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Psicologia social - aula 4

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Cognição Social
Profª Ariana ferreira carneiro
Centro universitário Alves faria
Cognição social
São processos cognitivos que dizem respeito à nossa compreensão e explicação sobre nós mesmos e outras pessoas.
Envolve diferentes níveis de processamento: essa compreensão pode ser instantânea, ou pode vir de análises lentas e graduais.
Rapidamente construímos nossa compreensão e julgamento sobre os outros, mas não raro cometemos erros de julgamento por isso.
Compreensão sobre nós e sobre outros
Nossas ações no mundo, pensamentos e sentimentos com relação às outras pessoas dizem respeito à cognição social.
Psicologia do senso-comum: pensamos em outras pessoas, sobre nosso mundo social, o tempo todo, na tentativa de compreendermos como e porque as pessoas se comportam de determinadas formas. Também tentamos entender nossos próprios comportamentos e intenções o tempo todo.
Psicologia leiga
Nossos conhecimentos sobre intenções e desejos foram sendo construídos e passados ao longo de todo nosso desenvolvimento enquanto espécie.
Para compreender de que forma esses conhecimentos foram sendo adquiridos, é importante analisar a história de desenvolvimento do nosso ambiente social.
Problemas adaptativos para nossa espécie: evitar predadores, encontrar alimentos, formar alianças, ajudar crianças e parentes, entender a mente dos outros, comunicar-se com os outros, selecionar parceiros sexuais.
Evolução humana
Teoria da mente modular: a mente é composta por vários módulos que se interrelacionam como uma estrutura inata que se desenvolveu naturalmente, tal como órgãos biológicos.
Tais módulos mentais surgiram a partir de nossa adaptação a diferentes ambientes e condições de sobrevivência.
A evolução humana e o crescimento dos grupos sociais colocaram a importância de construir alianças e coalizões: desenvolvimento de formas de linguagem.
Pacto do altruísmo recíproco
Para nossa sobrevivência, foi preciso formarmos alianças de colaboração: eu te ajudo e você me ajuda.
Grupos foram “descobrindo” mecanismos de como lidar com quem não ajudava os demais.
Nossa memória tem papel importante nesse processo, pois registramos nossos encontros anteriores com outras pessoas e determinamos o que esperar delas ou não.
Contabilidade social: mecanismos para atribuir diferentes valores a diferentes ações produzidas socialmente.
Inteligência social
A convivência em grupos nos possibilitou desenvolver cada vez mais nossa inteligência social: formação de alianças estáveis e grupos sociais coesos.
“Módulo de leitura da mente”: permitiu que fizéssemos suposições e inferências sobre o que outros pensam, tendo por bases seus comportamentos e linguagem.
Ações são causadas por processos mentais, como crenças e desejos.
“A psicologia leiga não é uma invenção cultural”, ela seria inata.
A perspectiva apresentada no texto é uma versão de várias que buscam explicar a nossa evolução como espécie.
Linguagem e altruísmo recíproco
Teoria de que a linguagem apareceu como mecanismo para ajudar humanos na caça e defesa contra predadores (informações sobre nosso ambiente físico).
Teoria de que a linguagem surge para que possamos transmitir informações sobre nosso ambiente social.
Para vivermos em grandes grupos, precisamos de mecanismos para fornecer informações sobre os membros do grupo.
Características da cognição social
O indivíduo como avarento cognitivo: não utilizamos toda nossa capacidade cognitiva; o mundo, por se complexificar cada vez mais, faz com que utilizemos “atalhos” cognitivos para compreendê-lo.
Orientação para processos: recebemos a informação (sensações e percepções), codificamos o que recebemos, armazenamos as informações na memória, resgatamos esta memória, realizamos inferências baseados nisso.
Pessoas como agentes causais: somos impulsionados internamente para nossos objetivos e ações, e todos têm agendas internas que buscam seguir (que não temos acesso por não serem observáveis.
Características da cognição social
Percepção mútua: nós percebemos as pessoas, e elas também nos percebem. A percepção mútua tanto nos afeta quanto afeta as outras pessoas.
Centralidade do eu: pela percepção ser uma via de mão dupla, vamos modificando as nossas próprias percepções a partir disso, vamos ajustando nossas crenças, comportamentos e julgamentos a partir disso.
Qualidade da percepção: fatos não-observáveis são difíceis de verificar, portanto desenvolvemos técnicas (instrumentos, testes, escalas, modelos, respaldo coletivo) para nos aproximarmos ao máximo possível da verdade.
Características da cognição social
Orientação pragmática (tático-motivada): “o pensamento tem por objetivo a ação”. Nosso pensamento surge em função do planejamento e preparação para as interações do indivíduo no grupo social. Pensamos para agir, elaboramos estratégias políticas e sociais na busca de êxito nas nossas interações.
A cognição social é tanto causa quanto efeito das nossas interações.
Predominância dos processos automáticos (indivíduo como ator-ativado): os processos automáticos não são acessíveis à consciência, são os processamentos e resgates da nossa memória no momento em que entramos em contato com o mundo social, que engatilham nossas reações e comportamentos.
Schemas
Nome bonito para designar os nossos esquemas internos: estruturas cognitivas compostas pelos conhecimentos que colhemos no decorrer de nossa interação social. São pré-concepções e teorias que desenvolvemos a respeito de pessoas e eventos.
Temos schemas sobre pessoas, como se comportar em determinadas situações, sobre diferentes papeis sociais, diferentes objetivos sociais, o que esperamos sobre determinadas pessoas que ocupam papeis sociais...
Self-schemas
Desenvolvemos schemas também sobre nós mesmos, nossos papeis sociais, sobre o que esperamos de nossa atuação social, mas não necessariamente temos schemas sobre todos os aspectos do nosso eu.
Tendemos a lembrar mais de aspectos que são mais importantes para nós.
Tendemos também a dirigir mais a nossa atenção a partir das informações que recebemos e quais schemas são ativados a partir disso. Isso também influencia nossa memória: vamos lembrar de detalhes mais importantes que sejam influenciados por isso. 
Atribuições
Por sermos agentes causais, tendemos a inferir causas aos comportamentos e eventos que percebemos de nós mesmos e do mundo social que nos cerca.
O processo de atribuir causas também é um processo afetivo e que molda nossos comportamentos futuros.
Weiner (2000,2005) propõe a teoria da atribuição interpessoal e a teoria da atribuição interpessoal.
Teoria da atribuição intrapessoal
Quando lidamos com determinados eventos em nossa vida, desencadeamos respostas emocionais e buscamos as causas destes eventos em relação a nossos comportamentos.
Dimensões de análise dos eventos: locus (causas internas ou externas), estabilidade (estável ou instável) e controlabilidade (controlável ou incontrolável).
Locus: a causa do evento diz respeito à aspectos internos da pessoa ou à razões externas, do ambiente?
Estabilidade: a causa do comportamento vem de fatores permanentes, constantes, ou mutáveis?
Controlabilidade: as causas estão dentro das nossas possibilidades de controle?
Teoria da atribuição interpessoal
A tridimensionalidade (locus, estabilidade e controlabilidade) também se enquadra quando buscamos atribuir causas aos comportamentos de outras pessoas.
 No caso da atribuição intrapessoal: analisamos se o evento correspondeu ou não aos nossos objetivos.
Na atribuição interpessoal: a outra pessoa é responsável ou não pelo evento que ocorreu, e nossas respostas afetivas e comportamentais diante do evento serão moduladas por essa atribuição de responsabilidade. 
Para visualizar: interpessoal
Processos da Cognição Social
Schemas e atribuições são os principais CONTEÚDOS sobre os quais formamos nossa cognição.
Os principais PROCESSOS de formação da cognição social dizem respeito a: atenção, memória e inferência.
Atenção
 Nossa atenção é formada pelos processos de codificação e consciência.
Codificação:experienciamos o estímulo a partir dos nossos sentidos e transformamos ele na nossa consciência em algo que ficará na nossa memória temporariamente ou permanentemente.
Consciência: é o conhecimento que temos em um determinado momento.
Principal característica da atenção: ela é limitada.
Tanto o mundo interno quanto o externo possuem informações complexas e multifacetadas. 
Atenção
Direcionamos a nossa atenção ao que estiver mais saliente no ambiente, e está saliência é determinada pelo contexto.
Nossa atenção fica focada dependendo do conteúdo dos nossos schemas e do objetivo que temos naquele momento.
Iremos atribuir causalidade aos estímulos que estivermos prestando mais atenção naquele momento.
O estímulo que chamar mais nossa atenção também aumenta a probabilidade de ser o mais lembrado.
Memória
Nossos objetivos, nosso envolvimento na situação e a impressão geral que formamos sobre os estímulos têm grande impacto no quanto vamos lembrar da situação posteriormente.
Para memorizar é mais eficaz tentarmos criar uma impressão ou descrição geral do estímulo do que tentarmos guardar informações de maneira isolada (tendência de organizarmos as informações em um todo coerente).
Quanto mais traços e mais informações para organizarmos nossas impressões, melhor a memorização.
Inferência
O que fazemos com a informação que obtivemos com a nossa atenção e memória? Como fazemos para ir além da nossa capacidade de receber e guardar informações?
Melhorando a qualidade das nossas inferências: problemas de inferências e julgamentos ocorrem quando utilizamos nossa capacidade cognitiva sem o auxílio de um bom conhecimento normativo.
Lidamos com um mundo cheio de informações confusas, imprecisas, complexas, aleatórias.
Inferência
Principais limitações da inferência: dados aleatórios, dados incompletos e profecia autorrealizadora.
Dados aleatórios: tendemos a ver ordem onde não existe e percebemos processos coerentes onde não há coerência. Consideramos eventos aleatórios como aqueles que não possuem uma “ordem aparente”.
Criamos “atalhos cognitivos” (heurísticos) para simplificar e facilitar nossa inferência e julgamento.
Inferência
Interpretando dados incompletos: estamos suscetíveis à inferir causas a situações para buscar confirmação positiva sobre nossas crenças e experiências. Mesmo que estas causas não sejam provadas na realidade, nossas crenças ajudam a preencher os “buracos” da compreensão.
Profecia autorrealizante: nossa expectativa acaba provocando nosso comportamento no sentido de confirmar esta expectativa. Expectativa -> ação confirmatória.
Lidando com erros de inferência: devemos estar dispostos a aprender com as experiências, nos aperfeiçoar, revisitar antigos conceitos.

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