerização, resultando na inibição da dinâmica normal de reorganização da rede de microtúbulos essencial para as funções celulares. O paclitaxel também induz a formação anormal ou feixe de microtúbulos durante o ciclo celular e múltiplos ásteres de microtúbulos durante a mitose. Prednisolona Mecanismo de ação O acetato de prednisolona contém o acetato de prednisolona, glicocorticoide sintético, que apresenta 3 a 5 vezes a potência anti-inflamatória da hidrocortisona. Os glicocorticoides inibem o edema, a deposição da fibrina, a dilatação capilar e a migração fagocítica da resposta inflamatória aguda, bem como a proliferação capilar, depósito de colágeno e formação de cicatriz. 5. COMPLICAÇÕES E REAÇÕES ADVERSAS Dacarbazina As complicações antecipadas principais de sobredosagem são supressão medular grave, eventualmente aplasia medular que se pode manifestar tardiamente até cerca de duas Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 10 semanas. O período de tempo para ocorrerem os valores mínimos de leucócitos e trombóticos pode ser de 4 semanas. Mesmo no caso de apenas se suspeitar de uma sobredosagem, é essencial a monitorização hematológica cuidadosa e prolongada. Não se conhece um antídoto para a sobredosagem com Dacarbazina. Por conseguinte, devem tomar-se cuidados especiais para evitar uma sobredosagem deste fármaco. Reações Adversas – As reações adversas tem uma frequência, podendo variar em, muito comum, comum (frequente), Incomum (infrequente), rara e muito rara. Muito comum: Anorexia Náuseas e vômitos; Comum (frequente): Anemia, leucopenia, trombocitopenia; Incomum (infrequente): sintomas semelhantes à gripe (Febre com calafrios; Mialgia) Alopecia, Hiperpigmentação, fotossensibilidade; Rara: irritação no local da aplicação Eritema, exantema, urticária Reações anafiláticas, Insuficiência renal Elevação das enzimas hepáticas, Necrose hepática devido à doença venooclusiva do fígado, Diarreia, Rubor facial; Muito rara: - Metotrexato As reações adversas relatadas com mais frequênciaincluem estomatite ulcerativa, leucopenia, náusea e desconforto abdominal. Outros efeitos adversos relatados são indisposição, fadiga indevida, calafrios e febre, tonturas e resistência reduzida à infecção. As ulcerações da mucosa oral são geralmente os sinais precoces de toxicidade. O uso do Metotrexato pode causar hepatotoxicidade, fibrose hepática e cirrose, mas geralmente apenas após uso prolongado. Elevações agudas das enzimas hepáticas são vistas com frequência. Essas são geralmente transitórias e assintomáticas e não aparecem anteriormente à doença hepática subsequente. Cloridrato de Duxorrubicina Gerais O tratamento com doxorrubicina deve ser realizado somente sob supervisão de profissionais médicos com experiência em terapia citotóxica. https://minutosaudavel.com.br/trombocitopenia/ https://minutosaudavel.com.br/urticaria/ https://consultaremedios.com.br/aparelho-digestivo/figado/c https://minutosaudavel.com.br/estomatite-aftosa-e-viral-tratamento-sintomas-e-causas/ https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-fadiga-muscular-cronica-adrenal-etc-e-como-tratar/ https://consultaremedios.com.br/dor-febre-e-contusao/c Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 11 Os pacientes devem se recuperar de toxicidades agudas de tratamentos citotóxicos prévios (tais como estomatite, neutropenia, trombocitopenia e infecções generalizadas) antes de iniciarem o tratamento com doxorrubicina. O clearance sistêmico da doxorrubicina é reduzido em pacientes obesos (por ex. > 130% do peso corpóreo ideal) Função Cardíaca A cardiotoxicidade é um risco do tratamento com antraciclinas que pode se manifestar por eventos iniciais (por ex: agudos) ou tardios (por ex: retardados). Eventos iniciais (por ex: agudos): a cardiotoxicidade inicial da doxorrubicina consiste, principalmente, por taquicardia sinusal e/ou anormalidades eletrocardiográficas, como alterações não específicas de ondas ST-T. Taquiarritmias, incluindo contrações ventriculares prematuras, taquicardia ventricular, bradicardia, assim como bloqueios atrioventriculares e de ramo também foram relatados. Geralmente, esses efeitos não predizem desenvolvimento subsequente de cardiotoxicidade tardia, e são raramente de importância clínica; não devendo ser, geralmente, considerados para a interrupção do tratamento com doxorrubicina. Eventos tardios (por ex: retardados): a cardiotoxicidade tardia geralmente se desenvolve posteriormente no curso da terapia com doxorrubicina ou dentro de 2 a 3 meses após o término do tratamento, mas a ocorrência de eventos tardios vários meses ou anos após o término do tratamento também já foi relatada. A cardiomiopatia tardia se manifesta pela redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e/ou por sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC), tais como dispneia, edema pulmonar, edema periférico, cardiomegalia e hepatomegalia, oligúria, ascite, efusão pleural e ritmo de galope. Efeitos subagudos como pericardite/miocardite também foram relatados. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) com risco de morte é a forma mais grave de cardiomiopatia induzida por antraciclina e representa a toxicidade cumulativa limitante da dose do fármaco. A função cardíaca deve ser avaliada antes do paciente ser submetido ao tratamento com doxorrubicina e deve ser monitorada durante a terapia para minimizar o risco de ocorrência de insuficiência cardíaca grave. O risco pode ser diminuído pela monitoração regular da FEVE (fração de ejeção do ventrículo esquerdo) durante o tratamento, com interrupção imediata do cloridrato de doxorrubicina ao primeiro sinal de disfunção. O método quantitativo apropriado para avaliações repetidas da função cardíaca (avaliação da FEVE) Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 12 inclui angiografia com radionucleotídeo (MUGA) ou ecocardiografia (ECO), especialmente em pacientes com fatores de risco aumentados para cardiotoxicidade. Devem ser realizadas repetidas avaliações da fração de ejeção do ventrículo esquerdo por MUGA ou ECO, particularmente com doses cumulativas mais altas de antraciclina. A técnica usada na avaliação cardíaca deve ser consistente durante o acompanhamento. A probabilidade de ocorrência de ICC, estimada por volta de 1% a 2% em doses cumulativas de 300 mg/m2, aumenta lentamente até a dose cumulativa total de 450 a 550 mg/m2. A partir desse ponto, o risco de ocorrência de ICC aumenta agudamente, sendo recomendado que não se exceda uma dose cumulativa máxima de 550 mg/m2 . Fatores de risco para toxicidade cardíaca incluem doença cardiovascular ativa ou não, radioterapia prévia ou concomitante em região mediastinal/pericárdica, terapia prévia com outras antraciclinas ou antracenedionas e uso concomitante de outros fármacos com capacidade de reduzir a contratilidade cardíaca ou medicamentos cardiotóxicos (por ex. trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo a doxorrubicina, não devem ser administradas em combinação com outros agentes cardiotóxicos, a menos que a função cardíaca do paciente seja monitorada rigorosamente. Pacientes recebendo antraciclinas após a interrupção do tratamento com outros agentes cardiotóxicos, especialmente aqueles com meias-vidas longas, tais como o trastuzumabe, podem ter um risco aumentado de desenvolver cardiotoxicidade. A meia-vida reportada do trastuzumabe é variável. O trastuzumabe pode persistir na circulação por até 7 meses. Portanto, quando possível, os médicos devem evitar terapia baseada em antraciclinas por até 7 meses após a interrupção do tratamento com trastuzumabe. Se as antraciclinas forem utilizadas antes deste tempo, recomenda-se monitoramento cuidadoso da função cardíaca. A monitoração da função cardíaca deve ser rigorosa em pacientes recebendo altas doses cumulativas e naqueles com fatores de risco. No entanto, a cardiotoxicidade com a doxorrubicina pode ocorrer em doses cumulativas mais baixas, independentemente da presença de fatores de risco cardíacos. Crianças e adolescentes possuem maior risco de desenvolver cardiotoxicidade tardia após a administração de doxorrubicina. Mulheres têm maior risco do que os homens. Avaliação cardíaca periódica é recomendada a fim de monitorar este risco. É provável que a toxicidade da doxorrubicina e outras antraciclinas ou antracenedionas seja aditiva. Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 13 Toxicidade Hematológica A exemplo do que ocorre com outros agentes citotóxicos, a doxorrubicina pode produzir mielossupressão. O perfil hematológico deve ser avaliado antes e durante cada ciclo da terapia com doxorrubicina, incluindo contagem diferencial dos glóbulos brancos (GB). Leucopenia reversível, dose-dependente e/ou granulocitopenia (neutropenia) são as manifestações predominantes da toxicidade hematológica da doxorrubicina, constituindo a toxicidade aguda limitante da dose mais comum desse fármaco. A leucopenia e a neutropenia geralmente alcançam um nadir entre o 10º e 14º dia após a administração do fármaco; ocorre normalização da contagem de glóbulos brancos/neutrófilos, na maioria dos casos, até o 21º dia. Trombocitopenia e anemia também podem ocorrer. As consequências clínicas da mielossupressão grave incluem febre, infecção, sepse/septicemia, choque séptico, hemorragia, hipóxia tecidual ou morte. Leucemia Secundária Leucemia secundária, com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada em pacientes tratados com antraciclinas, incluindo doxorrubicina. A leucemia secundária é mais comum quando tais fármacos são administrados em combinação com agentes antineoplásicos lesivos ao DNA, em combinação com radioterapia,quando os pacientes são pré-tratados intensivamente com fármacos citotóxicos em altas doses ou quando as doses de antraciclinas são aumentadas. Essas leucemias possuem um período de latência de 1 a 3 anos. Gastrintestinal A doxorrubicina é emetogênica. A mucosite/estomatite geralmente aparece no início do tratamento com o fármaco, e se grave, pode progredir em poucos dias para úlceras de mucosa. A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso até a terceira semana de terapia. Função Hepática A principal via de eliminação da doxorrubicina é o sistema hepatobiliar. A bilirrubina sérica total deve ser avaliada antes e durante o tratamento com doxorrubicina. Pacientes com bilirrubina elevada podem apresentar clearance mais lento do fármaco, com um aumento da toxicidade geral. Doses menores são recomendadas a esses pacientes. Pacientes com insuficiência hepática grave não devem receber doxorrubicina. Efeitos no Local de Infusão Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 14 Fleboesclerose pode resultar da infusão do fármaco em vaso de pequeno calibre ou de infusões repetidas na mesma veia. Seguir os procedimentos de administração recomendados pode minimizar o risco de flebite/tromboflebite no local de infusão. Extravasamento O extravasamento de doxorrubicina durante a administração intravenosa pode produzir dor local, lesões teciduais graves (vesicação, celulite grave) e necrose. Caso ocorram sinais ou sintomas de extravasamento durante a administração intravenosa de cloridrato de doxorrubicina, a infusão do fármaco deve ser imediatamente interrompida. Síndrome de Lise Tumoral A doxorrubicina pode induzir hiperuricemia devido ao extenso catabolismo das purinas que acompanha a rápida lise de células neoplásicas induzida pelo fármaco (síndrome de lise tumoral). Níveis séricos de ácido úrico, potássio, fosfato de cálcio e creatinina devem ser avaliados após o tratamento inicial. Hidratação, alcalinização urinária e profilaxia com alopurinol para prevenir a hiperuricemia podem minimizar as complicações potenciais da síndrome de lise tumoral. Efeito Imunossupressor/Aumento da Suscetibilidade a Infecções Administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo doxorrubicina, pode resultar em infecções sérias ou fatais. Vacinação com vacina viva deve ser evitada em pacientes recebendo doxorrubicina. Vacinas mortas ou inativas podem ser administradas, entretanto, a resposta a estas vacinas podem ser diminuída. Outros A doxorrubicina pode potencializar a toxicidade de outras terapias antineoplásicas. Observou-se exacerbação da cistite hemorrágica induzida pela ciclofosfamida e aumento da hepatotoxicidade da 6-mercaptopurina. Também foi relatada toxicidade do miocárdio, mucosas, pele e fígado, induzida pela irradiação. Assim como ocorre com outros agentes citotóxicos, tromboflebite e fenômenos tromboembólicos, incluindo embolia pulmonar (fatal em alguns casos), foram coincidentemente relatados com o uso de doxorrubicina. Os pacientes devem ser advertidos de que a doxorrubicina pode conferir uma coloração avermelhada à urina até 1-2 dias após a administração. Advertências e Precauções Adicionais para Outras Vias de Administração Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 15 Via Intravesical: a administração de doxorrubicina por via intravesical, pode produzir sintomas de cistite química (como: disúria, poliúria, noctúria, estrangúria, hematúria, desconforto vesical, necrose da parede vesical) e constrição da bexiga. Atenção especial é necessária para problemas de cateterização (por ex., obstrução uretral devido a tumores intravesicais de grande volume). Uso em Crianças As crianças apresentam risco aumentado de desenvolverem cardiotoxicidade tardia. É recomendado acompanhamento com avaliação periódica das funções cardíacas para monitoração dessa possibilidade. A doxorrubicina, como componente de regimes quimioterápicos intensivos a pacientes pediátricos, pode contribuir com o distúrbio de crescimento pré-puberal. Pode também contribuir com prejuízo das gônadas, o que é geralmente temporário. Fertilidade, gravidez e lactação Dados de Segurança Pré-Clínicos - Carcinogênese, Mutagênese e Distúrbios da Fertilidade”. Prejuízo na Fertilidade Em mulheres, a doxorrubicina pode causar infertilidade durante o período de administração do fármaco. A doxorrubicina pode causar amenorreia. A ovulação e a menstruação parecem retornar após o término da terapia, embora possa ocorrer menopausa prematura. Em homens, a doxorrubicina é mutagênica e pode induzir dano cromossômico em espermatozoides humanos. A oligospermia ou azoospermia pode ser permanente; no entanto, foi relatado em alguns casos, normalização da contagem de espermatozoides. Isso pode ocorrer após vários anos do término da terapia. Homens submetidos ao tratamento com doxorrubicina devem utilizar métodos contraceptivos eficazes. Gravidez O potencial embriotóxico da doxorrubicina foi confirmado in vitro e in vivo. Quando administrada a ratas antes e durante o acasalamento, gestação e lactação, a doxorrubicina foi tóxica tanto às mães quanto aos fetos. A doxorrubicina implica dano fetal quando administrada a mulheres grávidas. Se uma mulher receber doxorrubicina durante a gravidez ou se ficar grávida durante o tratamento, ela deve ser informada sobre o potencial risco para o feto. Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 16 O cloridrato de doxorrubicina é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Lactação A doxorrubicina é excretada no leite materno. As mulheres não devem amamentar enquanto estiverem em tratamento com doxorrubicina. Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas O efeito da doxorrubicina na habilidade de dirigir e operar máquinas não foi sistematicamente avaliado. Reações Adversas Infecções e infestações: Infecção e sepse. Neoplasmas benignos, malignos e não especificados: Leucemia linfocítica aguda, leucemia mieloide aguda. Distúrbios de sangue e do sistema linfático: Leucopenia, neutropenia, anemia, trombocitopenia. Distúrbios do sistema imunológico: Reação anafilática. Distúrbios metabólicos: Diminuição do apetite, desidratação e hiperuricemia. Distúrbios oculares: Conjuntivite, ceratite e aumento da lacrimação. Distúrbios cardíacos: Insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, taquiarritmia e bloqueio de ramo. Distúrbios vasculares: Embolia, choque, hemorragia, tromboflebite, flebite e ondas de calor. Distúrbios gastrintestinais: Inflamação da mucosa/estomatite, diarreia, vômito, náusea, esofagite, dor abdominal, hemorragia gastrintestinal, gastrite erosiva, colite e descoloração da mucosa. Distúrbios da pela e do tecido subcutâneo: Síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar, alopecia, urticária, rash cutâneo, hiperpigmentação da pele, hiperpigmentação das unhas, reação de fotossensibilidade, reação inflamatória em pele previamente irradiada, pruridos e transtornos da pele. Distúrbios renais e urinários: Cromatúria. Distúrbios do sistema reprodutor e das mamas: Amenorreia, azoospermia e oligospermia. Distúrbios gerais e condições no local de administração: Pirexia, astenia, calafrios, reação no local da infusão e indisposição. Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina FarmacologiaProfessora Astria Dias Ferrão Gonzales 17 Investigações: Diminuição da fração de ejeção, eletrocardiograma anormal, transminases anormais e aumento de peso. Cloridrato de irinotecano Reações Adversas Diarreia tardia, náusea, vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas abdominais, anorexia, estomatite leucopenia, anemia, neutropenia astenia, febre perda de peso, desidratação alopecia eventos tromboembólicos Complicações Cloridrato de irinotecano pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. Paclitaxel Não existe antídoto conhecido que possa ser utilizado em caso de superdose de paclitaxel. As complicações principais de uma superdose consistem em depressão da medula óssea, neurotoxicidade periférica e mucosite (são inflamações que podem acontecer na boca, faringe, laringe, esôfago e outras áreas relacionadas. É comum que ela apareça em pacientes em tratamento oncológico, pois as células dessas mucosas são semelhantes às cancerígenas). A superdosagem em pacientes pediátricos pode estar associada com a toxicidade aguda ao etanol. Reações Adversas Toxicidade hematológica: Supressão da medula óssea foi a principal toxicidade dose- limitante de paclitaxel. Neutropenia, a mais importante toxicidade hematológica, foi dependente da dose e do esquema posológico, e em geral, rapidamente reversível. Ocorreu febre com frequência (12% de todos os ciclos de tratamento). Infecções no trato urinário e no trato respiratório superior foram as complicações infecciosas relatadas com maior frequência; Reação de hipersensibilidade: Reações de hipersensibilidade foram observadas em 20% dos ciclos e em 41% dos pacientes. Os sintomas mais frequentes observados durante essas reações graves foram dispneia, rubor, dor no peito e taquicardia, dor abdominal, dor nas extremidades, diaforese e hipertensão também são notadas. Reações de hipersensibilidade menores, principalmente rubor e reações cutâneas, não necessitaram de tratamento e não impediram a continuação da terapia com paclitaxel. Calafrios e dores nas costas em associação com reações de hipersensibilidade foram reportados; Cardiovasculares: Ocorreu hipotensão, durante as 3 primeiras horas de Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 18 infusão, em 12% de todos os pacientes e em 3 % de todos os ciclos administrados. Ocorreu bradicardia, durante as três primeiras horas de infusão, em 3% de todos os pacientes e 1% de todos os ciclos; Respiratórias: Pneumonia intersticial, fibrose pulmonar e embolismo pulmonar foram reportados; Neurológicas: A frequência e gravidade de manifestações neurológicas foram influenciadas por terapias prévias e concomitantes com agentes neurológicos. Outros eventos neurológicos graves relatados após a administração de paclitaxel, (além da neuropatia periférica) foram raros. Prednisolona Reações Adversas - As reações adversas à prednisona têm sido do mesmo tipo das relatadas para outros corticosteroides e usualmente podem ser revertidas ou minimizadas com a redução da dose, sendo este procedimento preferível à interrupção do tratamento com a droga. As reações adversas incluem: − Alterações hidroeletrolíticas: retenção de sódio e água, insuficiência cardíaca congestiva em pacientes suscetíveis, perda de potássio, alcalose hipocalêmica, hipertensão. − Alterações Osteomusculares: fraqueza muscular, miopatia corticosteroide, perda de massa muscular, agravamento dos sintomas de miastenia gravis, osteoporose, necrose asséptica da cabeça do fêmur e do úmero, fratura patológica de ossos longos e vértebras, ruptura do tendão. − Alterações gastrintestinais: úlcera péptica com possível perfuração e hemorragia, pancreatite, distensão abdominal, esofagite ulcerativa. − Alterações dermatológicas: petéquias e equimoses, eritema facial, retardo na cicatrização, atrofia cutânea, sudorese excessiva, supressão da reação a testes cutâneos, urticária, edema angioneurótico, dermatite alérgica. − Alterações neurológicas: convulsões, aumento da pressão intracraniana com papiledema (pseudotumor cerebral) geralmente após tratamento; vertigem, cefaleia. − Alterações endócrinas: irregularidades menstruais, de estado Cushingoide, insuficiência suprarrenal ou hipofisária secundária, principalmente em casos de estresse (cirurgias, Reações Adversas - As reações adversas à prednisona têm sido do mesmo tipo das relatadas para outros corticosteroides e usualmente podem ser revertidas ou minimizadas com a redução da dose, sendo este procedimento preferível à interrupção do tratamento com a droga. As reações adversas incluem: Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 19 − Alterações hidroeletrolíticas: retenção de sódio e água, insuficiência cardíaca congestiva em pacientes suscetíveis, perda de potássio, alcalose hipocalêmica, hipertensão. − Alterações Osteomusculares: fraqueza muscular, miopatia corticosteroide, perda de massa muscular, agravamento dos sintomas de miastenia gravis, osteoporose, necrose asséptica da cabeça do fêmur e do úmero, fratura patológica de ossos longos e vértebras, ruptura do tendão. − Alterações gastrintestinais: úlcera péptica com possível perfuração e hemorragia, pancreatite, distensão abdominal, esofagite ulcerativa. − Alterações dermatológicas: petéquias e equimoses, eritema facial, retardo na cicatrização, atrofia cutânea, sudorese excessiva, supressão da reação a testes cutâneos, urticária, edema angioneurótico, dermatite alérgica. − Alterações neurológicas: convulsões, aumento da pressão intracraniana com papiledema (pseudotumor cerebral) geralmente após tratamento; vertigem, cefaleia. − Alterações endócrinas: irregularidades menstruais, de estado Cushingoide, insuficiência suprarrenal ou hipofisária secundária, principalmente em casos de estresse (cirurgias, trauma ou doença), redução da tolerância aos carboidratos, manifestação de diabetes mellitus latente, aumento da necessidade de insulina hipoglicemiante oral em pacientes diabéticos, supressão do crescimento fetal ou infantil. trauma ou doença), redução da tolerância aos carboidratos, manifestação de diabetes mellitus latente, aumento da necessidade de insulina hipoglicemiante oral em pacientes diabéticos, supressão do crescimento fetal ou infantil. 6. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA PREDNISOLONA, EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A., 14/11/2019. PREDNISOLA, ALCON, 28/03/2018. DACARBAZINA, LABORATÓRIO QUÍMICO FARMACÊUTICO BERGAMO LTDA, 10/10/2016. CLORIDRATO DE DOXORUBICINA, EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A., 16/03/2020. PACLITAXEL, EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A., 30/10/2018. CLORIDRARO DE IRINOTECANO, EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. Centro Universitário UniFTC Salvador Curso de Enfermagem Disciplina Farmacologia Professora Astria Dias Ferrão Gonzales 20
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