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Ciência Política AV1 - 2 Semestre

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RESUMO DA DISCIPLINA 1
🥦
RESUMO DA DISCIPLINA
INTRODUÇÃO - AULA 1
O Direito é uma consciência social: Interpretações distintas sobre assuntos 
diversos.
O Direito não é uma ciência exata, e sim uma ciência social.
O Direito é uno e indivisível.
Ubi homo, ibi societas = onde há homem, há sociedade.
A ciência política é a base do direito constitucional.
A base do ordenamento jurídico é o direito constitucional (carta magna = maior).
DOUTRINA → LEI → JURISPRUDÊNCIA
O Brasil é Civil Law (sistema romano-germânico; é um sistema jurídico que tem a 
lei como fonte imediata de direito, isto é, que utiliza as normas como fundamento 
para a resolução de litígios).
Jurisprudência do STF e STJ: jurisprudência são decisões (tribunais superiores) 
reiteradas sobre um determinado assunto.
3 grandes poderes: executivo, legislativo e judiciário → Art. 2º da CF/88: 
São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário (cada um possui funções atípicas e típicas).
 - Poder Legislativo: criação das leis; os federativos e estaduais são os senados, 
e os municipais são as câmaras municipais.
 - Poder Executivo: administra a organização política do Estado e executa as leis 
(federal, estadual e municipal). 
 *Obs.: cria leis em alguns casos (forças armadas)
 - Poder Judiciário: julga; é a aplicabilidade das normas, leis ou regras de direito.
RESUMO DA DISCIPLINA 2
 *Ativismo judicial: é uma técnica do poder judiciário.
DECLARAÇÃO DE DIREITOS E AS NORMAS DE DIREITOS HUMANOS
A dignidade da pessoa humana é um direito essencial e o princípio mais importante 
da CRFB
Conceito histórico: 
 - Revolução inglesa: 1679, habeas corpus 
 - Revolução gloriosa: 1689, bill os rights (carta de direitos)
 - Revolução americana: 1716, declaração da independência das colônias 
britânicas; 1791, constituição dos EUA; e 1791, aprovação das 10 emendas
 - Revolução francesa: 1789, declaração francesa dos direitos do homem e do 
cidadão; 1791, profeto de declaração do direito da mulher e do cidadão e primeira 
constituição francesa revolucionária; e 1793, nova edição da DDHC.
Positivismo x Jusnaturalismo: 
 - Positivismo: o direito positivado são as leis escritas, firmadas a partir do contrato 
social. É uma corrente filosófica do século XIX que aposta na ordem e na ciência para 
a obtenção de progresso social. O direito positivo é aquele que o Estado impõe à 
coletividade, e que deve estar adaptado, de certa forma, aos princípios fundamentais 
do direito natural.
 - Direito natural ou jusnaturalismo: defende que o direito é independente da 
vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para 
os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem como pressuposto os valores do ser 
humano, e busca sempre um ideal de justiça. É uma teoria que procura fundamentar 
o direito no bom senso, na racionalidade, na equidade, na igualdade, na justiça e no 
pragmatismo. São de nossa própria natureza, não precisa estar escrito em lei. Leis 
superiores, direito como produto de ideais (metafísico), valores como pressuposto e 
existência de leis naturais.
Maria Elena Diniz: Segundo ela, a dignidade humana, é o princípio moral de que 
o ser humano deve ser tratado como um fim e nunca como um meio. É um direito 
essencial.
Fábio Konder Comparato: De acordo com ele, todos os seres humanos, apesar 
das inúmeras diferenças biológicas e culturais, que os distinguem entre si, 
RESUMO DA DISCIPLINA 3
merecem igual respeito, como os únicos entes no mundo capazes de amar, 
descobrir a verdade e criar a beleza, em razão do conhecimento universal, 
concluindo-se que ninguém, nenhum inclui, gênero, etnia, classe social, grupo 
religioso ou nação, pode-se afirmar superior aos demais. —> todos são iguais 
perante a lei.
Soberania: Propriedade ou qualidade que caracteriza o poder político supremo do 
estado dentro do território nacional e em suas relações com outros estados. 
Cidadania: Os cidadãos são aqueles e aquelas que coabitam e dividem os 
espaços públicos. Para isso, possuem os direitos civis, políticos e sociais que se 
desenvolvem a partir da ideia do que é melhor para o grupo social. O amplo 
conjunto de direitos e obrigações da pessoa, sob a vigência do Estado 
Democrático de Direito.
 - Para a concretização da cidadania, no Brasil, o poder público deverá promover 
para todas as pessoas os direitos: 
 a) civis: onde os princípios de liberdade, opinião, expressão e de pensamento 
são definidos pelo Estado como imprescindíveis; 
 b) políticos: onde o cidadão tem o direito de votar e ser votado;
 c) sociais: onde o bem-estar econômico e social, contemplados pela segurança e 
demais políticas sociais básicas, apresenta qualidade de vida saudável.
Pluralismo Político: É o reconhecimento da diversidade. É um elemento essencial 
da democracia pelos filósofos da Grécia antiga, ele permite e incentiva uma 
diversidade de opiniões políticas e de participação.
Dignidade da pessoa humana: É um valor moral e espiritual inerente a pessoa, 
ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito. Trata-se, portanto, de um 
atributo que o indivíduo possui, inerente à sua condição humana, não importando 
qualquer outra condição referente à nacionalidade, opção política, orientação 
sexual, credo, etc. Nos diplomas internacionais e nacionais, a dignidade humana é 
inscrita como princípio geral ou fundamental.
LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE: São princípios da Revolução 
Francesa (1789) e também estiveram presentes na Declaração dos Direitos do 
RESUMO DA DISCIPLINA 4
Homem e doo Cidadão (DDHC) que nasceu na França, em 1789, após a 
mencionada Revolução.
Nulidade Processual: É o erro nos atos processuais. Para que isso ocorra, faz-se 
necessário que qualquer um dos requisitos de validade - capacidade do sujeito, 
objeto lícito, e possível, manifestação livre da vontade e não estar na forma 
prescrita - não seja cumprida.
Processo Legal: é um princípio legal proveniente do direito anglo-saxão (e, 
portanto, de um sistema diferente das tradições romanas ou romano-germanas), no 
qual algum ato praticado por autoridade, para ser considerado válido, eficaz e 
completo, deve seguir todas as etapas previstas em lei. É um princípio originado na 
primeira constituição, a Magna Carta, de 1215.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
Historicidade: a concepção de D.H. vem ocorrendo ao longo da própria história só 
ser humano (evolução histórica);
Universalidade: todo e qualquer ser humano é sujeito ativo desses direitos, 
independente de credo, raça, sexo, cor, nacionalidade e convicções. Está 
declarado no artigo 5º, caput, inciso I, da CF/88, que todos são iguais em direitos e 
obrigações;
Inviolabilidade: esses direitos não podem ser descumpridos por nenhuma pessoa 
ou autoridade;
Imprescritibilidade: esses direitos não sofrem alterações com o decurso do 
tempo, possuindo um caráter eterno;
Complementariedade: os D.H. devem ser interpretados em conjunto, não 
havendo hierarquia entre eles. Deve-se sempre buscar o princípio da dignidade 
humana em tudo que envolver os direitos humanos;
Indisponibilidade: Esses direitos não podem ser renunciados. Logo, não cabe ao 
particular dispor dos direitos conforme a própria vontade, devendo ser sempre 
seguido.
EVOLUÇAO DOS DIREITOS HUMANOS
Cristianismo: marco de jesus cristo. Catolicismo e pentecostalismo. O cristianismo 
teve muita influência nos direitos humanos.
RESUMO DA DISCIPLINA 5
 Exemplo atual: art. 1º, inciso III, CF/88
Magna Carta de “João Sem-Terra” (1215): Período absolutista. 63 cláusulas. 
Teve muita importância nos direitos humanos, já que ela foi criada em um período 
de monarquia e absolutismo, e bateu de frente com a figura do soberano indo atrás 
de direitos.
 Exemplo atual: ar. 5°, inciso XXXV, CF/88 (princípio do acesso à justiça);
Habeas Corpus (1679): É considerado umremédio constitucional para garantir a 
liberdade de alguém, quando a pessoa for presa ilegalmente ou tiver sua liberdade 
ameaçada. 
 - Habeas Corpus Preventivo: também conhecido como salvo-conduto. É utilizado 
preventivamente quando há um risco eminente de coação de liberdade.
 - Habeas Corpus Liberatório ou Repressivo: pode ser interpretado quando o 
indivíduo já se encontra sem a liberdade de locomoção (preso).
 - O H.C. no Brasil foi expressamente introduzido ao código de processo criminal de 
1832, muito embora alguns doutrinadores defendam sua presença implícita no texto 
constitucional de 1824.
 - Natureza jurídica do H.C → ação
Bill of Rights (1689): É o primeiro documento oficial que garante a participação 
popular, por meio de representantes parlamentares, na criação e cobrança de 
tributos, sob pena de ilegalidade, vedando, ainda, a instituição de impostos 
excessivos e de punições cruéis e incomuns.
 - Desfecho de uma história de 1215.
 - 3 poderes da república: executivo, legislativo e judiciário (art. 2°, CF/88).
Declaração da Independência das 13 Colônias (1786): Colocou fim ao vínculo 
colonial que existia entre as Treze Colônias (EUA) e a Inglaterra.
 - Direitos individuais → liberdade de expressão.
Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Cidadão (1789): 
 - Direitos individuais e coletivos;
 - Liberdade;
 - Propriedade privada;
RESUMO DA DISCIPLINA 6
 - Igualdade perante a Lei e a Justiça.
As Convenções de Genebra: As 4 convenções de Genebra são uma série de 
tratados formulados em Genebra, definindo as normas para as Leis internacionais 
relativas ao Direito Humanitário Internacional.
 01º: convenção de 1863;
 02º: convenção de 1906;
 03º: convenção de 1929;
 04°: convenção de 1949.
Tratado de Versalhes (1919): Um dos acordos de paz firmados após a Primeira 
Guerra Mundial.
Carta das Nações Unidas (1945): A Carta da ONU tem como objetivo principal o 
respeito aos direitos e liberdades fundamentais do indivíduo.
DUDH (1948): O objetivo era criar um ambiente de multilateralismo que garantisse 
a paz entre as nações e o fortalecimento dos direitos humanos, para que os 
horrores da guerra recém-terminada não se repetissem.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (DUDH)
PREÂMBULO:
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da 
família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da 
liberdade, da justiça e da paz no mundo;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem 
conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o 
advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, 
libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do 
Homem;
Considerando que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um 
regime de direito, para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à 
revolta contra a tirania e a opressão;
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas 
entre as nações;
RESUMO DA DISCIPLINA 7
Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a 
sua fé nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa 
humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declaram 
resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida 
dentro de uma liberdade mais ampla;
Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em 
cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efetivo 
dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais; 
Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais 
alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso: A Assembleia Geral 
proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal 
comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os 
indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se 
esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos 
e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e 
internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos tanto 
entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios 
colocados sob a sua jurisdição.
Artigo 1°: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. 
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de 
fraternidade.
Artigo 2°: Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades 
proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, 
de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional 
ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não 
será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do 
país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território 
independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Artigo 3°: Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4°: Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o 
trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos. 
Artigo 5°: Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, 
desumanos ou degradantes. 
RESUMO DA DISCIPLINA 8
Artigo 6°: Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da 
sua personalidade jurídica.
Artigo 7°: Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção 
da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a 
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8°: Toda a pessoa direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais 
competentes contra os atos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela 
Constituição ou pela lei. 
Artigo 9°: Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10°: Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja 
equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida 
dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal 
que contra ela seja deduzida. 
Artigo 11°: 
1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua 
culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que 
todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, 
não constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo 
modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento 
em que o acto delituoso foi cometido.
Artigo 12°: Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua 
família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e 
reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da 
lei. 
Artigo 13°:
1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no 
interior de um Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o 
seu, e o direito de regressar ao seu país.
Artigo 14°:
RESUMO DA DISCIPLINA 9
1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de 
asilo em outros países.
2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente 
existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos 
princípios das Nações Unidas.
Artigo 15°:
1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidadenem do direito de 
mudar de nacionalidade.
Artigo 16°: 
1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar-se e de 
constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante 
o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.
2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos 
futuros esposos.
3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção 
desta e do Estado.
Artigo 17°:
1. Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 18°: Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de 
religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim 
como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto 
em público como em privado, pelo 
ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos. 
Artigo 19°: Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que 
implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e 
difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de 
expressão.
Artigo 20°:
RESUMO DA DISCIPLINA 10
1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo 21°:
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios, públicos do 
seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente 
escolhidos.
2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções 
públicas do seu país.
3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve 
exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio 
universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que 
salvaguarde a liberdade de voto.
Artigo 22°: Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança 
social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e 
culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de 
harmonia com a organização e os recursos de cada país. 
Artigo 23°:
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições 
equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe 
permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e 
completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar 
em sindicatos para defesa dos seus interesses.
Artigo 24°: Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma 
limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas. 
Artigo 25°: 
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua 
família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, 
ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais 
RESUMO DA DISCIPLINA 11
necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na 
viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por 
circunstâncias independentes da sua vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as 
crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social. 
Artigo 26°: 
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a 
correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é 
obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos 
estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do 
seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço 
dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos 
raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações 
Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar 
aos filhos.
Artigo 27°:
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da 
comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos 
benefícios que deste resultam.
2. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer 
produção científica, literária ou artística da sua autoria.
Artigo 28°: Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano 
internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efetivos os direitos e as 
liberdades enunciadas na presente Declaração. 
Artigo 29°: 
1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o 
livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.
RESUMO DA DISCIPLINA 12
2. No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão 
às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o 
reconhecimento e o respeito dos direitos em liberdades dos outros e a fim de 
satisfazer as justas exigências da moral, da ordem 
pública e do bem-estar numa sociedade democrática.
3. Em caso alguns estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente e 
aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 30°: Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de 
maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se 
entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e 
liberdades aqui enunciados.

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