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Técnicas para Desenvolver Projetos de Iluminação - Apostila (2)

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[Digite aqui] 
 
 
Técnicas para Desenvolver 
Projetos de Iluminação 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 1 
 
 
 
 
 
LUMINOTÉCNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
E 
PROJETOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instr.: Mauro Marchesi 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 2 
 
 
 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
A luz tem um papel fundamental na vida do ser humano. A grande maioria dos 
estímulos diários que recebemos vem através da visão e são proporcionados pela 
existência da luz quer seja natural ou artificial. 
 
Há muitos anos, desde os primórdios dos tempos e muito antes da existência da 
eletricidade, era comum a utilização da luz artificial de forma até rudimentar que 
permitisse ao homem, prolongar suas atividades para além do por do sol. No início 
eram as fogueiras e as tochas; depois vieram as velas, o querosene e o gás em 
lampiões sempre em busca da melhor maneira de iluminar um ambiente. Em outras 
palavras, a luminotécnica já existe há muito tempo. 
 
O que é Luminotécnica? É o estudo da aplicação da iluminação artificial nos mais 
diversos ambientes, sejam eles internos ou externos. Este é um conceito técnico e 
simplista, pois a luminotécnica tem uma dimensão muito maior. 
 
A Luminotécnica está baseada em diversos conceitos e técnicas que permitem ao 
profissional que as dominam, desenvolver estudos que possam proporcionar ao ser 
humano as mais diversas sensações visuais e biológicas. A arte de iluminar um 
ambiente permite que as pessoas desfrutem deste local de forma adequada, 
confortável e com segurança para o desenvolvimento produtivo ou de lazer das tarefas 
destinadas a este ambiente. 
 
Além de todos os aspectos citados, os estudos de eficiência energética em qualquer 
ambiente passam obrigatoriamente pelo estudo luminotécnico. Nos últimos anos, o 
grande desenvolvimento de novas fontes de luz de grande eficácia, vem permitindo a 
constante redução do consumo de energia elétrica em sistemas de iluminação. 
 
A luz artificial faz parte de nosso cotidiano e por consequência, a luminotécnica como 
instrumento de aplicação, adequação ou redução de consumo de energia elétrica 
assume um lugar cada vez mais importante. 
 
O material a seguir servirá de apoio ao estudo desta disciplina. 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 3 
 
Qual a importância da iluminação em nosso dia a dia? Como seriam nossos dias sem 
a iluminação artificial? Vamos pensar em uma atividade de convivência social e de 
entretenimento que é o teatro. (Obs: As considerações abaixo são mera informação e 
não tem a pretensão de realizar qualquer tipo de estudo histórico) 
– No início do teatro ocidental, todas as apresentações eram feitas durante o dia, onde 
a luz solar permitia apreciar as peças. Os locais onde as apresentações eram feitas, 
precisavam ficar longe de pântanos, em locais de boa salubridade evitando a 
infestação de insetos. As chuvas também eram um problema, pois os locais não 
tinham cobertura. 
– Avançando um pouco no tempo, após a queda do império romano, temos o in idade 
média. Construções fechadas em igrejas permitiam atos litúrgicos com o uso de 
grandes vitrais para entrada da luz. 
– A partir do século XVI, os teatros eram construções fechadas, com grandes janelas 
para a entrada de luz, e o uso de velas nas apresentações noturnas. 
– Um século após, os teatros eram iluminados com grandes candelabros. Pouco 
depois, em torno de 1783/1784, apareceu o lampião a óleo. 
– A partir de 1840, o uso do gás tornou-se normal nas apresentações. 
– O lampião e as tochas tinham o inconveniente de provocarem fumaça, fuligem e 
mau cheiro. O gás além de produzir cheiro desagradável, era perigoso e causava 
sonolência por intoxicação. 
– Alguns estudos sobre a lâmpada elétrica estavam em andamento desde o início dos 
anos 1800. Em 1874, Os inventores canadenses Henry Woodward e Mathew Evans 
registram a patente para uma lâmpada incandescente. Eles vendem a patente para o 
Thomas Alva Edison em 1879. A partir deste ponto, a equipe de Thomas Edison 
atualiza o produto e o torna comercial, dando início à era da luz elétrica. 
– Outros acontecimentos importantes na história da iluminação: 
. Em 1938 são comercializadas lâmpadas fluorescentes inventadas por Nikola Tesla. A 
invenção permitiu iluminar com um menor consumo de energia elétrica (maior 
eficiência). 
. Em 1958 vieram as lâmpadas halogêneas. 
. Em 1961 foi inventado o Led. A invenção só foi utilizada como fonte de iluminação 
em 1999. Os leds hoje são uma realidade e deverão gradativamente substituir as 
diversas fontes de luz. 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 4 
 
 
LUZ 
O que é Luz? 
 
 
Isaac Newton em determinado momento sugeriu que a luz era formada por pequenas 
partículas. Dois séculos de estudos se passaram e permitiram a conclusão de James 
Maxwell de que a luz é composta por ondas. Não satisfeito, Albert Eistein lançou o 
conceito através de observação de que a luz ora se comporta como partícula e ora se 
comporta como onda. 
Independente de todos estes estudos, o conceito clássico aceito sobre o conceito de 
luz é: 
Luz é a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual ou biológica. 
A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui no intervalo 
entre 380nm e 780nm (nano metros) dentro do qual o olho humano é a ela sensível. 
Na figura 1, podemos verificar como é o intervalo no todas as ondas eletromagnéticas 
estão distribuídas. Esse intervalo recebe o nome de Espectro eletromagnético. 
 
 
 
 
Espectro Eletromagnético 
 
 
Figura 1: espectro Eletromagnético - fonte Manual Luminotécnico Prático Osram 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 5 
 
A LUZ e as cores: 
 
Os objetos e tudo que está a nossa volta já possuem cores definidas? Na verdade, a 
aparência de um objeto é resultado da iluminação incidente sobre o mesmo. A luz é 
em parte absorvida pelo objeto e outra parte é refletida. Esta parte refletida permite a 
identificação da forma e das cores destes objetos. 
 
Basicamente, a luz é composta por três cores 
chamadas de cores primárias: vermelho, verde e 
azul. A combinação destas três cores tem como 
resultado o branco. A combinação de duas cores 
primárias produz as cores secundárias – 
magenta, amarelo e cyan. 
 
 
As três cores primárias dosadas em diferentes quantidades permite obtermos outras 
cores de luz. 
 
A LUZ E SUAS PROPRIEDADES: 
 
Quando a luz incide em um objeto, ela pode ser refletida, transmitida ou absorvida por 
ele. Normalmente as propriedades não aparecem de forma isolada, mas sim em uma 
combinação destas. 
 
REFLEXÃO 
 
Quando incidimos ondas eletromagnéticas em uma determinada superfície com 
características de reflexão, estas rebatem no objeto e surgem ondas eletromagnéticas 
afastando-se do objeto. As propriedades de uma superfície definem como a luz será 
refletida. O conhecimento dos tipos de reflexão é importante para a aplicação em 
projetos e para a análise de refletores utilizados nas luminárias e rebatedores em 
geral. A reflexão é dividida em quatro tipos: 
 
 reflexão especular 
 reflexão composta 
 reflexão difusa 
 reflexão mista. 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 6 
 
 
Reflexão Especular: Ocorre 
normalmente em superfícies regulares, 
sem grandes imperfeições. A principal 
característica da reflexão especular é 
que o ângulo que a luz incide no plano é 
o mesmo ângulo da luz refletida. 
 
 
 
Reflexão Composta: Característica de 
superfícies irregulares ou rugosas. Parte da 
luz se comporta de forma especular e parte 
reflete de forma aleatória 
 
 
 
Reflexão Difusa: A luz que incide na 
superfície é refletida para todos os lados. 
São características de superfícies de papel 
branco fosco, paredes e tetos de gesso, 
pintura acetinada ou reflexão na neve, entre 
outras.Reflexão Mista: Está entre a reflexão 
especular e a difusa. Partes dos raios 
incidentes são refletidos e parte se difunde. 
São características do papel brilhante, de 
superfícies envernizadas, de metais não 
polidos entre outras. 
O índice de refletância é definido pelo 
quociente da luz refletida em uma determinada 
superfície, pelo total da luz incidente, ou seja: 
Refletância da superfície = luz refletida / luz incidente. 
 Teoria da Luz - Philips 
 Teoria da Luz - Philips 
Teoria da Luz - Philips 
Teoria da Luz - Philips 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 7 
 
TRANSMISSÃO 
 
A transmissão da luz é caracterizada pela passagem da radiação através de um meio 
sem mudança na frequência das radiações que a compõem (vidro, cristais, plásticos, 
água, outros líquidos e do ar). 
 Parte da luz se perde devido à reflexão na superfície do meio e parte é absorvida. 
 Devido a essas perdas, a relação entre a luz transmitida e a incidente se denomina 
transmitância (transmitância de uma superfície = luz transmitida / luz incidente). 
A transmissão pode ser de três tipos: 
 regular, 
 difusa 
 mista 
 
 
Transmissão Regular: É aquela caracterizada pela 
passagem da luz no meio transparente como p. ex: 
vidro. A luz que incide na superfície é transmitida e 
novamente assume o mesmo ângulo de entrada. 
 
 
 
 
Transmissão Difusa: Encontrada em meios 
translúcidos. (cristais satinados, vidros opalizados, 
vidros jateados, termoplástico pigmentado ou leitoso, 
etc). A luz incidente é transmitida e em seguida muda 
de direção tornando-se difusa. 
 
 
 
 
 
Transmissão Mista: Meio termo entre a transmissão 
regular e a difusa (vidros canelados, vidros ou cristais 
com acabamentos pontilhado entre outros). A difusão dos 
raios de luz não é completa. 
 
 
Fonte: Ipog 
Fonte: Ipog 
Fonte: Ipog 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 8 
 
ABSORÇÃO 
 
É a transformação da energia radiante em outra forma de energia, como por exemplo, 
o calor. Isto acontece normalmente em superfícies não completamente refletoras e em 
materiais não totalmente transparente. 
 A absorção se relaciona à parcela de energia que permanece em um corpo, mesmo 
depois de terminada a incidência sobre ele. 
A relação entre a luz absorvida e a luz incidente é denominada absortância 
(absortância de uma superfície = luz absorvida / luz incidente) 
A absorção de certos comprimentos de onda é denominada de absorção seletiva (Este 
é o modo como podemos identificar as cores dos objetos à nossa volta). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFRAÇÃO: 
 
Se um facho de luz passa de um meio para outro de densidade diferente, em um 
angulo não perpendicular ao meio, o 
facho será desviado de sua trajetória 
inicial. Esse é o fenômeno da refração, e 
tem a ver com a mudança da velocidade 
da luz enquanto passa de um meio para 
outro de densidade óptica diferente. 
As propriedades refrativas de um meio 
são expressas pelo índice de refração n. 
 
Fonte: Teoria da Luz - Philips 
Fonte: Ipog 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 9 
 
Esse índice de refração varia de acordo com o comprimento de onda da luz incidente, 
ondas curtas (e.g. luz azul) sendo mais refratadas que as ondas longas (e. g. luz 
vermelha). 
 
 
 
ÍNDICES QUALITATIVOS DA LUZ: 
 
 
TEMPERATURA DE COR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visualmente, é bastante difícil a avaliação comparativa entre a sensação de 
Tonalidade de Cor de diversas lâmpadas. Para estipular um parâmetro, foi definido o 
critério Temperatura de Cor (Kelvin) para classificar a luz. 
É importante destacar que a cor da luz em nada interfere na Eficiência Energética da 
lâmpada, não sendo válida a impressão de que quanto mais clara, mais potente é a 
lâmpada. 
 
Essa definição baseia-se na relação entre a temperatura de um material 
hipotético e padronizado, conhecido como "corpo negro radiador", e a 
distribuição de energia da luz emitida à medida que a temperatura do corpo 
negro é elevada a partir do zero absoluto. 
 
 
 
 
 SUAVE (quente) NEUTRA CLARA (fria) 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 10 
 
 
Fonte: Manual Osram 
 
 
ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC) 
 
Mesmo quando utilizamos diferentes fontes de luz de mesma tonalidade para iluminar 
objetos idênticos, estes podem nos parecer completamente diferentes. 
As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes, podem ser 
identificadas através do conceito de Reprodução de Cores, e de sua escala qualitativa: 
Índice de Reprodução de Cores (Ra ou IRC). 
O mesmo metal sólido, quando aquecido até irradiar luz, foi utilizado como referência 
para se estabelecer níveis de Reprodução de Cor. O IRC neste caso seria um número 
ideal = 100. 
 
 Fonte: Manual Osram 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 11 
 
O OLHO HUMANO: 
 
O olho humano é mais sensível a radiações de menor comprimento de onda (violeta e 
azul) que geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex. 
crepúsculo, noite, etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja 
e vermelho) se comportam ao contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS: 
 
FLUXO LUMINOSO: 
 
Fluxo Luminoso 
Símbolo: ϕ 
Unidade: lúmen (lm) 
 
 
É a quantidade total de luz emitida por uma fonte 
luminosa em todas as direções. O fluxo luminoso 
é a quantidade de luz emitida por uma fonte, 
medida em lúmens, na tensão nominal de 
funcionamento. 
 
 
 
Fonte: Manual Osram 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 12 
 
 
 
A medida do fluxo luminoso se realiza em laboratório geralmente através da esfera de 
Ulbricht. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTENSIDADE LUMINOSA: 
 
 
É a quantidade de luz (ondas eletromagnéticas) emitida por uma 
fonte luminosa em uma determinada direção. 
A unidade SI para medida de Intensidade luminosa é a candela (cd). 
Esse nome é histórico e tem sua origem no método inicial de 
definição da unidade, utilizando-se uma vela de cera de tamanho e 
composição padrão para comparação com outras fontes luminosas. É 
importante ressaltar que candela é uma unidade de base do SI. 
 
 
 
 
Esfera de Ulbrich 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 13 
 
 
ILUMINÂNCIA (Iluminamento ou nível de iluminação): 
 
Iluminância (E) expressa em Lux (lx) indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que 
incide sobre uma superfície situada a certa distância desta fonte. Ou seja, é o fluxo 
luminoso incidente numa superfície por unidade de área. 
 
 
E = ___ 
 A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É também a relação entre a quantidade de luz emitida em uma determinada direção 
(intensidade luminosa) e o quadrado da distância (l/d²). 
A iluminância pode ser medida com o auxílio de um luxímetro e na prática é o nível de 
iluminação que temos em um ambiente. 
Devido ao fluxo luminoso não ser distribuído uniformemente, a iluminância não será a 
mesma em todos os pontos da área em questão. Considera-se por isso a iluminância 
média (Em). 
A norma ABNT NBR ISO / CIE 8995-1 especifica a iluminância para cada tipo de 
ambiente, relacionado com as atividades exercidas no local. 
 
 
LUMINÂNCIA 
 
É a intensidade luminosa (cd) produzida ou refletida por unidade de área (m2) de uma 
superfície numa dada direção. Ela é representada pelo símbolo L e a unidade é a 
candela por metro quadrado (cd/ m2). 
Fonte: Osram 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 14 
 
A distribuição da luminância no campo de visão das pessoas numa área de trabalho, 
proporcionada pelas várias superfícies dentro da área (luminárias, janelas, teto, 
parede, piso e superfície de trabalho), deve ser considerada como complementação à 
determinação das iluminâncias (lux) do ambiente, a fim de evitar ofuscamento. 
A medida da luminância é efetuada por meiode um aparelho chamado 
Luminancímetro, baseado em dois sistemas ópticos, um de direção e outro de 
medição. 
 
 
LUMINÂNCIA X ILUMINÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFICIÊNCIA LUMINOSA (Eficiência Energética) 
 
É a relação entre o fluxo luminoso emitido pela fonte de luz e a potência elétrica 
consumida 
 
Unidade: lm / W (lúmen / watt) 
As diferenças existentes entre as lâmpadas são consequência dos diferentes fluxos 
luminosos e também das diferentes potências que consomem. Por esse motivo, a 
comparação entre os diversos tipos de lâmpadas deve ser feito por um parâmetro que 
permita isso. Para poder compará-las, é necessário conhecer quantos lúmens são 
Fonte: Osram Fonte: Osram 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 15 
 
gerados por cada watt absorvido. A essa grandeza dá-se o nome de Eficiência 
Luminosa ou Eficiência Energética. 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluorescente T10 
Ø = 36 mm 
Potência: 40W 
Fluxo luminoso: 2.600 lm 
65 lm/W 
Fluorescente T8 
Ø = 26 mm 
Potência: 32W 
Fluxo luminoso: 2.700 lm 
84 lm/W 
Fluorescente T5 
Ø = 16 mm 
Potência: 28W 
Fluxo luminoso: 2.900 lm 
103 lm/W 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 16 
 
 
 
 
Onde entram os LED´s? 
A tecnologia led está em constante desenvolvimento e em função disso, vem se 
deslocando rapidamente no gráfico, já assumindo a posição de maior eficiência 
energética. Em 2015, tornam-se comerciais os led´s com 200 lm/W. Valores 
superiores a 400 lm/W são encontrados normalmente em laboratório para entrarem 
futuramente no mercado de iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osram – O desenvolvimento das fontes de luz, altera constantemente os valores deste comparativo 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 17 
 
EXERCÍCIOS: 
 
1) O que é LUZ? 
 
 
 
2) Defina espectro eletromagnético 
 
 
 
3) O que se entende por fluxo luminoso e qual a sua unidade de medida? 
 
 
 
4) Qual a definição de eficiência energética? 
 
 
 
5) O que é iluminância? 
 
 
 
6) Qual a diferença entre iluminância e luminância? 
 
 
 
7) O que é índice de reprodução de cores. 
 
 
 
8) Se iluminarmos dois objetos idênticos, sendo o primeiro com uma lâmpada 
apresentando IRC = 25 e o segundo com uma lâmpada apresentando um IRC = 90, 
qual a diferença que iremos notar entre as duas situações? 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 18 
 
PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ILUMINAÇÃO: 
 
• Fonte de luz: LÂMPADAS, LED´s ...... 
 
• Acessórios: Reatores, Transformadores, Ignitores, Drivers. 
 
• Elemento de suporte: Luminárias 
 
 
LÂMPADAS: As características importantes de uma lâmpada são: 
 
• Fluxo luminoso 
• Potência Elétrica (Watts) 
• Tecnologia 
• Temperatura de cor (K) 
• Índice de Reprodução de Cores (IRC) 
• Aplicação 
 
O fluxo luminoso, o IRC e a temperatura de cor foram estudados anteriormente. 
Vamos conhecer as tecnologias existentes, o funcionamento e as características. 
 
Lâmpada incandescente comum: 
 
A introdução no mercado foi em 1907 e receberam aperfeiçoamento em 1913 com a 
introdução de gases inertes que reduzem a evaporação do filamento. Dominaram a 
maioria das aplicações durante muitos anos, mas, o aparecimento de tecnologias mais 
eficientes e a crise energética mundial inviabilizou a continuidade da produção. É 
uma lâmpada que fica somente para a história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 19 
 
Base: E27 
IRC: 100 
Vida média: 1.000 horas 
Temperatura de cor: 2.700K 
Funciona em tensão de rede 
Eficiência: 15 a 20 lm/W 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funcionamento: 
 
A produção da luz ocorre com o 
aquecimento de um filamento de 
tungstênio pela passagem da corrente 
elétrica. 
Uma diminuição na tensão nominal reduz 
o fluxo luminoso, porém aumenta a vida 
útil da lâmpada. 
Podem ser utilizadas em qualquer 
posição. 
Podem ser controladas por dispositivos elétricos ou eletrônicos tais como dimmers 
(controladores de luminosidade). 
 
 
Significado do soquete E27: 
 
 O padrão E27 faz referência à rosca do tipo 
Edison com 27 mm de diâmetro. Os 
padrões mais comuns existentes de 
rosca Edison para lâmpadas são: 
(conforme norma IEC 60061). E5, 
E10, E12, E14, E27, E40 
Obs: O número que acompanha a letra 
“E” indica o diâmetro da rosca em 
milímetros. 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 20 
 
 
Lâmpadas Halogêneas: 
 
A lâmpada halogênea também faz parte da família das 
lâmpadas incandescentes. A temperatura do filamento da 
lâmpada incandescente evapora o tungstênio e diminui a 
eficiência e o nível de iluminação. 
Uma lâmpada halogênea também usa um filamento de 
tungstênio, mas ele fica dentro de um invólucro de 
quartzo muito menor, que suporta temperaturas mais elevadas do que o vidro. O gás 
dentro do invólucro também é diferente e consiste em um gás de um grupo chamado 
halógeno. Esses gases possuem uma propriedade muito interessante: eles reagem 
com o vapor de tungstênio. 
Com a temperatura elevada, o gás halógeno se misturará 
com os átomos de tungstênio, iniciando um processo de 
reciclagem conduzindo o átomo de tungstênio de volta para o 
filamento. Isso possibilita que a lâmpada tenha uma vida mais 
longa em comparação com as lâmpadas incandescentes 
comuns. 
É um tipo de lâmpada que trabalha a temperaturas elevadas, e pelo fato de o invólucro 
de quartzo estar tão próximo do filamento, fica extremamente quente se comparado a 
uma lâmpada normal. O ciclo halógeno mantém o invólucro limpo. 
 
Características das lâmpadas halogêneas: 
 
Os bulbos geram intenso calor e são pressurizados. Deve-se tomar o 
cuidado de não arranhar ou danificar a superfície para evitar 
estilhaços. 
 
Evitar o contato com as mãos para devido à deposição de gordura na 
superfície do bulbo. Esta condição poderá acarretar diferentes gradientes de 
temperatura na superfície do cristal, facilitando o aparecimento de trincas e por 
consequência a queima da lâmpada. 
 
 
Caso o contato com as mãos não possa ser evitado, antes de utilizar a 
lâmpada, fazer uma limpeza com flanela limpa removendo as 
impurezas. 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 21 
 
Base: diversos tipos 
IRC: 100 
Vida média: 2.000 horas 
Temperatura de cor: 3.000K 
Alguns modelos funcionam em 
tensão de rede e outros em 12V 
Eficiência: 25 a 30 lm/W 
 
Normalmente encontramos lâmpadas halogêneas em várias versões como: 
 
Alguns modelos existentes: Halógena Bipino, Dicróica, AR70, AR111, PAR 20, PAR 
30, PAR 38 e halogênea com base E27 e halogênea palito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de especificação em catálogo: 
Halógena Bipino:
 
 Fonte: Catálogo Osram 2013 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 22 
 
Halógena Palito: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Catálogo Osram 2013 
 
 
 
Halógena bipino em base E27: 
 
Fonte: Catálogo Osram 2013 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 23 
 
 
Dicróica: 
 
Fonte: Catálogo Osram 2013 
 
Lampada PAR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 24 
 
 
 Fonte: Catálogo Osram 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AR 48 / AR 70 / AR 111: Fonte: Catálogo Osram 2013 
 
 
 
As curvas de distribuição luminosa das lâmpadas halógenas são especificadas nos 
catálogos do fabricante e tem o seguinte formato: 
 
 
Fonte: Catálogo Osram 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 25 
 
 
 
 
 
Exemplo de soquetes utilizados nas lâmpadas halógenas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 26 
 
Base:G13 
IRC: 80 / 85 
Vida média: 8.000 hs exceto T5 
que pode chegar a 24.000 hs 
Temperatura de cor: 3.000K, 
4000K, 5000K, 6500K 
Utilizam reator para partida e 
funcionamento. 
Eficiência: 25 a 30 lm/W 
 
Lâmpadas Fluorescentes tubulares: 
 
Tipos de lâmpadas Fluorescentes: alguns modelos 
T10 de 20W / 40W / 110W (∅= 42 e 36 mm) 
T8 de 16W / 32W / 58W (∅= 26 a 28 mm) 
T5 de 14W / 28W / 54W (∅= 16 mm) 
T2 de 6W / 8W / 11W / 13W (∅= 7 mm) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 27 
 
Funcionamento: 
 
Deve-se pré-aquecer seu interior através dos filamentos para reduzir a tensão elétrica 
necessária à ionização, dando a partida no processo de bombardeamento por íons 
positivos dos gases no interior do tubo. 
Como a composição interna não é condutiva ou pouco condutiva deve ser aplicado 
uma diferença de potencial de algumas centenas de volts ao mesmo tempo em que as 
extremidades são aquecidas. Isto acontece somente no momento da partida sendo 
que após isso, não há mais necessidade de alta tensão entre os extremos do tubo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluorescente compacta não integrada: 
 
 São lâmpadas fluorescentes de tamanho reduzido, com o mesmo funcionamento das 
fluorescentes tubulares. A versão não integrada utiliza reator separado para 
funcionamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 28 
 
Fluorescente compacta integrada: 
 
São lâmpadas fluorescentes de tamanho reduzido, com o mesmo funcionamento das 
fluorescentes tubulares, porém, o reator é integrado à lâmpada e utiliza soquete E27. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPECTRO DA LÂMPADA FLUORESCENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Osram 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 29 
 
DEPRECIAÇÃO (exemplo) 
 
 
APLICAÇÕES: 
 
 Uso comercial em escritórios, indústrias, bancos, lojas entre outros. Uso residencial 
normalmente em cozinhas e áreas de serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Catálogo Osram 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Catálogo Philips 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 32 
 
LÂMPADAS VAPOR DE MERCÚRIO ALTA PRESSÃO: 
 
A lâmpada de mercúrio de alta pressão foi muito utilizada nos mais diversos campos 
de aplicação. 
Nesse tipo de lâmpada a descarga ocorre num tubo de descarga de quartzo que 
contém uma pequena quantidade de mercúrio e um preenchimento de gás, 
geralmente argônio, para auxiliar a partida. A parte da radiação da descarga aparece 
na região visível do espectro como luz, mas uma parte é também emitida na região 
ultravioleta. 
 
Princípio de funcionamento: 
 
Há três fases distintas a serem consideradas: ignição, variação da corrente e 
estabilização. 
 
Ignição 
A ignição é obtida através de um eletrodo auxiliar colocado muito perto do eletrodo 
principal e conectado a outro através de um resistor de alto valor. Quando a lâmpada é 
ligada, uma mudança de tensão ocorre entre o eletrodo de partida e o eletrodo 
principal, ionizando o gás nessa região em forma de uma descarga de íons, enquanto 
que a corrente é limitada pelo resistor. A descarga se espalha através do tubo de 
descarga sob a influência do campo elétrico existente entre os dois eletrodos 
principais. 
Quando a descarga alcança o eletrodo mais afastado, a corrente aumenta 
consideravelmente. Em consequência, os principais eletrodos são aquecidos até que a 
emissão aumente o suficiente para permitir que a descarga iônica mude para uma 
descarga de arco e o eletrodo auxiliar deixe de exercer alguma função no processo 
devido à alta resistência em serie com ele. 
Nesse estagio, a lâmpada está funcionando como descarga de baixa pressão (similar 
à de uma lâmpada fluorescente tubular). A descarga completa o tubo e tem uma 
aparência azulada. 
 
Aumento 
Quando a ionização do gás é finalizada, a lâmpada ainda não opera da maneira 
adequada e nem fornece seu fluxo luminoso total. Isso só ocorre quando o mercúrio 
presente no tubo de descarga é completamente vaporizado. E esse processo leva 
certo tempo, chamado de tempo de estabilização. 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 33 
 
Base: E27 
IRC: 40 
Vida média: 12.000 hs 
Temperatura de cor: 4.100K 
Utilizam reator e ignitor para 
partida e funcionamento. 
Eficiência: 40 a 60 lm/W 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reignição: uma vez apagada, a lâmpada não se ascenderá 
novamente até que esfrie suficientemente para baixar a pressão do 
vapor. Esse intervalo de tempo é da ordem de 5 minutos. 
A lâmpada de vapor de mercúrio não pode ser dimerizada. 
 
 
 
 
O bulbo externo que normalmente contém um gás 
inerte (mistura de argônio e nitrogênio) a uma 
pressão de 16kPa, protege o tubo de descarga de 
mudanças ambientais de temperatura, além de 
proteger os componentes da corrosão que pode 
ocorrer devido às altas temperaturas envolvidas. 
 
Revestimento do bulbo: 
A lâmpada emite comprimentos de onda amarelo 
verde, azul e violeta, faltando a radiação vermelha. 
Possui também uma parte do espectro em radiação 
ultravioleta. É necessário revestimento de fósforo 
para aumentar o rendimento. 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 34 
 
Base: E27 
IRC: 60 a 65 
Vida média: 6.000 hs 
Temperatura de cor: 3.500K 
Não utilizam reator para partida. 
Eficiência: 25 a 30 lm/W 
 
LÂMPADAS DE LUZ MISTA: 
 
A lâmpada de luz mista é derivada da lâmpada de mercúrio de alta pressão 
convencional. A principal diferença entre as duas é que enquanto a ultima é 
dependente de um reator externo para estabilizar a corrente da lâmpada, a lâmpada 
de luz mista tem o reator embutido nela em forma de um filamento de tungstênio 
conectado em serie com o tubo de descarga. 
 
Partes principais: 
 
Com exceção do filamento e do gás usado no bulbo externo, essas partes são as 
mesmas da lâmpada de mercúrio de alta pressão. 
 
O filamento é um arame em espiral de tungstênio tal como na lâmpada incandescente. 
Ele rodeia o topo do tubo de descarga para obter boa mistura de luz e para propiciar 
uma partida da descarga. 
 
Essa lâmpada é adequada para locais que necessitam 
mais luz do que uma lâmpada incandescente e não 
querem aplicar um reator. 
Eficiência luminosa: O uso do filamento de tungstênio 
incandescente influencia negativamente na eficiência 
total da lâmpada. 
O tempo de reignição é de 5 a 10 minutos. 
A lâmpada de luz mista não pode ser dimerizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 35 
 
Base: vários tipos 
IRC: 80 a 90 
Vida média: 12.000 hs 
Temperatura de cor: 3.000K ou 
4000K 
Utilizam reator e ignitor para 
partida e funcionamento. 
Eficiência: 25 a 30 lm/W 
 
LÂMPADAS DE VAPOR METÁLICO: 
 
São similares às lâmpadas de vapor de mercúrio. A 
principal diferença está no fato que o tubo de descarga 
contém uma quantidade adicional de elementos 
classificados na tabela periódica como haletos metálicos. 
Quando a lâmpada atinge o regime normal de temperatura 
de trabalho, estes haletos metálicos são vaporizados e 
passam a emitir luz dentro de um determinado espectro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 36 
 
Base: vários tipos 
IRC: 20 a 39 
Vida média: 15.000 a 24.000 hs 
Temperatura de cor: 1.900K / 
2.000K 
Utilizam reator e ignitor para 
partida e funcionamento. 
Eficiência: 150 a 180 lm/W 
 
LÂMPADAS VAPOR DE SÓDIO DE ALTAPRESSÃO: 
 
O tubo de descarga numa lâmpada de sódio de alta pressão contém excesso de sódio 
para propiciar condições de vapor saturado quando a lâmpada está em 
funcionamento. Em geral, estas lâmpadas além do sódio, podem conter xenônio, 
argônio e mercúrio que apresentam faixas de comprimento de onda em quase todo o 
espectro visível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 37 
 
 
EQUIPAMENTOS AUXILIARES: 
 
Reator: 
Reatores são dispositivos utilizados para a operação adequada das lâmpadas de 
descarga, cuja função é limitar a corrente e fornecer as condições necessárias para a 
partida. 
Como cada tipo de lâmpada demanda uma corrente diferente, para cada uma é 
necessário um tipo específico de reator. Assim, ao definir o tipo de lâmpada a ser 
usado, estamos estabelecendo os parâmetros para a escolha do reator mais 
adequado. Os reatores podem ser: 
 Eletromagnéticos 
 Eletrônicos. 
 
 
 
 
 
Os reatores eletromagnéticos podem ser classificados em: 
 Reatores de alto fator de potência; 
 Reatores de baixo fator de potência; 
 Reatores de partida rápida; 
 Reatores de partida convencional (com starter). 
 
Os reatores eletrônicos apresentam perdas reduzidas, maior eficiência energética, 
fator de potência elevado em torno de 0,95, e podem ser classificados em: 
 Reatores eletrônicos Comuns; 
 Reatores eletrônicos Dimerizáveis; 
 Reatores eletrônicos Dali. 
 
O reator eletrônico apresenta grandes vantagens, dentre as quais se destacam: 
 Aumento da vida útil em até 50%, por operarem em altas frequências; 
 Evita o efeito estroboscópico; 
 Não produz ruído, pois sua frequência está acima da faixa de audição humana; 
 Reduz o aquecimento do ambiente, pois possuem menos perdas; 
 Alto fator de potência; 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 38 
 
 Possibilidade de dimerização; 
 Economia de até 70% de energia consumida pelo reator. 
 
É evidente que estes benefícios têm reflexo direto no custo do equipamento, mas uma 
análise simples dos custos de operação de um sistema de iluminação pode comprovar 
que o uso de reatores eletrônicos é atualmente uma ótima solução energética. 
 
 
Ignitor 
Fornecer pulsos de alta tensão (até 5KV) para o acendimento de lâmpadas de 
descarga de alta intensidade (HID). 
 
Capacitor 
Tem a função de corrigir o fator de potência. 
 
Transformador 
Reduz a tensão de alimentação do local para 12V para atender as lâmpadas 
halógenas de baixa tensão (Ex.: dicróica, lâmpada bipino, AR111, etc.). 
 
Alguns conceitos a serem observados nos equipamentos auxiliares: 
 
O que é Fator de Potência? 
 
É a relação entre a potência consumida sobre a potência fornecida pela 
concessionária. Quanto menor o fator de potência, maior é a corrente no circuito, 
acarretando custos mais elevados de instalação e maiores perdas nos condutores. 
 
Exemplo: 
Para produzir 100 kW de “potência real” é necessário: 
 
Fator de Potência kVA necessário 
 0.50 200 kVA 
 0.90 111 kVA 
 0.99 101 kVA 
 
Obs.: Pela legislação brasileira é considerado alto fator de potência (AFP) 
quando o FP for igual ou superior a 0,92 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 39 
 
O que é Distorção Harmônica – THD (Total Harmonic Distortion) 
 
Interferência gerada na rede elétrica pelos harmônicos de alta frequência de qualquer 
equipamento, principalmente os eletrônicos. A norma IEC determina que um reator 
seja considerado aceito com distorção harmônica menor ou igual a 32%. 
 
 
 
 
Distorção Harmônica – THD 
 
Quem causa? 
• Inversores de frequência; 
• Variadores de velocidade 
• Acionamentos tiristorizados; 
• Acionamentos em DC ou AC; 
• Retificadores; 
• Conversores eletrônicos de potência; 
• Fornos de indução e a arco; 
• Máquinas de solda a arco. 
 
Alguns efeitos: 
• Capacitores: redução da vida útil; 
• Motores: redução da vida útil e potência; 
• Transformadores: aumento das perdas, redução da capacidade; 
• Cabos: sobreaquecimento do neutro em sistema trifásico 
• Medidores: erros de leitura; 
• Telefones: interferência 
• Equipamentos de computação: perda de dados e danos em componentes 
eletrônicos 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 40 
 
O que é Fator de Fluxo Luminoso – FFL 
É a relação entre o fluxo obtido na lâmpada com um reator medido (desejado), e o 
fluxo com um reator de referência (fluxo nominal da lâmpada). 
 
O que é Fator de eficácia (FE): 
Razão entre o fator de fluxo luminoso e potência de alimentação. 
 
As lâmpadas e os equipamentos auxiliares foram apresentados nos tópicos 
anteriores. O próximo ponto de estudo são as Luminárias e os conceitos que 
envolvem este produto: 
 
 
 
 
Gráfico de Distribuição Luminosa: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 41 
 
 
Curva de Distribuição Luminosa – CDL: 
 
Em projeto utilizamos basicamente a distribuição das luminâncias de uma fonte 
(normalmente luminária) sob determinados planos que passam pelo centro dessa 
fonte de luz. 
Essa distribuição gráfica é chamada de curva de distribuição luminosa (CDL), 
curva fotométrica ou curva polar, encontradas nos catálogos de luminárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CDL é a representação da Intensidade Luminosa em todos os ângulos em que 
ela é direcionada num plano. 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 42 
 
 
Exemplos de Curva de Distribuição Luminosa – CDL: 
 
 
 
 
Fonte: ITAIM Iluminação 
 
Luminárias: 
 
Tem a função de distribuir, filtrar ou modificar a direção da luz emitida pela(s) 
lâmpada(s), além de servirem de suporte para a fixação da fonte de luz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 43 
 
 
As luminárias podem ser classificadas de acordo com a porcentagem de luz emitida 
para cima (iluminação indireta) ou para baixo (iluminação direta). 
 
 
Fonte: ITAIM 
 
 
Rendimento de uma Luminária: 
 
O rendimento da luminária (Símbolo: ηL, Unidade: %), é a razão do Fluxo Luminoso 
emitido por uma luminária medido em condições práticas especificadas, em relação ao 
fluxo total das lâmpadas funcionando fora da luminária em condições específicas. 
Esse valor é normalmente, indicado pelos fabricantes de luminárias, após medições e 
testes de laboratório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 44 
 
 
Comparativo do Rendimento de uma Luminária com um mesmo refletor para 
diversas lâmpadas: 
 
 
 
As novas gerações de lâmpadas permitem um maior rendimento da luminária 
 
 
 
 
 Componentes básicos de uma luminária comercial: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As luminárias são compostas de subconjuntos, como: 
 Caixa (corpo mecânico da luminária) 
 Sistema elétrico 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 45 
 
 Conjunto óptico (refletores, aletas, difusores). 
 
 
 
 
A caixa (corpo) da luminária que pode ser metálica, plástica, etc... é responsável por 
acondicionar o sistema elétrico e o conjunto óptico dando acabamento ao conjunto. 
Responsável pela fixação e suporte de todos os componentes 
O índice de proteção (IP) e as facilidades de manutenção também são definidos no 
projeto da caixa da luminária em conjunto com as vedações necessárias. 
As caixas metálicas normalmente são fabricadas em aço com acabamento em pintura 
eletrostática a pó. 
 
O sistema elétrico formado pelo reator ou driver, dissipadores, soquetes, rabichos, 
conectores e fiação interna. A qualidade dos componentes e da montagem do sistema 
elétrico asseguram a durabilidade e bom funcionamento do conjunto. 
O soquete (porta-lâmpada) tem que assegurar fixação das lâmpadas e perfeito contato 
elétrico das mesmas. 
Recomenda-se usar apenas soquetes normatizados, que atendem a todas as 
condiçõesde trabalho á que serão designados, como tensão elevada, altas 
temperaturas, exposição à UV, etc... 
Para as lâmpadas fluorescentes, os soquetes são normalmente fabricados em 
policarbonato (PC), com encaixe rápido do soquete e da fiação, contatos internos em 
bronze fosforoso, com rotor de segurança que evitam queda acidental das lâmpadas. 
Os rabichos facilitam a instalação da luminária, devem garantir o aterramento do 
conjunto, e no Brasil devem seguir a NBR-14136 que define os tipos de plugue e 
tomada a se utilizar. 
 
 
O conjunto óptico é responsável pelos resultados de iluminação, como 
aproveitamento do fluxo emitido pela lâmpada, a distribuição e direcionamento da luz, 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 46 
 
rendimento da luminária, índice de conforto visual, proporcionando em conjunto com a 
fonte de luz utilizada (lâmpada ou LED), a eficiência do sistema de iluminação. 
Composto de refletores com variadas formas ou materiais, que direcionam e garantem 
o bom aproveitamento da luz. 
Aletas ou difusores que proporcionam o conforto visual. 
Este conjunto gera como resultado diferentes fotometrias, que por consequência vão 
atender as mais variadas finalidades e necessidades de aplicação das luminárias. 
 
 
 
 
Função das Aletas: Controlar a incidência da luz direta nos olhos de quem utiliza o 
ambiente. Em outras palavras, é responsável pelo Controle do Ofuscamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Quanto maior o número de aletas (quantidade) 
 Menor o ofuscamento 
 Maior o conforto visual 
 Menor o rendimento 
 
• O rendimento é afetado por: 
 » material dos refletores; 
 » número de aletas; 
 » curvatura dos refletores; 
 » difusores; 
 » tipo da lâmpada. 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 47 
 
Principais tipos de luminárias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ITAIM 
 
Aplicações: 
 
Forro PVC: 
 As luminárias devem preferencialmente ser instaladas no mesmo sentido do forro. 
Existem luminárias com dimensões adequadas para evitar fragilizar o forro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 48 
 
 
Instalações inadequadas em forro de PVC: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forro Modulado: 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 49 
 
Luminária inadequada ao forro modulado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forro de gesso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arandelas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 50 
 
Pendentes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grau de Proteção de uma luminária: – IPXY: 
 
É o índice que indica o nível de proteção um equipamento com relação à penetração 
de água e poeira; 
 
 
 
IPXY 
 X – indica o nível de proteção contra poeira; 
 Y – indica o nível de proteção contra água. 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 52 
 
O que foi visto até o momento? 
 
 
Conceitos e grandezas luminotécnicas 
 
• Luz 
• Fluxo luminoso 
• Intensidade luminosa 
• Iluminância 
• Luminância 
• Refletância 
• Eficiência energética 
• Índice de reprodução de cor 
• Temperatura de cor 
• Comportamento da luz nos diversos meios 
 
 
Fotometrias 
• Curva de distribuição de intensidade luminosa 
• Rendimento 
• Fator de utilização 
• Diagrama de luminância 
• Ofuscamento 
 
 
Luminárias 
• Luminária embutir /sobrepor 
• Componentes de uma luminária 
 
 
Todos estes conceitos deverão ser de conhecimento profundo dos profissionais da 
área de Luminotécnica, sendo necessários para a realização de forma correta e 
profissional dos projetos de iluminação. Com estes conceitos será possível tomar a 
decisão correta durante o planejamento de um sistema de iluminação novo ou retrofit. 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 53 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ILUMINAÇÃO 
 
O projeto de iluminação deve ser proposto de modo a priorizar o conforto visual, a 
segurança e a produtividade dos usuários no ambiente. A definição do sistema de 
iluminação depende de diversos fatores, como: 
• Função e uso do espaço; 
• Forma e pé-direito do ambiente; 
• Tipo de forro; 
• Materiais construtivos, acabamentos, estilo arquitetônico; 
• Mobiliário; 
• Detalhes arquitetônicos, internos e externos; 
• Localização de aberturas para luz natural (janelas, domus); 
• Considerações fotométricas (iluminância, luminância, contraste). 
• Nível de conforto e satisfação dos usuários; 
• Tarefas desempenhadas: grau de precisão e duração; 
• Idade dos ocupantes; 
• Segurança; 
• Custo inicial; 
• Manutenção e custo energético; 
 
DADOS DO PROJETO: 
 
• Para a realização de um projeto de iluminação, os seguintes fatores 
devem ser considerados: 
• Dimensões do recinto; 
• Altura de montagem; 
• Acabamentos (refletâncias) do teto, paredes e piso; 
• Determinação da iluminância necessária de acordo com a ISO 8995-1. 
A determinação da iluminância adequada deve levar em consideração fatores 
como a tarefa a ser desempenhada, a velocidade e precisão da tarefa e a 
refletância da superfície onde a tarefa é desempenhada; 
• Escolha da melhor combinação de lâmpadas e luminárias considerando 
a eficiência da luminária e o fluxo luminoso da lâmpada; 
• Cálculo da quantidade de luminárias; 
• Disposição das luminárias no recinto; 
• Cálculo de viabilidade econômica (custo e eficiência energética). 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 54 
 
 
 
Existem alguns métodos reconhecidos para a realização de projetos luminotécnicos: 
 
a) Método Ponto a Ponto 
b) Método dos Lúmens 
c) Método das Cavidades Zonais 
 
 
Método Ponto a Ponto (teoria): 
 
Se a distância “d” entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado for no mínimo cinco 
vezes as dimensões físicas da fonte de luz, pode-se calcular a iluminância pelo 
método ponto a ponto. 
 
Este método é utilizado normalmente, em fontes pontuais para determinação da 
iluminância com lâmpadas de dimensões pequenas e de fachos de luz bem definidos 
como lâmpadas dicroicas, PAR, alguns tipos de luminárias de Leds, entre outros. 
 
A definição da iluminação em campo de futebol, quadras esportivas, iluminação em 
vitrines, manequins e iluminação de destaque em geral é realizada com o auxílio do 
método ponto a ponto. 
 
Este método pode ser bastante trabalhoso e cansativo para áreas grandes, sendo 
importante e necessário o do computador com softwares específicos. 
 
Aplicam-se as seguintes fórmulas para determinar as iluminâncias: 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 55 
 
Onde: 
• I = intensidade luminosa (vertical), em cd 
• E = iluminância no ponto, em lx 
• d = distância da fonte luminosa ao objeto 
• ∝ = ângulo de abertura do facho 
• h = distância vertical entre a fonte de luz e o plano do objeto 
• I∝ = intensidade luminosa no ângulo ∝, em cd 
 
 
A iluminância (E) em um ponto é a somatória de todas as iluminâncias 
incidentes sobre esse ponto provenientes de diferentes fontes de luz, ou seja: 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Neste método não são consideradas as refletâncias das superfícies (teto, 
paredes e piso) e pode ser considerado bem trabalhoso para ser e executado 
manualmente em ambientes com várias fontes luminosas. 
 
Exemplo de aplicação do método ponto a ponto: 
 
Determine a iluminância no centro do facho de uma luminária com lâmpada dicróica de 
50 W 36° e intensidade máxima de 2.200 cd, sendo que o pé-direito da sala é de 3m. 
Determine o espaçamento entre luminárias de forma que a iluminância fique uniforme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 56 
 
Para determinar a distância entre luminárias mantendo a iluminância uniforme, 
considera-se que a intensidade luminosa a 18o (metade do ângulo de abertura) é 
metade da intensidadeluminosa no centro do facho. A distância entre luminárias é 
igual a 2r, assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método Ponto a Ponto (utilizando CDL): 
 
Dicróica 50W (fonte Osram): 
 
 
 
A curva de distribuição luminosa (CDL) de uma luminária do tipo comercial ou similar 
mostra a intensidade luminosa (cd) medida em vários ângulos de iluminação em torno 
da luminária. É possível realizar a leitura da intensidade luminosa destas luminárias 
em um ângulo específico, conhecendo-se a CDL desta luminária, a quantidade de 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 57 
 
lâmpadas e a escala de medição. É bastante comum a CDL ter a escala de cd/1000 
lúmens, ou seja, o valor de leitura realizado na curva será em candelas, referente a um 
fluxo luminoso padrão de 1000 lúmens. 
 
Exemplo para leitura das curvas de distribuição luminosa (CDL) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cd/1000 lúmens 
 
 
Construindo o modelo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consultando-se a luminária, cuja CDL 
está representada na figura ao lado e 
supondo-se que esta luminária esteja 
equipada com 2 lâmpadas fluorescentes 
LUMILUX® 36W/21, qual será a 
Iluminância em um ponto a 30º de 
inclinação do eixo longitudinal da 
luminária, que se encontra a uma altura 
de 2,00 m do plano desse ponto? 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 58 
 
 
 
 
Seguindo-se a fórmula: 
 
 
 
 
 
 
Desta forma é possível determinar o nível de iluminação (Iluminância), a partir do 
conhecimento da CDL da luminária utilizada. Note que o método não considera 
refletâncias, mas sim, a incidência direta da luz naquela direção (Intensidade 
Luminosa). 
 
 
 
Método dos Lúmens: 
 
O método dos lúmens é adotado nas situações onde o plano de trabalho é horizontal e 
é distribuído por todo o ambiente. O resultado esperado desse método é uma 
iluminação média homogênea em todo o espaço iluminado. 
Muito comum no dimensionamento de escritórios, bancos, indústrias e escolas entre 
outras, principalmente com o uso da antiga norma NBR 5413 (que não existe mais 
desde março de 2013). A nova norma que estabelece os requisitos para iluminação 
de interiores, que substituiu e cancelou a anterior, é a ABNT NBR ISSO CIE 8995-1. 
O método dos lúmens é o mais simples e normalmente é encontrado na maioria dos 
livros de iluminação ou instalações elétricas. 
O método leva em consideração: 
 
Eficiência do Recinto (Fator de Utilização) 
 
A Eficiência do Recinto normalmente é dada por tabelas contidas no catálogo do 
fabricante onde se relacionam os valores de coeficiente de reflexão do teto, paredes e 
piso, com a Curva de Distribuição Luminosa da luminária utilizada e o Índice do 
Recinto (Índice do local). 
Nos cálculos mais modernos por software, estas tabelas não são utilizadas. 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 59 
 
 
 
Índice do local (K) - exemplo 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ITAIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
K 751 731 711 551 531 511 331 311 000 
0,60 0,27 0,24 0,21 0,26 0,23 0,21 0,23 0,21 0,20 
0,80 0,32 0,28 0,26 0,31 0,28 0,26 0,28 0,26 0,25 
1,00 0,35 0,32 0,30 0,35 0,32 0,30 0,32 0,30 0,29 
1,25 0,39 0,36 0,34 0,38 0,36 0,34 0,35 0,33 0,32 
1,50 0,41 0,39 0,37 0,40 0,38 0,36 0,38 0,36 0,35 
2,00 0,45 0,42 0,41 0,44 0,42 0,40 0,41 0,40 0,39 
2,50 0,47 0,45 0,43 0,46 0,44 0,43 0,44 0,42 0,41 
3,00 0,48 0,46 0,45 0,47 0,46 0,45 0,45 0,44 0,43 
4,00 0,49 0,48 0,47 0,48 0,47 0,47 0,47 0,46 0,45 
5,00 0,50 0,49 0,48 0,49 0,48 0,48 0,48 0,47 0,46 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
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Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
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ALGUNS CONCEITOS CONFORME ISO/CIE 8995-1 PARA PROJETO 
 
OBS: Este resumo não substitui uma leitura detalhada da norma para entendimento de 
todos os conceitos e necessidades envolvidas em um projeto. 
 
ILUMINÂNCIA MANTIDA: Ēm 
 
Valor abaixo do qual a iluminância média da superfície especificada não poderá ser 
reduzido, independente da idade e condições da instalação. O projetista deverá 
considerar para o projeto fatores de depreciação adequados para cada tipo de 
instalação proposta. 
 
FATOR DE MANUTENÇÃO OU FATOR DE PERDAS LUMINOSAS (FM ou FPL) 
 
É importante ressaltar que a manutenção do sistema de iluminação influencia 
diretamente na iluminância que deverá ser mantida durante toda a vida da instalação. 
Com o aumento do tempo do serviço, o fluxo luminoso do sistema diminui com o 
envelhecimento das lâmpadas e luminárias e o acúmulo de pó. 
De acordo com a ISO/CIE 8995-1, para garantir que um determinado nível de 
iluminação seja mantido por um período de tempo razoável, um fator de manutenção 
(fator de perdas luminosas – FPL) adequado precisa ser aplicado durante o projeto, 
com a finalidade de compensar essa redução do fluxo luminoso. 
 O fator de manutenção (fator de perdas luminosas) é a relação entre a 
iluminância mantida e o nível de iluminância inicial, quando o sistema de iluminação 
for novo. 
Ainda de acordo com a norma, é conveniente que o projetista prepare um cronograma 
de manutenção para o sistema instalado, especificando a frequência de substituição 
das lâmpadas, o intervalo de limpeza da sala e as técnicas de limpeza utilizadas. 
 
Determinação do fator de manutenção: (FM OU FPL) 
 
 
 
 
Fator de Manutenção do Fluxo Luminoso (FMFL) 
Razão do fluxo luminoso da lâmpada num dado momento pelo seu fluxo luminoso 
inicial. Considera a depreciação do fluxo luminoso da lâmpada, 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 62 
 
 
Fator de Sobrevivência da Lâmpada (FSL) 
Fração do número total de lâmpadas que continuam a operar num dado momento 
(lâmpadas operando em determinadas condições, considerando também a frequência 
de acendimentos). Considera o efeito de falha por envelhecimento da lâmpada, 
 
Fator de Manutenção da Luminária (FML) 
Razão do fluxo luminoso emitido pela luminária num dado momento pelo fluxo 
luminoso inicial emitido pela luminária. Considera os efeitos de redução do fluxo 
luminoso devido ao acúmulo de sujeira nas luminárias, 
 
Fator de Manutenção das Superfícies da Sala (FMSS) 
Razão das refletâncias das superfícies internas do ambiente num dado momento pelo 
valor da refletância inicial. Considera a redução da refletância devido à deposição de 
sujeira nas superfícies da sala 
 
OBS: Os valores dos fatores de manutenção individuais podem ser obtidos através 
dos fabricantes ou podem ser encontrados em curvas de valores padrão médio em 
publicações de iluminação tais como a CIE 97. 
 
 
FATOR DE PERDAS LUMINOSAS (FPL): (Exemplos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
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Perdas do Ambiente: 
 
 
FATORES DE MANUTENÇÃO DE REFERÊNCIA: 
Exemplos da ISO 8995-1. É considerado para tanto que as lâmpadas são substituídas 
individualmente quando falham e, são substituídas em grupo quando a iluminância cai 
para o nível de iluminância mantida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
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Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 65 
 
ÁREA DE TAREFA: A área parcial em um local de trabalho no qual a tarefa visual 
está localizada e é realizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTORNO IMEDIATO: Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da 
tarefa dentro do campo de visão. A iluminância mantida das áreas do entorno imediato 
não deve ser inferior aos valores estabelecidos na tabela ao lado: 
A área da tarefa deve ser iluminada o mais uniformemente possível. 
A iluminância no entorno imediato deve estar relacionada com a iluminância da área 
de tarefa e, convém que proporcione uma distribuição bem equilibrada (uniforme) da 
luminânciano campo de visão. 
Mudanças drásticas nas iluminâncias ao redor da área de tarefa podem levar a um 
esforço visual estressante e desconfortável. Para evitar isso se recomenda controlar 
a iluminância no entorno imediato de modo a minimizar as mudanças de iluminância e 
proporcionar a uniformidade desejável. 
A iluminância mantida no entorno imediato pode ser mais baixa que a iluminância da 
área da tarefa, mas não pode ser inferior aos valores dados tabela detalhada na 
norma e transcrita abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iluminância da tarefa (lux) Iluminância do entorno imediato 
(lux) 
≥750 500 
500 300 
300 200 
≤200 Igual a iluminância da tarefa 
Uniformidade ≥ 0,7 Uniformidade ≥ 0,5 
Luminotécnica 
 
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 66 
 
 
UNIFORMIDADE: Razão entre o valor mínimo e o valor médio da iluminância: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 67 
 
DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO DOS LÚMENS (PASSO A PASSO): 
 
CÁLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINÁRIAS EM UM PROJETO 
 
1) Calcular o Índice do Local 
 
K = c x l 
 h x (c + l) 
 
onde: 
c = comprimento 
l = largura 
h = altura da luminária ao plano de trabalho 
 
 
2) Fator de Utilização (U) 
 
Valor tabelado. É encontrado no catálogo do fabricante da luminária cruzando-se 
os dados do índice do local (K) calculado com as refletâncias das superfícies do 
local. Podem-se encontrar os dados de refletância tabelados conforme a cor, mas 
em geral as tabelas de fabricantes levam em consideração os seguintes valores: 
Branco: refletância de 70% 
Claro: refletância de 50% 
Médio: refletância de 30% 
Escuro: refletância de 10% 
 
 
3) Fator de Perdas Luminosas ou Fator de Depreciação ou Fator de 
Manutenção: (FPL ou FM) 
 
Valor tabelado e dependente da queda do fluxo da lâmpada, do fator de 
sobrevivência da lâmpada, da manutenção (limpeza) da luminária e das superfícies 
do local. Em nosso projeto adotaremos os seguintes valores: 
Ambiente limpo: 80% (ar condicionado, sala fechada) 
Ambiente médio: 67% (sem ar mas ambiente limpo) 
Ambiente sujo: 57% (sujeito a pó como, por exemplo, lojas de rua). 
Ambiente muito sujo: 50% ou menor (algumas atividades fabris) 
 
 
4) Determinar a Iluminância Mantida (E(m)): 
Neste item é necessário determinar o nível de iluminação desejado. Existe na ISO 
8995-1, uma tabela com as recomendações do nível de iluminação para cada 
ambiente, conforme exemplo da tabela a seguir: 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 68 
 
 
 
 
 
5) Determinar o número de luminárias (N): 
 
N = E(méd.) x A 
 n x ϕn x U x FPL x FFL 
 
onde: 
 
E(m) = Nível médio de iluminação que deverá ser mantido sempre. 
A = área do ambiente (m2) 
n = número de lâmpadas por luminária 
ϕn = Fluxo luminoso da lâmpada 
U = Fator de Utilização 
FPL = Fator de Perdas Luminosas 
FFL = Fator de Fluxo do Reator 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
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6) Distribuição das luminárias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) Determinar o passo: 
 
Passo no comprimento = c / Qc 
Passo na largura = l / Ql 
 
Obs: analisar o resultado e adaptar à necessidade 
 
 
Exemplo: 
 
Em um determinado escritório, será você deverá indicar a quantidade de luminárias 
necessárias para atingir os níveis de iluminação conforme a norma NBR ISO 8995-1. 
Os seguintes dados do ambiente e da iluminação são conhecidos: 
- comprimento: 20m 
- largura: 15m 
- pé direito (altura total): 3,65m 
- altura do plano de trabalho: 0,75m 
- Forro de gesso branco com luminárias embutidas no forro 
- As paredes são da cor areia clara 
- O piso é de ardósia (escuro). 
- Utilizar luminárias com duas lâmpadas fluorescentes de 32W cada (fluxo 2700 lm) 
- Os reatores serão eletrônicos com alto fator de potência e fator de fluxo luminoso 
unitário. 
- Ambiente limpo, com ar condicionado. 
Qc = Quantidade no comprimento 
Ql = Quantidade na largura 
c = comprimento 
l = largura 
N = número de luminárias 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 70 
 
 
Desenvolvendo o método passo a passo: 
 
1) Calcular o Índice do Local 
 
)( lchx
cxl
K

 => 
)1520(9,2
1520


x
x
K => K = 2,96 
Altura útil: h = 3,65m – 0,75m = 2,90m (altura da luminária ao plano de trabalho). 
 
 
2) Fator de Utilização (U) 
 
Refletâncias do local: (70/50/10 ou 751) 
Parede = 70% 
Paredes = 50% 
Piso = 10% 
K calculado = 2,96 
Com os valores das refletâncias e do índice do local (K), devemos entrar na tabela 
fornecida pelo fabricante da luminária a ser utilizada. Veja exemplo na tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da tabela, encontra-se o valor do fator de utilização de 0,48, ou seja: 
U = 0,48 
 
3) Fator de Perdas Luminosas ou Fator de Depreciação ou Fator de 
Manutenção: (FPL ou FM) 
 
Para ambiente limpo com ar condicionado, o fator de perdas luminosas será de 80% 
ou seja: FPL = 0,8. 
K 751 731 711 551 531 511 331 311 000 
0,60 0,27 0,24 0,21 0,26 0,23 0,21 0,23 0,21 0,20 
0,80 0,32 0,28 0,26 0,31 0,28 0,26 0,28 0,26 0,25 
1,00 0,35 0,32 0,30 0,35 0,32 0,30 0,32 0,30 0,29 
1,25 0,39 0,36 0,34 0,38 0,36 0,34 0,35 0,33 0,32 
1,50 0,41 0,39 0,37 0,40 0,38 0,36 0,38 0,36 0,35 
2,00 0,45 0,42 0,41 0,44 0,42 0,40 0,41 0,40 0,39 
2,50 0,47 0,45 0,43 0,46 0,44 0,43 0,44 0,42 0,41 
3,00 0,48 0,46 0,45 0,47 0,46 0,45 0,45 0,44 0,43 
4,00 0,49 0,48 0,47 0,48 0,47 0,47 0,47 0,46 0,45 
5,00 0,50 0,49 0,48 0,49 0,48 0,48 0,48 0,47 0,46 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 71 
 
 
4) Determinar a Iluminância Mantida (E(m)): 
 
Este valor será obtido consultando a tabela de iluminâncias existente na NBR 
ISO 8995-1 (vide tabela parcial abaixo) 
 
 
 
Da tabela de luminâncias, verificamos que escritórios devem ser iluminados com 500 
lux. Portanto, E = 500lx 
 
5) Determinar o número de luminárias (N): 
 
 
 
 ∅ 
 
 
 
 
 
 
 
N = 72,33 => N = 73 luminárias 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 72 
 
 
 
 
6) Distribuição das luminárias: 
 
 
 
 
 
 Qc = 9,87 => portanto Qc = 10 luminárias 
 
 
 
 
 
 
 Ql = 7,39 => portanto Ql = 8 luminárias 
 
 
OBS: Nesse ponto é necessário analisar e fazer correções se necessário, 
analisando-se se o resultado obtido após o cálculo da quantidade no comprimento 
e na largura, não se afasta muito do resultado inicial: 
 
Resultado inicial: N = 73 luminárias 
Resultado após distribuição: 10 x 8 = 80 luminárias 
 
Análise: 
a) Vamos diminuir uma luminária no comprimento e analisar: 9 x 8 = 72 
luminárias. Este resultado não pode ser utilizado, pois é menor que o valor de 
“N” previamente calculado. 
b) Vamos diminuir uma luminária na largura e analisar: 10 x 7 = 70 luminárias. 
Este resultado não pode ser utilizado, pois é menor que o valor de “N” 
previamente calculado. 
 
Portanto o resultado final será de N = 80 luminárias 
 
 
8) Determinar o passo: 
 
Passo no comprimento = c / Qc = 20 / 10 = 2 m 
 
Passo na largura = l / Ql = 15 / 8 = 1,875 m 
 
Obs: analisar o resultado e adaptar à necessidade 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 73 
 
RESUMO e RESULTADOS: 
 
Para determinar a exata localização da luminária, devemos dividir a área a ser 
iluminada em áreas menores de acordo com o número de luminárias previamente 
determinado. O centro de cada uma dessas áreas menores deve ser um ponto de luz. 
Veja ilustração a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No exercício: 
500 lux com 80 luminárias com a distribuição de 10 x 8 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 74 
 
Dica: 
 
Existe uma área denominada de conforto visual, que é dependente do nível de 
iluminação utilizado (iluminância) e da temperatura de cor da lâmpada / LED. Na figura 
abaixo, o gráfico apresenta o comportamento (sensações) para as diversassituações. 
Procure realizar projetos levando em consideração estes parâmetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curva de Conforto Visual em Função da Temperatura de Cor e Iluminância 
(FONTE: LAMBERTS,) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 75 
 
 
 
 
 
AUTOMAÇÃO E EMERGÊNCIA 
 
 
Dispositivos de Automação 
 
Os projetos de edificações residenciais no Brasil até o presente momento não são 
orientados, em sua maioria para a melhoria de eficiência energética, da segurança, do 
conforto e principalmente para o pleno emprego das possibilidades que a Automação 
pode proporcionar. Tal fato se deve a muitos fatores e os principais são listados a 
seguir: 
 
 Desinformação do consumidor em relação a preços, benefícios e configurações 
possíveis; 
 Falta de ferramentas de engenharia que auxiliem no projeto e na análise 
técnica econômica; 
 Uma maior integração entre as grandes empresas produtoras de tecnologia da 
respectiva área e os profissionais. 
 
Possibilidades e justificativas técnicas para o emprego da Automação 
 
O emprego de sistemas de automação pode tornar-se um fator positivo para o 
emprego mais racional da energia elétrica. 
Automação pode assumir as funções de supervisionar, comandar, controlar e 
aperfeiçoar os equipamentos e sistemas da edificação permitindo que a mesma opere 
automaticamente segundo parâmetros pré-estabelecidos, pelo usuário. 
 
 
Aplicação em Sistemas de Iluminação. 
Uma importante aplicação dos Sistemas de Automação pode ser encontrada em 
dispositivos para iluminação, com o objetivo de incorporar uma utilização racional e 
mais eficiente nas aplicações, foram desenvolvidos atualmente por diversos 
fabricantes os Sensores de presença, Timer, Minuterias, Fotocélulas, Sensores de Luz 
e Dimerizadores que controlam a iluminação do ambiente de forma independente de 
outros sistemas de Automação. 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 76 
 
 
SENSORES DE PRESENÇA 
 
 São equipamentos que acionam a iluminação ao detectar a presença de alguém ou 
de alguma coisa em movimento. No mercado existem três tipos de tecnologias 
disponíveis: 
Infravermelho: sensível a fontes de calor (corpo humano); 
Ultrassom: emite ondas de ultrassom que são rebatidas de volta ao receptor do sensor 
acionando a iluminação; 
Dual: combina as duas tecnologias em um só equipamento. 
DICAS: 
De um modo geral pode-se afirmar que os sensores de presença tendem a ser mais 
econômicos que as minuterias. Contudo é sempre aconselhável realizar cálculos para 
comparar a economia obtida pela escolha desta ou daquela tecnologia quanto ao 
custo fixo de consumo, a aquisição e a manutenção durante a vida útil. 
Utilizar qualquer um desses sistemas com lâmpadas do tipo fluorescentes pode gerar 
economia de até 80% no consumo, porém, um ponto importante a ser considerado 
quando se opta pela instalação desses tipos de sistemas de controle é que não é 
aconselhável usá-los para acionar lâmpadas fluorescentes tubulares ou compactas, 
devido à drástica redução da vida útil das lâmpadas submetidas a um regime intenso 
de acendimento e desligamentos, como o que ocorre em halls de condomínios 
residenciais. 
A tecnologia LED trabalha sem problemas com os sensores de presença ou 
minuterias. 
 
 
 
 
Fonte: lampenwelt.de 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 77 
 
TIMERS (Temporizador) 
 
 
O timer é um equipamento utilizado em iluminação para ligar e/ou desligar lâmpadas 
em horas pré-programadas. 
 
Desligar automaticamente a iluminação fora do horário de expediente 
 
As luzes fora do horário de expediente podem se limitar a iluminação de 
emergência (corredores, escadas). 
 
 
 
 
Fonte: Conrad Electronic Fonte: Extron 
 
 
 
 
 
MINUTERIAS 
 
São dispositivos elétricos que permitem manter as lâmpadas acesas temporariamente. 
 Existem dois tipos: a eletrônica e a eletromagnética. Ambas permitem a instalação de 
sistemas coletivos ou individuais. 
 
Sistema coletivo 
Pode estar conectada uma série de lâmpadas de alguns ou de todos os andares, 
que serão ligadas ao mesmo tempo quando acionadas. 
O número de lâmpadas a serem controladas depende da capacidade da minuteria de 
cada fabricante e é função da soma das potencias das lâmpadas instaladas 
 
Sistema individual 
Este sistema é mais econômico que o coletivo e, ao contrário deste, permite ligar 
individualmente a iluminação (lâmpadas) de cada andar ao se acionar o botão de 
comando 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
 78 
 
 
 
 
 
Fonte: Margirius Fonte:Alumbra 
 
 
 
 
FOTOCÉLULAS 
 
Definição de fotocélula, segundo norma da ABNT TB-23/1991: “Detector de radiação 
ótica que utiliza a interação entre radiação e matéria, de que resulta a absorção de 
fótons e consequente liberação de elétrons a partir de seu estado de equilíbrio, e 
produzindo uma tensão, uma corrente ou uma variação de resistência elétrica, mas 
não incluindo outros fenômenos elétricos decorrentes da variação de temperatura”. 
Utilizada na maioria das vezes em áreas públicas ou externas (postes), permitindo 
acendimento automático da lâmpada que deve ficar acesa durante toda a noite, é um 
dispositivo sensível à luz e possui ajustes internos indicando valores mínimos de luz 
para que seus contatos elétricos permaneçam abertos até que o nível fique abaixo do 
estabelecido. Ao fim da tarde, esse nível é ultrapassado (luz exterior < luz mínima) e a 
luz elétrica é, então, acionada com o fechamento do circuito elétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: FOTOCELULAS - SEIN SRL Fonte: Fotocélulas Nice MOFB 
 
 
SENSOR DE LUZ 
Luminotécnica 
 
SENAI – SP 
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Equipamento muito semelhante à 
fotocélula. Entretanto, sua principal 
utilização se dá em ambientes internos, 
permitindo uma leitura constante do 
nível de luz natural próxima a aberturas 
laterais. Com isso, ele envia 
informações a centrais controladoras de 
origem eletrônica micro processada, que 
controla os diversos equipamentos 
auxiliares e lâmpadas a elas ligados. 
Esse arranjo permite, em muitos casos, 
controlar o fluxo luminoso de uma ou mais luminárias, proporcionando melhor 
uniformidade ao sistema de iluminação. 
 
Por meio da utilização de sensores LDR (do inglês Light Dependent Resistor ou em 
português Resistor Dependente de Luz), mesclamos a utilização de iluminação natural 
e artificial mantendo índices adequados de iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto resistores (LDR) 
 
 
 
 
 
Dimmer 
 
Equipamento que permite variar o fluxo luminoso emitido pelas fontes artificiais de luz. 
A utilização de dimmer em lâmpadas que utilizam equipamentos auxiliares está restrita 
às características de construção de tais equipamentos auxiliares, quer seja reatores ou 
transformadores. 
Luminotécnica 
 
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Definição de dimmer segundo norma da ABNT TB-23/1991: “Dimmer. Dispositivo que 
permite variar o fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas de uma instalação de 
iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Olivre 
Fonte: Olivre 
 
 
 
Luminárias de Emergência 
 
 
As Luminárias de Emergência são dispositivos ideais para sinalização de segurança na 
falta de energia em prédios, elevadores, condomínios, empresas, lojas, podendo ser 
utilizadas para atividades de lazer, como camping ou pesca, servindo de luz autônoma. 
Em casos de emergência, como pane de automóveis, podem ser utilizadas como 
lanterna ou luz de segurança. 
No mercado brasileiro existem alguns tipos de luminárias de emergência, que ficam 
conectadas a rede de energia, e quando sentem o desligamento da rede elétrica,ligam 
automaticamente o sistema de luz. 
Luminotécnica 
 
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Uma ambiente bem planejada deve dispor deste importante elemento desde o projeto 
elétrico até sua execução em obra. A luminária de emergência é um elemento de fácil 
instalação só necessita de uma tomada para ficar conectada e uma base de fixação. 
 
Atualmente existem dois modelos de luminárias de emergência compactas, as com 
lâmpadas led e as fluorescentes. As lâmpadas que utilizam a iluminação led têm uma 
durabilidade de bateria superior as que usam fluorescentes. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Luminárias LED FLC Fonte: Luminárias Fluorescente FoxLUx 
 
Módulo de iluminação de Emergência 
 
Desenvolvido para transformar luminárias já existentes em sistemas de iluminação de 
emergência, possuem bateria interna em geral de níquel-cádmio, e possui dimensões 
similares a de um reator convencional. Trabalha com lâmpadas fluorescentes 
compactas de quatro pinos (starter externo) ou lâmpadas tubulares de 15 a 110 W, 
acionadas por reatores convencionais ou eletrônicos. Em condições de emergência, as 
lâmpadas acedem com brilho reduzido. Pode manter acesa uma ou duas lâmpadas, 
dependendo do tipo de reator utilizado, e apresenta botão-teste e diodo luminoso 
indicador de sistema de carga ativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Modulo de iluminação Unitron Fonte: Modulo de iluminação Aureon

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