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Universidade Estadual de Goiás Campus Itumbiara TECIDO VEGETAL INTRODUÇÃO O corpo vegetal é constituído de unidades morfologicamente reconhecíveis, as células. Cada célula apresenta sua própria parede e está ligada a outra por meio de uma substância Intercelular cimetante. LAMELA MÉDIA TECIDOS Os tecidos vegetais diferem bastante entre si. Sua classificação é feita levando-se em conta as características anatômicas e fisiológicas das células que os integram. TECIDOS Pode-se classifica-los em dois grupos: Tecidos meristemáticos ou Meristemas Tecidos permanentes ou Tecidos adultos TECIDOS De acordo com classificação, os tecidos podem ser divididos em três categorias: Tecidos dérmicos (revestimento); Tecidos vasculares (condução); Tecidos fundamentais (preenchimento/sustentação). TECIDOS DÉRMICOS Os tecidos dérmicos, ou tecidos que envolvem o corpo da planta podem ser de dois tipos: Epiderme; Periderme; - possui estômatos (trocas gasosas) - possui cutícula (resistência mecânica) - possui pelos absorventes em raízes jovens (absorção de água) - possui cutina (restringe a transpiração) - é um revestimento de origem secundária, que substitui a epiderme em caules e raízes que apresentam crescimento secundário em espessura é um sistema de células variadas em forma e função, que reveste o corpo primário da planta TECIDOS VASCULARES Os tecidos vasculares são responsáveis pelo transporte das seivas. São ele: Xilema – responsável pela condução de água e soluto orgânicos e inorgânicos (seiva bruta) Floema – responsável pela condução de material orgânico em solução (seiva elaborada) TECIDOS FUNDAMENTAIS Os tecidos fundamentais, desempenham funções diversas. São eles: Parênquima – está relacionada com preenchimento e uma série de reações bioquímicas, entre elas a fotossíntese. Reserva de substâncias, cicatrização. Colênquima – formado por células vivas que funcionam como suporte/sustentação em órgãos jovens e em crescimento rápido Esclerênquima – é o tecido de sustentação de regiões maduras formados por células mortas, caracterizado pela resistência e elasticidade. MERISTEMAS MERISTEMAS As células meristemáticas caracterizam-se pela intensa divisão celular que apresentam e por apresentarem células indiferenciadas. Em outra palavras, determinadas células meristemáticas têm um duplo papel: perpetuar-se e formar novas células do corpo. MERISTEMAS As células que permanecem no meristema são denominadas células iniciais e as que são acrescentadas ao corpo da planta são denominadas de células derivadas. Divisão celular ocorre em vários pontos, não apenas no “meristema apical” As células iniciais ocupam posição adequada para desempenhar tal atividade. As células derivadas dividem-se por sua vez, produzindo uma ou mais gerações de células, antes de apresentar alterações citológicas denunciando diferenciação de tipos específicos de células e tecidos nas proximidade do ápice da raiz e do caule. MERISTEMAS No processo da atividade meristemática, a divisão celular combina-se com: Crescimento – aumento do volume, maior responsável pelo crescimento em comprimento e largura do vegetal Diferenciação – envolve alterações químicas, morfológicas e fisiológicas, transformando células meristemáticas em estruturas diversas. CLASSIFICAÇÃO DOS MERISTEMAS Um dos critérios mais usados para a classificação dos meristemas é a posição que ele ocupam no corpo da planta. Assim temos: Meristemas apicais ou Pontos vegetativos aqueles que ocupam o ápice da raiz e do caule, bem como de suas ramificações Meristemas laterais aqueles que localizam-se em posição paralela ao maior eixo do órgão da planta e suas células se dividem periclinamente, ou seja, paralelamente à superfície do órgão, como o câmbio vascular e o felogênio Meristemas intercalares se localizam entre os tecidos maduros, por exemplo, na base dos entrenós dos caules das gramíneas, bainha das folhas de monocotiledôneas. CLASSIFICAÇÃO DOS MERISTEMAS Os meristemas podem ser ainda classificados de acordo com a fase de desenvolvimento em que se encontra a planta. Meristemas primários estão relacionados com o desenvolvimento do corpo primário da planta. A atividade destes meristemas resulta no crescimento em comprimento deste órgãos, levando à formação do corpo primário do vegetal. Meristemas secundários estão relacionados com o crescimento adicional em espessura, contribuindo para o aumento em diâmetro do órgão, acrescentando novas células ou novos tecidos aos tecidos existentes. Ocorre nos caules, ramos e raízes, resultante da atividade dos meristemas laterais, o câmbio vascular e o felogênio. MERISTEMAS APICAIS MERISTEMAS APICAIS São encontrados no ápice do caule e da raiz A atividade deste meristemas resulta na formação do corpo primário da planta. Os meristemas apicais podem ser: vegetativos quando dão origem à tecidos e órgãos vegetativos reprodutivos quando dão origem à tecidos e órgãos reprodutivos O termo meristema não é restrito apenas ao topo do ápice radicular e/ou caulinar, porque as modificações que ocorrem em suas células (divisão, crescimento e diferenciação celular), são graduais entre as regiões apicais até aquelas onde estão os tecidos já diferenciados, do caule ou da raiz. MERISTEMAS APICAIS Assim, quanto ao grau de desenvolvimento das células, podemos reconhecer nos meristemas apicais: Promeristema – conjunto formado pelas células iniciais e suas derivadas mais recentes, ainda totalmente indiferenciadas. Ocupa uma posição distal no ápice do caule ou da raiz. Usamos os termos Meristemas Apicais (promeristema) e Tecidos Meristemáticos primários, para que se possa fazer uma distinção entre o meristema apical propriamente dito e os tecidos meristemáticos subjacentes. No vegetais inferiores: nas briófitas e pteridófitas, existe apenas uma célula inicial no promeristema, já nas gimnospermas e angiospermas, existem várias células iniciais formando o promeristema, nos caules e raízes. MERISTEMAS APICAIS Meristemas parcialmente diferenciados (meristemas primários) células dos tecidos (ápice radicular e caulinar), ainda meristemáticos, mas parcialmente diferenciados que não fazem parte do promeristema. Protoderme – meristema que origina a epiderme, o revestimento primário do corpo vegetal Procâmbios – meristema que origina os tecidos do sistema vascular primário: xilema e floema Meristema fundamental – meristema que forma os tecidos primários do sistema fundamental parênquima, colênquima e esclerênquima ÁPICE RADICULAR Considerando-se o ápice da raiz como um todo, pode-se visualizar nele o promeristema e os tecidos meristemáticos primários, que estão em processo de diferenciação. ÁPICE CAULINAR O caule com seu nós e internos, folhas, gemas auxiliares, ramos e ainda as estruturas reprodutivas resultam, basicamente, da atividade do meristema apical MERISTEMAS LATERAIS Em muitas espécies o caule e a raiz crescem em espessura, com a adição de mais tecidos vasculares ao corpo primário, pela atividade do câmbio vascular. Com o aumento do volume interno nestes órgãos, o tecido de revestimento camadas do corpo primário (a epiderme) é substituída pela periderme que se forma a parte de um outro meristema lateral, denominado felogênio. CÂMBIO VASCULAR O câmbio vascular se instala entre o xilema e floema primários e produz os tecidos vasculares secundários FELOGÊNIO Os caules e raízes de plantas que apresentam crescimento secundário em espessura, a epiderme é substituída pela periderme, um tecido de revestimento de origem secundária. É um meristema lateral formado por uma só camada de células com parede primária. É responsável pela formação da periderme durante o crescimento secundário da planta. Também conhecido como câmbio da casca. O felogênio é o meristema formador da PERIDERME FELOGÊNIO Divisões periclinais de suas células produzem: Felema Súber Cortiça Feloderma Córtex secundário em direção à periferia do órgão em direção aocentro do órgão FELOGÊNIO Felema ou Súber forma-se externamente ao felogênio. As células formam um tecido de proteção mecânica e impermeabilizante a água e gases. Cortiça é um tecido altamente impermeável a água, elástico, leve e termoisolante. É altamente eficiente como tecido protetor para a planta. Feloderma ou Córtex secundário é a camada de células parenquimáticas, formadas pelo felogênio, em direção ao centro do órgão. MERISTEMA FUNDAMENTAL PARÊNQUIMA PARÊNQUIMA Principal representante do Sistema Fundamental de tecidos Encontrado em todos órgãos do vegetal, formando um tecido contínuo por todo o corpo do vegetal. É considerado simples quanto a sua morfologia e complexas, quanto à fisiologia. PARÊNQUIMA Presença de espaços intercelulares formados pelo afastamento das células O tamanhos desses espaços variam de acordo com a função do tecido. Classificados em: MEATOS quando possuem tamanhos reduzidos, menores do que os das células que os contornam; LACUNAS espaços mais ou menos do mesmo tamanho das células que os ladeiam; CÂMARAS espaços relativamente grandes, maiores do que as células que os contornam. TIPOS DE PARÊNQUIMA São classificados dependendo da sua posição e do seu conteúdo. Parênquima Fundamental ou de Preenchimento encontrando no córtex e medula do caule e no córtex da raiz. Apresenta células isodiamétricas com pequenos espaços intercelulares (meatos) TIPOS DE PARÊNQUIMA Parênquima Clorofiliano ocorre nas partes verdes dos vegetais. Apresenta numerosos cloroplastos, células são intensamente vacuoladas. Armazena carboidratos, participa da Fotossíntese. Parênquima Clorofiliano Paliçádico células cilíndricas dispostas perpendicularmente à epiderme Parênquima Clorofiliano Lacunoso células irregulares, deixam numerosos espaços intercelulares TIPOS DE PARÊNQUIMA Parênquima de Reserva tecido de reserva, armazenando diferentes tipos de substâncias ergástricas (amido, proteínas, óleos) Parênquima Aquífero acumulam água. Células parenquimáticas grandes, apresentam grande vacúolo contendo água, citoplasma com fina camada próximo à membrana plasmática. Parênquima Aerênquima acumular ar, promovendo aeração nas plantas aquáticas. PAREDE CELULAR Paredes relativamente delgadas Principais carboidratos: celulose, hemicelulose e substâncias pépticas A parede celular aparece durante a divisão celular no estágio de mitose. No início desta, os dois núcleos filhos estão ligados um ao outro por um sistema de fibrila (fragmoplastos). Ocorre a divisão celular, após isto os protoplastos das duas novas células depositam sobre a lamela média, uma parede contendo celulose, hemicelulose e substâncias pépticas, dando origem a uma nova lamela média. Logo após, as células irmãs cresceram e as paredes primárias sofreram um espassamento acarretando na ruptura das paredes na faces verticais QUESTÃO DE PROVA CONTEÚDO CELULAR Plastídeos organelas presentes somente nas células vegetais. Possuem DNA e ribossomos, responsável pela Fotossíntese. CONTEÚDO CELULAR São divididos em grupos: Proplastos Cloroplastos Leucoplastos Cromoplastos estão contidos no interior do citoplasma. Dão origem aos cloroplastos e aos leucoplastos. organelas de maior importância, realizam a Fotossíntese. Têm capacidade de conservar substâncias, possuem clorofila. Possuem Granum, que são constituídos de Tilacóides empilhados. são plastídeos incolores. Sob exposição à luz pode-se transformar em cloroplastos. Também recebem o nome de Amiloplastos, por armazenarem amido. reserva de pigmentos. São plastídeos contendo substâncias coloridas que não sejam clorofila. Os mais conhecidos são os que contém pigmentos carotenoides (amarela, alaranjada, vermelha). São encontrados nas pétalas de flores. CONTEÚDO CELULAR Mitocôndrias São tidos com muito significativos do ponto de vista fisiológico estando, associado a mecanismos respiratórios e de acumulação. CONTEÚDO CELULAR Substâncias Ergástrica São componentes não protoplasmáticos; são produtos de reserva ou são metabólitos resultantes das atividades celulares Amido; Taninos; Cristais; Gordura MERISTEMA FUNDAMENTA COLÊNQUIMA COLÊNQUIMA Tecido formado por células vivas; Relativamente alongadas; Paredes primárias celulósicas Irregularmente espessadas COLÊNQUIMA Função: Origina-se: Difere do Parênquima no comprimento das células e na espessura das paredes Posição periférica da planta Perde função ao longo do tempo em árvores (substituição pelo xilema) sustentação de regiões jovens, em crescimento. do meristema fundamental. PAREDE CELULAR Paredes celulares espessas e brilhantes; Possui espaçamentos desiguais; Contém substâncias além de celulose; Lamela média composta; Crescimento simultâneo em superfície e espessura TIPOS DE COLÊNQUIMA São classificados de acordo com a distribuição do espessamento nas paredes celulares Colênquima Angular quando as paredes mostram maior espessamento nos ângulos, isto é, no ponto de encontro entre mais de três células TIPOS DE COLÊNQUIMA Colênquima Lamelar as células mostram maior espessamento nas paredes tangenciais interna e externa TIPOS DE COLÊNQUIMA Colênquima Lacunar quando o tecido apresenta espaços intercelulares e os espessamentos da parede primária, ocorrem nas paredes que limitam estes espaços TIPOS DE COLÊNQUIMAS A medida que as células envelhecem, o padrão de espessamento pode ser alterado e de um modo geral o lume celular aparece redondo, por deposição de camadas adicionais nas paredes celulares. Em regiões mais velhas da planta, o colênquima pode ser transformar em esclerênquima, pela deposição das paredes secundárias lignificadas. MERISTEMA FUNDAMENTAL ESCLERÊNQUIMA ESCLERÊNQUIMA É o tecido de sustentação de regiões maduras do corpo vegetal Caracteriza-se pela resistência Apresenta paredes celulares secundárias lignificadas PAREDE CELULAR Tecido de sustentação, originado Difere do Colênquima do meristema fundamental - Paredes secundárias lignificadas - Células não retém protoplasma na maturidade - Paredes uniformemente espessadas A lignina, um polímero complexo de várias substâncias. É a substâncias característica das paredes deste tecido. A deposição da lignina na parede secundária ocorre após a célula ter atingido o seu tamanho final. O processo de incrustação de lignina, na parede acontece desde a lamela média e a parede primária e, em seguida atinge a parede secundária com maior intensidade PARECE CELULAR A lignina forma uma rede ao redor das microfibrilas de celulose, dando maior força e rigidez à parede. Por se tratar de uma substância inerte, a lignina fornece um revestimento estável à célula, evitando o ataque químico, físico e biológico. TIPOS DE CÉLULAS Apresentam grande variedade de formas e tamanhos, porém os mais reconhecidos são: Escleréides Fibras Escleréides Células mortas, com paredes secundárias lignificadas, espessadas e intensamente pontoadas. Podem aparecer isoladas ou em grupos entre as células dos diferentes tecidos. Escleréides São classificados quanto a sua forma: Braquiesclerídes ou Células Pétreas são células curtas e isodiamétricas. Constituem o tipo de esclereide mais frequente, ocorrem em regiões parenquimáticas em grupos. Esclereides Macroesclereídes células alongadas, colunares aproximadamente cilíndricas; Osteosesclereídes esclereides alongadas, com as extremidades alargadas, lembrando a forma de um osso Esclereídes Astroesclereídes células com a forma de uma estrela, com as ramificações partindo de um ponto mais ou menos central. Esclereídes Tricoesclereídes esclereides alongadas, semelhantes a tricomas, ramificadas ou nao Fibras São células muitas vezes mais longas que largas; Extremidades afiladas; Lume reduzido (presença de paredes secundárias) Variado grau de lignificação; Poucas pontoações. Atuam como elementos de sustentação nas partes vegetais que não mais se alongam Fibras Podem ser classificadas em:Fibras Xilemáticas Fibras Extraxilemáticas quando ocorrem junto com os elementos do xilema aparecem na periferia do floema primário e em camadas alternadas com o floema secundário fibras do floema fibras perivasculares fibras das monocotiledôneas Fibras Fibras do floema das dicotiledôneas “fibras macias” por apresentarem pouca lignina em suas paredes Fibras do floema das monocotiledôneas “fibras duras” por apresentarem paredes fortemente lignificadas, rígidas e firmes. Utilização comercial na fabricação de cordoalhas ou tecidos grosseiros ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DAS ESCLEREÍDES E DAS FIBRAS As fibras podem ter sua origem a partir: Procâmbio ou do câmbio vascular: quando fibras xilemáticas ou fibras do floema, Meristema Fundamental: quando fibras independentes dos tecidos vasculares Na maioria das esclereides e das fibras, o protoplasto desaparece com o desenvolvimento completo das paredes secundárias. No entanto, a presença de numerosas pontoações em alguns tipos de esclereides e de fibras, indicam que estas células podem manter o protoplasma vivo enquanto necessário. TECIDO DÉRMICO EPIDERME EPIDERME É um sistema de células variadas em forma e função, que reveste o corpo primário da planta. É composta por: A epiderme origina da camada mais externa dos meristemas, a Protoderme Cutina (subst. graxa) na paredes celulares, restringe a transpiração Estômatos estruturas relacionadas com as trocas gasosas; Cutícula proporciona sustentação mecânica Pelos absorventes em raízes jovens para a absorção de água Plantas que não apresentam crescimento secundário, a epiderme persiste por toda a vida da planta. EPIDERME A Epiderme é unisseriada (apenas uma camada de células) Protoderme Epiderme múltiplas ou Pluriestratificada (algumas espécies) Epiderme múltipla ou Pluriestratificada Hipoderme camada externa características epidérmicas camadas inferiores função de reserva – presença de cloroplastos Camadas subepidérmicas que assemelham-se a uma epiderme múltipla, mas apresenta origem diversa, sendo derivada do meristema fundamental e não da protoderme COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS A epiderme é constituída por: células fundamentais – pouco especializadas células especializadas – vários tipos: - células guarda - estômatos - tricomas - células silicificadas e suberinizadas CONTEÚDO E PAREDE CELULAR Geralmente células vivas; Altamente vacuoladas, podendo armazenar vários produtos do metabolismo Células com espessura variada parede externa é mais espessa, sendo voltada para fora Presença de cutina Subst. lipídica forma a Cutícula A formação da cutícula começa nos estágios iniciais de crescimento dos órgãos. Acredita-se que a cutina migre do interior para o exterior das células epidérmicas, através de poros existentes na parede celular. Restringe a transpiração; Reflexo excesso de radiação solar Camada protetora ESTÔMATOS Estrutura constituída por um conjunto de células localizadas na epiderme; Função: estabelecer comunicação do meio interno com externo, constituindo-se em um canal para a troca de gases e a transpiração do vegetal. O termo estômato é utilizado para indicar uma abertura, o ostíolo ESTÔMATOS Quanto a posição, os estômatos podem se situar acima, abaixo ou no mesmo nível das células epidérmicas. A posição dos estômatos está relacionada às condições ambientais. por exemplo.: -plantas aquáticas encontrados na face superior da folha -plantas xéricas (secas) encontrados na face inferior da folha Quanto à distribuição, as folhas podem ser classificadas em: Anfiestomáticas: quando os estômatos estão presentes nas duas faces da folha; Hipoestomáticas: com os estômatos apenas na face inferior; Epiestomáticas: com os estômatos presentes apenas na face superior. TRICOMAS São células especializadas contra a perda de água por excesso de transpiração; Possuem variadas estruturas e função: - Tricomas Tectores; - Tricomas Secretores; - Escamas e/ou Tricomas Peltados; - Vesícuas Aquíferas; - Pelos absorventes das raízes TRICOMAS Tricomas Tectores não produze nenhum tipo de secreção e podem ser unicelulares, formados por uma única célula que se projeta para fora da epiderme. sua função não é bem clara, porém *podem reduzir a perda de água das plantas que vivem em ambientes xéricos (secos), *auxiliar na defesa contra insetos predadores *diminuir a incidência luminosa. TRICOMAS Tricomas Secretores possuem uma célula basal inserida na epiderme, um pedúnculo (uni ou pluricelular) e uma cabeça (uni ou pluricelular). A cabeça geralmente é a porção secretora do tricoma. Estes são cobertos por uma cutícula; a secreção pode ser acumulada entre a(s) célula(s) da cabeça e a cutícula e com o rompimento desta, a secreção é liberada, ou ainda a secreção pode ser gradativamente eliminada através de poros da cutícula. podem apresentar funções variadas *produzir subst. irritantes ou repelentes *produzir subst. viscosa (plantas insetívoras) s TRICOMAS Escamas e/ou Tricomas Peltados apresentam um disco, formado por várias células, que repousa sobre um pedúnculo que se insere na epiderme. estão relacionados com a absorção de água da atmosfera TRICOMAS Vesículas Aquíferas são células epidérmicas grandes, que servem para armazenar água. TRICOMAS Pelos absorventes das raízes são projeções das células epidérmicas que se formam inicialmente, na epiderme da zona de absorção de raízes jovens de muitas plantas. estão relacionados com absorção de água, são vacuolados e apresentam paredes delgadas recobertas por uma cutícula delgada. TECIDOS DÉRMICOS PERIDERME PERIDERME É um revestimento de origem secundária, que substitui a epiderme em caules e raízes que apresentam crescimento secundário em espessura. A periderme também se forma em superfícies expostas após a abscissão de ramos ou folhas, ou após um ferimento, a este revestimento dá-se o nome de periderme de cicatrização ESTRUTURA E ORIGEM DA PERIDERME E TECIDOS RELACIONADOS A periderme é formado por: Felogênio (câmbio da casa) – é o meristema lateral que dá origem à epiderme. O felogênio forma o súber para fora e o felema para dentro Felema (súber ou cortiça) – tecido protetor para a planta formando-se externamente ao felogênio. As células do felema são mortas na maturidade, devido à suberinização de suas paredes. Feloderma – é a camada(s) de células parenquimáticas, formada pelo felogênio, em direção ao centro do órgão. São células vivas. As células do súber têm, formato prismático; elas podem ser alongadas no sentido vertical, radial ou tangencial; quase sempre estão dispostas de modo compacto, isto é, o tecido não tem espaços intercelulares As células de cortiça caracterizam-se pela suberinização de suas paredes. As paredes corticais variam em espessura. As paredes das células corticais podem ser de cor marrom ou amarela. Tem estrutura relativamente simples, formado por apenas um tipo de células iniciais. São células vacuoladas, e em corte transversal aparecem como uma camada de células retangulares achatadas radialmente. Diferenciam-se do parênquima cortical primário, apenas por se posicionarem na mesma fileira radial, das células do súber e do felogênio. RITIDOMA A medida que uma árvore envelhece, novas peridermes vão se formando em profundidades cada vez maiores, o que ocasiona um acumulo de tecidos mortos na superfície do caule e raiz. Ritidoma perene – acúmulo de ritidoma na superfície dos caules e raízes RITIDOMA Ritidoma caduco – ritidoma que se solta do caule ou da raiz PERIDERME DE CICATRIZAÇÃO Periderme semelhante à Periderme natural Diferença somente na época de sua formação e na sua localização Camada de oclusão A formação bem sucedida da periderme de cicatrização é importante, pois evita a invasão de parasita através das áreas lesadas. A periderme de cicatrização é precedida pela formação de uma camada de células vivas próximas à área lesada,tornam-se lignificadas e suberinizadas. A seguir, sob esta camada de oclusão, as células vivas começam a se dividir, dando origem a um felogênio, que por sua vez forma a periderme de cicatrização LENTICELAS Parte limitada da periderme, onde o felogênio é mais ativo do que nas demais regiões, e produz um tecido que, em contraste com o felema do restante da periderme, apresenta numerosos espaços intercelulares. O súber é um tecido altamente impermeável à água e ao gases. Com os tecidos localizados abaixo dele, são tecidos vivos e metabolicamente ativos, faz-se necessário o intercâmbio de gases entre ambiente externo e interno, realizado através das lenticelas. TECIDOS VASCULARES XILEMA Xilema Responsável pela condução de água e solutos orgânicos e inorgânicos, a “seiva bruta” Xilema Quanto ao desenvolvimento, classificamos em: Primário Secundário tecido primário – crescimento primário – procâmbio dos meristemas apicais tecido secundário – crescimento secundário – câmbio vascular Xilema Xilema primário e secundário, apresentam diferenças histológicas: Elementos traqueais elementos de condução Fibras elementos de sustentação Células de parênquima armazenamento de diversas substâncias Elementos Traqueais São células especializadas do xilema, estão relacionadas com a condução. São células alongadas de paredes secundárias espessadas, lignificadas, com pontoações variadas e são células mortas na maturidade. Traqueídes: células de condução imperfuradas, apresentando apenas pontoações entre suas paredes comuns. Função de condução e sustentação. A água passa de uma traqueíde para outra através da membrana da pontoação. Elementos de vaso: célula de condução perfuradas, se comunicam entre si através de suas perfurações, regiões completamente abertas, desprovidas de paredes primárias e secundárias. Elementos Traqueais Traqueídes: células de condução imperfuradas, apresentando apenas pontoações entre suas paredes comuns. Função de condução e sustentação. A água passa de uma traqueíde para outra através da membrana da pontoação. Elementos de vaso: célula de condução perfuradas, se comunicam entre si através de suas perfurações, regiões completamente abertas, desprovidas de paredes primárias e secundárias. Elementos Traqueais A parte perfurada da parede é chamada placa de perfuração ou placa perfurada. Placa perfurada simples: apresenta uma única perfuração Placa perfurada múltipla: apresenta várias perfurações DIFERENCIAÇÃO DOS ELEMENTOS DO VASO Os Elementos traqueais originam-se a partir de células meristemáticas do procâmbio ou câmbio vascular. A placa perfurada começa a se formar bem cedo durante a diferenciação destas células. Um vaso do xilema origina-se ontogeneticamente. DIFERENCIAÇÃO DOS ELEMENTOS DO VASO Após a deposição da parede secundária, essas células entram em um estágio de lise. Enzimas hidrolíticas são liberadas com o rompimento do tonoplasto (membrana que reveste os vacúolos), destroem o protoplasto, agindo também sobre as paredes celulares. Nas áreas das futuras perfurações, essas enzimas destroem toda a parede primária, que não foi recoberta pela parede secundária, deixando assim uma área aberta. Nas pontoações as enzimas hidrolíticas, removem todos os componentes celulósicos da parede primária, deixando apenas uma fina rede de microfibrilas de celulose. Assim, a água poderá fluir de célula para células, tanto através das perfurações, como através das membranas de pontoação. Fibras São células longas, com paredes secundárias, geralmente lignificadas. Espessamento de paredes variado, mas, são mais espessas que as paredes dos elementos traqueais. Fibrotraqueides Fibras libriformes são mais curtos,apresentam paredes mais delgadas e pontoações areoladadas. são mais longas, apresentam paredes mais espessas e pontoações simples. Fibras Fibras septadas: retêm seu protoplasma quando maduras, possuindo função semelhante ao do parênquima (reserva); Fibras gelatinosas: paredes pouco lignificadas, aparecem no lenho que se desenvolve em áreas submetidas à pressões. EVOLUÇÃO DOS ELEMETOS TRAQUEAIS E DAS FIBRAS O xilema é o tecido vegetal que mais se presta aos estudos filogenéticos, pelo fato do tecidos ter sido bem preservado na maioria dos fósseis, devido a presença de paredes lignificadas na maioria de suas células. Traqueíde função de condução e sustentação. XILEMA PRIMÁRIO É formado pelo procâmbio; Mesmas células observadas no xilema secundário; Elementos traqueais, fibras e células parenquimáticas. Xilema primário consiste Protoxilema Metaxilema XILEMA PRIMÁRIO Protoxilema Formado por: elementos traqueais e parênquima Metaxilema Forma-se a seguir no corpo primário, ainda em crescimento Plantas com crescimento secundário, o metaxilema permanece funcional durante toda a vida da planta. XILEMA SECUNDÁRIO Tem origem a partir do câmbio vascular. Dispostos em dois sistemas: Sistema axial Sistema radial elementos traqueais, fibras e parênquima células parenquimáticas Anéis de Crescimento As madeiras, apresentam-se divididas em zonas. Zonas: anéis de crescimento, ou, camadas de crescimento Camadas: lenho inicial e lenho tardio Lenho inicial: células com paredes mais finas e lume grande. Lenho tardio: células com paredes mais espessas e lume menor. Cerne e Alburno O xilema secundário gradualmente vai perdendo as suas funções de condução e de reserva de alimentos. Consequentemente, as células vivas do lenho morrem. A região do lenho que passa por estas modificações é o cerne, enquanto o lenho ainda funcional e portanto sem alterações, é denominado alburno. Estas mudanças que ocorrem no cerne não afetam a eficácia da madeira, ao contrário, tornam o cerne mais durável que o alburno, menos suscetível ao ataques por microrganismos e menos penetrável por líquidos. TECIDO VASCULAR FLOEMA FLOEMA Responsável pela condução de material orgânico em solução, a “seiva elaborada”. FLOEMA Constituído por elementos de condução, células de sustentação e células de armazenamento. O floema é responsável pela translocação dos nutrientes orgânicos, produzidos pela fotossíntese, para todo o corpo vegetal. Pelo fato do floema ser um tecido cujas células apresentam paredes menos lignificadas que o xilema, esse tecido é menos persistente e, devido à sua proximidade com a periferia da raiz e do caule, sofre maiores modificações com o aumento em diâmetro desses órgãos, sendo muitas vezes removido junto com a epiderme. ESTRUTURA DO FLOEMA Formado por: Elementos crivados elementos de condução Fibras e Esclereides elementos de sustentação Células parenquimáticas células de armazenamento Elementos Crivados Os elementos crivados são as células mais especializadas do floema; Caraterizadas por áreas crivadas São elementos condutores do floema; Células crivadas Elementos de tubo crivado são modificações, nas paredes pela ausência de núcleo nas células maduras Paredes e Áreas Crivadas São paredes primárias, geralmente, mais espessas do que as paredes das células parenquimáticas do mesmo tecido. Áreas crivadas: são áreas da paredes com grupos de poros Placas crivadas: simples ou composta Cada poro de uma área crivada aparece revestido por CALOSE, um polímero de glicose. Paredes e Áreas Crivadas O desenvolvimento de uma área crivada inicia-se com a deposição de plaquetas de calose ao redor dos poros dos plasmodesmos. A seguir as plaquetas de calose se espessam revestindo todo o poro, formando cilindros de calose, que se espessam cada vez mais, até obstruir os poros por completo. Neste estágio, que coincide com a desativação ou com o início de um período de dormência do elemento crivado, a calose pode se depositar sobre toda a área crivada, como uma almofada, tornando o elemento não funcional. Células Crivadas e Elementos de Tubo Crivado Os dois tipos de elementos de condução do floema diferem entre si, pelo grau de especialização de suas áreas crivadas e pela distribuiçãodas mesmas em suas paredes. Células crivadas: células alongadas e apresentam área crivada, com poros poucos desenvolvidos, nas suas paredes laterais e terminais; Elementos de tubo crivado: apresentam áreas crivadas com poros relativamente estreitos em suas paredes laterais, na paredes terminais, ocorrem áreas crivadas mais especializadas, com poros de diâmetro maior, formando placas crivadas simples ou composta. Células Companheiras O movimento de materiais orgânicos no floema depende da interação fisiológica entre os elementos crivados e células parenquimáticas altamente especializadas, intimamente ligadas à estes elementos de condução, através de inúmeros plasmodesmas, células companheiras Estas, são células nucleadas, possuem numerosas mitocôndrias, plastídios e ribossomos. CÉLULAS PARENQUIMÁTICAS Outras células parenquimáticas menos especializadas também fazem parte do floema e, geralmente, estão relacionadas com a reserva de substâncias ergástricas. ESCLERÊNQUIMA As fibras do floema primário estão presentes na parte externa do tecido e no floema secundário. Essas fibras apresentam uma distribuição variadas, intercalada entre as outras células do sistema axial. As fibras podem ser septadas ou não; podem ainda, ser vidas ou mortas na maturidade. MUITO OBRIGADO!!!