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Planejar é preciso... planejar é legal! Altair Damásio Dias Diretor da Divisão de Compras do DSG/UFMG Planejamento... acredito que esta seja a palavra dos sonhos dos compradores de todos os órgãos públicos! Porém, torna‐se necessário que este sonho vire realidade. Nesse período que antecede ao Natal, em que “comprar” é o verbo mais conjugado por todas as pessoas do presente do indicativo, os compradores públicos recebem uma verdadeira avalanche de pedidos, resultando, além do aumento da demanda, em uma corrida contra o relógio. Afinal, o Governo Federal acaba de definir o dia 07(sete) de dezembro como a data limite para o empenhamento de despesas dentro do ano de 2007. Começa a contagem regressiva... A princípio, por que às vezes essa data é prorrogada, têm‐se exatos 57(cinqüenta e sete) dias para encerrar as atividades de compras. Já podemos imaginar o desdobramento de toda a equipe: pregoeiros julgando, ordenadores homologando, setores financeiros empenhando, o Siafi ficando lento devido ao excesso de usuários, a necessidade de ficar até mais tarde, enfim, tudo que sempre acontece todo final de ano. Esse cenário nos obriga a raciocinar à procura de alternativas e buscar parcerias entre solicitantes, ordenadores de despesas e compradores para planejar (não é utopia!) as compras do próximo exercício. Essa vertente já foi abordada no item 4 da página 1 no Manual de Procedimentos de Compras e Contratações da Universidade, versão 1998, onde consta que as compras devem ser planejadas para evitar o fracionamento da despesa. Orientação que encontra ressonância no Manual de Orientações Básicas sobre Licitações e Contratos do Tribunal de Contas da União, precisamente na página 43 – acesse este Manual clicando aqui. Os caminhos se convergem e o “circuito” se fecha com a promulgação do Decreto Federal de nº 6.204, de 05 de setembro de 2007, que regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações públicas de bens, serviços e obras, no âmbito da administração pública federal. No seu inciso II do artigo 2º é definido que: “... 2º Para a ampliação da participação das microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações, os órgãos ou entidades contratantes deverão, sempre que possível: I‐... II‐ estabelecer e divulgar um planejamento anual das contratações públicas a serem realizadas, com a estimativa de quantitativo e de data das contratações;” É do conhecimento de todos que a área de compras e de finanças públicas possui, além do volume de trabalho, uma legislação complexa e a fiscalização contínua, mas os profissionais que permanecem nessa área adquirem um prazer e paixão pelo que fazem. Isso me faz lembrar uma frase dita por uma compradora durante um treinamento ocorrido, no século passado (não tão longe como se imagina!) na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, na cidade de Uberaba‐MG. Sempre cito essa frase e a sua autora (Salete, então compradora do Hospital das Clínicas da UFMG): “‐ Comprar tá na veia!” Metaforicamente falando, para evitar que os hemogramas dos compradores/servidores da área contábil sejam comprometidos pelo estresse que a falta de planejamento produz e ocasionar algum tipo de “colapso” http://www.ufmg.br/dsg/arquivo/Procedim.doc http://www.ufmg.br/dsg/arquivo/Procedim.doc http://www2.tcu.gov.br/portal/page?_pageid=33,448475&_dad=portal&_schema=PORTAL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6204.htm tanto dos setores de compras e finanças quanto da saúde de seus servidores, o planejamento das compras deve ser estudado e implantado o mais rápido possível. Com ele poderemos criar cronogramas de licitações, elaborar editais com mais tranqüilidade, definir as melhores datas de acordo com o objeto, aglutinar pedidos que visem aquisições assemelhadas e, conseqüentemente, evitar o fracionamento das despesas. O título desse artigo é mais que um trocadilho e estabelece o início de uma campanha de aproximação entre solicitantes, ordenadores de despesas e compradores. Esta aproximação é uma necessidade para o melhor desempenho de nossos trabalhos e para atendimento da legislação das compras públicas. Enquanto Diretor da Divisão de Compras do Departamento de Serviços Gerais da UFMG, encerro esse texto com a frase que digo sempre à minha equipe e aos demais compradores da instituição nos treinamentos da área: “Quanto mais eu licito, mais tranqüilo eu fico! Boas compras companheiros!
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