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EBOOK_CRITERIOS_NA_PRESCRICAO_DE_EXERCICIOS_PARA_GESTANTES

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PERSONAL TRAINER
PARA GESTANTES
EBOOK
 CRITÉRIOS NA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA
GESTANTES
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SUMÁRIO
CRITÉRIOS NA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA
GESTANTES
5.1 Recomendações para prática de exercícios
físicos para gestantes
5.2 Prescrição de exercícios físicos para gestantes
Por volta da 10ª semana gestacional inicia-se
o aumento do volume plasmático, provocada
pela retenção hidrossalina. O aumento da
volemia produz um aumento do fluxo cardíaco,
aumentando o volume de ejeção sistólica, e,
especialmente a partir do sexto mês de
gravidez, ocorre um aumento da frequência
cardíaca, em torno de 10 a 15 batimentos por
minuto, ocasionado pela queda da resistência
periférica.
A modificação corporal básica que ocorre na
gravidez é o aumento uterino. Até, por volta da
10ª semana, o útero ainda está restrito à
cavidade pélvica, mas a partir daí seu aumento
se evidencia sobre a parede abdominal.
Durante a gravidez ocorre a expansão torácica,
pelo relaxamento dos ligamentos intercostais
e ascensão do diafragma pelo crescimento
uterino, que resulta no aumento da capacidade
inspiratória, no decorrer da gravidez, em até
cerca de 300 ml.
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5.1 RECOMENDAÇÕES PARA PRÁTICA DE
EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA GESTANTES
As lesões ortopédicas, que ocorrem
frequentemente durante a gravidez podem ser
devido ao hiper-relaxamento ligamentar, como
também as modificações no equilíbrio da
mulher. Desse modo, a hiperlordose lombar
aumenta particularmente o risco de hérnia de
disco.
Os exercícios para gestante deveriam incluir a
combinação de atividades aeróbias envolvendo
grandes grupamentos musculares e atividades
que desenvolvessem força de determinados
músculos. 
Uma musculatura abdominal forte ajuda no
processo de expulsão da criança, durante o
parto via vaginal. A força muscular dos
membros superiores é também muito
importante para carregar o bebê, que aumenta,
cada vez mais, o seu peso.
Nas prescrições iniciais de exercício aeróbio
devem ser incluídas, no mínimo, três sessões
semanais, com dias intercalados de exercício,
cada uma com duração de 30 a 45 minutos. 
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A intensidade de exercícios deve manter uma
média estável da frequência cardíaca numa
faixa de 130 a 150 batimentos por minuto. 
As adaptações do organismo ao exercício
aeróbio no adulto sadio incluem o aumento do
volume de ejeção sistólica e um aumento do
debito cardíaco máximo.
O objetivo desejado para todas essas
mudanças é que toda e qualquer intensidade
de exercício constituam um nível
relativamente baixo de estresse no estado de
condicionamento, o que seria evidenciado
facilmente por uma menor elevação da
frequência cardíaca. 
No entanto, na gestante, provavelmente não é
o aumento das várias capacidades que
constitui o resultado desejado. Mais
especificamente a manutenção do debito
sistólico, a capilarização muscular e a
capacidade oxidativa da célula muscular para
se contrapor à diminuição dessas capacidades,
devido à redução da atividade diária,
regularmente observada durante a gestação.
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Uma questão importante para a mulher
interessada em continuar um programa de
exercício após a concepção é quanto tempo
deve esperar para iniciá-lo. 
Devido ao grande estresse fisiológico e
psicológico do parto e às mudanças hormonais
que a ele se seguem, geralmente recomenda-
se que os exercícios intensos não sejam
realizados antes de doze semanas após o
parto. 
Existem grandes diferenças individuais, e as
regras mais lógicas a serem seguidas é o
desejo da mãe em exercitar-se a sua percepção
das respostas fisiológicas quando da retomada
dos exercícios.
Mulheres que se exercitam antes de engravidar
e que continuam a fazê-lo durante a gravidez,
tendem a ganhar menos peso e a ter seus
bebês menores, tolerando melhor a dor do
parto.
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São necessárias, para a prática do exercício
físico, algumas recomendações:
Prescrição médica. Para qualquer atividade
física com gestantes são necessárias sempre as
prescrições e avaliações médicas, sem isso o
profissional estará sujeito a correr riscos
desnecessários. O médico deverá especificar as
atividades que a gestante não deve executar e
a intensidade ideal para o trabalho;
Não objetivar o condicionamento físico, não
aumentar a atividade física de antes da
gravidez: Não se deve ter como objetivo o
aumento do condicionamento físico, pois com
a gestante ocorre exatamente o inverso: sua
resistência inicial tende a diminuir. O ideal é
não aumentar a atividade física ou mantê-la
desenvolvida como antes de engravidar;
Realizar exercícios que não levem a fadiga:
Realizar exercícios com duração de no Máximo
30 minutos de atividade vigorosa, sempre
entre 50% e 70% da capacidade máxima da
gestante. Durante a atividade física com as
gestantes, o cuidado para não a leva a
exaustão é essencial e deve ser uma
preocupação constante do profissional;
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Evitar o aumento na temperatura corporal:
Para tal deve- se evitar lugares muito quentes
e água no máximo a 32 graus no inverno.
Durante a atividade física, a temperatura do
corpo tende a subir. Se o ambiente ou a água
estiverem muito quentes poderá ocorrer na
gestante uma hipertermia (excesso de calor).
Além disso, deve-se evitar roupas muito
pesadas ou quentes. Ressalta-se que as
diferenças ambientais e climáticas também
devem ser levadas em consideração, bem como
a época do ano (inverno ou verão);
Evitar a perda hídrica: Durante a atividade
física a gestante deve consumir uma
quantidade maior de líquido (bebendo água
antes, durante e após as atividades).
Evitar exercícios em gestantes que tenham
riscos comprovados pelo obstetra responsável.
Por isso, a necessidade da prescrição médica já
mencionada.
07
Parar as atividades assim que a gestante
apresentar algum sintoma fora do comum. A
gestante deve ser orientada a respeitar seu
próprio corpo e acatar a posição do médico
com relação às atividades liberadas. Qualquer
sintoma incomum ou fora dos padrões normais
deve ser imediatamente comunicado pela
gestante ao profissional que deve aconselhá-la
a fazer essa comunicação imediatamente ao
médico.
Estar sempre controlando a frequência da
gestante, através de equipamentos específicos.
Caso não possa contar com essa tecnologia, o
profissional deve controlar as gestantes pela
tomada constante da frequência.
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Parar as atividades assim que a gestante
apresentar algum sintoma fora do comum. A
gestante deve ser orientada a respeitar seu
próprio corpo e acatar a posição do médico
com relação às atividades liberadas. Qualquer
sintoma incomum ou fora dos padrões normais
deve ser imediatamente comunicado pela
gestante ao profissional que deve aconselhá-la
a fazer essa comunicação imediatamente ao
médico.
Estar sempre controlando a frequência da
gestante, através de equipamentos específicos.
Caso não possa contar com essa tecnologia, o
profissional deve controlar as gestantes pela
tomada constante da frequência.
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O treinamento de grávidas não deve ser
superior aos níveis anteriores à gravidez, a
intensidade do treino para aquelas gestantes
que estão continuando sua atividade física não
deve ir além do nível desenvolvido no início da
gravidez e para gestantes sedentárias, somente
iniciar um programa de atividades com
avaliação e liberação médica. Para as
gestantes saudáveis que já vivenciavam a
atividade física, pode continuar a fazer suas
atividades, porém tomando as devidas
adequações no planejamento de treino, e
sempre sob a supervisão de um professor de
educação física.
No treinamento de gestantes o critério
principal a ser considerado é a segurança da
mesma junto ao seu filho, a grávida pode e
deve praticar treinamentos resistidos
(musculação) e treinos aeróbicos, pois cada um
deles irá contribuir de maneira especifica e
significativa para o bem estar e saúde da
praticante atuando no fortalecimento da
musculatura alongamento, resistência, sistema
cardiorrespiratório e outros aspectos
psicossociais muito importantes para prevenir
patologias como, por exemplo, depressão pós-
parto (MONTENEGRO, 2014). 
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5.2 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
PARA GESTANTESExercícios que promovam desequilíbrios,
paradas bruscas com mudança de direção,
riscos de quedas ou traumas devem ser
evitados, bem como posições de maiores
compressões abdominais, como posições
supinadas, pois a posição supina deve ser
evitada, pois pode estar relacionada com a
síndrome da hipotensão supina ou supino
hipotensiva, onde o útero comprime a veia
cava reduzindo o retorno venoso essa é uma
medida preventiva quanto a uma possível
obstrução venosa. Assim como evitar a
realização da manobra de valsava durante o
exercício (MONTENEGRO, 2014; DUMITH et al.,
2011). 
Também é importante que a gestante não faça
atividades físicas em locais demasiadamente
quentes ou debaixo de sol forte, evitando
assim uma elevação exagerada da temperatura
corpórea que pode até levar a uma hipertermia
fetal, e associado a manutenção dessa
temperatura respeitar que no treino de
frequência cardíaca (aeróbico) a gestante deve
evitar ultrapassar os 140 Bpm. Outro fator
importante é a hidratação que a gestante deve
ter cuidado extra durante a prática de
exercício, mantendo-a adequada antes, durante
e após a prática de exercícios (BARROS, 1999
apud MONTENEGRO, 2014). 
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Como seleção de exercícios deve-se escolher
os que trabalhem grandes grupos musculares,
com baixo impacto e evitar exercícios que
necessitem de equilíbrio e exercícios de
membros superiores que ultrapassem 90°, pois
irão ajudar no aumento da lordose lombar
gerando uma possível hiperlordose e
consequentemente uma lombalgia para a
grávida. Vale ressaltar que a grávida,
apresenta nos últimos meses uma grande
dificuldade de retorno venoso, perceptível com
os inchaços nos pés, por isso o trabalho de
fortalecimento de panturrilhas torna-se bem
interessante para auxiliar em uma melhor
circulação sanguínea, consequentemente, em
um melhor retorno venoso (MONTENEGRO,
2014).
Segundo o Colégio Americano de Obstetrícia e
Ginecologia (ACOG), a prescrição de
treinamento para gestantes deve manter as
recomendações similares a prescrição para
população de adultos saudáveis, devendo
apenas acrescentar uma atenção maior aos
sintomas, aos desconfortos e as capacidades
da mulher durante a gravidez avaliando de
forma individual sua capacidade de respostas
ao planejamento do treino em cada fase da
gestação (JÚNIOR; MORAIS; XAVIER, 2017). 
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