Buscar

financeiro4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/27
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE DE
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
AULA 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/27
 
 
Prof.ª Paula Pontes de Campos Rasera
CONVERSA INICIAL
Nesta aula, vamos discutir o papel dos instrumentos financeiros nas instituições financeiras,
principalmente com as normas contábeis, e a repercussão da nova norma (CPC 48) no processo de
contabilização. Crises econômicas e financeiras, comportamento do mercado e relacionamento das
instituições financeiras com empresas de mercados tradicionais e seus usuários certamente
repercutem nos padrões de normas contábeis. Trata-se de situações emergentes que podem expor as
instituições financeiras a riscos financeiros graves.
Assim, a harmonização das normas contábeis internacionais e a integração destas com o Sistema
Financeiro Nacional do Brasil evidenciam a necessidade de adaptação em critérios como
reconhecimento, mensuração, classificação e impairment, vinculados aos instrumentos financeiros.
Entender o comportamento do mercado e como as instituições financeiras integram os princípios
contábeis a esse cenário é o objetivo desta aula.
Nessa linha, o primeiro tema se refere a normas contábeis relativas aos instrumentos financeiros,
principalmente para instituições financeiras que negociam tais produtos no mercado financeiro. Em
seguida, trazemos a classificação de instrumentos financeiros, conforme a intenção e o modelo de
negócios da entidade. Vamos abordar a mensuração de instrumentos financeiros e a sua respectiva
contabilização. Por fim, apresentaremos as novas perspectivas relacionadas a instrumentos
financeiros: o IFRS 9.
CONTEXTUALIZANDO
Frequentemente considerados bastante complexos e não se ajustando realmente aos modelos
reais de negócios, os padrões contábeis que tratam dos instrumentos financeiros suscitaram, ao
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/27
longo dos anos, muitas preocupações e críticas, tanto dos elaboradores quanto dos usuários das
demonstrações financeiras, especialmente dos participantes nos mercados financeiros.
Os emissores argumentam que a complexidade atribuída à contabilização de instrumentos
financeiros inerente se deve à crescente sofisticação dos investidores e ao desenvolvimento sem
precedentes da engenharia financeira. Os oponentes exigem melhoria e simplificação.
Ademais, a contabilidade de instrumentos financeiros tem sido o centro de um forte debate
desenvolvido em torno do assunto de normas baseadas em regras versus normas baseadas em
princípios que logo se estenderam às normas internacionais (IAS/IFRS). Embora exista essa opinião de
que o sistema de relatório financeiro com base em regras seja inadequado, também se considera, por
outro lado, que as normas internacionais, fundamentadas em princípios, contêm regras extensas e
métodos contábeis opcionais profundamente criticados. Esse debate chamou a atenção dos usuários
pela perturbação dos mercados financeiros causada pela crise econômica.
Em consequência, o International Accounting Standards Board (IASB) e o Financial Accounting
Standards Board (FASB) iniciaram vários projetos com o objetivo de revisar as questões contábeis que
surgiram da crise. Os primeiros projetos visavam simplesmente melhorar ou introduzir novas
orientações para as normas anteriores. No entanto, o principal objetivo é a substituição dos padrões
existentes por instrumentos financeiros por novos, menos complexos, mais relevantes e úteis.
Nesta aula, analisaremos as disposições do novo IFRS 9 (CPC 48) para instrumentos financeiros,
com relação à classificação e à mensuração de ativos e passivos financeiros. Com isso, pretendemos
verificar as instruções do Conselho Monetário Nacional, por meio das resoluções e circulares emitidas
pelo Banco Central do Brasil (BCB), e assim examinar o fluxo atual de literatura que trata do processo
de substituição dos padrões contábeis e de relatórios existentes sobre instrumentos financeiros nas
instituições financeiras.
TEMA 1 – NORMAS CONTÁBEIS RELATIVAS A INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
Importantes mudanças ocorreram na contabilidade de instrumentos financeiros e derivativos em
relação ao arcabouço normativo anterior. O processo de reconhecimento, mensuração e
evidenciação passou do método de avaliação por custo histórico em tais operações ao conceito de
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/27
valor justo. Assim, com a perda da relevância do custo histórico para a mensuração desse tipo de
operação, a avaliação de tais instrumentos é efetuada pela aplicação do valor justo, tanto em
negociação de títulos em curto prazo como no caso dos derivativos (Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Nesse contexto, as normas contábeis brasileiras – CPC 38, CPC 39, CPC 40 e CPC 48 – referentes
aos instrumentos financeiros, derivativos e operações de hedge são baseadas nas seguintes normas
internacionais (IFRS):
a. IAS 32 (CPC 39) – Instrumentos financeiros: apresentação – prescreve os princípios para
apresentação e classificação dos instrumentos financeiros.
b. IAS 39 (CPC 38) – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração – determina os
princípios para o reconhecimento e a mensuração dos ativos e passivos financeiros, de
derivativos e de alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros que podem se
encontrar como derivativos (revogada desde 1° janeiro de 2018).
c. IFRS 7 (CPC 40) – Instrumentos financeiros: divulgações – estabelece como devem ser
apresentadas as notas explicativas sobre instrumentos financeiros nas demonstrações
financeiras.
d. IFRS 9 (CPC 48) – Instrumentos financeiros: reconhecimento, classificação, mensuração e
contabilidade de hedge – substitui IAS 39 (CPC 38), revogada a partir de 1° de janeiro, 2018,
estabelecendo princípios para os relatórios financeiros de ativos financeiros e passivos
financeiros que devem apresentar informações pertinentes e úteis aos usuários de
demonstrações contábeis para sua avaliação dos valores, época e incerteza dos fluxos de caixa
futuros da entidade.
A origem das normas internacionais provém da tradição jurídica denominada common law, ou
seja, fundamentada em princípios gerais para orientação, e não em regras pormenorizadas. Dessa
maneira, é possível evidenciar a essência econômica das operações, dado que tais princípios estão
alicerçados na teoria econômica, contábil e financeira. Já no Brasil, adota-se a tradição code law, isto
é, o cumprimento estrito das normas.
Portanto, entende-se que o julgamento realizado por meio das normas internacionais considera
a essência econômica da operação. Assim, o instrumento financeiro é classificado de acordo com a
intenção da operação, avaliado pelo valor justo e definido pela finalidade da operação – hedge
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/27
versus trading. Para tanto, é fundamental avaliar os efeitos contábeis ex-ante da execução da
operação (Galdi; Lopes, 2017).
Os CPCs 39, 40 e 48 compreendem todos os instrumentos financeiros, com exceção em
abordagem específica em outra norma, tais como: participações em controladas, coligadas ou
empreendimentos controlados em conjunto; operações de arrendamento mercantil (exceto
quaisquer derivativos embutidos e dispositivos sobre desreconhecimento e de redução ao valor
recuperável); ativos e passivos originados de planos de benefícios a funcionários; instrumentos
patrimoniais; direitos e obrigações decorrentes de contratos de seguro; compromissos de
empréstimos; contratos para contraprestação contingente em combinação de negócios; transações
de pagamentos baseadas em ações; direitos a pagamentos de reembolso à entidade por gastos
incorridos para liquidar um passivo reconhecido como provisão (CPC 25); e direitos e obrigações,
dentro do alcance do CPC 47, que são instrumentosfinanceiros (Galdi; Lopes, 2017).
Consideram-se também os dispositivos emitidos pelo BCB por meio da Circular n. 3.068/2001, a
qual define critérios para registro e avaliação contábil de títulos e valores mobiliários; da Circular n.
3.082/2002, que estabelece e consolida critérios para registro e avaliação contábil de instrumentos
financeiros derivativos; da Resolução n. 3.533/2008, que indica procedimentos para classificação,
registro contábil e divulgação de operações de venda ou de transferência de ativos financeiros; e da
Resolução n. 3.534/2008, que define termos relacionados aos instrumentos financeiros, para fins de
registro contábil (Lopes; Galdi; Lima, 2011).
De forma complementar, cabe ressaltar a alteração Lei n. 6.404/1976 pela Lei n. 11.638/2007 e
pela Lei n. 11.941/2009, segundo a qual as empresas brasileiras devem observar a aplicação dos
novos conceitos quanto ao método de reconhecimento, mensuração e evidenciação dos
instrumentos financeiros, incluindo derivativos.
TEMA 2 – CLASSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Os instrumentos financeiros são essenciais na economia de mercado de capitais, pois estimulam
o fluxo de recursos, ou seja, são mecanismos operacionais que auxiliam a transferência de recursos
entre poupadores e investidores. Distinguem-se em dois tipos: não derivativos e derivativos.
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/27
Define-se instrumento financeiro como um contrato que impõe uma obrigação contratual a uma
entidade (passivo financeiro ou título patrimonial) e que transmite um direito contratual a outra
entidade (ativo financeiro). Exemplos de ativo financeiro incluem dinheiro, aplicações bancárias,
recebíveis, empréstimos, debêntures, bonds, notes e títulos patrimoniais (equity). No caso de passivo
financeiro, podemos elencar contas a pagar, duplicatas a pagar, depósitos recebidos, empréstimos
obtidos e títulos de dívida emitidos. Consideram-se títulos patrimoniais: ações, quotas de empresas
limitadas, bônus de subscrição e opções de ações emitidas pela própria empresa (Lopes; Galdi; Lima,
2011).
Os instrumentos financeiros não derivativos se dividem em: (i) títulos públicos federais – LTN, LFT
e NTN – emitidos com o objetivo de financiar atividade da União (saúde, educação e investimentos
em infraestrutura): (ii) títulos de dívida privados – debêntures, notas promissórias, Eurobonds e CDB –
emitidos pelas entidades para captação de recursos; (iii) ações (menor parcela do capital social de
uma sociedade anônima); e (iv) fundos de investimento que corresponde à aplicação em conjunto de
recursos oriundos de pessoas físicas/jurídicas com objetivos em comum.
Especificamente, as letras do tesouro nacional (LTN) são títulos públicos federais prefixados
negociados com deságio sobre o nominal, pelo qual o investidor paga uma quantia inferior a seu
valor de face; as letras financeiras do tesouro (LFT) são títulos públicos federais pós-fixados vinculado
à Selic (taxa de juros básica); e, as notas do tesouro nacional (NTN) são títulos públicos federais para
alongar prazo de financiamento da dívida do Tesouro (NTN-B, NTN-B Principal, NTN-C, NTN-D e
NTN-F).
Adicionalmente, debêntures são títulos de dívida privados que conferem direitos aos seus
detentores contra a companhia e podem ser conversíveis ou não conversíveis em ações. Notas
promissórias são instrumentos de dívida emitidos por uma companhia no mercado nacional ou
internacional para o financiamento de curto prazo; Eurobonds são captações de recursos no exterior,
emissões de títulos de renda fixa de longo prazo no mercado internacional (Bonds longo prazo ou
Notes médio prazo); e os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são títulos nominativos emitidos
pelos bancos comerciais e vendidos ao público como forma de captação de recursos (CDB-prefixado,
CDB-pós-fixado, CDB com swap).
Derivativos são instrumentos financeiros que têm o valor alterado devido às mudanças nas taxas
de juros, de câmbio, de índices de preço, de crédito. Não exigem investimento inicial ou apenas
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/27
menor do necessário e são liquidados em data futura. Como exemplos, citam-se: contratos a termo,
contratos futuros, opções e swaps (Pereira; Mello, 2019).
O objetivo fundamental dos derivativos é a proteção oferecida aos agentes econômicos contra
os riscos de oscilações de preços, taxas de juros, variações cambiais, em suma, qualquer variação que
possa impactar os fluxos de caixa futuros ou o valor presente de seus ativos. A seguir, analisaremos
os tipos e características dos principais produtos negociados no mercado de derivativos brasileiro.
Contratos a termo (forward) são acordos de compra e venda de um ativo em determinada
data futura, por um preço previamente estabelecido. Efetuam a proteção de riscos aos
produtores/compradores sobre variações de preços e taxas. Identifica-se como short position aquele
que assume a venda e long position aquele que assume a compra. O objetivo desse contrato é a
redução da incerteza sobre o preço futuro das mercadorias negociadas. Normalmente, as partes do
contrato são instituições financeiras e clientes ou entre instituições financeiras. O contrato é liquidado
no vencimento, quando o short entrega o ativo e recebe do long o valor ao preço estabelecido. A
variável determinante nesse contrato é o preço do ativo no mercado, e seu objeto, a movimentação
do preço que torna o contrato positivo ou negativo. São instrumentos de proteção contra oscilação
de preços, e não de oferta do ativo. A relevância desse instrumento é o resultado financeiro obtido
com a compra/venda do contrato, e não o recebimento/entrega física do ativo (Galdi; Lopes, 2017;
Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Segue um exemplo para análise: em janeiro de 2017, a empresa, Airflex S. A. negociou um
contrato a termo de compra de 100 sacas de café para janeiro de 2019. A realização do contrato
seguiu as condições do mercado, não houve custo para a Airflex entrar no contrato e também não foi
qualificado como instrumento de hedge. O valor justo do contrato termo no final de 2017 aumentou
para R$ 400/saca, total contrato a termo R$ 40.000. Ao final de 2018, o valor justo do contrato a
termo diminuiu para R$ 350/saca (total R$ 35.000). Como podemos efetuar as contabilizações? A
seguir, as demonstrações desse exemplo.
Em janeiro de 2017: o valor justo de um contrato a termo de compra é , em que
 valor justo do termo;  preço de entrega do termo original;  preço a termo hoje;  taxa
de desconto; e  prazo até o vencimento do contrato.
Logo, na data em que a operação é realizada, em condições de mercado, , assim o valor
justo do contrato a termo é zero. Portanto, nenhum lançamento é efetuado. Efetuam-se tão somente
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/27
os seguintes registros contábeis:
Em dezembro de 2017:
D – Derivativos: contratos a termo ........................... 40.000
C – Ganho com derivativos (DRE) ........................... 40.000
Em dezembro de 2018:
D – Perda com derivativos (DRE) ............................ 5.000
C – Derivativos: contratos a termo ........................... 5.000
Contratos futuros são acordos de compra e venda de um ativo em determinada data futura,
por um preço previamente estabelecido. Diferentemente do contrato a termo, os parâmetros
(condições preestabelecidas como quantidade, qualidade, vencimento e local de entrega) dos
contratos futuros são padronizados, tornando-os ativos mais negociáveis em bolsa. Apenas um item
a ser negociado, o preço. Têm função de proteção de riscos aos produtores/compradores sobre
variações de preços e taxas. A posição short corresponde ao vendedor, e a long, ao comprador. Como
objetivo, o contrato futuro reduz a incerteza sobre o preço futuro das mercadorias negociadas e
também elimina limitações, como a dificuldade de encontrar compradores e vendedores com
necessidadesopostas e o risco de inadimplência das partes (Galdi; Lopes, 2017; Lopes; Galdi; Lima,
2011).
Normalmente, as partes do contrato são instituições financeiras e clientes ou entre instituições
financeiras. As vantagens desse contrato são a intercambialidade de posições e ajustes diários para
minimização de riscos. A intercambialidade é possível devido à padronização dos contratos, trazendo
agilidade aos negócios do mercado futuro. Pode ser liquidado antes do vencimento. A liquidação do
contrato é feita na câmara de compensação, e as partes envolvidas não se conhecem, reconhecendo
assim maior credibilidade ao negócio. A padronização dos contratos trouxe liquidez ao mercado e os
ajustes diários refletem os preços praticados no mercado (market to market). Esses ajustes propiciam
a implementação de garantias eficientes na bolsa (Galdi; Lopes, 2017; Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Em contratos futuros, a variável determinante é o preço do ativo no mercado e seu objeto se
refere à movimentação do preço torna o contrato positivo ou negativo. São instrumentos de
proteção contra a oscilação de preços, e não de oferta do ativo. A relevância desse instrumento é o
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/27
resultado financeiro obtido com a compra/venda do contrato, e não o recebimento/entrega física do
ativo (Galdi; Lopes, 2017; Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Exemplo: Os principais contratos futuros negociados na B[3] são: DI1 (DI de um dia); DOL (dólar
comercial); DDI e FRA (cupom cambial sujo e cupom cambial limpo); e IND (Ibovespa). Os contratos
DI1 comercializam a taxa de juros efetiva dos depósitos interfinanceiros definida pela acumulação
das taxas diárias de DI1; os contratos DOL negociam a taxa cambial de reais por dólar americano para
entrega no último dia de negociação do contrato; os contratos futuros de cupom cambial negociam
a diferença entre a taxa de juros e a variação cambial para determinado período – no DDI (cupom
cambial sujo); a variação cambial é mensurada no dólar PTAX do dia anterior, no FRA (cupom cambial
limpo), a variação cambial é mensurada no dólar à vista do dia; por fim, os contratos IND têm por
objeto a negociação do índice de ações do segmento Bovespa para o último dia de negociação do
contrato.
Swaps são contratos para troca futura de fluxo de caixa ou rentabilidades, nos quais as partes se
comprometem a trocar, em data futura, os resultados dos fluxos concordados. No Brasil, a regulação
para swaps é recente. A primeira, Resolução n. 2.138/1994, autoriza a realização no mercado balcão
de operações de swap e opções sobre swap, referenciadas em ouro, taxas de câmbio, taxas de juros e
índices de preços. São operações de balcão efetuadas geralmente para operações de hedge e
realizadas entre empresas e bancos (Galdi; Lopes, 2017; Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Muitos confundem swap com hedge, porém swap é um derivativo que pode ser empregado
tanto em operação hedge como para especulação. A análise de swaps é uma prolongação natural do
conhecimento sobre contratos futuro e a termo (Hull, 2016). Permite a troca de posições entre
agentes, segundo certos índices. Representa um acordo privado de intercâmbio futuro de fluxos de
caixa com base em métodos preestabelecidos e possibilita a proteção aos investidores pelos ativos e
passivos reais no mercado.
Em relação à liquidação financeira do swap, esta equivale ao saldo entre dois fluxos de caixa no
vencimento. Uma vez publicamente divulgados, os indexadores utilizados nos fluxos de caixa dos
swaps podem ser: IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais cupom, dólar mais
cupom, ou até mesmo preço de commodities (Galdi; Lopes, 2017; Lopes; Galdi; Lima, 2011).
No mercado existem:
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/27
a. Swap de taxas de juros: o mais comum é conhecido por plain vanilla: contrato em que a parte
Y concorda em pagar à parte X fluxos de caixa indexados a juros prefixados sobre um valor
principal por determinado período, e X concorda pagar Y a taxa flutuante sobre o mesmo valor
e período. O uso do swap tem efeito de transformar um empréstimo em taxa fixa ou flutuante
em um empréstimo em taxa flutuante ou fixa.
b. Swap de moedas: envolve a troca do principal e pagamentos a uma taxa prefixada em uma
moeda por outro contrato de características semelhantes em outra moeda. Ou seja, uma das
funções desse swap é alterar o empréstimo feito em certa moeda por um empréstimo em outra.
Na marcação a mercado de pontas do swap, como regra geral, a operação é reprecificada,
substituindo a taxa contratada originalmente pela taxa atual de mercado, considerando o prazo
restante a partir da data de apuração do valor a mercado (data-base).
O contrato de Swap cambial com ajuste periódico baseado em Operações Compromissadas de
um Dia (SCS) é um instrumento que possibilita a redução da volatilidade da taxa de câmbio ao BCB.
Também atende às demandas do mercado local por produtos referenciados à taxa Selic, ao mesmo
tempo que permite a proteção contra a variação do dólar. Nesse instrumento, uma das pontas do
swap é remunerada pela taxa Selic, ao passo que a outra é atrelada à variação cambial mais o cupom.
Denominada de Swap Cambial tradicional, na compra pelo BCB de contratos de SCS do mercado. A
posição comprada em contratos SCS será ativa na taxa Selic e passiva em variação cambial mais
cupom cambial. Ao vender contratos de SCS ao mercado, a operação é denominada Swap Cambial
reverso (Galdi; Lopes, 2017; Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Opções são instrumentos financeiros representados por um contrato que concede o direito de
negociar a compra ou a venda de um ativo a um preço futuro determinado; por esse direito, o
investidor reconhece antecipadamente um prêmio ao vendedor. O comprador da opção, titular do
contrato, tem uma posição “comprada”, ao passo que o vendedor da opção, lançador da opção, tem
uma posição “vendida”. Ativos-objetos são os produtos negociados pelas opções: ações, índices de
preços, ouro, dólar, taxas de juros, e assim por diante. O detentor de uma opção tem o direito de
comprar ou vender determinado ativo a um preço predefinido em certa data futura. Esse direito é
exercido se as condições econômicas forem atraentes para o titular da opção; caso contrário, o
direito não é exercido, perdendo o prêmio pago (Galdi; Lopes, 2017; Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Os produtos e instrumentos financeiros negociados como opções são: taxas de juros, taxas de
câmbio, produtos agropecuários, índice Bovespa, ouro etc. As opções podem ser de dois tipos:
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/27
europeias ou americanas. Nas opções americanas, o direito de compra e venda pode ser exercido
pelo titular em qualquer momento do prazo da operação; nas europeias, esse direito é válido
somente na data de vencimento do contrato. Dois tipos de contrato: calls (opções de compra) –
concessão do direito de compra ao titular de um ativo no futuro a um preço determinado, e, ao
vendedor, uma obrigação futura em entregar os ativos ao preço negociado; puts (opções de venda) –
concessão do direito de venda ao titular de um ativo no futuro a um preço determinado, e, ao
vendedor, uma obrigação futura em entregar os ativos-objetos ao preço negociado (Galdi; Lopes,
2017; Lopes; Galdi; Lima, 2011).
A diferença entre contrato futuro e contrato de opção está no fato de que o primeiro representa
a obrigação de compra ou venda no futuro, e o segundo corresponde tão somente ao direito do
exercício, sem obrigatoriedade. No contrato futuro, o risco é maior para o investidor em caso de
desvalorização do ativo; já no contrato de opção, a perda se limita ao prêmio pago pela opção.
Também utilizado para proteção (hedge). Exemplo: compra de opções de venda de ações a um preço
determinado para proteção a uma possível desvalorização destas no mercado. O exercício do direito
do contrato de opção serelaciona diretamente às variações do preço de mercado. Na alta de preços,
espera-se realizar a opção de compra, e na queda, a opção de venda (Galdi; Lopes, 2017; Lopes;
Galdi; Lima, 2011).
Após a exposição sobre os tipos de instrumentos financeiros, podemos agora analisar a
necessidade da classificação destes em categorias específicas. Tal classificação resulta da intenção da
empresa relacionada ao instrumento financeiro e da relevância da informação para sua utilização. A
Circular 3.068/2001, publicada pelo BCB, estabelece critérios para registro e avaliação contábil de
títulos e valores mobiliários. Assim, por meio do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro
Nacional (Cosif), em seu item 4.1.1, os títulos e valores mobiliários se classificam em:
a. Títulos para negociação – são aqueles adquiridos com o propósito de serem ativa e
frequentemente negociados.
b. Títulos disponíveis para venda – são aqueles que não se enquadram na classificação de títulos
para negociação e tampouco títulos mantidos até o vencimento.
c. Títulos mantidos até o vencimento – são aqueles que a instituição financeira tem intenção e
capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento (BCB, [s.d.]a).
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/27
Ademais, conforme prescreve o item 4.1.11 do Cosif, a reavaliação dos títulos e valores
mobiliários quanto à sua classificação, de acordo com os critérios previstos no item 4.1.1, somente
poderá ser efetuada por ocasião da elaboração dos balanços semestrais (BCB, [s.d.]a).
Em relação aos instrumentos financeiros derivativos, a classificação decorre da intenção da
entidade em utilizá-los como proteção (hedge) ou para especulação. Entretanto, para comprovar a
finalidade de proteção (hedge), a empresa deve apresentar uma documentação minuciosa com o
intuito de demonstrar a efetividade da operação. Uma vez que isso tenha sido comprovado, o
tratamento contábil será diferenciado aos itens que compõem tal operação. Nesse caso, ocorrem três
tipos de relações de proteção: (i) hedge de valor justo – proteção para exposição a alterações no valor
justo de ativo ou passivo reconhecido que possa afetar o resultado; (ii) hedge de fluxo de caixa –
proteção para exposição à variabilidade nos fluxos de caixa que possa afetar o resultado; e (iii) hedge
de investimento líquido em operação no exterior.
Na primeira relação de proteção, as variações são contabilizadas no resultado juntamente com
as variações do item protegido; na segunda, as variações são contabilizadas em conta de patrimônio
e reclassificadas posteriormente para o resultado quando da realização contábil da transação
protegida; e no terceiro tipo de proteção, os ganhos e perdas são contabilizados no patrimônio para
equilibrar os ganhos e perdas no investimento, considerando que a parte ineficaz do hedge seja
contabilizada no resultado e que tais ganhos e perdas serão somente baixados do patrimônio no ato
da venda, descontinuidade ou perda do valor recuperável do investimento no exterior.    Esses
procedimentos são denominados contabilidade de operações de hedge (hedge accounting).
Por outro lado, se o instrumento financeiro derivativo for utilizado com propósito de obtenção
de lucros ou mesmo na situação em que a empresa não consiga demonstrar a operação de proteção
(hedge), o item necessariamente deverá ser classificado como valor justo por meio do resultado
(VJPR) ativo ou passivo. Assim, todas as alterações no valor justo do derivativo devem ser
consideradas no resultado da entidade, e o valor justo do derivativo apresentado no Balanço
Patrimonial, como ativo ou passivo (Lopes; Galdi; Lima, 2011).
Ao momento da transação, o ativo será classificado como valor justo por meio do resultado
(VJPR), quando for de curto prazo a intenção da negociação do título, ou derivativo (exceto aqueles
designados às operações de hedge) ou quando reduzir ou excluir alguma inconsistência de
mensuração.
[1]
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/27
Para a classificação mantidos até o vencimento (MAV), consideram-se os instrumentos
financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e com vencimento fixo
(conhecido), os quais a empresa possui a intenção e a capacidade em mantê-los até o vencimento
(exceto aqueles qualificados como VJPR, disponíveis para venda ou empréstimos e recebíveis).
Também são classificados como Empréstimos e Recebíveis (E&R) os ativos financeiros não
derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não sejam cotados em um mercado ativo,
como: (i) empréstimos concedidos – operações de crédito e financiamento em instituições
financeiras; (ii) contas a receber; e (iii) mútuos.
Por fim, a classificação de Disponíveis para venda (DPV) se refere aos ativos financeiros não
derivativos inicialmente qualificados nessa categoria ou aqueles que não se incluem nas categorias
acima mencionadas. São ativos financeiros cujas condições e momento em que serão negociados
ainda não foram definidos pela empresa. A Tabela 3 apresenta um breve resumo das classificações.
Tabela 3 – Resumo classificações de Instrumentos Financeiros
Tipo de instrumento financeiro Classificação
Investimento em títulos de dívida E&R – MAV – DPV
Investimento em títulos patrimoniais Disponíveis para Venda (DPV)
Derivativos Valor Justo por meio do Resultado (VJPR)
Empréstimos concedidos e recebíveis gerados
internamente
Empréstimos e Recebíveis (E&R)
Fonte: adaptado de Lopes; Galdi; Lima, 2011.
Do mesmo modo que o ativo financeiro, os passivos financeiros são classificados como valor
justo por meio do resultado (VJPR) no reconhecimento inicial, quando os títulos forem emitidos com
a intenção de negociação (recompra) ou derivativos passivos (exceto para aqueles qualificados como
instrumentos de hedge). Para os passivos financeiros não derivativos que não foram classificados
como VJPR, são classificados como passivos mensurados pelo custo amortizado (PMCA).
Os contratos híbridos que incluem derivativo embutido e um componente principal não
derivativo seguirão a classificação de ativos financeiros quando este for o componente principal.
[2]
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/27
Caso o ativo não seja o componente principal, o derivativo embutido deverá ser separado do
contrato e classificado como derivativo mediante o CPC 48, e o contrato principal deverá ser
contabilizado conforme pronunciamentos apropriados. Se o contrato híbrido contiver um ou mais
derivativos embutidos e o componente principal não for um ativo dentro do alcance desse
pronunciamento, a entidade pode designar todo o contrato híbrido como ao valor justo por meio do
resultado.
TEMA 3 – MENSURAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Na mensuração inicial de instrumentos financeiros, exceção feita para o contas a receber, que
deverão ser reconhecidas no relatório contábil a seu preço de transação caso não haja parcela
significativa de componente de financiamento (CPC, 2016), conforme CPC 47, a entidade deve
mensurar o ativo financeiro ou o passivo financeiro ao seu valor justo , mais ou menos, no caso de
ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja ao valor justo pelo resultado, os custos de
transação diretamente atribuíveis à aquisição ou à emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro
(CPC, 2016).
Nessa circunstância, observa-se, como regra geral para a mensuração inicial de um instrumento
financeiro, a adoção do método de mensuração a valor justo acrescido dos seus custos de transação.
Assim, o preço da transação mais recente será considerado a melhor evidência do valor justo
corrente, à diferença do valor justo por meio do resultado (VJPR) que, na sua apuração do valor justo,
calcula-se o valor presente esperado, e as variações são contabilizadas no resultado.
Contudo, se o valor justo do ativo financeiro ou passivo financeiro no reconhecimento inicial
diferir dopreço da transação, a entidade deve:
a. mensurar pelo valor justo, quando comprovado por preço cotado em mercado ativo para ativo
ou passivo idêntico ou com base na técnica de avaliação que utiliza somente dados de
mercados observáveis. A entidade deve reconhecer a diferença entre o valor justo no
reconhecimento inicial e o preço da transação como ganho ou perda.
b. Em todos os demais casos, pela mensuração do valor justo ajustada para diferir a diferença
entre o valor justo no reconhecimento inicial e o preço da transação. Essa diferença diferida
como ganho ou perda deve ser reconhecida na medida em que resultar de alteração em fator
(incluindo o tempo) levado em consideração ao precificar o ativo ou o passivo.
[3]
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/27
Após o reconhecimento inicial, na mensuração subsequente do ativo financeiro, a entidade
deve mensurá-lo de acordo com o custo amortizado ; o valor justo por meio de outros resultados
abrangentes ; ou o valor justo por meio do resultado (CPC, 2016). Já na mensuração subsequente
do passivo financeiro, a entidade deve igualmente mensurá-lo ao custo amortizado, porém com as
seguintes exceções: passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado; passivos financeiros da
transferência do ativo financeiro não qualificada para desreconhecimento; contratos de garantia
financeira; empréstimos com taxa de juros abaixo do mercado; contraprestação em combinação de
negócios; ao eliminar ou reduzir significativamente inconsistência de mensuração ou reconhecimento
em virtude da mensuração ou do reconhecimento de seus ganhos e perdas em bases diferentes; ou,
um grupo de passivos financeiros ou ativos financeiros e passivos financeiros administrado e seu
desempenho é avaliado de acordo com uma estratégia documentada de gerenciamento de risco ou
de investimento (CPC, 2010 ).
Para receita de juros, deve ser utilizado o método de juros efetivos. Isso é calculado aplicando-
se a taxa de juros efetiva ao valor contábil bruto do ativo financeiro, exceto por: (a) ativos financeiros
comprados ou concedidos com problemas de recuperação de crédito. Para esses ativos financeiros,
aplica-se a taxa de juros efetiva ajustada ao crédito ao custo amortizado do ativo financeiro desde o
reconhecimento inicial; e (b) ativos financeiros que não são comprados ou concedidos com
problemas de recuperação de crédito, mas que, posteriormente, se tornaram ativos financeiros com
problemas de recuperação de crédito. Para estes, aplica-se a taxa de juros efetiva ao custo
amortizado do ativo financeiro em períodos de relatório contábil subsequentes.
Vamos lembrar um pouco sobre a taxa de juro efetiva? Trata-se de uma taxa de juros que
corresponde a igual período da formação e incorporação de juros ao capital. Ela difere da taxa
nominal porque esta usa um prazo de referência diferente do prazo de capitalização.
Em que,
 taxa de juros efetiva
 periodos
 taxa de juros nominal
[4]
[5]
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/27
Assim, o método da taxa efetiva de juros é utilizado para calcular o custo amortizado de ativo ou
de passivo financeiro e alocar a receita ou a despesa de juros no período relevante. A taxa efetiva de
juros (taxa interna de retorno) é a taxa de desconto que, aplicada sobre os pagamentos ou
recebimentos futuros estimados ao longo da expectativa de vigência do instrumento financeiro ou,
quando apropriado, por um período mais curto, resulta no valor contábil líquido do ativo ou passivo
financeiro. Ao calculá-la, a entidade deve estimar os fluxos de caixa, considerando todos os termos
contratuais do instrumento financeiro (por exemplo, liquidação antecipada, opções de compra e
derivativos semelhantes), mas não deve considerar perdas de crédito futuras. O cálculo deve incluir
todas as comissões pagas ou recebidas entre as partes do contrato, os custos de transação e todos
os outros prêmios ou descontos.
Há a premissa de que os fluxos de caixa e a vida esperada de um grupo de instrumentos
financeiros semelhantes podem ser confiavelmente estimados. Contudo, naqueles raros casos em
que isso não é possível, a entidade deve utilizar os fluxos de caixa do contrato ao longo de todo o
prazo do contrato do instrumento financeiro ou grupo de instrumentos financeiros (IFRS, [s.d.]).
TEMA 4 – CONTABILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Para as instituições financeiras, em 2002 houve uma significativa alteração nos procedimentos
contábeis, por intermédio da Circular n. 3082 do BCB em relação às operações com instrumentos
financeiros, conforme as normas internacionais contábeis. Até aquele momento, o procedimento
contábil para registro era pelo valor de custo inicial (Ferreira, 2013).
Assim, desde abril de 2002, a contabilização do resultado apurado em tais operações deve ser
realizada individualmente, e é vedada a compensação de receitas com despesas em contratos
distintos. Já na apuração do resultado mensal, deve ser realizada a compensação de receitas com
despesas anteriormente registradas, desde que dentro do próprio semestre e relativas ao mesmo
contrato.
Os instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo valor de mercado, no mínimo, por ocasião
dos balancetes mensais e balanços, computando-se a valorização ou a desvalorização, em
contrapartida à adequada a conta de receita ou despesa, no resultado do período, observadas as
particularidades para aquelas contratadas com o objetivo de hedge.
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/27
Nesse contexto, seguem exemplos de contabilização referentes às operações com instrumentos
financeiros derivativos realizadas pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo BCB.
Conforme dispositivo 4.1, “a”, do Cosif, nas operações a termo, deve ser registrado, na data da
operação, o valor final contratado, deduzido da diferença entre esse valor e o preço à vista do bem
ou direito em subtítulo retificador de uso interno da adequada conta de ativo ou passivo,
reconhecendo as receitas e despesas em razão do prazo de fluência dos contratos, no mínimo, por
ocasião dos balancetes mensais e balanços (BCB, [s.d.]).
Vejamos: na data de 1° de março de 201X, a instituição financeira efetua a compra de R$ 2.000
em ações, com revenda a termo delas por R$ 2.200 para 31 de março.
Em 01/03/1X – Registro da compra de ações
D – Títulos de Renda Variável (Ativo Circulante e RLP ) 2.000
C – Caixa ou outra disponibilidade (Ativo Circulante e RLP) 2.000
Registro da venda de contrato a termo  
D – Vendas a Termo a Receber (Ativo Circulante e RLP) 2.200
C – Títulos de Renda Variável (Ativo Circulante e RLP) 2.000
C – Rendas a Apropriar por Vendas a Termo (Ativo Circulante e RLP) 200
 Em 31/03/1X – Reconhecimento dos juros
D – Rendas a Apropriar por Vendas a Termo (Ativo Circulante e RLP) 200
C – Outras Rendas Operacionais (Receitas Operacionais) 200
Registro simplificado da liquidação / recebimento do contrato
D – Caixa ou outra disponibilidade (Ativo Circulante e RLP) 2.200
C – Vendas a Termo a Receber (Ativo Circulante e RLP) 2.200
Conforme dispositivo 4.1, “b”, do Cosif, nas operações com opções, deve ser registrado, na data
da operação, o valor dos prêmios pagos ou recebidos na adequada conta de ativo ou passivo,
respectivamente, nela permanecendo até o efetivo exercício da opção, se for o caso, quando então
[6]
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/27
deve ser baixado como redução ou aumento do custo do bem ou direito, pelo efetivo exercício, ou
como receita ou despesa, no caso de não exercício, conforme o caso (BCB, [s.d.]).
Inicialmente, efetua-se o registro em contas de compensação na instituição lançadora da opção
de compra de ações:
D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias (Conta de Compensação – Ativo) 2.300
C – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas (Contade Compensação – Passivo) 2.300
Registro do recebimento do prêmio  
D – Caixa ou outra disponibilidade (Ativo Circulante e RLP) 200
C – Prêmios de Opções Lançadas (Passivo Circulante e ELP ) 200
Procede-se com o registro do lucro na transação, caso o titular não exerça seu direito na opção:
D – Prêmios de Opções Lançadas (Passivo Circulante e ELP) 200
C – Lucros em Operações com Ativos Financeiros e Mercadorias (Receitas Operacionais) 200
Registro da baixa nas contas de compensação:  
D – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas (Conta de Compensação – Passivo) 2.300
C – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias (Conta de Compensação – Ativo) 2.300
Conforme dispositivo 4.1, “c”, do Cosif, nas operações de futuro, deve ser registrado o valor dos
ajustes diários na adequada conta de ativo ou passivo, que devem ser apropriados como receita ou
despesa, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços (BCB, [s.d.]).
Registro em contas de compensação  
D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias (Conta de compensação – Ativo) 2.500
C – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas (Conta de Compensação – Passivo) 2.500
Registro do ajuste diário
1 – Em contas de compensação
D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias (Conta de compensação – Ativo) 150
C – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas (Conta de compensação – Passivo) 150
[7]
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/27
2 – Em contas patrimoniais  
D – Mercado Futuro – Ajuste Diário (Passivo Circulante e ELP) 150
C – Rendas de Operações com Derivativos (Receitas Operacionais) 150
Registro do recebimento do ajuste diário  
D – Caixa ou outra disponibilidade (Ativo Circulante e RLP) 150
C – Mercado Futuro – Ajuste Diário (Passivo Circulante e ELP) 150
Registro da baixa nas contas de compensação  
D – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas (Conta de compensação – Passivo) 2.650
C – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias (Conta de compensação – Ativo) 2.650
Conforme dispositivo 4.1, “d”, do Cosif, nas operações de swap, deve ser registrado o diferencial
a receber ou a pagar na adequada conta de ativo ou passivo, devendo ser apropriado como receita
ou despesa, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços (BCB, [s.d.]).
Efetua-se o registro em contas de compensação no banco que pagará o diferencial entre as
taxas.
D – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias (Conta de compensação – Ativo) 2.000
C – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas (Conta de compensação – Passivo) 2.000
Registro do pagamento do diferencial  
D – Despesas com Operações com Derivativos (Despesa Operacional) 40
C – Caixa ou outra disponibilidade 40
Registro da baixa nas contas de compensação  
D – Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias Contratadas (Conta de compensação – Passivo) 2.000
C – Contrato de Ações, Ativos Financeiros e Mercadorias (Conta de compensação – Ativo) 2.000
Contabilização pelo método das partidas dobradas conforme exemplo para operações de
swap
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/27
Nas operações com outros instrumentos financeiros derivativos, segundo o item 4.1, “e”, do
Cosif, deve ser realizado registro em contas de ativo ou passivo de acordo com as características do
contrato, incluindo aqueles embutidos, que devem ser registrados separadamente em relação ao
contrato a que estejam vinculados (BCB, [s.d.]).
TEMA 5 – NOVAS PERSPECTIVAS RELACIONADAS A
INSTRUMENTOS FINANCEIROS – O IFRS 9
A crise econômica que emergiu em 2008 provocou mudanças significativas no cenário global,
envolvendo também os padrões internacionais de relatórios financeiros (IFRS). O International
Accounting Standards Board (IASB) elaborou uma nova norma, IFRS 9 (CPC 48), para instrumentos
financeiros, estabelecendo principalmente novos critérios de reconhecimento, mensuração e
divulgação de informações e critérios de consolidação. O IFRS 9 modifica a estratégia do enfoque
dos dados contábeis nas demonstrações financeiras e organizações, especialmente bancos e
instituições financeiras. Os preços históricos são substituídos pela expectativa no futuro, que não é
mais uma decisão dos administradores, mas que se baseia nos modelos de negócios (IFRS, [s.d.]).
De fato, a norma IAS 39 se mostrou inadequada durante a crise de 2008, reconhecendo
tardiamente as perdas decorrentes da elevação do risco de crédito das carteiras de empréstimo e em
volume insuficiente. O reconhecimento posterior de perdas de crédito sobre empréstimos e outros
instrumentos financeiros foi identificado como uma fraqueza nas normas contábeis existentes.
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/27
Desse modo, o padrão IAS 39, fundamentado em perdas incorridas, se mostrou frágil perante
um cenário adverso, e, assim, o mercado reivindicou um modelo de provisionamento baseado não
somente em informações do passado, mas igualmente em expectativas futuras. Nesse sentido, adota-
se o novo modelo de impairment de ativos financeiros em perdas esperados, abandonando o
modelo de perdas incorridas. Especificamente, nesse novo padrão, as entidades reconhecem as
perdas de crédito previstas a partir do reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros (Gornjak,
2017).
O IFRS 9 apresenta a contabilidade fundamentado em princípios, ao passo que o modelo IAS 39
é baseado em regras, apesar de esse modelo permitir que os gestores tomem decisões mais estáveis 
e previsíveis em um ambiente instável. Críticas reservadas à abordagem com base em regras ocorrem
por não se adaptarem em ambientes inovadores; já aquelas feitas aos padrões fundamentados em
princípios se referem à falta de orientação operacional (Benston; Bromwich; Wagenhofer, 2006).
A Tabela 4 apresenta uma comparação entre as principais alterações entre IAS 39 e IFRS 9.
Tabela 4 – Comparação das principais categorias entre a IAS 39 e a IFRS 9
Categoria IAS 39 IFRS 9
Objetivo da norma
Aplica-se a todos ativos financeiros (algumas
exceções)
Idem
Reconhecimento
inicial do Ativo
Quando a entidade se torna parte das
provisões contratuais
Idem
Mensuração inicial
Valor justo, incluindo custos de transação
(ativos financeiros sem intenção de
comercialização)
Idem
Mensuração
subsequente
Valor justo
 
Custo reduzido
Custo (ações sem mensuração confiável)
Valor justo por meio do resultado (VJPR)
Custo amortizado (CA)
Valor justo por outros resultados abrangentes
(VJOPRA)
Tipos de classificação Disponível para venda (DPV)
Mantidos até vencimento (MAV)
Empréstimos e recebíveis (E&R)
Valor justo por meio do resultado (VJPR)
Valor justo por meio do resultado (VJPR)
Custo amortizado (CA)
 
 
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/27
Categoria IAS 39 IFRS 9
 
Valor justo por outros resultados abrangentes
(VJOPRA)
Reclassificação
Não há reclassificação por meio do resultado
após o reconhecimento inicial
Alteração do modelo negócios
Instrumentos
patrimoniais
Instrumentos patrimoniais disponíveis para
venda são mensurados pelo VJOPRA
Escolha irrevogável ao qualificar como
VJOPRA, VJPR se mantido para negociação
Ganhos e Perdas Normalmente por meio de lucros ou perdas Normalmente por meio de lucros ou perdas
Impairment
Vários modelos de impairment
Modelo de perdas incorridas
Modelo unificado de impairment
Modelo de perda esperada
Fonte: adaptado de Huian, 2012.
Cabe ressaltar que relevante alteração decorrente do IFRS 9 (CPC 48) é o modelo de perdas de
crédito esperadas, pois requer um reconhecimento oportuno de perdas inevitáveis nos relatórios
financeiros, particularmente nas instituições financeiras (Hoogervorst, 2016).
Ademais, a nova norma internacional sobre a contabilização dos instrumentos financeiros, IFRS 9,
favorece a qualidade da informação contábil nos relatórios financeiros, principalmentena esfera dos
instrumentos da dívida. A redução do valor recuperável de ativos financeiros conduz diversas e
significativas mudanças nas políticas contábeis, amparadas no modelo de perdas futuras (esperadas).
Ao mesmo tempo, as partes interessadas se beneficiam de uma visão mais favorável dos
instrumentos com maior risco de crédito (Marshall, 2015).
TROCANDO IDEIAS
Durante a exposição dos temas sobre os instrumentos financeiros, citamos crises financeiras e
econômicas que ocorreram em 2008 e mencionamos como essas situações influenciaram mudanças
nas normas contábeis internacionais e em nosso sistema financeiro nacional. Também verificamos
relevantes transformações que direcionaram novas premissas às normas contábeis de instituições
financeiras. Em 2008, a crise econômica eclodiu fortemente nos Estados Unidos, conduzindo às
mudanças ocorridas nos padrões contábeis internacionais.
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/27
Diante dessa exposição, quais instituições financeiras americanas sofreram com essa crise? Quais
instrumentos financeiros estavam envolvidos?
NA PRÁTICA
Com base nas premissas de instrumentos financeiros derivativos, suponha que você seja um
produtor de café e deseja eliminar as incertezas de preço da sua produção. Como o uso de
derivativos poderia proteger sua safra das oscilações de preços?
(A resposta se encontra ao final deste documento.)
FINALIZANDO
Nesta aula, abordamos o tema dos instrumentos financeiros e seu reconhecimento, classificação,
mensuração e contabilização, especificamente das instituições financeiras com o mercado de capitais
e usuários. Vimos como as instituições financeiras e empresas se adequaram aos padrões das normas
contábeis internacionais. Assim, nos três primeiros temas foram apresentadas as normas contábeis
relativas aos instrumentos financeiros e as respectivas classificações e mensurações inerentes.
Comentamos, também, a contabilização de tais instrumentos nas instituições financeiras, além da
exposição e argumentação sobre as perspectivas relacionadas ao IFRS 9 (CPC 48), vigente desde 1°
de janeiro de 2018.
O IFRS 9 introduz uma nova contabilidade por meio da seleção do modelo de negócios, no qual
os ativos são administrados para gerar fluxos de caixa – coletando fluxos de caixa contratuais,
vendendo ativos financeiros ou ambos. Como objetivo final, a intenção da nova norma é melhorar a
capacidade de diferentes usuários das demonstrações financeiras, ao entenderem a contabilização de
instrumentos financeiros e, portanto, torná-los hábeis em tomar melhores decisões de negócios.
Logo, o objetivo dos novos projetos é o aprimoramento da utilidade da decisão e a relevância das
informações relatadas sobre instrumentos financeiros e, eventualmente, o aumento da confiança dos
investidores nos mercados.
REFERÊNCIAS
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/27
BCB – Banco Central do Brasil. COSIF – Manual de Normas do Sistema Financeiro. [S.d.]a.
Disponível em: <https://www3.bcb.gov.br/aplica/cosif>. Acesso em: 14 out. 2019.
______. Convergência das normas contábeis do SFN às normas internacionais. [S.d.]b.
Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/legado?url=https:%2F%2Fwww.bcb.gov.b
r%2Fpre%2Fprojeto_convergencia%2Fconvergencia.asp>. Acesso em: 14 out. 2019.
______. Banco Central do Brasil. Estabilidade Financeira. [S.d.]c. Disponível em:
<https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira>. Acesso em: 14 out. 2019.
BENSTON, G. J.; BROMWICH, M.; WAGENHOFER A. Principles-versus rules-based accounting
standards: The FASB’s standard-setting strategy. Abacus, v. 42, n. 2, p. 165-188, 2006.
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 05 – Divulgação sobre partes relacionadas.
2010. Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/159_CPC_05_R1_rev%2006.pdf>.
Acesso em: 15 out. 2019.
______. CPC 48 – Instrumentos Financeiros. 2016. Disponível em:
<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?id="106">.
Acesso em: 14 out. 2019.
______. CPC 46 – Mensuração do Valor Justo. 2012. Disponível em:
<http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/395_CPC_46_rev%2012.pdf>. Acesso em: 15 out. 2019.
FERREIRA, R. J. Contabilidade de instituições financeiras: teoria e questões comentadas. São
Paulo: Ed. Ferreira, 2013.
GALDI, F. C.; LOPES, A. B. Derivativos. In: LIMA, I. S.; LIMA, G. A. S. F.; PIMENTEL, R. C. (Coord.).
Curso de mercado financeiro: tópicos especiais. São Paulo: Atlas, 2017. p. 199-245.
GORNJAK, M. Comparison of IAS 39 and IFRS 9: The Analysis of Replacement. International
Journal of Management, Knowledge and Learning, v. 6, n. 1, p. 115-130, 2017.
HUIAN, M. C. Accounting for financial assets and financial liabilities according to IFRS 9. Annals
of the Alexandru Ioan Cuza University – Economics, v. 59, n. 1, p. 27-47, 2012. Disponível em: <http
s://doi.org/10.2478/v10316-012-0002-0>. Acesso em: 14 out. 2019.
https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/legado?url=https:%2F%2Fwww.bcb.gov.br%2Fpre%2Fprojeto_convergencia%2Fconvergencia.asp
https://doi.org/10.2478/v10316-012-0002-0
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 25/27
HOOGERSVORST, H. Introductory comments to the European Parliament. IFRS, 2016. Disponível
em: <https://www.ifrs.org/-/media/feature/news/speeches/2016/hans-hoogervorst-introductory-
comments-to-the-european-parliament-jan-2016.pdf>. Acesso em: 14 out. 2019.
HULL, J. C. Opções, futuros e outros derivativos. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016.
IFRS – International Financial Reporting Standards. IFRS 9 Financial Instruments. [S.d.].
Disponível em: <https://www.ifrs.org/issued-standards/list-of-standards/ifrs-9-financial-
instruments/>. Acesso em: 14 out. 2019.
LIMA, I. S.; LIMA, G. A. S. F.; PIMENTEL, R. C. Curso de mercado financeiro: tópicos especiais. São
Paulo: Atlas, 2017.
LOPES, A. B.; GALDI, F. C.; LIMA. I. S. Manual de contabilidade e tributação de instrumentos
financeiros e derivativos. CPC 38, CPC 39, CPC 40, OCPC 3, IAS 39, IAS 32, IFRS 7, normas da
Comissão de Valores Mobiliários, do Banco Central do Brasil e da Receita Federal do Brasil. São Paulo:
Atlas, 2011.
MARSHALL, R. Adoption of IFRS 9 financial instruments. Brussels: European Financial
Reporting Advisory Group, 2015.
PEREIRA, L. M.; MELLO, E. M. Derivativos: negociação e precificação. São Paulo: Saint Paul
Editora, 2019.
RESPOSTAS
Para se proteger das oscilações de preço da safra de café, o produtor pode utilizar o instrumento
financeiro de derivativo e negociar um contrato futuro, o qual estabelece um compromisso de
comprar/vender determinado ativo numa data futura por um preço previamente estabelecido. Esses
contratos têm por objetivo garantir a segurança de preços aos produtores e demais interessados em
sua utilização.
Pode-se igualmente escolher os contratos a termo com origem nos contratos to arrive, e seu
objetivo é reduzir a incerteza sobre o preço futuro das mercadorias negociadas. Tais contratos não
necessitam ser negociados na bolsa de valores, e as partes relacionadas determinam suas
características. Como não há necessidade de padronização nesses contratos, os negócios realizam-se
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 26/27
por meio de um contrato comercial comum, o qual determina as condições e características da
entrega futura das mercadorias em questão.
 Para aplicar o método da mensuração a valor justo por meio do resultado (VJPR), utiliza-se a
técnica de valor presente esperado, ou seja, descontam-se dos fluxos de caixa esperados as taxas
livre de risco (TJLP), utilizando-se a curva de títulos de dívida do governo mais o spread corrente de
mercado de títulos de dívida corporativos AA observáveis para títulos de dívida do governo. Se o
instrumento financeiro for designado para mensuração a VJPR, a diferença no momento da
designação entre o valor contábil, se houver, e o valor justo deveser imediatamente reconhecida no
resultado.
 Derivativo embutido faz com que a totalidade ou parte dos fluxos de caixa, exigido pelo
contrato, seja modificada de acordo com determinada taxa de juros, preço de instrumento financeiro,
preço de commodity, taxa de câmbio, índice de preços ou taxas, classificação ou índice de crédito ou
outra variável, desde que, no caso de variável não financeira, essa variável não seja específica a uma
das partes do contrato.
 Valor justo define-se como o “preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do
mercado na data de mensuração” (CPC, 2012).
 O custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro corresponde ao cálculo do valor
contábil bruto. Este é o custo amortizado sem deduções para o reconhecimento da provisão para a
redução no valor recuperável. Exemplo: Valor reconhecido inicialmente do Ativo Financeiro (-)
pagamentos do principal (-) ou (+) amortização acumulada utilizando a taxa de juros efetiva (TJE) =
Valor contábil bruto (-) provisão para perdas = custo amortizado.
 Valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) significa que, ao mensurar o
ativo financeiro, deverão ser reconhecidas as informações no resultado, e os custos de transação
devem ser amortizados no resultado, utilizando o método de juros efetivos. Com relação a ativos
mensurados ao VJORA, a receita de juros, as perdas de crédito esperadas e os ganhos ou perdas
cambiais são reconhecidos no resultado. Outros ganhos e perdas da mensuração ao valor justo são
reconhecidos em ORA (outros resultados abrangentes). No momento do desreconhecimento, os
[1]
[2]
[3]
[4]
[5]
10/04/2023, 13:37 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 27/27
ganhos e perdas acumulados, anteriormente reconhecidos em ORA, são reclassificados do
patrimônio líquido para o resultado.
 Realizável em longo prazo.
 Exigível em longo prazo.
[6]
[7]

Continue navegando