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01_Introdução_Semiologia

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Introdução
Semeion = sintomas/sinais Logos =
estudo/ciência;
A semiologia é a parte da medicina que estuda
os métodos de exame clínico e a interpretação
dos sintomas para construir um diagnóstico e
presumir a evolução da doença;
A semiologia pode ser subdividida em
Semiotécnica, Clínica Propedêutica e
Semiógenese;
Semiotécnica é a arte de examinar o paciente
utilizando todos os recursos disponíveis, desde
a observação até exames modernos e
complexos;
Clínica Propedêutica é a interpretação dos
dados obtidos pelo exame do paciente para o
estabelecimento do diagnóstico;
Semiógenese busca explicar os mecanismos
pelos quais os sintomas aparecem e se
desenvolvem;
Saúde é o estado do indivíduo cujas funções
orgânicas, físicas e mentais estão normais;
Doença é um evento biológico caracterizado
por alterações anatômicas, fisiológicas ou
bioquímicas, isoladas ou associadas;
Síndrome é um conjunto de sintomas clínicos
de múltiplas causas que, quando
adequadamente reconhecidos e considerados
em conjunto, caracterizam uma determinada
enfermidade ou lesão.
RESUMO: Introdução a 
Semiologia Veterinária
Quanto à Localização
Locais: manifestações claramente relacionadas
ao órgão afetado.
Gerais: manifestações de comprometimento
orgânico como um todo.
Sintoma ou Sinal?
Sintoma: fenômeno anormal orgânico ou
funcional que revela doenças no animal.
Exemplos de sintomas: tosse, claudicação,
dispneia.
Sinal: avaliação e conclusão tirada pelo clínico
a partir dos sintomas observados e/ou por
métodos físicos de exame. Sinal é um exemplo
de raciocínio clínico.
Quanto à Apresentação
Principais: indicam provável sistema orgânico
afetado.
Patognomônicos: únicos e característicos de
uma determinada enfermidade.
Quanto à Evolução
Iniciais: São os primeiros sintomas observados
ou os sintomas reveladores da doença;
Tardios: Quando aparecem no período de
plena estabilização ou declínio da enfermidade;
Residuais: Quando se verifica uma aparente
recuperação do animal, como as mioclonias
que ocorrem em alguns casos de cinomose.
Mecanismo de Produção
Anatômicos: Dizem respeito à alteração da
forma de órgão ou tecido (esplenomegalia,
hepatomegalia).
Funcionais: Estão relacionadas com a alteração
na função dos órgãos (claudicação).
Reflexos: São chamados, também, de sintomas
distantes, por serem originados longe da área
em que o principal sintoma aparece (sudorese
em casos de cólicas).
CLASSIFICAÇÃO DOS
SINTOMAS 
Diagnóstico
Diagnóstico é o ato de reconhecer uma
enfermidade por suas manifestações clínicas e
prever sua evolução.
Pode ser presuntivo, diferencial ou definitivo.
Para chegar a um diagnóstico, é preciso
elaborar hipóteses diagnósticas e avaliá-las.
Diagnóstico clínico é o processo de reconhecer
uma doença a partir de informações obtidas
durante a anamnese, exame clínico e exames
complementares. É composto por três etapas,
sendo a anamnese responsável por 50% da
informação, o exame físico por 35% e os
exames complementares por 15%.
Diagnóstico Histopatológico e
Anatomopatológico: Um animal apresenta um
tumor na pele, é realizado uma biópsia para a
análise histopatológica do tecido tumoral, que
revela células cancerígenas, o diagnóstico
histopatológico e anatomopatológico é de
carcinoma de células escamosas.
Diagnóstico por Imagens: Um cavalo apresenta
claudicação, é realizado um exame
radiográfico, que identifica uma fratura na tíbia,
o diagnóstico por imagem é de fratura de tíbia.
Diagnóstico Laboratorial: Um cão apresenta
sintomas de anemia, é realizado um
hemograma que revela baixos níveis de
glóbulos vermelhos e hemoglobina, o
diagnóstico laboratorial é de anemia em cães.
Classificação
Diagnóstico nosológico ou clínico: Um cão
apresenta sintomas de vômitos, diarreia e febre,
o veterinário realiza um exame clínico e faz o
diagnóstico de gastroenterite canina.
Diagnóstico Terapêutico: Um gato com
suspeita de infecção urinária é tratado com
antibióticos e a resposta positiva ao tratamento
é utilizada para confirmar o diagnóstico
terapêutico de infecção urinária.
Diagnóstico Anatômico: Durante uma
necropsia, é identificada a presença de um
tumor na bexiga de um cavalo, o diagnóstico
anatômico é feito através da identificação da
localização e do tipo de tumor encontrado.
Diagnóstico Etiológico: Um cão apresenta
sintomas de coceira intensa na pele, o
veterinário realiza um raspado cutâneo e
identifica a presença de ácaros da sarna, o
diagnóstico etiológico é de sarna em cães.
Erros no Diagnóstico
Anamnese incompleta ou preenchida
erroneamente; 
Exame físico superficial ou feito às pressas;
Avaliação precipitada ou falsa dos achados
clínicos; 
Conhecimento ou domínio insuficiente dos
métodos dos exames físicos disponíveis;
Impulso precipitado de tratar o paciente antes
mesmo de se estabelecer o diagnóstico. 
Não seja demasiado sagaz; 
Não tenha pressa; 
Não diagnostique raridades, pense nas
hipóteses mais simples em primeiro lugar; 
Não seja demasiado seguro de si; 
Não tenha prevenções; 
Não hesite em rever seu diagnóstico.
Para se evitar os erros: 
DIAGNÓSTICO
Prognóstico
Prognóstico é a previsão da evolução da
doença e suas consequências.
São considerados três aspectos: perspectiva de
salvar a vida, recuperar a saúde ou curar o
paciente, e manter a capacidade funcional dos
órgãos afetados.
Algumas doenças podem ser curadas
naturalmente, com ou sem tratamento.
Algumas doenças podem se tornar crônicas e
afetar negativamente a qualidade de vida.
Infelizmente, algumas doenças evoluem
progressivamente e podem levar ao óbito.
Pode ser
Favorável: Evolução satisfatória;
Reservado: Evolução imprevisível;
Desfavorável: Se prevê o término fatal ou a
possibilidade de óbito.
O prognóstico pode ser favorável quanto à vida
e desfavorável ou duvidoso quanto à validez e à
recuperação integral do paciente (p. ex.,
displasia coxofemoral em cães de grande
porte).
Tratamento
É a medida utilizada para combater a doença a
partir do conhecimento do estado do animal
obtido pelo exame clínico. As medidas
necessárias para solucionar o processo
patológico são inspiradas a partir dessa
avaliação.
Tratamento casual: Administração de
medicamentos para aliviar sintomas leves como
dor de cabeça, cólicas, febre, etc.
Tratamento sintomático: Uso de
medicamentos para aliviar os sintomas da
doença, sem tratar diretamente a causa
subjacente. Exemplo: o uso de analgésicos para
aliviar a dor em uma infecção de ouvido.
Tratamento patogênico: Utilização de
medicamentos específicos para combater a
causa subjacente da doença, como antibióticos
para infecções bacterianas ou antivirais para
infecções virais.
Tratamento vital: Medidas tomadas para
manter a vida do animal, como reanimação
cardiopulmonar em casos de parada cardíaca
ou respiratória.
Quanto à finalidade o tratamento, pode ser:
PROGNÓSTICO TRATAMENTO
Contenção FIsica
A contenção física restringe a atividade física do
animal para avaliação e execução de
procedimentos.
Alguns proprietários relutam em imobilizar
animais para exame.
Manipulação sem contenção pode levar a
defesa do animal com mordeduras, coices,
chifradas e/ou unhadas.
Adequada contenção física é necessária
mesmo para procedimentos simples.
Objetivos Principais
Proteger o examinador, o auxiliar e o animal;
Facilitar o exame físico;
Evitar fugas e acidentes como fraturas;
Possibilitar procedimentos diversos (medicação
injetável, cateterização, exames radiográficos,
coleta de sangue etc.).
Contenção Quimica
Contenção química é necessária em alguns
casos para exame clínico seguro e eficiente
A contenção química deve diminuir o estresse
do animal e proporcionar conforto e segurança
para ele e o veterinário
O veterinário deve conhecer os efeitos dos
fármacos utilizados para avaliar se os achados
clínicos são decorrentes do uso destes ou da
enfermidade a ser pesquisada
Alterações de temperatura corporal, frequência
cardíaca, frequênciarespiratória e pressão
arterial são algumas consequências comuns
após o uso de tranquilizantes, sedativos ou
anestésicos gerais.
CONTENÇÃO FÍSICA DOS
ANIMAIS
CONTENÇÃO QUÍMICA
DOS ANIMAIS
Fatores a serem Considerado na 
 Contenção Química
Especie
Raça
Estado Clinico Geral
Doenças Concomitantes
Dor ou Desconforto
Local do exame (no chão, sobre mesa)
Tipo de exame (envolvendo dor ou
desconforto)
Posicionamento necessário para o exame
Necessidade de imobilidade para o exame
Via de administração possível
Fatores Intrínsecos:
Fatores Extrínsecos

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