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Revoluções.

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I. Análise das causas das revoluções em cada forma de governo em Aristóteles.
Para Aristóteles a democracia e a oligarquia são formas de governos corrompidos e fadados a revoluções. O quinto capítulo do livro se inicia com uma explanação de que, muitas formas de governo, foram instituídas por homens que concordavam de modo unânime que a Justiça é a igualdade proporcional.
Desta forma, ao falar sobre a democracia, o autor afirma que as revoluções, nessa forma de governo, “originam-se na noção que os cidadãos sendo iguais sob muitos aspectos, seriam iguais em todos os aspectos, e porque os homens são igualmente livres, eles reclamam igualdade absoluta”, ou seja, nesse aspecto, todos pretendem participar de tudo igualmente.
Nesse sentido, percebe-se que o fator que gera essa tendência revolucionária é desejo de igualdade. Portanto, numa democracia, se alguns tiverem mais privilégios que outro isso poderia levar a uma revolução, pois, conforme as palavras do autor, “os que são inferiores se revoltam a fim de serem iguais e os que são iguais a fim de serem superiores”.
Quanto a Oligarquia, o autor afirma que as causas das revoluções nesse tipo de governo se baseiam na noção de que, “visto que nascem desiguais em certos aspectos, seriam desiguais em todos os aspectos, sendo desiguais quanto à propriedade eles supuseram serem desiguais de modo absoluto”, assim o povo se revolta buscando ter uma maior participação.
Seguindo esse raciocínio, pode-se concluir que quando um governo aplica seu modelo de justiça de forma absoluta, ele falha e, sendo assim, quando os cidadãos, tanto na democracia quanto na oligarquia, não estão satisfeitos com seu modelo de governo, isso causa as revoluções.
[....] os partidários da democracia, por se suporem iguais, pretendem participar de tudo igualmente, ao passo que os oligarcas por serem desiguais, querem uma participação maior, visto que essa maior participação estaria em conformidade com sua desigualdade.( ARISTOTELES, 2012,p.179)
Outro fator que gera as revoluções é o desejo por desigualdade, são aqueles que se julgam nobres em decorrência da riqueza hereditária, ou melhor, por serem “bem nascidos” pretendem ter direitos desiguais.
Neste aspecto, percebe-se então que a ganância, o desejo de alcançar fortuna e honrarias, cumulado com o medo de perdê-las, tem um grande poder de criar revoluções onde, muitas vezes, não é, nem mesmo para obter para si, mas para ver outros homens com mais riquezas que eles.
Nessa senda, a ganância gera as revoluções quando os magistrados tendem a serem insolentes e gananciosos fazendo com que a população se rebele contra eles e contra a constituição que propicia tal estado das coisas.
Outro fato que leva as revoluções é quando há superioridade na democracia onde, uma ou várias pessoas tem um poder muito grande em relação a cidade ou ao poder no governo e essa é uma circunstancia que, no geral, leva a uma monarquia ou a uma dinastia oligárquica.
Outra causa de revolução é o medo, quando os culpados se rebelam por temer a punição, ou prevendo um atentado.
Pode-se falar também do desprezo, quando numa democracia os ricos demonstram desprezo pela desordem da cidade. Dessa forma, foge de seu controle a movimentos sociais, que possa gerar revoluções.
Outra causa é o crescimento desproporcional da cidade, quando o número de ricos em uma democracia cresce desproporcionalmente e acaba mudando o governo para uma oligarquia.
Pode também acontecer uma mudança de governo sem uma revolução, quando o governante que assume o governo, muda a forma de governo, v.g, de uma oligarquia para um governo constitucional chamado de manobra eleitoral. 
Mudanças imperceptíveis também podem ser causa de uma revoluções, quando o povo se mostra negligente a uma mudança.Pode-se citar o exemplo dado por Aristóteles, no ocorrido na cidade de Ambrácia:
Onde a qualificação por posses foi sendo abrandada gradativamente e, no fim, os cidadãos passaram a ocupar magistraturas em ter propriedades, pois pareceu aos cidadãos de Ambrácia que uma qualificação pequena era o mesmo que nenhuma. (ARISTOTELES, 2012 p.184 )
A diversidade das Raças dentro de um território também pode ser a causa de uma revolução, quando o número de estrangeiros começam a crescer demasiadamente eles podem entre si, organizar uma revolução a fim de conquistar o domínio territorial. 
Como também a posição geográfica do território, sendo ela dividida por algum fator geográfico, como rio, as duas partes mesmo sendo da mesma cidade, elas começam a entrar em competição sobre o domínio da cidade, causando assim uma revolução. 
Outro fator é quando os notáveis de uma cidade entram em conflito. Causando o partidarismo entre o povo, fazendo assim gerar um conflito interno, levando, portanto a uma revolução. 
II. Relação com o livro a Utopia de Thomas More
Apresenta-se no livro A Utopia de Thomas More, um lugar chamado “A Ilha da Utopia” onde se era aplicado e representado todos os conceitos descritos para o modelo de sociedade ideal.
Neste lugar, o autor indica um modelo de sociedade que se inclinava para o bem comum, bem como, um lugar perfeito, sem miséria, com tempo de trabalho reduzido, emprego e moradia para todos.
Ademais, explana-se a idealização da sociedade perfeita, aquela que abastece os anseios sociais, e proporciona harmonia a todos, tanto através da forma de governo, quanto na propriedade.
Assim sendo, pode-se afirmar que quando uma situação não abastece o indivíduo de maneira favorável, esse tal indivíduo tende a se movimentar a fim de conquistar um melhor lugar para sua condição de vida, sendo assim, pode-se frisar e relacionar os conceitos de Aristóteles em relação a causa das revoluções e o lugar ideal proposto por Thomas More.
Com isso, toda a problemática abordada por Aristóteles, vem falar justamente da falta de igualdade e do individualismo gerado pela ganância como principal fator que leva as revoluções. Sendo assim, entende-se que quando um governo ele se corrompe ao ponto de ser possuído pela ganância e foge do modelo social de igualdade e divisão proporcional, como também uma produção de harmonia entre as classes proposto por Thomas more, esse governo tende a ser alvo de Revoluções, pois o povo automaticamente tende a ir atrás do que lhe é favorável.
III. Atualidade dos dois autores
No cenário brasileiro, podemos constatar o ocorrido de 1964, o golpe militar, que teve por causa diversos fatores que entre eles se destaca a falta de consolidação do governo. Situação que fora explanada por Aristóteles, trazendo como causa, o conflito entre os notáveis, situação na qual leva a um enfraquecimento do poder, o que traz, portanto, abertura para uma revolução. “Em geral quando os notáveis entram em conflito, a Cidade inteira é envolvida” (ARISTOTELES, 2012, p. 185)
Pode-se destacar também o Golpe de Estado no governo de Getúlio Vargas em 1937, conhecido como Estado novo. Situação também descrita por Aristóteles, quando explanava que uma causa também de revolução é quando um governante assume o poder e muda a forma de governo, chamado por ele de Manobra eleitoral. 
Hodiernamente, pode-se constatar a existência da miséria, da insatisfação, das manifestações públicas e do imperialismo capitalista. É notório que, ao longo do tempo, se levantaram vários movimentos, revoluções e guerras causadas pela insatisfação quanto aos tipos de governo e modelos econômicos adotados pelo mundo em geral.
De fato, pode-se perceber que os autores supracitados, apesar de não terem experimentado a vivência contemporânea, lançaram idéias que se aplicam contundentemente aos dias de hoje.
Assim, claramente, podemos vivenciar os fatores abordados tanto por Aristóteles como por Thomas More, ou seja, os grandes acontecimentos de corrupção, roubo e ganância dentro dos governos, o uso do dinheiro público para satisfação pessoal, a falta de empregos e o grande número de povos que vivem em miséria, são bastante notórios nos dias atuais, principalmente nos países chamados de terceiro mundo.
No Brasil, vivemos num cenário atual declemência do povo por revolução, se posicionando contra o procedimento vigente de governo. O povo reivindica melhorias na educação, na saúde e nos salários, clamando também por investimento em políticas publicas que pretendam melhorar a situação de vida da população.
Esse fato foi claramente apresentado por Aristóteles em sua obra, trazendo ao entendimento do leitor, que quando a ganância, o roubo, os demagogos, os corruptos, assumem o poder, esse governo se corrompe e conseqüentemente o povo, se revolta a fim de reivindicarem seus direitos.
Por conseguinte, Aristóteles também explicitou, que quando um governante assume o governo no intuito de abastecer seus interesses pessoais e não os do povo, isso se torna outro motivo de revoluções. Dessa forma, percebemos outra questão do cenário atual, a construção de um Aquário em Fortaleza (CE), por motivação pessoal do governante, enquanto o resto da cidade perece em meio a falta de auxílio dos departamentos públicos de boa qualidade, e por isso podemos ver o povo Fortalezense tomando posicionamentos contra tal atitude governamental.
Por sua vez, quando se fala na divisão proporcional de terras para todos, pode-se citar Thomas More.
Hoje, vivencia-se um problema que é causado pela grande concentração de terras com alguns enquanto outra parcela da sociedade fica sem nada. 
Eis o que invencivelmente me persuade que o único meio de distribuir os bens com igualdade e justiça, e de fazer a felicidade do gênero humano, é a abolição da propriedade. Enquanto o direito de propriedade for o fundamento do edifício social, a classe mais numerosa e mais estimável não terá por quinhão senão miséria, tormentos e desesperos. (MORUS, 2004 p.71)
Comprovando assim a explanação de Thomas Mores, pode-se lembrar dessa forma, das reivindicações dos Sem Terra, das invasões a terras sem habitação, porém com dono, trazendo a esse povo uma situação de o desespero e medo.
Sendo assim constata-se que quando um indivíduo não tem direito a sua propriedade o governo ele tende a ser alvo de reivindicações por parte de povo. Sendo assim nesse contexto, percebe-se o quando essas explanações se aplicam ao cenário contemporâneo.

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