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Opala "Fogo do Piauí"

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Opalas do Piauí 
Parte II 
 
 Aluna: Anne Caroline Prado Souza 
 Professor: Lucindo Antunes
Gemologia 
Sumário 
Introdução 
Ocorrências mundiais de opalas
Materiais e métodos 
Características mineralógicas 
Opala "Fogo do Piauí"
Aspectos geológicos
Características químicas
Grau de qualidade para Opalas e
Cor básica
Craqueamento
Artigo da revista 
Referências e referências das
imagens
Transparência 
• Introdução 
No estado do Piaui, foi encontrada uma pepita
de opala laranja denominada "Fogo do Piauí",
onde possui esse nome devido sua ocorrência
neste estado brasileiro, especificamente na
região de Buriti dos Montes. Sendo
considerada uma das maiores pepitas de
Opala já registrada e a segunda maior do
Piauí.
• Ocorrências mundiais de opalas de fogo 
Em 1849, as opalas de fogo foram descobertas em Angaston, sul da Austrália, por um geólogo
alemão Johannes Menge e a produção comercial chegou à Europa com o envio de amostras
para corte, polimento e vendas. A Opala de Fogo é habitualmente associada ao México, onde é
extraída particularmente no estado de Queretaro (minas descobertas em 1835), entre outros,
e também encontradas no Oregon, EUA, Guatemala, Canadá e em depósitos significativos no
nordeste do Brasil.
As Opalas têm sido encontradas ao longo da história no
México, onde se destacaram os seguintes espécimes: 
• Uma estátua do Deus Sol
• Uma escultura do último imperador asteca, Cuahtemoc,
feita de um riolito negro intensamente incrustado de
diminutas opalas vermelhas, verdes, azuis e amarelas,
pesando 16.875,00 ct, que ressalta a importância da opala
na cultura daquela civilização.
• Bariand et al. (1992) citam também uma opala laranja
pesando 143,2 ct.
• Ocorrências mundiais de opalas
Nas espécimes encontrados na Austrália
destacam-se:
• Uma opala preciosa pesando 61,3 kg, a The
Panther Opal, posteriormente dividida em
três partes;
• Uma opala preciosa pesando 17.700,00 ct,
denominada de The Olympic Australis.
• Ocorrências mundiais de opalas
No Brasil, há também relatos de opalas preciosas com dimensões de pepitas
encontradas em Pedro II, como:
• Uma pepita de opala preciosa, pesando 4.700 gramas (23.500,0 ct), encontrada no
garimpo da Roça e Galvão.
• Uma pepita de opala preciosa branca, pesando 737,5 gramas (3.687.5 ct), proveniente
da mina do Boi Morto, denominada de Galaxy;
• Uma outra pepita com 21.500,0 ct, (4.300,0 g), encontrada no garimpo da Roça.
• Em 12 de outubro de 1999, o geólogo Érico Rodrigues comes encontrou uma pepita de
opala laranja, proveniente de Buriti dos Montes, pesando 23.000,00 ct (4.600,00
gramas), com 22,5 x 15,0 x 12,5 cm. 
• Ocorrências mundiais de opalas
Opala "Fogo do Piauí" 
Além da sua cor laranja, que na classificação de
Downing (1992) corresponderia a opala laranja,
podendo mesmo até chegar a opala de fogo, essa
pepita foi denominada de "Fogo do Piauí", em
homenagem ao Estado Brasileriro que foi
encontrada.
A opala Fogo do Piauí foi encontrada em Buriti dos
Montes, no nordeste do estado do Piauí, a cerca de 230
km da capital, Teresina (região nordeste do Brasil),
onde a opala laranja é explorada desde 1940, de
forma intermitente.
Materiais e métodos 
A pepita "Fogo do Piauí" foi caracterizada através de
difração de raios-x, análise térmica diferencial
(ATD), análise térmica gravimétrica (ATG),
espectroscopia ao infravermelho (IV), análises
químicas e observações sob microscópio óptico e
eletrônico, além de medidas de índice de refração e
densidade. Todas as análises foram realizadas nas
dependências do Centro de Geociências da
Universidade Federal do Pará.
Aspectos geológicos
As mineralizações de opala estão associadas a
corpos venulares e bolsões instalados nestes
sedimentos, bem como constituindo a parte basal de
paleocolúvios e aluviões antigos, nas terras do
povoado Tranqueira. A opala "Fogo do Piauí", foi
encontrada em um paleoplacer próximo a vila. Ela
estava a cerca de cinco metros de distância de um
veio mineralizado com opala, em um depósito de
paleocanal. 
• A pepita "Fogo do Piauí" pesa 23.000,00 ct e mede 22,5 x 15,0 x 12,5 cm
• Ela não apresenta jogo de cores e sua cor, sob luz direta (refletida) é
laranja-amarronzada e sob a luz indireta (transmitida) é vermelha. Sua
transparência é boa;
• Apresenta dureza (D) 6,5, densidade medida (d) 2,130 e índice de
refração (n) medido de 1,435;
• Não possui fluorescência sob a luz ultravioleta, permanecendo inerte
tanto sob ondas curtas como sob ondas longas. Sob o filtro Chelsea
também se apresenta inerte, e é isotrópica;
• Apresenta uma única fratura seca e um conjunto de fraturas
cicatrizadas.
Características mineralógicas 
Características químicas 
A opala Fogo do Piauí é constituída por 92,76 % de SiO2, e
5,69 % de, H₂O, e ainda contém 1,19% de Al2O3. Fe2O, e TiO2
estão na ordem de 0,2%, enquanto que elementos como P,
O, Ca, Na, K, Mg e Mn, teores abaixo de 0,02 %. Entre os
elementos- traço apenas Ba (483 ppm), Cu (12 ppm), Sr (7,8
ppm) e Zr (7,9 ppm) apresentam valores acima dos limites
de detecção dos métodos utilizados. Essa composição
química é perfeitamente compatível com opalas.
.
Graus de qualidade para a
Opala "Fogo do Piauí"
As cores básicas das opalas laranja segundo a classificação
proposta por Downing (1992) são as seguintes tonalidades:
amarelo- claro água, amarelo-clara, amarelo, amarelo-laranja,
laranja, laranja-avermelhado, vermelho, vermelho-escura, e
vermelho-amarronzada. Por outro lado, Smallwd (1997) propõe
que a opala laranja seja denominada simplesmente de opala
comum, enquanto o Instituto Gemológico Americano denomina
de opala jelly (GIA 2001), sendo a mesma conhecida pelo mercado
consumidor em geral como opala de fogo. 
Laranja
Cor básica 
Laranja - amarelada Amarelo Clara água 
Craqueamento
Algumas opalas, principalmente se expostas ao calor podem
sofrer uma desidratação e experimentar um fraturamento mais
ou menos profundo, o que a desvaloriza tanto para a indústria
joalheira como para colecionadores. Logo que a pepita "Fogo do
Piauí" foi encontrada em março de 2000, foi acondicionada num
saco de papel sem qualquer cuidado especial de manuseio e/ou de
armazenamento. Durante os últimos seis anos referidos, não
apresentou qualquer craqueamento, mesmo tendo sido exposta a
luz e luminosidade durante as diversas vezes que foi retirada do
saco para análise. Portanto a opala "Fogo do Piauí" não craqueia.
Transparência 
A opala "Fogo do Piauí" pode ser considerada
semi-cristal, quando observada o centro da
pepita, pois deixa passar luz, sendo possível
visualizar imagens bastante distorcidas através
da mesma; é semitransparente. Já nas bordas é
tipo Cristal, pois permite a passagem de luz; é
transparente.
Opalas do Piauí - 
Parte II
Pedro II - Buriti dos
Montes
Revista Diamond
News
 (Ano 8 - N° 27)
Artigo da revista
• Referências bibliográficas e das imagens 
•
• https://www.oficina70.com/2019/04/opala-de-fogo.html?hl=pt_BR&m=1
• https://chromagems.com/wp-content/uploads/2017/06/olympic-australis-800x600.jpg?
hl=pt_BR
• https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_623643-MLB47763419883_102021-O.jpg?hl=pt_BR
• https://www.uc.pt/cultura/fogo/de_fogo_contem_agua/
• https://www.researchgate.net/profile/Robert-
Coenraads/publication/271300162/figure/fig1/AS:453861442887682@1485220408465/Leop
ard-opal-vesicular-basalt-impregnated-with-play-of-color-opal-can-be-polished-into.png
•GOMES, Érico. R, et al. Opalas do Piauí , Pedro II - Buriti dos Montes; Parte II. Diamond
News, Bristar, N° 27, p. 54 - 59, ano 8.

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