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Literatura para Notário e Registrador (TJ MA) 2023 (
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2dE55 )
Ordenação: Por Matéria
Literatura Brasileira e Estrangeira
Questão 1: CETREDE - Prof (Frecheirinha)/Pref Frecheirinha/PEB II Língua
Portuguesa/2021
Assunto: Trovadorismo (Ricardo Coração de Leão, Paio Soares, D. Dinis, etc)
Sobre o Trovadorismo é INCORRETO afirmar que
 a) os poemas devem ser recitados sem acompanhamento musical.
 b) as cantigas são sua principal manifestação.
 c) foi a primeira manifestação literária da Língua Portuguesa.
 d) uma das obras que o marcaram foi a Cantiga da Ribeirinha.
 e) normalmente os trovadores eram artistas de origem nobre.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1565245
Questão 2: INSTITUTO MAIS - AnPre (IPREV Santo)/IPREV Santos/Perfil Generalista/2022
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Leia os versos abaixo, de Luis de Camões, para responder à questão.
 
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
 
Sobre os versos, é correto afirmar que o(a)
 a) ideia de bons” e maus” denuncia O cinismo do autor, relativizando a relevância social dos vícios e
virtudes.
 b) uso do advérbio “sempre” evoca a ideia de temporalidade, situando cronologicamente a temática
abordada.
 c) figura “mar de contentamentos” atribui ao poema maior expressividade, reforçando imageticamente
os contrastes.
 d) “espanto” do qual fala o autor intensifica suas expectativas acerca da superação das antíteses.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1992333
Questão 3: COMVEST UNICAMP - Vest (UNICAMP)/UNICAMP/Vestibular Unicamp
(VU)/2022
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Na ribeira do Eufrates assentado,
Discorrendo me achei pela memória
Aquele breve bem, aquela glória,
Que em ti, doce Sião, tinha passado.
Da causa de meus males perguntado
Me foi: Como não cantas a história
De teu passado bem e da vitória
Que sempre de teu mal hás alcançado?
Não sabes, que a quem canta se lhe esquece
O mal, inda que grave e rigoroso?
Canta, pois, e não chores dessa sorte.
Respondi com suspiros: Quando cresce
A muita saudade, o piedoso
Remédio é não cantar senão a morte.
(Luís de Camões, 20 sonetos. Org. Sheila Hue. Campinas: Editora da
Unicamp, 2018, p.113).
 
Considerando as características formais e o núcleo temático, é correto afirmar que o poema retoma o
dito popular
 a) “longe dos olhos, perto do coração”.
 b) “mais vale cantar mal que chorar bem”.
 c) “a cada canto seu Espírito Santo”.
 d) “quem canta seus males espanta”.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2194878
Questão 4: FGV - CL (SEN)/SEN/Assessoramento Legislativo/Pronunciamentos/2022
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Observe a seguir a primeira estrofe de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões”:
 
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.
 
Sobre os componentes dessa estrofe e sobre suas relações literárias, assinale a afirmativa correta.
 a) Trata-se de primeira estrofe de uma epopeia, ou seja, uma narrativa em versos sobre grandes
feitos heroicos; nesse caso, as conquistas dos grandes navegadores, da Antiguidade até a época da
publicação do poema.
 b) A primeira estrofe de uma epopeia apresenta geralmente a dedicatória, ou seja, a quem se dedica
o poema; nesse caso, aos navegadores portugueses do século XVI.
 c) A epopeia clássica, como os Lusíadas, mostra um rigor formal absoluto: nesse caso, um longo
poema integralmente composto em estrofes de oito versos, versos decassílabos em esquema de rimas A-
B-A-B-A-B-C-C.
 d) Estruturalmente, na epopeia clássica predomina a objetividade: nesse caso, refletida na ordem
direta dos versos e na preferência pela denotação.
 e) Pela época em que foi composta, a epopeia valoriza a classe alta: nesse caso, inclusive, com uma
referência direta a “Barões” e ao desempenho heroico dos nobres.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2225181
Questão 5: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2021
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Leia os versos a seguir.
As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana
Quanto à estrofe apresentada, é correto afirmar que
 a) a presença da sinestesia evoca a bravura decorrente do espírito expansionista dos navegadores
lusitanos.
 b) pertence à terceira fase do Romantismo: o Condoreirismo, como ocorrem em Castro Alves no
Navio Negreiro.
 c) se trata de um resgate ao Classicismo pelos poetas árcades, ao retomar a medida nova, versos
decassílabos.
 d) se trata de uma epopeia camoniana, ao cantar os feitos heroicos dos portugueses durante o
expansionismo marítimo.
 e) aborda a crise espiritual do Barroco: o paganismo decorrente do expansionismo marítimo; e a
religiosidade decorrente de uma retomada ao teocentrismo medieval.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1875212
Questão 6: FCC - Vest (UNILUS)/UNILUS/Medicina/2021
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
A obra Os Lusíadas, de Camões, é uma
 a) tragédia que, ao relatar a viagem de Vasco da Gama às Índias, constitui-se como paródia de obras
clássicas da Antiguidade.
 b) narrativa épica, em que se descrevem, em versos, atos heroicos do povo português no período das
grandes navegações.
 c) tragédia, baseada na malsucedida expedição de circum-navegação do globo liderada por Fernão de
Magalhães.
 d) narrativa épica, em que o Velho do Restelo recorre a cenas da mitologia antiga para incentivar a
viagem de Vasco da Gama às Índias.
 e) obra dramática, narrada de forma linear, na qual portugueses, em sua terra natal, assistem ao
início da viagem de Vasco da Gama.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1885178
Questão 7: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Para responder à questão, leia o soneto de Luís de Camões.
 
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5 com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6,
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1 Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos homens.
2 suave pensamento: sentimento amoroso.
3 Amor: entidade mítica que personifica o amor.
4 juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que nunca se apaixonaram.
5 engenho: talento poético, inspiração.
6 defeitos: inverdades, fantasia.
 
No soneto, Amor teme que
 a) o eu lírico perca sua inspiração.
 b) a poesia do eu lírico não seja sincera.
 c) a poesia do eu lírico não seja compreendida.
 d) o eu lírico esqueça sua amante.
 e) o eu lírico divulgue seus enganos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1925859
Questão 8: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Para responder à questão, leia o soneto de Luís de Camões.
 
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5 com tormento,
Para que seus enganosnão dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6,
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1 Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos homens.
2 suave pensamento: sentimento amoroso.
3 Amor: entidade mítica que personifica o amor.
4 juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que nunca se apaixonaram.
5 engenho: talento poético, inspiração.
6 defeitos: inverdades, fantasia.
 
Segundo o eu lírico, Amor torna os amantes
 a) mesquinhos.
 b) melancólicos.
 c) submissos.
 d) imprudentes.
 e) insensatos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1925860
Questão 9: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Para responder à questão, leia o soneto de Luís de Camões.
 
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5 com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6,
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1 Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos homens.
2 suave pensamento: sentimento amoroso.
3 Amor: entidade mítica que personifica o amor.
4 juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que nunca se apaixonaram.
5 engenho: talento poético, inspiração.
6 defeitos: inverdades, fantasia.
 
No soneto, o eu lírico dirige-se, mediante vocativo,
 a) àqueles que não entendem seus versos.
 b) a Amor.
 c) àqueles que nunca se apaixonaram.
 d) aos amantes.
 e) a Fortuna.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1925861
Questão 10: Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Considerando os estilos literários e as informações correspondentes, relacione adequadamente as
colunas aseguir.
I. Barroco.
II. Realismo.
III. Classicismo.
IV. Romantismo.
V. Modernismo.
( ) Predomina o determinismo: o indivíduo de nada vale, existem leis universais que regem a
história, a sociedade e o homem.
( ) Tem como características, dentre outras, a defesa da pátria e da liberdade, o mal do século e o
sentimentalismo.
( ) Termina junto com a 2ª Guerra; tem como características o ataque à arte tradicional, o desejo
de renovar e nacionalizar a arte brasileira.
A sequência está correta em
 a) I, II, V.
 b) I, II, III.
 c) II, IV, V.
 d) III, IV, V.
 e) II, III, IV.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121901
Questão 11: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2019
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Em relação ao Classicismo, que se desenvolveu durante o século XVI, marque a alternativa correta.
 a) Esse movimento literário possibilita a expressão da condição individual, da riqueza interior do ser
humano que se defronta com sua inadequação à realidade.
 b) A poesia dessa época adota convenções do bucolismo como expressão de um sentimento de
valorização do ser humano.
 c) Os poetas pertencentes a esse período literário perseguiam uma expressão equilibrada, sóbria,
capaz de transmitir o domínio que a razão exercia sobre a emoção individual, colocando o homem como
centro de todas as coisas.
 d) Os autores dessa estética literária procuraram retratar a vida como é e não como deveria ou
poderia ser. Perseguem a precisão nas descrições, principalmente pela harmonização de detalhes que,
somados, reforçam a impressão de realidade.
 e) A poesia desse período passa a ser considerada um esforço de captação e fixação das sutis
sensações produzidas pela investigação do mundo interior de cada um e de suas relações com o mundo
exterior.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1536578
Questão 12: FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
“No plano da invenção ficcional e poética, o primeiro reflexo sensível é a descida de tom no modo de o
escritor relacionar-se com a matéria de sua obra. O liame que se estabelecia entre o autor romântico e o
mundo estava afetado por uma série de mitos idealizantes: a natureza-mãe, a natureza refúgio, o amor-
fatalidade, a mulher-diva, o herói-prometeu, sem falar na aura que cingia alguns ídolos como a “Nação”,
a “Pátria”, a “Tradição”, etc. O romântico não teme as desmasias do sentimento nem os riscos da ênfase
patriótica; nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua
forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a
mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideo-afetivo que vai cedendo a um processo de
crítica na literatura dita “realista”. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se
impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responda aos métodos
científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século.”
 
No que concerne à incidência do sentimento de nacionalidade e de ufanismo, assinale a alternativa
CORRETA, de acordo com o texto:
 a) Os heróis nacionais eram vistos, de acordo com a concepção romântica, como entidades suscetíveis
às mesmas fragilidades e defecções de qualquer humano.
 b) A idolatria aos heróis nacionais, ungindo-os de atributos valorativos, se firmava como um dos
traços da proposta estética romântica.
 c) Mitificar as flâmulas e emblemas nacionais era procedimento censurado na concepção textual
romântica.
 d) Ver com olhos da objetividade é característica inerente ao processo de criação artística romântica.
 e) A impessoalidade é uma de suas marcas fulcrais.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/994774
Questão 13: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2016
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Leia o soneto a seguir e marque a alternativa correta quanto à proposição apresentada.
Se amor não é qual é este sentimento?
Mas se é amor, por Deus, que cousa é a tal?
Se boa por que tem ação mortal?
Se má por que é tão doce o seu tormento?
Se eu ardo por querer por que o lamento
Se sem querer o lamentar que val?
Ó viva morte, ó deleitoso mal,
Tanto podes sem meu consentimento.
E se eu consinto sem razão pranteio.
A tão contrário vento em frágil barca,
Eu vou por alto-mar e sem governo.
É tão grave de error, de ciência é parca
Que eu mesmo não sei bem o que eu anseio
E tremo em pleno estio e ardo no inverno.
O artista do Classicismo, para revelar o que está no universo, adota uma visão
 a) subjetiva.
 b) idealista.
 c) racionalista.
 d) platônica.
 e) negativa.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1548457
Questão 14: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2010
Assunto: Classicismo (Camões, Sá de Miranda, etc)
Texto I
XLI
Ouvia:
Que não podia odiar
E nem temer
Porque tu eras eu.
E como seria
Odiar a mim mesma
E a mim mesma temer.
 
HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).
 
Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
 
Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).
 
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Camões, a temática comum é
 a) o “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se realiza por meio de uma espécie de fusão de
dois seres em um só.b) a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos versos de Hilda Hilst, a firmação do eu lírico de
que odeia a si mesmo.
 c) o "outro" que se confunde com o eu lírico,verificando-se, porém, nos versos de Camões, certa
resistência do ser amado.
 d) a dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o ódio ou o amor se produzem no imaginário,
sem a realização concreta.
 e) o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados, nos Textos I e II, respectivamente, o ódio e o
amor.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1163751
Questão 15: IDECAN - Sold (CBM ES)/CBM ES/Combatente/2022
Assunto: Quinhentismo (Caminha, Pe. José de Anchieta, Pe. Manuel da Nóbrega, etc)
Leia o poema abaixo.
ANCHIETA
 
Cavaleiro da mística aventura,
Herói cristão! nas provações atrozes
Sonhas, casando a tua voz às vozes
Dos ventos e dos rios na espessura:
 
Entrando as brenhas, teu amor procura
Os índios, ora filhos, ora algozes,
Aves pela inocência, e onças ferozes
Pela bruteza, na floresta escura.
 
Semeador de esperanças e quimeras,
Bandeirante de “entradas” mais suaves,
Nos espinhos a carne dilaceras:
 
E, porque as almas e os sertões desbraves,
Cantas: Orfeu humanizando as feras,
São Francisco de Assis pregando às aves.
 
Olavo Bilac. Tarde. In: Antologia: Poesias. São Paulo: Martin Claret, 2002. p. 3.
(Coleção a obra-prima de cada autor). Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000288.pdf
 
O poema do parnasiano Olavo Bilac enaltece o jesuíta espanhol José de Anchieta, que veio à América
Portuguesa no século XVI. É correto afirmar que os jesuítas
 a) catequizaram indígenas e fundaram aldeamentos e povoados, auxiliando a ocupação.
 b) implementaram a inquisição no Brasil, combatendo desvios religiosos e heresias.
 c) organizaram instituições educacionais para educar os filhos cristãos dos colonizadores.
 d) combateram em nome da igreja e das coroas ibéricas a violência das bandeiras.
 e) promoveram como padre-cavaleiro a cruzada contra os deuses pagãos afro-indígenas.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2154759
Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Quinhentismo (Caminha, Pe. José de Anchieta, Pe. Manuel da Nóbrega, etc)
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso
têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos
neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de
algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que
lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os
molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa
grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte
para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto,
mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e
pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui
redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar.
Silvio Castro. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket,
1985 (com adaptações).
Tendo o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha como referência inicial, julgue os itens de 17 a 25 e
assinale a opção correta no item 26, que é do tipo C.
 
A Carta de Pero Vaz de Caminha é considerada o texto inaugural da literatura brasileira devido ao caráter
inventivo de seu autor no que se refere às descrições e aos eventos narrados.
 Certo
 Errado
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1961143
Questão 17: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Quinhentismo (Caminha, Pe. José de Anchieta, Pe. Manuel da Nóbrega, etc)
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso
têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos
neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de
algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que
lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os
molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa
grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte
para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto,
mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e
pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui
redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar.
Silvio Castro. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket,
1985 (com adaptações).
Tendo o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha como referência inicial, julgue os itens de 17 a 25 e
assinale a opção correta no item 26, que é do tipo C.
 
O texto de Caminha é relevante tanto por seu caráter histórico — o registro da chegada dos portugueses
ao Brasil —, quanto por apresentar certa qualidade literária, presente, por exemplo, na exposição da
subjetividade do autor, das suas impressões e surpresas. A linguagem da Carta extrapola a linguagem
usualmente empregada em um relatório.
 Certo
 Errado
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1961149
Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Quinhentismo (Caminha, Pe. José de Anchieta, Pe. Manuel da Nóbrega, etc)
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso
têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos
neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de
algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que
lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os
molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa
grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte
para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto,
mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e
pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui
redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar.
Silvio Castro. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket,
1985 (com adaptações).
Tendo o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha como referência inicial, julgue os itens de 17 a 25 e
assinale a opção correta no item 26, que é do tipo C.
 
A chamada literatura de informação, apesar de produzida sob a perspectiva do colonizador, apresenta
forte empatia com os povos nativos, sendo essa produçãoconsiderada a origem ideológica do que mais
tarde resultaria no nacionalismo literário.
 Certo
 Errado
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1961151
Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Quinhentismo (Caminha, Pe. José de Anchieta, Pe. Manuel da Nóbrega, etc)
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso
têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos
neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de
algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que
lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os
molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa
grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte
para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto,
mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e
pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui
redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar.
Silvio Castro. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket,
1985 (com adaptações).
Tendo o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha como referência inicial, julgue os itens de 17 a 25 e
assinale a opção correta no item 26, que é do tipo C.
 
Tendo advindo do processo de colonização, a literatura brasileira se constituiu contraditoriamente como
fruto da imposição dos valores da metrópole e como expressão do local.
 Certo
 Errado
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Questão 20: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Quinhentismo (Caminha, Pe. José de Anchieta, Pe. Manuel da Nóbrega, etc)
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso
têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos
neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de
algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que
lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os
molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa
grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte
para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto,
mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e
pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui
redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar.
Silvio Castro. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM Pocket,
1985 (com adaptações).
Tendo o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha como referência inicial, julgue os itens de 17 a 25 e
assinale a opção correta no item 26, que é do tipo C.
 
A ideia de literatura como ficção é incapaz de abarcar parte da produção literária calcada em textos que
se ancoram nas memórias individuais ou em relatos de viagem, como a Carta de Caminha.
 Certo
 Errado
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Questão 21: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2012
Assunto: Quinhentismo (Caminha, Pe. José de Anchieta, Pe. Manuel da Nóbrega, etc)
“A feição deles é serem pardos, quase avermelhados, de rostos regulares e narizes bem feitos; andam
nus sem nenhuma cobertura; nem se importam de cobrir nenhuma coisa, nem de mostrar suas
vergonhas.” Essa passagem pertence à Carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro texto escrito no Brasil,
no qual eram descritos a terra e o povo que a habitava. A respeito da Literatura Quinhentista, é correto
afirmar que
 a) os textos dessa época têm grande valor literário.
 b) registra apenas o choque cultural entre colonizadores e colonizados.
 c) toda essa produção está diretamente relacionada à intenção de catequizar os selvagens.
 d) os textos quinhentistas fazem parte do movimento literário intitulado Poesia Pau-Brasil.
 e) a literatura da época está relacionada ao espírito aventureiro da expansão marítima e comercial
portuguesa.
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Questão 22: AOCP - Prof (SED MS)/SED MS/Língua Portuguesa/2022
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
São características do movimento Barroco na literatura brasileira:
 a) culto do contraste; o ser humano dividido entre os apelos do corpo e os da alma; linguagem
ornamental e rebuscada.
 b) culto do contraste; linguagem simples; predomínio da razão sobre a emoção.
 c) temas mitológicos; equilíbrio e simplicidade; bucolismo.
 d) subjetivismo; evasão e escapismo; sentimentalismo.
 e) temas mitológicos; sentimentalismo; linguagem ornamental e rebuscada.
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Questão 23: FGV - CL (SEN)/SEN/Assessoramento Legislativo/Pronunciamentos/2022
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
“Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo tão dificultoso, um estilo tão afetado,
um estilo tão encontrado a toda arte e a toda natureza? Boa razão é também essa. O estilo há de ser
muito fácil e muito natural. Por isso, Cristo comparou o pregar ao semear. Compara Cristo o pregar ao
semear, porque o semear é uma arte que tem mais de natureza que de arte.
 
Já que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilo do mais antigo pregador que houve
no Mundo. E qual foi ele? O mais antigo pregador que houve no Mundo foi o Céu. Suposto que o Céu é
pregador, deve ter sermões e deve ter palavras. E quais são estes sermões e estas palavras do Céu? As
palavras são as estrelas, os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. O pregar
há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Não fez Deus o céu em xadrez de
estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está branco, de
outra há de estar negro; se de uma parte está dia, de outra há de estar noite? Se de uma parte dizem
luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão de dizer subiu. Basta
que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira
com o seu contrário? Mas dir-me-eis: Padre, os pregadores de hoje não pregam do Evangelho, não
pregam das Sagradas Escrituras? Pois como não pregam a palavra de Deus? Esse é o mal. Pregam
palavras de Deus, mas não pregam a Palavra de Deus”.
 
O texto acima é um excerto do famoso “Sermão da Sexagésima”, do Padre Antônio Vieira, orador sacro
do século XVII, pertencente as literaturas portuguesa e brasileira. Nesse momento do sermão, o orador
questiona se o estilo da época é uma das causas da dificuldade de os sermões convencerem
religiosamente o público.
 
Sobre o texto e suas relações literárias, assinale a afirmativa correta.
 a) O orador mescla sua preocupação religiosa com a estética barroca, fazendo de seus sermões a
expressãomáxima do Barroco em prosa sacra e um dos principais meios de difusão da ideologia e da
literatura da Contrarreforma.
 b) Como é comum nos sermões, o pregador faz uso de perguntas que ele não responde, recurso que
permite provocar a reflexão e estimular o raciocínio lógico do ouvinte.
 c) O sermão desenvolve a temática religiosa e, ao mesmo tempo, predomina nele uma das
características do estilo barroco: o conceptismo, visto que sua principal preocupação é a estética da
expressão.
 d) O segmento “Se de uma parte está branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia,
de outra há de estar noite? Se de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte
dizem desceu, da outra hão de dizer subiu” se refere ao paradoxo, um exemplo de figura de linguagem.
 e) No primeiro parágrafo, o orador faz alusão a uma comparação feita por Jesus em suas palavras,
aludindo ao método de pregar de Jesus, que consistia em utilizar correspondências de difícil
compreensão, para que seu discurso só fosse assimilado e compreendido após profunda meditação.
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Questão 24: FGV - CL (SEN)/SEN/Assessoramento Legislativo/Pronunciamentos/2022
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
A seguir estão segmentos de poemas que trazem marcas características dos estilos de época a que se
filiam.
 
Assinale a opção cujo segmento tem seu estilo de época corretamente indicado.
 a) “A Passiflora, flor da Paixão de Jesus, / Conserva em si, piedosa, os divinos Tormentos: / Tem
cores roxas, tons magoados e sangrentos / Das Chagas Santas, onde o sangue é como luz.” /
Parnasianismo.
 b) “Estranho mimo aquele vaso! Vi-o. / Casualmente, uma vez, de um perfumado / Contador sobre o
mármor luzidio, / Entre um leque e o começo de um bordado” / Modernismo.
 c) Quero um beijo sem fim, / Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo! / Ferve-me o sangue.
Acalma-o com teu beijo/ / Beija-me assim!” / Simbolismo.
 d) “Triste Bahia! Ó quão dessemelhante / Estás e estou do nosso antigo estado! / Pobre te vejo a ti,
tu a mim empenhado, / Rica te vejo eu já, tu a mim abundante.” / Barroco.
 e) Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama
que escolherei” / Romantismo.
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Questão 25: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2022
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Leia o soneto “Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia”, do poeta Gregório de Matos
(1636-1696), para responder a questão.
 
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
 
Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
 
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres¹,
Posta nas palmas toda a picardia,
 
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
 
(Gregório de Matos. Poemas escolhidos, 2010.)
 
1 Trazidos sob os pés os homens nobres: na visão de Gregório de Matos, os mulatos em ascensão subjugam com
esperteza os verdadeiros “homens nobres”.
 
O soneto de Gregório de Matos constitui um exemplo da sua poesia de teor
 a) nostálgico.
 b) satírico.
 c) metalinguístico.
 d) místico.
 e) encomiástico.
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Questão 26: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2022
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Leia o soneto “Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia”, do poeta Gregório de Matos
(1636-1696), para responder a questão.
 
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
 
Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
 
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres¹,
Posta nas palmas toda a picardia,
 
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
 
(Gregório de Matos. Poemas escolhidos, 2010.)
 
1 Trazidos sob os pés os homens nobres: na visão de Gregório de Matos, os mulatos em ascensão subjugam com
esperteza os verdadeiros “homens nobres”.
 
No soneto, o eu lírico enraíza na cidade da Bahia a figuração tradicional do desconcerto do mundo. No
quadro da economia colonial, esse desconcerto do mundo mostra-se associado a um momento crítico da
produção
 a) do açúcar.
 b) da borracha.
 c) do ouro.
 d) do café.
 e) do algodão.
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Questão 27: FUVEST - Vest (USP)/USP/2021
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Largo em sentir, em respirar sucinto,
Peno, e calo, tão fino, e tão atento,
Que fazendo disfarce do tormento
Mostro que o não padeço, e sei que o sinto.
O mal, que fora encubro, ou que desminto,
Dentro no coração é que o sustento:
Com que, para penar é sentimento,
Para não se entender, é labirinto.
Ninguém sufoca a voz nos seus retiros;
Da tempestade é o estrondo efeito:
Lá tem ecos a terra, o mar suspiros.
Mas oh do meu segredo alto conceito!
Pois não me chegam a vir à boca os tiros
Dos combates que vão dentro no peito.
Gregório de Matos e Guerra
 
No soneto, o eu lírico:
 a) expressa um conflito que confirma a imagem pública do poeta, conhecido pelo epíteto de “o Boca
do Inferno”.
 b) opta por sufocar a própria voz como estratégia apaziguadora de suas perturbações de foro íntimo.
 c) explora a censura que o autor sofreu em sua época, ao ser impedido de dar expressão aos seus
sentimentos.
 d) estabelece, nos tercetos, um contraponto semântico entre as metáforas da natureza e da guerra.
 e) revela-se como um ser atormentado, ao mesmo tempo que omite a natureza de seu sofrimento.
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Questão 28: Instituto Consulplan - Vest (FM RO)/FM RO/2020
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
As manifestações do Barroco no Brasil aconteceram por meio das artes plásticas e também
da literatura em que se pode observar o predomínio de duas tendências estéticas: cultismo e
conceptismo. Relacione a primeira coluna de acordo com a segunda associando as
características apresentadas a cada tendência.
1. Cultismo.
2. Conceptismo.
( ) Jogo de palavras.
( ) Uso de analogias.
( ) Rebuscamento de forma.
( ) Valorização do raciocínio.
( ) Racionalização dos conflitos.
A sequência está correta em
 a) 1, 2, 1, 2, 2.
 b) 2, 2, 2, 1, 1.
 c) 2, 1, 2, 2, 1.
 d) 1, 1, 2, 2, 1.
 e) 1, 1, 1, 1, 2.
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Questão 29: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2020
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Sobre a arte barroca brasileira, pode se afirmar que:
 a) há uma presença de estilo tropical com elogios a diversidade social.
 b) há elementos do conceptismo, marcado pela relação da argumentação.
 c) usa linguagem rebuscada sem figuras de linguagem.
 d) traz a ideia de que tudo pode ser estável.
 e) usa uma linguagem simples e objetiva, sem exageros:
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Questão 30: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2020
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
No Barroco, é apresentada uma temática que expressa:
 a) um culto do contraste, uma simplicidade acima de tudo.b) um pessimismo, uma idealização da natureza.
 c) um dinamismo, uma consciência social.
 d) uma fusão de visões, uma fuga da cidade.
 e) uma reflexão sobre a fragilidade humana um destaque ao contraste.
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Questão 31: CONTEMAX - Prof (Conceição)/Pref Conceição/Português/2019
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Leia o poema abaixo para responder a questão abaixo.
 
Moraliza o poeta nos ocidentes do sol a
inconstância dos bens do mundo
 
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
 
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
 
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
 
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
 
In: MATOS, Gregório de. Obra poética. Org. James
Amado. Prep. e notas Emanuel Araújo. Apres. Jorge
Amado. 3.ed. Rio de Janeiro: Record, 1992
 
O poema foi escrito durante o barroco brasileiro pelo escritor Gregório de Matos Guerra. Faz parte do
barroco brasileiro, EXCETO:
 a) Cultismo e conceptismo
 b) Antônio Vieira
 c) Era nacional
 d) Exagero e rebuscamento
 e) Arte dualista
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Questão 32: FCC - Prof (SEC BA)/SEC BA/Linguagem/Língua Portuguesa/2018
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Ao lado daquilo que os críticos da obra de Gregório de Matos qualificam, irrevogavelmente, de plágios,
registramos também, em nossas leituras, temas, frases e procedimentos variados que o poeta foi buscar
em outros autores. Em grande parte, trata-se de paródias camonianas ou de outros poetas, sendo visível
a intenção do autor de estabelecer um canto paralelo ou um contraponto poético, imitando mais por
espírito de emulação e sem ocultar seus desígnios, o que seria impossível, até pela projeção dos
modelos. Há, contudo, exemplos expressivos de apropriação, mas como era habitual no poeta: partindo
de um núcleo tomado de outro autor, reelaborar o restante, criando um novo poema. Outra maneira de
que se valeu para criar em cima do texto alheio foi a paródia.
(Adaptado de: GOMES, João Carlos Teixeira.
Gregório de Matos, o Boca de Brasa (um estudo de plágio e criação). Petrópolis: Editora Vozes, 1985, p. 90-91)
A primeira estrofe de soneto de Gregório de Matos em que se pode identificar “a desconstrução de
soneto camoniano com a atitude parodística e intuito humorístico” é:
 a) Carregado de mim ando no mundo
 E o grande peso embarga-me as passadas;
 Que, como ando por vias desusadas,
 Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.
 b) Alma ditosa, que na empírea corte,
 Pisando estrelas vais de sol vestida,
 Alegres com te ver fomos na vida,
 Tristes com te perder somos na morte.
 c) Sete anos a nobreza da Bahia
 Servia a uma pastora indiana e bela
 Porém serviu à Índia, e não a ela,
 Que à Índia só por prêmio pretendia.
 d) Alegre com a empresa desejosa
 Corta o Cabo a espessura e busca a via
 Não faltando da esquadra criminosa
 Algum, que não pudesse neste dia:
 Marcha triunfando a gente belicosa,
 Pasmam de ver os filhos da Bahia
 O sucesso, a prisão, os rebelados,
 Cam. As armas e os varões assinalados.
 e) Triste Bahia, oh quão dessemelhante
 Estás e estou do nosso antigo estado;
 Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,
 Rica te vi eu já, tu a mim abundante.
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Questão 33: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Quantos há que os telhados têm vidrosos
E deixam de atirar sua pedrada,
De sua mesma telha receiosos.
 
Adeus, praia, adeus, ribeira,
De regatões tabaquista,
Que vende gato por lebre
Querendo enganar a vista.
 
Nenhum modo de desculpa
Tendes, que valer-vos possa:
Que se o cão entra na igreja,
É porque acha aberta a porta.
 
GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (fragmento).
 
 
Ao organizar as informações, no processo de construção do texto, o autor estabelece sua intenção
comunicativa. Nesse poema, Gregório de Matos explora os ditados populares com o objetivo de
 a) enumerar atitudes.
 b) descrever costumes.
 c) demonstrar sabedoria.
 d) recomendar precaução.
 e) criticar comportamentos.
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Questão 34: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2018
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinquido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
 
Gregório de Matos Guerra. Soneto. (fragmento) Disponível em: (acesso em 15/03/2018)
 
Nessa estrofe, o eu lírico expressa uma construção de linguagem típica do Barroco, conhecida como:
 a) conceptismo
 b) cultismo
 c) cubismo
 d) gongorismo
 e) maneirismo
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Questão 35: IBFC - PEB (SEDUC MT)/SEDUC MT/Língua Portuguesa/2017
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
No Barroco, movimento literário do século XVII, a contradição é um tema recorrente e constante. O
gosto pelas realidades opostas, pelo conflito e pelas contradições violentas está diretamente relacionado
ao contexto socio-histórico. É possível verificar-se, na linguagem barroca, tanto na forma quanto no
conteúdo, uma rejeição constante da visão ordenada das coisas. (Cereja & Magalhães, 2005) A este
respeito, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
 
( ) O homem barroco poderá, ou assumir uma atitude estoica perante a vida ou adotar um
comportamento epicurista, de liberdade, de carpe diem, aproveitando o presente, livre de
compromissos.
( ) Os temas são aqueles que refletem os estados de tensão da alma humana, tais como vida e
morte, matéria e espírito, amor platônico e amor carnal, pecado e perdão.
( ) Visando a ampliar e a acentuar o sentido trágico desses temas, os autores utilizam uma
linguagem de fácil acesso e entendimento, não havendo rebuscamentos ou figuras de linguagem.
 
Assinale a alternativa que traga, de cima para baixo, a sequência correta.
 a) V; V; V
 b) F; V; V
 c) F; F; V
 d) V; V; F
 e) V; F; F
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Questão 36: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2017
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
“Se gostas de afetação e pompa de palavras e do estilo que chamam culto, não me leias. Quando esse
estilo florescia, nasceram as primeiras verduras do meu; mas valeu-me tanto sempre a clareza, que só
porque me entendiam comecei a ser ouvido. (…) Esse desventurado estilo que hoje se usa, os que
querem honrar chamam-lhe culto, os que o condenam chamam-lhe escuro, mas ainda lhe fazem muita
honra. O estilo culto não é escuro, é negro (…) e muito cerrado. É possível que somos portugueses e
havemos de ouvir um pregador em português e não havemos de entender o que diz?!”
Padre Antônio Vieira, nesse trecho, faz uma crítica ao estilo barroco conhecido como
 a) conceptismo, por ser marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico.
 b) quevedismo, por utilizar-se de uma retórica aprimorada, a exemplo de seu principal cultor:
Quevedo.
 c) antropocentrismo, caracterizado por mostrar o homem, culto e inteligente,como centro do
universo.
 d) gongorismo, ao caracterizar-se por uma linguagem rebuscada, culta e extravagante.
 e) teocentrismo, caracterizado por padres escritores que dominaram a literatura seiscentista.
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Questão 37: IDECAN - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Sobre o Barroco, analise as afirmativas.
 
I. As principais temáticas que permeiam os versos de Gregório de Matos são: a religiosa, a satírica e
a amorosa.
 
II. A prosa foi o estilo adotado por Padre Vieira para compor seus célebres sermões, destinados ao
púbico que assistia às missas.
 
III. A obra Prosopopéia, de Bento Teixeira, é considerada pelos teóricos nacionais como o marco
inicial do Barroco no Brasil. A obra é um poema satírico, de estilo conceptista que ironiza a vida no
período colonial no Brasil.
 
Estão corretas as afirmativas
 a) I, II e III.
 b) I e II, apenas.
 c) I e III, apenas.
 d) II e III, apenas.
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Questão 38: NC UFPR (FUNPAR) - Cad (PM PR)/PM PR/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Com base na leitura integral do “Sermão de Santo Antonio aos peixes”, de Antonio Vieira, assinale a
alternativa correta.
 a) O texto se estrutura através de uma rede de analogias em que os peixes são equiparados à
própria palavra de Deus.
 b) A palavra de Deus é comparada ao sal da terra, mas nunca consegue fertilizá-la, porque falta à
terra a leveza dos peixes.
 c) Depois de ser lançado ao mar pelos homens, Santo Antonio foi reconduzido à praia pelos peixes,
tornando-se exemplo da conduta cristã.
 d) O sal da terra é a palavra de Cristo e, segundo a parábola citada no sermão, ele preferiu pregar
para os peixes a pregar para os homens.
 e) A terra, mesmo infértil, poderia ser melhor cultivada, caso houvesse pregadores que soubessem
semear a boa palavra.
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Questão 39: FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita/Língua Portuguesa/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Leia e responda: “Esse estilo de época tem como uma de suas características mais notáveis as antíteses
e ambivalências que se manifestam
refletindo uma perspectiva de visão de mundo atormentada em dilemas, tais como céu e inferno e os
planos do profano e do sagrado”
 
Estamos tratando do seguinte estilo:
 a) modernista
 b) parnasiano
 c) árcade
 d) barroco
 e) simbólico
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Questão 40: FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Aponte a alternativa que traz uma(s) característica(s) inerente(s) à estética barroca:
 a) apologia aos aspectos sensoriais e sensitivos.
 b) visão objetiva, cientificista e impessoal do mundo circundante.
 c) valorização da vida no campo, com sua simplicidade, evidenciando o pastoreio e os ribeirões.
 d) paradoxos duais, tais como céu / inferno; vida / morte; e conflitos existenciais assinalados pela
dualidade formada pelo sacro e pelo profano.
 e) a busca de perfeição formal.
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Questão 41: FACET - Prof (Pref Marcação)/Pref Marcação/Língua Portuguesa/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
As declarações abaixo são do crítico literário Alfredo Bosi e servirão de base para a questão.
 
 
“A poética da novidade tanto no plano das ideias (conceptismo) como no das palavras (cultismo)
deságua no efeito retórico-psicológico e na exploração do bizarro. (...) É de esperar que os recursos
dessa visão do mundo sejam, na poesia, as figuras: sonoras (aliteração, assonância, eco,
onomatopeia...), sintáticas (elipse, inversão, anacoluto, silepse...) e sobretudo semânticas (metáfora,
metonímia, sinédoque, antítese, clímax...), enfim todos os processos que reorganizam a linguagem
comum em função de uma nova realidade: a obra, o texto, a composição.”
 
A que escola literária está se referindo a declaração?
 a) Realismo
 b) Barroco
 c) Simbolismo
 d) Arcadismo
 e) Modernismo
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Questão 42: FACET - Prof (Pref Marcação)/Pref Marcação/Língua Portuguesa/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
As declarações abaixo são do crítico literário Alfredo Bosi e servirão de base para a questão.
 
 
“A poética da novidade tanto no plano das ideias (conceptismo) como no das palavras (cultismo)
deságua no efeito retórico-psicológico e na exploração do bizarro. (...) É de esperar que os recursos
dessa visão do mundo sejam, na poesia, as figuras: sonoras (aliteração, assonância, eco,
onomatopeia...), sintáticas (elipse, inversão, anacoluto, silepse...) e sobretudo semânticas (metáfora,
metonímia, sinédoque, antítese, clímax...), enfim todos os processos que reorganizam a linguagem
comum em função de uma nova realidade: a obra, o texto, a composição.”
 
Aponte um autor representativo dessa escola literária, no Brasil:
 a) Graciliano Ramos
 b) Machado de Assis
 c) Santa Rita Durão
 d) Cruz e Sousa
 e) Gregório de Matos
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Questão 43: FUNDEP - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
INSTRUÇÃO: A questão refere-se a noções de Teoria da Literatura: Gêneros Literários; Estilos de Época
(do Barroco ao Modernismo - Brasil): Contexto Histórico, características e principais autores.
Gênero literário é a categoria à qual pertence uma obra com base em suas características
predominantes, que possibilitam o agrupamento por semelhanças.
 
Estilo de época remete ao conjunto de características comuns a vários escritores quanto ao modo de
utilizar a língua, a explorar temas e a refletir uma visão de mundo em determinados períodos da história.
Considerando os estilos de época (do Barroco ao Modernismo no Brasil), é INCORRETO afirmar que
 a) o artista barroco deseja conciliar céu e terra, por isso recorre a temas opostos que se misturam,
ressaltando o bizarro, lembrando que a morte é comum a todas as aspirações humanas.
 b) o autor simbolista quer cantar, evocar suas emoções e trazê-las de uma forma mais palpável para
o texto, para que possam ser sentidas em sua plenitude. Por isso, o uso da sinestesia é amplo.
 c) o escritor realista- naturalista destaca-se por combater ferozmente os valores sociais. A
ambientação dos seus romances se dá, preferencialmente, em locais miseráveis, localizados com
precisão.
 d) o poeta romântico utiliza o soneto em que a vida é cantada em toda sua glória, sobressaindo-se a
alegria, a sensualidade, o conhecimento do mal. A imaginação é dominada pela realidade objetiva.
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Questão 44: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2016
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Leia poesia a seguir.
Não indagues, Leucónoe
Não indagues, Leucónoe, ímpio é saber,
a duração da vida
que os deuses decidiram conceder-nos,
nem consultes os astros babilônios:
melhor é suportar
tudo o que acontecer.
[…]
Enquanto conversamos,
foge o tempo invejoso.
Desfruta o dia de hoje, acreditando
o mínimo possível no amanhã.
A segunda estrofe da poesia horaciana faz referência ao(s)
 a) teocentrismo.
 b) amor cortês.
 c) feitos heroicos.
 d) carpe diem.
 e) amor platônico.
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Questão 45: NC UFPR (FUNPAR)- Cad (PM PR)/PM PR/2015
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
O soneto “No fluxo e refluxo da maré encontra o poeta incentivo pra recordar seus males”, de Gregório
de Matos, apresenta características marcantes do poeta e do período em que ele o escreveu:
 
Seis horas enche e outras tantas vaza
A maré pelas margens do Oceano,
E não larga a tarefa um ponto no ano,
Depois que o mar rodeia, o sol abrasa.
 
Desde a esfera primeira opaca, ou rasa
A Lua com impulso soberano
Engole o mar por um secreto cano,
E quando o mar vomita, o mundo arrasa.
 
Muda-se o tempo, e suas temperanças.
Até o céu se muda, a terra, os mares,
E tudo está sujeito a mil mudanças.
 
Só eu, que todo o fim de meus pesares
Eram de algum minguante as esperanças,
Nunca o minguante vi de meus azares.
 
De acordo com o poema, é correto afirmar:
 a) A temática barroca do desconcerto do mundo está representada no poema, uma vez que as coisas
do mundo estão em desarmonia entre si.
 b) A transitoriedade das coisas terrenas está em oposição ao caráter imutável do sujeito, submetido a
uma concepção fatalista do destino humano.
 c) A concepção de um mundo às avessas está figurada no soneto através da clara oposição entre o
mar que tudo move e a lua imutável.
 d) A clareza empregada para exposição do tema reforça o ideal de simplicidade e bucolismo da
poesia barroca, cujo lema fundamental era a aurea mediocritas.
 e) A sintonia entre a natureza e o eu-poético embasa as personificações de objetos inanimados
aliadas às hipérboles que descrevem o sujeito.
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Questão 46: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2014
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Quando Deus redimiu da tirania
Da mão do Faraó endurecido
O Povo Hebreu amado, e esclarecido,
Páscoa ficou da redenção o dia.
 
Páscoa de flores, dia de alegria
Aquele Povo foi tão afligido
O dia, em que por Deus foi redimido;
Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia.
 
Pois mandado pela alta Majestade
Nos remiu de tão triste cativeiro,
Nos livrou de tão vil calamidade.
 
Quem pode ser senão um verdadeiro
Deus, que veio estirpar desta cidade
O Faraó do povo brasileiro.
 
DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
 
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto
de Gregório de Matos apresenta temática expressa por
 a) visão cética sobre as relações sociais.
 b) preocupação com a identidade brasileira.
 c) crítica velada à forma de governo vigente.
 d) reflexão sobre os dogmas do cristianismo.
 e) questionamento das práticas pagãs na Bahia.
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Questão 47: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2013
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Queixa-se o poeta em que o mundo vay errado, e querendo emendâlo o que tem por
empreza difficultosa.
 
Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.
 
O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ornadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.
 
Não é fácil viver entre os insanos,
Erra quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.
 
O prudente varão há de ser mudo,
Que é melhor neste mundo mar de enganos
Ser louco cos demais, que ser sisudo
 
Gregório de Matos. Crônica do viver baiano seiscentista – obra poética completa – códice James Amado. 4.ª ed. Rio
de Janeiro: Record, V. 1 1999, p. 347.
 
Considerando o texto acima, de Gregório de Matos, julgue o item.
 
O tema do “desconcerto do mundo”, tão caro à estética clássica, está representado no texto; no entanto,
diferentemente da postura renascentista, Gregório de Matos, em seu poema, ironiza a solução para o
mundo desventurado.
 Certo
 Errado
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Questão 48: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2011
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
Em "A arte é a expressão das contradições e do conflito espiritual do homem da
época.", qual a alternativa que completa corretamente a lacuna?
 a) clássica
 b) barroca
 c) romântica
 d) árcade
 e) parnasiana
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Questão 49: CEBRASPE (CESPE) - CL (SEN)/SEN/Assessoramento
Legislativo/Pronunciamentos/2002
Assunto: Barroco (Bento Teixeira, Gregório de Matos, Pe. Antônio Viera, etc)
A literatura brasileira do período colonial - se é que assim podia-se chamar - era uma extensão da
portuguesa e recebia, via Portugal, a influência francesa, inglesa, espanhola e italiana. A situação de país
colonizado explica que a questão da afirmação nacional seja central à fase de formação da literatura
brasileira, que começa com o Arcadismo e se completa com o Romantismo. Ao longo do tempo, houve
diferentes respostas dadas pelos escritores às questões que eles próprios se colocavam quanto à busca
ou à afirmação de uma identidade nacional. Os românticos inicialmente frisaram a originalidade do Brasil,
realçando a cor local em suas produções literárias. O Realismo corresponde a uma busca de objetividade
ou de neutralidade do ponto de vista. A obra do carioca Machado de Assis é um marco na literatura
brasileira e guarda atualidade até nossos dias. A partir da década de oitenta do século XIX, ele assume o
papel central numa tradição brasileira de literatura urbana, geralmente realista e pouco orientada para o
pitoresco. O Modernismo, cujo marco é a Semana de Arte Moderna de 1922, operará uma grande síntese
na cultura brasileira. O Realismo, o Barroco e o Romantismo nele estão de alguma forma presentes. Vive-
se no Brasil um momento de crises, de efervescência política, de imigrações, de transformações
econômicas. Existe o contágio das vanguardas estéticas européias.
 
 
João Almino. "De Machado a Clarice: a força da literatura". In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem Incompleta
- a experiência brasileira (1500-2000): a grande transação. São Paulo: Editora SENAC, 2000, p. 45-6, 50,
52, 57-8 (com adaptações).
Com o auxílio do texto, julgue o item subseqüente, que compõem breve panorama da literatura
brasileira.
Típica de uma região colonizada, o que se pode chamar de literatura colonial brasileira é um conjunto de
textos variados que, partindo da descrição e informando a respeito da terra, passa pelos escritos de
religiosos jesuítas - com destaque para Vieira - e chega ao Barroco; na colônia, a figura de Gregório de
Matos, o Boca do Inferno, com sua obra satírica e irreverente, incomoda os poderosos e deles sofre
represálias.
 
 
 Certo
 Errado
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Questão 50: IBFC - Prof (SEC BA)/SEC BA/Educação Básica/Língua Portuguesa/2023
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
A partir das características fornecidas no texto a seguir, assinale a alternativa correta em
relação ao movimento literário.
 
“Este movimento reagiu contra os desmandos barrocos, mas incidiu noutros, desacreditou o
retoricismo seiscentista, mas engendrou uma retórica nova: conquanto refutasse o empolamento dos
poetas gangóricos, acabou engendrando estereotipias de linguagem e de sentimento, carentes de
vibração lírica, salvo honrosas exceções. Afetados, ansiavam por evadir-se do seu tempo, no encalço de
um mundo visionário, como se lhes fosse possível desenraizar-se da circunstância e metamorfosear-se
em pastores ou pescadores. De onde a artificiosidade, o postiço e a consequente obra de menor
calibre, fruto mais dos pressupostos cerebrinos que de uma genuínadisposição de ânimo ou de
sensibilidade. E esta, quando existente ou manifesta, ultrapassava a teatralidade geral e movia-se no
rumo do Romantismo”.
 
(MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 1974, pp.37-38; grifo nosso) Pode-se completar que o
movimento remonta a escola estética da Arcádia, região de pastores e poetas.
 
 a) Barroco.
 b) Arcadismo.
 c) Realismo.
 d) Modernismo.
 e) Parnasianismo.
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Questão 51: CONSULPLAN - Prof (SEED PR)/SEED PR/Língua Portuguesa/2022
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Papoila ou rosa delicada e fina te cobre
as faces, que são cor de neve.
 
(Tomás Antônio Gonzaga.)
 
Os versos de Tomás Antônio Gonzaga apresentam uma produção que exemplifica, quanto à versificação,
um exemplo de enjambement, em que se observa:
 a) Um efeito de surpresa e ironia.
 b) Manutenção das cinco sílabas métricas em cada verso.
 c) A utilização da métrica da tradição medieval portuguesa, redondilha maior.
 d) Continuação do sentido de um verso no seguinte sendo assegurada a métrica.
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Questão 52: CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Prova Integral (PI)/2022
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
TEXTO II
 
Lira I
 
“Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!”
 
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. In: PROENÇA FILHO,
Domício (Org.). A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1996, p. 571-708).
 
As tendências estéticas do Arcadismo surgem na segunda metade do século XVIII, como uma busca ao
natural e ao simples, e herdaram as tendências da Antiguidade Clássica. Assim, os sócios da Arcádia
(sociedade literária que ditava os padrões estéticos da época) criavam pseudônimos de pastores gregos e
romanos, imitando os clássicos.
 
No fragmento do poema (Texto II), pode-se afirmar que são características desse período:
 a) Culto à razão, imitação dos clássicos, cultismo.
 b) Conceptismo (jogo de ideias), cultismo (jogo de palavras), bucolismo.
 c) Racionalismo, influência do iluminismo, cultismo.
 d) Bucolismo, imitação dos clássicos, conceptismo.
 e) O bucolismo, pastorialismo, linguagem simples.
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Questão 53: CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Prova Integral (PI)/2022
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Leia o texto e responda a questão.
 
Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
 
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos, e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
 
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
 
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando.
 
COSTA, Claudio Manoel da. Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística. Textos literários em meio
eletrônico. Sonetos Inéditos. Edição de Referência: A Poesia dos Inconfidentes, Rio de Janeiro: Editora Nova
Aguilar, 1996.
 
Neste soneto podemos observar que o tema demonstra uma preocupação do eu-lírico com a passagem
do tempo e com a mutação de suas memórias no espaço idealizado – a natureza. A natureza está
impregnada das memórias e guarda alegrias e tristezas do eu-lírico. Essa aproximação eu-lírico e
paisagem denota um gosto pela vida idílica no campo. Esse traço nos remete ao período:
 a) colonial, que valoriza as construções históricas da época.
 b) árcade, que se inspira na simplicidade ao fugir do sofrimento barroco, antecipando as idealizações
românticas.
 c) barroco, ao contrastar a realidade divina com a mundana.
 d) renascentista, que realça as questões nacionais sobre as terras brasileiras.
 e) trovadoresco, que valoriza as cantigas medievais líricas, conhecidas como cantigas de amigo.
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Questão 54: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
A obra Prisão de Tiradentes (datada de 1914), do pintor brasileiro Antônio Parreiras (1860-1937), remete
a evento histórico relacionado ao seguinte movimento literário brasileiro:
 a) Barroco.
 b) Arcadismo.
 c) Romantismo.
 d) Realismo.
 e) Modernismo.
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Questão 55: FUNDEP - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2021
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
O encontro
Jonathan,
se resolvermos que o céu é este lugar onde ninguém nos ouve, quem poderá salvar-nos?
Quanto tempo resistiríamos sem falar a ninguém deste acontecimento?
Acompanhei com os dedos o desenho miraculoso do teu lábio,
contornei-lhe as gengivas, bati-lhe no dente escuro como um cavalo,
um cavalo meu na campina.
Pedi-lhe: faz com tua unha um risco na minha cara,
o amor da morte instigando-nos com nunca vista coragem.
Vamos morrer juntos antes que o corpo alardeie sua mísera condição.
Agora, Jonathan neste lugar tão ermo, neste lugar perfeito.
PRADO, Adélia. Poesia completa. 9 ed.
São Paulo: Siciliano, 1991. p. 6.
 
Assim como os poetas árcades, nesse poema, Adélia Prado explora o Carpe diem. Esse recurso, muito
utilizado no Arcadismo, está presente nos versos:
 a) “Jonathan, se resolvermos que o céu é este lugar onde ninguém nos ouve, quem poderá salvar-
nos?”
 b) “Acompanhei com os dedos o desenho miraculoso do teu lábio, contornei-lhe as gengivas, bati-lhe
no dente escuro como um cavalo, um cavalo meu na campina.”
 c) “Pedi-lhe: faz com tua unha um risco na minha cara, o amor da morte instigando-nos com nunca
vista coragem.”
 d) “Vamos morrer juntos antes que o corpo alardeie sua mísera condição. Agora, Jonathan neste
lugar tão ermo, neste lugar perfeito.”
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Questão 56: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
O tópico clássico do locus amoenus está bem exemplificado nos seguintes versos do poeta Manuel Maria
Barbosa du Bocage:
 a) O ledo passarinho, que gorjeia
D’alma exprimindo a cândida ternura,
O rio transparente, que murmura,
E por entre pedrinhas serpenteia:
 b) Já sobre o coche de ébano estrelado
Deu meio giro a noite escura e feia;
Que profundo silêncio me rodeia
Neste deserto bosque, à luz vedado!
 c) Ante a doce visão com que me enlaças,
Já murcho, estéril já, meu ser floresce:
Mas súbito fantasma eis desvanece
Chusma de encantos, que em teu sonho abraças:
 d) Já o Inverno, espremendo as cãs nevosas,
Geme, de horrendas nuvens carregado;
Luz o aéreo fuzil, e o mar inchado
Investe ao Polo em serras escumosas;
 e) Quando por entre os véus da noite fria
A máquina celeste observo acesa,
Da angústia, de terror a imagens presa
Começa a devorar-me a fantasia.
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Questão 57: Instituto Consulplan - Vest (FM RO)/FM RO/2020
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
No século XVIII, a corrente literária predominante foi o Arcadismo. Sabendo-se que o
contexto histórico tem grande relevância para o estudoda literatura, assinale a afirmativa
correta a seguir.
 a) O panorama histórico do Arcadismo demonstra a exaltação dos valores medievais impostos pela
igreja.
 b) A decadência da burguesia foi fator que norteou grande parte da temática abordada pelos árcades
em suas obras.
 c) Denominado por alguns como “Idade das Trevas”, o século XVIII foi marcado pela deterioração
demográfica, cultural e econômica.
 d) O século XVIII é chamado “O Século das Luzes” por ter sido marcado por mudanças econômicas,
políticas e filosóficas, como o Liberalismo e o Iluminismo.
 e) A contrarreforma foi um dos eventos históricos que marcou o Arcadismo no Brasil, propiciando a
introdução de temas religiosos e políticos em sua produção literária.
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Questão 58: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Digital/2020
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Leia a posteridade, ó pátrio Rio,
Em meus versos teu nome celebrado,
Por que vejas uma hora despertado
O sono vil do esquecimento frio:
 
Não vês nas tuas margens o sombrio,
Fresco assento de um álamo copado;
Não vês ninfa cantar, pastar o gado
Na tarde clara do calmoso estio.
 
Turvo banhando as pálidas areias
Nas porções do riquíssimo tesouro
O vasto campo da ambição recreias.
 
Que de seus raios o planeta louro
Enriquecendo o influxo em tuas veias,
Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.
 
COSTA, C. M. Obras poéticas de Glauceste Satúrnio.
Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 out. 2015.
 
A concepção árcade de Cláudio Manuel da Costa registra sinais de seu contexto histórico,refletidos no
soneto por um eu lírico que
 a) busca o seu reconhecimento literário entre as gerações futuras.
 b) contempla com sentimento de cumplicidade a natureza e o pastoreio.
 c) lamenta os efeitos produzidos pelos atos de cobiça e pela indiferença.
 d) encontra na simplicidade das imagens a expressão do equilíbrio e da razão.
 e) recorre a elementos mitológicos da cultura clássica como símbolos da terra.
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Questão 59: CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São
Cristóvão/Português/Educação Básica/2019
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Mesmo sem querer recuar conceitos anacronicamente, parece que Caramuru, de Santa Rita Durão,
pode ser considerado uma epopeia do tipo que se chamaria hoje colonialista, porque glorifica métodos e
ideologias que censuramos até no passado. Mas que ainda são aceitos, recomendados e praticados pelos
amigos da ordem a todo preço, entre os quais se alinharia o nosso velho Durão, que era filho de um
repressor de quilombos e hoje talvez se situasse entre os reacionários, com todo o seu talento, cultura e
paixão. Como sabemos, Caramuru é uma resposta ao poema de Basílio da Gama, O Uraguai, cujo
pombalismo ilustrado estava mais perto daquilo que no tempo era progresso. Mesmo sendo progresso de
déspota esclarecido, useiro da brutalidade e do arbítrio.
A possível atualidade do Caramuru estaria um pouco na presença constante da violência e da opressão,
disfarçadas por uma ideologia bem arquitetada, que tranquiliza a consciência. Durão é, em grau
surpreendente, um poeta da guerra e da imposição cultural, e não ficaria deslocado em nosso tempo
excepcionalmente bruto e agressivo. Basílio da Gama, que celebra uma guerra destruidora, no fundo não
simpatiza com ela e quase justifica o inimigo (que não consegue deixar de tratar como vítima),
lamentando a necessidade cruel da razão de Estado. Mas Durão não só adere ideologicamente ao
exercício da força, como parece ter por ela uma espécie de fascinação.
Antonio Candido. Movimento e parada. In: Na sala de aula: caderno de análise literária. São Paulo: Editora
Ática, 1985, p. 8-9 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o texto precedente, publicado pela primeira vez em 1985, julgue o item a
seguir.
 
Os expoentes da literatura colonial produzida no Brasil entre os séculos XVI e XVIII incluem textos
colonialistas em defesa da política da metrópole portuguesa de exploração de terras, recursos e pessoas.
 Certo
 Errado
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Questão 60: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2019
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Influenciados pelo poeta latino Horácio, os poetas árcades costumam reaproveitar dois temas da tradição
clássica: o fugere urbem e o aurea mediocritas. Assinale o trecho de Cláudio Manuel da Costa que
apresenta essas características:
 a) “Como, ó Céus, para os ver terei constância, / Se cada flor me lembra a formosura / Da bela
causadora de minha ânsia?”
 b) “Se o bem desta choupana pode tanto, / Que chega a ter mais preço, e mais valia, / Que da
cidade o lisonjeiro encanto;”
 c) “Enfim serás cantada, Vila Rica, / Teu nome alegre notícia, e já clamava; / Viva o senado! viva!
repetia / Itamonte, que ao longe o eco ouvia.”
 d) “Já rompe, Nise, a matutina aurora / O negro manto, com que a noite escura, / Sufocando do Sol
a face pura, / Tinha escondido a chama brilhadora.”
 e) “Destes penhascos fez a natureza / O berço, em que nasci: oh quem cuidara, / Que entre penhas
tão duras se criara / Uma alma terna, um peito sem dureza.”
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Questão 61: FUNDEP - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2018
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Destes penhascos fez a natureza
 
Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza.
 
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.
 
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
 
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas*, temei, que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.
 
COSTA, Cláudio Manuel da. In: PROENÇA FILHO, Domício (Org.). A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Aguilar,
1996. p. 95. *Penhas: designação de um cenário rochoso, montanhas.
 
 
Em relação aos elementos evidenciados nesse soneto, assinale a alternativa incorreta.
 a) O Amor é personificado como um forte guerreiro que vence tigres e que tem como alvo render o
eu lírico, declarando-lhe guerra ao coração.
 b) O eu lírico dirige-se às pedras como interlocutor e diz-lhes para temerem a ferocidade do Amor,
que mais se empenha onde há mais resistência.
 c) O cenário é relevante no desenvolvimento do soneto, pois, no poema, há oposição entre ele e o eu
lírico de alma terna e um peito sem dureza.
 d) O eu lírico refere-se ao sentimento amoroso como um “cego engano” do qual conseguiu fugir,
apesar de o Amor não lhe ter causado sofrimento.
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Questão 62: FUNDEP - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2018
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Destes penhascos fez a natureza
 
Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza.
 
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.
 
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
 
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas*, temei, que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.
 
COSTA, Cláudio Manuel da. In: PROENÇA FILHO, Domício (Org.). A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Aguilar,
1996. p. 95. *Penhas: designaçãode um cenário rochoso, montanhas.
 
 
Considerando que Minas Gerais é a paisagem local desses versos de Cláudio Manuel da Costa, analise as
afirmativas a seguir.
 
I. Nem mesmo um cenário como o desse soneto garantiu a proteção do eu lírico contra o sentimento
que o tomou.
 
II. O eu lírico alerta as “penhas” sobre a tirania do Amor, que será mais forte quanto mais
resistência houver.
 
III. O eu lírico sugere que o cenário “duro” é o que determina a força maior que o Amor empregará
para vencer seu adversário.
 
Estão corretas as afirmativas
 a) I e II, apenas.
 b) II e III, apenas.
 c) I e III, apenas.
 d) I, II e III.
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Questão 63: NC UFPR (FUNPAR) - Cad (PM PR)/PM PR/2018
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
O Uruguai foi publicado pela primeira vez antes da independência do Brasil, em 1769, e narra as disputas
entre espanhóis e portugueses pelos territórios do sul do continente, envolvendo os índios e os jesuítas.
No fragmento abaixo, podemos conferir um trecho da fala do comandante português:
 
O nosso último rei e o rei de Espanha
Determinaram por cortar de um golpe,
Como sabeis, neste ângulo da terra,
As desordens de povos confinantes,
Que mais certos sinais nos dividissem.
 
(GAMA, Basílio da. “Canto Primeiro”. O Uraguai. Porto Alegre: L&PM, 2009, p. 47.)
 
O talento de Basílio da Gama, que transforma o árido assunto em matéria literária, recebe, cem anos
depois, o elogio de Machado de Assis. Ao compará-lo com seu contemporâneo, Tomás Antônio Gonzaga,
o escritor afirma: “Não lhe falta, também a ele, nem sensibilidade, nem estilo, que em alto grau possui; a
imaginação é grandemente superior à de Gonzaga, e quanto à versificação nenhum outro, em nossa
língua, a possui mais harmoniosa e pura” (MACHADO DE ASSIS. A nova geração. In. Obras completas.
Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973. p.815).
 
Sobre o poema de Basílio da Gama, considere as seguintes afirmativas:
 
1. O contexto histórico trabalhado no poema de Basílio da Gama é fundamental para o seu
entendimento: a descentralização do poder colonial, protagonizada pelo Marquês de Pombal, e a
disputa de territórios coloniais entre Espanha e Portugal, mediada e pacificada pelos jesuítas, na
segunda metade do século XVIII.
2. Ao longo dos cinco cantos de O Uruguai, compostos em decassílabos sem rima, podemos perceber
a marca da epopeia, na narração da guerra e dos feitos dos heroicos portugueses, e a presença da
sátira, na caricatura dos jesuítas, particularmente na figura do Padre Balda.
3. O grande destaque dado aos índios e à defesa da sua terra, a exaltação lírica da natureza e a
centralidade do par amor/morte, presente na relação de Lindoia e Cacambo, deram ao poema de
Basílio da Gama o lugar de inaugurador do romantismo em todos os manuais de história da literatura
brasileira.
4. Para narrar acontecimentos reais da ação de portugueses e espanhóis na disputa dos territórios
delimitados pelo rio Uruguai, que hoje correspondem ao noroeste do Rio Grande do Sul e ao norte
da Argentina, Basílio da Gama toma o cuidado de inserir apenas personagens ficcionais no seu
poema, para não se comprometer.
 
Assinale a alternativa correta.
 a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
 b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
 c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
 d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
 e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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Questão 64: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2018
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Leia o trecho abaixo, retirado de I-Juca Pirama, obra de Gonçalves Dias.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
sou filho do norte,
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
 
Trata-se de um:
 a) poema lírico
 b) poema épico
 c) cantiga de amigo
 d) novela de cavalaria
 e) auto de fundo religioso
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Questão 65: ITA - Vest (ITA)/ITA/2017
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
O texto abaixo é uma das liras que integram Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga.
 
 
Neste poema,
 
I. há o relato de um episódio vivido por Marília: após ser ferida por uma abelha, ela é socorrida pelo
Amor.
 
II. o Amor é personificado em uma deidade que dirige a Marília uma pequena censura amorosa.
 
III. a censura que o Amor faz a Marília é um artificio por meio do qual o sujeito lírico, indiretamente,
dirige a ela uma queixa amorosa.
 
IV. o propósito maior do poema surge, no final , no lamento que o sujeito lírico dirige à amada, que
parece fazê-lo sofrer.
 
Estão corretas:
 a) I, II e III apenas.
 b) I, II e IV apenas.
 c) I e III apenas.
 d) II , III e IV apenas.
 e) todas.
 
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Questão 66: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2017
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
O Arcadismo brasileiro originou-se e teve maior expressão em (no):
 a) Ceará
 b) Rio de Janeiro
 c) Mato Grosso do Sul
 d) São Paulo
 e) Minas Gerais
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Questão 67: FACET - Prof (Pref Sta Rita)/Pref Sta Rita/Língua Portuguesa/2016
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Apenas uma das características abaixo NÃO se enquadra na estética literária do Arcadismo:
 a) Hegemonia do cientificismo exacerbado, com o Positivismo prevalecendo como prisma de
interpretação do mundo e base negativa da realidade.
 b) Fixação da vida simples, do olhar contemplativo para as paisagens bucólicas.
 c) Valorização da natureza, em especial para o pastoreio e pastagem de animais que dão realce à
vida silvestre.
 d) Distanciamento da azáfama da vida urbana.
 e) Aproximação dos valores singelos e simples do bucolismo rural, do trato pastoril e da vida
campesina.
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Questão 68: FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Silva Alvarenga são artistas
representativos, preferenciais, de qual escola literária brasileira?
 a) Romantismo
 b) Arcadismo
 c) Simbolismo
 d) Parnasianismo
 e) Realismo
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Questão 69: FACET - Prof (Pref Marcação)/Pref Marcação/Língua Portuguesa/2016
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
As sentenças abaixo especificadas pretendem aludir a características do Arcadismo, no entanto uma
delas está ERRADA. Assinale-a:
 a) A visão negativista, a morbidez, a instintiva inclinação para o sufocamento da vida e para a
exortação da morte - vista como ícone de purificação da alma -, são elementos dispostos na afirmação
dessa estética.
 b) A vida simples da natureza e a louvação de sua configuração e de seus valores são eixos temáticos
de sua poética.
 c) O pastoreio, o culto à vida comezinha de alinhamento à mulher amada e os estratos paisagísticos
naturais são vetores dessa estética.
 d) Carpe dien é prisma filosófico existencial fulcral da perspectiva do eu.
 e) A evasão do espaço citadino, com sua azáfama urbana, se impõe como estilo de vida dos
produtores literários dessa escola.
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Questão 70: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa,Basílio da Gama, etc)
Soneto VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
 
Árvores aqui vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
 
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
 
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012.
 
No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão
em que transparece uma
 a) angústia provocada pela sensação de solidão.
 b) resignação diante das mudanças do meio ambiente.
 c) dúvida existencial em face do espaço desconhecido.
 d) intenção de recriar o passado por meio da paisagem.
 e) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.
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Questão 71: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2015
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978.
 
O contexto histórico e literário do período barroco-árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de
1975. A restauração de elementos daquele contexto por uma poética contemporânea revela que
 a) a disposição visual do poema reflete sua dimensão plástica, que prevalece sobre a observação da
realidade social.
 b) a reflexão do eu lírico privilegia a memória e resgata, em fragmentos, fatos e personalidades da
Inconfidência Mineira. Mineira.
 c) a palavra "esconso" (escondido) demonstra o desencanto do poeta com a utopia e sua opção por
uma linguagem erudita.
 d) o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, gerando uma continuidade de
procedimentos estéticos e literários.
 e) o eu lírico recria, em seu momento histórico, numa linguagem de ruptura, o ambiente de opressão
vivido pelos inconfidentes.
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Questão 72: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2008
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
 
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
 
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
 
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
 
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia
dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.
 
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro,
assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.
 a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole,
ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
 b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição
vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra
da Colônia.
 c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a
preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.
 d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária
que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.
 e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada
esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.
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Questão 73: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2008
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
 
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
 
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
 
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
 
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia
dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.
 
Assinale a opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manoel da Costa em que o poeta se
dirige ao seu interlocutor.
 a) “Torno a ver-vos, ó montes; o destino” (v.1)
 b) “Aqui estou entre Almendro, entre Corino,” (v.5)
 c) “Os meus fiéis, meus doces companheiros,” (v.6)
 d) “Vendo correr os míseros vaqueiros” (v.7)
 e) “Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,” (v.11)
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Questão 74: CEBRASPE (CESPE) - CL (SEN)/SEN/Assessoramento
Legislativo/Pronunciamentos/2002
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Basílio da Gama, etc)
A literatura brasileira do período colonial - se é que assim podia-se chamar - era uma extensão da
portuguesa e recebia, via Portugal, a influência francesa, inglesa, espanhola e italiana. A situação de país
colonizado explica que a questão da afirmação nacional seja central à fase de formação da literatura
brasileira, que começa com o Arcadismo e se completa com o Romantismo. Ao longo do tempo, houve
diferentes respostas dadas pelos escritores às questões que eles próprios se colocavam quanto à busca
ou à afirmação de uma identidade nacional. Os românticos inicialmente frisaram a originalidade do Brasil,
realçando a cor local em suas produções literárias. O Realismo corresponde a uma busca de objetividade
ou de neutralidade do ponto de vista. A obra do carioca Machado de Assis é um marco na literatura
brasileira e guarda atualidade até nossos dias. A partir da década de oitenta do século XIX, ele assume o
papel central numa tradição brasileira de literatura urbana, geralmente realista e pouco orientada para o
pitoresco. O Modernismo, cujo marco é a Semana de Arte Moderna de 1922, operará uma grande síntese
na cultura brasileira. O Realismo, o Barroco e o Romantismo nele estão de alguma forma presentes. Vive-
se no Brasil um momento de crises, de efervescência política, de imigrações, de transformações
econômicas. Existe o contágio das vanguardas estéticas européias.
 
 
João Almino. "De Machado a Clarice: a força da literatura". In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem Incompleta
- a experiência brasileira (1500-2000): a grande transação. São Paulo: Editora SENAC, 2000, p. 45-6, 50,
52, 57-8 (com adaptações).
Com o auxílio do texto, julgue o item subseqüente, que compõem breve panorama da literatura
brasileira.
Associado ao racionalismo iluminista, o Arcadismo surgiu como uma espécie de reação ao Barroco; no
novo contexto ilustrado, em que razão e ciência se mesclaram para produzir uma inovadora explicação do
mundo, não havia mais lugar para o estilo barroco, com seus exageros e sua extrema emocionalidade.
 
 
 Certo
 Errado
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Questão 75: CEBRASPE (CESPE) - CL (SEN)/SEN/Assessoramento
Legislativo/Pronunciamentos/2002
Assunto: Arcadismo (Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa,Basílio da Gama, etc)
A literatura brasileira do período colonial - se é que assim podia-se chamar - era uma extensão da
portuguesa e recebia, via Portugal, a influência francesa, inglesa, espanhola e italiana. A situação de país
colonizado explica que a questão da afirmação nacional seja central à fase de formação da literatura
brasileira, que começa com o Arcadismo e se completa com o Romantismo. Ao longo do tempo, houve
diferentes respostas dadas pelos escritores às questões que eles próprios se colocavam quanto à busca
ou à afirmação de uma identidade nacional. Os românticos inicialmente frisaram a originalidade do Brasil,
realçando a cor local em suas produções literárias. O Realismo corresponde a uma busca de objetividade
ou de neutralidade do ponto de vista. A obra do carioca Machado de Assis é um marco na literatura
brasileira e guarda atualidade até nossos dias. A partir da década de oitenta do século XIX, ele assume o
papel central numa tradição brasileira de literatura urbana, geralmente realista e pouco orientada para o
pitoresco. O Modernismo, cujo marco é a Semana de Arte Moderna de 1922, operará uma grande síntese
na cultura brasileira. O Realismo, o Barroco e o Romantismo nele estão de alguma forma presentes. Vive-
se no Brasil um momento de crises, de efervescência política, de imigrações, de transformações
econômicas. Existe o contágio das vanguardas estéticas européias.
 
 
João Almino. "De Machado a Clarice: a força da literatura". In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem Incompleta
- a experiência brasileira (1500-2000): a grande transação. São Paulo: Editora SENAC, 2000, p. 45-6, 50,
52, 57-8 (com adaptações).
Com o auxílio do texto, julgue o item subseqüente, que compõem breve panorama da literatura
brasileira.
Entre o Arcadismo e o Romantismo do século XIX, formou-se a literatura brasileira, como afirma o texto:
na busca de uma "originalidade do Brasil", os românticos celebraram o primeiro habitante da terra,
envolvendo-o com a imagem idealizada de bom, nobre, bonito e valente.
 
 
 Certo
 Errado
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Questão 76: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
A escrava
— Admira-me —, disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas —; faz-me até
pasmar como se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas, no presente século, no
século dezenove! A moral religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a
hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação
inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me: — Para
que se deu em sacrifício o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah! Então não é
verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse
sangue comprado a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não vedes o abutre que a corrói
constantemente!... Não sentis a desmoralização que a enerva, o cancro que a destrói? Por
qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e será sempre um grande mal. Dela a
decadência do comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo
não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é forçado.
REIS, M. F. Úrsula e outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.
Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, o conto descortina aspectos da realidade nacional
no século XIX ao
 a) revelar a imposição de crenças religiosas a pessoas escravizadas.
 b) apontar a hipocrisia do discurso conservador na defesa da escravidão.
 c) sugerir práticas de violência física e moral em nome do progresso material.
 d) relacionar o declínio da produção agrícola e comercial a questões raciais.
 e) ironizar o comportamento dos proprietários de terra na exploração do trabalho.
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Questão 77: VUNESP - Alun Of (PM SP)/PM SP/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leia o poema “Adeus, meus sonhos!”, do poeta Álvares de Azevedo, para responder à questão.
 
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
 
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto…
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
 
Que me resta, meu Deus?!… morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
 
(Lira dos vinte anos, 1996.)
 
O tom predominante no poema é de
 a) frustração.
 b) nostalgia.
 c) sarcasmo.
 d) esperança.
 e) hesitação.
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Questão 78: VUNESP - Alun Of (PM SP)/PM SP/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leia o poema “Adeus, meus sonhos!”, do poeta Álvares de Azevedo, para responder à questão.
 
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
 
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto…
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
 
Que me resta, meu Deus?!… morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
 
(Lira dos vinte anos, 1996.)
 
Uma característica do Romantismo evidente nesse poema é o
 a) racionalismo: a defesa da razão como modo de eliminar o misticismo.
 b) bucolismo: o elogio da natureza como espaço da bondade.
 c) sentimentalismo: a prevalência do sentimento sobre a razão.
 d) nacionalismo: o apego aos valores e às tradições nacionais.
 e) reformismo: a intenção de denunciar as mazelas da sociedade.
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Questão 79: AOCP - Prof (SED MS)/SED MS/Língua Portuguesa/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leia as considerações a seguir e assinale a alternativa correta.
 
Destacando-se, sobretudo, pela produção de romances, trata-se do principal romancista do movimento
romântico no Brasil. Consciente do seu papel como participante do processo de formação da literatura
brasileira, buscou recontar o passado nacional e heroicizar o índio, por meio de romances históricos e
indianistas. As afirmações apresentadas se referem a qual escritor brasileiro?
 a) Gonçalves Dias.
 b) Bernardo Guimarães.
 c) José de Alencar.
 d) Joaquim Manuel de Macedo.
 e) Visconde de Taunay.
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Questão 80: AOCP - Prof (SED MS)/SED MS/Língua Portuguesa/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Em relação ao indianismo na literatura brasileira, assinale a alternativa INCORRETA.
 a) Na história da literatura brasileira, o índio é retratado de diferentes formas, mas, no século XIX,
ocorre uma transfiguração: temos um índio europeizado, cujos costumes são embelezados e ao qual se
confere suprema nobreza de sentimentos.
 b) O poema “I-Juca Pirama”, bem como os romances O guarani e Iracema, estão entre as obras mais
representativas do indianismo na literatura brasileira.
 c) A importância do indianismo na literatura brasileira reside no fato de que deu ao brasileiro a ilusão
de um altivo antepassado fundador, que, justamente por ser idealizado, satisfez a necessidade que o país
tinha de atribuir um cunho dignificante à sua origem.
 d) Em seu projeto de construção da identidade nacional, o romance Iracema tematiza as primeiras
relações entre o brancoe o índio estabelecidas no Brasil recém-colonizado: enquanto Martim é a
representação do europeu branco e civilizado, a índia Iracema é a representação da América selvagem.
 e) No romance indianista O guarani, que representa ficcionalmente a fundação do Ceará, deparamo-
nos com a trágica história de amor entre uma índia tabajara e o primeiro colonizador português, sendo
Moacir – fruto desse amor – o primeiro cearense.
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Questão 81: CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Indígena/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas a seguir:
 
O foi uma tendência do na literatura brasileira, em que o é
apresentado como um e representante dos valores puros da .
 a) Romantismo – Indianismo – índio – herói – natureza;
 b) Romantismo – índio – herói – Indianismo – natureza;
 c) Índio – Indianismo – herói – Romantismo – natureza;
 d) Herói – Romantismo – índio – Indianismo – natureza.
 e) Indianismo – Romantismo – índio – herói – natureza;
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Questão 82: CONSULPLAN - Prof (SEED PR)/SEED PR/Língua Portuguesa/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Sobre a caracterização dos estilos literários, pode-se afirmar que em relação ao Romantismo no Brasil:
 a) A linguagem informal, linguagem simples próxima do coloquial, alcança valorização.
 b) O romance brasileiro daquele período não tinha compromisso como o contexto histórico de sua
época.
 c) A crítica à burguesia predominava na prosa ficcional romântica refletindo a presença da denúncia
na Literatura.
 d) A influência europeia foi fundamental para o início do Romantismo no Brasil com todas as
características advindas dos escritores portugueses.
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Questão 83: CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Prova Integral (PI)/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
TEXTO III
A Canção do Exílio
Gonçalves Dias
“Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
[...]
 
Em cismar, sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o sabiá.”
(DIAS, Antônio Gonçalves. Poemas de Gonçalves Dias. São Paulo: Cultrix,
1968.)
 
O Romantismo brasileiro é um movimento artístico que ocorre concomitantemente ao processo de
independência política do Brasil. Considerando as características desse movimento literário e do poema
de Gonçalves Dias (texto III), é INCORRETO afirmar que:
 a) O eu-lírico apresenta um sentimento de saudosismo em relação à pátria e, na última estrofe,
marca o seu desejo, no futuro, de retorno.
 b) Para estabelecer a comparação entre a terra do exílio e a terra natal do eu-lírico, são utilizados
elementos da natureza.
 c) O uso de verbos e pronomes na primeira pessoa trazem uma objetividade para os sentimentos do
eulírico em relação à pátria.
 d) Há um sentimento de solidão do eu-lírico durante o exílio, marcado de forma mais direta no verso
“em cismar – sozinho, à noite”.
 e) Há uma insatisfação do eu-lírico em relação ao aspecto temporal que o faz se voltar de forma
saudosa ao passado e projetar o retorno à sua terra natal no futuro.
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Questão 84: CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Prova Integral (PI)/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
CANÇÃO DO TAMOIO, de Antonio Gonçalves Dias, um poema laudatório de qualidades idealizadas do
indígena brasileiro, que simboliza o herói nacional, conforme ideário do Romantismo do século XIX, se
dirige a um guerreiro Tamoio, enaltecendo sua coragem e ousadia para lutar por conquistas e honrar o
nome do pai, mesmo diante da morte. Construído em redondilha menor (5 sílabas métricas) em todos os
versos das 10 estrofes, o ritmo rápido e acelerado da musicalidade poética ajuda a produzir a
ambientação frenética diante da preparação para o combate.
 
No início do século XIX, esta visão idealizada das nações indígenas foi promovida como marca de
valorização da busca pelo:
 a) passado colonial escravocrata.
 b) passado nobre da família real portuguesa.
 c) presente ultraconservador das oligarquias.
 d) presente nacionalista em luta pela identidade nacional.
 e) futuro promissor idealizado pelos republicanos.
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Questão 85: Instituto AOCP - Vest (UEMG)/UEMG/Tradicional/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O texto a seguir é um excerto da obra Iracema, do escritor do Romantismo brasileiro José de Alencar.
[...]
Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de
chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá
da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá
chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus
perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza
o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra;
sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito
da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas
profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
[...]
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ática, 2004.
 
Considerando esse excerto da obra e o contexto de toda a narrativa, assim como as características do
Romantismo, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
 
I. Iracema é uma obra romântica, exercendo, portanto, a função de literatura crítica, denunciando a
desumanidade e o apagamento cultural dos nativos implicados no processo de colonização.
 
II. A representação da natureza no contexto do Romantismo ocorre de maneira idealizada,
ressaltando as belezas do Brasil, o que indica a presença de um nacionalismo ufanista na obra.
 
III. O protagonismo feminino verificado em Iracema visa à representação da mulher como figura
emancipada, dona de seu destino, surgindo heroínas independentes do poder masculino.
 
IV. A linguagem é um aspecto fundamental no Romantismo, de modo que, embora o texto de
Iracema seja em prosa, observam-se marcas líricas, com aguçado tom poético, na construção da
narrativa.
 
V. Em Iracema, o colono surge como herói da narrativa, sendo o par romântico da nativa, reforçando
o discurso de harmonia entre os colonos e os indígenas.
 a) Apenas II e V estão corretas.
 b) Apenas II, IV e V estão corretas.
 c) Apenas III e V estão incorretas.
 d) Apenas I está incorreta.
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Questão 86: NC UFPR (FUNPAR) - Cad (PM PR)/PM PR/2022
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O livro Últimos Cantos, de Gonçalves Dias, reúne poemas de gêneros e temáticas variados. Há elegia,
idílio, poema épico, lírico,de temática nacionalista, indianista, amorosa, etc. Em cada alternativa abaixo,
há uma estrofe de um poema desse livro; entre parênteses está o título do poema. Citam-se estrofes de
poemas narrativos e apenas uma estrofe de poema não narrativo. Assinale a alternativa que contém uma
estrofe não narrativa.
 
(DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.)
 a) “Eu sob a copa da mangueira altiva/ Nosso leito gentil cobri zelosa/ Com mimoso tapiz de folhas
brandas,/ Onde o frouxo luar brinca entre flores.” (Leito de Folhas Verdes).
 b) “Meu pai a meu lado/ Já cego e quebrado,/ De penas ralado,/ Firmava-se em mi:/ Nós ambos,
mesquinhos,/ Por ínvios caminhos,/ Cobertos d’espinhos/ Chegamos aqui!” (I-Juca-Pirama).
 c) “Vem meu amigo, dizia/ A bela fada engraçada,/ Pulsando a harpa dourada:/ — Sou boa, não faço
mal,/ Vem ver meus belos palácios,/ Meus domínios dilatados,/ Meus tesouros encantados/ No meu reino
de cristal.” (A Mãe d’Água).
 d) “Para as serras do Gerez/ Toca a rês,/ Toca a rês, gentil pastora;/ Lá te aguarda o bom pastor,/
Teu amor,/ Que te chama encantadora.” (A pastora).
 e) “Beijos que são? — Ai do peito,/ Selo breve, laço estreito/ Dum cansado bem querer;/ Saibo de
gozos divinos,/ Que nos lábios femininos/ Quis Deus bondoso verter.” (Os beijos).
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Questão 87: FGV - Alun Of (PM SP)/PM SP/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
ATENÇÃO: A QUESTÃO DEVE SER RESPONDIDA A PARTIR DO TEXTO IV.
 
TEXTO IV
 
Postam-se em forma de crescente os bravos:
Ávida turba mulheril no entanto
O rito sacro impaciente aguarde.
Brincam na relva os folgazões1 meninos,
Em quanto os mais crescidos, contemplando
O aparato elétrico das armas,
Enlevam-se2; e, mordidos pela inveja,
Discorrem lá consigo: – Quando havemos,
Nós outros, d’empunhar daqueles arcos,
E quando levaremos de vencida
As hostes3 vis do pérfido Gamela!
 
DIAS, Gonçalves. Os Timbiras, 1857. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000117.pdf. Acesso em 28/07/2020.
 
1 aquele que tem bom gênio, que gosta de divertir-se, brincalhão.
2 deleitar-se, deliciar-se, encantar-se.
3 inimigo, adversário.
 
De acordo com a escola literária a que pertence e com as características de tal escola, assinale a opção
que corretamente classifica o Texto IV.
 a) Realismo, marcado por um objetivismo e um apego à forma e pela reflexão sobre a realidade
social (neste caso, a indígena).
 b) Romantismo (primeira fase), caracterizado pelo compromisso nacionalista e pela busca por uma
identidade linguística que distanciasse a realidade brasileira da portuguesa.
 c) Romantismo (segunda fase), em que se verificam excessos sentimentalistas, como um saudosismo
exacerbado, e uma estética rígida.
 d) Arcadismo, evidenciado pela simplicidade do poema, em que o autor recorre a elementos da
natureza, configurando o que se chama de bucolismo.
 e) Simbolismo, com predominância de uma vagueza na linguagem, em que as questões psicológicas
das personagens ganham prioridade.
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Questão 88: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Escritor refletido e cheio de recurso, a sua obra é uma das minas da literatura brasileira, até hoje, e
embora não pareça, tem continuidades no Modernismo. Nossa iconografia imaginária, das mocinhas, dos
índios, das florestas, deve aos seus livros muito da sua fixação social; de modo mais geral, para não
encompridar a lista, a desenvoltura inventiva e brasileirizante da sua prosa ainda agora é capaz de
inspirar.
 
(Roberto Schwarz. Ao vencedor as batatas, 2000. Adaptado.)
 
O comentário refere-se ao escritor
 a) Raul Pompeia.
 b) Manuel Antônio de Almeida.
 c) José de Alencar.
 d) Tomás Antônio Gonzaga.
 e) Aluísio Azevedo.
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Questão 89: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Qual alternativa apresenta uma associação correta?
 a) Barroco / Iluminismo
 b) Arcadismo / Contrarreforma
 c) Romantismo / Revolução Industrial
 d) Barroco / Belle Époque
 e) Arcadismo / Positivismo
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Questão 90: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
“D. Carolina é o prazer em ebulição; se é inquieta e buliçosa, está em sê-lo a sua maior graça; aquele
rosto moreno, vivo e delicado, aquele corpinho, ligeiro como a abelha, perderia metade do que vale, se
não estivesse em contínua agitação. O beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na
mais tênue flor e voeja nos ares. D. Carolina é um beija-flor completo.”
 
MACEDO, J.M.de. A moreninha. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d. p.77.
 
A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, é o primeiro romance do Romantismo brasileiro. Nessa
passagem, evidenciam-se as seguintes características desse movimento:
 a) Sentimentalismo exacerbado e linguagem próxima ao coloquial.
 b) Aproximação da leitora e ambientação no contexto burguês.
 c) Narrador em primeira pessoa e predomínio do sonho.
 d) Idealização feminina e metaforização da natureza.
 e) Eu lírico introspectivo e representações vagas.
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Questão 91: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Para responder à questão abaixo, leia o trecho do drama Macário, de Álvares de Azevedo.
 
MACÁRIO (chega à janela): Ó mulher da casa! olá! ó de casa!
 
UMA VOZ (de fora): Senhor!
 
MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...
 
A VOZ: O burro?
 
MACÁRIO: A mala, burro!
 
A VOZ: A mala com o burro?
 
MACÁRIO: Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro na cerca.
 
A VOZ: O senhor é o moço que chegou primeiro?
 
MACÁRIO: Sim. Mas vai ver o burro.
 
A VOZ: Um moço que parece estudante?
 
MACÁRIO: Sim. Mas anda com a mala.
 
A VOZ: Mas como hei de ir buscar a mala? Quer que vá a pé?
 
MACÁRIO: Esse diabo é doido! Vai a pé, ou monta numa vassoura como tua mãe!
 
A VOZ: Descanse, moço. O burro há de aparecer. Quando madrugar iremos procurar.
 
OUTRA VOZ: Havia de ir pelo caminho do Nhô Quito. Eu conheço o burro...
 
MACÁRIO: E minha mala?
 
A VOZ: Não vê? Está chovendo a potes!...
 
MACÁRIO (fecha a janela): Malditos! (atira com uma cadeira no chão)
 
O DESCONHECIDO: Que tendes, companheiro?
 
MACÁRIO: Não vedes? O burro fugiu...
 
O DESCONHECIDO: Não será quebrando cadeiras que o chamareis...
 
MACÁRIO: Porém a raiva...
 
[...]
 
O DESCONHECIDO: A mala não pareceu-me muito cheia. Senti alguma coisa sacolejar dentro. Alguma
garrafa de vinho?
 
MACÁRIO: Não! não! mil vezes não! Não concebeis, uma perda imensa, irreparável... era o meu
cachimbo...
 
O DESCONHECIDO: Fumais?
 
MACÁRIO: Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola sem cordas, o copo sem vinho, a noite
sem mulher – não me pergunteis se fumo!
 
O DESCONHECIDO (dá-lhe um cachimbo): Eis aí um cachimbo primoroso.
 
[...]
 
MACÁRIO: E vós?
 
O DESCONHECIDO: Não vos importeis comigo. (tira outro cachimbo e fuma)
 
MACÁRIO: Sois um perfeito companheiro de viagem. Vosso nome?
 
O DESCONHECIDO: Perguntei-vos o vosso?
 
MACÁRIO: O caso é que é preciso que eu pergunte primeiro. Pois eu sou um estudante. Vadio ou
estudioso, talentoso ou estúpido, pouco importa. Duas palavras só: amo o fumo e odeio o Direito
Romano. Amo as mulheres e odeio o romantismo.
 
O DESCONHECIDO: Tocai! Sois um digno rapaz. (apertam a mão)MACÁRIO: Gosto mais de uma garrafa de vinho que de um poema, mais de um beijo que do soneto
mais harmonioso. Quanto ao canto dos passarinhos, ao luar sonolento, às noites límpidas, acho isso
sumamente insípido. Os passarinhos sabem só uma cantiga. O luar é sempre o mesmo. Esse mundo é
monótono a fazer morrer de sono.
 
O DESCONHECIDO: E a poesia?
 
MACÁRIO: Enquanto era a moeda de ouro que corria só pela mão do rico, ia muito bem. Hoje trocou-se
em moeda de cobre; não há mendigo, nem caixeiro de taverna que não tenha esse vintém
azinhavrado1. Entendeis-me?
 
O DESCONHECIDO: Entendo. A poesia, de popular tornou- se vulgar e comum. Antigamente faziam-na
para o povo; hoje o povo fá-la... para ninguém...
 
(Álvares de Azevedo. Macário/Noite na taverna, 2002.)
 
1 azinhavrado: coberto de azinhavre (camada de cor verde que se forma na superfície dos objetos de cobre ou
latão, resultante da corrosão destes quando expostos ao ar úmido).
 
Para Macário, a poesia deveria ser
 a) elitista.
 b) hermética.
 c) despojada.
 d) engajada.
 e) sentimental.
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Questão 92: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Para responder à questão abaixo, leia o trecho do drama Macário, de Álvares de Azevedo.
 
MACÁRIO (chega à janela): Ó mulher da casa! olá! ó de casa!
 
UMA VOZ (de fora): Senhor!
 
MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...
 
A VOZ: O burro?
 
MACÁRIO: A mala, burro!
 
A VOZ: A mala com o burro?
 
MACÁRIO: Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro na cerca.
 
A VOZ: O senhor é o moço que chegou primeiro?
 
MACÁRIO: Sim. Mas vai ver o burro.
 
A VOZ: Um moço que parece estudante?
 
MACÁRIO: Sim. Mas anda com a mala.
 
A VOZ: Mas como hei de ir buscar a mala? Quer que vá a pé?
 
MACÁRIO: Esse diabo é doido! Vai a pé, ou monta numa vassoura como tua mãe!
 
A VOZ: Descanse, moço. O burro há de aparecer. Quando madrugar iremos procurar.
 
OUTRA VOZ: Havia de ir pelo caminho do Nhô Quito. Eu conheço o burro...
 
MACÁRIO: E minha mala?
 
A VOZ: Não vê? Está chovendo a potes!...
 
MACÁRIO (fecha a janela): Malditos! (atira com uma cadeira no chão)
 
O DESCONHECIDO: Que tendes, companheiro?
 
MACÁRIO: Não vedes? O burro fugiu...
 
O DESCONHECIDO: Não será quebrando cadeiras que o chamareis...
 
MACÁRIO: Porém a raiva...
 
[...]
 
O DESCONHECIDO: A mala não pareceu-me muito cheia. Senti alguma coisa sacolejar dentro. Alguma
garrafa de vinho?
 
MACÁRIO: Não! não! mil vezes não! Não concebeis, uma perda imensa, irreparável... era o meu
cachimbo...
 
O DESCONHECIDO: Fumais?
 
MACÁRIO: Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola sem cordas, o copo sem vinho, a noite
sem mulher – não me pergunteis se fumo!
 
O DESCONHECIDO (dá-lhe um cachimbo): Eis aí um cachimbo primoroso.
 
[...]
 
MACÁRIO: E vós?
 
O DESCONHECIDO: Não vos importeis comigo. (tira outro cachimbo e fuma)
 
MACÁRIO: Sois um perfeito companheiro de viagem. Vosso nome?
 
O DESCONHECIDO: Perguntei-vos o vosso?
 
MACÁRIO: O caso é que é preciso que eu pergunte primeiro. Pois eu sou um estudante. Vadio ou
estudioso, talentoso ou estúpido, pouco importa. Duas palavras só: amo o fumo e odeio o Direito
Romano. Amo as mulheres e odeio o romantismo.
 
O DESCONHECIDO: Tocai! Sois um digno rapaz. (apertam a mão)
 
MACÁRIO: Gosto mais de uma garrafa de vinho que de um poema, mais de um beijo que do soneto
mais harmonioso. Quanto ao canto dos passarinhos, ao luar sonolento, às noites límpidas, acho isso
sumamente insípido. Os passarinhos sabem só uma cantiga. O luar é sempre o mesmo. Esse mundo é
monótono a fazer morrer de sono.
 
O DESCONHECIDO: E a poesia?
 
MACÁRIO: Enquanto era a moeda de ouro que corria só pela mão do rico, ia muito bem. Hoje trocou-se
em moeda de cobre; não há mendigo, nem caixeiro de taverna que não tenha esse vintém
azinhavrado1. Entendeis-me?
 
O DESCONHECIDO: Entendo. A poesia, de popular tornou- se vulgar e comum. Antigamente faziam-na
para o povo; hoje o povo fá-la... para ninguém...
 
(Álvares de Azevedo. Macário/Noite na taverna, 2002.)
 
1 azinhavrado: coberto de azinhavre (camada de cor verde que se forma na superfície dos objetos de cobre ou
latão, resultante da corrosão destes quando expostos ao ar úmido).
 
“O DESCONHECIDO: Fumais?
MACÁRIO: Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola sem cordas, o copo sem vinho, a noite
sem mulher – não me pergunteis se fumo!”
 
À pergunta do Desconhecido, Macário
 a) responde afirmativamente, e sua resposta carrega um tom espirituoso.
 b) acaba por não responder, já que devolve a pergunta com um insulto.
 c) evita dar uma resposta clara, em uma evidente tentativa de confundir seu interlocutor.
 d) responde negativamente, e sua resposta carrega um tom espirituoso.
 e) acaba por não responder, já que devolve a pergunta com outra pergunta.
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Questão 93: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Para responder à questão abaixo, leia o trecho do drama Macário, de Álvares de Azevedo.
 
MACÁRIO (chega à janela): Ó mulher da casa! olá! ó de casa!
 
UMA VOZ (de fora): Senhor!
 
MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...
 
A VOZ: O burro?
 
MACÁRIO: A mala, burro!
 
A VOZ: A mala com o burro?
 
MACÁRIO: Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro na cerca.
 
A VOZ: O senhor é o moço que chegou primeiro?
 
MACÁRIO: Sim. Mas vai ver o burro.
 
A VOZ: Um moço que parece estudante?
 
MACÁRIO: Sim. Mas anda com a mala.
 
A VOZ: Mas como hei de ir buscar a mala? Quer que vá a pé?
 
MACÁRIO: Esse diabo é doido! Vai a pé, ou monta numa vassoura como tua mãe!
 
A VOZ: Descanse, moço. O burro há de aparecer. Quando madrugar iremos procurar.
 
OUTRA VOZ: Havia de ir pelo caminho do Nhô Quito. Eu conheço o burro...
 
MACÁRIO: E minha mala?
 
A VOZ: Não vê? Está chovendo a potes!...
 
MACÁRIO (fecha a janela): Malditos! (atira com uma cadeira no chão)
 
O DESCONHECIDO: Que tendes, companheiro?
 
MACÁRIO: Não vedes? O burro fugiu...
 
O DESCONHECIDO: Não será quebrando cadeiras que o chamareis...
 
MACÁRIO: Porém a raiva...
 
[...]
 
O DESCONHECIDO: A mala não pareceu-me muito cheia. Senti alguma coisa sacolejar dentro. Alguma
garrafa de vinho?
 
MACÁRIO: Não! não! mil vezes não! Não concebeis, uma perda imensa, irreparável... era o meu
cachimbo...
 
O DESCONHECIDO: Fumais?
 
MACÁRIO: Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola sem cordas, o copo sem vinho, a noite
sem mulher – não me pergunteis se fumo!
 
O DESCONHECIDO (dá-lhe um cachimbo): Eis aí um cachimbo primoroso.
 
[...]
 
MACÁRIO: E vós?
 
O DESCONHECIDO: Não vos importeis comigo. (tira outro cachimbo e fuma)
 
MACÁRIO: Sois um perfeito companheiro de viagem. Vosso nome?
 
O DESCONHECIDO: Perguntei-vos o vosso?
 
MACÁRIO: O caso é que é preciso que eu pergunte primeiro. Pois eu sou um estudante. Vadio ou
estudioso, talentoso ou estúpido, pouco importa. Duas palavras só: amo o fumo e odeio o Direito
Romano. Amo as mulheres e odeio o romantismo.
 
O DESCONHECIDO: Tocai! Sois um digno rapaz. (apertam a mão)
 
MACÁRIO: Gosto mais de uma garrafa de vinho que de um poema, mais de um beijo que do soneto
mais harmonioso. Quanto ao canto dos passarinhos, ao luar sonolento, às noites límpidas, acho isso
sumamente insípido. Os passarinhos sabem só uma cantiga. O luar é sempre o mesmo. Esse mundo é
monótono a fazer morrer de sono.
 
O DESCONHECIDO: E a poesia?
 
MACÁRIO: Enquanto era a moeda de ouro que corria só pela mão do rico, ia muito bem. Hoje trocou-se
em moeda de cobre; não há mendigo, nem caixeiro de taverna que não tenha esse vintém
azinhavrado1. Entendeis-me?
 
O DESCONHECIDO:Entendo. A poesia, de popular tornou- se vulgar e comum. Antigamente faziam-na
para o povo; hoje o povo fá-la... para ninguém...
 
(Álvares de Azevedo. Macário/Noite na taverna, 2002.)
 
1 azinhavrado: coberto de azinhavre (camada de cor verde que se forma na superfície dos objetos de cobre ou
latão, resultante da corrosão destes quando expostos ao ar úmido).
 
“MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...
A VOZ: O burro?
MACÁRIO: A mala, burro!
A VOZ: A mala com o burro?
MACÁRIO: Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro na cerca.”
 
Para produzir o efeito cômico desse diálogo, o autor lança mão do recurso expressivo denominado
 a) antítese: a oposição, numa mesma expressão ou frase, de duas palavras ou de dois pensamentos
de sentidos contrários.
 b) eufemismo: o emprego de palavra ou expressão no lugar de outra palavra ou expressão
considerada desagradável.
 c) hipérbole: a ênfase resultante do exagero na expressão ou na comunicação de uma ideia.
 d) ambiguidade: a presença, num texto, de unidades linguísticas que podem significar coisas
diferentes.
 e) personificação: a atribuição de características humanas a seres inanimados ou irracionais.
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Questão 94: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Tão variadas são as manifestações desse movimento que é impossível formular-lhe uma definição única;
mesmo assim, pode-se dizer que sua tônica foi uma crença no valor supremo da experiência individual,
configurando nesse sentido uma reação contra o racionalismo iluminista e a ordem do estilo neoclássico.
Seus autores exploravam os valores da intuição e do instinto, trocando o discurso público do
neoclassicismo, cujas formas compunham um repertório mais comum e inteligível, por um tipo de
expressão mais particular.
 
(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.)
 
O movimento a que o texto se refere é o
 a) Naturalismo.
 b) Romantismo.
 c) Barroco.
 d) Arcadismo.
 e) Realismo.
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Questão 95: FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, senhor Deus!
Se é mentira... se é verdade
Tanto horror perante os céus?
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas,
De teu manto este borrão?...
Astros! Noites! Tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!”
Castro Alves
 
A Literatura também versa sobre grandes problemas sociais que afetaram a história brasileira. O poema
de Castro Alves, sob a forma de uma prece, (intitulado Tragédia no Mar) refere-se:
 a) às condições dos grupos transportados pelos navios negreiros.
 b) a outros males que atingiriam as condições climáticas da época.
 c) a catástrofes que aconteceram à época do poeta.
 d) a efeitos maléficos vividos pelas populações litorâneas.
 e) aos desastres químicos que afetaram a população dos escravos.
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Questão 96: VUNESP - Vest (FICSAE)/FICSAE/2021
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O fulcro da visão de mundo desse movimento é o sujeito. Objetivamente incapaz de resolver os conflitos
com a sociedade, este eu lança-se à evasão. No tempo, recriando uma Idade Média gótica e embruxada.
No espaço, fugindo para ermas paragens ou para o Oriente exótico.
(Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira, 1994. Adaptado.)
 
O texto refere-se ao movimento
 a) barroco.
 b) árcade.
 c) romântico.
 d) naturalista.
 e) parnasiano.
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Questão 97: Instituto Consulplan - Vest (FM RO)/FM RO/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Imagem I
 
(“Terra Brasilis”, 1519, mapa por Pedro Reinel e Lopo Homem, Atlas
Miller, Biblioteca Nacional de Paris. Detalhe.)
 
Imagem II
(RUGENDAS, J. M. Paisagem na mata virgem do Brasil, com figuras.
1830. Óleo sobre tela, 62,5 × 49,5 cm.)
 
O CANTO DO GUERREIRO
 
I
Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
 
II
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há, como eu sou?
(Gonçalves Dias.)
 
Considerando as imagens e o texto apresentados, pode-se afirmar que:
 a) Em todos há uma indicação clara de características presentes na literatura romântica brasileira do
século XIX, em que manifestações de nacionalismo eram amplamente evidenciadas.
 b) As duas imagens apresentadas fazem oposição à imagem dos elementos apresentados no poema
de Gonçalves Dias que demonstra ruptura com o movimento literário anterior ao Romantismo.
 c) As imagens reproduzidas são ilustrações que representam fielmente o tema abordado pela
primeira geração do Romantismo no Brasil, antecedendo poetas como Gonçalves Dias, principal nome da
segunda geração romântica.
 d) Há uma oposição de ideias estabelecida entre as duas imagens apresentadas; a partir da
reprodução da cena representada na imagem II pode-se constatar a presença de elementos
característicos e presentes no Romantismo brasileiro assim como no texto de Gonçalves Dias.
 e) Tendo em vista aspectos do Romantismo no Brasil, pode- -se afirmar que as duas imagens e o
texto apresentados são representantes das três gerações românticas, na ordem em que aparecem:
Imagem I, primeira geração; imagem II, segunda geração e “O canto do guerreiro”, terceira geração.
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Questão 98: ITA - Vest (ITA)/ITA/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Em relação ao narrador de Memórias de um sargento de milícias, é possível afirmar que:
 a) é um narrador personagem que não se identifica ao leitor e não dá informações sobre as demais
personagens.
 b) é um narrador personagem que apenas se identifica ao leitor.
 c) é um narrador protagonista que se identifica ao leitor para fornecer detalhes sobre as demais
personagens.
 d) é um narrador que não se identifica ao leitor, mas fornece detalhes sobre as demais personagens.
 e) é um narrador personagem que jamais se identifica ao leitor.
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Questão 99: ITA - Vest (ITA)/ITA/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Acerca de Memórias de um sargento de milícias , é correto afirmar que:
 a) todas as personagens são íntegras e moralmente ilibadas.
 b) todas as personagens são íntegras, moralmente ilibadas, mas o narrador as julga como se não
fossem.
 c) todas as personagens são moralmente ambíguas, mas o narrador jamais as julga por isso.
 d) a maioria das personagens, em algum momento e em alguma medida, comete alguma infração ou
ato moralmente ilícito.
 e) independentemente da natureza de seus atos, as personagens nunca são julgadas pelo narrador.
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Questão 100: ITA - Vest (ITA)/ITA/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Acerca da vida social brasileira no período joanino, é possível afirmar que o livro de Manuel Antônio de
Almeida:
 a) representa os valores da honestidade e da solidariedade dominantes entre as classes populares.
 b) representa irônica, porém fielmente, o patriotismo e a retidão de caráter das classes populares.
 c) ironizaas relações de compadrio e interesse das classes populares.
 d) retrata com honradez a dissimulação moral das classes populares.
 e) exalta a perseverança e a dedicação ao trabalho características das classes populares desse
período.
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Questão 101: ITA - Vest (ITA)/ITA/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
No capítulo “Caldo entornado”, de Memórias de um sargento de milícias , lê-se: “Entretanto o zelo da
comadre pôs-se em atividade, e poucos dias depois entrou ela muito contente, e veio participar ao
Leonardo que lhe tinha achado um excelente arranjo que o habilitava, segundo pensava, a um grande
futuro, e o punha perfeitamente a coberto das iras do Vidigal; era o arranjo de servidor na ucharia*
real. Deixando de parte o substantivo ucharia, e atendendo só ao adjetivo real, todos os interessados e o
próprio Leonardo regalaram os olhos com o achado da comadre.”
 
Sobre essa passagem, é correto afirmar:
 a) a passagem revela os nobres e reais valores das personagens.
 b) a passagem revela a sincera devoção de Leonardo ao monarca.
 c) a passagem revela a preocupação do monarca para com os súditos.
 d) a passagem revela o verniz de respeitabilidade de um emprego no Paço Real, independentemente
da função.
 e) a passagem confirma a grande influência da comadre nos assuntos reais.
 *ucharia: espécie de dispensa ou almoxarifado nas antigas casas senhoriais e reais.
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Questão 102: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Dividida em três partes, a “Lira dos Vinte Anos” revela as diferentes faces literárias de Álvares de
Azevedo. Sobre esse conjunto de poemas, é correto afirmar que é uma obra
 a) típica dos ultrarromânticos, marcada pelo sentimentalismo e egocentrismo.
 b) marcante da escola modernista, iniciada por vários poetas jovens e questionadores.
 c) importante da terceira fase romântica, com temática social e libertária.
 d) característica da primeira fase romântica, com intenso sentimento de brasilidade.
 e) significativa da escola barroca, que funde temas divinos e humanos.
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Questão 103: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leito de folhas verdes
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
DIAS, G. Antologia poética. Rio de Janeiro: Agir, 1979 (fragmento).
 
Na perspectiva do Romantismo, a representação feminina espelha concepções expressas no poema pela
 a) reprodução de estereótipos sociais e de gênero.
 b) presença de traços marcadores de nacionalidade.
 c) sublimação do desejo por meio da espiritualização.
 d) correlação feita entre estados emocionais e natureza.
 e) mudança de paradigmas relacionados à sensibilidade.
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Questão 104: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
— O senhor pensa que eu tenho alguma fábrica de dinheiro? (O diretor diz essas coisas a ele, mas olha
para todos como quem quer dar uma explicação a todos. Todas as caras sorriem.) Quando seu filho
esteve doente, eu o ajudei como pude. Não me peça mais nada. Não me encarregue de pagar as suas
contas: já tenho as minhas, e é o que me basta... (Risos.)
 
O diretor tem o rosto escanhoado, a camisa limpa. A palavra possui um tom educado, de pessoa que
convive com gente inteligente, causeuse. O rosto do Dr. Rist resplandece, vermelho e glabro. Um que
outro tem os olhos no chão, a atitude discreta.
 
Naziazeno espera que ele lhe dê as costas, vá reatar a palestra interrompida, aquelas observações sobre
a questão social, comunismo e integralismo.
 
MACHADO, D. Os ratos. São Paulo: Círculo do Livro, s/d.
 
A ficção modernista explorou tipos humanos em situação de conflito social. No fragmento do romancista
gaúcho, esse conflito revela a
 a) sujeição moral amplificada pela pobreza.
 b) crise econômica em expansão nas cidades.
 c) falta de diálogo entre patrões e empregados.
 d) perspicácia marcada pela formação intelectual.
 e) tensão política gerada pelas ideologias vigentes.
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Questão 105: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Digital/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O laço de fita
 
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
 
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos de moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
 
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
 
[...]
 
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepita!
 
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
 
ALVES, C. Espumas flutuantes. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 8 ago. 2015 (fragmento).
 
Exemplo da lírica de temática amorosa de Castro Alves, o poema constrói imagens caras ao Romantismo.
Nesse fragmento, o lirismo romântico se expressa na
 a) representação infantilizada da figura feminina.
 b) criatividade inspirada em elementos da natureza.
 c) opção pela morte como solução para as frustrações.
 d) ansiedade com as atitudes de indiferença da mulher.
 e) fixação por signos de fusão simbólica com o ser amado.
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Questão 106: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Educação no Campo/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe
disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões.
 
Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.
 
Era rica e formosa.
 
Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem,
como o raio de sol no prisma do diamante.
 
Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante
meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu fulgor?
 
Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo
buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia.
 
Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos
malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.
José de Alencar. Senhora. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
No que se refere ao fragmento do romance Senhora, de José de Alencar, e à literatura brasileira, julgue
o item a seguir.
 
As referências à astronomia, como “céu”, “estrela”, “sol” e “meteoro”, antecipam, no texto de Alencar, o
cientificismo e o determinismo da prosa naturalista do final do século XIX.
 Certo
 Errado
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Questão 107: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Educação no Campo/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguémlhe
disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões.
 
Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.
 
Era rica e formosa.
 
Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem,
como o raio de sol no prisma do diamante.
 
Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante
meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu fulgor?
 
Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo
buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia.
 
Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos
malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.
José de Alencar. Senhora. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
No que se refere ao fragmento do romance Senhora, de José de Alencar, e à literatura brasileira, julgue
o item a seguir.
 
Na apresentação da personagem Aurélia Camargo, nota-se uma das características do romance
romântico brasileiro: o apreço pelo detalhe, que aparece no trecho na forma de comparações.
 Certo
 Errado
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Questão 108: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Educação no Campo/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe
disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões.
 
Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.
 
Era rica e formosa.
 
Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem,
como o raio de sol no prisma do diamante.
 
Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante
meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu fulgor?
 
Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo
buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia.
 
Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos
malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.
José de Alencar. Senhora. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
No que se refere ao fragmento do romance Senhora, de José de Alencar, e à literatura brasileira, julgue
o item a seguir.
 
Na literatura brasileira do século XIX, ao lado do indianismo e do regionalismo, a prosa urbana, voltada
para a representação da corte, como é o caso do romance Senhora, foi importante na composição de
uma consciência histórica sobre o Brasil.
 Certo
 Errado
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Questão 109: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Indígena/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Não sabeis o que o monstro procura?
Não sabeis a que vem, o que quer?
Vem matar vossos bravos guerreiros,
Vem roubar-vos a filha, a mulher!
Vem trazer-vos crueza, impiedade —
Dons cruéis do cruel Anhangá;
Vem quebrar-vos a maça valente,
Profanar Manitôs, Maracás.
Vem trazer-vos algemas pesadas,
Com que a tribo Tupi vai gemer;
Hão de os velhos servirem de escravos
Mesmo o Piaga inda escravo há de ser?
 
Fugireis procurando um asilo,
Triste asilo por ínvio sertão;
Anhangá de prazer há de rir-se,
Vendo os vossos quão poucos serão.
 
Vossos Deuses, ó Piaga, conjura,
Susta as iras do fero Anhangá.
Manitôs já fugiram da Taba,
Ó desgraça! ó ruína!! ó Tupá!
 
Gonçalves Dias. O canto do Piaga.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando esse fragmento do poema O Canto do Piaga, de Gonçalves Dias, e as características do
Romantismo brasileiro, julgue o item a seguir.
 
No período do Romantismo brasileiro, os indígenas tiveram lugar de destaque como autores de um
sistema literário que reconhecia a poesia escrita em línguas como o tupi-guarani.
 Certo
 Errado
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Questão 110: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Indígena/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Não sabeis o que o monstro procura?
Não sabeis a que vem, o que quer?
Vem matar vossos bravos guerreiros,
Vem roubar-vos a filha, a mulher!
Vem trazer-vos crueza, impiedade —
Dons cruéis do cruel Anhangá;
Vem quebrar-vos a maça valente,
Profanar Manitôs, Maracás.
Vem trazer-vos algemas pesadas,
Com que a tribo Tupi vai gemer;
Hão de os velhos servirem de escravos
Mesmo o Piaga inda escravo há de ser?
 
Fugireis procurando um asilo,
Triste asilo por ínvio sertão;
Anhangá de prazer há de rir-se,
Vendo os vossos quão poucos serão.
 
Vossos Deuses, ó Piaga, conjura,
Susta as iras do fero Anhangá.
Manitôs já fugiram da Taba,
Ó desgraça! ó ruína!! ó Tupá!
 
Gonçalves Dias. O canto do Piaga.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando esse fragmento do poema O Canto do Piaga, de Gonçalves Dias, e as características do
Romantismo brasileiro, julgue o item a seguir.
 
No fragmento apresentado, o ritmo do poema é marcado pela distribuição equilibrada de versos nas
estrofes e de sílabas poéticas nos versos.
 Certo
 Errado
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Questão 111: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Indígena/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Não sabeis o que o monstro procura?
Não sabeis a que vem, o que quer?
Vem matar vossos bravos guerreiros,
Vem roubar-vos a filha, a mulher!
Vem trazer-vos crueza, impiedade —
Dons cruéis do cruel Anhangá;
Vem quebrar-vos a maça valente,
Profanar Manitôs, Maracás.
Vem trazer-vos algemas pesadas,
Com que a tribo Tupi vai gemer;
Hão de os velhos servirem de escravos
Mesmo o Piaga inda escravo há de ser?
 
Fugireis procurando um asilo,
Triste asilo por ínvio sertão;
Anhangá de prazer há de rir-se,
Vendo os vossos quão poucos serão.
 
Vossos Deuses, ó Piaga, conjura,
Susta as iras do fero Anhangá.
Manitôs já fugiram da Taba,
Ó desgraça! ó ruína!! ó Tupá!
 
Gonçalves Dias. O canto do Piaga.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando esse fragmento do poema O Canto do Piaga, de Gonçalves Dias, e as características do
Romantismo brasileiro, julgue o item a seguir.
 
Nesse fragmento, a maldade do monstro cuja chegada é anunciada está relacionada com Anhangá.
 Certo
 Errado
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Questão 112: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Indígena/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Não sabeis o que o monstro procura?
Não sabeis a que vem, o que quer?
Vem matar vossos bravos guerreiros,
Vem roubar-vos a filha, a mulher!
Vem trazer-vos crueza, impiedade —
Dons cruéis do cruel Anhangá;
Vem quebrar-vos a maça valente,
Profanar Manitôs, Maracás.
Vem trazer-vos algemas pesadas,
Com que a tribo Tupi vai gemer;
Hão de os velhos servirem de escravos
Mesmo o Piaga inda escravo há de ser?
 
Fugireis procurando um asilo,
Triste asilo por ínvio sertão;
Anhangá de prazer há de rir-se,
Vendo os vossos quão poucos serão.
 
Vossos Deuses, ó Piaga, conjura,
Susta as iras do fero Anhangá.
Manitôs já fugiram da Taba,
Ó desgraça! ó ruína!! ó Tupá!
 
Gonçalves Dias. O canto do Piaga.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando esse fragmento do poema O Canto do Piaga, de Gonçalves Dias, e as características do
Romantismo brasileiro, julgue o item a seguir.
 
O mito do bom selvagem é contestado na poesia de Gonçalves Dias, como se pode observar nos versos
13 e 14.
 Certo
 Errado
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Questão 113: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Indígena/2020
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Não sabeis o que o monstro procura?
Não sabeis a que vem, o que quer?
Vem matar vossos bravos guerreiros,
Vem roubar-vos a filha, a mulher!
Vem trazer-vos crueza, impiedade —
Dons cruéis do cruel Anhangá;
Vem quebrar-vos a maça valente,
Profanar Manitôs, Maracás.
Vem trazer-vos algemas pesadas,
Com que a tribo Tupi vai gemer;
Hão de os velhos servirem de escravos
Mesmo o Piaga inda escravo há de ser?
 
Fugireis procurando um asilo,
Triste asilo por ínvio sertão;
Anhangá de prazer há de rir-se,
Vendo os vossos quão poucos serão.
 
Vossos Deuses, ó Piaga, conjura,
Susta as iras do fero Anhangá.
Manitôs já fugiram da Taba,
Ó desgraça! ó ruína!! ó Tupá!
 
Gonçalves Dias. O canto do Piaga.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando esse fragmento do poema O Canto do Piaga, de Gonçalves Dias, e as características do
Romantismo brasileiro, julgue o item a seguir.
 
O poeta anuncia, como em uma profecia, violência semelhante àquela a que os indígenas foram
submetidos no Brasil durante o período colonial e nas primeiras décadas do Império.
 Certo
 Errado
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Questão 114: FUNDATEC - Prof (Pref Gramado)/Pref Gramado/Português/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
 
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
 
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
 
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
 
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
 
(Coimbra, julho de 1843) Gonçalves Dias, no livro “Primeiros cantos”. Série ‘Poesias americanas’. 1846.
 
O poema anterior pertence a um dos primeiros momentos da Literatura Nacional, o .........................,
que vai de 1836 (com a obra ....................... de ..........................) até 1881, quando Machado de Assis
publica .................................
 
Assinale a alternativa que completa as lacunas do texto anterior, com correção e na ordem em que se
encontram.
 a) Indianismo – Caramuru – Santa Rita Durão - Helena
 b) Romantismo – Suspiros Poéticos e Saudades – Gonçalves de Magalhaes – Memórias Póstumas de
Brás Cubas
 c) Bucolismo – Prosopopeia – Bento Teixeira – Dom Casmurro
 d) Naturalismo – O Mulato – Aluísio Azevedo – Dom Casmurro
 e) Parnasianismo – I Juca Pirama – Gonçalves Dias – Memorial de Aires
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Questão 115: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito
perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava
sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde
pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.”
Marque a alternativa que aponta a característica do Romantismo presente no fragmento do Romance
“Iracema”, de José de Alencar.
 a) Idealização da personagem mediante a associação entre aspectos humanos e elementos da
natureza.
 b) Valorização do regionalismo por meio do registro de palavras e expressões típicas do vocabulário
regional.
 c) Enaltecimento do indígena com o emprego do locus amoenus exigível em cenas da natureza das
narrativas clássicas.
 d) Empoderamento de minorias marginalizadas por meio da escolha de uma mulher morena e
indígena para o protagonismo da narrativa.
 e) Reflexão crítica sobre a formação do povo brasileiro mediante a identificação de uma mulher como
verdadeira representante de nossas origens indígenas.
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Questão 116: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto para o item.
 
Leito de folhas verdes
 
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
 
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
 
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
 
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
 
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
 
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
 
Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).
 
Tendo como referência o poema Leito de folhas verdes, de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.
 
O texto do poema é estruturado com menções a movimentos da natureza que evidenciam a passagem
do tempo.
 Certo
 Errado
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Questão 117: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto para o item.
 
Leito de folhas verdes
 
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
 
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
 
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
 
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
 
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estasflores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
 
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
 
Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).
 
Tendo como referência o poema Leito de folhas verdes, de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.
 
No poema, o eu lírico encontra-se em estado de solidão e está rodeado de elementos da natureza.
 Certo
 Errado
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Questão 118: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto para o item.
 
Leito de folhas verdes
 
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
 
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
 
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
 
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
 
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
 
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
 
Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).
 
Tendo como referência o poema Leito de folhas verdes, de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.
 
Os recursos poéticos utilizados na construção do poema exprimem, em primeiro plano, a subjetividade
do interlocutor do eu lírico.
 Certo
 Errado
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Questão 119: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto para o item.
 
Leito de folhas verdes
 
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
 
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
 
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
 
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
 
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
 
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
 
Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).
 
Tendo como referência o poema Leito de folhas verdes, de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.
 
O poeta explora, em seu texto, ritmos e sonoridades da natureza em versos que primam pela
regularidade métrica do decassílabo.
 Certo
 Errado
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Questão 120: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto para o item.
 
Leito de folhas verdes
 
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
 
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
 
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
 
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
 
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
 
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
 
Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).
 
Tendo como referência o poema Leito de folhas verdes, de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.
 
No que se refere à escolha vocabular, percebe-se que o poeta rejeita, de forma programática, palavras
que integram o léxico culto, buscando aderir ao vocabulário de línguas indígenas.
 Certo
 Errado
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Questão 121: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto para o item.
 
Leito de folhas verdes
 
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
 
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
 
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
 
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
 
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
 
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
 
Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).
 
Tendo como referência o poema Leito de folhas verdes, de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.
 
Quanto à temática geral e à ambiência do poema, o texto representa a estética romântica indianista
brasileira.
 Certo
 Errado
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Questão 122: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto para o item.
 
Leito de folhas verdes
 
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
 
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
 
A flor que desabrocha ao romper d’alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
 
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
 
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.
 
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
 
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
 
Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).
 
Tendo como referência o poema Leito de folhas verdes, de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.
 
Como comprova o poema, os elementos naturais no âmbito do Romantismo brasileiro não se prestaram à
caracterização de aspectos formadores da identidade nacional.
 Certo
 Errado
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Questão 123: FUNDEP - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Em relação às três gerações de escritores românticos, é correto afirmar que
 a) a Primeira Geração caracteriza-se por ser genuinamente nacionalista, indianista e religiosa.
 b) a Segunda Geração é formada por poetas que desenvolvem uma poesia de cunho político e social.
 c) a Terceira Geração é marcada pelo “mal do século” e apresenta egocentrismo exacerbado.
 d) as três gerações são de poetas românticos e evidenciam tom pessimista e atração pela morte.
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Questão 124: ITA - Vest (ITA)/ITA/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Senhora, de José de Alencar, é uma obra representativa do Romantismo porque apresenta
 a) um par romântico que, para se casar, enfrenta a rivalidade de suas famílias.
 b) personagens masculinas cuja retidão de caráter é sempre inabalável.
 c) importantes cenários naturais, circunscritos ao ambiente urbano.
 d) o protagonista moldado irreversivelmente pela educação e pelo meio social.
 e) uma protagonista virtuosa e movida sobretudo pelo sentimento amoroso.
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Questão 125: VUNESP - Alun Of (PM SP)/PM SP/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leia as duas primeiras estrofes do poema “Minha terra!”, de Gonçalves Dias, para responder à questão.
Quanto é grato em terra estranha,
Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;
Ouvir a pátria linguagem
Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos – da terra amada!
(Poesia lírica e indianista. São Paulo, Ática, 2003, p. 108)
 
Condizente com a primeira fase da poesia romântica no Brasil, verifica-se, no poema,
 a) a ruptura com a gramática normativa.
 b) a presença do verso livre.
 c) a linguagem impessoal.
 d) o elogio do progresso.
 e) o discurso nacionalista.
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Questão 126: VUNESP - Alun Of (PM SP)/PM SP/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leia o trecho de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, para responder à
questão.
Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou tola até um certo
ponto, e finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de
quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela mais desabrida papa-missas da cidade. Era a
folhinha mais exata de todas as festas religiosas que aqui se faziam; sabia de cor os dias em que se dizia
missa em tal ou tal igreja, como a hora e até o nome do padre; era pontual à ladainha, ao terço, à
novena, ao setenário; não lhe escapava via-sacra, procissão, nem sermão; trazia o tempo habilmente
distribuído e as horas combinadas, de maneira que nunca lhe aconteceu chegar à igreja e achar já a
missa no altar.
(Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2016, p. 42)
 
Nesse trecho, percebe-se uma característica marcante do romance Memórias de um sargento de milícias,
qual seja:
 a) a idealização da personagem feminina, o que reflete uma postura fantasiosa e acrítica.
 b) a representação caricatural da personagem, o que resulta em um discurso cômico.
 c) a elevação dos valores religiosos, condizente com uma abordagem espiritualista.
 d) a descrição pormenorizada dos hábitos da elite carioca, traço típico do Realismo.
 e) a tensão entre os valores materiais e espirituais, revelando um estilo barroco.
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Questão 127: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Talvez julguem que isto são voos de imaginação: é possível. Como não dar largas à imaginação, quando
a realidade vai tomando proporções quase fantásticas, quando a civilização faz prodígios, quando no
nosso próprio país a inteligência, o talento, as artes, o comércio, as grandes ideias, tudo pulula, tudo
cresce e se desenvolve?
 
Na ordem dos melhoramentos materiais, sobretudo, cada dia fazemos um passo, e em cada passo
realizamos uma coisa útil para o engrandecimento do país.
 
ALENCAR, J. Ao correr da pena. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 12 ago. 2013.
 
No fragmento da crônica de José de Alencar, publicada em 1854, a temática nacionalista constrói-se pelo
elogio ao(à)
 a) passado glorioso.
 b) progresso nacional.
 c) inteligência brasileira.
 d) imponência civilizatória.
 e) imaginação exacerbada.
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Questão 128: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
“Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos
de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo,o que eles foram e
me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei
que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da
praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos
braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía
delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me.”
ASSIS. Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Ática,1999. p.55 (fragmento)
Com Dom Casmurro, obra publicada em 1899, depois de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e de
Quincas Borba (1891), Machado de Assis deixa marcas indeléveis de que a Literatura Brasileira vivia um
novo período literário, bem diferente do Romantismo. Nessas obras, nota-se uma forma diferente de
sentir e de ver a realidade, menos idealizada, mais verdadeira e crítica: uma perspectiva realista. O
trecho apresentado acima representa essa perspectiva porque o narrador
 a) exagera nas imagens poéticas traduzidas por “fluido misterioso”, “praia”, “cabelos espalhados pelos
ombros” em uma realização imagética da mulher que o tragava como fazem as ondas de um mar em
ressaca.
 b) deixa-se levar pelas ondas que saíam das pupilas de Capitu em um fluido, misterioso e enérgico,
que o arrasta depressa como uma vaga que se retira da praia em dias de ressaca, não adiantando
agarrarse nem aos braços nem aos cabelos da moça.
 c) retira-se da praia como as vagas em dias de ressaca por não ser capaz de dizer a Capitu o que
está sentindo ao olhá-la nos olhos sem quebrar a dignidade mínima daquele momento em que duas
pessoas apaixonam-se.
 d) solicita à “retórica dos namorados” uma comparação que seja, ao mesmo tempo, exata e poética
capaz de descrever os olhos de Capitu, revelando a dificuldade de apresentar uma verdade que não
estrague a idealização romântica.
 e) ridiculariza a retórica dos românticos ao afirmar que os olhos de Capitu pareciam com uma ressaca
do mar e, por isso, não seria capaz de descrevê-los de maneira poética, traduzindo, assim, o realismo
literário de sua época.
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Questão 129: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leitor, se não tens desprezo
De vir descer às senzalas,
Trocar tapetes e salas
Por um alcouce cruel,
Vem comigo, mas... cuidado...
Que o teu vestido bordado
Não fique no chão manchado,
No chão do imundo bordel.
Não venhas tu que achas triste
Às vezes a própria festa.
Tu, grande, que nunca ouviste
Senão gemidos da orquestra
Por que despertar tu'alma,
Em sedas adormecida,
Esta excrescência da vida
Que ocultas com tanto esmero?
E o coração — tredo lodo,
Fezes d'ânfora doirada
Negra serpe, que enraivada,
Morde a cauda, morde o dorso
E sangra às vezes piedade,
E sangra às vezes remorso?...
 
Não venham esses que negam
A esmola ao leproso, ao pobre.
A luva branca do nobre
Oh! senhores, não mancheis...
Os pés lá pisam em lama,
Porém as frontes são puras
Mas vós nas faces impuras
Tendes lodo, e pus nos pés.
 
Castro Alves. Tragédia no lar. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando o poema apresentado, julgue o item a seguir, a respeito do Romantismo brasileiro.
 
Esse poema de Castro Alves é representativo da poesia da primeira geração romântica, cujo projeto era
fundado na perspectiva nacionalista e buscava libertar a literatura brasileira das influências literárias
portuguesas.
 Certo
 Errado
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Questão 130: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leitor, se não tens desprezo
De vir descer às senzalas,
Trocar tapetes e salas
Por um alcouce cruel,
Vem comigo, mas... cuidado...
Que o teu vestido bordado
Não fique no chão manchado,
No chão do imundo bordel.
Não venhas tu que achas triste
Às vezes a própria festa.
Tu, grande, que nunca ouviste
Senão gemidos da orquestra
Por que despertar tu'alma,
Em sedas adormecida,
Esta excrescência da vida
Que ocultas com tanto esmero?
E o coração — tredo lodo,
Fezes d'ânfora doirada
Negra serpe, que enraivada,
Morde a cauda, morde o dorso
E sangra às vezes piedade,
E sangra às vezes remorso?...
 
Não venham esses que negam
A esmola ao leproso, ao pobre.
A luva branca do nobre
Oh! senhores, não mancheis...
Os pés lá pisam em lama,
Porém as frontes são puras
Mas vós nas faces impuras
Tendes lodo, e pus nos pés.
 
Castro Alves. Tragédia no lar. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando o poema apresentado, julgue o item a seguir, a respeito do Romantismo brasileiro.
 
A repulsa à escravidão e às condições degradantes impostas aos escravos é explicitada no poema por
metáforas como as expressas em “alcouce cruel” e “imundo bordel”.
 Certo
 Errado
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Questão 131: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leitor, se não tens desprezo
De vir descer às senzalas,
Trocar tapetes e salas
Por um alcouce cruel,
Vem comigo, mas... cuidado...
Que o teu vestido bordado
Não fique no chão manchado,
No chão do imundo bordel.
Não venhas tu que achas triste
Às vezes a própria festa.
Tu, grande, que nunca ouviste
Senão gemidos da orquestra
Por que despertar tu'alma,
Em sedas adormecida,
Esta excrescência da vida
Que ocultas com tanto esmero?
E o coração — tredo lodo,
Fezes d'ânfora doirada
Negra serpe, que enraivada,
Morde a cauda, morde o dorso
E sangra às vezes piedade,
E sangra às vezes remorso?...
 
Não venham esses que negam
A esmola ao leproso, ao pobre.
A luva branca do nobre
Oh! senhores, não mancheis...
Os pés lá pisam em lama,
Porém as frontes são puras
Mas vós nas faces impuras
Tendes lodo, e pus nos pés.
 
Castro Alves. Tragédia no lar. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando o poema apresentado, julgue o item a seguir, a respeito do Romantismo brasileiro.
 
O uso de vocativo e de pontuação expressiva constitui recurso textual que colabora para atribuir ao texto
tom característico da oratória, próprio da poesia condoreira.
 Certo
 Errado
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Questão 132: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leitor, se não tens desprezo
De vir descer às senzalas,
Trocar tapetes e salas
Por um alcouce cruel,
Vem comigo, mas... cuidado...
Que o teu vestido bordado
Não fique no chão manchado,
No chão do imundo bordel.
Não venhas tu que achas triste
Às vezes a própria festa.
Tu, grande, que nunca ouviste
Senão gemidos da orquestra
Por que despertar tu'alma,
Em sedas adormecida,
Esta excrescência da vida
Que ocultas com tanto esmero?
E o coração — tredo lodo,
Fezes d'ânfora doirada
Negra serpe, que enraivada,
Morde a cauda, morde o dorso
E sangra às vezes piedade,
E sangra às vezes remorso?...
 
Não venham esses que negam
A esmola ao leproso, ao pobre.
A luva branca do nobre
Oh! senhores, não mancheis...
Os pés lá pisam em lama,
Porém as frontes são puras
Mas vós nas faces impuras
Tendes lodo, e pus nos pés.
 
Castro Alves. Tragédia no lar. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando o poema apresentado, julgue o item a seguir, a respeito do Romantismo brasileiro.
 
Diferentemente da segunda geração romântica, marcada pelo sentimentalismo exacerbado, a poesia de
Castro Alves afirma-se como instrumento de luta e de reformas sociais.
 Certo
 Errado
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Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Leitor, se não tens desprezo
De vir descer às senzalas,
Trocar tapetes e salas
Por um alcouce cruel,
Vem comigo, mas... cuidado...
Que o teu vestido bordado
Não fique no chão manchado,
No chão do imundo bordel.
Não venhas tu que achas triste
Às vezes a própria festa.
Tu, grande, que nunca ouviste
Senão gemidos da orquestra
Por que despertar tu'alma,
Em sedas adormecida,
Esta excrescência da vida
Que ocultas com tanto esmero?
E o coração — tredo lodo,
Fezes d'ânfora doirada
Negra serpe, que enraivada,
Morde a cauda, morde o dorso
E sangra às vezes piedade,
E sangra às vezes remorso?...
 
Não venham esses que negam
A esmola ao leproso, ao pobre.
A luva branca do nobre
Oh! senhores, não mancheis...
Os pés lá pisam em lama,
Porém as frontes são puras
Mas vós nas faces impuras
Tendes lodo, e pus nos pés.
 
Castro Alves. Tragédia no lar. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
 
Considerando o poema apresentado, julgue o item a seguir, a respeito do Romantismo brasileiro.
 
O Romantismo no Brasil apresentou postura de combate a conjunturas adversas, como na luta em favor
do abolicionismo, representada tanto no poema de Castro Alves como no romance Inocência, de
Visconde de Taunay.
 Certo
 Errado
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Questão 134: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
— Sois cristão?
— Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê
tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
— Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval.
 
Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno
do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro.
 
Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item
subsecutivo.
 
O poema estabelece explícita intertextualidade com a obra I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias, poeta do
Romantismo brasileiro.
 Certo
 Errado
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Questão 135: CEBRASPE (CESPE) - PNS (Pref SL)/Pref SL/Língua Portuguesa/2017
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto 10A2CCC
Canção do Tamoio
(Natalícia)
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranquilo nos gestos,
Impávido, audaz.
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.
Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações).
 
A partir do texto 10A2CCC, é correto afirmar que, na poesia indianista, a configuração estética do
indígena reflete valores e costumes da sociedade brasileira do século XIX, pois, no poema,
 a) o índio é inserido em um ambiente predominantemente urbano, sem conexão efetiva com a
natureza local.
 b) os elementos da cultura indígena são substituídos pelos costumes burgueses adotados pela
sociedade brasileira da época.
 c) a cultura indígena é mesclada a valores universais para provocar a identificação do brasileiro com
um passado heroico ideal.
 d) o indígena é representado de forma realista, sendo sua morte trágica relacionada ao advento do
processo colonialista.
 e) a atitude guerreira dos indígenas do passado é contraposta ao moderno ideal de civilidade da vida
burguesa.
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Questão 136: CEBRASPE (CESPE) - PNS (Pref SL)/Pref SL/Língua Portuguesa/2017
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto 10A2CCC
Canção do Tamoio
(Natalícia)
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranquilo nos gestos,
Impávido, audaz.
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.
Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações).
 
A partir do texto 10A2CCC, é correto afirmar que a poesia indianista de Gonçalves Dias, para alcançar
seu pendor nacionalista, recorre predominantemente a elementos tradicionais
 a) da tragédia.
 b) da mitologia.
 c) da épica.
 d) da lírica.
 e) do drama.
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Questão 137: CEBRASPE (CESPE) - PNS (Pref SL)/Pref SL/Língua Portuguesa/2017
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto 10A2CCC
Canção do Tamoio
(Natalícia)
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranquilo nos gestos,
Impávido, audaz.
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.
Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações).
 
Na Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias, apresenta-se o perfil literário do indígena construído pela
poesia romântica com forte motivação nacionalista. Nessa fase da poesia romântica, o índio foi escolhido
como o símbolo ideal do nacionalismo porque
 a) o negro e o português, vindosde outros continentes, não mantinham com as terras brasileiras o
mesmo vínculo de identidade que os indígenas.
 b) a influência dos indígenas na formação da cultura nacional foi muito mais significativa que a
exercida pelo negro e pelo branco colonizador.
 c) o negro e o português estavam mais distantes da realidade social imediata que o indígena, bem
mais presente no cotidiano da vida nacional.
 d) os indígenas, ao contrário dos negros, se adaptaram com maior facilidade aos costumes impostos
pelo branco colonizador.
 e) os indígenas estiveram fortemente engajados na luta pela independência do Brasil, diferentemente
do negro e do branco colonizador.
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Questão 138: MS CONCURSOS - Ag SP (SAP SP)/SAP SP/2017
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Assinale a alternativa onde há apenas representantes do Romantismo Brasileiro.
 a) Tomás Antônio Gonzaga, Castro Alves, Álvares de Azevedo.
 b) Gonçalves Dias, José de Alencar, Castro Alves.
 c) Casimiro de Abreu, Bernardo Guimarães, Aluísio Azevedo.
 d) Castro Alves, Gonçalves Dias, Mário de Andrade.
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Questão 139: ITA - Vest (ITA)/ITA/2017
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Em Senhora, de José de Alencar, há uma cena em que Aurélia sai bruscamente do jardim, onde estava
com Seixas, vai para a sala e fecha as cortinas para apagar os reflexos da "claridade argentina da lua".
 
Assinale a opção que explica esse comportamento da personagem.
 a) Para Aurélia, assim como para Seixas, a natureza é pouco atrativa.
 b) A frieza de Aurélia para com Seixas quase foi quebrada no jardim.
 c) As atitudes fingidas do casal são as mesmas em qualquer lugar.
 d) Aurélia busca sempre humilhar o marido, ostentando o luxo da casa.
 e) Ela quer preparar a sala para jogar cartas com Seixas e vencê-lo no jogo.
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Questão 140: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2017
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Sobre o Romantismo no Brasil, marque a afirmação correta.
 a) A arte romântica pôs fim a uma tradição clássica de três séculos e dá início a uma nova etapa na
literatura, voltada aos assuntos contemporâneos – efervescência social e política, esperança e paixão,
luta e revolução – e ao cotidiano do homem burguês.
 b) O lema da bandeira brasileira “Ordem e Progresso” é nitidamente marcado pelos ideais
românticos: parte da suposição de que é necessário ordem social para que haja o progresso da
sociedade.
 c) O romantismo era um movimento antimaterialista e antirracionalista, que usava símbolos, imagens,
metáforas e sinestesias com a finalidade de exprimir o mundo interior, intuitivo e antilógico.
 d) O movimento inspirou-se em uma lendária região da Grécia Antiga, dominada pelo deus Pan e
habitada por pastores, que viviam de modo simples e espontâneo e se divertiam cantando, fazendo
disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.
 e) O estilo romântico registra o espírito contraditório de uma época que se divide entre as influências
do Renascimento – o materialismo, o paganismo e o sensualismo – e da onda de religiosidade trazida
sobretudo pela Contrarreforma.
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Questão 141: FCC - Prof B (SEDU ES)/SEDU ES/Língua Portuguesa/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Tomemos um exemplo simples: o do romance Senhora, de José de Alencar.
 
Ele possui certas dimensões sociais evidentes, cuja indicação faz parte de qualquer estudo, histórico ou
crítico: referências a lugares, modas, usos; manifestações de atitudes de grupo ou de classe; expressão
de um conceito de vida entre burguês e patriarcal. Apontá-las é tarefa de rotina e não basta para definir
o caráter sociológico de um estudo.
 
Mas acontece que, além disso, o próprio assunto repousa sobre condições sociais que é preciso
compreender e indicar, a fim de penetrar no significado. Trata-se da compra de um marido; e teremos
dado um passo adiante se refletirmos que essa compra tem um sentido social simbólico, pois é ao
mesmo tempo representação e desmascaramento de costumes vigentes na época, como o casamento
por dinheiro. Mas, ao vermos isto, ainda não estamos nas camadas mais fundas da análise, − o que só
ocorre quando este traço social constatado é visto funcionando para formar a estrutura do livro.
 
Se, pensando nisto, atentarmos para a composição de Senhora, veremos que repousa numa espécie de
longa e complicada transação, − com cenas de avanço e recuo, diálogos construídos como pressões e
concessões, um enredo latente de manobras secretas, − no correr da qual a posição dos cônjuges se vai
alterando.
 
Referindo esta verificação às anteriores, feitas em nível mais simples, constatamos que se o livro é
ordenado em torno desse longo duelo, é porque o duelo representa a transposição, no plano da estrutura
do livro, do mecanismo da compra e venda. Esta não é afirmada abstratamente pelo romancista, nem
apenas ilustrada com exemplos, mas sugerida na própria composição do todo e das partes, na maneira
por que organiza a matéria, a fim de lhe dar uma certa expressividade.
 
(Adaptado de: CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 9. ed.
revista pelo autor. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 16)
 
Antonio Candido propõe uma metodologia dialética para a interpretação do romance Senhora que pode
ser transposta como indicação para abordagem do texto literário na escola, da seguinte forma:
 a) Enumerar os fatores sociais e as condições políticas e econômicas da época em que o texto foi
escrito, e em seguida analisar a estrutura da obra, desvinculando as duas ordens.
 b) Levar em conta o elemento social, como fator da própria construção artística, estudado no nível
explicativo e não ilustrativo, para chegar a uma interpretação estética que assimilou a dimensão social
como fator de arte.
 c) Estabelecer uma relação entre a obra e o público, isto é, o seu destino, a sua aceitação, a ação
recíproca, mais ancorados nos fatos da época, e depois, abordar o problema histórico da aceitação
pública da obra através do tempo.
 d) Estudar a posição e a função social do escritor, procurando relacionar a sua posição com a
natureza da sua produção e ambas com a organização da sociedade, para investigar a função política da
obra e do seu autor.
 e) Deixar de relacionar sociedade e obra e de transportar o referido paralelismo à interpretação da
obra, priorizar a estrutura que constitui o ponto de referência para o estudo, com absoluta
predominância do aspecto sincrônico sobre o diacrônico.
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Questão 142: VUNESP - Tec Adm (PM SP)/PM SP/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Prólogo
Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que posso fazer alguma coisa
neste ramo de literatura.
Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o coração é que fala; quando
se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir, fala a memória ou a imaginação.
Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu; e o
sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.
Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um com a minha vida.
Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um
velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei.
Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor eterno, que antes
do dilúvio já se havia agarradoà arca de Noé, e pôde assim escapar ao cataclisma.
Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente, não as condene à primeira leitura,
antes de ver as outras que as explicam.
Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado nos longos serões das
nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco horas.
Adeus.
Minas, 12 de dezembro.
(José de Alencar, O guarani. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)
 
Considerando-se o contexto global de O guarani, quando o autor afirma – Previno-lhe que encontrará
cenas que não são comuns atualmente –, chama a atenção para o fato de a narrativa
 a) ser o relato de cenas que ocorreram quando Cabral chegou ao Brasil com sua esquadra, travando
um primeiro contato com os nativos.
 b) apresentar elementos que remetem a um passado mítico, que não encontra paralelo com o
registro histórico de fatos ocorridos no Brasil.
 c) ambientar-se no passado recente da história do Brasil, quando a descoberta das Minas Gerais
promoveu a povoação do interior do país.
 d) tratar de eventos situados no passado, no período colonial, quando índios e brancos viviam lado a
lado nas terras brasileiras.
 e) retratar o Brasil anterior à chegada dos portugueses, quando índios travaram entre si batalhas
violentas pela posse de terras.
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Questão 143: ITA - Vest (ITA)/ITA/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O livro Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, mostra como, no Brasil, os
agentes do poder costumam, por vezes, confundir as esferas do público e do privado. Como afirma o
narrador, no capítulo XLV: “Já naquele tempo (e dizem que é defeito nosso) o empenho, o compadresco,
eram uma mola de todo o movimento social”. No enredo, isso é ilustrado pelo comportamento de Vidigal,
que
 a) teve, na infância, uma educação familiar muito permissiva, que lhe afrouxou o caráter.
 b) sempre foi, desde menino, resistente aos valores éticos ensinados pela escola e pela Igreja.
 c) teve expostas suas desventuras amorosas, sendo, muitas vezes, objeto da chacota coletiva.
 d) optou, por interesse, pela carreira de meirinho, respeitada e promissora na época.
 e) revelou ter um caráter não tão rígido ao ceder aos apelos de sua amante.
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Questão 144: ITA - Vest (ITA)/ITA/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Na ficção romântica, em geral, o destino das personagens femininas é a felicidade pelo casamento ou a
morte trágica. Nesse aspecto, Til, de José de Alencar, traz um final inovador, resultante do
amadurecimento de Berta após conhecer a história de Besita, sua mãe. Podemos afirmar isso acerca do
romance em questão, pois Berta
 a) recusa-se a se casar com Miguel quando descobre ser filha incógnita de Luís Galvão.
 b) abre mão do casamento, ainda que com algum sofrimento, optando por cuidar de Zana e Brás.
 c) aceita ser reconhecida legalmente como filha por Luís Galvão, mostrando-se mais flexível que a
mãe.
 d) enfrenta o assédio de Jão Fera, que violentou Besita.
 e) assassina Ribeiro, como vingança pela morte da mãe.
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Questão 145: FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
“No plano da invenção ficcional e poética, o primeiro reflexo sensível é a descida de tom no modo de o
escritor relacionar-se com a matéria de sua obra. O liame que se estabelecia entre o autor romântico e o
mundo estava afetado por uma série de mitos idealizantes: a natureza-mãe, a natureza refúgio, o amor-
fatalidade, a mulher-diva, o herói-prometeu, sem falar na aura que cingia alguns ídolos como a “Nação”,
a “Pátria”, a “Tradição”, etc. O romântico não teme as desmasias do sentimento nem os riscos da ênfase
patriótica; nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua
forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a
mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideo-afetivo que vai cedendo a um processo de
crítica na literatura dita “realista”. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se
impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responda aos métodos
científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século.”
 
A perspectiva do prisma do olhar subjetivo, atrelada a um plano de personalismo, com o “eu” penetrando
no universo de elementos reais, tais como objetos e pessoas, está, de acordo com o crítico, vinculada à
primazia da visão de qual escola literária?
 a) Romantismo
 b) Naturalismo
 c) Realismo
 d) Parnasianismo
 e) Barroco
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Questão 146: FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
“No plano da invenção ficcional e poética, o primeiro reflexo sensível é a descida de tom no modo de o
escritor relacionar-se com a matéria de sua obra. O liame que se estabelecia entre o autor romântico e o
mundo estava afetado por uma série de mitos idealizantes: a natureza-mãe, a natureza refúgio, o amor-
fatalidade, a mulher-diva, o herói-prometeu, sem falar na aura que cingia alguns ídolos como a “Nação”,
a “Pátria”, a “Tradição”, etc. O romântico não teme as desmasias do sentimento nem os riscos da ênfase
patriótica; nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua
forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a
mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideo-afetivo que vai cedendo a um processo de
crítica na literatura dita “realista”. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se
impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responda aos métodos
científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século.”
 
Aponte, se houver, traços característicos do sentimento romântico, na abordagem literária, que são
sugeridos pelo texto:
 a) objetividade
 b) impessoalidade
 c) mitificação de objetos e pessoas
 d) retrato verossímil da realidade
 e) Não há tais elementos
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Questão 147: FACET - Prof (Pref Sobrado)/Pref Sobrado/Português/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
“No plano da invenção ficcional e poética, o primeiro reflexo sensível é a descida de tom no modo de o
escritor relacionar-se com a matéria de sua obra. O liame que se estabelecia entre o autor romântico e o
mundo estava afetado por uma série de mitos idealizantes: a natureza-mãe, a natureza refúgio, o amor-
fatalidade, a mulher-diva, o herói-prometeu, sem falar na aura que cingia alguns ídolos como a “Nação”,
a “Pátria”, a “Tradição”, etc. O romântico não teme as desmasias do sentimento nem os riscos da ênfase
patriótica; nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua
forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a
mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideo-afetivo que vai cedendo a um processo de
crítica na literatura dita “realista”. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se
impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responda aos métodos
científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século.”
 
De acordo com o texto, assinale um elemento que ESTÁ EM DESACORDO com a formulação estética
romântica:a) idealização de objetos
 b) idealização de pessoas
 c) sublimação da mulher
 d) métodos científicos
 e) mitificação de heróis
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Questão 148: FACET - Prof (Pref Marcação)/Pref Marcação/Língua Portuguesa/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
As sentenças abaixo se dispõem a aludir a características do Romantismo, todavia uma delas está
INCORRETA. Identifique-a:
 a) O subjetivismo se sobrepõe ao objetivismo.
 b) A idealização da figura da mulher e da natureza é um dos substratos dessa estética.
 c) O símbolo assume a função medular de vincular as partes do Todo Universal que, por sua vez,
confere a cada uma o seu verdadeiro sentido.
 d) A evasão e o confinamento de um eu mórbido assinalam uma existência pungente e idealista.
 e) O amor platônico de musas intangíveis agudiza o sofrimento do eu-lírico.
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Questão 149: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Do amor à pátria
 
São doces os caminhos que levam de volta à pátria. Não à pátria amada de verdes mares bravios, a
mirar em berço esplêndido o esplendor do Cruzeiro do Sul; mas a uma outra mais íntima, pacífica e
habitual - uma cuja terra se comeu em criança, uma onde se foi menino ansioso por crescer, uma onde
se cresceu em sofrimentos e esperanças plantando canções, amores e filhos ao sabor das estações.
 
MORAES, V. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987.
 
O nacionalismo constitui tema recorrente na literatura romântica e na modernista. No trecho, a
representação da pátria ganha contornos peculiares porque
 a) o amor àquilo que a pátria oferece é grandioso e eloquente.
 b) os elementos valorizados são intimistas e de dimensão subjetiva.
 c) o olhar sobre a pátria é ingênuo e comprometido pela inércia.
 d) o patriotismo literário tradicional é subvertido e motivo de ironia.
 e) a natureza é determinante na percepção do valor da pátria.
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Questão 150: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Estas palavras ecoavam docemente pelos atentos ouvidos de Guaraciaba, e lhe ressoavam n’alma como
um hino celestial. Ela sentia-se ao mesmo tempo enternecida e ufana por ouvir aquele altivo e indómito
guerreiro pronunciar a seus pés palavras do mais submisso e mavioso amor, e respondeu-lhe cheia de
emoção: — Itajiba, tuas falas são mais doces para minha alma que os favos da jataí, ou o suco delicioso
do abacaxi. Elas fazem-me palpitar o coração como a flor que estremece ao bafejo perfumado das brisas
da manhã. Tu me amas, bem o sei, e o amor que te consagro também não é para ti nenhum segredo,
embora meus lábios não o tenham revelado. A flor, mesmo nas trevas, se trai pelo seu perfume; a fonte
do deserto, escondida entre os rochedos, se revela por seu murmúrio ao caminhante sequioso. Desde os
primeiros momentos tu viste meu coração abrir-se para ti, como a flor do manacá aos primeiros raios do
sol.
 
GUIMARÃES, B. O ermitão de Muquém. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 out. 2015.
 
O texto de Bernardo Guimarães é representativo da estética romântica. Entre as marcas textuais que
evidenciam a filiação a esse movimento literário está em destaque a
 a) referência a elementos da natureza local.
 b) exaltação de Itajiba como nobre guerreiro.
 c) cumplicidade entre o narrador e a paisagem.
 d) representação idealizada do cenário descrito.
 e) expressão da desilusão amorosa de Guaraciaba.
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Questão 151: FUVEST - Vest (USP)/USP/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
TEXTO PARA A QUESTÃO
Nasceu o dia e expirou.
Já brilha na cabana de Araquém o fogo, companheiro da noite. Correm lentas e silenciosas no azul do
céu, as estrelas, filhas da lua, que esperam a volta da mãe ausente. Martim se embala docemente; e
como a alva rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a outro pensamento. Lá o espera a virgem
loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos ardentes amores.
Iracema recosta se langue ao punho da rede; seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de sabiá,
buscam o estrangeiro, e lhe entram n’alma. O cristão sorri; a virgem palpita; como o saí, fascinado pela
serpente, vai declinando o lascivo talhe, que se debruça enfim sobre o peito do guerreiro.
José de Alencar, Iracema.
No texto, corresponde a uma das convenções com que o Indianismo construía suas representações do
indígena
 a) o emprego de sugestões de cunho mitológico compatíveis com o contexto.
 b) a caracterização da mulher como um ser dócil e desprovido de vontade própria.
 c) a ênfase na efemeridade da vida humana sob os trópicos.
 d) o uso de vocabulário primitivo e singelo, de extração oral popular.
 e) a supressão de interdições morais relativas às práticas eróticas.
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Questão 152: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Rodolpho Amoêdo. Marabá, 1882, óleo sobre tela, 151,5 cm × 200,5 cm, Museu Nacional de Belas
Artes, Rio de Janeiro.
 
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
— “Tu és”, me responde,
“Tu és Marabá!”
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
“Teus olhos são garços”,
Responde anojado, “mas és Marabá:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Uns olhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”
(...)
— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
— O oiro mais puro não tem seu fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram
— De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem:
“Teus longos cabelos,
“São loiros, são belos,
“Mas são anelados; tu és Marabá:
“Quero antes cabelos bem lisos, corridos,
“Cabelos compridos,
“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá,”
(...)
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d’acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazoia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
Gonçalves Dias. Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
Tendo por referência o fragmento acima, do poema Marabá, de Gonçalves Dias, julgue os itens de 28 a
33.
 
Na primeira fase do Romantismo brasileiro, a figura do índio é apropriada como índice de nativismo e
símbolo da afirmação nacional após a independência política, em 1822.
 Certo
 Errado
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Questão 153: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Rodolpho Amoêdo. Marabá, 1882, óleo sobre tela, 151,5 cm × 200,5 cm, Museu Nacional de Belas
Artes, Rio de Janeiro.
 
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
— “Tu és”, me responde,
“Tu és Marabá!”
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
“Teus olhos são garços”,
Responde anojado, “mas és Marabá:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Unsolhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”
(...)
— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
— O oiro mais puro não tem seu fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram
— De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem:
“Teus longos cabelos,
“São loiros, são belos,
“Mas são anelados; tu és Marabá:
“Quero antes cabelos bem lisos, corridos,
“Cabelos compridos,
“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá,”
(...)
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d’acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazoia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
 
Gonçalves Dias. Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
Tendo por referência o fragmento acima, do poema Marabá, de Gonçalves Dias, julgue os itens de 28 a
33.
 
O indianismo da obra poética de Gonçalves Dias e o da produção romanesca de José de Alencar têm em
comum a pesquisa linguística e etnográfica dos povos nativos, de que resulta uma representação literária
isenta de idealizações.
 Certo
 Errado
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Questão 154: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Rodolpho Amoêdo. Marabá, 1882, óleo sobre tela, 151,5 cm × 200,5 cm, Museu Nacional de Belas
Artes, Rio de Janeiro.
 
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
— “Tu és”, me responde,
“Tu és Marabá!”
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
“Teus olhos são garços”,
Responde anojado, “mas és Marabá:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Uns olhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”
(...)
— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
— O oiro mais puro não tem seu fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram
— De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem:
“Teus longos cabelos,
“São loiros, são belos,
“Mas são anelados; tu és Marabá:
“Quero antes cabelos bem lisos, corridos,
“Cabelos compridos,
“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá,”
(...)
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d’acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazoia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
 
Gonçalves Dias. Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
Tendo por referência o fragmento acima, do poema Marabá, de Gonçalves Dias, julgue os itens de 28 a
33.
 
No século XIX, logo após a independência política, as elites brasileiras pretendiam consagrar, no
imaginário coletivo, heróis e narrativas fundadoras capazes de promover a unidade do país, projeto do
qual o indianismo fez parte.
 Certo
 Errado
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Questão 155: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Rodolpho Amoêdo. Marabá, 1882, óleo sobre tela, 151,5 cm × 200,5 cm, Museu Nacional de Belas
Artes, Rio de Janeiro.
 
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
— “Tu és”, me responde,
“Tu és Marabá!”
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
“Teus olhos são garços”,
Responde anojado, “mas és Marabá:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Uns olhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”
(...)
— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
— O oiro mais puro não tem seu fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram
— De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem:
“Teus longos cabelos,
“São loiros, são belos,
“Mas são anelados; tu és Marabá:
“Quero antes cabelos bem lisos, corridos,
“Cabelos compridos,
“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá,”
(...)
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d’acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazoia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
 
Gonçalves Dias. Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
Tendo por referência o fragmento acima, do poema Marabá, de Gonçalves Dias, julgue os itens de 28 a
33.
 
No Brasil do século XIX, especialmente no período regencial e no Segundo Reinado, a preocupação em
se construir uma identidade nacional teve como símbolo expressivo, entre outros, a criação de
instituições, como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Colégio Pedro II.
 Certo
 Errado
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Questão 156: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Rodolpho Amoêdo. Marabá, 1882, óleo sobre tela, 151,5 cm × 200,5 cm, Museu Nacional de Belas
Artes, Rio de Janeiro.
 
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
— “Tu és”, me responde,
“Tu és Marabá!”
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
“Teus olhos são garços”,
Responde anojado, “mas és Marabá:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Uns olhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”
(...)
— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
— O oiro mais puro não tem seu fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram
— De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem:
“Teus longos cabelos,
“São loiros, são belos,
“Mas são anelados; tu és Marabá:
“Quero antes cabelos bem lisos, corridos,
“Cabelos compridos,
“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá,”
(...)
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d’acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazoia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
 
Gonçalves Dias. Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
Tendo por referência o fragmento acima, do poema Marabá, de Gonçalves Dias, julgue os itens de 28 a
33.
 
Marabá é um típico poema indianista que conjuga elementos descritivos das culturas autóctones a um
encaminhamento épico, sem a preponderância da lírica amorosa encontrada em outras composições de
Dias.
 Certo
 Errado
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Questão 157: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2015
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante
meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela
dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos
com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora,
pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.
Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que
sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para
condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda
certa emancipação feminina. Guardandocom a viúva as deferências devidas á idade, a moça não
declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse.
Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter
da pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta.
 
ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006.
 
O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No fragmento transcrito, a presença de
D. Firmina Mascarenhas como "parenta" de Aurélia Camargo assimila práticas e convenções sociais
inseridas no contexto do Romantismo, pois
 a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição feminina na sociedade
brasileira da época.
 b) o trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos sociais no enredo de seu romance.
 c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na imaginação do narrador
romântico.
 d) o narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher, financeiramente
independente.
 e) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a sociedade daquele período
histórico.
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Questão 158: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2015
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O movimento literário que caracterizou-se pelo pioneirismo na busca pela nacionalização da literatura por
meio da valorização da paisagem e da cultura da nossa terra, opondo-se ao neoclassicismo foi o:
 a) Clacissismo.
 b) Arcadismo.
 c) Romantismo.
 d) Parnasianismo.
 e) Simbolismo.
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Questão 159: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2014
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa tendência influenciou o escritor cearense José de
Alencar, que, inspirado pelo estilo da epopeia homérica na Ilíada, propõe em Iracema uma espécie de
mito fundador do povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a constituição do povo helênico à Guerra
de Troia, deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a formação do povo
brasileiro aos conflitos entre índios e colonizadores, atravessados pelo amor proibido entre uma índia —
Iracema — e o colonizador português Martim Soares Moreno.
 
DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998 (adaptado).
 
A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema demonstra que essas obras
 a) combinam folclore e cultura erudita em seus estilos estéticos.
 b) articulam resistência e opressão em seus gêneros literários.
 c) associam história e mito em suas construções identitárias.
 d) refletem pacifismo e belicismo em suas escolhas ideológicas.
 e) traduzem revolta e conformismo em seus padrões alegóricos.
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Questão 160: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2014
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Soneto
 
Oh! Páginas da vida que eu amava,
Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...
Ardei, lembranças doces do passado!
Quero rir-me de tudo que eu amava!
 
E que doido que eu fui! como eu pensava
Em mãe, amor de irmã! em sossegado
Adormecer na vida acalentado
Pelos lábios que eu tímido beijava!
 
Embora — é meu destino. Em treva densa
Dentro do peito a existência finda
Pressinto a morte na fatal doença!
 
A mim a solidão da noite infinda!
Possa dormir o trovador sem crença.
Perdoa minha mãe — eu te amo ainda!
 
AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos.
São Paulo: Martins Fontes, 1996.
 
A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década de 1850, período conhecido na literatura brasileira
como Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da exacerbação romântica identifica-se com
o(a)
 a) amor materno, que surge como possibilidade de salvação para o eu lírico.
 b) saudosismo da infância, indicado pela menção às figuras da mãe e da irmã.
 c) construção de versos irônicos e sarcásticos, apenas com aparência melancólica.
 d) presença do tédio sentido pelo eu lírico, indicado pelo seu desejo de dormir.
 e) fixação do eu lírico pela ideia da morte, o que o leva a sentir um tormento constante.
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Questão 161: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2013
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
— Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, porque o
velho militar não tirava os olhos de vós; ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria
esperar um instante no jardim...
 
MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br.
Acesso em: 17 abr. 2010 (fragmento).
 
O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Nessa parte do romance,
há um diálogo entre dois personagens. A fala transcrita revela um falante que utiliza uma linguagem
 a) informal, com estruturas e léxico coloquiais.
 b) regional, com termos característicos de uma região.
 c) técnica, com termos de áreas específicas.
 d) culta, com domínio da norma padrão.
 e) lírica, com expressões e termos empregados em sentido figurado.
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Questão 162: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2013
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O poeta da Segunda Geração Romântica que soube utilizar, de forma sensível e surpreendente, os temas
e as formas estereotipados do Ultrarromantismo, bem como poetizar figuras e imagens retiradas do
cotidiano mais banal foi
 a) Gonçalves Dias
 b) José de Alencar
 c) Álvares de Azevedo
 d) Machado de Assis
 e) Castro Alves
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Questão 163: DECEx - CFGS (ESA)/ESA/Geral/2011
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
A obra literária que marca o final do Romantismo e o início do Realismo no Brasil é
 a) “Suspiros Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães.
 b) “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo.
 c) “O Guarani”, de José de Alencar.
 d) “O Ateneu”, de Raul Pompéia.
 e) “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis.
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Questão 164: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2010
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Soneto
 
Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
 
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!... já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
 
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
 
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
 
AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
 
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo
que o projeta para além desse momento específico. O funda - mento desse lirismo é
 a) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
 b) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
 c) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade.
 d) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
 e) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.
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Questão 165: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2010
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
Texto I
 
Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
Meu Deus, eu sinto e bem vês que eu morro
Respirando esse ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!
 
Dá-me os sítios gentis onde eu brincava
Lá na quadra infantil;
 
Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu de meu Brasil!
Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! Não seja já!
Eu quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
 
ABREU, C. Poetas românticos brasileiros. São Paulo: Scipione, 1993.
 
Texto II
 
A ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX,
introduziu-se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o “eu”, a anarquia, o liberalismo, o
sentimentalismo, o nacionalismo, através da poesia, do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia
sua aparição nessa época).
 
MOISÉS, M. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento).
 
De acordo com as considerações de Massaud Moisés no Texto II, o Texto I centra-se
 a) no imperativo do “eu”, reforçando a ideia de que estar longe do Brasil é uma forma de estar bem,
já que o país sufoca o eu lírico.
 b) no nacionalismo, reforçado pela distância da pátria e pelo saudosismo em relação à paisagem
agradável onde o eu lírico vivera a infância.
 c) na liberdade formal, que se manifesta na opção por versos sem métrica rigorosa e temática voltada
para o nacionalismo.
 d) no fazer anárquico, entendida a poesia como negação do passado e da vida, seja pelas opções
formais, seja pelos temas.
 e) no sentimentalismo, por meio do qual se reforça a alegria presente em oposição à infância,
marcada pela tristeza.
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Questão 166: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2009
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas
independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele muito
diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos etc. Por isso, deu
aos romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor
gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bastante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas
setoriais diversas, refletindo as características locais.
 
CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e
outros ensaios. São Paulo: Ática, 2003.
 
Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de
determinadas regiões nacionais, sabe-se que
 a) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urbana, colocando em
relevo a formação do homem por meio da mescla de características locais e dos aspectos culturais
trazidos de fora pela imigração europeia.
 b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da urbanização
das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças.
 c) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário, pelo
temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume frequentemente o
ponto de vista dos menos favorecidos.
 d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo a
formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o
nosso povo.
 e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das
décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em confronto com
a modernização do país promovida pelo Estado Novo.
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Questão 167: CEBRASPE (CESPE) - CL (SEN)/SEN/Assessoramento
Legislativo/Pronunciamentos/2002
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
A literatura brasileira do período colonial - se é que assim podia-se chamar - era uma extensão da
portuguesa e recebia, via Portugal, a influência francesa, inglesa, espanhola e italiana. A situação de país
colonizado explica que a questão da afirmação nacional seja central à fase de formação da literatura
brasileira, que começa com o Arcadismo e se completa com o Romantismo. Ao longo do tempo, houve
diferentes respostas dadas pelos escritores às questões que eles próprios se colocavam quanto à busca
ou à afirmação de uma identidade nacional. Os românticos inicialmente frisaram a originalidade do Brasil,
realçando a cor local em suas produções literárias. O Realismo corresponde a uma busca de objetividade
ou de neutralidade do ponto de vista. A obra do carioca Machado de Assis é um marco na literatura
brasileira e guarda atualidade até nossos dias. A partir da década de oitenta do século XIX, ele assume o
papel central numa tradição brasileira de literatura urbana, geralmente realista e pouco orientada para o
pitoresco. O Modernismo, cujo marco é a Semana de Arte Moderna de 1922, operará uma grande síntese
na cultura brasileira. O Realismo, o Barroco e o Romantismo nele estão de alguma forma presentes. Vive-
se no Brasil um momento de crises, de efervescência política, de imigrações, de transformações
econômicas. Existe o contágio das vanguardas estéticas européias.
 
 
João Almino. "De Machado a Clarice: a força da literatura". In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem Incompleta
- a experiência brasileira (1500-2000): a grande transação. São Paulo: Editora SENAC, 2000, p. 45-6, 50,
52, 57-8 (com adaptações).
Com o auxílio do texto, julgue o item subseqüente, que compõem breve panorama da literatura
brasileira.
Obsessivamente presos ao desejo de inventar um passado glorioso para o país, como elemento de apoio
à afirmação da identidade nacional, os poetas românticos foram incapazes de cantar o amor, de produzir
uma obra identificada com as causas sociais ou, ainda, com o pessimismo que, nos anos oitocentos,
caminhava ao lado do mal do século.
 
 
 Certo
 Errado
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Questão 168: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2001
Assunto: Romantismo (G. Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, J. de Alencar, etc)
O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves:
 
Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
–– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
 
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
 
ALVES, Castro. Os melhores poemas de Castro Alves. Seleção de Lêdo Ivo. São Paulo: Global, 1983.
 
Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte
prematura, ainda na juventude.
 
A imagem da morte aparece na palavra
 a) embalsama.
 b) infinito.
 c) amplidão.
 d) dormir.
 e) sono.
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Questão 169: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Texto
 
Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os
olhos, para trazê-lo mais aperreado. Mas nós também éramos finos; metemos o nariz no livro, e
continuamos a ler. Afinal cansou e tomou as folhas dodia, três ou quatro, que ele lia devagar,
mastigando as ideias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da Regência, e que era
grande a agitação pública. Policarpo tinha decerto algum partido, mas nunca pude averiguar esse ponto.
O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória. E essa lá estava, pendurada do portal da janela, à
direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era só levantar a mão, despendurá-la e brandi-la, com a força
do costume, que não era pouca. E daí, pode ser que alguma vez as paixões políticas dominassem nele a
ponto de poupar-nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao menos, pareceu-me que lia as folhas com
muito interesse; levantava os olhos de quando em quando, ou tomava uma pitada, mas tornava logo
aos jornais, e lia a valer.
No fim de algum tempo — dez ou doze minutos — Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou
para mim.
— Sabe o que tenho aqui?
— Não.
— Uma pratinha que mamãe me deu.
— Hoje?
— Não, no outro dia, quando fiz anos...
— Pratinha de verdade?
— De verdade.
(...) Você quer esta?
Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre.
Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me
um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de
sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com medo do pai. E concluía a proposta
esfregando a pratinha nos joelhos... Tive uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude
uma ideia antes própria de homem; não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra
mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na
troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a
olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada. Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do
pai. Se me tem pedido a coisa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes, mas
parece que era lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não
aprender como queria, — e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, — parece
que tal foi a causa da proposta. O pobre-diabo contava com o favor, — mas queria assegurar-lhe a
eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera e que ele guardava como relíquia ou brinquedo;
pegou dela e veio esfregá-la nos joelhos, à minha vista, como uma tentação... Realmente, era bonita,
fina, branca, muito branca; e para mim, que só trazia cobre no bolso, quando trazia alguma coisa, um
cobre feio, grosso, azinhavrado…
 
(...)
De repente, olhei para o Curvelo e estremeci; tinha os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau.
Disfarcei; mas daí a pouco, voltando-me outra vez para ele, achei-o do mesmo modo, com o mesmo ar,
acrescendo que entrava a remexer-se no banco, impaciente. Sorri para ele e ele não sorriu; ao contrário,
franziu a testa, o que lhe deu um aspecto ameaçador. O coração bateu-me muito.
— Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo.
— Diga-me isto só, murmurou ele.
Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moeda, cá no bolso, lembrava-me o contrato feito.
Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ainda
mais inquieto, e o riso, dantes mau, estava agora pior. Não é preciso dizer que também eu ficara em
brasas, ansioso que a aula acabasse; mas nem o relógio andava como das outras vezes, nem o mestre
fazia caso da escola; este lia os jornais, artigo por artigo, pontuando-os com exclamações, com gestos
de ombros, com uma ou duas pancadinhas na mesa. E lá fora, no céu azul, por cima do morro, o
mesmo eterno papagaio, guinando a um lado e outro, como se me chamasse a ir ter com ele. Imaginei-
me ali, com os livros e a pedra embaixo da mangueira, e a pratinha no bolso das calças, que eu não
daria a ninguém, nem que me serrassem; guardá-la-ia em casa, dizendo a mamãe que a tinha achado
na rua. Para que me não fugisse, ia-a apalpando, roçando-lhe os dedos pelo cunho, quase lendo pelo
tato a inscrição, com uma grande vontade de espiá-la.
— Oh! seu Pilar! bradou o mestre com voz de trovão.
Machado de Assis. Conto de escola. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. II, 1994.
 
Considerando as características da prosa de Machado de Assis e a forma narrativa do trecho do Conto
de Escola, apresentado anteriormente, julgue o item.
 
A narrativa em primeira pessoa é usada no Conto de Escola e também nas primeiras obras de Machado
de Assis, mas deixa de ser usada em seus romances mais consagrados, como é o caso de Memórias
Póstumas de Brás Cubas.
 Certo
 Errado
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Questão 170: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Texto
 
Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os
olhos, para trazê-lo mais aperreado. Mas nós também éramos finos; metemos o nariz no livro, e
continuamos a ler. Afinal cansou e tomou as folhas do dia, três ou quatro, que ele lia devagar,
mastigando as ideias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da Regência, e que era
grande a agitação pública. Policarpo tinha decerto algum partido, mas nunca pude averiguar esse ponto.
O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória. E essa lá estava, pendurada do portal da janela, à
direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era só levantar a mão, despendurá-la e brandi-la, com a força
do costume, que não era pouca. E daí, pode ser que alguma vez as paixões políticas dominassem nele a
ponto de poupar-nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao menos, pareceu-me que lia as folhas com
muito interesse; levantava os olhos de quando em quando, ou tomava uma pitada, mas tornava logo
aos jornais, e lia a valer.
No fim de algum tempo — dez ou doze minutos — Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou
para mim.
— Sabe o que tenho aqui?
— Não.
— Uma pratinha que mamãe me deu.
— Hoje?
— Não, no outro dia, quando fiz anos...
— Pratinha de verdade?
— De verdade.
(...) Você quer esta?
Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre.
Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me
um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de
sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com medo do pai. E concluía a proposta
esfregando a pratinha nos joelhos... Tive uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude
uma ideia antes própria de homem; não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra
mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na
troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a
olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada. Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do
pai. Se me tem pedido a coisa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes, mas
parece que era lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não
aprender como queria, — e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, — parece
que tal foi a causa da proposta. O pobre-diabo contava com o favor, — mas queria assegurar-lhe a
eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera e que ele guardava como relíquia ou brinquedo;
pegou dela e veio esfregá-la nos joelhos, à minha vista, como uma tentação... Realmente, era bonita,
fina, branca, muito branca; e para mim, que só trazia cobre no bolso, quandotrazia alguma coisa, um
cobre feio, grosso, azinhavrado…
 
(...)
De repente, olhei para o Curvelo e estremeci; tinha os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau.
Disfarcei; mas daí a pouco, voltando-me outra vez para ele, achei-o do mesmo modo, com o mesmo ar,
acrescendo que entrava a remexer-se no banco, impaciente. Sorri para ele e ele não sorriu; ao contrário,
franziu a testa, o que lhe deu um aspecto ameaçador. O coração bateu-me muito.
— Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo.
— Diga-me isto só, murmurou ele.
Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moeda, cá no bolso, lembrava-me o contrato feito.
Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ainda
mais inquieto, e o riso, dantes mau, estava agora pior. Não é preciso dizer que também eu ficara em
brasas, ansioso que a aula acabasse; mas nem o relógio andava como das outras vezes, nem o mestre
fazia caso da escola; este lia os jornais, artigo por artigo, pontuando-os com exclamações, com gestos
de ombros, com uma ou duas pancadinhas na mesa. E lá fora, no céu azul, por cima do morro, o
mesmo eterno papagaio, guinando a um lado e outro, como se me chamasse a ir ter com ele. Imaginei-
me ali, com os livros e a pedra embaixo da mangueira, e a pratinha no bolso das calças, que eu não
daria a ninguém, nem que me serrassem; guardá-la-ia em casa, dizendo a mamãe que a tinha achado
na rua. Para que me não fugisse, ia-a apalpando, roçando-lhe os dedos pelo cunho, quase lendo pelo
tato a inscrição, com uma grande vontade de espiá-la.
— Oh! seu Pilar! bradou o mestre com voz de trovão.
Machado de Assis. Conto de escola. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. II, 1994.
 
Considerando as características da prosa de Machado de Assis e a forma narrativa do trecho do Conto
de Escola, apresentado anteriormente, julgue o item.
 
Considerado escritor fundamental para a formação da literatura brasileira, Machado de Assis é um dos
pioneiros da crítica modernista ao culto parnasiano da língua e da literatura brasileiras.
 Certo
 Errado
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Questão 171: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Texto
 
Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os
olhos, para trazê-lo mais aperreado. Mas nós também éramos finos; metemos o nariz no livro, e
continuamos a ler. Afinal cansou e tomou as folhas do dia, três ou quatro, que ele lia devagar,
mastigando as ideias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da Regência, e que era
grande a agitação pública. Policarpo tinha decerto algum partido, mas nunca pude averiguar esse ponto.
O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória. E essa lá estava, pendurada do portal da janela, à
direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era só levantar a mão, despendurá-la e brandi-la, com a força
do costume, que não era pouca. E daí, pode ser que alguma vez as paixões políticas dominassem nele a
ponto de poupar-nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao menos, pareceu-me que lia as folhas com
muito interesse; levantava os olhos de quando em quando, ou tomava uma pitada, mas tornava logo
aos jornais, e lia a valer.
No fim de algum tempo — dez ou doze minutos — Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou
para mim.
— Sabe o que tenho aqui?
— Não.
— Uma pratinha que mamãe me deu.
— Hoje?
— Não, no outro dia, quando fiz anos...
— Pratinha de verdade?
— De verdade.
(...) Você quer esta?
Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre.
Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me
um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de
sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com medo do pai. E concluía a proposta
esfregando a pratinha nos joelhos... Tive uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude
uma ideia antes própria de homem; não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra
mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na
troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a
olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada. Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do
pai. Se me tem pedido a coisa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes, mas
parece que era lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não
aprender como queria, — e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, — parece
que tal foi a causa da proposta. O pobre-diabo contava com o favor, — mas queria assegurar-lhe a
eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera e que ele guardava como relíquia ou brinquedo;
pegou dela e veio esfregá-la nos joelhos, à minha vista, como uma tentação... Realmente, era bonita,
fina, branca, muito branca; e para mim, que só trazia cobre no bolso, quando trazia alguma coisa, um
cobre feio, grosso, azinhavrado…
 
(...)
De repente, olhei para o Curvelo e estremeci; tinha os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau.
Disfarcei; mas daí a pouco, voltando-me outra vez para ele, achei-o do mesmo modo, com o mesmo ar,
acrescendo que entrava a remexer-se no banco, impaciente. Sorri para ele e ele não sorriu; ao contrário,
franziu a testa, o que lhe deu um aspecto ameaçador. O coração bateu-me muito.
— Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo.
— Diga-me isto só, murmurou ele.
Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moeda, cá no bolso, lembrava-me o contrato feito.
Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ainda
mais inquieto, e o riso, dantes mau, estava agora pior. Não é preciso dizer que também eu ficara em
brasas, ansioso que a aula acabasse; mas nem o relógio andava como das outras vezes, nem o mestre
fazia caso da escola; este lia os jornais, artigo por artigo, pontuando-os com exclamações, com gestos
de ombros, com uma ou duas pancadinhas na mesa. E lá fora, no céu azul, por cima do morro, o
mesmo eterno papagaio, guinando a um lado e outro, como se me chamasse a ir ter com ele. Imaginei-
me ali, com os livros e a pedra embaixo da mangueira, e a pratinha no bolso das calças, que eu não
daria a ninguém, nem que me serrassem; guardá-la-ia em casa, dizendo a mamãe que a tinha achado
na rua. Para que me não fugisse, ia-a apalpando, roçando-lhe os dedos pelo cunho, quase lendo pelo
tato a inscrição, com uma grande vontade de espiá-la.
— Oh! seu Pilar! bradou o mestre com voz de trovão.
Machado de Assis. Conto de escola. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. II, 1994.
 
Considerando as características da prosa de Machado de Assis e a forma narrativa do trecho do Conto
de Escola, apresentado anteriormente, julgue o item.
 
O Conto de Escola condensa o cotidiano da relação entre mestre e alunos, reunindo as condições já
cabíveis no espaço da escola naquele momento único de conflito humano e transformações da
personagem, como fica claro pela significação de encantamento ainda ingênuo da pratinha para o
narrador, vinculada à sua iniciação ao mundo adulto das trocas e dos valores.
 Certo
 Errado
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Questão 172: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Texto
 
Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os
olhos, para trazê-lo mais aperreado. Mas nós também éramos finos; metemos o nariz no livro, e
continuamos a ler.Afinal cansou e tomou as folhas do dia, três ou quatro, que ele lia devagar,
mastigando as ideias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da Regência, e que era
grande a agitação pública. Policarpo tinha decerto algum partido, mas nunca pude averiguar esse ponto.
O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória. E essa lá estava, pendurada do portal da janela, à
direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era só levantar a mão, despendurá-la e brandi-la, com a força
do costume, que não era pouca. E daí, pode ser que alguma vez as paixões políticas dominassem nele a
ponto de poupar-nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao menos, pareceu-me que lia as folhas com
muito interesse; levantava os olhos de quando em quando, ou tomava uma pitada, mas tornava logo
aos jornais, e lia a valer.
No fim de algum tempo — dez ou doze minutos — Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou
para mim.
— Sabe o que tenho aqui?
— Não.
— Uma pratinha que mamãe me deu.
— Hoje?
— Não, no outro dia, quando fiz anos...
— Pratinha de verdade?
— De verdade.
(...) Você quer esta?
Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre.
Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me
um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de
sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com medo do pai. E concluía a proposta
esfregando a pratinha nos joelhos... Tive uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude
uma ideia antes própria de homem; não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra
mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na
troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a
olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada. Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o
Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do
pai. Se me tem pedido a coisa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes, mas
parece que era lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não
aprender como queria, — e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, — parece
que tal foi a causa da proposta. O pobre-diabo contava com o favor, — mas queria assegurar-lhe a
eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera e que ele guardava como relíquia ou brinquedo;
pegou dela e veio esfregá-la nos joelhos, à minha vista, como uma tentação... Realmente, era bonita,
fina, branca, muito branca; e para mim, que só trazia cobre no bolso, quando trazia alguma coisa, um
cobre feio, grosso, azinhavrado…
 
(...)
De repente, olhei para o Curvelo e estremeci; tinha os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau.
Disfarcei; mas daí a pouco, voltando-me outra vez para ele, achei-o do mesmo modo, com o mesmo ar,
acrescendo que entrava a remexer-se no banco, impaciente. Sorri para ele e ele não sorriu; ao contrário,
franziu a testa, o que lhe deu um aspecto ameaçador. O coração bateu-me muito.
— Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo.
— Diga-me isto só, murmurou ele.
Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moeda, cá no bolso, lembrava-me o contrato feito.
Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ainda
mais inquieto, e o riso, dantes mau, estava agora pior. Não é preciso dizer que também eu ficara em
brasas, ansioso que a aula acabasse; mas nem o relógio andava como das outras vezes, nem o mestre
fazia caso da escola; este lia os jornais, artigo por artigo, pontuando-os com exclamações, com gestos
de ombros, com uma ou duas pancadinhas na mesa. E lá fora, no céu azul, por cima do morro, o
mesmo eterno papagaio, guinando a um lado e outro, como se me chamasse a ir ter com ele. Imaginei-
me ali, com os livros e a pedra embaixo da mangueira, e a pratinha no bolso das calças, que eu não
daria a ninguém, nem que me serrassem; guardá-la-ia em casa, dizendo a mamãe que a tinha achado
na rua. Para que me não fugisse, ia-a apalpando, roçando-lhe os dedos pelo cunho, quase lendo pelo
tato a inscrição, com uma grande vontade de espiá-la.
— Oh! seu Pilar! bradou o mestre com voz de trovão.
Machado de Assis. Conto de escola. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. II, 1994.
 
Considerando as características da prosa de Machado de Assis e a forma narrativa do trecho do Conto
de Escola, apresentado anteriormente, faça o que se pede.
 
Muitas das narrativas de Machado de Assis são conhecidas por referências que transmitem uma noção de
tempo e espaço bem localizáveis, como é o caso do morro do livramento ou ruas da capital fluminense,
assim como episódios históricos do século XIX. Com base nos elementos narrativos que compõem o
trecho apresentado do Conto de Escola, assinale a opção correta.
 a) Nas narrativas, o tempo cronológico não pode coexistir nem concorrer com o tempo psicológico,
sendo este determinado pelas emoções e dados subjetivos, como o medo ou a curiosidade de uma das
personagens, que não influenciam o fluxo da narrativa.
 b) O tempo histórico é identificado neste trecho pela expressão “no fim da Regência” (primeiro
parágrafo), que contextualiza o interesse do professor pelos jornais e se apresenta como insignificante
do ponto de vista do narrador adulto. A relevância dessa referência para a narrativa é reconhecida pelo
narrador apenas quando criança.
 c) A escola e suas circunstâncias características formam um espaço social relevante para os conflitos
vividos pelas personagens, o que possibilita a mescla entre os tempos psicológico, cronológico e histórico
na narrativa.
 d) Para o narrador, a escola se manifesta como uma prisão. Isso constitui o seu espaço interno e
externo. O espaço assim caracterizado se observa paralelamente para todas as demais personagens,
podendo ser compreendido como um caso típico do universalismo machadiano, em que traços mais
gerais da natureza humana se impõem ao dado particular.
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Questão 173: AOCP - Prof (SED MS)/SED MS/Língua Portuguesa/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Leia a afirmação a seguir do crítico literário Alfredo Bosi.
 
“O Realismo se tingirá de naturalismo, no romance e no conto, sempre que fizer personagens e enredos
submeterem-se ao destino cego das ‘leis naturais’ que a ciência da época julgava ter codificado [...]”.
 
Tendo em vista a afirmação de Bosi, assinale a alternativa correta.
 a) O Naturalismo pode ser compreendido como uma forma intensificada do Realismo. Assim, ao
focalizarem o determinismo das leis naturais, as obras naturalistas se tingem de cores mais expressivas
do que se observa em obras realistas.
 b) Tanto o Realismo quanto o Naturalismo se valem, na prosa ficcional, de teorias cientificistas, como
o determinismo, segundo o qual o destino do homem é determinado pela raça, pelo meio, pelo
temperamento.
 c) Diferentemente das obras naturalistas, as obras realistas, valorizando a objetividade e a
cientificidade, submetem personagens e enredos ao determinismo das leis naturais. Assim, o homem é
analisado cientificamente, como se fosse um experimento.
 d) Em consonância com as leis naturais de teor cientificista, tanto os escritores realistas quanto os
naturalistas pretendiam fazer uma literatura antiburguesa, antimonárquica e anticlerical, com base em
uma postura crítica que lhes permitisse construir um retrato objetivo e imparcial da sociedade.
 e) Ao contrário dos escritores naturalistas, os escritores realistas retratavam o comportamento
humano como um produto de leis naturais, uma decorrência de fatores biológicos, tendo sua obra um
caráter evolucionista.
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Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Nos trechos a seguir, o crítico literário Massaud Moisés tece comentários a respeito de dois romances da
literatura brasileira.
“Por entre capítulos em que se misturam a realidade concreta e a fantasia, o cinismo e o desencanto de
existir, vão-se sucedendo as cenas tendo por figuras centrais Marcela e Virgília. Com a primeira,
pecadora inconsequente, [o narrador] gasta pequena fortuna e o melhor de sua mocidade. Já na idade
madura, entretém com a segunda, esposa de Lobo Neves, uma relação que termina no adultério, sob o
olhar conivente de D. Plácida.” “[João Romão] vai adquirindo terrenos à volta de sua tasca e lá erigindo
pocilgas onde abriga e espolia a ralé e os trabalhadores de sua pedreira [...]. Assim, vão sucedendo os
dramas anônimos daquele conglomerado de marginais [...]. Enquanto isso, João Romão, ajudado pela
negra Bertoleza, criada e amásia, enriquece. Mas a mudança de Miranda para o sobrado vizinho incita-o
a sonhar com ascender socialmente. E tanto faz que acaba casando com Zulmira, filha do outro.
Denunciada ao antigo dono, Bertoleza suicida-se.”
 
Os trechos transcritos se referem, respectivamente, aos romances
 a) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e Casa de pensão, de Aluísio Azevedo.
 b) Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e O ateneu, de Raul
Pompeia.
 c) Quincas Borba, de Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo.
 d) O bom crioulo, de Adolfo Caminha, e Casa de pensão, de Aluísio Azevedo.
 e) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo.
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Questão 175: FCC - Prof B (SEDU ES)/SEDU ES/Ensino Fundamental e Médio/Língua
Portuguesa/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
As protagonistas de grandes romances do nosso século XIX diferenciam-se muito por conta das
diferentes formas e visões de mundo acionadas por seus criadores. Assim é que a personagem Capitu,
do romance D. Casmurro, diferentemente da Aurélia, de Senhora,
 a) sustenta-se como uma criatura identificada pelos impulsos mais primitivos.
 b) ganha corpo como encarnação do superior idealismo poético da época.
 c) representa-se como um autêntico estereótipo da musa misteriosa.
 d) opõe-se à heroína romântica ao se constituir como uma burguesa ingênua.
 e) traduz uma ambivalência que é inerente ao realismo crítico do autor.
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Questão 176: COMVEST UNICAMP - Vest (UNICAMP)/UNICAMP/Vestibular Unicamp
(VU)/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
(...) eu sou um pobre relojoeiro que, cansado de ver que os relógios deste mundo não marcam a mesma
hora, descri do ofício. (...) Um exemplo. O Partido Liberal, segundo li, estava encasacado e pronto para
sair, com o relógio na mão, porque a hora pingava. Faltava-lhe só o chapéu, que seria o chapéu Dantas,
ou o chapéu Saraiva (ambos da chapelaria Aristocrata); era só pô-lo na cabeça, e sair. Nisto passa o
carro do paço com outra pessoa, e ele descobre que ou o seu relógio está adiantado, ou o de Sua Alteza
é que se atrasara. Quem os porá de acordo?
 
(Machado de Assis, Bons dias. Introdução e notas John Gledson. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2008, p. 79.)
 
Com relação ao excerto da crônica de Machado de Assis, publicada em 05 de abril de 1888 na Gazeta de
Notícias, é correto afirmar que a metáfora mecânica faz referência à passagem do tempo, aludindo à
expectativa de mudança de
 a) regime a partir de discordâncias políticas que levaram à eleição do governo imperial.
 b) século, marcada pela perspectiva da chegada do meteorito de Bendegó na corte imperial.
 c) mentalidade escravagista, com um pacto político para suspensão de costumes imperiais.
 d) legislação, com a alternância entre partidos para a formação de um novo ministério do governo
imperial.
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Questão 177: COMVEST UNICAMP - Vest (UNICAMP)/UNICAMP/Vestibular Unicamp
(VU)/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
No ano seguinte, o Ateneu revelou-se-me noutro aspecto. Conhecera-o interessante, com as seduções do
que é novo, com as projeções obscuras de perspectiva, desafiando curiosidade e receio; conhecera-o
insípido e banal como os mistérios resolvidos, caiado de tédio; conhecia-o agora intolerável como um
cárcere, murado de desejos e privações.
 
(Raul Pompeia, O Ateneu. 7ª. ed. São Paulo: Ática, 1980, p. 98.)
 
Com base no excerto que inicia o capítulo VIII do romance de Raul Pompéia e no seu subtítulo – crônica
de saudades –, é correto afirmar que a obra é
 a) um relato, em primeira pessoa, de experiências coletivas e íntimas, no qual o protagonista mostra
aspectos da realidade social, valorizando o sistema escolar e prisional.
 b) um romance de formação, no qual o protagonista revela condutas e intrigas no ambiente escolar,
com elogios à pedagogia corretiva e aos valores morais da burguesia.
 c) uma narrativa memorialista de experiências vividas num internato, na qual o protagonista revela
aspectos do sistema educacional da época, com críticas à hipocrisia burguesa.
 d) um relato saudosista de experiências vividas no internato, no qual o protagonista mostra o poder
de sedução e corrupção das amizades, com críticas à falsidade da burguesia.
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Questão 178: FGV - AL (SEN)/SEN/Administração/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Assinale a opção que apresenta o texto que se filia ao estilo literário naturalista.
 a) “Trazia sempre a farda de cáqui e o boné com as iniciais da repartição; um chapéu-de-sol de cabo,
que, quando não o trazia aberto, a protegê-lo contra os raios do sol, manejava como a bengala de um
vigário de aldeia portuguesa, furando o chão e levantando-o, para pousá-lo de novo, à medida que
executava as suas longas passadas.”
 b) “Era homem de pouca altura, trazia a cabeça sempre erguida, testa reta e alta, queixo forte e
largo, olhar firme, debaixo do seu pincenê de aros de ouro. Conquanto alguma coisa obeso, era deveras
um velho simpático e respeitável; e, apesar da sua imponência de antigo burocrata, dos seus modos um
tanto ríspidos e secos, todos o estimavam na proporção em que seu filho era desprezado e odiado.”
 c) “Daí a impressão dolorosa que nos domina ao atravessarmos aquele ignoto trecho do sertão —
quase um deserto — quer se aperte entre as dobras de serranias nuas ou se estire, monotonamente, em
descampados grandes...”
 d) “E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a
minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar
espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.”
 e) “Não direi que fosse bonito, na significação mais ampla da palavra; mas tinha as feições corretas,
a presença simpática, e reunia à graça natural a apurada elegância com que vestia. A cor do rosto era
um tanto pálida, a pele lisa e fina. A fisionomia era plácida e indiferente, mal alumiada por um olhar de
ordinário frio, e não poucas vezes morto.”
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Questão 179: FGV - TL (SEN)/SEN/Policial Legislativo Federal/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
As opções a seguir apresentam frases referentes a diversos estilos de época.
Assinale a que se refere ao Naturalismo.
 a) “Estilo de época caracterizado por oposições dualistas,religiosidade, fugacidade do tempo e
ceticismo.”
 b) “Estilo de época marcado pela preocupação com a verossimilhança, atenção à realidade e
ambientação temporal sincrônica.”
 c) “Estilo de época que traz temas de base científica, como as teorias da evolução biológica e o
determinismo de raça, meio e momento.”
 d) “Estilo de época marcado pela exaltação dos sentimentos e pela exaltação da liberdade em todas
as formas.”
 e) “Estilo de época que mostra uma profunda relação com a Natureza, vista como local de paz e
harmonia.”
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Questão 180: FGV - Cad (CBM RJ)/CBM RJ/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Assinale a opção que apresenta a frase que se refere ao romance Dom Casmurro, de Machado de Assis.
 a) Narrativa em primeira pessoa, na qual o narrador recorda sua vida passada.
 b) Narrativa de aventuras, na qual o narrador se lembra de uma série de aventuras amorosas.
 c) Narrativa amorosa, de caráter romântico, na qual o narrador presta homenagens à sua musa.
 d) Narrativa de memórias, em terceira pessoa, na qual o narrador faz uma seleção de fatos históricos.
 e) Narrativa histórica, na qual estão expostos os fatos mais importantes de nosso período
monárquico.
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Questão 181: FGV - Cad (CBM RJ)/CBM RJ/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Assinale a opção que apresenta, respectivamente, um autor da literatura portuguesa e outro da literatura
brasileira, que pertencem ao mesmo movimento literário.
 a) Camões / José de Alencar.
 b) Eça de Queiroz / Machado de Assis.
 c) Alexandre Herculano / Aluísio Azevedo.
 d) Júlio Dinis / Lima Barreto.
 e) Camilo Castelo Branco / Guimarães Rosa.
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Questão 182: FUNATEC - AOSD (CM Pres Dutra)/CM Pres Dutra/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Acerca das características dos períodos da literatura brasileira, assinale a alternativa incorreta:
 a) A primeira escola literária a registrar um movimento genuinamente brasileiro foi o Romantismo.
 b) O Realismo brasileiro começa em 1881, com a publicação de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”,
de José de Alencar. Página 4 de 7
 c) Temas sociais, urbanos e cotidianos são trazidos pelos escritores do período conhecido como
Realismo.
 d) O Naturalismo tem como uma de suas obras mais conhecidas “O Mulato”.
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Questão 183: IME - CFG (IME)/IME/2022
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Texto 1
 
Erico Verissimo (1905 – 1975), nascido em Cruz Alta (RS), foi um dos escritores mais populares da
chamada segunda fase modernista, que começou na década de 1930. Sua obra mais conhecida é o
“Tempo e o Vento”, uma trilogia de romances, na qual ele narra a história de um clã familiar, os Terra
Cambarás, de 1745 até 1945, tendo como contexto a formação da fronteira nacional na região sul. O
espaço central desses romances é a cidade fictícia de Santa Fé, situada no noroeste do Rio Grande do
Sul. O texto “O Sobrado”, que integra o romance “O Continente”, versa sobre o chefe do clã, Licurgo
Cambará, que resiste em casa ao cerco dos inimigos pertencentes ao clã oposto, dos Amaral. Na obra, é
abordado um episódio da Revolução Federalista (1893 – 1895), uma guerra civil entre dois grupos de
ideias opostas: um que desejava aumentar os poderes do presidente da República e outro que desejava
uma maior autonomia aos estados.
 
O SOBRADO
 
Era uma noite fria de lua cheia. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé , que de tão quieta e
deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse
o ouvido talvez pudesse até escutar o sereno na solidão.
 
Agachado atrás dum muro, José Lírio preparava-se para a última corrida. Quantos passos dali até a
igreja? Talvez uns dez ou doze, bem puxados. Recebera ordens para revezar o companheiro que estava
de vigia no alto duma das torres da Matriz. “Tenente Liroca”, dissera-lhe o coronel, havia poucos
minutos, “suba pro alto do campanário e fique de olho firme no quintal do Sobrado. Se alguém aparecer
pra tirar ´agua do poço, faça fogo sem piedade.”
 
José Lírio olhava a rua. Dez passos até a igreja. Mas quantos passos até a morte? Talvez cinco... ou dois.
Havia um atirador infernal na água-furtada do Sobrado, à espreita dos imprudentes que se
aventurassem a cruzar a praça ou alguma rua a descoberto.
 
Os segundos passavam. Era preciso cumprir a ordem. Liroca não queria que ninguém percebesse que
ele hesitava, que era um covarde. Sim, covarde. Podia enganar os outros, mas não conseguia iludir-se a
si mesmo. Estava metido naquela revolução porque era federalista e tinha vergonha na cara. Mas não se
habituava nunca ao perigo. Sentira medo desde o primeiro dia, desde a primeira hora — um medo que
lhe vinha de baixo, das tripas, e lhe subia pelo estômago até a goela, como uma geada, amolecendo-lhe
as pernas, os braços, a vontade. Medo é doença; medo é febre.
 
Engraçado. A noite estava fria mas o suor escorria-lhe pela cara barbuda e entrava-lhe na boca, com
gosto de salmoura.
 
O tiroteio cessara ao entardecer. Talvez a munição da gente do Sobrado tivesse acabado. Ele podia
atravessar a rua devagarinho, assobiando e acendendo um cigarro. Seria até uma provocação bonita.
Vamos, Liroca, honra o lenço encarnado. Mas qual! Lá estava aquela sensação fria de vazio e enjoo na
boca do estômago, o minuano gelado nos miúdos.
 
Donde lhe vinha tanto medo? Decerto do sangue da mãe, pois as gentes do lado paterno eram
corajosas.
 
O avô de Liroca fora um bravo em 35. O pai lhe morrera naquela mesma revolução, havia pouco mais
dum ano tombara estripado numa carga de lança, mas lutando até o último momento.
 
“Lírio é macho”, murmurou Liroca para si mesmo. “Lírio é macho.” Sempre que ia entrar num combate,
repetia estas palavras: “Lírio é macho”.
 
Levantou-se devagarinho, apertando a carabina com ambas as mãos. Sentia o corpo dorido, a garganta
seca. Tornou a olhar para a igreja. Dez passos. 30 Podia percorrê-los nuns cinco segundos, quando
muito. Era só um upa e estava tudo terminado. Fez avançar cautelosamente a cabeça e, com a quina do
muro a tocar-lhe o meio da testa e a ponta do nariz, fechou o olho direito e com o esquerdo ficou
espiando o Sobrado que lá estava, do outro lado da praça, com sua fachada branca, a dupla fileira de
janelas, a sacada de ferro e os altos muros de fortaleza. Havia no casar˜ao algo de terrivelmente
humano que fez o coração de José Lírio pulsar com mais força.
 
Os federalistas tinham tomado a cidade havia quase uma semana, mas Licurgo Cambará, o intendente e
chefe político republicano do município, encastelara-se em sua casa com toda a família e um grupo de
correligionários, e de lá ainda oferecia resistência. Enquanto o Sobrado não capitulasse, os
revolucionários não poderiam considerar-se senhores de Santa Fé, pois os atiradores da água-furtada
praticamente dominavam a praça e as ruas em derredor.
 
Por alguns instantes José Lírio ficou a mirar a fachada do casarão, e de repente a lembrança de que
Maria Valéria estava lá dentro lhe varou o peito como um pontaço de lança. Soltou um suspiro fundo e
entrecortado, que foi quase um soluço. De novo se encolheu atrás do muro e tornou a olhar para a
igreja. Se conseguisse chegar a salvo até a parede lateral, ficaria fora do alcance do atirador do
Sobrado, e poderia entrar no campanário pela porta da sacristia.
 
Vamos, Liroca, só uma corrida. Que te pode acontecer? O homem te enxerga, faz pontaria, atira e
acerta. Uma bala na cabeça. Pronto! Cais de cara no chão e está tudoliquidado. Acaba-se a agonia.
Dizem que quando a bala entra no corpo da gente, no primeiro momento não dói. Depois é que vem a
ardência, como se ela fosse de ferro em brasa. Mas quando o ferimento é mortal não se sente nada. O
pior é arma branca. Vamos, Liroca. Dez passos. Cinco segundos. Lírio é macho, Lírio é macho.
 
José Lírio continuava imóvel, olhando a rua. Ainda ontem um companheiro seu ousara atravessar aquele
trecho à luz do dia, num momento em que o tiroteio cessara. Ia cantando e fanfarronando. Viu-se de
repente na água-furtada do sobrado um clarão acompanhado dum estampido, e o homem tombou. O
sangue começou a borbotar-lhe do peito e a empapar a terra.
 
“Vamos, menino!” Quem falava agora nos pensamentos de Liroca era seu pai, o velho Maneco Lírio. Sua
voz áspera como lixa vinha de longe, de um certo dia da infância em que Liroca faltara à escola e ao
chegar a casa encontrara o pai atrás da porta com um rebenque na mão. “Agora tu me pagas,
salafrário!” Liroca saíra a correr como um doido na direção do fundo do quintal. “Espera, poltrão!” E de
repente o que o velho Maneco tinha nas mãos não era mais o chicote, e sim as próprias vísceras, que
lhe escorriam moles e visguentas da ferida do ventre. “Vamos, covarde!”
 
De súbito, como tomado dum demônio, Liroca ergueu-se, apertou a carabina contra o peito e deitou a
correr na direção da igreja. Seus passos soaram fofos na terra. Deu cinco passadas e a meio caminho,
sem olhar para o Sobrado, numa voz frenética de quem pede socorro, gritou: “Pica-paus do inferno! Sou
homem!”. Continuou a correr e, ao chegar ao ponto morto atrás da parede lateral da igreja, rojou-se ao
solo e ali ficou, arquejante, com o peito colado à terra, o coração a bater acelerado, e sentindo entrar-
lhe na boca e nas narinas talos de grama úmida de sereno. “A la fresca!”, murmurou ele. “A la fresca!”
 
Estava inteiro, estava salvo. Fechou os olhos e deixou-se quedar onde estava, babujando a terra com
sua saliva grossa, a garganta a arder, e o corpo todo amolentado por uma fraqueza que lhe dava um
trêmulo desejo de chorar.
 
VERISSIMO, Erico. O tempo e o vento, parte I: O Continente. 4ª ed. S˜ao Paulo: Companhia das Letras, 2013,
p. 17- 19 (texto adaptado).
 
No que concerne à obra “O Sobrado” de É rico Verissimo, é correto afirmar que o texto 1
 a) realiza um relato do episódio local a partir da crônica da cidade de Santa Fé, baseando-se em fatos
da história nacional e rio-grandense, sob a égide do princípio de verossimilhança, típico do romance
realista.
 b) integra-se a uma obra mais vasta do autor, “O Tempo e o Vento”, que visava a desvelar, de forma
objetiva, os mecanismos de formação da sociedade brasileira, de modo a esclarecer e conduzir o leitor ao
engajamento político.
 c) apresenta, sob a influência do romance realista, um enredo apoiado em referências temporais e
espaciais bem precisas, além de caracterizar personagens do ponto de vista psicológico a partir de sua
biografia e inserção no contexto social.
 d) apoia-se no pressuposto realista de que é possível capturar, por meio da linguagem literária,
informações essenciais sobre o mundo social diverso, múltiplo e descontínuo, expressando uma
representação precisa e totalizante.
 e) rejeita a abordagem realista e sua pretensão de objetividade na produção artística e literária, em
favor da exploração do inconsciente e dos aspectos absurdos e paradoxais da verdade histórica e dos
fatos narrados.
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Questão 184: FGV - Alun Of (PM SP)/PM SP/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
ATENÇÃO: A QUESTÃO DEVE SER RESPONDIDAS A PARTIR DO TEXTO III.
 
TEXTO III
 
À proporção que alguns locatários abandonavam a estalagem, muitos pretendentes surgiam disputando
os cômodos desalugados. Delporto e Pompeo foram varridos pela febre amarela e três outros italianos
estiveram em risco de vida. O número dos hóspedes crescia, os casulos subdividiam-se em cubículos do
tamanho de sepulturas, e as mulheres iam despejando crianças com uma regularidade de gado
procriador. Uma família, composta de mãe viúva e cinco filhas solteiras, das quais destas a mais velha
tinha trinta anos e a mais moça quinze, veio ocupar a casa que Dona Isabel esvaziou poucos dias depois
do casamento de Pombinha.
 
Agora, na mesma rua, germinava outro cortiço ali perto, o “Cabeça-de-Gato”. Figurava como seu dono
um português que também tinha venda, mas o legítimo proprietário era um abastado conselheiro,
homem de gravata lavada, a quem não convinha, por decoro social, aparecer em semelhante gênero de
especulações. E João Romão, estalando de raiva, viu que aquela nova república da miséria prometia ir
adiante e ameaçava fazerlhe à sua perigosa concorrência. Pôs-se logo em campo, disposto à luta, e
começou a perseguir o rival por todos os modos, peitando fiscais e guardas municipais, para que o não
deixassem respirar um instante com multas e exigências vexatórias; enquanto pela sorrelfa* plantava no
espírito dos seus inquilinos um verdadeiro ódio de partido, que os incompatibilizava com a gente do
“Cabeça-de-Gato”. Aquele que não estivesse disposto a isso ia direitinho para a rua, “que ali se não
admitiam meias medidas a tal respeito! Ah! ou bem peixe ou bem carne! Nada de embrulho!”.
 
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço, 1890. Disponível
em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000015.pdf. Acesso em 27 jul. 2020.
* sorrelfa: dissimulação silenciosa para enganar ou iludir.
 
Quanto à obra da qual o Texto III foi retirado e ao seu autor, assinale a afirmativa correta.
 a) As personagens italianas são importantes na obra de Aluísio Azevedo, já que o autor pretendia
contrapor a fraqueza do estrangeiro à virilidade do povo brasileiro.
 b) Aluísio Azevedo é fortemente influenciado em sua obra pelo naturalismo europeu, o qual retratava,
por meio de um narrador onisciente, personagens movidas por instintos primitivos.
 c) Há, na obra, uma necessidade de expor o rompimento com os laços coloniais, demonstrado pela
oposição entre João Romão, um brasileiro, e o português, rico proprietário do cortiço concorrente.
 d) A obra “O Cortiço” antecipa características da primeira fase do Modernismo no Brasil, em que o
meio pouco interfere no comportamento humano, mas têm precedência as interrelações sociais.
 e) A recepção de “O Cortiço” na sociedade da época, assim como de outras obras de Aluísio Azevedo,
foi das melhores, porque reforçava a imagem do Brasil como um país com problemas, mas em franca
ascensão.
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Questão 185: FUVEST - Vest (USP)/USP/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Rubião fitava a enseada, — eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no
cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço
de água quieta; mas em verdade vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o passado com o
presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora! Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas
chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a
enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma
sensação de propriedade.
 
— Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado com
Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui está
tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça...
 
Machado de Assis, Quincas Borba.
 
O primeiro capítulo de Quincas Borba já apresenta ao leitor um elemento que será fundamental na
construção do romance:
 a) a contemplação das paisagens naturais, como se lê em “ele admirava aquele pedaço de água
quieta”.
 b) a presença de um narrador- personagem, como se lê em “emverdade vos digo que pensava em
outra coisa”.
 c) a sobriedade do protagonista ao avaliar o seu percurso, como se lê em “Cotejava o passado com o
presente”.
 d) o sentido místico e fatalista que rege os destinos, como se lê em “Deus escreve direito por linhas
tortas”.
 e) a reversibilidade entre o cômico e o trágico, como se lê em “de modo que o que parecia uma
desgraça...”.
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Questão 186: OBJETIVA CONCURSOS - Prof (Horizontina)/Pref Horizontina/Língua
Portuguesa/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Conforme GONZAGA, em relação às características do Naturalismo, assinalar a alternativa CORRETA:
 a) Imaginação e fantasia.
 b) Paródia e verso livre.
 c) Linguagem conflituosa e ornamentada.
 d) Objetividade e impassibilidade.
 e) Imitação e religiosidade mística.
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Questão 187: FAFIPA - Cont (CM Castro)/CM Castro/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
TEXTO 1
 
Censura a livros em RO é criticada pela Academia Brasileira de Letras
Instituição emitiu nota de repúdio e classificou o pedido de retirada de clássicos da literatura brasileira
de biblioteca de escolas como 'deplorável'
EDUCAÇÃO Do R7
A Academia Brasileira de Letras classificou como "gesto deplorável" a decisão do governo de Rondônia
em pedir a retirada de livros de bibliotecas das escolas. Entre os textos vetados pela Secretaria da
Educação do estado estão obras clássicas da literatura brasileira como Macunaíma, de Mário de Andrade
e Os Sertões, de Euclides da Cunha.
Em nota pública de repúdio, divulgada nesta sexta-feira (7), a instituição criticou a ação e diz que, mais
uma vez, a literatura e as artes são vítimas de censura. "Trata-se de gesto deplorável, que desrespeita a
Constituição de 1988, ignora a autonomia da obra de arte e a liberdade de expressão".
Por fim, a ABL lamentou que, em pleno século XXI, publicações ainda sejam proibidas pelo poder
público. "Esse descenso cultural traduz não apenas um anacronismo primário, mas um sintoma de não
pequena gravidade, diante da qual não faltará a ação consciente da cidadania e das autoridades
constituídas", finaliza a nota.
 
Documento pede retirada de livros
Na quinta-feira (6), a Secretaria de Educação do estado enviou um documento pedindo a retirada de
livros de bibliotecadas das escolas por apresentarem "conteúdo inadequado às crianças e adolescentes".
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em um primeiro momento, o governo de Rondônia negou
a existência do documento, depois mandou a rede "abortar" o procedimento e alegou
que a pasta não havia assinado o pedido. Por meio de nota, a Secretaria afirmou que houve um erro e
vai apurar o "vazamento de informações internas".
No total, 43 livros deveriam ser retirados das prateleiras das bibliotecas, entre eles estão obras como
Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), Os Sertões (Euclides da Cunha) entre outros
clássicos.
A Secretaria informou ainda que recebeu "uma denúncia que nas bibliotecas das escolas estaduais havia
livros paradidáticos com conteúdo inapropriados para o público alvo, alunos do ensino médio e que uma
equipe técnica da secretaria analisou as informações e constatou que os livros citados eram clássicos da
Literatura Brasileira, muitos deles usados em processos seletivos e vestibulares. Sendo assim, o processo
eletrônico que contém a análise técnica foi encerrado imediatamente sem ordem de tramitação para
quaisquer órgãos externos, secretarias ou escolas públicas."
 
Disponível em: https://noticias.r7.com/educacao/censura-a-livros-em-ro-e-criticada-pela-
academiabrasileira- de-letras-07022020. Acesso em 08 de fevereiro de 2020.
Assinale o que for CORRETO sobre as obras e autores citados no texto 1:
 a) Macunaíma, livro de Mário de Andrade, publicado em 1928, é considerado um dos principais
romances indianistas românticos. Na obra, o autor exalta os costumes e tradições indígenas, os animais e
a vegetação de nossas terras brasileiras.
 b) Euclides da Cunha (1866-1909) foi um escritor, jornalista e professor brasileiro. Além da obra "Os
Sertões", onde narra e analisa os acontecimentos da guerra, ele escreveu romances indianistas como "O
guarani" e "Iracema".
 c) Na obra Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis compõe um quadro em que retrata
a um só tempo a vida cotidiana da alta sociedade e das camadas mais populares.
 d) Machado de Assis, autor de Memórias póstumas de Brás Cubas, além de ser o expoente do
Realismo brasileiro, é também um dos principais escritores. Entre suas inúmeras obras estão "Dom
Casmurro", "Quincas Borba" e "Isaú e Jacó".
 e) Mário de Andrade foi um grande escritor popular brasileiro. Ele também se destacou pela fluidez
de seus versos e pela sofisticação da linguagem de seus poemas, entre eles "Via láctea" e "Sarças de
fogo".
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Questão 188: DECEx - Alun (EsPCEx)/EsPCEx/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
“Eu bem sei que, para titilar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar
algumas lágrimas, e não almoçar (…). A realidade é que eu almocei, como os demais dias.”
Nesse trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis dirige-se ao leitor e informa como
a história deveria ser contada, mas prefere dizer a verdade. Com isso, o autor faz uma crítica ao seguinte
estilo de época da literatura:
 a) Realismo, por imprimir uma realidade distorcida apenas para agradar o leitor.
 b) Simbolismo, por recorrer à “fantasia” e apresentar um conflito falso entre matéria e espírito.
 c) Barroco, por apresentar uma linguagem rebuscada e usar figura de linguagem em “titilar-lhe os
nervos da fantasia”.
 d) Naturalismo, por apresentar a necessidade animalesca do homem diante de uma fome irônica.
 e) Romantismo, por insinuar que os românticos simulariam padecimentos em vez de contar a
verdade.
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Questão 189: FUVEST - Vest (USP)/USP/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
LEIA OS SEGUINTES TEXTOS DE MACHADO DE ASSIS PARA RESPONDER À QUESTÃO.
 
I.
 
Suave mari magno*
 
Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Um pobre cão.
 
Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.
 
Nenhum, nenhum curioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,
 
Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer.
 
Machado de Assis. Ocidentais.
 
*Expressão latina, retirada de Lucrécio (Da natureza das coisas), a qual aparece no seguinte trecho: Suave, mari
magno, turbantibus aequora ventis/ E terra magnum alterius spectare laborem. (“É agradável, enquanto no mar
revoltoso os ventos levantam as águas, observar da terra os grandes esforços de um outro.”).
 
II.
 
Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é
ter-lhe o cabo na mão.
 
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. XVIII.
 
III.
 
Sofia soltou um grito de horror e acordou. Tinha ao pé do leito o marido:
 
– Que foi? perguntou ele.
 
– Ah! respirou Sofia. Gritei, não gritei?
 
(...)
 
– Sonhei que estavam matando você.
 
Palha ficou enternecido. Havê-la feito padecer por ele, ainda que em sonhos, encheu-o de piedade, mas
de uma piedade gostosa, um sentimento particular, íntimo, profundo, – que o faria desejar outros
pesadelos, para que o assassinassem aos olhos dela, e para que ela gritasse angustiada, convulsa, cheia
de dor e de pavor.
 
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. CLXI.
 
A visão do eu-lírico no texto I
 a) volta-se nostálgicapara as imagens de uma lembrança.
 b) centra-se com desprezo na figura do animal agonizante.
 c) apreende displicentemente o movimento dos transeuntes.
 d) ganha distância da cena para captar todos os seus aspectos.
 e) apresenta o espectador da crueldade como um ser incomum.
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Questão 190: FUVEST - Vest (USP)/USP/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
LEIA OS SEGUINTES TEXTOS DE MACHADO DE ASSIS PARA RESPONDER À QUESTÃO.
 
I.
 
Suave mari magno*
 
Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Um pobre cão.
 
Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.
 
Nenhum, nenhum curioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,
 
Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer.
 
Machado de Assis. Ocidentais.
 
*Expressão latina, retirada de Lucrécio (Da natureza das coisas), a qual aparece no seguinte trecho: Suave, mari
magno, turbantibus aequora ventis/ E terra magnum alterius spectare laborem. (“É agradável, enquanto no mar
revoltoso os ventos levantam as águas, observar da terra os grandes esforços de um outro.”).
 
II.
 
Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é
ter-lhe o cabo na mão.
 
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. XVIII.
 
III.
 
Sofia soltou um grito de horror e acordou. Tinha ao pé do leito o marido:
 
– Que foi? perguntou ele.
 
– Ah! respirou Sofia. Gritei, não gritei?
 
(...)
 
– Sonhei que estavam matando você.
 
Palha ficou enternecido. Havê-la feito padecer por ele, ainda que em sonhos, encheu-o de piedade, mas
de uma piedade gostosa, um sentimento particular, íntimo, profundo, – que o faria desejar outros
pesadelos, para que o assassinassem aos olhos dela, e para que ela gritasse angustiada, convulsa, cheia
de dor e de pavor.
 
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. CLXI.
 
A analogia consiste em um recurso de expressão comumente utilizado para ilustrar um raciocínio por
meio da semelhança que se observa entre dois fatos ou ideias. No texto II, a analogia construída a partir
da imagem do chicote pretende sugerir que
 a) o instrumento do castigo nem sempre cai em mãos justas.
 b) o apreço aos objetos independe do uso que se faz deles.
 c) o cabo é metáfora de mérito, e a ponta, metáfora de culpa.
 d) o mais fraco, por ser compassivo, é incapaz de desfrutar do poder.
 e) o prazer verdadeiro se experimenta no lado dos dominantes.
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Questão 191: FUVEST - Vest (USP)/USP/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
LEIA OS SEGUINTES TEXTOS DE MACHADO DE ASSIS PARA RESPONDER À QUESTÃO.
 
I.
 
Suave mari magno*
 
Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Um pobre cão.
 
Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.
 
Nenhum, nenhum curioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,
 
Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer.
 
Machado de Assis. Ocidentais.
 
*Expressão latina, retirada de Lucrécio (Da natureza das coisas), a qual aparece no seguinte trecho: Suave, mari
magno, turbantibus aequora ventis/ E terra magnum alterius spectare laborem. (“É agradável, enquanto no mar
revoltoso os ventos levantam as águas, observar da terra os grandes esforços de um outro.”).
 
II.
 
Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é
ter-lhe o cabo na mão.
 
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. XVIII.
 
III.
 
Sofia soltou um grito de horror e acordou. Tinha ao pé do leito o marido:
 
– Que foi? perguntou ele.
 
– Ah! respirou Sofia. Gritei, não gritei?
 
(...)
 
– Sonhei que estavam matando você.
 
Palha ficou enternecido. Havê-la feito padecer por ele, ainda que em sonhos, encheu-o de piedade, mas
de uma piedade gostosa, um sentimento particular, íntimo, profundo, – que o faria desejar outros
pesadelos, para que o assassinassem aos olhos dela, e para que ela gritasse angustiada, convulsa, cheia
de dor e de pavor.
 
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. CLXI.
 
No texto III, ao analisar a interioridade de Palha, o narrador descobre, no pensamento oculto do
negociante,
 a) a ternura que lhe inspira a mulher, capaz de toda abnegação.
 b) a piedade que lhe causa a mulher, a quem só guarda desprezo.
 c) a vaidade que beira o sadismo, ao ver a mulher sofrer por ele.
 d) o gozo vingativo, visto que a mulher o trai com Carlos Maria.
 e) o remorso do infiel, pois ele trai a mulher com Maria Benedita.
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Questão 192: VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Tal movimento deriva quase todos os seus critérios de probabilidade do empirismo das ciências naturais.
Baseia seu conceito de verdade psicológica no princípio de causalidade, o desenvolvimento apropriado da
trama na eliminação do acaso e dos milagres, sua descrição do ambiente na ideia de que todo e qualquer
fenômeno natural tem lugar numa interminável cadeia de condições e motivos, sua utilização de detalhes
característicos no método de observação científica – que não despreza circunstância alguma, por mais
insignificante e trivial que seja.
 
(Arnold Hauser. História social da arte e da literatura, 1994. Adaptado.)
 
O texto refere-se ao movimento
 a) árcade.
 b) simbolista.
 c) realista.
 d) romântico.
 e) modernista.
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Questão 193: ITA - Vest (ITA)/ITA/2020
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Embora declare que “qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e
ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum”, o pai de Janjão também
ordena ao filho: “proíbo-te que chegues a outras conclusões que não sejam as já achadas por outros.”
Por que o pai não considera essas orientações como mutuamente contraditórias? Assinale a alternativa
correta.
 a) porque, para um medalhão, o homem que se vende sempre vale menos do que recebe.
 b) porque, para um medalhão, a mediocridade é a medida do sucesso.
 c) porque, para um medalhão, mais vale a honradez do que a fama.
 d) porque, para um medalhão, a verdade jamais pode ser negociada.
 e) porque, para um medalhão, ter princípios é mais importante do que a conveniência.
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Questão 194: ITA - Vest (ITA)/ITA/2020
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Em “Teoria do medalhão”, por que o pai recomenda ao filho que use a chalaça e despreze a ironia?
Assinale a alternativa correta.
 a) porque a ironia exige reflexão e originalidade.
 b) porque a chalaça é mais filosófica e inventiva do que a ironia.
 c) porque a ironia garante uma publicidade constante, barata e fácil.
 d) porque a ironia faz descansar o cérebro, restituindo-lhe as forças e a atividade perdida.
 e) porque a chalaça exercita o cérebro.
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Questão 195: ITA - Vest (ITA)/ITA/2020
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Leia o trecho destacado de “Teoria do medalhão”: “Melhor do que tudo isso, porém, que afinal não passa
de mero adorno, são as frases feitas, as locuções convencionais, as fórmulas consagradas pelos anos,
incrustadas na memória individual e pública. Essas fórmulas têm a vantagem de não obrigar a outros a
um esforçoinútil.”
 
Assinale a alternativa que explicita corretamente o significado de “esforço inútil” no contexto.
 a) decorar frases feitas.
 b) pensar.
 c) estudar retórica.
 d) estudar gramática.
 e) saber outras línguas.
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Questão 196: CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São
Cristóvão/Português/Educação Básica/2019
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
No Realismo ficcional, a mente cientificista também é responsável pelo esvaziar-se do êxtase que a
paisagem suscitava nos escritores românticos. O que se entende pela preferência dada agora aos
ambientes urbanos e, em nível mais profundo, pela não identificação do escritor realista com aquela vida
e aquela natureza transformadas pelo positivismo em complexos de normas e fatos indiferentes à alma
humana.
O determinismo reflete-se na perspectiva em que se movem os narradores ao trabalhar as suas
personagens. A pretensa neutralidade não chega ao ponto de ocultar o fato de que o autor carrega
sempre de tons sombrios o destino das suas criaturas. Atente-se, nos romances desse período, para a
galeria de seres distorcidos ou acachapados pelo Fatum.
Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 172-3 (com adaptações).
Considerando o fragmento de texto precedente e as disposições da BNCC do ensino fundamental para a
disciplina de língua portuguesa, julgue o item a seguir, a respeito do Realismo e do Naturalismo na
literatura brasileira.
 
Em O Cortiço, de Aluísio Azevedo, a abordagem estética pela retórica da ciência imprime ao narrador
uma voz objetiva, destituída de juízos de valor, como no trecho a seguir, em que descreve uma das
personagens do romance: “A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais,
bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem”.
 Certo
 Errado
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Questão 197: Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Capítulo XXXVIII: Que Susto, Meu Deus!
Quando Pádua, vindo pelo interior, entrou na sala de visitas, Capitu, em pé, de costas para mim,
inclinada sobre a costura, como a recolhê-la, perguntava em voz alta:
— Mas, Bentinho, que é protonotário apostólico?
— Ora, vivam! exclamou o pai.
— Que susto, meu Deus!
Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui, tais quais, ou dois lances de há quarenta anos, é
para mostrar que Capitu não se dominava só em presença da mãe; o pai não lhe meteu mais medo. No
meio de uma situação que me atava a língua, usava da palavra com a maior ingenuidade deste mundo. A
minha persuasão é que o coração não lhe batia mais nem menos. Alegou susto, e deu à cara um ar meio
enfiado; mas eu, que sabia tudo, vi que era mentira e fiquei com inveja. Foi logo falar ao pai, que
apertou a minha mão, e quis saber por que a filha falava em protonotário apostólico. Capitu repetiu-lhe o
que ouvira de mim, e opinou logo que o pai devia ir cumprimentar o padre em casa dele; ela iria à
minha. E coligindo os petrechos da costura, enfiou pelo corredor, bradando infantilmente:
— Mamãe, jantar, papai chegou!
(Machado de Assis – Dom Casmurro.)
O romance realista machadiano alcançou grande destaque na literatura, sendo Machado de Assis
reconhecido como o autor que marcou o início do Realismo no Brasil, em 1881. De acordo com o trecho,
é possível reconhecer em sua obra:
 a) A caracterização do artista do “eu”, a fuga para a tristeza, para dentro de si mesmo, elegendo o
amor como centro da existência.
 b) A evidência maniqueísta por meio da caracterização dos personagens apresentados de uma
sociedade constantemente em crise.
 c) Submissão ao modelo europeu caracterizado pelo modelo patriarcal demonstrando uma menor
idealização da figura feminina assim como sua segregação.
 d) Aprofundamento e questionamento na focalização das relações humanas o que o levou a ser
reconhecido como introdutor do realismo interior ou psicológico.
 e) A vassalagem ocorrendo de forma metafórica no relacionamento amoroso entre os personagens
preservando uma herança do estilo romântico.
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Questão 198: INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2019
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Inverno! inverno! inverno!
 
Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos
sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz
do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de
cristal na planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade,
solidão, desespero e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida.
 
Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à
espera do sol avaro que não vem.
 
POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013.
 
Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se
observa a
 a) imprecisão no sentido dos vocábulos.
 b) dramaticidade como elemento expressivo.
 c) subjetividade em oposição à verossimilhança.
 d) valorização da imagem com efeito persuasivo.
 e) plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.
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Questão 199: ITA - Vest (ITA)/ITA/2019
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Os protagonistas de "O alienista", S. Bernardo e "A hora e vez de Augusto Matraga" têm em comum as
seguintes características:
 a) dissimulação e vileza.
 b) benevolência e autocrítica.
 c) religiosidade e obstinação.
 d) excessiva ganância e vaidade.
 e) obstinação e capacidade de ação.
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Questão 200: FUNDEP - Of BM (CBM MG)/CBM MG/2018
Assunto: Realismo/Naturalismo (Machado de Assis, Aluísio Azevedo, R. Pompeia, etc)
Assinale a alternativa em que a comparação entre as características do Realismo e as do Romantismo
está incorreta.
 a) No Realismo, destacam-se o universalismo e a linguagem culta e direta; no Romantismo,
destacam-se o individualismo e a linguagem culta, em estilo metafórico e poético.
 b) As descrições no Realismo apresentam adjetivação objetiva, voltadas a captar o real como ele é;
no Romantismo, a adjetivação é voltada a elevar o objeto descrito.
 c) A narrativa no Realismo é de ação e de aventura com personagens planas e previsíveis; no
Romantismo, a narrativa é lenta, acompanhando o tempo psicológico das personagens.
 d) No Realismo, o herói é problemático, repleto de fraquezas e incertezas – predomina o objetivismo;
no Romantismo, o herói é íntegro, de caráter irrepreensível – predomina o subjetivismo.
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Gabarito
1) A 2) C 3) D 4) C 5) D 6) B 7) E
8) C 9) D 10) C 11) C 12) B 13) C 14) A
15) A 16) Errado 17) Certo 18) Errado 19) Certo 20) Certo 21) E
22) A 23) A 24) D 25) B 26) A 27) E 28) A
29) B 30) E 31) C 32) C 33) E 34) A 35) D
36) D 37) B 38) E 39) D 40) D 41) B 42) E
43) D 44) D 45) B 46) C 47) Certo 48) B 49) Certo
50) B 51) D 52) E 53) B 54) B 55) D 56) A
57) D 58) C 59) Certo 60) B 61) D 62) D 63) B
64) B 65) E 66) E 67) A 68) B 69) A 70) E
71) E 72) B 73) A 74) Certo 75) Certo 76) B 77) A
78) C 79) C 80) E 81) E 82) A 83) C 84) D
85) B 86) E 87) B 88) C 89) C 90) D 91) A
92) A 93) D 94) B 95) A 96) C 97) D 98) D
99) D100) C 101) D 102) A 103) D 104) A 105) E
106) Errado 107) Certo 108) Certo 109) Errado 110) Certo 111) Certo 112) Errado
113) Certo 114) B 115) A 116) Certo 117) Certo 118) Errado 119) Certo
120) Errado 121) Certo 122) Errado 123) A 124) E 125) E 126) B
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