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Descoberta de novas espécies de tamanduaí na Amazônia

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Equipe da UFMG descobre 2 novas espécies de
tamanduaí
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriu duas
novas espécies de tamanduaí, um tipo raro de tamanduá, com cerca de 50 centímetros, que
vivem nas margens dos rios Xingu, na Amazônia, e Madeira, em Rondônia. A descoberta é
resultado de uma pesquisa feita ao longo de dez anos e está registrada na tese de doutorado da
veterinária Flávia Miranda.
O orientador da pesquisa, o professor-doutor Fabrício Santos, do Departamento de Zoologia do
Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB), explica que o resultado é mais amplo. Ele
descreve três novas espécies (sendo que duas delas nunca haviam sido vistas) e também eleva à
categoria de espécie três subespécies de tamanduaí.
O primeiro resultado prático da descoberta é que esses animais descritos, bem como seu habitat,
poderão receber mais proteção por parte do estado. Até então, só se conhecia uma espécie do
animal (Cyclopes didactylus), que vive no norte da Amazônia, entre as Guianas e o Maranhão, e
na região da Mata Atlântica, no Nordeste do Brasil.
Por Redação Boas Novas - 23 de Fevereiro de 2018
Nova espécie de tamanduaí, um tipo raro de tamanduá, foi descoberto por pesquisadores da UFMG. Foto - Flávia Miranda -
Divulgação
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Pesquisadores da UFMG colhem amostra de sangue de tamanduaí para análise no laboratório da universidade. Foto – Flávia Miranda
Mas a descoberta mostra também, segundo o professor Fabrício, que há ainda muito para se
conhecer sobre a biodiversidade brasileira, que é uma das mais ricas do mundo. “As pessoas
acham que está tudo estudado e conhecido sobre a biodiversidade. Não está. Pesquisas como
essa mostram quais as áreas precisamos conservar, uma vez que se não conservamos, corremos
o risco de ver extinta uma espécie, como deve ter ocorrido já com várias”, assinala o professor
Fabrício.
Mais proteção
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Ao longo de dez anos, foram realizadas 19 expedições na região amazônica e da Mata Atlântica
em busca de amostras de sangue da única espécie de tamanduaí até então conhecida.
“Queríamos saber se as espécies encontradas na Amazônia eram as mesmas que habitavam a
região da Mata Atlântica, mas encontramos três espécies até então desconhecidas. Além disso,
por meio de análises, conseguimos reclassificar alguns animais, elevando outras três subespécies
à categoria de espécie”, contou a veterinária Flávia, segundo boletim divulgado pela assessoria
de imprensa da UFMG.
O material colhido foi submetido a análise de DNA no laboratório de Genética do ICB e foi
desenvolvido também um extenso estudo morfológico, que buscava observar as características
físicas dos animais. De acordo com a veterinária Flávia, foram comparados cerca de 300 animais
guardados em coleções de diversos museus espalhados pelo mundo.
“Observamos a coloração do dorso, membros anteriores e posteriores, a coloração da cauda e o
tamanho e formato do crânio. Encontramos cerca de 10 características morfológicas que, aliadas
às características genéticas verificadas em laboratório, possibilitaram a descrição das novas
espécies”, conta Flávia Miranda.
Com as descobertas, os pesquisadores já entraram em contato com o governo brasileiro e com
organizações internacionais de conservação da natureza, pedindo que seja iniciado um processo
para avaliar o status de ameaça a essas novas espécies. “Precisamos investigar a distribuição
geográfica desses tamanduaís, coletar mais material para análise e elaborar estratégias de
conservação para aqueles que estejam ameaçados”, assinala a veterinária Flávia.
Os tamanduás brasileiros
Até o início da pesquisa, eram reconhecidas apenas três espécies de tamanduás no Brasil:
bandeira, que vive no solo, o mirim, que vive entre o solo e árvores, e o tamanduaí, que é
arborícola, ou seja, vive em árvores. “Os bichos também têm suas frescuras”, brinca o professor
Fabrício. No caso das duas novas espécies descobertas, elas vivem em matas ribeirinhas – no rio
Xingu e Madeira.
Todos os tamanduás pertencem ao grupo dos Xenarthra, que inclui outros mamíferos como os
tatus e o bicho-preguiça. O tamanduaí é um mamífero pequeno, de hábitos noturnos, que vive
nas copas das árvores e se alimenta de formigas. Com a conclusão do estudo realizado pelo
grupo de pesquisadores brasileiros, agora estão descritas sete espécies de tamanduaís. Por
enquanto, as novas receberam apenas nomes científicos.
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Grupo de tamanduaís empalhados, usados pelos professores da UFMG como material de pesquisa. Foto – Marco Schetino
O trabalho dos pesquisadores da UFMG resultou em um artigo publicado no Zoological Journal of
the Linnean Society, de Londres. Assinam o artigo (Taxonomic review of the genus Cyclopes
Gray, 1821 (Xenarthra, Pilosa), with the revalidation and description of new species), além do
professor Fabrício e da veterinária Flávia Miranda, Daniel Casali, Fernando Perini e Fábio
Machado.
 Link para o artigo:
https://academic.oup.com/zoolinnean/advance-article-abstract/doi/10.1093/zoolinnean/zlx079
/4716749?redirectedFrom=fulltext
Redação Boas Novas
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