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TCC FINAL PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 2022

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FAVENI- FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
 JAQUELINE NUNES ROJAS
AFETIVIDADE: INFLUÊNCIAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
 
CAMPO GRANDE, MS 
 2022
FAVENI- FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
JAQUELINE NUNES ROJAS
AFETIVIDADE: SUAS INFLUÊNCIAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Trabalho de conclusão de curso
apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em
PSICOPEDAGOGIA
INSTITUCIONAL E CLÍNICA
 CAMPO GRANDE, MS 
2022
AFETIVIDADE: SUAS INFLUÊNCIAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Jaqueline Nunes Rojas1
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade, caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO- O processo de aprendizagem implica na formação do sujeito; em todos os seus ambientes, a
criança passa por experiências que a levam a conhecer o mundo. Neste processo existe um instrumento
poderoso, do qual trataremos neste artigo: A AFETIVIDADE. O presente artigo organizou-se em uma
seção, denominada “As influências da Afetividade no processo de Aprendizagem”, sendo esta dividida
em duas subseções: 2.1- Concepções sobre Aprendizagem e Afetividade, que buscou pontuar as
principais concepções de afetividade e aprendizagem, e como a afetividade influencia o processo de
desenvolvimento do indivíduo; 2.2- Relação entre professor, aluno e aprendizagem- Contribuições da
afetividade, tratou de apontar as características da relação professor-aluno no processo de aquisição de
aprendizagem dentro do espaço escolar. Entende-se afetividade não apenas como emoções positivas
(alegria, carinho, atenção, etc…) mas também os impactos negativos (choro, confrontos de socialização,
etc…) é um todo que envolve as emoções e a cognição do indivíduo. A Aprendizagem por sua vez, está
relacionada ao ato de aprender, aos estímulos e as respostas que o indivíduo apresenta ao entrar em
contato com o conhecimento e a todo esse processo de desenvolvimento em seu contexto global. O
professor que acolhe e envolve seu educando, tem a oportunidade de fortalecer vínculos afetivos, desta
forma faz com que a criança sinta prazer em estar conectado com o meio e as demais pessoas que o
cercam. Da mesma forma, o comportamento contrário pode gerar traumas e influenciar de forma negativa
o desenvolvimento cognitivo e social do aluno. 
PALAVRAS-CHAVE: Afetividade. Aprendizagem. Aluno.
1 Jaquee.rojas@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
O processo de aprendizagem implica na formação do sujeito; em todos os seus
ambientes, a criança passa por experiências que a levam a conhecer o mundo. Cada
criança é única, não apenas em suas características físicas como também em seu
intelecto, reagindo de forma particular aos estímulos recebidos e experiências
vivenciadas. Neste processo existe um instrumento poderoso, do qual trataremos neste
artigo: A AFETIVIDADE.
A afetividade é a dinâmica mais profunda e complexa de que o ser humano pode
participar, ela é a mistura de todos os sentimentos como: amor, motivação,
ciúme, raiva e outros, e aprender a cuidar adequadamente de todos nas
emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma vida emocional plena e
equilibrada. (SARNOSKI, 2014, p. 1).
A aprendizagem de início, apresenta ao indivíduo relações entre pessoas, e a
afetividade torna-se essencial neste processo; dentro de instituições escolares,
tornasse necessário que educadores compreendam sua importância e necessidade
para que haja êxito em suas relações e uma real aprendizagem significativa.
A afetividade na educação constitui um importante campo de conhecimento que
deve ser explorado pelos professores desde as séries iniciais, uma vez que, por
meio dela podemos compreender a razão do comportamento humano, pois, a
afetividade é uma grande aliada da aprendizagem. (SARNOSKI, 2014, p. 2).
Quando falamos da relação professor-aluno, devemos ter um olhar específico
para a questão de que o professor é agora um mediador entre conhecimento e aluno, e
este processo deve ocorrer de forma afetiva, pois o aluno quando chega no ambiente
escolar além de aprender, necessita ser olhado com carinho, respeito, amor e atenção. 
Este artigo tem como objeto de pesquisa Analisar influências da afetividade no
processo de aprendizagem. Para tanto, os objetivos específicos foram: 1) Identificar os
conceitos básicos de Afetividade e Aprendizagem; 2) Analisar a importância da
??
afetividade no desenvolvimento do indivíduo; 3) identificar as contribuições da
afetividade na relação professor-aluno. Por meio destes objetivos a pesquisa buscou
responder: Quais as influências da afetividade no processo de aprendizagem?
Em hipótese, se o educador buscar valorizar as relações afetivas em suas
mediações, obterá total sucesso em seu trabalho pois procede de forma horizontal,
respeitando o contexto e particularidades de cada aluno; já o aluno carente de boas
relações afetivas com seu professor, consequentemente possui dificuldades de
aprendizagem e baixo desenvolvimento intelectual e social.
Destaca-se a relevância do presente trabalho, pois nos dias atuais a afetividade
tem sido base para muitos estudos de desenvolvimento e comportamento humano,
sendo a escola um dos seus principais canais; sobre seu importante papel no
desenvolvimento do ser humano, Sarmento (2010, p. 13) enfatiza que “a afetividade é
uma condição necessária na constituição da inteligência”.
Esta pesquisa tem cunho qualitativo e se deu por meio de revisão bibliográfica,
para fundamentar a pesquisa utilizou-se os seguintes autores: Sarmento (2010),
Sarnoski (2014), Vargas (2021) entre outros.
O presente artigo organizou-se em uma seção, denominada “As influências da
Afetividade no processo de Aprendizagem”, sendo esta dividida em duas subseções:
2.1- Concepções sobre Aprendizagem e Afetividade, que buscou pontuar as principais
concepções de afetividade e aprendizagem, e como a afetividade influencia o processo
de desenvolvimento do indivíduo; 2.2- Relação entre professor, aluno e aprendizagem-
Contribuições da afetividade, tratou de apontar as características da relação professor-
aluno no processo de aquisição de aprendizagem dentro do espaço escolar.
2 AS INFLUÊNCIAS DA AFETIVIDADE DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
 Esta seção foi dividido em duas subseções, na primeira serão abordados a
análise dos conceitos básicos de Afetividade e Aprendizagem e análise sobre a
importância da afetividade no desenvolvimento do indivíduo; na segunda subseção,
trataremos de identificar as contribuições da afetividade para a relação professor-aluno
no processo de aprendizagem do indivíduo. Com base em Revisão Bibliográfica
realizada em autores como SARMETO (2010), GIUSTA (2013), SARNOSKI (2014),
EMILIANO (2015), DOS REIS (2020), VARGAS (2021).
 2.1 CONCEPÇÕES SOBRE APRENDIZAGEM E AFETIVIDADE
Ao falarmos sobre o tema proposto pelo presente artigo, somos levados a
questionar quais as concepções do termo afetividade. Inicialmente somos remetidos ao
afeto que geralmente está ligado a boas atitudes, bons momentos e
consequentemente, boas lembranças, tudo aquilo que está ligado às nossas emoções,
reações e sentimentos.
Entende-se a afetividade, como toda demonstração de emoções, experiências,e a capacidade de contato com sensações vividas em diversos momentos
através das vivências do ser humano sendo únicas e essenciais. O afeto pode
ser definido em diferentes formas, ao falar de afeto pode-se lembrar e
considerar as emoções, que são fórmulas da vida afetiva, sendo acompanhadas
das reações e sentimentos. (VARGAS,2021, p. 20)
Sob essa ótica, a autora destaca que “a afetividade é o primeiro instinto de
sobrevivência do ser humano desde a existência, o contato maternal logo após que
nasce concebe vínculos imediatos com o meio social, e assim surge a primeira
manifestação de relação pessoal.” (VARGAS, 2021, p. 21). 
??
teria crase?
Entende-se afetividade não apenas como emoções positivas (alegria, carinho,
atenção, etc…) mas também os impactos negativos (choro, confrontos de socialização,
etc…) é um todo que envolve as emoções e a cognição do indivíduo.
Nessa perspectiva, a Afetividade “é compreendida como um instrumento de
conservação do ser humano, pois se enquadra como uma primeira demonstração do
psiquismo, e aciona o desenvolvimento cognitivo ao construir vínculos próximos com o
meio social.” (VARGAS, 2021, p.22); sendo esta, indispensável para o desenvolvimento
do ser humano.
A Aprendizagem por sua vez, está relacionada ao ato de aprender, aos estímulos
e as respostas que o indivíduo apresenta ao entrar em contato com o conhecimento e a
todo esse processo de desenvolvimento em seu contexto global. De acordo com Giusta
(2013, p. 22):
O conceito de aprendizagem emergiu das investigações empiristas em
Psicologia, ou seja, de investigações levadas a termo com base no pressuposto
de que todo conhecimento provém da experiência. Isso significa afirmar o
primado absoluto do objeto e considerar o sujeito como uma tábula rasa, uma
cera mole, cujas impressões do mundo, fornecidas pelos órgãos dos sentidos,
são associadas umas às outras, dando lugar ao conhecimento.(GIUSTA, 2013,
p. 22).
O conceito de aprendizagem passa também pelo Behaviorismo, onde segundo a
referida autora, 
ganha sentido a definição de aprendizagem como “mudança de comportamento
resultante do treino ou da experiência”. Aqui, tem-se uma definição em que a
dissolução do sujeito do conhecimento é evidente. Ele é realmente aquela cera
mole de que se falou anteriormente e, por isso, a aprendizagem é identificada
com o condicionamento. (GIUSTA, 2013, p. 22).
Sob esta ótica, a aprendizagem ganha o sentido de um “depositar” de
comportamentos prontos no indivíduo, pela linha da educação denominada tradicional.
Por outro lado temos Piaget um dos precursores da educação denominada
Construtivista, com sua epistemologia Genética, que é uma 
" como um" ou adicionar uma virgula
[...] pesquisa essencialmente interdisciplinar que se propõe estudar a
significação dos conhecimentos, das estruturas operatórias ou de noções,
recorrendo, de uma parte, a sua historia e ao seu funcionamento atual em uma
ciência determinada (sendo os dados fornecidos por especialistas dessa ciência
e sua epistemologia) e, de outra, ao seu aspecto lógico (recorrendo aos lógicos)
e enfim à sua forma psico-genética ou às suas relações com as estruturas
mentais (esse aspecto dando lugar às pesquisas de psicólogos de profissão,
interessados também na Epistemologia). ( PIAGET, 1977, p. 77, apud GIUSTA,
2013, p. 28 ).
Piaget, procurou estudar o processo de formação e desenvolvimento do
conhecimento, em seu aspecto mais amplo. Vale ressaltar que “Quanto às
aprendizagens conceituais tipicamente escolares, Piaget as subordina às estruturas já
formadas, sugerindo que aquelas devam apoiar-se nestas, porque só assim podem
contribuir para sua consolidação e ampliação.”(GIUSTA, 2013, p. 32). 
Ao contextualizarmos Afetividade e aprendizagem, DOS REIS (2020), afirma
que,
Nesse sentido, a afetividade estimula o ato de aprender, ou seja, a
aprendizagem e a afetividade são indissociáveis, portanto o afeto estudado por
Wallon vai além do carinho e emoções, é enfatizado na troca de saberes,
amplitudes cognitivas, interações e na construção do sujeito como todo,
contribuindo assim para a psicopedagogia, em busca do desenvolvimento
biológico, psicológico e social do sujeito. (DOS REIS, 2020, p. 127)
Vale notar que essa indissociabilidade entre afetividade e aprendizagem da qual
a referida autora trata, é essencial para uma mediação adequada e desenvolvimento
cognitivo e social de qualidade.
Nesses termos, chega-se à conclusão de que as práticas pedagógicas que
respeitem a concepção de aprendizagem em foco devem apoiar-se em duas
verdades fundamentais: - A de que todo conhecimento provém da prática social
e a ela retorna; - A de que o conhecimento é um empreendimento coletivo,
nenhum conhecimento é produzido na solidão do sujeito, mesmo porque essa
solidão é impossível.(GIUSTA, 2013, p. 35).
Em tal contexto, pode-se afirmar que o ser humano é um ser social, e é por meio
de sua capacidade de socialização e relações afetivas, sendo estas positivas ou não,
que seus processos de desenvolvimento de aprendizagem e produção de
conhecimento são construídos.
2.2 RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR, ALUNO E APRENDIZAGEM- AS
CONTRIBUIÇÕES DA AFETIVIDADE
O tema afetividade ligado à aprendizagem está sempre em evidência nos
ambientes escolares, impelindo professores a se superar ou fazendo-os recuar,
chegando à desistência dos casos mais complexos. Porém, ela tem um papel
muito importante nos resultados que os professores e alunos almejam. Hoje já
se sabe que a afetividade é algo visceral, um sentimento, ou se tem ou se não
tem. Isso não quer dizer que não se possa fazer nada para que as pessoas
consigam vivenciá-las. (SARNOSKI, 2014, p. 2)
O professor como mediador, no contexto escolar tem papel muito importante,
pois é por meio deste que o indivíduo tem contato com novas experiências tanto de
conhecimento como de socialização necessários para que a aprendizagem exista.
[...]como educadores, não se pode, no entanto desprezar os primeiros anos de
vida da criança que são base para um desenvolvimento saudável de sua
personalidade, observando sobre tudo a relação que a criança tem com sua
mãe poderemos entender a constituição de um adulto com afetividade bem ou
mal construída. Muito menos podemos diferenciar os fatores sociais, culturais,
religiosos, genéticos e neurológicos que podem interferir significativamente na
aprendizagem. (SARNOSKI, 2014, p. 3)
Trabalhar de forma afetiva, vai além de simplesmente tratar a criança de forma
carinhosa e atenciosa, a relação de afeto entre educador e educando se baseia no
respeito, e enquanto educadores devemos ter um olhar atento e contemplativo para o
contexto do educando, repeitando suas individualidades e mediando de forma
responsável seus processos de construção de conhecimento, (SARNOSKI,2014). Nas
palavras de Emiliano (2015, p. 66) “[...]é necessário ao professor ter consciência da
importância das relações entre aluno-professor, aluno-objeto e professor-objeto e a
necessidade de uma prática pedagógica reflexiva que faça uso das boas relações
afetivas, tornando o processo ensino-aprendizagem mais eficaz e significativo”.
O respeito à individualidade de cada aluno e aos seus conhecimentos anteriores
à escola, e uma relação de afeto, são essenciais no processo de aprendizagem. “Desse
modo, se o professor pretende realizar mediações junto ao aluno, é preciso relacionar
seu comportamento com uma emoção positiva, para obter o sucesso pretendido no
processo de ensino-aprendizagem.” (EMILIANO, 2015, p. 65).
Na relação professor-aluno, o papel do professor é de mediador do
conhecimento. A forma como o professor se relaciona com o aluno reflete nas
relações do aluno com o conhecimento e nas relações aluno-aluno; queira ou
não, o professor é um modelo, nasua forma de relacionar-se, de expressar
seus valores, na forma de resolver os conflitos, na forma de falar e ouvir.
(MAHONEY e ALMEIDA, 2005, p. 26 apud VARGAS, 2021, p. 36)
Sob essa ótica, vargas (2021, p. 37) afirma que “o professor em sala, faz total
diferença e sabendo como cada criança age, pode investir nos vínculos afetivos
específicos para cada um, pois o ato de educar é uma troca, onde também ocorre a
aprendizagem”.
Intrinsecamente ligada à cognição, a afetividade constitui-se fator essencial na
vida escolar, devendo, pois o professor, estar ciente dos problemas que pode
enfrentar e estar preparado para resolvê-los. Isso porque muitas crianças
revelam rejeição à escola devido a primeira infância tumultuada e carente de
afetividade, principalmente da figura materna. (SARNOSKI, 2014, p. 5)
Cabe ao professor buscar meios de aproximação com seus alunos, seja através
do lúdico, do acolhimento que proporciona ao aluno um sentimento de afeição e
respeito, trazendo-o desta forma para o envolvimento e socialização. Desta forma
também,
Quando observamos nossos alunos, percebemos que o olhar tem significado de
expressividade da alma, são manifestações de sentimentos que podem ser
interpretados de forma positiva ou negativa. O olhar do professor influencia no
comportamento do aluno, quando interpretado de forma negativa, gera
desconforto em sala de aula. (SARNOSKI, 2014, p.6)
Pelo mesmo viés, Sarnoski (2014, p. 6) afirma que “é importante também
ressaltar que a criança precisa ser reconhecida, ser elogiada, isso nutri a afetividade da
criança, pois demonstra o interesse do professor pela criança, fazendo com que ela se
sinta importante”.
O fortalecimento das relações afetivas entre professor e aluno contribui para o
melhor rendimento escolar, destacando assim que a afetividade não se dá
somente por contato físico: discutir a capacidade do aluno, elogiar seu trabalho,
reconhecer seu esforço e motivá-lo sempre, constituindo assim formas
cognitivas de ligação afetiva, sem deixar de ressaltar que o contato corporal
também é uma manifestação de carinho. (SARNOSKI, 2014, p. 7)
O professor que acolhe e envolve seu educando, tem a oportunidade de
fortalecer vínculos afetivos, desta forma faz com que a criança sinta prazer em estar
conectado com o meio e as demais pessoas que o cercam. Da mesma forma, o
professor que não se atenta e tão pouco se esforça para que esses vínculos afetivos
positivos sejam gerados e fortalecidos, pode gerar traumas e influenciar de forma
negativa o desenvolvimento cognitivo e social do aluno. 
“Então é importante ressaltar que o que se diz e como se comporta, em que
momento e por quê, afetam profundamente a relação professor e aluno e,
consequentemente, influência no próprio processo ensino-aprendizagem” SARNOSKI
(2014, p. 8). Contudo,
É de extrema importância ressaltar que o sucesso ou o fracasso no
desenvolvimento escolar da criança é influenciado por diversos fatores, sendo o
envolvimento da família com essas crianças o fator principal. As expectativas de
pais em relação ao futuro são fatores que podem cooperar ou não para que
essas crianças estejam motivadas para um bom desempenho no processo de
aprendizagem e durante toda a vida escolar. (SARNOSKI, 2014, p. 9)
Portanto não se pode associar em sua totalidade a responsabilidade sobre
atrasos de aprendizagem ou retrocessos cognitivos ao trabalho do professor, por mais
que este em algum momento falte com afetividade, pois o desenvolvimento da cognição
e o processo de aquisição de aprendizagem dependem de um conjunto de situações e
de um trabalho em equipe entre família e educadores.
acredito que não era pra ter acento
3 CONCLUSÃO
Este artigo teve por objetivo analisar influências da afetividade no processo de
aprendizagem, para tanto a pesquisa teve como base os estudos de autores que se
aprofundam no tema, tais como Emiliano (2015), Sarmento (2010), Vargas (2021) entre
outros que contribuíram para este trabalho através de suas relevantes ideias.
De início buscou-se analisar os conceitos básicos de Afetividade e
Aprendizagem e analisar a importância da afetividade no desenvolvimento do indivíduo;
desta forma foi possível identificar o conceito de Afetividade, podendo assim
compreender que a mesma está ligada aos sentimentos e emoções porém não
compartilha do mesmo significado, sendo esta o primeiro instinto de sobrevivência do
ser humano. Através de algumas psicologias, identificou-se os conceitos que estas
aplicavam ao termo aprendizagem; Destaca-se aqui a indissociabilidade de Afetividade
e Aprendizagem.
No decorrer da pesquisa, foi possível identificar as influências e contribuições da
afetividade na relação professor-aluno durante o processo de aprendizagem; Pode-se
compreender que o professor que tem papel de mediador neste processo, tem forte
influência sobre a vida do educando, sendo parte importante para que o educando
desenvolva sua afetividade, assim como a socialização que são peças fundamentais
para que exista uma aprendizagem efetiva. 
Conclui-se que os objetivos desta pesquisa foram alcançados, no entanto com
base nas consultas realizadas aos trabalhos de diversos autores, notou-se que apenas
a primeira hipótese levantada “se o educador buscar valorizar as relações afetivas em
suas mediações, obterá total sucesso em seu trabalho pois procede de forma
horizontal, respeitando o contexto e particularidades de cada aluno” foi comprovada
através da pesquisa realizada nos autores que se aprofundam no tema. 
Já a segunda hipótese “o aluno carente de boas relações afetivas com seu
professor, consequentemente possui dificuldades de aprendizagem e baixo
"o mesmo" "a mesma"
não indica sujeito, procure outro termo pra substituir. :)
desenvolvimento intelectual e social”, não pode ser comprovada em sua totalidade, pois
a aquisição de aprendizagem, depende de um conjunto de fatores sejam cognitivos e
sociais, com contribuição do educador, porém o principal fator é o envolvimento da
criança com a família, desta forma não se pode dizer que apenas a carência afetiva
nesta relação seja responsável por retrocessos e atrasos de socialização e
consequentemente de aprendizagem.
4 REFERÊNCIAS
DOS REIS, Midiã de Oliveira Gonçalves; DE AGUIAR FUZO, Ana Paula; DE OLIVEIRA,
Sandra Maria. Wallon e a afetividade no contexto psicopedagógico. Revista
Uniaraguaia, v. 15, n. 3, p. 125-136, 2020. Disponível em:
https://sipe.uniaraguaia.edu.br/index.php/REVISTAUNIARAGUAIA/article/view/982.
Acesso em: 30 de maio. 2022.
EMILIANO, Joyce Monteiro. Vigotski: a relação entre afetividade, desenvolvimento e 
aprendizagem e suas implicações na prática docente. UNIFAFIBE, 2015. Disponível 
em: https://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/
35/06042015200306.pdf. Acesso em: 30 de maio. 2022.
GIUSTA, Agnela da Silva. CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM E PRÁTICAS 
PEDAGÓGICAS. Educação em Revista-UFMG, v. 29, n. 1, p. 20-36, 2013. Disponível 
em: https://www.redalyc.org/pdf/3993/399360933003.pdf. Acesso em: 30 de maio. 
2022.
SARMENTO, Nara Regina Goulart. Aprendizagem e Afetividade. UFRGS, 2010. 
Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/71877/000880292.pdf?seq. Acesso 
em: 01 de maio. 2022.
SARNOSKI, Eliamara Aparecida. Afetividade no processo ensino-
aprendizagem. Revista de Educação do IDEAU, v. 9, n. 20, p. 1-12, 2014. Disponível 
em: 
https://www.caxias.ideau.com.br/wp-content/files_mf/0591228939ab3bddbe3d293fc78a
6251223_1.pdf. Acesso em: 28 de maio. 2022.
https://www.caxias.ideau.com.br/wp-content/files_mf/0591228939ab3bddbe3d293fc78a6251223_1.pdf
https://www.caxias.ideau.com.br/wp-content/files_mf/0591228939ab3bddbe3d293fc78a6251223_1.pdf
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/71877/000880292.pdf?seqhttps://www.redalyc.org/pdf/3993/399360933003.pdf
https://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/35/06042015200306.pdf
https://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/35/06042015200306.pdf
https://sipe.uniaraguaia.edu.br/index.php/REVISTAUNIARAGUAIA/article/view/982
VARGAS, Isabely Zaider De. Afetividade na educação infantil. Repositório Guairacá. 
2021. Disponível em: http://repositorioguairaca.com.br/jspui/handle/23102004/335 
Acesso em: 30 de maio. 2022.
	1 INTRODUÇÃO
	2 As influências da afetividade do processo de aprendizagem
	2.1 Concepções sobre aprendizagem e afetividade
	3 CONCLUSÃO
	4 REFERÊNCIAS

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