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BIOENERGÉTICA E METABOLISMO Metabolismo: !São milhares de reações químicas que ocorrem em nosso organismo a cada minuto do dia. !É a totalidade das reações celulares, incluindo as vias bioquímicas. !Síntese de moléculas (Reações anabólicas) !Quebra de moléculas (Reações catabólicas) ! Bioenergética: !Processo metabólico através do qual, as células transformam nutrientes alimentares em energia biologicamente utilizável. ENERGIA ENERGIA QUÍMICA → ENERGIA MECÂNICA TRANSFERÊNCIA / REAÇÕES QUÍMICAS BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Reações bioquímicas celulares: A transferência de energia no corpo se dá por meio da liberação da energia capturada nas ligações químicas de várias moléculas. !“ Ligações de alta energia” : ligações químicas que contêm quantidades relativamente grandes de energia em potencial. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Reações bioquímicas celulares: !Reações exergônicas (exotérmica): reações que emitem energia. !Reações endergônicas (endotérmica): a energia é adicionada aos reagentes → os produtos apresentam mais energia do que os reagentes. !Reações acopladas: reações liberadoras de energia estão acopladas às reações que necessitam de energia. ! Reações exergônicas: liberam energia para o trabalho celular a partir do potencial de degradação dos nutrientes orgânicos. ! Reações endergônicas: absorvem energia aplicada ao funcionamento da célula, produzindo novos componentes. Enzimas: !Moléculas catalisadoras que regulam a velocidade das reações bioquímicas. ! São catalisadoras → diminuem a energia de ativação. ENERGIA DE ATIVAÇÃO (EA) → Energia necessária à iniciação das reações químicas. ENZIMAS → ↓ EA / ↑ velocidade da reação e taxa de formação de produto. Características das enzimas: ! São proteínas (moléculas grandes); ! Possuem sítios ativos (“chave e fechadura”); ! A capacidade de uma enzima atuar como catalisadora é variável e pode ser modificada por diversos fatores. PARA CADA ENZIMA → UM SUBSTRATO Classificação das enzimas: !São nomeadas de acordo com o tipo de reação bioquímica por elas catalisadas; ! A maioria terminam com o sufixo “ase” (Exceção: pepsina, tripsina, renina). ! Fatores que alteram a atividade enzimática: ! Temperatura; ! pH. !Durante o exercício há aumento da atividade enzimática, devido ao aumento da temperatura; !Durante o exercício há acúmulo de íons de hidrogênio, diminuindo o pH → diminuindo a atividade enzimática e a capacidade de formar energia. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Combustíveis para o exercício: ! No repouso: carboidratos, proteínas e gorduras fornecem energia para manter as atividades celulares. !No exercício: são os carboidratos e gorduras que fornecem energia, as proteínas contribuem muito pouco para o fornecimento de energia. ENERGIA Manutenção das atividades celulares. (repouso / exercício) NUTRIENTES !CARBOIDRATOS: fornecem ao organismo uma forma de energia rapidamente disponibilizada. ! 1 grama de carboidratos → 4 Kcal de energia. ! Classificação dos carboidratos: ! Monossacarídios ; ! Dissacarídios; ! Polissacarídios. !CARBOIDRATOS: fornecem ao organismo uma forma de energia rapidamente disponibilizada. ! 1 grama de carboidratos → 4 Kcal de energia. ! Classificação dos carboidratos: ! Monossacarídios ; ! Dissacarídios; ! Polissacarídios. Glicogênio !Sintetizado nas células via ligação de moléculas de glicose → glicogênio sintase. !Pode ser constituído por centenas a milhares de moléculas de glicose. Armazenamento visa suprir as necessidades de carboidrato como fonte de energia. GLICOGÊNIO Músculo esquelético e fígado GLICOGENÓLISE BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Glicogênio Rapidamente acaba como resultado do exercício prolongado. PEQUENA RESERVA A síntese é um processo contínuo nas células Dieta rica em carboidrato (↑ síntese) X Dieta pobre em carboidrato (↓ síntese) BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! GORDURAS ! Gordura corporal armazenada → Ideal para exercícios prolongados, pois apresentam grande quantidade de energia por unidade de peso. ! Cada grama de gordura → 9 Kcal de energia. !São insolúveis em água (encontradas tanto nos vegetais como nos animais). BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Classificação das gorduras: ! Ácidos graxos: !São utilizados como fonte primária de gordura para produção de energia pelas fibras musculares e outros tecidos. LIPÓLISE - processo regulado pelas LIPASES. LIPÓLISE Triglicerídios = ácidos graxos (usado como substrato energético) + glicerol. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Classificação das gorduras: ! Triglicerídios: ! São ácidos graxos armazenados no corpo. ! T = 3 ácidos graxos + 1 glicerol. ! São armazenados nas células adiposas (maior quantidade) e em vários tipos celulares (músculos esqueléticos). !O glicerol não é uma fonte direta de energia para o músculo → no fígado (sintetizar glicose) BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Classificação das gorduras: ! Fosfolipídios: !Não são utilizados como fonte de energia pelo músculo esquelético durante o exercício. ! Fornecem integridade estrutural das membranas celulares e fazem parte da bainha de mielina. ! Esteróides – Colesterol: !Não são utilizados como fonte de energia durante o exercício. !Importante para a estrutura da membrana e necessário a síntese dos hormônios sexuais. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! PROTEÍNAS (AMINOÁCIDOS): ! Pelo menos 20 tipos de aminoácidos são necessários para a formação de diversos tecidos, enzimas, proteínas plasmática, etc. !Aminoácidos essenciais: não são sintetizados pelo corpo e devem ser consumidos através da alimentação: histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. Exemplos: carnes magras, ovos, leite e derivados, grão- de-bico, soja, alguns feijões, quinoa e pistache contêm todos os aminoácidos essenciais. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Proteínas (aminoácidos): !Para serem usadas como substratos→ devem ser quebradas em seus respectivos aminoácidos. ! Proteínas e energia para o exercício: ! Alanina (fígado) → glicose → síntese → glicogênio → degradado → glicose → transportado (sangue) → músculo esquelético. !Alanina, isoleucina, leucina, valina → podem ser convertidos em intermediários metabólicos (podem participar da bioenergética) nas células musculares → combustíveis nas vias bioenergéticas. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO !Fosfatos de Alta Energia (ATP) – adenosina trifosfato. !Fonte imediata de energia para contração muscular. Não é única, mas a principal. ! ATP: ! Uma porção de adenina; ! Uma porção de ribose; ! Três fosfatos ligados. ADP + Pi = ATP ATP → (ATPase) → ADP + Pi + Energia BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! BIOENERGÉTICA Células musculares armazenam quantidade limitada de ATP Exercício requer um suprimento constante de ATP Células devem ter vias metabólicas capazes de produzir rapidamente ATP ! Vias de produção de ATP: !Quebra de fosfocreatina (PC – Anaeróbica – sem O2); !Degradação de glicose ou glicogênio – GLICÓLISE – Anaeróbica - sem O2 ). !Formação oxidativa de ATP (Aeróbica - com O2). BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Produção Anaeróbica de ATP: a)Método mais simples e rápido (Sistema ATP-CP ou “sistema do fosfagênio”). ! A creatina fosfato doa um grupo fosfato e sua ligação energética para o ADP → ATP. ! Tão rapidamente quanto o ATP é clivado em ADP + Pi, no início do exercício, o ATP é ressintetizado pela reação PC (creatina fosfato). ! As células musculares armazenam quantidade limitada de creatina fosfato, limitando a produção de ATP. PC + ADP ATP + C Creatina quinase. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO !O Sistema ATP-CP provê energia para a contração muscular → no início do exercício e durante o exercício de alta intensidade e curta duração (menos de cinco segundos). Exemplos.: corrida de 50m, salto em altura, levantamento de peso rápido ou corrida durante uma partida de futebol (9m). !A formação de nova PC exige ATP e ocorre somente durante a recuperação do exercício. * O fato da depleção de PC limitar o exercício de alta intensidade ecurta duração, sugere a ingestão de grandes quantidades de creatina para melhorar o desempenho.* Glicólise. ! Objetivo: transferir energias de ligação da glicose para reunir o Pi ao ADP → ATP. ! Ocorre através de reações acopladas e catalisadas por enzimas. ! Ocorre no sarcoplasma da célula muscular. !Saldo: Uma molécula de glicose produz duas moléculas de ATP e duas de piruvato ou lactato. Quebra da glicose ou glicogênio → para formação de duas moléculas de piruvato ou lactato. BIOENERGÉTICA E METABOLISMO ! Fases da Glicólise: !Fase de investimento de energia: Cinco primeiras reações, o ATP armazenado deve ser usado para formar fosfatos de açúcar, ou seja, adicionar grupos fosfatos à glicose e à frutose -6- fosfato. Se a glicólise começar usando o glicogênio, é necessário adicionar apenas um ATP. O mesmo, é fosforilado pelo fosfato inorgânico. ! Fase de geração de energia: duas moléculas de ATP são produzidas a cada duas reações separadas perto do final da via glicolítica. c)NAD+ e FAD: ! Os hidrogênios são removidos dos substratos nutricionais e transportados por “moléculas transportadoras”. !O NAD+ e FAD - transportam hidrogênios e seus elétrons associados (energia), para serem utilizados posteriormente, na geração de ATP na mitocôndria em processos aeróbicos. c)NAD + e FAD: !Na glicólise, dois hidrogênios são removidos do gliceraldeído 3-fosfato, que se combina com o Pi e forma 1,3 difosfoglicerato. O aceptor de hidrogênio, é o NAD+, que aceita um dos hidrogênios, ficando os hidrogênios restantes livres em solução. NAD+ aceitou o hidrogênio → NADH Restauração do NAD + a partir do NADH !Se houver oxigênio disponível, os hidrogênios do NADH podem ser transportados para dentro da mitocôndria (Via aeróbica – Cadeia de transporte de elétrons); ! Caso contrário, o piruvato pode aceitar os hidrogênios para formar lactato (Lactato desidrogenase – LDH). O motivo para haver formação de lactato é a “reciclagem” de NAD+, permitindo a continuidade da glicólise. !Controle da bioenergética !As vias são controladas por enzimas; ! Enzima “limitadora de velocidade”: determina a velocidade da via metabólica envolvida em particular. !Características das enzimas limitadoras: !São encontradas nas fases iniciais de uma via (evitar o acúmulo de produtos); !Atividade enzimática reguladas por moduladores (↑ ou ↓ a atividade enzimática – enzimas alostéricas). ATP - Inibidor / ADP e Pi - estimuladores FEEDBACK NEGATIVO !Controle da glicólise !Enzima FOSFORILASE → degrada o glicogênio em glicose. !Apesar de não ser uma enzima glicolítica, catalisa uma reação importante, para o fornecimento da glicose necessária a via glicolítica, no início da via. !Enzima limitadora de atividade do Ciclo de Krebs: ISOCITRATO DESIDROGENASE. A [ ] de ATP inibem a ação da enzima e a [ ] crescente de ADP + Pi estimula. !Há indícios de que a [ ] aumentada de cálcio na mitocôndria também estimula a atividade enzimática. !Controle do Ciclo de Krebs e da cadeia transportadora de elétrons !A cadeia transportadora de elétrons é regulada pela quantidade de ADP + Pi presente. Enzima limitadora de atividade: CITOCROMO OXIDASE. Quando o exercício começa a [ ] de ATP declina e a de ADP +Pi aumentam→estimulandoacitocromooxidase. Quando termina o exercício, a [ ] de ATP aumenta e a de ADP + Pi caem → ↓ o transporte de elétrons quando são atingidos níveis normais de ATP, ADP e Pi . !Interação entre as produções aeróbia / anaeróbia de ATP !A energia para a realização da maioria dos tipos de exercício é oriunda de uma combinação de fontes anaeróbicas e aeróbicas. !Em músculos esqueléticos ativos, a produção de ATP pelo sistema ATP- PC, glicólise e fosforilação oxidativa ocorre simultaneamente. ! Em geral, quanto mais curta a atividade (alta intensidade), maior a contribuição da produção anaeróbica de energia. Em contraste, as atividades prolongadas (intensidade baixa a moderada) utilizam a ATP proveniente de fontes aeróbicas. Exemplos: !Corrida de 100m: 90% da energia vem do sistema ATP- CP. ! Corrida de 400m: amplamente anaeróbica, as reservas de ATP e PC são limitadas, a glicólise supre a maior parte do ATP. !Maratona (42Km): produção aeróbia de ATP.
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