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Sistemas Prediais e Elétricos

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SISTEMAS PREDIAIS E 
ELÉTRICOS
PROF. ME. ALEXANDRE COELHO
PROF.A LUZIA MARA FERRER AMORIM
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional: 
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Felipe Veiga da Fonseca
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Luana Ramos Rocha
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta Paião
Márcio Alexandre Júnior Lara
Marcus Vinicius Pellegrini
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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UNIDADE
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1 - ELETRICIDADE ...................................................................................................................................................... 6
1.1. CARGA ELÉTRICA ................................................................................................................................................ 6
1.2. CORRENTE ELÉTRICA ........................................................................................................................................ 7
1.3. TENSÃO ELÉTRICA ............................................................................................................................................ 8
1.4. CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA ......................................................................................... 9
1.5. POTÊNCIA ELÉTRICA ........................................................................................................................................ 10
2 - INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS ELÉTRICOS .....................................................................................................11
2.1. RESISTÊNCIA ELÉTRICA ................................................................................................................................... 12
2.2. LEI DE OHM ....................................................................................................................................................... 13
2.3. ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES ........................................................................................................................ 15
ELETRICIDADE E INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS 
ELÉTRICOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
PROF. ME. ALEXANDRE COELHO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
SISTEMAS PREDIAIS E ELÉTRICOS
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2.3.1. ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE ................................................................................................................................. 15
2.3.2. ASSOCIAÇÃO EM PARALELO ........................................................................................................................ 16
3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE CORRENTE ALTERNADA ........................................................................................17
3.1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................................................................................................ 19
3.2. PREVISÃO DA CARGA DE ILUMINAÇÃO UTILIZANDO A NBR 5410:2004 .................................................. 20
3.3. PREVISÃO DA CARGA DE TOMADAS UTILIZANDO A NBR 5410:2004 ....................................................... 23
3.3.1. TOMADAS DE USO GERAL ............................................................................................................................. 23
3.3.2. TOMADAS DE USO ESPECÍFICO................................................................................................................... 25
3.4. DIVISÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA .............................................................................................................. 26
3.5. LIGAÇÃO DOS CIRCUITOS TERMINAIS .......................................................................................................... 27
3.5.1. LIGAÇÃO DOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO ................................................................................................ 27
3.5.2. LIGAÇÃO DOS CIRCUITOS DE TOMADAS .................................................................................................... 27
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 29
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INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), seja bem-vindo(a) ao estudo da disciplina de Sistemas Prediais. 
Esta é a unidade I de desenvolvimento dos estudos e pesquisas, sendo este um material básico 
dirigido aos conhecimentos da disciplina. Na unidade I, será possível compreender e conhecer de 
forma mais conceitual a energia elétrica e algumas aplicações.
Vamos conceituar no que consiste a energia elétrica e como é feita a análise básica de 
circuitos elétricos.
As instalações elétricas consistem em circuitos elétricos divididos a partir de um quadro 
de distribuição, por isso a importância de conhecermos, mesmo que de forma básica, as leis de 
análises de circuitos elétricos, pois precisaremos desses conceitos no momento de projetar como 
será distribuída as instalações elétricas.
Esta unidade foi dividida por tópicos e sub tópicos com intuito de apresentar o conteúdo 
de forma a estimular as reflexões, facilitar a busca ao apoio nas leituras complementares, consultar 
materiais no intuito de agregar com os temas apresentados nesta unidade.
Desejo a você, acadêmico(a), uma ótima aula e leitura proveitosa sobre os temas abordados 
na disciplina.
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1 - ELETRICIDADE
Esta unidade apresentará os conceitos básicos da eletricidade e a sua aplicação em circuitos 
elétricos. Estes são temas essenciais para aplicação da eletricidade em instalações elétricas.
O estudo da eletricidade pode ser dividido basicamente em três partes, a eletrostática, 
eletrodinâmica e o eletromagnetismo. Como nosso intuito são os conceitos básicos da eletricidade 
e sua aplicação para análise de circuitos elementares, será abordado o conceito de carga elétrica, 
corrente elétrica, tensão elétrica e potência elétrica em um primeiro momento e após alguma 
analises básicas de circuitos elétricos.
1.1. Carga Elétrica 
Para explicação de todos fenômenos elétricos é necessário iniciarmos pela parte mais 
elementar, a carga elétrica. Segundo Alexander e Sadiku (2013), carga é uma propriedade elétrica 
das partículas atômicasque compõem a matéria, medida em Coulombs (C). Quando falamos 
de cargas elétricas, estamos em, um primeiro momento, falando das partículas subatômicas que 
compõem o átomo, os prótons, nêutrons e elétrons.
A Figura 1 apresenta a estrutura atômica de um átomo genérico, apenas para recordar 
como é a disposição das cargas elétricas. Percebemos a presença de prótons e neutros no núcleo 
e os elétrons dispostos nas camadas externas.
Figura 1 - Cargas elétricas dispostas na estrutura atômica. Fonte: Google imagens (2019).
Um átomo, quando em equilíbrio, possui a mesma quantidade de prótons e elétrons e o 
balanço energético deste átomo pode ser considerado zero. Em termos de carga elétrica, o elétron 
e próton possuem a mesma magnitude, sendo a carga de um elétron (e) igual a: -1,602.10-19 C, e o 
próton tem mesma carga de sinal positivo. Quando se fala de carga elétrica, o elétron é utilizado 
como referência, pelo motivo já conhecido de que são os elétrons que podem trafegar de um 
átomo para outro. Um átomo pode ter a capacidade de receber ou ceder elétrons, o que torna a 
carga elétrica móvel, podendo assim ser transferida.
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Em termos de cargas elétricas, os elétrons serão atraídos por átomos positivamente 
carregados, ou seja, por átomos que já cederam seus elétrons da camada de valência, o fluxo de 
cargas elétricas é conhecida como corrente elétrica. 
Carga elétrica é representada pela letra (q) e sua unidade é Coulombs (C), que é bem 
grande, sendo normal encontrar valores de nC (nano Coulombs), pC (pico Coulombs), para 
exemplificar vejamos que em 1,0 C de carga há 6,24.1018 elétrons.
1.2. Corrente Elétrica
A possibilidade da transferência de carga elétrica por meio dos movimentos dos elétrons, 
faz com que um fluxo de carga no tempo conceitue o que conhecemos como corrente elétrica, 
representada pela letra (i). 
Matematicamente temos:
em que, pelo sistema internacional de medidas, i é corrente elétrica, q é carga elétrica e t 
é tempo em segundos.
A unidade de corrente elétrica é o Ampere (A), e representa (C⁄s).
A corrente elétrica quando analisada em circuitos elétricos, tem um sentido de direção, 
que foi convencionado como o sentido inverso dos elétrons. Está convenção ocorreu de forma 
equivocada no momento da descoberta do fluxo de cargas elétricas, sabendo-se que cargas 
opostas se atraem, imaginou-se que eram os prótons que se deslocavam em sentido aos elétrons, 
e assim foi convencionado o sentido da corrente. Posteriormente verificou-se que são os elétrons 
que se movimentam, mas a convenção foi mantida. A Figura 2 representa o sentido da corrente 
elétrica (I) em comparação com sentido de deslocamento dos elétrons, neste caso saindo do 
terminal negativo da bateria à caminho do terminal positivo.
Figura 2 - Convenção de sentido de corrente elétrica em um circuito elétrico. Fonte: Google imagens (2019).
Em uma análise de circuito, pode haver mais de uma corrente elétrica, assim como pode 
haver mais de uma bateria, neste caso convencionamos um sentido para corrente. Exemplo disso 
pode ser verificado na Figura 3, se considerarmos o sentido horário como o sentido da corrente 
por nós convencionado, o sentido inverso tem mesmo valor absoluto, em se tratando da mesma 
corrente, porém o sinal negativo representa que o sentido é o inverso ao adotado como convenção. 
Neste caso, não há uma corrente negativa.
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Figura 3 - Convencionando uma corrente no circuito elétrico. Fonte: Google imagens (2019).
Para que ocorra um fluxo ordenado de carga elétrica resultando em uma corrente elétrica, 
há a necessidade de uma energia, esta é conhecida como tensão elétrica. 
1.3. Tensão Elétrica 
Para o deslocamento do elétron, utiliza-se de um trabalho ou transferência de energia. 
Esse trabalho é realizado por uma força eletromotriz, conhecida como FEM.
A FEM é a tensão elétrica, também denominada como Diferença de Potencial entre 
dois Pontos (DDP). Conceitualmente é a energia necessária para movimentar uma unidade de 
carga entre dois pontos, que tem como unidade Volts (V). Se considerarmos a Figura 4, seria a 
energia consumida para movimentar uma unidade de carga entre os pontos a e b. Esta energia é 
a tensão vab.
Figura 4 - Diferença de potencial entre dois pontos. Fonte: Google imagens (2019).
Matematicamente temos:
onde, v é a tensão elétrica, w é a energia e q é carga elétrica.
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Da mesma forma que não há corrente elétrica negativa, não há também uma tensão 
negativa. Ao se analisar circuitos, se considerarmos a diferença entre dois pontos como v_ab, 
como apresentado na Figura 5 esquema “a”, e considerarmos também que o ponto a está presente 
no polo positivo e o ponto b está no polo negativo, como convenção, como na Figura 5 esquema 
“b”, caso ocorra o contrário a tensão vab terá a mesma magnitude para todos os casos, e o sinal 
negativo, presente na Figura 5 esquema “c”, é utilizado apenas para demonstrar a inversão das 
polaridades quando comparadas com a convenção adotada.
Figura 5 - Convenção de tensão elétrica em um circuito elétrico. Fonte: Google imagens (2019).
1.4. Corrente Contínua e Corrente Alternada
Agora que já sabemos conceitualmente e matematicamente o que é carga elétrica, 
corrente elétrica e tensão elétrica, podemos definir os tipos mais usuais de utilização da energia, 
a Corrente Contínua (CC) e Corrente Alternada (CA).
A CC é definida como a corrente que permanece constante ao longo do tempo, sendo que 
a tensão tem a mesma forma de onda, também é contínua. A Figura 6 apresenta como é a forma 
de onda da CC, em que I (eixo y) é a corrente e t (eixo x) é o tempo. Exemplos de utilização de 
CC são baterias, pilhas e grande parte de componentes eletrônicos. 
Figura 6 - Corrente Contínua ao longo do tempo. Fonte: Google imagens (2019).
A CA é definida por uma corrente que varia no tempo, esta pode ter qualquer formato 
variável no tempo. A Figura 7 apresenta um exemplo de CA, sendo este o mesmo formato da 
tensão elétrica, não tendo necessariamente a mesma amplitude e mesma fase, mas sim a mesma 
função de variação. Na Figura 7 é apresentada uma função senoidal como exemplo de uma CA, 
justamente pelo fato de ser a forma usual de nossa energia nas residências, os circuitos utilizados 
em instalações elétricas utilizam exatamente deste tipo de tensão e corrente, com uma frequência 
de 60 Hz (padrão Brasil), ou seja, uma repetição de 60 ciclos para cada segundo.
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Figura 7 - Corrente variável ao longo do tempo. Fonte: Google imagens (2019).
1.5. Potência Elétrica
Tensão e corrente elétrica são variáveis básicas de circuitos e instalações elétricas, e para 
que os equipamentos funcionem, é necessário a presença das duas variáveis, se há apenas tensão 
sem o fluxo de cargas elétricas, não funcionamento dos equipamentos.
Conceitualmente, segundo Alexander e Sadiku (2013), potência é a velocidade com que 
se consome ou se absorve energia medida em Watts (W). Matematicamente, para circuitos de 
CC, podemos dizer que a potência é: p=v.i, a tensão vezes a corrente. Para nossas análises de 
circuitos utilizadas nesta unidade será suficiente, já que trabalharemos com CC para entender as 
leis básicas de circuitos elétricos.
Em circuito elétrico, enquanto alguns elementos fornecem energia, outros absorvem 
(consomem). Em uma lanterna por exemplo, enquanto a pilha fornece a energia elétrica, a 
lâmpada consome esta energia e a transforma em energia luminosa.
Cada equipamento possuí uma potência para qual foi projetado para seu funcionamento. 
A potência em Watts de cada equipamento vezes o tempo em hora em que ele fica ligado(Watts-h 
(Wh)), é utilizado para que as concessionárias de energia façam a cobrança da conta de energia. 
Lembrando que energia fisicamente é medida em Joules, e neste caso 1Wh = 3600 J.
O emprego da corrente alternada como o tipo de energia utilizada vem basicamen-
te da possibilidade do transporte desse tipo de energia de forma mais simplificada, 
para as tecnologias da época em que se utilizou-se como padrão. Entretanto nem 
sempre esta foi a forma usual da energia e no início dos estudos da eletricidade 
este foi tema de discussão por um longo tempo, período este que ficou conhecido 
como guerra das correntes.
De um lado defensor da utilização da CC Thomas Edison, de outro lado defen-
sor da CA Nikola Tesla, patrocinado pelo empresário George Westinghouse vence 
esta batalha. Para entender melhor sobre esta batalha e sobre a utilização de CC 
e CA, verifique este vídeo.
FÍSICA.NET. A Guerra Elétrica – A disputa entre Edison, Westinghouse e Tesla. 
2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vewg4uviZAw&t=2s>. 
Acesso em: 10 jan. 2019.
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2 - INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS ELÉTRICOS
 
O estudo de circuitos elétricos, mesmo que de forma básica para o entendimento das 
instalações elétricas, é de extrema importância, visto que, instalação elétrica é o projeto e divisão 
da utilização da energia elétrica em circuitos. Simplificando em instalações elétricas prediais 
temos: circuitos de iluminação, circuitos de tomadas de uso geral e circuitos de tomadas de uso 
específico.
A interconexão de elementos elétricos define o que é um circuito elétrico, 
independentemente da quantidade de elementos que este circuito elétrico possuir. A Figura 8 
apresenta um circuito elétrico bem simplificado, em que há uma lâmpada ligada com a utilização 
de uma bateria, tendo assim dois elementos mais os condutores para fazer as ligações. A Figura 
9 demonstra um circuito mais complexo, com vários elementos, este circuito pode ser utilizado 
para transmissão de rádio com a utilização de uma antena. Em ambos estes circuitos estamos 
utilizando corrente contínua sendo mantido para todas analises desta unidade. Para entendimento 
dos princípios básicos de circuitos elétricos a utilização da CC se torna aliada para facilitar o 
entendimento.
Figura 8 - Circuito elétrico simplificado, apenas dois elementos. Fonte: Google imagens (2019).
 
Figura 9 - Circuito elétrico com vários elementos. Fonte: Google imagens (2019).
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Se fizermos uma analogia, mesmo sabendo que em instalação elétrica utilizamos corrente 
alternada, em um mesmo circuito podemos ter vários equipamentos ligados, um exemplo disso 
é um circuito de iluminação. Vamos verificar que em um mesmo circuito de iluminação teremos 
várias lâmpadas, sendo a fonte de tensão um dos elementos e cada uma das lâmpadas os outros 
elementos deste circuito.
Os elementos do circuito podem ser ativos ou passivos. Os passivos são aqueles que 
absorvem energia, conhecidos como cargas elétricas, que podem ser basicamente de três tipos, 
resistivas, indutivas e capacitivas. As cargas resistivas serão aqui tratadas. Os elementos ativos são 
os que fornecem potência para o circuito elétrico (fontes de tensão e corrente). 
De acordo com a lei de conservação de energia em um circuito, a potência absorvida é 
igual a potência fornecida. Por convenção, se um elemento está consumindo energia, ele tem 
potência positiva (p=+v.i) e a corrente entra pelo terminal positivo do elemento, como pode ser 
verificado na Figura 10. 
Figura 10 - Convenção de sinal passivo para elemento consumidor de potência. Fonte: Google imagens (2019).
Se o elemento está fornecendo energia, ele tem potência negativa (p=-v.i), como a tensão 
e a corrente, não há potência negativa, e este sinal negativo é apenas para identificar um elemento 
ativo, que fornece potência para o circuito, neste caso, como apresentado na Figura 11, a corrente 
entra pelo terminal negativo do elemento.
Figura 11 - Convenção de sinal passivo para elemento fornecedor de potência. Fonte: Google imagens (2019).
2.1. Resistência Elétrica
A resistência elétrica está presente em todo tipo de material e é definida como a tendência 
de resistir ao fluxo de cargas elétricas, ou seja, a resistência à passagem de corrente elétrica.
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Qualquer material tem sua resistência calculada em função de seu comprimento (l), a 
área da seção transversal (A) e a resistividade do material (ρ), matematicamente temos:
sendo R a resistência, medida em Ohms (Ω). 
A resistividade do material é fator determinante no cálculo da resistência, já que é 
diretamente proporcional a resistência elétrica. A Tabela 1 apresenta os valores de resistividade 
para alguns materiais.
Tabela 1 - Resistividade dos materiais. Fonte: Alexander e Sadiku (2013).
Fica evidenciado na Tabela 1 que os materiais com baixa resistividade são considerados 
condutores, devido a isso os condutores utilizados nas instalações elétricas são de cobre, já que a 
utilização da prata ficaria inviável devido ao custo.
2.2. Lei de Ohm
Em análise de circuitos, o efeito resistivo sempre estará presente, já que a passagem de 
corrente por qualquer material sempre terá uma resistência. Dependendo da aplicação pode-se 
projetar a utilização de resistências de valores bem pequenos ou de valores elevados.
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A resistência é tratada como uma carga elétrica, um elemento passivo que absorve energia. 
Quando lidamos com cargas elétricas em circuitos, um dos objetivos é conhecer a relação entre 
a tensão e a corrente, e assim surgiu a primeira Lei de Ohm, que apresenta esta relação para o 
resistor.
A Lei de Ohm afirma que em um resistor, a tensão em seus terminais é diretamente 
proporcional a corrente elétrica que flui por meio dele (v ∝ i). Ohm definiu que a constante de 
proporcionalidade entre a tensão e a corrente é o resistor, e matematicamente esta relação é:
v=R.i
em que, v é a tensão, R é a resistência e i é a corrente. Considerando o resistor ideal 
essa relação tem o mesmo comportamento de uma função do primeiro grau, como pode ser 
verificado na Figura 12.
Figura 12 - Relação da tensão e corrente em um resistor. Fonte: Alexander e Sadiku (2013).
De acordo com a Lei de Ohm, se temos um valor de tensão fixo, quanto maior for a 
resistência, menor será a corrente. Se essa resistência tende a infinito, a corrente elétrica tende a 
zero, o que ocorre nos materiais isolantes, que possuem altos valores de resistência. 
Por um outro lado, pode haver aplicações onde o ideal é que se tenha altos valores de 
corrente elétrica, para isso é projetada uma resistência elétrica de baixa resistência e que suporte 
a passagem de altas correntes, que é o que ocorre no chuveiro elétrico por exemplo.
A passagem de corrente em um condutor traz um aquecimento conhecido como efeito 
Joule (energia elétrica convertida em energia térmica), em algumas aplicações é considerado 
uma perda, como na transmissão de energia elétrica, por isso se eleva tanto o nível das tensões 
para o transporte da energia elétrica, como explicado na unidade I. Para outras aplicações o 
aquecimento pode ser o objetivo, utilizando novamente, o exemplo do chuveiro elétrico, espera-
se que a resistência projetada tenha um baixo nível de resistência e suporte um elevado nível de 
corrente, para que ocorra o aquecimento da água.
Para entender melhor como foi descoberta a resistência elétrica, qual experimen-
to foi realizado por Georg Simon Ohm, de forma prática, acessar: MATTEDE, H. 
Lei de Ohm. Conteúdo Mundo da Elétrica. Disponível em: <https://www.mundoda-
eletrica.com.br/lei-de-ohm/>. 
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A corrente elétrica em uma resistência sempre fluíra do maior para o menor potencial, 
como apresentado na Figura 13, o potencial do lado positivo é maior que o potencial do lado 
negativo, por isso a corrente tem o sentido apresentado. Este símbolo da Figura 13 é como uma 
resistência é representada em um circuito elétrico.
Figura 13 - Representação simbólica de uma resistência no circuito elétrico, e direção da corrente elétrica. Fonte: 
Alexander e Sadiku (2013).
A potência dissipada por um resistor já é conhecida e mantem-se como a tensão sobre a 
resistência, e a corrente que passa por ela (p=v.i), com a aplicação da Lei de Ohm, pode-se utilizar 
de outras duas maneiras para calcular a potência dissipada em um resistor, e assim, temos:
2.3. Associação de Resistores
As topologias de rede são necessárias para entendermos como os elementos podem ser 
interconectados das diversas formas em um circuito. De acordo com Alexander e Sadiku (2013), 
podemos definir assim alguns conceitos:
• Ramo: representa qualquer elemento de dois terminais.
• Nó: é o ponto de conexão entre dois ou mais elementos (ramos).
• Laço: qualquer caminho fechado em um circuito.
• Malha: é um laço que não contém nenhum outro laço em seu interior.
Assim temos condições de entender melhor como é feita a associação de resistores, que 
basicamente podem ser conectados somente em série, somente em paralelo e há circuitos que 
apresentam alguns resistores ligados em série e outros em paralelo.
2.3.1. Associação em série
 
Os resistores estarão em série se eles compartilham exclusivamente um único nó e, 
consequentemente, transportam a mesma corrente. A Figura 14 apresenta três resistores ligados 
em série.
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Figura 14 - Resistores ligados em série. Fonte: o autor.
Analisando a Figura 14, fica evidenciado que a fonte de tensão está em série com o resistor 
R1, já que eles compartilham somente o nó a, R1 e R2 estão em série pois compartilham somente 
o nó b, o que se mantém paras as análises de todos os elementos do circuito. 
A corrente segue o sentido contrário aos elétrons, de acordo com a convenção de sentido 
de corrente elétrica, e neste exemplo está no sentido horário. Analisando somente a corrente, 
podemos dizer que este é um circuito série, já que a mesma corrente que sai da fonte passa por 
todos resistores, ou seja, ela é a mesma que percorre todo o circuito e retorna para a fonte.
2.3.2. Associação em paralelo
A associação em paralelo ocorrerá quando dois ou mais resistores estiverem conectados 
aos mesmos dois nós, apresentando assim a mesma tensão entre eles. Para entendermos melhor 
analisaremos a Figura 15, que apresenta três resistências associadas em paralelo. Analisando, 
todos nós superiores são o mesmo nó a, já que não há elemento entre as derivações do circuito. 
Todos nós na parte inferior do circuito são b, e assim todos os resistores estão entre os mesmos 
dois nós, que são exatamente a diferença de potencial entre os dois pontos da fonte de tensão, ou 
seja, a tensão em cada um dos resistores é a mesma, e é a tensão da fonte.
Pela Lei de Ohm, podemos calcular as correntes em cada um dos resistores de forma 
simplificada, basta sabermos as resistências e tensão aplicada sobre elas.
Figura 15 - Associação de resistores em paralelo. Fonte: o autor.
O circuito em paralelo é um circuito divisor de corrente, percebe-se pela Figura 15 
que a corrente elétrica que percorre o circuito vai se dividir para cada uma das resistências, 
proporcionalmente ao valor de cada resistência. Já que resistência elétrica é oposição à passagem 
de corrente elétrica, esta vai optar pelo caminho de menor resistência, então podemos dizer que 
numa situação de resistências em paralelo, como está, a maior corrente será na resistência de 
menor valor. 
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Podemos ter em um circuito resistores associados de forma mista, ou seja, em uma parte 
do circuito alguns estão associados em série e em outra parte em paralelo.
3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE CORRENTE ALTERNADA
A corrente alternada é aquela que utilizamos nas instalações elétricas, porém como o 
entendimento das leis básicas de circuitos utilizando CC se torna muito facilitado, utilizamos a 
CC para explicar os conceitos básicos de circuito e vamos expandir de forma muito básica estes 
conhecimentos para CA, focando naquilo que utilizaremos de fato em instalações.
Em CA, não temos polo positivo e negativo, os dois pontos que representam a diferença 
de potencial aqui são chamados de fase e neutro, que são exatamente os dois pontos da tomada 
da instalação elétrica.
A lei de Ohm e as leis de Kirchhoff também são válidas para os circuitos de CA e a forma 
como procedemos é exatamente a mesma na relação das resistências. Os outros dois tipos de 
carga elétrica não foram abordados e vamos apenas verificar o conceito básico para entender o 
que é fator de potência, pois utilizaremos em instalações elétricas.
Para isso, vamos trabalhar com potência elétrica em CA. Até o momento conhecemos 
potência elétrica como sendo, P=v.i, isto é válido para CC e em CA para cargas puramente 
resistivas.
Nas cargas puramente resistivas, não teremos atraso da tensão em relação a corrente, como 
apresentado na Figura 16, tanto a onda de tensão quanto a de corrente passa ao mesmo tempo em 
0 V, isso quer dizer que estas duas ondas estão em fase. Exemplo de cargas puramente resistivas 
são as lâmpadas incandescentes, ferro elétrico, chuveiro elétrico, forno elétrico, torradeira etc.
Figura 16 - Carga puramente resistiva em CA. Fonte: Google imagens.
Conhecendo as formas de associação de resistores, como nosso foco é a aplica-
ção em instalação elétrica, como será o atendimento das cargas de uma instala-
ção elétrica, sabendo que todo estão alimentados por uma mesma tensão?
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Os outros dois tipos de carga são as cargas indutivas e capacitivas, nestas cargas as ondas 
de tensão e corrente não estão em fase e tem o comportamento apresentado na Figura 17 e Figura 
18.
Figura 17 - Comportamento das ondas de tensão e corrente para carga indutiva. Fonte: Google imagens.
 
Figura 18 - Comportamento das ondas de tensão e corrente para carga capacitiva. Fonte: Google imagens.
A Figura 17 apresenta o comportamento das cargas indutivas, onde a corrente está atrasada 
em relação a tensão de φ graus, como pode ser verificado na figura. Exemplo de carga indutiva 
são os motores elétricos e todos componentes que tem motores elétricos para seu funcionamento, 
como ventilador, máquina de lavar, geladeira, ar condicionado.
A Figura 18 apresenta o comportamento das cargas capacitivas, onde a corrente está 
adiantada em relação a tensão de φ graus, como pode ser verificado na figura. Exemplo de carga 
capacitiva, são alguns eletrônicos, reatores de lâmpadas fluorescentes e de LED.
Nas cargas resistivas o fato de não ter este atraso entre as ondas de tensão e corrente 
significa que toda potência entregue ao sistema é transformada em trabalho, nas outras cargas 
em CA a forma de calcular potência é diferente. Temos neste caso 3 potências. Potência aparente, 
ativa e reativa.
A potência aparente é representada pela letra (S) ou pela letra (N), esta é a potência total 
fornecida para o sistema e é calculada a partir de S=v.i, e sua unidade é o Volt-Ampere (VA). 
A potência ativa é representada pela letra (P) e está é a potência efetivamente transformada 
em trabalho, calcula a partir de P=v.i.cos(φ), e sua unidade é o Watt (W). Para as cargas resistivas 
e para os circuitos de CC não temos defasagem entre tensão e corrente, P=S e por isso em CC 
chamamos a potência apenas de P.
A potência reativaé representada pela letra (Q), ela é necessária para o funcionamento 
de elementos indutivos e capacitivos, podemos dizer que é parte da energia consumida que não 
é transformada em trabalho, mas que é essencial para que os equipamentos funcionem. Ela é 
calculada a partir de Q=v.i.sen(φ), e sua unidade é o Volt-Ampere Reativo (VAR).
A relação entre estas potencias é dada a partir da relação S=P+Q, e pelo triangulo das 
potências representado na Figura 19.
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Figura 19 - Triângulo de relação das potências. Fonte: Google imagens.
Nesta relação das potências, temos a relação da potência aparente com a potência ativa 
dada por meio do cosseno do ângulo. Essa relação é conhecida como fator de potência, que 
relaciona de quanto da potência total entregue ao sistema foi efetivamente transformado em 
trabalho. Esta relação tem valor máximo 1,0, que é o que ocorre com as cargas puramente 
resistivas, em que S é igual a P e o ângulo é de 0º entre as ondas de tensão e corrente.
Se temos a potência aparente ou ativa, podemos ter a relação de uma com a outra por 
meio do Fator de Potência (FP) que é:
Para nossos trabalhos em instalações elétricas está é a relação que precisamos, já que o FP 
normalmente é dado pela concessionária para cada tipo de circuito.
3.1. Instalações Elétricas
Um projeto elétrico nada mais é que a previsão escrita da instalação, com todos seus 
detalhes, localização dos pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajetos dos 
condutores, divisão dos circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra, ou seja, 
descrição de toda utilização da energia elétrica em uma instalação predial, que é o nosso objetivo. 
É responsabilidade do projetista também fazer o dimensionamento da entrada da energia elétrica 
da planta analisada, informação essa que deverá ser entregue à concessionária de abastecimento, 
ficando a critério dela a aprovação ou não do dimensionamento realizado.
O projeto elétrico é dividido em quatro partes, e de acordo com Creder (2016) pode 
assim ser analisado:
a) Memória: onde o projetista justifica a solução.
b) Conjunto de plantas, esquemas e detalhes: onde deverão constar todos os elementos 
necessários à perfeita execução do projeto.
c) Especificações: onde se descrevem as características técnicas do material a ser usado 
e as normas aplicáveis.
d) Orçamento: onde são levantados a quantidade e o custo do material e da mão de obra.
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O curso de engenharia civil tem este conhecimento a respeito de projetos técnicos bem 
presente, há algumas disciplinas com objetivo grande neste tipo de aplicação, sendo assim, este 
material vai focar na parte de como fazer o dimensionamento da instalação elétrica, e apresentar 
o que é necessário para elaboração do projeto elétrico. Assim, o aluno se torna capaz com o 
conhecimento prévio que tem a respeito de plantas arquitetônicas e de projetos de elaborar um 
ótimo projeto elétrico predial.
A base para desenvolvimento do projeto elétrico será a NBR 5410:2004. Nesta unidade 
vamos conhecer a simbologia utilizada na elaboração do projeto elétrico predial, como 
dimensionamos a potência prevista mínima para os circuitos de tomada e iluminação.
Os circuitos de tomadas serão divididos em tomadas de uso geral e tomadas de uso 
específico. O circuito de iluminação apresentado nesta unidade será o previsto na NBR 5410:2004.
3.2. Previsão da Carga de Iluminação Utilizando a 
NBR 5410:2004 
Os critérios utilizados pela NBR 5410:2004 para previsão da carga de iluminação utiliza 
como base para estes cálculos a utilização de lâmpadas incandescentes, assim, vale ressaltar que 
após as determinações das cargas devemos adequar para as lâmpadas que utilizaremos nos dias 
de hoje, sendo provavelmente a opção LED a escolhida, para isso utilizamos de tabelas fornecidas 
pelos próprios fabricantes para esta adequação, já que as lâmpadas incandescentes não são mais 
comercializadas e foram retiradas do mercado a partir do ano 2016, sendo encontradas para 
aplicações especificas e decoração de ambientes.
Os critério para determinação de carga mínima de iluminação são assim determinados, 
de acordo com a NBR 5410:2004:
a) Prever pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com potência de 100 VA em cômodos 
ou dependências de unidades residenciais.
b) Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6,0 m² atribui-se um mínimo 
de 100 VA.
c) Cômodos ou dependências com área superior a 6,0 m² deverá ser prevista uma carga 
mínima de 100 VA para os primeiros 6,0 m², acrescidos de 60 VA para cada aumento de 
4,0 m² inteiros.
A potência assim dimensionada não é necessariamente a potência nominal das lâmpadas, 
e sim a potência mínima para cada cômodo, ou seja, para dimensionamento do quadro de cargas. 
A distribuição da quantidade de lâmpadas para atingir esta potência dever ser feita de maneira a 
distribuir da melhor forma possível, de acordo com o tamanho e o formato do cômodo.
Para entendermos melhor como dimensionar esta carga de iluminação, utilizaremos 
como exemplo a planta baixa disponível na Figura 20, que apresenta uma pequena residência 
com 5 cômodos.
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Figura 20 - Planta baixa residencial. Fonte: Google imagens.
 
Para facilitar o dimensionamento da carga mínima de iluminação utilizamos uma tabela 
conhecida como quadro de previsão de cargas, e vamos preenchendo de modo a prever todas as 
cargas da instalação elétrica. A Tabela 2 apresenta o quadro de carga de iluminação, ou seja, a 
potência total de iluminação para cada cômodo e para a residência.
Tabela 2 - Quadro de carga de iluminação. Fonte: o autor.
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Utilizaremos como exemplo de cálculo a sala para entender porque a potência total de 
iluminação da sala é 340 VA, na Tabela 3 é possível verificar como é feito o cálculo. Analisa-se 
dividindo a área total, para os 6,0 m² iniciais atribui-se 100 VA de potência, para os próximos 
4,0 m² inteiros atribui-se a potência de 60 VA, até que chegue a área total do cômodo em análise. 
Percebe-se que os 3,0 m² finais não têm potência de iluminação atribuída, já que não é 4,0 m² 
inteiro, e sim uma fração. 
Tabela 3 - Dimensionamento da carga de iluminação da sala. Fonte: o autor.
Para os demais cômodos procedemos da mesma forma, esta é uma previsão mínima de 
carga instalada, ou seja, tem que ter pelo menos esta potência instalada para cada cômodo. O 
bom senso do projetista e o diálogo com o cliente é sempre levado em consideração.
Na Tabela 2, podemos verificar que na determinação da carga do banheiro, houve o 
acréscimo de 60 VA, sem que houvesse a exigência da norma, por ter uma área de 6,0 m². A 
potência de 100 VA estaria dentro dos limites mínimos da norma, porém, normalmente, no 
banheiro utiliza-se uma lâmpada acima de algum espelho que pode estar localizado acima da 
pia, sendo assim foi adicionado 60 VA de potência para este caso, demonstrando a liberdade 
do projetista para trabalhar como entender melhor ou para seguir as exigências do cliente, 
respeitando apenas os limites mínimos estabelecidos pela norma.
Para dimensionamento de carga de iluminação, utilizando a NBR 5410:2004, o 
único parâmetro utilizado é a área do cômodo, outras formas de realizar este di-
mensionamento são mais exatos, já que consideram vários parâmetros, como a 
de utilização do cômodo, além de altura do teto, cores do teto e das paredes, de-
preciação dos equipamentos utilizados, sendo uma ferramenta mais completa de 
análise, que pode trazer até uma economia para instalação.
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O dimensionamentode iluminação em um projeto elétrico pode ser feito, utili-
zando a NBR 5410:2004, como apresentado neste material, mas pode ser feito 
também utilizando as noções de luminotécnica, que é uma teoria especifica para 
aplicação em projetos de iluminação. Para estudo das técnicas de luminotécnica 
e do método dos lumens e do método ponto a ponto para dimensionamento de 
iluminação acessar: LUZ, J. M. Luminotécnica. Material de estudo UNICAMP. Dis-
ponível em: <https://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/Luminotecnica.pdf>. 
3.3. Previsão da Carga de Tomadas Utilizando a 
NBR 5410:2004 
Para as instalações elétricas prediais basicamente dimensionamos a potência instalada de 
iluminação e das tomadas, para então dimensionar os condutores, os eletrodutos, a proteção e 
divisão da instalação em circuitos elétricos e qual será a classe de entrada da tensão cedida pela 
concessionária.
As tomadas são divididas em dois grupos para que seu dimensionamento possa ser feito, 
são as Tomadas de Uso Geral (TUG) e as Tomadas de Uso Específico (TUE).
3.3.1. Tomadas de uso geral
As tomadas de uso geral são aquelas em que não há equipamento fixo e que não opere 
com uma corrente acima de 10 A. 
A quantidade de tomadas vai depender muito do tipo do projeto que o cliente exige, por 
isso informações de quantidade de equipamentos, quais tipos e potências elétricas, são sempre 
bem-vindas, mas normalmente difíceis de se obter. Sendo assim a norma utiliza os critérios 
mínimos para estabelecer a quantidade de tomadas, cabendo ao projetista respeitar o quesito 
mínimo e utilizar do bom senso para o aumento da quantidade de pontos de tomada, caso julgue 
necessário, ou seja requerido pelo cliente.
Os critérios para dimensionamento da quantidade de tomadas para cada cômodos são 
os seguintes:
a) Banheiros: pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório.
b) Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos: no 
mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que acima 
de cada bancada com largura igual ou superior a 0,3 m, deve ser previsto pelo menos um 
ponto de tomada.
c) Cômodos ou dependências: com área inferior a 6,0 m², pelo menos um ponto de 
tomada. Para áreas superiores a 6,0 m², pelo menos um ponto de tomada para cada 5,0 
m, ou fração de perímetro, espaçados tão uniformemente quanto possível.
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Os critérios quanto à potência dimensionada, segue o seguinte, considerando a NBR 
5410:2004:
a) Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais 
análogos: no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto, 
para os pontos excedentes, considerando cada um desses ambientes separadamente.
b) Demais cômodos: no mínimo 100 VA por ponto de tomada.
Utilizando novamente a planta baixa da Figura 20 como exemplo, vamos continuar a 
construção da tabela do quadro de cargas, considerando agora além da área, o perímetro de 
cada cômodo, e em um primeiro momento determinando a quantidade de tomadas e depois a 
potência total das tomadas para cada cômodo, como pode ser verificado na Tabela 4.
Tabela 4 - Quadro de carga para dimensionamento de TUG. Fonte: o autor.
O dimensionamento de TUG ocorre de forma bem simplificada, neste exemplo, a sala, o 
quarto e o hall verificamos se há mais que 6,0 m², em caso afirmativo, dividimos o perímetro do 
cômodo por 5 e assim temos a quantidade de tomadas, arredondando para cima, já que a fração 
também é considerada. Para estes cômodos basta utilizarmos a potência de 100 VA para cada 
ponto de tomada. A sala, utilizando esta premissa, teria 4 pontos de tomada, porém por ser uma 
sala de 20 m de perímetro e com 25 m² de área, optou-se em adicionar mais 2 pontos de tomada, 
parava evitar a insuficiência de pontos de tomada.
No banheiro, pela norma, pelo menos um ponto de tomada, neste caso optou-se pela 
utilização de dois pontos, sendo que os três primeiros pontos utilizamos 600 VA de potência, 
resultou em 1200 VA de potência instalada para o banheiro.
Na copa-cozinha e na área de serviço, a estratégia é a mesma, utilizamos o perímetro 
dividido por 3,5, assim arredondamos pra cima para calcular a quantidade de tomadas, já que 
neste caso a fração também é considerada. Para determinamos a potência, consideramos os três 
primeiros pontos com 600 VA cada, e os pontos excedentes com 100 VA cada.
Para este exemplo a potência instalada das TUG é de 6200 VA.
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3.3.2. Tomadas de uso específico
As tomadas de uso específico são aquelas dimensionadas exclusivamente para um 
determinado aparelho. Utiliza-se também esta estratégia para equipamentos que operam com 
correntes acima de 10 A, que tem um circuito dedicado para alimentação somente dele. Estes 
equipamentos normalmente operam com uma potência elevada. Alguns equipamentos que 
utilizam uma tomada especifica são: chuveiro elétrico, torneira elétrica, ar condicionado, forno 
elétrico, geladeiras com potência superior a 1000 W, secadoras de roupa, máquinas de lavar que 
operam com água quente, e alguns outros equipamentos.
Ao ponto de tomada de uso especifico se atribui a potência igual a potência nominal do 
equipamento a ser ali instalado. Em caso da potência do equipamento não ser conhecida, atribui-
se a este ponto de tomada, uma potência igual ao equipamento mais potente com possibilidade 
de ser ligado neste ponto.
Os pontos de TUE devem ser instalados no máximo a 1,5 m do local previsto pro 
equipamento ser alimentado.
Mantendo o exemplo da planta baixa apresentada na Figura 20, vamos ver como ficaria 
o quadro de cargas para as TUE (Tabela 5), considerando os seguintes equipamento a serem 
instalados: ar condicionado no quarto (1900 W), ar condicionado na sala (2900 W), chuveiro 
elétrico no banheiro (4400 W), forno elétrico (1800 W), micro-ondas (1300 W) e máquina de 
lavar (1000 W).
Neste caso, conhecendo-se as potências de todos equipamentos a serem instalados, basta 
incluir no quadro de cargas a potência nominal de cada um dos componentes. No caso de não 
conhecimento, pode-se utilizar tabelas com valores de equipamentos que podem ser obtidas com 
os fabricantes ou até mesmo na internet.
Tabela 5 - Quadro de carga de dimensionamento de TUE. Fonte: o autor.
Agora temos dimensionados todos os pontos de utilização de energia do exemplo 
apresentado, e podemos então juntar tudo em um só quadro de carga, onde todos os pontos 
estarão presentes, como apresentado na Tabela 6.
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Tabela 6 - Quadro de carga total da instalação. Fonte: o autor.
Cada concessionária vai considerar um fator de potência para suas instalações, se 
considerarmos que para as tomadas de uso específico o fator de potência é 0,8, podemos calcular 
qual é a potência total das TUE em VA (potência aparente). Basta utilizarmos as considerações 
sobre CA, em que o , assim a potência total instalada para o exemplo em questão é de 
23695 VA. Com todos pontos dimensionados, agora podemos entender como é feita a divisão 
dos circuitos em uma instalação elétrica.
3.4. Divisão da Instalação Elétrica
A divisão das instalações elétricas tem o objetivo de limitar as consequências de uma 
falta, ou de defeito de um circuito que possua muitos pontos de utilização de energia, facilitar 
as verificações e manutenção e possibilitar o uso de condutores de bitola (área da seção circular) 
menor, já que seccionando em vários circuitos podemos dimensionar o condutor para suportar a 
corrente que vai passar somente por alguns pontos de utilização e não por todos.
O circuito é dividido a partir do Quadro de Distribuição Geral (QDG), conhecido como 
quadro de distribuição, e os pontos de consumo alimentados pelo mesmo dispositivode proteção 
(disjuntor) é considerado um circuito.
Utilizando a norma NBR 5410:2004 como base para procedência da divisão da instalação, 
o primeiro passo é separar os circuitos de iluminação e tomada, cada circuito então tem o seu 
próprio dispositivo de proteção, sendo que numa mesma instalação pode-se ter vários circuitos 
de iluminação e vários de tomada, separados um do outro. Em alguns casos específicos, este 
circuito pode estar junto, exemplo de um quarto de hotel.
Os pontos de tomadas de cozinhas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais 
semelhantes devem ser alimentados por circuitos destinados unicamente a estes locais, ou seja, 
cada um destes cômodos deve ter o seu próprio dispositivo de proteção.
Todo ponto de TUE ou equipamento com corrente nominal superior a 10 A deverá ser 
um circuito independente, tendo também cada um o seu disjuntor.
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Cada circuito deverá ter o seu próprio condutor neutro, cabe salientar que o condutor 
neutro tem um fluxo de corrente elétrica igual ao do condutor fase, e verificaremos que devido a 
isso o condutor neutro é dimensionado com uma área de seção circular igual ao condutor fase, 
sendo que cada circuito terá seu condutor dimensionado separadamente.
3.5. Ligação dos Circuitos Terminais
Os circuitos terminais em uma instalação elétrica predial são as lâmpadas e tomadas, 
vamos verificar como são feitas estas ligações na prática, quais condutores são utilizados e como 
é a disposição dos condutores nos eletrodutos. Vamos dividir estes circuitos em circuitos de 
iluminação e tomada.
3.5.1. Ligação dos circuitos de iluminação
No circuito de iluminação, temos a presença de 4 condutores. Junto ao QDG tem os 
condutores fase, neutro e proteção. A Figura 21 apresenta como é o esquema de ligação da 
lâmpada em um circuito, utilizando neste circuito duas lâmpadas, com dois tipos diferentes de 
interruptor. 
O condutor fase está conectado em um disjuntor monopolar no quadro, este é passado 
pelo eletroduto e vai até o interruptor. A ligação do interruptor para a lâmpada é feita por um 
condutor auxiliar conhecido como retorno, sua função é somente essa, ligar o interruptor à 
lâmpada. Fechando o circuito, temos o condutor neutro, que retorna ao quadro. Este é o caminho 
feito pela corrente elétrica que passa pela lâmpada.
Sempre que possível liga-se o condutor de proteção à carcaça da iluminaria, sendo este 
um condutor diretamente ligado ao aterramento da instalação, não deve nunca ser ligado junto 
ao condutor neutro.
Figura 21 - Esquema de ligação de circuito de iluminação. Fonte: Google imagens.
3.5.2. Ligação dos circuitos de tomadas
Os circuitos de tomadas não tem a presença do condutor retorno, já que este só aparece 
nos circuitos de iluminação. Os condutores presentes nos circuitos de tomadas são apenas o fase, 
o neutro e o proteção. A Figura 22 apresenta este esquema de ligação para uma ligação fase-
neutro.
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Figura 22 - Esquema de ligação de tomadas. Fonte: Google imagens.
 
Mantendo a mesma lógica de apresentação, como se fosse o sentido da corrente no 
circuito, o condutor fase sai do quadro, utiliza o eletroduto para chegar até a tomada, está tomada 
alimenta o equipamento ali ligado, e o condutor neutro fecha o circuito retornando ao quadro de 
distribuição. Este tipo de ligação é normalmente o que encontramos nas TUG. 
O padrão de tomada apresentado na Figura 22 é um padrão antigo, e foi mantido na 
figura, pois há muitas instalações antigas que ainda utilizam os padrões antigos de tomada. Após 
o ano de 2002, o governo brasileiro adotou um padrão novo e único de tomadas, com intuito 
de padronizar para todas instalações um único modo de alimentação de energia. A Figura 23 
apresenta o padrão antigo da Figura 22 e o novo padrão utilizado.
Figura 23 - Um dos padrões antigos de tomada e o novo padrão utilizado. Fonte: Google imagens.
Outro esquema de ligação normalmente feito pelas TUE, é a utilização de duas fases, 
sendo esta uma ligação bifásica. A Figura 24 apresenta um esquema de ligação de um chuveiro 
(TUE) que utiliza duas fases para sua alimentação.
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Figura 24 - Esquema de ligação de TUE, utilizando duas fases. Fonte: Google imagens.
 
Este esquema de ligação utilizando duas fases é muito comum para TUE, na qual a 
diferença de potencial fase-neutro é 127 V, pois nestas regiões a diferença de potencial fase-fase é 
220 V. Neste caso, a instalação destes equipamentos em 220 V traz a segurança da operação com 
uma corrente bem menor (quase metade) e a economia na possibilidade de uso de condutores 
com uma área de seção circular menor. 
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Prezado (a) acadêmico (a), esta unidade serviu para conhecermos um pouco mais os 
conceitos da eletricidade, que é nossa ferramenta de trabalho na instalação elétrica. Conhecemos 
também um pouco dos conceitos básicos de circuitos elétricos no intuito de entender como é 
dividida as instalações elétricas.
Esta unidade é de extrema importância para facilitar nosso entendimento nos projetos 
que vamos executar, os conceitos básicos de tensão e corrente já podem ajudar e muito no 
entendimento de como vamos proceder no projeto da instalação elétrica
Agora que entendemos um pouco mais sobre a eletricidade e circuitos vamos projetar a 
instalação elétrica e seus pontos de utilização.
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UNIDADE
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 31
1 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA BAIXA .................................................................................................... 32
2 - DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ......................................................................................................... 42
3 - DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTO .......................................................................................................... 45
4 - DIMENSIONAMENTO DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO .............................................................................. 46
5 - NOÇÕES DE LUMINOTÉNICA ............................................................................................................................ 51
5.1. CONCEITOS PARA O ENTENDIMENTO DE LUMINOTÉCNICA ....................................................................... 51
5.2. TIPOS DE LÂMPADAS ....................................................................................................................................... 52
5.3. ESTRATÉGIAS PARA CÁLCULO LUMINOTÉCNICO ........................................................................................ 53
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 59
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E LUMINOTÉCNICA
PROF. ME. ALEXANDRE COELHO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
SISTEMAS PREDIAIS E ELÉTRICOS
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INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), seja bem-vindo(a) ao estudo da disciplina de Sistemas Prediais. 
Esta é a unidade II de desenvolvimento dos estudos e pesquisas, sendo este um material básico 
dirigido aos conhecimentos da disciplina. Na unidade II, será apresentado como é feito o projeto 
elétrico em planta baixa, dimensionamentos de condutores, eletrodutos e dispositivos de proteção, 
além de uma ênfase aos circuitos de iluminação utilizando de forma introdutória os conceitos de 
luminotécnica.
 Na unidade I, foi apresentado um breve conceito do que se trata a energia elétrica e 
a introdução às instalaçõeselétricas prediais com a utilização da NBR 5410:2004. Na unidade 
II, vamos basicamente finalizar a parte de projeto elétrico iniciada na unidade I e conhecer a 
respeito de luminotécnica.
 Aprenderemos baseados na Norma Brasileira (NBR) da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT) 5410 do ano de 2004 e suas atualizações, como devemos proceder para realizar 
o dimensionamento dos elementos presentes na instalação elétrica.
Esta unidade foi dividida por tópicos e sub tópicos com intuito de apresentar o conteúdo 
de forma a estimular as reflexões, facilitar a busca ao apoio nas leituras complementares, consultar 
materiais no intuito de agregar com os temas apresentados nesta unidade.
Desejo a você, acadêmico(a), uma ótima aula e leitura proveitosa sobre os temas abordados 
na disciplina.
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1 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA BAIXA
Após dimensionarmos os circuitos de iluminação e tomadas, vamos verificar como é 
feito o projeto arquitetônico da instalação elétrica. Primeiramente vamos conhecer os símbolos 
utilizados na instalação elétrica.
A simbologia serve de auxílio para que todos os profissionais da área utilizem a simbologia 
padrão, de forma que todos possam interpretar e compreender um mesmo projeto, tanto o 
projetista quanto o executante vão utilizar o mesmo projeto, e independente da região do Brasil, 
onde este profissional atuar, esta simbologia é a mesma, de acordo com a NBR 5444:1989 e suas 
atualizações.
Há uma grande quantidade de símbolos utilizados, vamos conhecer os principais e aplicar 
em um exemplo como deve ser o emprego dos mesmos. A NBR 5444:1989 é a normalização dos 
símbolos utilizados e alguns destes ainda contam com símbolos usuais que ainda são empregados, 
por isso será apresentado tanto os símbolos usuais, quando estes existirem, quanto os da NBR.
A simbologia utilizada para iluminação pode ser verificada na Figura 1, sendo a simbologia 
a.1 da NBR5444 a mais empregada, vamos verificar algumas variações desta simbologia no 
exemplo prático.
Figura 1 - Simbologia empregada para circuito de iluminação. Fonte: NBR 5444:1989.
Faz parte do circuito de iluminação, os interruptores para acionamento das lâmpadas, 
já que o local do interruptor deve ser apresentado na planta baixa, há a simbologia específica 
para este item, neste caso a simbologia usual pode ser a mais encontrada, a Figura 2 apresenta os 
símbolos utilizados para representar os interruptores.
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Figura 2 - Simbologia utilizada na representação de interruptores. Fonte: NBR 5444:1989.
Os símbolos para representar os eletrodutos e os condutores utilizados são apresentados 
na Figura 3, cabe ressaltar que temos 4 tipos de condutores. Condutor fase, neutro, retorno e 
proteção, posteriormente vamos verificar como é feita a utilização de cada um deles.
Figura 3 - Simbologia utilizada para eletrodutos e condutores. Fonte: NBR 5444:1989.
Para finalizar os símbolos básicos, a Figura 4 apresenta os símbolos utilizados na 
representação das tomadas.
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Figura 4 - Simbologia de representação de tomadas. Fonte: NBR 5444:1989.
Utilizando o exemplo apresentado na Figura 20 da Unidade I, onde já dimensionamos as 
cargas de iluminação, TUG e TUE, com auxílio dos símbolos que agora conhecemos, vamos ao 
projeto da planta baixa. Primeiro passo é determinar a localização do quadro geral de distribuição, 
que deve ser mais centralizado possível, de forma que tenha o acesso facilitado, sem que haja 
qualquer equipamento em sua frente. A Figura 5 apresenta a localização do QDG deste exemplo 
e o seu respectivo símbolo na planta baixa.
Figura 5 - Localização do Quadro de Distribuição Geral na planta baixa em análise. Fonte: o autor.
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Pode haver mais de um quadro de distribuição em uma instalação elétrica, dependendo 
do tamanho da instalação, pode haver a necessidade de utilização de um quadro secundário ao 
QDG. Todos circuitos elétricos da instalação neste exemplo saem do QDG para alimentar os 
pontos de iluminação e tomadas.
Agora que já conhecemos a simbologia básica utilizada para o projeto da instalação em 
planta baixa. Como visto na divisão dos circuitos, podemos dividir em quantos circuitos forem 
necessários, desde que obedeçamos aos preceitos ditos pela norma. Para exemplificar, vamos 
dividir a instalação de iluminação em dois circuitos, como apresentado na Figura 6.
Figura 6 - Circuitos utilizados como exemplo para instalação de iluminação. Fonte: o autor.
O circuito 1 do exemplo será o circuito de iluminação que compõem a sala, o hall, o 
banheiro e o quarto. No circuito 2 temos o circuito de iluminação da área de serviço e da copa-
cozinha. Utilizando a simbologia, vamos primeiramente incluir na nossa planta os pontos de luz 
no teto (Figura 7), usando como exemplo o circuito 1 já definido.
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Figura 7 - Pontos de luz no teto do circuito 1 de iluminação. Fonte: o autor.
Cabe ressaltar, como já mencionado, que a potência de iluminação estabelecida pelo 
quadro de carga é do cômodo como um todo, e a divisão da quantidade de pontos de utilização 
no teto deve ser feita da maneira mais distribuída possível, utilizando inclusive potências de 
lâmpadas disponíveis no mercado. Não exatamente há a potência calculada no projeto disponível 
no mercado, quando este for o caso, a instalação deve ser feita com um nível acima do calculado, 
com as lâmpadas disponíveis. No exemplo, para facilitar o entendimento, foi utilizado somente 
um ponto de luz no teto.
Para que seja possível os pontos de utilização receberem a energia, é necessário que haja 
um caminho para a passagem dos condutores de forma segura, para isto utilizamos os eletrodutos 
(conduite). Os eletrodutos devem ser distribuídos de forma que percorram a menor distância 
possível, evitando custos desnecessários ao projeto. No circuito 1, do exemplo prático, temos 
os eletrodutos apresentados na Figura 8, estes traçam o caminho por onde os condutores que 
alimentam o circuito vão passar, podem ser utilizados como caminho para condutores de outros 
circuito, desde que atenda aos critérios de dimensionamento de condutores, que será apresentado 
na próxima unidade.
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Figura 8 - Disposição dos eletrodutos do circuito 1. Fonte: o autor.
Os condutores podem ser identificados por cores, prática esta que ajuda no momento 
de alguma manutenção e na segurança com o trabalho da eletricidade, que é regulamentado 
pela Norma Regulamentadora (NR) 10. As cores com que os condutores são identificados são as 
seguintes:
• Neutro: azul claro.
• Proteção: verde e amarelo ou verde.
• Fase: qualquer cor (exceto as anteriores), normalmente vermelho.
• Retorno: geralmente preto.
Entretanto é sempre bom confirmar se a instalação realmente respeita esta normalização 
de cores, pois nem sempre na prática é feito assim.
Os condutores que vão passar pelos eletrodutos são identificados pelo seus símbolos, 
como pode ser visto na Figura 9, os condutores que saem e/ou retornam do QDG para alimentar 
o circuito 1 de iluminação. Analisando a Figura 9, os eletrodutos apresentados na Figura 8 agora 
tem presente quais condutores vão passar por eles. Não necessariamente estes condutores estão 
ligados as lâmpadas, e a Figura 9 demonstra apenas quais condutores estarão presentes nos 
eletrodutos.
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Figura 9 - Condutores nos eletrodutospara alimentar o circuito 1. Fonte: o autor.
Como visto na ligação dos circuitos terminais, para ligação de lâmpadas utilizamos o 
condutor fase sempre no interruptor, que vai abrir ou fechar o circuito. O condutor retorno será o 
condutor auxiliar que vai então entregar a corrente elétrica necessária para alimentar a lâmpada. 
O neutro será o outro condutor ligado a lâmpada e que fecha o circuito. Vamos agora incluir 
no nosso projeto, os interruptores, como pode ser visto na Figura 10. Houve a necessidade de 
aumentar o número de eletrodutos.
Figura 10 - Eletrodutos, condutores e interruptores para o circuito 1. Fonte: o autor.
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Agora que conhecemos da ligação dos circuitos terminais, sabemos que o condutor 
fase não é conectado na lâmpada, ele é levado até o interruptor, que é representado pela letra 
S (símbolo usual). Do interruptor, é direcionado para um dos pontos da lâmpada o condutor 
retorno, no outro ponto da lâmpada está localizado o condutor neutro que retorna ao QDG e 
fecha assim o circuito.
Como em um mesmo eletroduto pode haver vários condutores de outros circuitos, para 
facilitar podemos identificar de qual circuito são cada um dos condutores, além de identificar os 
condutores de comando (dos interruptores), como apresentado na Figura 11.
Figura 11 - Identificação dos circuitos, dos comandos e da potência das lâmpadas. Fonte: o autor.
A Figura 12 apresenta também a identificação da lâmpada, com a potência do ponto de luz, 
a qual circuito ela faz parte, e a identificação de qual interruptor(es) faz(em) parte. Procedendo 
desta forma, obtemos o projeto da planta baixa de forma simples. Incluindo o circuito 2, que é o 
circuito de iluminação da área de serviço e da copa-cozinha, podemos verificar como este fica, 
como finalizado na Figura 12.
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Figura 12 - Circuito 1 e circuito 2 na planta baixa. Fonte: o autor.
Para exemplificar como é apresentado no projeto em planta baixa a ligação de tomadas, 
vamos utilizar uma tomada de uso específico. A Figura 13 faz a inclusão de um novo circuito, 
apresentado como circuito 3, sendo este para alimentar uma TUE, o ar-condicionado da sala.
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Figura 13 - Circuito de alimentação do ar condicionado da sala. Fonte: o autor.
O circuito 3 é responsável por alimentar somente este equipamento em específico, como 
deve ser para as outras TUE, neste caso é uma ligação bifásica, utilizando duas fases. Lembrando 
que as regiões onde as ligações fase-neutro têm uma diferença de potencial (tensão) de 127 V, a 
diferença de potencial entre fase-fase é 220 V.
Para as TUG, vamos proceder da mesma forma, seguindo as determinações da norma 
quanto a divisão da instalação e as informações quanto a ligação dos circuito terminais.
Os projetos elétricos também podem ser feitos utilizando softwares normalmen-
te utilizados pelos acadêmicos de engenharia civil, como o AutoCad e Revit, por 
exemplo, para verificar de forma básica como pode ser feito um projeto elétrico, 
segue um link com dicas bem simples de utilização. 
ME AJUDA ELÉTRICA. Como fazer um projeto elétrico básico e rápido no Auto 
Cad. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=uMpZpp63HDs>. 
Acesso em: 15 jan. 2019.
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2 - DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
Os condutores utilizados nas instalações elétricas prediais (baixa tensão) podem ser de 
Cobre (Cu) ou Alumínio (Al), sendo o cobre mais utilizado. A função do condutor é fazer com 
que a energia chegue aos pontos de consumo, ou seja, ter tensão elétrica entre os dois pontos da 
tomada, por exemplo, capaz de fornecer corrente para utilização dos equipamentos. A resistência 
projetada para ser a menor possível, para diminuir ao máximo a perda pela passagem da corrente 
elétrica, principalmente pelo efeito Joule.
O dimensionamento de condutores é de extrema importância na instalação elétrica. A 
partir das potências instaladas nos circuitos, é possível verificar o nível de corrente elétrica, tendo 
o condutor que suportar estes níveis de corrente, sem perder suas características de isolamento 
e física.
O isolamento dos condutores normalmente são de PVC (cloreto de polivinil), estes são 
projetados com valores limites de tensão e corrente elétrica onde podem ser utilizados.
Os critérios utilizados para dimensionamento de condutores são:
• Critério das seções mínimas: são valores fixos já determinados pela NBR5410:2004, 
em que para cada tipo de circuito tem-se um mínimo que deve ser utilizado.
• Critério da capacidade de condução de corrente: como os circuitos já foram definidos 
neste momento do projeto, e é conhecida a potência instalada para cada um deles, 
podemos obter qual a corrente demandada por cada circuito e verificar se o critério das 
seções mínimas atende os limites de corrente para cada um dos condutores. São utilizadas 
tabelas que podem ser verificadas qual nível de corrente suportado pelos condutores, 
levando em consideração a área da seção circular de cada um deles.
• Critério do limite de queda de tensão: são feitos cálculos para cada um dos circuitos, 
com intuito de obter quais são as quedas de tensão, caso seja necessário, são utilizadas 
tabelas para reajustar o condutor, isso ocorre quando os níveis de queda de tensão estão 
acima dos níveis aceitáveis, que vai depender de circuito para circuito. 
Para as instalações prediais de pequeno porte, que é o nosso exemplo utilizado até o 
momento, o critério das seções mínimas normalmente é suficiente e o mais empregado. A Tabela 
1 apresenta as seções mínimas dos condutores para os circuitos de uma instalação predial. 
Tabela 1 - Seção mínima dos condutores para cada circuito. Fonte: NBR 5410:2004.
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O condutor neutro será diferente do condutor fase somente quando o condutor fase tiver 
seção acima dos 25 mm², já o condutor proteção (terra) terá valor diferente somente quando o 
condutor fase tiver seção acima dos 16 mm², situações estas que não vão ocorrer numa instalação 
elétrica predial.
Para as TUE, verificamos qual será a corrente para cada um dos equipamentos e por meio 
das tabelas da capacidade de condução de corrente definimos qual vai ser o condutor utilizado, 
sempre escolhendo um valor acima da corrente nominal do equipamento. A Figura 14 apresenta 
uma tabela com a capacidade de corrente dos condutores devido sua área de seção circular, 
quantidade de condutores carregados e a maneira de instalação que é apresentada na Figura 15.
Figura 14 - Capacidade de corrente dos condutores. Fonte: NBR 5410:2004.
De acordo com a Figura 15 a maneira de instalação que utilizaremos é a B1 (tipo de 
instalação: embutida, condição: eletroduto circular em alvenaria). Um condutor de 2,5 mm² com 
dois condutores carregados suporta então uma corrente de 24 A, como está destacado na Figura 
14.
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Figura 15 - Escolha da instalação do condutor elétrico em função da localização e do tipo de instalação. Fonte: NBR 
5410:2004.
Para circuito de pequeno porte, o critério das seções mínimas normalmente são suficientes, 
sendo necessário a utilização de outros métodos, somente se os circuitos em questão trabalharem 
com uma corrente superior ao determinado aos condutores de 1,5 mm² no caso da iluminação e 
2,5 mm² no caso das tomadas de uso geral.
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3 - DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTO
O eletroduto tem a função de ser poronde os condutores passam para chegar aos pontos 
de utilização, já que a maior parte de nossas construções são de alvenaria, o eletroduto é o caminho 
dos condutores. Além de ser o caminho dos condutores ele serve para proteger a fiação elétrica, 
também possuem características anti-chamas, com intuito de evitar a propagação de possíveis 
incêndios causados por curto-circuito ou aquecimento excessivo dos condutores.
Devido as características dos eletrodutos, e o projeto feito para suportar as deformações 
que podem ocorrer na construção, deve-se respeitar a norma NBR5410:2004 na compra de 
produtos que sejam destinados a esse fim, sem que seja feita adaptações de outros produtos para 
esta utilização.
Os eletrodutos podem ter uma estrutura rígida ou flexível como apresentado na Figura 
39.
Figura 16 - Tipos de eletrodutos. Fonte: Google imagens (2019).
Após a montagem do eletroduto, é importante que os condutores possam ser instalados 
com facilidade, e também retirados com facilidade no caso de alguma manutenção. O 
dimensionamento pode ser feito a partir de cálculos da quantidade de ocupação de acordo com 
o diâmetro dos eletrodutos.
De forma a facilitar este dimensionamento, podemos utilizar uma média com tabelas que 
apresentam quantos podem ser os condutores em um eletroduto de acordo com seu diâmetro. 
Basicamente uma boa média é que os condutores não ocupem mais que 40% dos eletrodutos 
(Figura 17), por questões de manobra e questões de segurança, já que a passagem de corrente 
elétrica pelos condutores resulta em um aquecimento, devido ao efeito Joule.
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Figura 17 - Ocupação de condutores em um eletroduto. Fonte: Google imagens (2019).
Um exemplo de uma tabela que pode ser utilizada para determinar o diâmetro do 
eletroduto a partir da quantidade de condutores devido a sua seção circular pode ser verificada 
na Figura 18.
Figura 18 - Tabela de condutores por eletroduto, devido sua área de seção circular. Fonte: Google imagens (2019).
4 - DIMENSIONAMENTO DE DISPOSITIVOS DE 
PROTEÇÃO
Os dispositivos de proteção são responsáveis por possibilitar a divisão da instalação 
elétrica em vários circuitos, além de proteger a instalação e hoje em dia os choques elétricos.
De acordo com a norma NBR 5410:2004, todo condutor fase de uma instalação deve 
ser protegido por um ou por mais dispositivos de proteção. Os dispositivos devem interromper 
sobre correntes antes de danificar os condutores e materiais próximos devido efeitos térmicos e 
mecânicos, como a isolação por exemplo.
As sobre correntes podem ser ocasionados por uma sobrecarga ou por um curto-circuito.
A sobrecarga pode ocorrer devido uma falha de projeto, quando se dimensiona a potência 
de um circuito por exemplo, e por ele acaba sendo instalada uma potência acima da esperada. 
A sobrecarga pode acontecer de forma transitória também, quando um equipamento é ligado 
de forma rápida em uma tomada para qual não foi projetado para operar, devido a isso há um 
tempo de resposta para que o dispositivo de proteção atue, já que uma sobrecarga transitória, 
nem sempre traz prejuízos a instalação elétrica. Na sobre carga a corrente elétrica normalmente 
está um percentual acima do valor nominal, até um máximo de vezes, nem sempre a atuação do 
dispositivo de proteção é instantânea.
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O curto-circuito é caracterizado por correntes elevadíssimas (conceitualmente curto-
circuito é a corrente elétrica tendendo ao infinito), normalmente com valores 1000 a 10000 vezes 
maior que o valor nominal de corrente daquele circuito. São ocasionadas por defeitos graves e 
ocorre a atuação instantânea dos dispositivos de proteção. 
Em ambos os casos de sobre corrente, seja por sobrecarga ou curto-circuito, para 
instalações elétricas prediais, podemos utilizar os disjuntores termomagnéticos.
Os condutores fase de cada um dos circuitos que saem do quadro de distribuição passam 
por um disjuntor termomagnético. A corrente exigida pelo circuito que passa por este condutor 
vai determinar se o disjuntor vai entrar em operação (desarmar, abrir o circuito) ou não. A 
Figura 19 demonstra em destaque o condutor fase (vermelho) sendo ligado nos disjuntores 
termomagnéticos, fica evidenciado neste caso que uma mesma fase alimenta vários circuitos 
desta instalação.
Figura 19 - Condutor fase ligado aos disjuntores termomagnéticos para alimentar os circuitos da instalação. Fonte: 
Google imagens (2019).
Os disjuntores termomagnéticos atuam de duas maneiras, por um atuador térmico e 
um atuador magnético. Para conhecer melhor um Disjuntor Termomagnético (DTM) podemos 
analisar a Figura 20, que apresenta o aspecto construtivo e as principais partes de um DTM.
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Figura 20 - Aspecto construtivo principais parte de um DTM. Fonte: Google imagens (2019).
A alavanca é a parte responsável por fechar ou abrir o circuito, e é a parte que nos usuários 
utilizamos para atuar no DTM. Os bornes (4 e 9) são onde conectamos os condutores, sendo o 
borne 4 o de entrada e o borne 9 o de saída para o circuito e instalação elétrica, sendo assim a 
corrente que alimenta o circuito passa pelo disjuntor. 
O atuador térmico (3) é composto por uma lâmina de um material bi metálico, este 
quando opera em temperaturas suportáveis dentro de um projeto não vai atuar e fazer com que o 
DTM abra o circuito. Quando em temperaturas acima do valor projetado, esta lâmina vai sofrer 
uma depleção ocasionando na abertura do circuito. Como a passagem de corrente ocasiona em 
aquecimento pelo fato do efeito Joule, esta lâmina é projetada para atuar com um nível de corrente 
que vai ser suficiente ou não para fazer com que a lâmina atue.
O atuador magnético (7) consiste em uma bobina, que vai criar um campo magnético 
para atrair uma peça móvel que faz com que o circuito abra, ou mantenha-se fechado. O que 
determina se o campo magnético é capaz de atrair ou não está peça móvel é a corrente elétrica 
que passa pela bobina.
Os disjuntores para instalações elétricas prediais podem ser monopolares, bipolares 
ou tripolares, com apresentado na Figura 21. Os disjuntores monopolares são utilizados para 
instalações monofásicas que utilizam somente uma fase, os bipolares para duas fases e os tripolares 
para três fases.
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Figura 21 - Disjuntores monopolar, bipolar e tripolar. Fonte: Google imagens (2019).
Acerca do dimensionamento dos disjuntores, segundo a NBR 5410:2004, para que a 
proteção dos condutores contra sobrecargas fique assegurada, é apresentada a Figura 22. Para 
entendermos a Figura 22, devemos considerar que:
• IB: corrente nominal de projeto do circuito (A).
• IZ: capacidade de condução de corrente dos condutores (A).
• IN: corrente nominal do dispositivo de proteção (A).
• I2: corrente de atuação do disjuntor (A).
Figura 22 - Dimensionamento de DTM. Fonte: Google imagens (2019).
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Analisando a Figura 22, vemos que a corrente nominal do dispositivo de proteção tem 
que estar entre a corrente nominal de projeto do circuito, que podemos calcular quando fazemos 
o quadro de cargas, e a capacidade de condução de corrente dos condutores. 
Como o DTM é para proteção da instalação, ele tem que estar abaixo da capacidade de 
corrente do condutor, pois se estiver acima vai abrir o circuito somente após a corrente suportado 
pelo condutor. 
A corrente suportada pelo DTM deve estar situada acima da corrente nominal do circuito, 
pois se estiver abaixo deste valor o disjuntor sempre vai abrir o circuito. O termo abrir o circuito 
é exatamente o que o DTM faz,

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