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TRABALHO DE GRADUAÇÃO A PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO NA GESTAÇÃO 28-11

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A prática do exercício físico no período da gestação 
Atuando na manutenção da saúde e qualidade de vida. 
 
 
 
Juliane Ramos 
Prof. Orientador: Igor Santos Souza 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Educação Física Bacharelado BEF0052 – Trabalho de Graduação 
18/09/2021 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A gestação é um período marcado por muitas alterações no corpo da mulher, tanto fisiológicas 
quanto psicológicas. Devido a isso vários cuidados devem ser tomados para uma gravidez mais 
saudável. A prática de exercícios físico tem um papel muito importante de amenizar alguns 
desconfortos gerados pela gestação, atuando assim na promoção e manutenção da saúde da gestante 
e do feto. Através de revisão bibliográfica apresentou-se nesse trabalho informações sobre os 
cuidados que a pratica de exercícios físicos devem conter, para que as gestantes se sintam seguras 
perante a especifica atividade durante a gravidez, contudo o acompanhamento com um profissional 
da saúde e um educador físico qualificado, são indispensáveis e relevantes para orientar as 
recomendações e contraindicações, afim de não causar efeitos contraditório para mãe e feto. 
 
Palavras-chave: Gestação; exercícios físicos; recomendações físicas; manutenção da saúde. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Durante o período gestacional ocorrem várias adaptações e alterações no corpo da mulher, 
sendo elas hormonais, fisiológicas ou até mesmo psicológicas. Exigindo assim maior atenção e alguns 
cuidados para a manutenção da saúde e qualidade de vida para a gestante (MOREIRA, et al, 2011). 
As alterações ocorridas nessa fase estão diretamente ligadas, principalmente, a quantidade 
excessiva de hormônios que são responsáveis pelas adaptações do organismo a sua nova condição, 
essas transformações refletem principalmente no sistema cardiorrespiratório, musculo esquelético e 
no metabolismo geral, não apenas se restringindo a órgãos, mas também a mecânica do corpo 
feminino, como alterações no centro de gravidade, de postura e equilíbrio. (KISNER, COLBY, 2005). 
Com todas essas oscilações corporais, algumas mulheres tendem a apresentar alguns 
desconfortos, principalmente as lombalgias. Nessa fase também é muito comum a perda de massa 
muscular e o ganho excessivo de peso. A maioria das gestantes experimenta algum desconforto nesse 
período, proveniente dos efeitos negativos das alterações físicas e psicológicas. (BORG-STEIN et al., 
2005). 
O exercício físico tem o papel muito importante de amenizar esses desconfortos gerados pela 
gestação, trazendo inúmeros benefícios tanto fisiológicos como psicológicos. (BORGSTEIN et al., 
2005). 
De acordo com o American College of Obstetricians and Gynecologist (ACOG) gestantes 
saudáveis sem complicações devem ser encorajadas a prática de exercício físico aeróbico e de força 
(resistido), com intensidade moderada, para melhorar ou manter a capacidade física, ganho de peso, 
redução do risco de diabetes gestacional e bem estar psicológico. 
A falta de atividade física regular, de acordo com SILVA (2007), é um dos fatores associados 
a uma susceptibilidade maior a doenças durante e após a gestação. Os programas de promoção de 
saúde voltados para prática regular de atividade física constituem um instrumento fundamental para 
prevenção de doenças crônicas. 
Diante desse contexto de promoção e manutenção de saúde, e tratando-se de manter a gestante 
ativa nessa fase, é de muita importância que o especialista da área clínica, e também o profissional de 
educação física tenham conhecimento prévio sobre o histórico de vida da gestante, e que se 
mantenham sempre atualizados sobre os benefícios e os riscos que a pratica esportiva pode gerar 
durante a gravidez, visando promover uma orientação segura, precisa e com mais qualidade. (LIMA; 
OLIVEIRA,2005). 
A pesquisa tem como justificativa abordar a pratica exercícios físicos executados por mulheres 
gestantes, tendo a necessidade de compreender até que ponto essa pratica é benéfica para a saúde de 
mãe e filho durante esse período. Identificar a influência que a atividade física exerce sobre a 
qualidade de vida em mulheres gestantes e também analisar a melhor forma de aplicar cada atividade 
durante esse período. 
 Através de uma ampla pesquisa bibliográfica, o artigo implica em informações sobre os 
cuidados que a pratica de atividades físicas deve conter, de forma que a gestante sinta-se segura 
perante a especifica atividade durante a gravidez. 
A revisão dos artigos limitou-se ao período de 2000 a 2020, priorizando artigos mais atuais 
sobre o assunto, utilizando-se os termos: gravidez, exercícios físicos na gestação, período gestacional. 
As publicações foram obtidas nos bancos de dados Scielo, ACMCG, ACOG, PubMed e Capes, sendo 
consultados também livros didáticos de diferentes períodos, para esclarecimentos sobre definições de 
atividade física, alterações fisiológicas durante a gestação e crescimento fetal. 
 
 
2 PERIODO GESTACIONAL 
 
A gestação é considerado por AZEVEDO et al. (2011), como único fator existe de maior 
relevância e mudança em todas as funções do organismo materno, que deverá formar e nutrir o feto 
que se desenvolve no útero. Inicia-se desde o momento da fecundação até o momento do nascimento 
de um novo ser humano. Esta fase também é chamada de período intrauterino e dura em média 40 a 
42 semanas, ou seja 9 meses. 
O período embrionário humano é dividido em três estagio, o primeiro denominado como 
estagio germinal de desenvolvimento, tem início através da fecundação e a implantação do feto no 
útero. O segundo é o estágio embrionário, onde é o principal momento da formação dos órgãos e das 
estruturas anatômicas do embrião. O estágio fetal é o último, onde os órgãos e os tecidos do feto já 
estão formados e está pronto para o parto (BOTELHO; MIRANDA, 2011). 
 
2.1 ALTERAÇÕES FISIOLOGICAS 
 
De acordo com COSTA (2004) o período gestacional passa por diversos processos que 
alteram frequentemente o organismo da mulher, essas oscilações ocorrem já no primeiro trimestre, 
onde ocorre uma grande transformação hormonal, resultando em sonolência, enjoos, tonturas, 
mudanças de humor e muitos outros sintomas. O segundo e o terceiro período ocorrem do terceiro ao 
nono mês, onde o corpo da mulher muda significativamente, pois é quando começa o aumento da 
massa corpórea na região do abdômen e da pelve, alterando o centro de gravidade da gestante. 
Os dois primeiros meses da gravidez é a fase mais delicada, onde o embrião está em processo 
de formação, e após essa fase espera-se um período mais calmo. Entre 15 a 20 semanas já possível 
identificar o sexo do bebê e o desenvolvimento de ossos e cartilagem, já no terceiro e último trimestre 
inicia-se a preparação do feto para o nascimento (BOTELHO; MIRANDA,2011). 
BOTELHO e MIRANDA, ainda afirmam que o aumento do peso na gestação geralmente é 
entre 10 a 15 quilos, e esse aumento de peso pode sobrecarregar principalmente as articulações dos 
joelhos e dos discos intervertebrais onde provoca problemas articulares. Uma das causas desse 
aumento de peso, decorre devido ao aumento da formação do útero e do peso do feto que cresce 
nesses meses. 
E é esse aumento uterino, gera também uma pressão sobre a bexiga, causando assim sintomas 
urinários, como o aumento da frequência e urgência da urinação, incontinência urinaria de esforço 
(IUE), aumento da capacidade de filtração renal, permitindo a eliminação mais rápida de resíduos 
produzidos pelo feto. (TORTORA; GRALOWISKI, 2002) 
É bastante comum que as gestantes sintam também algum tipo de desconforto físico, a dor 
lombar é uma das queixas mais frequentes, considerando que a postura corporal pode ficar 
inadequada. O aumento do uterino desloca o centro de gravidade do corpo da gestante para frente, 
alterando o equilíbrio que pode causar uma curvatura lombar, que gera esse desconforto (LIMA; 
OLIVEIRA, 2005). 
TORTORA e GRALOWISKIapontam que do quarto ao sexto mês, os enjoos e vômitos 
diminuem ou até mesmo desaparecem, mas o inchaço nas pernas e pés se tornam mais frequentes, 
pois o crescimento da barriga dificulta a circulação do sangue. Seguindo para o sétimo ao nono mês, 
o crescimento do bebe pressiona os órgãos internos da mulher, podendo assim ocasionar uma serie 
de desconfortos como a falta de ar, azia e a sensação de estomago cheio. No final da gravidez, a um 
aumento do tamanho do coração e do volume do sangue circulando no organismo, aumentando assim 
o nível de frequência cardíaca. 
 
2.2 ASPECTOS HORMONAIS 
 
 As variações hormonais no corpo da mulher, por sua vez também provocam profundas 
alterações, tanto físicas como emocionais. FISCHER (2003) evidencia quatro hormônios que se 
destacam no organismo da mulher durante a gestação, sendo eles a progesterona, o estrogênio, a 
gonadotrofina coriônica (HCG) e somatomamotropina coriônica. 
 O estrogênio é o hormônio responsável pelo desenvolvimento das características sexuais 
feminina. O elevado excesso de estrogênio na gravidez facilita o crescimento uterino, o aumento das 
mamas e suas glândulas, a expansão da parte genital externa, o alargamento pélvico auxiliando assim 
o canal de passagem do feto no momento do parto (FISCHER 2003). 
 Seguindo o raciocínio de FISCHER (2003) a progesterona é o segundo hormônio feminino, é 
responsável pela preparação do útero para receber o óvulo fertilizado. Tem como função tornar 
disponível para uso fetal as quantidades adicionais de nutrientes que ficam armazenadas no 
endométrio, ela é responsável por exercer potente efeito inibidor sobre a musculatura uterina, fazendo 
com que as contrações não expulsem o óvulo ou o feto em desenvolvimento. 
 FISCHER (2003) ainda destaca que nas primeiras semanas o corpo lúteo, que é encarregado 
de realizar a secreção do estrogênio e da progesterona, tende aumentar a secreção desses dois 
hormônios até três vezes mais que o normal. Logo após a decima sexta semana esses hormônios 
passam a ser secretados pela placenta, aumentando de maneira extrema sua produção, o estrogênio 
aumento aproximadamente trinta vezes, e a progesterona certa de dez vezes, em relação as 
quantidades de um ciclo de menstrual normal. 
 A gonadotrofina coriônica é um hormônio produzido pelo ovário logo após a concepção, tem 
uma função muito importante na manutenção da gravidez no primeiro trimestre, mantendo ativo o 
corpo lúteo, a detecção da sua presença no organismo é o indicio que se baseia grande parte dos testes 
de gravidez. Por sua vez, a somatomamotropina corânica é o hormônio produzida por glândulas da 
placenta, somente em gravidas, é responsável pela nutrição apropriada do feto, auxiliando no 
crescimento fetal (FISCHER 2003). 
 
 
3 A PRÁTICA DO EXERCICIO FISICO NA GESTAÇÃO 
 
Praticar exercícios físicos durante a gravidez pode causar certo receio e gerar algumas 
preocupações, tradicionalmente as mulheres eram instruídas a descansarem e relaxarem nesse 
período, as mulheres recebiam informações que deveriam limitar a atividade física principalmente 
por medo de diminuir a oferta de oxigênio ao bebe e também outros riscos potenciais a saúde, e assim 
durante muito tempo pratica qualquer tipo de exercício foi proibido. (NASCIMENTO et al.,2014) 
Durante muito tempo mulheres que não eram fisicamente ativas antes da gravidez foram 
desencorajadas a iniciar após engravidarem, esse equívoco vem sendo desmentido por estudos mais 
recentes, que demostram que mulheres que não estavam ativas antes da gravidez podem obter 
benefícios clinicamente significativos, começando a se envolver com a pratica de atividades regular 
após a concepção, mesmo que em níveis mais baixos. (NASCIMENTO et al.,2014) 
No entanto, isso mudou em 1985 com a publicação do primeiro conjunto de diretrizes para o 
exercício durante a gravidez pelo American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). 
Essas diretrizes foram rapidamente seguidas pelo desenvolvimento de recomendações em vários 
países ao redor do mundo. Desde então as evidencias praticas que sustentam a segurança e os 
benefícios do exercícios pré natal cresceram significativamente. 
Diversos estudos e pesquisas que evoluíram nos últimos 50 anos agora fornecem muitos dados 
mostrando que é seguro e importante para uma gestante continuar um regime de exercícios ou até 
mesmo começar a se exercitar. Atualmente existe evidencias abundantes para apoiar a promoção de 
atividades física moderada pré natal para benefícios da saúde materna. (DEVENPORT, 2020) 
Muitas mulheres também estão relutantes em ser fisicamente ativas devido à fadiga ou 
sensação de mal, ou para algumas mulheres, temem pela segurança de seu feto. No entanto, esses 
medos podem ser aliviados por revisões recentes e abrangentes da literatura que têm demonstrado 
que o exercício no âmbito das diretrizes atuais confere benefícios físicos e psicológicos significativos, 
sem evidências de danos à mãe ou ao bebê. De fato, deve haver um foco nos riscos de não ser 
fisicamente ativo durante a gravidez, pois esses tendem a apresentar mais preocupação do que por 
serem ativos. (DEVENPORT, 2020) 
 
 
3.1 BENEFICIOS DO EXERCICIO DURANTE A GESTAÇÃO 
 
 A atividade física e a reprodução são partes normais da vida, e para mulheres saudáveis com 
uma gravidez normal a pratica de exercícios regulares é recomendada, no entanto é extremamente 
importante obter aprovação médica para se exercitar. 
 Geralmente, não há razão para evitar exercícios durante esse período, mas um médico pode 
aconselhar uma mulher a não se exercitar por razões como algumas formas de doença cardíaca e 
pulmonar ou problemas cervicais. Após a aprovação do médico, uma mulher pode então buscar 
orientação de um profissional de educação física qualificado para ajudar a planejar um protocolo de 
exercícios adequado. (DEVENPORT, 2020) 
 
O exercício na gestação varia de gestante para gestante, não há uma atividade 
padrão para esse período, o volume, a sobrecarga, a intensidade e a modalidade 
se diferenciam para cada uma delas, de fato, as gestantes que não apresentam 
contra indicações devem ser impulsionadas a exercícios não competitivos, e de 
pouca intensidade e traumas, as atividades aeróbicas, treino resistido e 
alongamento são aconselháveis, já alguns esportes como o mergulho e 
hipismo, esqui aquático e a luta não devem ser praticados durante a gestação 
devido a apresentação de riscos de traumas tanto para a grávida como para o 
feto, portanto, mulheres atletas são orientadas a interromper a atividade 
esportiva. (BOTELHO.MIRANDA, 2011) 
 
 
 A pratica regular de exercício físico durante a gravidez, por pelo menos trinta 
segundos, tende a promover diversos benefícios, entre eles a prevenção de diabetes gestacional, ajuda 
a reduzir o inchaço, melhora a circulação sanguínea, amplia o equilíbrio muscula, apresenta alivio 
nos desconfortos intestinais incluindo a constipação, fortalece a musculatura abdominal e facilita na 
recuperação pós parto. O objetivo do exercício aeróbico na gestação é manter a capacidade 
cardiorrespiratória e o condicionamento físico durante a gestação, além de contribuir na prevenção e 
no controle do diabetes gestacional, da hipertensão e do ganho de peso materno. (NASCIMENTO et 
al.,2014) 
 Esses benefícios são comparados a outro estudo realizado por BATISTA et al (2003) que 
afirma que as atividades realizadas durante o período gestacional atingem várias áreas do organismo 
materno, trazendo desta forma proveitos como a redução e prevenção das lombalgias. Esses 
benefícios se dá devido a orientação postural correta da futura mãe frente a hiperlordose que com 
frequência aparece durante o período gestacional, em função do crescimento do útero na cavidade 
abdominal e o consequente afastamento do centro gravitacional. 
 ARAUJO et al (2016) afirmam que a exercício físico regular ajuda na prevençãoe 
fortalecimento da musculatura pélvica, redução de lombalgia, ajuda na diminuição das dores nas mãos 
e nos pés, diminuição do estresse cardiovascular e elevação da autoestima da gestante. 
 O condicionamento físico, adquirido com os exercícios físicos, melhora a postura da gestante, 
diminuindo as possíveis dores nas costas, além de controlar o ganho ponderal e a estática pélvica. 
Além da prática de exercícios aeróbios as gestantes também podem realizar exercícios resistidos, 
porém não são recomendados testes de força para ajuste da carga, esta deve ser feita com base na taxa 
de esforço percebido respeitando-se as intensidades já mencionadas. (MONTENEGRO, 2014) 
 Após passar por aprovação médica, a gestante pode seguramente realizar o treinamento de 
força, tendo como objetivo melhorar a postura, diminuir dores lombares, facilitar o trabalho de parto 
e a recuperação pós-parto. Tudo isso será possível através do fortalecimento dos músculos envolvidos 
no parto e na sustentação da coluna (REBESCO et al., 2016) 
 O exercício físico realizado em intensidade leve a moderada é considerado seguro tanto para 
a mãe quanto para o feto. (COETZZE, 2009, apud ARAUJO et al., 2016) a prática de exercício físico 
promove efeitos tanto fisiológicos como psicológicos durante a gestação. Provavelmente, os 
exercícios físicos irão proporcionar diminuição das queixas comuns durante a gestação, melhorando 
a qualidade de vida e até mesmo melhora na aptidão física. 
 
Dentre os músculos envolvidos no parto, que podem ser enfatizados nos exercícios resistidos, 
estão os adutores, abdutores, glúteos, isquiotibiais e quadríceps, além dos músculos do 
assoalho pélvico que, além de auxiliar no parto, e sustentar a coluna, ainda permitem o 
controle da micção (que as vezes pode ser prejudicado com a gravidez). O fortalecimento 
desses músculos é importante para a gestante durante o período da gravidez, o parto e na 
recuperação. (REBESCO et al., 2016) 
 
 
 A Prática do exercício físico durante o período da gestação traz inúmeros benefícios 
tanto para a mãe como para o feto, desde que sejam tomados os devidos cuidados quanto ao tipo, 
duração e intensidade do exercício, respeitando as contraindicações e patologias associadas. Na 
ausência de complicações clínicas ou obstétricas, todas as gestantes devem ser estimuladas a prática 
algum tipo de atividade física durante esse período. (ARAUJO et al, 2016) 
 Os exercícios realizados de forma segura trazem efeitos positivos para a futura mamãe. No 
entanto é preciso certos cuidados como realizar atividade física sob orientação de um profissional de 
educação física para que não ocorram complicações no período que o feto está no útero da mãe. 
(ARAUJO et al.,2016) 
 
 
3.2 CONTRAINDICAÇÕES A PRATICA DE ATIVIDADES FISICAS NA GESTAÇÃO 
 
 Mesmo que a maioria das mulheres se beneficiem com a pratica de exercícios físicos durante 
a gestação, existe várias condições medicas onde a pratica de atividades físicas de intensidade, 
moderadas e vigorosa podem afetar negativamente mãe e feto. É importante que as gestantes sejam 
acompanhadas por um profissional médico, que possa identificar essas condições. Mesmo que seja 
incomum essas situações ocorrem, por isso precauções especificas são fundamentais ao prescrever 
exercícios, e sobre algumas circunstâncias deve ser evitado. (AZEVEDO et al., 2011) 
 Uma contraindicação absoluta é uma condição em que a pratica de atividades físicas, sejam 
elas intensas, moderadas ou leves deve ser evitado devido ao risco elevado de eventos adversos para 
a gestante ou para o bebe. As contraindicações absolutas podem variar entre diretrizes especificas, 
mas na maioria das vezes incluem complicações graves na gravidez, conforme apresenta a tabela 1, 
como pré eclampsia e restrição intrauterino, como também doenças cardiovasculares ou respiratórias 
pré existentes. (AZEVEDO et al., 2011) 
 As contraindicações relativas devem ser discutidas entre paciente gestante e seu profissional 
de saúde obstétrico para determinas os potenciais riscos e benefícios da atividade física durante a 
gravidez. Condições como distúrbios respiratórios leves, ou distúrbios alimentares sintomáticos 
podem justificar uma redução da intensidade, duração e volume da atividade, ou evitar a pratica 
dependendo do risco individual. (AZEVEDO et al., 2011) 
 
 
 
TABELA 1- CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS E RELATIVAS E OS SINTOMAS PARA INTERRUPÇÃO DO 
EXERCÍCIO FÍSICO DURANTE A GRAVIDEZ. 
Contraindicações Absolutas Contraindicações Relativas 
Sinais de Alerta Para 
Interrupção do Exercício 
Doença Cardíaca 
Hemodinamicamente 
Significativa 
Anemia Grave Sangramento Vaginal 
Doença Pulmonar Restritiva Arritmia Cardíaca Grave Dispneia Antes do Esforço 
Insuficiência Cervical Bronquite Crônica Tonturas 
Gestação Múltipla com Risco 
de Trabalho de Parto 
Prematuro 
Diabetes Tipo I não 
Controlada 
Dor de Cabeça 
Hemorragia Persistente no 
Segundo e Terceiro Trimestre 
Obesidade Mórbida Dores no Peito 
Placenta Prévia Durante 26 
Semanas de Gestação 
Baixo Peso (Índice de Massa 
Abaixo de 12) 
Fraqueza Muscular 
Trabalho de Parto Prematuro 
Durante o Correr da Gravidez 
Restrição do Crescimento 
Intrauterino Durante a 
Gravidez 
Dor ou Inchaço na Panturrilha 
(Necessidade de Pronunciar a 
Trombo flebite) 
Ruptura de Membranas 
Hipertensão Mal 
Controlada/Pré-eclâmpsia 
Trabalho de Parto Prematuro 
Hipertensão Induzida pela 
Gravidez 
Limitações Ortopédicas 
Diminuição da Circulação 
Fetal 
 Convulsões 
Extravasamento do Líquido 
Amniótico 
 Tireoide Mal Controlada 
 Mulheres Fumantes 
FONTE: Produzida pela a autora com base nos dados de Azevedo et al., (2011, p.58). 
 
 
3.3 RECOMENDAÇÕES PARA EXERCICIOS DURANTE A GRAVIDEZ 
 
Na ausência de contraindicações, as gestantes podem seguir as diretrizes de atividade física 
para adultos saudáveis e recomendações específicas da gravidez. É importante que as mulheres 
mantenham uma comunicação aberta com seus médicos sobre padrões de atividade física para 
garantir a progressão saudável da gravidez. 
 Recomenda-se que para gestantes que não eram ativas, iniciar um programa de exercícios e 
aumentá-lo gradualmente ao longo do tempo seguindo as diretrizes e recomendações especificas 
Caminhar pode ser uma ótima opção para as mulheres garantirem que a atividade não seja muito 
extenuante, além de ser um modo simples e fácil, não apresenta nenhum custo e ainda promovera 
benefícios tanto para mãe quanto para feto. (MONTENEGRO, 2014) 
 Mulheres anteriormente ativas podem permanecer ativas. Para as mulheres que continuam seu 
protocolo regular de exercício durante a gravidez, a intensidade do exercício não deve exceder os 
níveis de pré-gravidez e deve ser modificada conforme necessário, devendo ser orientada por um 
profissional da educação física. É importante ouvir seu próprio corpo, estar atento às contraindicações 
e saber quando fazer uma pausa. (MONTENEGRO, 2014) 
Para as gestantes acostumadas com atividades de alta intensidade antes de engravidar podem 
continuar suas atividades. Isso significa que as mulheres gestantes podem se exercitar acima de 140 
BPM (batida por minutos), essa não á mais uma limitação de acordo com as diretrizes atualizadas do 
ACOG American College of Sport Medicine. Então podem continuar seus treinos se não houver 
contraindicações e a gestante manter uma comunicação aberta com seu profissional de saúde. No 
entanto, ao comparar diretrizes de diferentes países, as diretrizes não são unânimes quanto aos limites 
superiores para níveis de atividade vigorosa durante a gravidez. (MONTENEGRO, 2014) 
 A atividade física deve ser ajustada conforme necessário, natação e ciclismo estacionário são 
exercícios apropriados sem peso e são recomendados. Exercícios de peso são igualmente benéficos, 
desde que sejam confortáveis. Programas de caminhada, corrida e aeróbica de baixo impacto são 
exercíciosadequados de suporte de peso. Recomenda-se no entanto, que atividades que dependem de 
equilíbrio como bicicleta, sejam evitadas, especialmente durante o segundo e o terceiro trimestre 
devido a mudança de equilíbrio e risco de queda. Os esporte de contato devem ser evitados devido ao 
risco de trauma abdominal. (STANNARD, 2016) 
 Há uma certa hesitação em recomendar treinamento de força para gestantes por causa dos 
efeitos desconhecidos no feto. O levantamento pesado poderia reduzir o fluxo sanguíneo nos vasos 
uterinos e umbilical. No geral, as gestantes não devem realizar atividades que não estão acostumadas, 
mas continuar com as atividades que lhe é familiar. Assim como outras formas de atividade, a 
intensidade deve ser modificada de acordo com que a gravidez progride. (STANNARD, 2016) 
 Além da prática de exercícios aeróbios as gestantes também podem realizar exercícios 
resistidos (de força), porém não são recomendados testes de força para ajuste da carga, esta deve ser 
feita com base na taxa de esforço percebido respeitando-se as intensidades já mencionadas. 
(REBESCO, et al.,2016) 
 Um estudo de MONTENEGRO (2014) aponta que, apesar da hesitação, o treinamento de 
força vem sendo recomendado como parte do planejamento, que seja composto, de preferência, por 
exercícios que trabalhem grandes grupamentos musculares e de baixa intensidade com 8 a 10 
repetições, com 2 séries e frequência entre 2 e 3 sessões por semana. 
 Deve se evitar a posição supina após o primeiro trimestre, deitado na parte de trás pode 
representar um risco de diminuição da produção cardíaca e fluxo sanguíneo restrito para o feto. Uma 
boa alternativa é ficar na posição sentada durante a realização de atividades, especialmente durante o 
treinamento de força. (STANNARD, 2016) 
 Seguindo as diretrizes recomenta-se também manter-se hidratado e observar os índices de 
calor. A regulação da temperatura é altamente dependente da hidratação e das condições 
ambientais. O exercício físico das gestantes deve garantir a ingestão adequada de líquidos antes, 
durante e após o exercício, usar roupas de encaixe solto, e evitar o alto calor e a umidade para 
proteger contra o estresse térmico. (STANNARD, 2016) 
 Um estudo publicado por BAGNARA (2010) relata alguns cuidados específicos que devem 
ser tomados ao treinar uma gestante: 
 Prescrever exercícios leves e de forma regular, numa frequência de três e cinco vezes por semana, 
de acordo com o histórico de atividades físicas da praticante; 
 Realizar um aquecimento orgânico geral de pelo menos 10 minutos, para evitar mudanças bruscas 
no estado do organismo, como elevação do batimento cardíaco de forma repentina e alterações da 
pressão arterial; 
 Evitar movimentos de balanço e que contraiam de forma exagerada o abdome; 
 Evitar todo e qualquer tipo de impacto sobre as articulações; 
 Não realizar exercícios elevando o quadril e as pernas acima do nível do peito, evitando dessa 
forma a movimentação brusca do sangue para a cabeça; 
 Controlar constantemente a frequência cardíaca, mantendo a mesma entre 50 % a 70% da máxima, 
para segurança da gestante e do bebê, evitando assim a falta de oxigênio para o feto; 
 Movimentos de deitar e levantar do chão devem ser feitos de forma suave, evitando assim a 
hipotensão (queda brusca da pressão arterial); 
 Qualquer sintoma anormal (dores e desconfortos), parar imediatamente a atividade e comunicar 
o obstetra; 
 Abolir todo e qualquer tipo de exercício que provoque apnéia (prender a respiração); 
 Adequar o consumo de calorias para a gestação e para suportar o ritmo de treinamento sem afetar 
o bebê, que está em formação. 
 
 Antes de iniciar um programa de atividade física, consultar o obstetra para que o mesmo 
informe particularidades sobre a gestação e exercícios contra indicados para o caso específico da 
gestante. Os exercícios físicos com maiores índices de recomendações são: atividades aquáticas 
(hidroginástica), alongamentos, reforço muscular geral e exercícios aeróbios de baixa intensidade 
e sem impacto, como pedalar na bicicleta horizontal, andar na esteira. (BAGNARA, 2010). 
 Recomenda-se que as gestante com estilo de vida sedentário, devem começar com intensidade 
leve e avançar gradativamente. Com a progressão da gravidez, independentemente do nível de 
aptidão física da gestante, a intensidade, a frequência e a duração do exercício tendem a diminuir 
naturalmente (AZEVEDO et al., 2011). 
 De acordo com Julieann Harris, Personal Trainer Certificado pela ACSM, citada no Health 
& Fitness Journal, vivenciar a gravidez na perspectiva de profissional a ajudou a entender os 
desafios durante esse período que podem impactar uma rotina de exercícios, prescrever exercícios 
na gestação não é só diminuir a carga ou pegar mais leve, é fundamental conhecer a fisiologia da 
gestação para uma prescrição mais assertiva e individualizada. (DEVENPORT, 2020). 
 O profissional de educação física deverá ser atencioso durante a prescrição de exercícios, para 
que os mesmos atendam às necessidades da gestante e sejam seguros para ela e para o feto. A escolha 
da modalidade do exercício está intimamente ligada com a segurança em cada período da gestação e 
também a sensação de bem estar da gestante (REBESCO et al., 2016). 
 Ao optar em realizar um exercício e uma modalidade que lhe agrade, a gestante se sentira, 
mas confortável a prática do exercício. Sendo assim, as cargas devem ser monitoradas e ajustadas, o 
treino deve ser prescrito de acordo com as condições de cada gestante e, a intensidade dos exercícios 
tende a diminuir com o avanço da gravidez (AZEVEDO et al., 2011). 
 
 
4 MATERIAL E MÉTODOS 
 
 O presente estudo caracteriza-se por uma revisão bibliográfica, e através dos estudos 
realizados buscou-se dados e informações sobre a área de concentração, especificamente a pratica de 
exercícios físicos no período gestacional. 
 Como fonte de pesquisa foram utilizados artigos científicos, dissertações e monografias de 
diferentes autores que contribuíram no desenvolvimento e conclusão do referido trabalho. Através 
de plataformas cientificas eletrônicas conceituadas, tais como Scielo, ACMCG, PubMed e Capes, 
assim as devidas informações foram levantadas. 
 Toda a coleta de artigos foram realizadas entre os meses de agosto e novembro de 2021. 
Durante a busca e seleção, foi priorizado artigos publicados no máximo nos últimos 10 anos. Foram 
considerados critérios de inclusão: artigos relacionados com humanos, intervenção que envolveu 
prática supervisionada e/ou orientações sobre exercício físico, conter no título ou resumo palavras 
como atividade física, gravidez, feto e período gestacional. 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
 As alterações do período gestacional estão ligadas principalmente à excessiva quantidade de 
hormônios destinados à adaptação do organismo e sua nova condição. Neste processo, a mama e útero 
são os órgãos que mais sofrem as mudanças, através dos estrógenos e progesterona. Ainda de acordo 
com as considerações dos autores, pode-se constatar que há modificações no metabolismo da 
gestante, culminando no aumento da pressão arterial e diabetes gestacional já nas últimas semanas de 
gravidez, lembrando que não ocorrem em todas gestante. 
 Estudos relatam que ocorrem mudanças biomecânicas no corpo das gestantes em decorrência 
de hormônio, desta forma, a maioria das gestantes experimenta algum desconforto nesse período, 
proveniente dos efeitos negativos das alterações físicas e psicológicas, as gestantes sentem incômodos 
através da hiperlordose lombar, ou dores na região pélvica. A gravidez altera a fisiologia normal e 
isso exige modificações na prescrição de exercício físico, que deve enfatizar o conhecimento acerca 
da dissipação de calor, da ingestão adequada de calorias e na prescrição intensidade do exercício 
(AZEVEDO et. al., 2011). 
 Os resultados apontam que durante a gestação,o corpo da gestante passa por várias adaptações 
envolvendo diversos aparelhos e sistemas, dentre eles, o respiratório, o cardíaco, o ósseo e o muscular. 
Essas modificações são de nível fisiológico e mecânico. Ao compreender essas alterações, os 
profissionais de saúde envolvidos podem intervir proporcionando melhoria, bem-estar e qualidade de 
vida às gestantes (AZEVEDO et al., 2011) 
 De acordo com o estudo de MONTENEGRO (2014) a inclusão do exercício físico no período 
da gestação pode trazer vários benefícios como redução do estresse cardiovascular, prevenir a 
diabetes gestacional, melhora da postura, prevenção do ganho de peso, auxiliar na recuperação mais 
rápida pós-parto, além de ajudar na autoimagem e controle da ansiedade. 
 Outro estudo feito por ARAÚJO (2016) aponta que o exercício físico melhora a postura, o 
equilibro e ajuda a gestante a suportar melhor o seu peso corporal, ajudando na prevenção de doenças 
cardiovasculares, na manutenção do peso, ao equilíbrio dos níveis glicêmicos e a melhora da 
autoestima. 
 A prática do exercício físico regular em qualquer público, quando supervisionado e realizado 
de forma adequada, promove saúde e qualidade de vida. Na gestação e no puerpério isso não é 
diferente, desde que seja praticado de forma moderada de acordo com o período gestacional. 
 NASCIMENTO et al (2014) evidenciam em sua literatura que a prática de exercício físico no 
período gestacional associa-se no âmbito da promoção à saúde, sendo primordial no combate à 
doença. Afirmam ainda que praticar exercício físico regulamente durante a gestação, por pelo menos 
30 minutos ao dia, pode promover a prevenção de diabetes gestacional (DG), além de não haver 
evidências de desfechos adversos para o feto ou para o recém-nascido. 
 Algumas indicações são necessárias para realizar a atividade física nesse período da vida da 
mulher. Inicialmente, é importante uma prescrição médica, devendo ele avaliar as particularidades 
dessa gestação. Outro ponto de grande importância, segundo os autores, BAGNARA (2010) e outro 
estudo de STANNARD (2016) é que não se deve objetivar o aumento do condicionamento físico, 
pois com a gestante ocorre exatamente o contrário: sua resistência inicial tende a diminuir. Deve-se, 
também, evitar o aumento na temperatura corporal e a perda hídrica, exercícios que forcem a apneia, 
entre outros cuidados. 
 Para as recomendações de exercício, devem ser selecionados exercícios que não 
sustentem o corpo, progredir gradualmente e escolher a intensidade de forma individual. Devem-se 
escolher os exercícios que trabalhem os grandes grupos musculares, que seja de baixo impacto e 
evitar exercícios que necessitem de equilíbrio. A prática de treinamento de força pode melhorar as 
respostas cardiovasculares, respiratórias, metabólicas e psicológicas. (MONTENEGRO, 2014) 
 Os resultados apontaram que a atividade física é importante na gravidez, e pode trazer muitos 
benefícios se realizadas de forma adequado e segura. O acompanhamento de profissionais tanto da 
saúde como o médico obstetra e um profissional da educação física é indispensável para um bom 
desempenho sem risco, e uma prescrição mais assertiva e individualizada. (STANNARD, 2016) 
 
TABELA 2 – ESTUDOS MAIS RELEVANTES SELECIONADOS APÓS ANALISE DE TITULOS E RESUMOS. 
 
Autor Estudo Resultado 
 
 
NASCIMENTO et al, 
2014 
 
Recomendações para a prática 
de exercício físico na gravidez: 
uma revisão crítica da 
literatura. 
Durante muitos anos a prática de 
exercícios físicos para gestantes foi 
contra indicada devido à relação medo 
e tensão. Atualmente a prática de 
exercícios físicos é recomendada de 
acordo com os benefícios que traz para 
as gestantes. 
 
 
DEVENPORT,2020 
 
Exercício durante a gravidez: 
uma prescrição pra melhor bem 
estar materno fetal. 
Mesmo que prescrição de exercícios 
físicos na gravidez exige 
considerações, como algumas 
restrições e protocolos de segurança a 
seguir, é possível desenvolver 
estratégias eficazes para atividades 
físicas melhorando diferentes aspectos 
do bem-estar materno fetal. 
 
MONTENEGRO, 2014 
Abordagem para a Prescrição e 
recomendação para Gestantes. 
A prática do exercício físico regular, 
como observado na literatura, promove 
saúde e qualidade de vida na gestação, 
desde que seja praticado com 
moderação de acordo com a idade 
gestacional. 
 
STANNARD, 2016 
Diretrizes de gravidez e 
exercícios: cinquenta anos 
fazem diferença. 
 A pesquisa fornece dados valiosos 
para auxiliar o profissional de 
educação física no desenvolvimento de 
um programa seguro e eficaz para uma 
mulher para que ela possa continuar a 
se exercitar ou começar a se exercitar 
enquanto está grávida. 
ARAÚJO et al., 2016 Benefícios e Recomendações 
da Prática de Exercícios 
Físicos na Gestação 
Os exercícios físicos são indicados 
para a prevenção ou melhoria dos 
sintomas gravídicos e sua prática 
promove benefícios não só para a mãe 
como para o bebê 
 
BAGNARA, 2010 
Prescrição de exercícios físicos 
para gestantes: cuidados e 
recomendações. 
O estudo fornece diretrizes especificas 
para a prescrição do treinamento na 
fase gestacional, com recomendações 
para uma pratica mais segura. 
 
 
AZEVEDO et al., 2011 
Exercício físico durante a 
gestação: uma prática saudável 
e necessária. 
Pesquisa sobre as contraindicações, a 
musculação é recomendada para as 
gestantes e apresenta vários benefícios, 
porém há também muitas 
contraindicações, algumas delas 
podem serem relevadas através de 
autorizações médicas. 
FONTE: Produzida pela a autora com base nos títulos selecionados. 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
 A atividade física durante a gestação traz inúmeros benefícios para a mãe e para o feto, 
desde que sejam tomados os devidos cuidados quanto ao tipo, duração e intensidade dos exercícios, 
respeitando as contraindicações e patologias associadas com acompanhamento profissional e 
indicação médica de maneira individualizada. 
 Conhecendo os benefícios da pratica de exercício físico regular e com orientação durante o 
período da gestação. Tendo por base a revisão, concluiu-se que quando indicada, a pratica de 
atividade física regular, moderada, controlada, orientada, respeitando as diretrizes de segurança para 
o treinamento na gestação, pode produzir efeitos benéficos sobre a saúde da gestante e do feto. 
 Prescrever exercícios de forma segura para a mulher durante a gravidez não é só pegar mais 
leve. É preciso conhecer as alterações cardiovasculares, hormonais, musculoesqueléticas, emocionais 
que cercam a vida de uma mulher nessa fase. O profissional da educação física precisa ser qualificado 
para levar segurança, incentivo e saúde para todas as gestantes. 
 O exercício físico é um componente primordial para uma gestação saudável e não pode ser 
negado ou negligenciado por falta de atualização. 
 
 
 
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