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P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto → Significa discernimento; → Origem grega: “dia” (através de, em meio de) + “gnosis” (conhecimento) = discernir pelo conhecimento; → Conclusão de uma linha de raciocínio, que é alimentada por dados obtidos no exame clínico; → Treino contínuo (nunca saberá de tudo, estará sempre em aprendizado contínuo); → Cuidado com a ânsia de uma proposta rápida de tratamento = minimização do erro. → “Semeyon” (sinal) + “logos” (tratado, estudo); → “Parte da medicina que estuda os métodos de exame clínico, pesquisa os sinais e sintomas e os interpreta, reunindo, dessa forma, os elementos necessários para construir o diagnóstico e presumir a evolução da enfermidade”. 1. Semiotécnica: conjunto ordenado de métodos e manobras para a coleta dos sinais e sintomas. 2. Semiogênese: esmiuça o mecanismo de formação dos sinais e sintomas com bases fisiopatológicas. 3. Propedêutica Clínica: atribui valores aos achados coletados pela semiotécnica.. O profissional analisa os dados obtidos no exame clínico de modo a indicar ou sugerir hipóteses diagnósticas. → Sintomas: São os dados fornecidos pelo paciente, como, por exemplo: dor, ardor, comichão, prurido, cansaço, ansiedade, aumento de temperatura, dificuldade de deglutição etc. A rigor, são subjetivos, percebidos apenas pela pessoa doente. Diagnóstico em odontologia “Os únicos que jamais cometem erros de diagnóstico são aqueles que jamais vêem lesões” Sonis para o raciocínio do diagnóstico: → Sinais: São os dados observados pelo profissional e, em alguns casos, pelo próprio paciente, tais como: elevações, úlceras, manchas, estalidos de articulação temporomandibular (ATM) etc. A rigor são alterações objetivas passíveis de descrição e avaliação. P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto → Sinais ou sintomas patognômicos: São exclusivos de determinada doença; indicam de maneira quase absoluta sua existência, especificando o diagnóstico. Por exemplo, papila invertida para GUNA (gengivite ulceronecrosante aguda); o sinal de Nikolski para o pênfigo vulgar; e a rigidez da nuca para a meningite. → Quadro clínico ou Sintomatologia: É o conjunto de sinais e sintomas obtidos no exame clínico. → Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se apresenta para definir uma doença. Por exemplo, síndrome de Sjögren, que ocorre basicamente em pacientes do sexo feminino e é caracterizada por xerostomia, ceratoconjuntivite seca e artrite reumatoide. → Sinais ou sintomas prodrômicos: São também chamados de premonitórios, pelos quais o paciente percebe que irá desenvolver alguma patologia. O herpes labial recorrente, que é caracterizado por lesões vesiculares na interface pele/lábio, geralmente é precedido por sintomas prodrômicos tais como sensação de queimação ou formigamento da mucosa na área afetada. São manobras realizadas frente a algumas lesões tais como a raspagem em lesões brancas (para averiguar se cedem ou não) ou a vitropressão em manchas com suspeita de etiologia vascular. → Vitropressão (realizada com lâmina de vidro) = diascopia realizada com o dedo). A vitropressão é realizada quando há uma desconfiança de que a lesão se originou dos vasos sanguíneos. Ao fazer a manobra, se houver alteração na coloração, é positivo (indicativo de que a lesão é de origem vascular), mas se não alterar a cor, é negativa (um hematoma, pois se trata de sangue extravascular, por isso não há alteração na coloração). O cirurgião-dentista é o profissional mais apto a diagnosticar e tratar as patologias bucais, pois: • Conhece bem os tecidos moles e duros que consituem a cavidade bucal e seus anexos; • Conhece as patologias bucais e está capacitado a formular hipóteses diagnósticas com grande probabilidade de acerto; • Está preparado para realizar, solicitar e interpretar os exames complementares mais indicados para cada caso; • Tem conhecimentos terapêuticos para tratar a maioria das patologias em regime ambulatorial ou hospitalar; Pênfico Vulgar é uma doença autoimune. Trata-se da formação de bolhas espontâneas no corpo e na boca. Realiza-se uma manobra para o diagnóstico: pressionar a cavidade bucal com um instrumento. Se formar uma bolha (sinal de Nikolski positivo), se não formar bolha (sinal de Nikolski negativo). Há tratamentos sintomáticos (feitos para aliviar sintomas) que são eficientes apenas na fase dos sintomas prodrômicos, como o aciclovir (antiviral) para a herpes labial. Ele irá aliviar as lesões, mas não irá impedir que elas apareçam. “A cavidade oral é sede de diversas patologias de ordem geral e sistêmica. A Odontologia e diversas especialidades médicas (Dermatologia, Otorrinolaringologia, Neurologia, Psiquiatria) interagem na cavidade oral e anexos sempre em benefício do paciente.” P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Tem contato e examina periodicamente o paciente. → Diagnóstico clínico: identificação da patologia baseada apenas em observação clínica e avaliação dos sinais; → Diagnóstico pela história: realizado pela avaliação de informações pertinentes obtidas no levantamento da história do paciente, que pode ser pessoal, familiar, médica passada e presente ou da doença atual; → Diagnóstico de laboratório: por meio de resultados positivos e significativos de exames laboratoriais pertinentes somados ao quadro clínico, às observações radiográficas e à história do paciente; → Diagnóstico cirúrgico: com base na exploração cirúrgica; → Diagnóstico terapêutico: estabelecido depois de um período inicial de tratamento; → Diagnóstico instantâneo: com base em pouquíssimos dados, sejam clínicos, radiográficos ou de outro tipo; → Diagnóstico diferencial: envolve todos os procedimentos diagnósticos; → Diagnóstico histopatológico: após análise da lâmina histopatológica. : É importante frisar que o exame clínico bem realizado pode perfeitamente ser complementado pelos chamados exames subsidiários. O inverso jamais é verdadeiro “ O exame clínico é soberano!” • Exames laboratoriais • Citodiagnóstico • Biópsia • Exames de imagem Podem ser utilizados em todos os momentos: → Elucidação diagnóstica → Determinação do prognóstico → Acompanhamento do tratamento → Proservação do paciente Podem ser classificados como: → Específicos: são aqueles que fornecem o diagnóstico final. Ex: alguns exames sorológicos e o resultado histopatológico; → Semiespecíficos: apenas sugerem possibilidades diagnósticas. Ex: áreas radiolúcidas em radiografias periapicais; → Inespecíficos: fornecem apenas indícios de diagnóstico. Ex: hemograma. Obs: dependendo do caso, o mesmo exame pode ter classificação diferente. O prognóstico (pro: antes + gnosis: conhecer) é a predição da provável evolução e do desfecho de uma doença, lesão ou anomalia de desenvolvimento em um paciente, com base no conhecimento geral de tais condições, bem como em dados específicos e no juízo clínico de cada caso particular. → Excelente, bom, reservado, ruim, sombrio. P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto O profissional só deve instituir o tratamento quando tiver a certeza de que este é o passo apropriado, sem se deixar pressionar pelo paciente ou por familiares. O tratamento pode ser classificado em: → Específico: é o tratamento ideal quando se conhece o agente etiológico e visa ao seu combate; → Sintomático: trata apenas dos sintomas do paciente; → Suporte: tem como objetivo melhorar as condições orgânicas do paciente; → Prova terapêutica: diagnóstico final provisório e ministra tratamento específico; → Tratamento expectante: quando a patologia não necessita de tratamento. É o acompanhamento ou follow-up do paciente, avaliandoos resultados dos tratamentos. Possibilita ao profissional reavaliar continuamente seus conhecimentos e raciocínio diagnóstico de modo a maximizar o sucesso terapêutico. Classifica-se em: → Cura completa; → Estado estacionário; → Estado indeterminável; → Piora do quadro clínico; → Óbito. Esquema de conduta clínica para estabelecimento do diagnóstico, prognóstico e plano de tratamento. KIGNEL, Sergio. Estomatologia: bases do diagnóstico para o clínico geral. 3. ed. Rio de Janeiro: Santos Editora, 2020. Aula teórica de Diagnóstico em Odontologia. Faculdade Maurício de Nassau, odontologia, 2020.
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