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GE-Estágio Supervisionado IV-Pedagogia_UNI1_SER

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UNIDADE I
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV
PEDAGOGIA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 
_______________________________________________________________________
Martins, Charles Gomes. 
Estágio Supervisionado IV - Pedagogia: Unidade 1 
Recife: Grupo Ser Educacional, 2021.
 _______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV
PEDAGOGIA UNIDADE 1
3
SUMÁRIO
PARA INÍCIO DE CONVERSA .......................................................................................................... 4 
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 4
PALAVRAS DO PROFESSOR ............................................................................................................ 5
DOCUMENTOS ........................................................................................................................................ 6
A ATUAÇÃO DO(A) PEDAGOGO(A) EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES ...................................... 9
O(A) Pedagogo(a) Hospitalar .................................................................................................... 9
O(A) Pedagogo(a) Empresarial ............................................................................................... 11
O(A) Pedagogo(a) Social ......................................................................................................... 12
PALAVRAS FINAIS ........................................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 14
4
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, caro(a) estudante! 
Seja bem-vindo (a) a mais uma disciplina de Estágio Supervisionado de Pedagogia. Nos 
estágios anteriores, você teve a oportunidade de conhecer, na prática, um pouco da 
Educação Infantil, dos anos iniciais do Ensino Fundamental e da Gestão Escolar.
Agora chegou o momento de você conhecer a atuação do(a) Pedagogo(a) em espaços 
não escolares. Nesse Guia de Estudos da Unidade I, iremos lhe indicar alguns campos 
de atuação do(a) Pedagogo(a) onde você poderá estagiar. Também lhe daremos algumas 
dicas do que levar e de como se comportar no estágio supervisionado.
Por fim, indicaremos alguns documentos que você precisará para iniciar seu Estágio 
IV e iremos refletir um pouco sobre a Pedagogia Hospitalar, Empresarial e Social, 
que representam boa parte da atuação do(a) Pedagogo(a) fora do ambiente escolar. 
Pronto(a) para se lançar nessa experiência maravilhosa?
Vamos lá!
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro(a) estudante, para que seu Estágio IV seja realizado com sucesso, algumas ações 
suas são necessárias e é de sua única responsabilidade, a saber: ler os guias de 
orientação; participar das webconferências com os(as) professores(as) executores(as); 
tirar dúvidas com a tutoria; preencher os documentos correspondentes a este estágio; 
seguir as normas dos templates e da ABNT na construção dos relatórios e ser aberto(a) 
à rica oportunidade de estar em um ambiente de trabalho que, futuramente, pode ser 
seu. Portanto, dedicação, criticidade, reflexividade, respeito e humildade não podem 
lhe faltar nesta experiência. 
5
PALAVRAS DO PROFESSOR
Considerando que o Estágio IV não é em uma unidade escolar, você deve estar se 
perguntando em qual ambiente você deve estagiar. Nesse sentido, sugerimos a você os 
seguintes espaços de atuação pedagógica não escolar:
 
• hospitais;
• empresas;
• CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) / CREAS (Centro de Referência 
Especializado de Assistência Social);
• abrigos de idosos e orfanatos;
• penitenciárias e delegacias; 
• ONG’s e Fundações;
• clubes - vilas olímpicas.
Você pode ainda estar se perguntando: pode ser em outro lugar/instituição? A resposta 
é: pode. Desde que tenha a atuação de um(a) profissional da Pedagogia regulamentado 
na instituição escolhida.
Prezado(a) estudante, ao realizar esse estágio, leve em consideração a proposta desse estudo e do curso 
de Pedagogia. Isso quer dizer que você deve, prioritariamente, procurar acompanhar, ao longo do estágio, 
a atuação de um(a) profissional da Pedagogia para que você possa registrar nessa experiência elementos 
que contribuam para sua futura atuação profissional. Afinal:
O estágio curricular pode se constituir no lócus de reflexão e formação da 
identidade ao propiciar embates no decorrer das ações vivenciadas pelos 
alunos, desenvolvidas numa perspectiva crítica, desde que efetivado com essa 
finalidade (BARREIRO; GEBRAN, 2006, p.20).
Sendo assim, para que seu estágio seja esse espaço de reflexão e formação da sua identidade profissional, 
você precisa escolher um lugar onde esse profissional formado(a) esteja devidamente regulamentado(a) e 
atuando na instituição. Em casos extraordinários, entre em contato conosco por meio do fale com o tutor. 
6
Documentos 
Estimado(a) estudante, se você já escolheu seu campo de estágio, chegou a hora de você 
utilizar os dois principais documentos para a realização do estágio. O primeiro é o Formulário 
de Identificação e Aceite, confira:
 
 _____________, ___ de ____________ de _____ 
Prezado(a) gestor(a) da Unidade Concedente________________________________ 
Apresentamos o(a) estudante__________________________________________, 
CPF_______________, RG/org.exp._______________matrícula__________, 
residente na 
_______________________________,bairro___________,cidade/estado__________
___/____CEP________________, regularmente matriculado(a) no ____ período do 
curso de_________________, como candidato a Estágio Supervisionado_____ na 
instituição. Colocamo-nos à disposição de V. Sa. Para esclarecimentos acerca da 
natureza do trabalho que deverá se realizar e colocamos a seu dispor o material 
concernente às normas do estágio, formulários e roteiros de observação, caso seja do 
seu interesse. 
Atenciosamente, 
___________________________________ 
Supervisor de Estágio/Coordenador do Polo 
 
Polo:_________________________________ 
 
 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
DECLARAÇÃO DE ACEITE 
Declaramos para os devidos fins que, disponibilizamos uma vaga de estágio curricular 
obrigatório para o(a) estudante apresentado. 
O estágio será realizado na Unidade Concedente_________________________, 
localizada_______________________________,bairro___________,cidade/estado__
___________/____CEP________________,CNPJ_________________no período de 
__/__/2021 a __/__/2021, das_________às_______, com o acompanhamento do(a) 
profissional ______________________________, matrícula ____________ (da rede 
pública – ou carteira de trabalho para os profissionais da rede privada). 
Para maiores informações sobre a instituição, entrar em contato com: 
___________________ tel.: (__)_________, e-
mail:______________________________. 
_____________________________________ 
Representante do Campo de Estágio 
 (Cargo e Carimbo) 
 
 
 
FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO 
 
 
7
O segundo documento utilizado, após o aceite da instituição de estágio, é a Ficha de 
Frequência Individual, confira: 
 
 FICHA DE FREQUÊNCIA INDIVIDUAL DE 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO - 
LICENCIATURASNúmero: 
GES-FOR 
Aprovação: 
 
GERÊNCIA DE 
ESTÁGIO 
REVISÃO:00 
OBSERVAÇÕES: 
1. Esta avaliação será válida apenas com assinatura e carimbo do 
(a) professor supervisor (a), não sendo permitido rasuras ou uso de 
corretivo. 
2. Obrigatória a assinatura ou rubrica 
do (a) aluno (a) nesta ficha de frequência. 
 1/1 
Nome do Aluno: Matrícula: 
Disciplina: Curso: 
Período: Turma: 
Coordenador do Polo/ 
Curso: 
Professor Supervisor: 
Escola Concedente: Setor: 
Período do Estágio: / / A / / 
Data Hora de Entrada 
Hora de 
Saída Descrição da atividade 
Assinatura do (a) Professor 
Supervisor da escola 
/ : : 
/ : : 
/ : : 
/ : : 
/ : : 
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/ : : 
 
_________________________________ 
Assinatura do Professor Supervisor(a) da 
escola 
 
_______________________________ 
Assinatura do Aluno
 
8
DICA
Prezado(a) estudante, é importante que você esteja atento(a) às seguintes questões.
• Sua Ficha de Frequência, como intitulada, é individual. Mesmo que existam 
outros estagiários na mesma instituição que você, sua ficha deverá ser preenchida e 
carimbada separadamente; 
• Lembre-se que, mesmo sendo estagiário(a), você representa duas instituições, 
que é o espaço não escolar que você está estagiando e sua instituição de ensino. 
Portanto, tenha um comportamento adequado, sempre paciente, educado(a), 
colocando-se à disposição para ajudar naquilo que for possível e pertinente à sua 
experiência no estágio.
• Aproveite a oportunidade para entender o lugar do pedagogo(a) nesse espaço 
de trabalho. Porém, não assuma um papel que não é seu, ou seja, não é função de 
estagiário(a) substituir ninguém.
• Leve um caderno de bordo para anotar suas observações. Esses registros 
poderão lhe ajudar na escrita do relatório e na formatação das questões para 
entrevista ou questionário. 
• Nunca se sinta dono da razão. A nossa condição profissional, independentemente 
do cargo, é uma condição de aprendiz. A gente sempre pode aprender mais e nessas 
relações podem existir saberes e interpretações diferentes das suas. Acolha ou respeite.
• Na introdução do relatório você precisará contextualizar a instituição de estágio. 
Portanto, procure saber a origem da instituição, como ela se consolidou, o que ela tem 
enquanto documento e princípio. Verifique, sobretudo, as dimensões pedagógicas da 
instituição e em que políticas ela está assente. 
• Ao observar a história da instituição, procure registrar os objetivos iniciais e se eles 
permanecem até o tempo presente. 
• Analise, com ética, as características profissionais das pessoas da instituição, 
especialmente do(a) Pedagogo(a) que você está acompanhando.
• Na construção dos relatórios, procure atender ao que é solicitado em cada item, sem 
esquecer de evidenciar suas análises sobre a história da instituição, seus objetivos, 
documentos, espaços, pessoas e dimensão pedagógica, além de suas curiosidades e 
as contribuições desse estágio para sua formação como pedagogo(a). 
9
A ATUAÇÃO DO(A) PEDAGOGO(A) EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES 
Depois das importantes dicas apresentadas acima, vamos conhecer um pouco da Pedagogia 
Hospitalar, Empresarial e Social? Nos itens abaixo, você poderá conhecer um pouquinho de cada 
uma dessas áreas e suas variações. No entanto, ainda sugerimos que você fortaleça seus estudos 
com outras pesquisas, vivenciando bem seu estágio supervisionado IV. Vamos em frente!
O(A) PEDAGOGO(A) HOSPITALAR
De acordo com Rosângela Abreu do Prado Wolf, em seu texto “Pedagogia hospitalar: a prática 
do pedagogo em instituição não escolar”, publicado no ano de 2007, a pedagogia hospitalar, 
como processo pedagógico, é uma realidade no vasto leque de atuação do(a) pedagogo(a) na 
sociedade contemporânea. Em muitos casos funciona em parceria entre hospital, Universidades e 
a instituição escolar de onde o paciente é oriundo, preservando a continuidade do desenvolvimento 
da aprendizagem, por meio de metodologias diferenciadas, flexíveis e vigilantes, que respeitem o 
quadro clínico do paciente. 
Para Fontes (2012), a terminologia Pedagogia Hospitalar é abrangente, característica de um 
atendimento educacional realizado em hospitais gerais, onde a rotatividade dos pacientes é uma das 
premissas que justificam o tipo de atividade desenvolvida. Nesse sentido, é preciso certa adaptação 
do currículo para que atenda às necessidades educacionais de cada paciente durante o seu tempo 
de permanência no hospital, no qual devem ser desenvolvidas atividades mais lúdicas que envolva 
o paciente como sujeito ativo na construção do seu conhecimento.
 
Nesse espaço não escolar, devido ao estado em que os pacientes hospitalizados se encontram, é 
pertinente um modelo educacional que possa flexibilizar os conteúdos de aprendizagens, a temporalidade 
e os locais para o processo de ensino. Neste modelo, a socialização do conhecimento, por exemplo, 
precisa acontecer sem a existência de mecanismos de repreensão em caso do não aprendizado de um 
conceito que estiver sendo trabalhado pelo(a) pedagogo(a) em um determinado momento. 
É preciso que se desperte no paciente o prazer em aprender, apesar das circunstâncias que ele estiver 
vivendo naquele momento. Para isso, no atendimento pedagógico no ambiente hospitalar, os métodos 
que facilitem a intervenção dos profissionais com práticas educacionais significativas devem prevalecer, 
para que façam do momento educacional um momento de ressignificação para a criança, do resgate de 
sua autoestima. O que irá auxiliar tanto no processo terapêutico quanto no seu processo educacional, 
pois este não será interrompido durante o tratamento (FONTES, 2012, p.61).
Destacamos também, caro/a estudante, que a pedagogia hospitalar busca modificar 
situações e atitudes junto ao paciente, as quais não podem ser confundidas com o 
atendimento da sua enfermidade. 
10
Diante desse contexto e com base nos estudos de Wolf (2007), explicitamos a seguir algumas das 
práticas do(a) pedagogo(a) na Pedagogia Hospitalar, levando em consideração que tais práticas 
poderão ocorrer em ações inseridas nos projetos e programas nas seguintes modalidades de cunho 
pedagógico e formativo: 
• nas unidades de internação; 
• na ala de recreação do hospital; 
• para as crianças que necessitarem de estimulação essencial; 
• com classe hospitalar de escolarização para continuidade dos estudos e, também, no atendimento 
ambulatorial. Lembro a você que a classe hospitalar de escolarização é uma modalidade educacional 
que visa a atender pedagógico-educacionalmente as crianças e jovens que, dadas as suas condições 
de saúde, estejam hospitalizadas para tratamento médico e, consequentemente, impossibilitados de 
participar das rotinas de sua família, sua escola e de sua comunidade (FONSECA, 1998, p. 23).
A Pedagogia Hospitalar também busca oferecer assessoria e atendimento emocional e humanístico 
(de forma bem diferente do psicólogo) tanto para o paciente (criança/jovem) como para o familiar 
(pai/mãe) que, muitas vezes, apresentam problemas de ordem psicoafetiva que podem prejudicar 
a adaptação ao espaço hospitalar. A prática do pedagogo se dará através das variadas atividades 
lúdicas e recreativas como a arte de contar histórias, brincadeiras, jogos, dramatização, desenhos 
e pinturas e a continuação dos estudos no hospital. Essas práticas são as estratégias da Pedagogia 
Hospitalar para ajudar na adaptação, motivação e recuperação do paciente que, por outro lado, 
também estará ocupando o tempo ocioso.
A sistemática do trabalho da Pedagogia Hospitalar dependerá da instituição, ou seja, da 
disponibilidade do hospital, em termos de espaço físico e o tipo de convênio firmado, assim como 
dependerá das necessidades do hospital.
O que não muda é o fato deque em todo hospital, a enfermidade significa uma certa ruptura 
no organismo, cujo efeito resulta em impedimentos geradores de mecanismos de adaptação, 
principalmente no caso de crianças hospitalizadas, o que demanda compensação dos subsistemas, 
alterando as funções do organismo que se esforça por adaptar todo o organismo às circunstâncias 
que se impõem no meio ambiente.
Corroboramos Ceccim (1997) que afirma ser possível o aprender dentro do hospital, a final, as 
crianças internadas continuam crescendo e é tarefa também do pedagogo (a) afirmar a vida e sua 
melhor qualidade junto com essas crianças, ajudando-as a reagir e interagir para que continuem 
evoluindo em seus conhecimentos. 
11
O(A) PEDAGOGO(A) EMPRESARIAL
Pedagogia Empresarial, assim como a pedagogia hospitalar apresentada anteriormente, é uma das 
possibilidades recentes de atuação do pedagogo. Os eventos que se desdobraram no Brasil e no 
mundo nos últimos anos causaram grandes mudanças no processo de reorganização produtiva, os 
quais levaram as instituições a valorizar a necessidade de desenvolvimento das pessoas no contexto 
empresarial (GONÇALVES; CORREA, 2016).
Para essas autoras, em seu texto “O pedagogo em âmbitos não escolares: perspectivas, entraves e 
possibilidade de atuação em empresas”, entende-se que a riqueza de uma empresa não é mais determinada 
exclusivamente pelos recursos materiais que ela possui e controla, mas, principalmente, pelas pessoas, 
que passaram a ter um papel fundamental no crescimento e na sobrevivência desses ambientes. 
Ainda para elas, é nesse contexto que emerge a possibilidade de se ter um pedagogo atuando no 
ambiente empresarial, pois surge a necessidade dos trabalhadores incorporarem saberes teóricos 
que possam ser usados em benefício da empresa. 
Nesse sentido, o pedagogo, por ser um profissional com conhecimento do processo de ensino e 
aprendizagem, apresenta formação condizente com as exigências dessa nova tendência, a qual, 
além de atribuir ao indivíduo um papel central, abrange sua formação integral nos aspectos físicos, 
psíquicos e cognitivos. 
Gonçalves e Correa (2016) citam Ribeiro (2010) para apresentar, de forma enfática, a que se ocupa 
a pedagogia empresarial: com os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes 
consideradas como indispensáveis/necessárias à melhoria da produtividade. Para tal, implanta 
programa de qualificação/requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento, estrutura 
o setor de treinamento, desenvolve programas de levantamentos de necessidades de treinamento, 
desenvolve e adapta metodologias de informação e da comunicação às práticas de treinamento.
A partir desse contexto, temos que a atuação do pedagogo neste espaço não escolar é o de formar 
os profissionais para atuarem em sintonia com os planos estratégicos das empresas. 
Vale ressaltar, também, que a atuação do pedagogo no contexto empresarial deve acontecer de 
forma relacionada e cooperativa com a dos outros profissionais. Dessa maneira, é possível organizar 
e concretizar planos, projetos e ações que apontem para a melhoria da atuação dos funcionários, 
bem como o aprimoramento e o desempenho da empresa (ALMEIDA, 2016).
12
Diante dos estudos apresentados, corroboramos as ideias das pesquisadoras Gonçalves e Correa 
(2016, p. 198), que apontam para o fato de que a atuação do pedagogo é extensa e ultrapassa o bom 
emprego de técnicas. Sua atuação está relacionada ao desenvolvimento das pessoas que constroem 
as instituições e das empresas de todos os tipos, portes e áreas. 
O(A) PEDAGOGO(A) SOCIAL
Quando se fala em Pedagogia, ainda é possível associar essa formação acadêmica apenas a uma 
prática pedagógica escolarizada na educação básica. Mesmo que essa finalidade, a formação de 
professores e professoras, seja o cerne da identidade do curso de Pedagogia. No entanto, com 
o passar do tempo, as necessidades hospitalares, empresariais e sociais passaram a depender 
também de um fomento/apoio pedagógico do(a) profissional pedagogo(a).
No Brasil, a Pedagogia Social é compreendida como uma ciência que se direciona para o bem-estar 
social. Assente nesses ideais, Caliman (2010, p.353) define Pedagogia Social
[...] como ciência; ciência prática; ciência normativa; ciência descritiva; ciência 
que produz tecnologia educacional; ciência orientada para indivíduos e grupos 
numa relação de cuidado e ajuda; como promotora nas pessoas da capacidade 
de administrar seus riscos e emancipar sujeitos historicamente oprimidos; 
através de programas e instituições socioeducativas.
E acrescenta que:
o objetivo da Pedagogia Social é o de agir sobre a prevenção e a recuperação 
das deficiências de socialização, e, de modo especial, lá onde as pessoas são 
vítimas da insatisfação das necessidades fundamentais. (CALIMAN, 2008, p.21)
A concepção de Caliman nos revela uma Pedagogia Social voltada para a necessidade das pessoas. 
Não de qualquer pessoa, mas de pessoas em situações de vulnerabilidade social e em condições 
opressivas, na qual a marginalidade e a violência são postas como uma verdade absoluta e uma 
condição operante. Nesses lugares, a Pedagogia Social é um instrumento de resgate à valorização 
da vida e de todas as pessoas em suas diversidades.
Quando falamos de Pedagogia Social, é necessário mais do que refletir, é indispensável que sejamos 
capazes de diminuir a distância entre a mesa administrativa e a rua, isto é, por exemplo: diminuir 
a distância teórica entre as políticas públicas e a realidade da vida social, porque nas ONGs, nas 
13
Associações, no Centro de Referência da Assistência Social - CRAS e no Centro de Referência 
Especializado da Assistência Social – CREAS ou em qualquer outra instituição de cuidado à vida, 
existe uma urgência em lutar, em garantir e em preservar o direito do(a) outro(a), do coletivo, daqueles 
que precisam de alguém que possa intervir para socorrer/ajudar. Lembre-se:
no momento em que um pedagogo (educador, especialista da educação ou 
cientista social) se debruça sobre uma determinada realidade e articula projetos 
ou programas para o desenvolvimento socioeducativo de indivíduos e grupos 
em situação de risco, ele está exercendo uma função específica de articulação 
de soluções voltadas ao bem-estar social e educativo desses destinatários. 
(CALIMAN, 2010, p.356).
Talvez, esteja aí o maior desafio do(a) pedagogo(a) social: estar rapidamente criando projetos ou 
programas que possam acompanhar a velocidade das problemáticas sociais que ocorrem durante os 
dias e que exige dele(a) muito profissionalismo e capacidade de saber fazer e fazer certo para que 
alguém possa Ser, ou continuar Sendo. 
A Pedagogia Social é a possibilidade que a sociedade tem de contar com um(a) profissional que seja 
capaz de conscientizar, humanizar as práticas e possibilitar mudanças no meio das e nas pessoas, 
em lugares que, por vezes, estão distantes do que é visível. A luta da Pedagogia Social é para trazer 
visibilidade e exercício a um grupo ou pessoa que esteja esquecido(a), em risco, em necessidade 
de se inserir e de se emancipar socialmente. “Algo muito interessante na Pedagogia é o privilégio 
de dialogar e humanizar no sentido de transformar realidades” (LOURENÇO, 2015, p. 308). Portanto, 
é nessa direção que um(a) profissional da pedagogia deve caminhar, independentemente do lugar. 
Deve observar o privilégio de atuar com o diálogo para que, na intervenção, alcance a realização e 
as mudanças tão necessárias ao mundo presente. 
PALAVRAS FINAIS
Prezado(a) acadêmico(a), esperamos que você esteja aproveitando bem as leituras dos guias 
e as webs que estão assentes nesses textos. Não se esqueça de que ser um(a) ótimo(a) 
estudante e profissional fazem parte das marcas que você tem a deixar no mundo como 
sujeito e não como objeto. Já lhe adianto que, no próximo Guia de Estudos, você terá a 
oportunidade de refletir sobre outros elementos necessários à formação e atuaçãodo(a) 
pedagogo(a) em seus diversos espaços. Desejamos a você todo o sucesso nessa jornada!
Até a próxima unidade!
14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Almeida, M.G. Pedagogia empresarial: saberes, práticas e referencias. Rio de 
Janeiro: Brasport, 2006.
BARREIRO, I.M.F; GEBRAN, R, A. Prática de ensino e estágio supervisionado na 
formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006. 
CALIMAN, G. Paradigmas da exclusão social – Brasília. UNESCO: Editora 
Universal, 2008.
CALIMAN, G. Pedagogia Social: seu potencial crítico e transformador. Revista de 
ciências da educação – UNISAL, São Paulo, P. 341- 368, 2010.
CECCIM, R.B.; CARVALHO, P.R. A. (orgs.). A criança hospitalizada: atenção integral 
como escuta à vida. Porto Alegre: UFRGS. 1997.
FONSECA, E. Atendimento pedagógico-educacional para crianças e jovens 
hospitalizados: realidade nacional. Painel apresentado na 50ª Reunião Anual da 
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. 12 a 17 de julho de 1998. Natal: 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 1998.
FONTES, A.R. Pedagogia hospitalar: atividades lúdico-educativas no processo de 
humanização do hospital regional Amparo de Maria – Estância (SE). Aracaju: UNIT, 
2012. Dissertação. (Mestrado em Educação).
GONÇALVES, J.P; CORREA, A.M. O pedagogo em âmbitos não escolares: perspectivas, 
entraves e possibilidade de atuação em empresas. Revista de Educação PUC-Campinas, 
[S.l.], v. 21, n. 2, p. 193-209, set. 2016. Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.
br/seer/index.php/reveducacao/article/view/2821 Acesso em: 02 nov. 2020. 
LOURENÇO, V. T. A educação não formal: a atuação do pedagogo no contexto do Centro 
de Referência de Assistência Social de Sinop-MT. Revista Eventos Pedagógicos, 
Goiás, v. 6, n. 4, p. 305-316, nov./dez. 2015.
Ribeiro, A.E.A. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa. 6.ed. Rio 
de Janeiro: Walk, 2010.
WOLF, R.A.P. Pedagogia hospitalar: a prática do pedagogo em instituição não escolar. 
Disponível em: https://revistas2.uepg.br/index.php/conexao/article/view/3836. Acesso 
em: 29 out. 2020.
http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/reveducacao/article/view/2821
http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/reveducacao/article/view/2821
https://revistas2.uepg.br/index.php/conexao/article/view/3836

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