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4ºAula Metodologias ativas para o ambiente escolar Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • reconhecer as mudanças que a tecnologia provocou em sala de aula com o passar dos tempos; • compreender que a utilização de metodologias ativas é a melhor maneira de aprendizagem; • conhecer alguns exemplos de metodologias ativas; • relacionar as metodologias ativas ao que preconiza a BNCC. Caros(as) alunos(as), estamos iniciando mais uma aula muito interessante, na qual abordaremos sobre como as metodologias ativas podem ser inclusas nos currículos e planejamento escolar. Vamos começar? Começaremos, então, com os objetivos e verificando as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula. Bom trabalho! Bons estudos! 26Tecnologia em Metodologias Ativas 1 - As tecnologias e as mudanças em sala de aula 2 - Metodologias Ativas 3 - Metodologias Ativas e a BNCC 1 - As tecnologias e as mudanças em sala de aula Fonte Disponível em: https://pensareducacaonline.blogspot.com/2015/10/a- escola-e-cultura-digital.html. Acesso em: 15 out. 2022 Devido ao avanço da tecnologia nesta era da informação, algumas escolas, alunos e professores estão digitalmente conectados e em constante evolução. Algumas salas de aula sofreram mudanças extremas. Os alunos agora não são meros expectadores, são protagonistas de seu aprendizado. Professores introduziram em suas aulas novas formas de ensinar que levam os alunos a descobrir, decifrar, raciocinar. O uso de ferramentas e aplicativos, atualmente, conectam o mundo todo, através da internet, de um notebook, um tablet ou um celular. Segundo Moran, Masetto, Behrens (2013) Cada vez mais poderoso em recursos, velocidade, programas e comunicação, o computador nos permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, ideias. Produzir novos textos, avaliações, experiências. As possibilidades vão desde seguir algo pronto (tutorial), apoiar-se em algo semidesenhado para completá-lo até criar algo diferente, sozinho ou com outros (p.44) Dessa maneira, o aluno passa a ser um pesquisador, pois tem acesso a tipos diferentes de ferramentas para buscar as informações desejadas. Basta que seja curioso, instigado a pesquisar, provocado a apresentar soluções, a buscar uma forma de aprendizado por ele mesmo. Seguindo este raciocínio, Bacich, Neto, Trevisani (2015) apontam que: Seções de estudo O aluno pode ser também produtor de informação, coautor com seus colegas e professores, reelaborando materiais em grupo, contando histórias (storytelling), debatendo ideias em um fórum, divulgando seus resultados em um ambiente de webconferência, blog ou páginas da web (p.39) Sabemos que a escola é também, uma ferramenta de ensino. É dela que o aluno precisa para estimulá-lo, é ela que o fará desenvolver-se e melhorar seu desempenho e sua aprendizagem. Os estudantes de hoje estão entrando em um mundo no qual necessitam de um sistema de ensino centrado neles. A aprendizagem centrada no estudante é essencialmente a combinação de duas ideias relacionadas: o ensino personalizado (que alguns chamam de “ensino individualizado”) e a aprendizagem baseada nas competências (também chamada de “aprendizagem baseada no domínio) (STAKER, HORN, 2015, p. 8). Atualmente, há diversos recursos tecnológicos que podem ser adicionados às aulas para melhorar a aprendizagem. Animações, videoaulas, plataformas de aprendizagem, laboratório virtual, realidade aumentada, redes sociais, aplicativos, editores de texto, vídeos, testes online, jogos educativos, são alguns deles. Esses recursos devem fazer parte da didática do docente. OLIVEIRA, SILVA e ANDRÉ (2016) afirmam que: A tecnologia contribui de modo inovador ao possibilitar o desenho de itinerários formativos personalizados e adaptativos, que partem dos interesses potenciais de cada professor para articular conhecimentos conceituais e didáticos e outros saberes que o apoiem na resolução de problemas da sua prática. Ao mesmo tempo, plataformas adaptativas promovem o registro com diferentes recursos midiáticos, a circulação das aprendizagens, a possibilidade de fruição e compartilhamento de produtos culturais, condições indispensáveis na construção ativa do conhecimento e da identidade docente (p. 23). Assim, é necessário fazer uso de metodologias ativas e de um ambiente inovador de ensino, onde os alunos tenham autonomia de buscar novas informações e que estejam preparados para serem protagonistas de seu próprio aprendizado. Para que isso ocorra, são necessárias mudanças comportamentais, como sugerem os autores abaixo: Por sua vez, o aluno precisa ultrapassar o papel passivo de escutar, ler, decorar e de repetidor fiel dos ensinamentos do professor e tornar-se criativo, crítico, pesquisador e atuante. (MORAN, MASETTO, BEHRENS, 2013.p. 71) 27 De acordo com Freire (1993, p.9) “Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”. Assim, compreende-se que o homem apreende a realidade através da união de esforços, de colaboração de membros de um grupo, quer seja família, escola ou outro grupo social a qual pertence. À escola compete significar a interação e colaboração dos envolvidos na aprendizagem neste grupo social. O professor trabalha junto com os alunos e os incentiva a colaborarem entre si, o que favorece «uma mudança de atitude em relação à participação e compromisso do aluno e do professor, uma vez que olhar o professor como parceiro idôneo de aprendizagem será mais fácil, porque está mais próximo do tradicional. Enxergar seus colegas como colaboradores para seu crescimento, isto já significa uma mudança importante e fundamental de mentalidade no processo de aprendizagem» (Masetto, 2000, p. 141) As tecnologias adotadas em sala de aula favorecem a criação de redes individuais de significados e a constituição de uma comunidade de aprendizagem que cria a sua própria rede virtual de interação e colaboração. É preciso ousar, provocar, criar desafios, articular saberes para que, fazendo uso delas, insira-se no contexto e no mundo, transformando-se e à sociedade. A grande maioria da população tem internet em casa e um celular, pelo menos. É preciso mostrar aos alunos que o uso dessa tecnologia vai muito além das redes sociais. Ela também deve ser uma aliada na discussão de temas como fakenews e outros temas atuais. Em sala de aula, existem diversas funções que os educadores podem explorar nas redes sociais. Por exemplo, o compartilhamento de metodologias e programas de estudo, a criação de comunidades de aprendizagem e o desenvolvimento de relações mais dinâmicas com os alunos e outros educadores. Uma grande aliada dessa nova concepção de aprendizagem são as metodologias ativas que devem ser aplicadas em salas de aula, por ser inovadora, descentralizando o professor como fonte de conhecimento. 2 - Metodologias Ativas Figura 2 - Metodologias Ativas Fonte: https://eskadauema.com/mod/book/tool/print/index.php?id=2685. Acesso em 15 out. 2022 Metodologias são grandes diretrizes que orientam os processos de ensino e aprendizagem e que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas, específicas e diferenciadas. As chamadas metodologias ativas “dão ênfase ao papel protagonista do aluno, ao seu envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo, experimentando, desenhando, criando com a orientação do professor”. (BACICH; MORAN 2018, p.41) Isso tudo sem esquecer o que nos apresenta Dewey apud Lovato (2018) “Aprender é próprio do aluno: só ele aprende, e por si; portanto, a iniciativa lhe cabe. O professor é um guia, um diretor; pilota a embarcação, mas a energia propulsora deve partir dos que aprendem” As metodologias ativas têm o potencial de despertar a curiosidade, à medida que os alunos se inseremna teorização e trazem elementos novos, ainda não considerados nas aulas ou na própria perspectiva do professor. (BERBEL, 2011, p.28) Berbel (2011) ainda acrescenta a característica da postura mais autônoma do estudante, sendo esta fundamental no futuro para o exercício da autonomia: O engajamento do aluno em relação a novas aprendizagens, pela compreensão, pela escolha e pelo interesse, é condição essencial para ampliar suas possibilidades de exercitar a liberdade e a autonomia na tomada de decisões em diferentes momentos do processo que vivencia (BERBEL 2011, p.29) Moran (2015) nos coloca a importância de pensar criticamente quanto aos objetivos que buscamos alcançar com o uso das diferentes metodologias. As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa (MORAN, 2015, p.12) Pensando agora nas metodologias ativas de aprendizagem que se dá a partir de problemas e situações reais, há grande diversidade de metodologias ativas de ensino-aprendizagem. O professor pode criar diferentes estratégias para obter o máximo de benefícios com as metodologias ativas para a formação de seus alunos. O que a escola, a educação formal, precisa nesse tempo com novos perfis de alunos, é levar em conta que, agora, muito mais que em qualquer tempo anterior, a aprendizagem, seja ela individual ou grupal, avança muito rápido fora dos limites da escola. São inúmeras as oportunidades de cursos, de aprender sozinho. Para a escola ser atrativa, precisa trazer para dentro de seus muros, todo esse processo de entendimento bem como sua forma de trabalho e execução. Não podemos deixar o mundo virtual, o mundo 28Tecnologia em Metodologias Ativas conectado, só para casa ou para depois da aula. Ele precisa fazer parte da escola, ele precisa ser da e para a escola. A discussão não deve mais ser do tempo que se passa na rede, mas sim de como usar esse tempo em favor da aprendizagem, do conhecimento. Para tanto, Aragão, Ferreira e Prezotto (2012, p. 95) argumentam que: É durante a relação dialética que o professor vai se constituindo e, diante disso, tem um papel importante para que a escola não se torne fechada e isolada da vida. É de extrema importância que o educador faça com que seu local de trabalho seja um local imbricado de significados. Moran (2018, p. 7) esclarece que Alguns componentes são fundamentais para o sucesso da aprendizagem: a criação de desafios, atividades, jogos que realmente trazem as competências necessárias para cada etapa, que solicitam informações pertinentes, que oferecem recompensas estimulantes, que combinam percursos pessoais com participação significativa em grupos, que se inserem em plataformas adaptativas, que reconhecem cada aluno e ao mesmo tempo aprendem com a interação, tudo isso utilizando as tecnologias adequadas. Ainda, o mesmo autor, trazendo uma analogia simples, nos mostra a importância de utilizar diferentes metodologias ativas: A diversidade de técnicas pode ser útil, se bem equilibrada e adaptada entre o individual e o coletivo. Cada abordagem - problemas, projetos, design, jogos, narrativas... - tem importância, mas não pode ser superdimensionada como a única. A analogia de um cardápio alimentar pode ser ilustrativa. Uma alimentação saudável pode ser conseguida com uma receita básica única. Mas se todos os dias repetimos o mesmo menu, torna-se insuportável. A variedade e combinação dos ingredientes são componentes fundamentais do sucesso de um bom projeto alimentar assim como do educacional. (MORAN, 2018, p. 7) As metodologias ativas usadas como estratégias pedagógicas colocam o foco do processo de ensino e aprendizagem no aprendiz, se diferenciando da abordagem pedagógica do ensino tradicional, centrada no professor, que transmite informação aos alunos. São chamadas de ativas pela relação com a aplicação de práticas pedagógicas para envolver os alunos, adotando atividades práticas onde eles são protagonistas da sua aprendizagem. As metodologias ativas propõem-se a criar situações de aprendizagem onde o aprendiz produz ou cria coisas, colocando conhecimentos em ação. Para que o uso dessas metodologias seja de fato pensando para a melhora no aprendizado e desenvolvimento dos alunos, cabe ao professor a reflexão primeiramente sobre sua própria prática pedagógica. Versando sobre as metodologias ativas e sua importância, BACICH (2018) nos traz que: A implantação de metodologias ativas no ensino parece um caminho sem volta. Ela coloca o foco no sujeito da aprendizagem, muito semelhante ao que ocorreu com outros segmentos da sociedade, como os serviços e processos de produção. A responsabilidade da aprendizagem agora é do estudante, que precisa assumir uma postura mais participativa, na qual resolve problemas, desenvolve projetos e, com isso, cria oportunidades para a construção de seu conhecimento. O professor passa a ter a função de mediador, consultor do aprendiz. E a sala de aula passa a ser o local onde o aprendiz tem a presença do professor e dos colegas para auxiliá-lo na resolução de suas tarefas, na troca de ideias e na significação da informação. (BACICH; MORAN 2018, p.103) Ainda dos mesmos, aos professores cabe o alerta quando dizem que “para desenvolver uma metodologia ativa em sala de aula, é necessário transformar objetivos de ensino do educador em expectativas de aprendizagem para os estudantes” (BACICH; MORAN 2018, p.400) Ciente da importância da pesquisa-ação também por parte do professor, Moran nos esclarece que: Os bons materiais (interessantes e estimulantes, impressos e digitais) são fundamentais para o sucesso da aprendizagem. Precisam ser acompanhados de desafios, atividades, histórias, jogos que realmente mobilizem os alunos, em cada etapa, que lhes permitam caminhar em grupo (colaborativamente) e sozinhos (aprendizagem personalizada) utilizando as tecnologias mais adequadas (e possíveis) em cada momento. (MORAN, 2018, p.02) A aprendizagem significativa é aquela que possibilita a construção do sujeito e está associada ao que ele consegue transformar com a informação obtida, algo que faça sentido para ele, partindo de seus conhecimentos prévios, suas emoções, sua maturidade cognitiva de processar as informações, seu posicionamento crítico. De acordo com Spada (2019): Os métodos ativos não são novidade no meio educacional. Dewey (1950), Freire (1996), Piaget (2006), Vygotsky (1984), entre outros estudiosos da educação, procuraram demonstrar, por meio de seus estudos e/ou teorias, que os indivíduos, sejam crianças, adolescentes ou adultos, aprendem de forma 29 ativa. Esta aprendizagem dá-se a partir dos interesses que este indivíduo possui, de seus conhecimentos e daquilo que faz sentido para ele e que, portanto, o motiva para tal. (2019, p.213). As metodologias ativas favorecem o aprendizado porque: • Desenvolvem habilidades colaborativas: a colaboração entre os envolvidos, ajudando uns aos outros, é uma das principais bases da abordagem ativa. • Desenvolvem uma visão mais crítica do mundo: através da resolução de problemas, os alunos têm uma visão mais ampla e crítica sobre o mundo em que vivem. • Desenvolvem habilidades socioemocionais: através de trabalhos em equipe, os alunos aprendem a ouvir opiniões diferentes da sua, a lidar com sugestões diversas, a ter empatia, a buscarem uma solução, a desenvolverem habilidades interpessoais e competências pessoais. • Desenvolvem a retenção do conhecimento: solidificam o aprendizado. Buscar o conhecimento através dosmeios que se tem à disposição é se manter atualizado. A escola deve ter no aluno seu foco e buscar desenvolver seus aspectos cognitivos, mas também sua capacidade criativa, seu pensamento crítico e demais aspectos necessários ao processo educacional. É preciso pensar em cada aluno como um ser diferente do outro, com ritmos de aprendizagem diferente dos demais alunos. O uso das metodologias ativas considera o desenvolvimento de todos, o desenvolvimento de suas habilidades e competências, por isso é primordial considerar as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Figura 3 - Metologias Ativas Fonte: Repositório.ufla.br. Acesso em 15 out. 2022. 3 - Metodologias ativas e a BNCC Sabemos que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que descreve as aprendizagens básicas e essenciais chamadas de habilidades para todos os estudantes brasileiros durante o ensino básico, ou seja, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Esse documento deve ser seguido para a criação do currículo em todas as escolas, tanto públicas quanto particulares. As metodologias ativas estão relacionadas com a BNCC porque esta considera a inteligência em todos os aspectos, seja cognitivo, sociais, emocionais, comportamentais e atitudinais. Aprendizagem significativa é quando o conhecimento é construído e reconstruído pelos educadores e aprendizes. Através dessa reconstrução, o estudante desenvolve competências para que se torne autônomo, questionador, buscando a cada dia um novo aprendizado, pois nenhum conhecimento é finito. Nesse processo, o educador é o responsável pelo engajamento do aluno, para que ele aprenda a aprender. O educador passa a ser um mediador, um incentivador dos interesses e necessidades de seus alunos, e isso pode ocorrer por meio de hipóteses e formulação de problemas, jogos, projetos, e outros meios. Na visão de Vygotsky, de que existe uma natureza social inerente ao processo de aprendizagem, que é a base de sua teoria de desenvolvimento por Zona Proximal (DZP), a construção do conhecimento permite o desenvolvimento de importantes competências, tais como: • Saber buscar e investigar informações com criticidade (critérios de seleção e priorização) a fim de atingir determinado objetivo, a partir da formulação de perguntas ou de desafios dados pelos educadores; • Compreender a informação, analisando-a em diferentes níveis de complexidade, contextualizando-a e associando-a a outros conhecimentos; • Interagir, negociar e comunicar-se com o grupo, em diferentes contextos e momentos; • Conviver e agir com inteligência emocional, identificando e desenvolvendo atitudes positivas para a aprendizagem colaborativa; • Ter autogestão afetiva, reconhecendo atitudes interpessoais facilitadoras e dificultadoras para a qualidade da aprendizagem, lidando com o erro e as frustrações, e sendo flexível; • Tomar decisão individual e em grupo, avaliando os pontos positivos e negativos envolvidos; • Desenvolver a capacidade de liderança; • Resolver problemas, executando um projeto ou uma ação e propondo soluções. Para Spada (2019, p.213), a inovação é necessária e crucial, “inovar nos processos, nas estratégias, nas relações entre professor e aluno e, principalmente, inovar a forma de ensinar e aprender”. Mesmo desejando fazer uso de metodologias ativas em seus currículos, há também, os desafios enfrentados pelos sistemas de ensino, e que merecem esforços para sua superação. Dentre os desafios podemos citar: • - Pouco tempo para que professores possam planejar suas aulas, devido ao trabalho que muitas vezes é em mais de uma instituição de ensino. Isso dificulta uma maior dedicação no processo do planejamento; • - Falta de material (internet, computadores...) para fazer uso em sala de aula; • -Cronogramas escolares inflexíveis para aplicação de algumas estratégias de ensino; • -Resistência e cobrança de alguns pais que desconhecem os objetivos das metodologias ativas. • Superar desafios! Tanto os educadores quanto 30Tecnologia em Metodologias Ativas os estudantes se unem nessa tarefa. O principal objetivo desse modelo de ensino, as metodologias ativas, é incentivar os estudantes a se desafiarem, a aprenderem de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais que o professor pode apresentar a eles. Um bom exemplo de metodologia ativa é a gamificação, que são os jogos como meio de aprendizagem. Tendo o cuidado ao selecioná-los a fim de identificar de que maneira o recurso desenvolve o conteúdo curricular, promove o engajamento do aprendiz e o desenvolvimento de suas competências. A aprendizagem por projetos, por problemas, por design, seminários, construindo histórias, vivenciando jogos, interagindo com o apoio de mediadores experientes, equilibrando as escolhas pessoais e as grupais é o caminho que comprovadamente traz melhores e mais profundos resultados em menor tempo na aprendizagem. Os projetos pedagógicos inovadores conciliam, na organização curricular, espaços, tempos e projetos que equilibram a comunicação pessoal e a colaborativa, presencial e on-line e que, sob orientação de um professor, nos levam a um patamar mais elevado de síntese e de novas habilidades. Entre os exemplos de metodologias ativas podemos, ainda, citar: • Aprendizagem baseada em problema: é um método de ensino no qual o aluno resolve, de forma colaborativa, situações problema para a construção de novos conhecimentos. • Sala de aula invertida: é um modelo de ensino híbrido sustentado, onde os alunos acessam os conteúdos em espaço e horários diferentes da aula, para, posteriormente, ocorrer discussão e resolução de questões. • Aprendizagem baseada em Times ou Team-Based Learning (TBL): os alunos são reunidos em pequenos grupos de aprendizagem, em um mesmo espaço físico, para resolverem desafios lançados antes, durante ou após as aulas. • Aprendizagem baseada em projetos: os alunos são desafiados a resolver um problema, por meio de etapas metodológicas, que visam a obtenção de um produto pedagógico. • Aprendizagem híbrida: une de maneira equilibrada o ensino a distância e o ensino presencial. • Design thinking: o foco são as pessoas e o objetivo é inovar para criar uma solução criativa e eficiente para um problema. Coloca os envolvidos no centro do problema e os obriga a encontrar a melhor solução. • Cultura maker (faça você mesmo): os alunos são desafiados a criar soluções por si só, apresentando um problema e recursos para resolvê-los. • Estudo de casos: Os alunos são expostos a problemas reais. Devem analisá-los e discutirem as possibilidades de solucioná-los. • Seminários e discussões: o professor propõe um tema para discussão geral e os alunos devem se posicionar em relação a ele. • Pesquisas de campo: extrapola a sala de aula, com pessoas diferentes e sobre qualquer tema. • Storytelling: é a elaboração de narrativas acerca de temas estudados em sala de aula. • Aprendizagem entre os pares: é o trabalho em equipes, pares ou times. Desenvolve habilidades socioemocionais. • Rotação por estações: o professor escolhe um tema e divide a sala em estações (uma de leitura de um tema, outra de exibição de uma videoaula sobre o tema, outra de discussão em grupo sobre o tema e outra com a produção de texto sobre o tema). Como vimos, são vastas as possibilidades do fazer pedagógico. Sabendo usar as ferramentas apropriadas para que os alunos desenvolvam suas competências e habilidades, promoveremos uma aprendizagem de qualidade, abrindo caminhos e promovendo um ensino mais próximo da realidade. Vamos a um breve resumo dos conteúdos estudados nesta aula!? Retomando a aula 1 - As tecnologias e as mudanças em sala de aula As tecnologias adotadas em sala de aula favorecem a criação de redes individuais de significados e a constituição de uma comunidade de aprendizagem que cria a suaprópria rede virtual de interação e colaboração. É preciso ousar, provocar, criar desafios, articular saberes para que, fazendo uso delas, insira-se no contexto e no mundo, transformando-se e à sociedade. Uma grande aliada dessa nova concepção são as metodologias ativas que devem ser aplicadas em sala de aula, por ser inovadora, descentralizando o professor como fonte de conhecimento. 2 - Metodologias Ativas Metodologias são grandes diretrizes que orientam os processos de ensino e aprendizagem e que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas, específicas e diferenciadas. Através de metodologias ativas de aprendizagem que se dão a partir de problemas e situações reais, o professor pode criar diferentes estratégias para obter o máximo de benefícios para a formação de seus alunos. 3 - Metodologias ativas e a BNCC A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que descreve as aprendizagens básicas e essenciais - chamadas de habilidades - para todos os estudantes brasileiros durante o ensino básico, ou seja, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Esse documento deve ser seguido para a criação do currículo em todas as escolas, tanto públicas quanto particulares. 31 As metodologias ativas estão relacionadas com a BNCC porque esta considera a inteligência em todos os aspectos, seja cognitivo, sociais, emocionais, comportamentais e atitudinais. Aprendizagem significativa é quando o conhecimento é construído e reconstruído pelos educadores e aprendizes. Através dessa reconstrução, o estudante desenvolve competências para que se torne autônomo, questionador, buscando a cada dia um novo aprendizado, pois nenhum conhecimento é finito. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Tecnologia na escola. P.74. Disponível em: http:portal.mec.gov.br/sees/ arquivos/pdf/2sf.pdf. Acesso em: 18/out/22. CAMARGO, Fausto. DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Editora Penso. São Paulo, 2018. MEYERS, C., & JONES, TB. Promovendo a aprendizagem ativa: estratégias para a sala de aula da faculdade. São Francisco, CA: Jossey-Bass Inc. 1993. MORÁN, J. M. Mudando a educação com metodologias ativas. In: Souza, C. A., & Torres-Morales, O. E. (orgs.). Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa, PR: UEPG. 2015. Vale a pena ler Vale a pena BNCC - Disponível em: http://basenacionalcomum. mec.gov.br/http:/implementacao/praticas/caderno-de- praticas/aprofundamentos/202-o-uso-de-metodologias- ativas-colaborativas-e-a-formacao-de-competencias-2. Acesso em 18 out 2022. Metodologias ativas. Disponível em: https://professor. escoladigital.pr.gov.br/metodologias_ativas. Acesso em 18 out 2022. APRENDER a aprender. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI. Acesso em: 15 de out. 2022. MORAN, Jose. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/ moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_ moran1.pdf. Acesso em: 03 out. 2022. Vale a pena acessar Obs: Não esqueçam! Em caso de dúvidas, acessem as ferramentas “fórum” ou “quadro de avisos” para se comunicarem com o(a) professor(a). Minhas anotações
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