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Era do Conhecimento e Transformações

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Aula 10
Português p/ PRF - Policial - 2014/2015
Professor: Fabiano Sales
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AULA 10 
 
 
 Salve, salve, futuros servidores da Polícia Rodoviária Federal! 
 
 Esta é a aula 10 de nosso curso. Hoje, comentarei a prova de Analista 
– Especialidade: Desenho Industrial (Nível Superior), do SERPRO, cujo 
certame foi organizado em 2013 pelo CESPE/UnB. 
 
 
 
 
 Vamos lá! 
 
 
 
Para refletir: 
 
“Há um força maior que a energia atômica – A vontade!” 
 
(Albert Einstein) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O novo milênio – designado como era do conhecimento, da 
informação – é marcado por mudanças de relevante importância e 
por impactos econômicos, políticos e sociais. Em épocas de 
transformações tão radicais e abrangentes como essa, caracterizada 
pela transição de uma era industrial para uma (era) baseada no 
conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas. Há, 
portanto, que se fazer esforço redobrado para identificar e 
compreender esses novos processos – o que exige o desenvolvimento 
de um novo quadro conceitual e analítico que permita captar, 
mensurar e avaliar os elementos que determinam essas mudanças – 
e para distinguir, entre as características e tendências emergentes, 
ou seja, lidar com a necessidade do que Milton Santos resumiu como 
distinguir o modo da moda. 
 No novo padrão técnico-econômico, notam-se a crescente 
inovação, intensidade e complexidade dos conhecimentos 
desenvolvidos e a acelerada incorporação desses nos bens e serviços 
produzidos e comercializados pelas organizações e pela sociedade. 
Destacam-se, sobretudo, a maior velocidade, a confiabilidade e o 
baixo custo de transmissão, armazenamento e processamento de 
enormes quantidades de conhecimentos codificados e de outros tipos 
de informação. 
 
Helena Maria Martins et al. Desafios e oportunidades da era do conhecimento. In: São 
Paulo em Perspectiva, 16(3), 2002, p. 60-1 (com adaptações). 
 
A partir das ideias e dos argumentos suscitados pelo texto, julgue os 
itens subsequentes. 
 
1. Da leitura do texto infere-se que o novo milênio engloba a era do 
conhecimento, em que a vantagem competitiva decorrente da 
produção e comercialização de bens e serviços ocorrerá por meio da 
geração do conhecimento, que permitirá manutenção do potencial 
inovador das organizações. 
 
Comentário: Questão sobre interpretação textual. De acordo com o 
primeiro período do texto, o “novo milênio” engloba a “era do 
conhecimento”. Conforme a superfície textual, “o novo milênio” é a 
“era do conhecimento” propriamente dita, afirmação ratificada pelo 
excerto “o novo milênio – designado como era do conhecimento, da 
informação – é marcado por mudanças de relevante importância 
(...)”. No texto, a autora refere-se à abrangência em relação às 
transformações: “(...). Em épocas de transformações tão radicais e 
abrangentes como essa, (...)”. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
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2. Deduz-se do texto que são perenes as perspectivas, tendências e 
inovações dos processos de desenvolvimento surgidos com a era do 
conhecimento. 
 
Comentário: Para analisar a questão, vamos transcrever o seguinte 
fragmento do texto: 
 
“Há, portanto, que se fazer esforço redobrado para identificar e 
compreender esses novos processos (...) e para distinguir, entre as 
características e tendências emergentes, as que são mais 
duradouras das que são transitórias, (...)” 
 
 De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 
“perene” significa “que dura para sempre; eterno, perpétuo; 
duradouro”. Com a emergência da era do conhecimento, entretanto, 
existem tanto “tendências” e “perspectivas” duradouras quanto 
transitórias (passageiras), não cabendo afirmar que todas são 
perenes (eternas). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
3. De acordo com a argumentação desenvolvida no texto, a 
necessidade de “distinguir o modo da moda” corresponde à 
necessidade de identificar e compreender os novos processos 
(“modo”), o que é dificultado pela difusão de interpretações parciais e 
superficiais do que ainda é difícil perceber e definir, que algumas 
vezes vira “moda”. 
 
Comentário: O fragmento “ou seja, lidar com a necessidade do que 
Milton Santos resumiu como distinguir o modo da moda” é iniciado 
pela expressão “ou seja”, que tem caráter explicativo em relação ao 
trecho anterior “Há, portanto, que se fazer esforço redobrado para 
identificar e compreender esses novos processos. 
Ao afirmar que a identificação e a compreensão dos novos 
processos são dificultadas pela difusão de interpretações parciais e 
superficiais, o examinador ratificou a informação do texto. Segundo a 
autora, identificação e compreensão exigem “o desenvolvimento de 
um novo quadro conceitual e analítico que permita captar, mensurar 
e avaliar os elementos que determinam essas mudanças”. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
 
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4. No texto, é abordada a necessidade de se lidar com as tendências 
e mudanças derivadas das novas formas de conhecimento, objeto do 
que se denomina, hoje, por era do conhecimento. 
 
Comentário: Questão sobre compreensão textual. 
O texto é iniciado pelo tópico frasal por definição “O novo 
milênio (...) é marcado por mudanças de relevante importância e por 
impactos econômicos, políticos e sociais”, introduzindo o assunto do 
texto. A expressão/palavra-chave deste segmento textual é “novo 
milênio”. 
A outra “fatia” do texto é iniciada pelo excerto “Em épocas de 
transformações tão radicais e abrangentes como essa, caracterizada 
pela transição de uma era industrial para uma baseada no 
conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”. Esse 
fragmento textual principia a argumentação do texto, em que a forma 
pronominal “essa” faz referência ao “novo milênio” (linha 1), 
desempenhando um fundamental papel coesivo na superfície textual. 
Entretanto, o ponto-chave para resolver este item encontra-se 
no trecho “o que exige o desenvolvimento de um novo quadro 
conceitual e analítico que permita captar, mensurar e avaliar os 
elementos que determinam essas mudanças – e para distinguir, entre 
as características e tendências emergentes (...), ou seja, lidar com a 
necessidade do que Milton Santos resumiu como distinguir o modo da 
moda”, pois este fragmento explica o excerto anterior “para 
identificar e compreender esses novos processos”. Assim, valida-se a 
afirmação do examinador. 
 
Gabarito: Certo. 
 
No que se refere às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens a 
seguir. 
 
5. No texto, o vocábulo “sobretudo” pode ser corretamente 
substituído por mormente, sem prejuízo para a estrutura gramatical 
e os sentidos do texto. 
 
Comentário: Originariamente, o vocábulo “mormente” é um 
advérbio, significando “principalmente”. 
Exemplo: Retiraram todos os políticos do Congresso, mormente 
(=principalmente) os mais corruptos. 
 Essa mesma acepção é transmitida com o vocábulo 
“sobretudo”, que encontra em “mormente” uma de suas formas 
sinônimas: Retiraram todos os políticos do Congresso, sobretudo 
(=principalmente) os mais corruptos. 
 Portanto, na superfície textual, ambos os vocábulos se 
equivalem, validando a afirmação do examinador. 
 
Gabarito: Certo. 
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6. No primeiro período do texto, a substituição do predicado “é 
marcado” por caracteriza-se redundaria emprejuízo à correção 
gramatical e aos sentidos do texto. 
 
Comentário: Ainda no tópico frasal do primeiro parágrafo, a 
expressão “é marcado” exprime ideia de certeza, ratificada por meio 
do emprego da forma verbal “é”, conjugada no Presente do 
Indicativo, modo que expressa a noção citada. Vale mencionar que a 
expressão “é marcado” equivale semanticamente a “caracteriza-se”, 
podendo ser empregada no contexto: “O novo milênio (...) 
caracteriza-se por mudanças (...)”. Dessa forma, a mencionada 
substituição não acarretaria prejuízo à correção gramatical e/ou aos 
sentidos do texto. 
 
Gabarito: Errado. 
 
7. O vocábulo “essa” alude ao “novo milênio”, “era do conhecimento, 
da informação”. 
 
Comentário: A argumentação do texto é iniciada pelo excerto “Em 
épocas de transformações tão radicais e abrangentes como essa, 
caracterizada pela transição de uma era industrial para uma baseada 
no conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”. 
De acordo com este fragmento textual, vale esclarecer que a forma 
pronominal “essa” faz referência ao “novo milênio” (linha 1), 
desempenhando um fundamental papel coesivo na superfície textual. 
Portanto, a afirmação do examinador está correta. 
 
Gabarito: Certo. 
 
8. Seria mantida a correção gramatical do texto caso fosse 
acrescentada a expressão que é imediatamente antes do trecho 
“caracterizada (...) conhecimento” e fossem suprimidas as vírgulas 
que o isolam. 
 
Comentário: Inicialmente, vamos transcrever o trecho original: 
“Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como essa, 
caracterizada pela transição de uma era industrial para uma (era) 
baseada no conhecimento, aumenta-se o (...).” 
 O trecho “caracterizada (...) conhecimento” inicia uma oração 
reduzida de particípio, justificando o emprego da vírgula antes da 
mencionada forma participial. Ademais, realiza concordância em 
gênero (feminino) e número (singular) com o pronome demonstrativo 
“essa”, obedecendo aos cânones gramaticais. 
 Ao inserir a expressão que é antes da oração reduzida de 
particípio, seria mantida a correção gramatical do texto, pois o 
pronome relativo “que” retoma a forma pronominal “essa” e, por sua 
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vez, a forma verbal “é” concordaria em número (singular) com o 
mencionado pronome: “(...) abrangentes como essa, que é 
caracterizada pela transição de uma era industrial para uma (era) 
baseada (...)”. 
 Com relação à supressão das vírgulas que isolam o trecho 
aludido no item, a omissão modificaria o caráter explicativo do 
excerto. Ademais, o trecho “Em épocas de transformações tão 
radicais e abrangentes como essa” desempenha a função de ajunto 
adverbial. Por estar fora de sua posição originária na sentença, qual 
seja, o final do período, o deslocamento deve ser demarcado por uma 
vírgula. Logo, o item está incorreto. 
 
Gabarito: Errado. 
 
9. Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto se, 
na oração “aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, a forma 
verbal estivesse flexionada no plural, desde que suprimida a partícula 
“se”. 
 
Comentário: Antes de tudo, vamos analisar o trecho “aumenta-se o 
grau de indefinições e incertezas”. Esse excerto constitui uma 
estrutura de voz passiva sintética, em que: 
 
- a forma verbal “aumenta” é transitiva direta; 
- a partícula “se” é classificada como pronome apassivador; 
- a expressão “o grau de indefinições e incertezas” exerce a função 
de sujeito paciente. 
 
 Com relação ao sintagma “o grau de indefinições e incertezas”, 
o núcleo é o vocábulo “grau”, empregado no singular. Por essa razão, 
o verbo “aumentar” foi utilizado neste mesmo número (singular) em 
“aumenta-se o grau de indefinições e incertezas (...)”. 
 Caso a partícula apassivadora “se” fosse suprimida do contexto, 
o verbo “aumentar” passaria a ser intransitivo, mas deveria manter-
se no singular, concordando com o sujeito posposto “o grau de 
indefinições e incertezas”, conforme o trecho reescrito “aumenta o 
grau de indefinições e incertezas”. Para facilitar a visualização, 
podemos reescrever o trecho na ordem direta (sujeito – verbo): O 
grau de indefinições e incertezas aumenta. 
 Portanto, a afirmação do examinador está incorreta. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
 
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10. A correção gramatical do texto seria mantida, caso a mesma 
forma de colocação do pronome “se” no segmento “que se fazer 
esforço” – anteposição à forma verbal – fosse empregada em 
“aumenta-se”, “notam-se” e “Destacam-se”. 
 
Comentário: Questão sobre colocação pronominal. No trecho “Em 
épocas de transformações tão radicais e abrangentes como essa, 
caracterizada pela transição de uma era industrial para uma (era) 
baseada no conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e 
incertezas (...)”, o pronome destacado foi empregado após a forma 
verbal “aumenta” por estar no início de uma oração. Portanto, caso o 
pronome apassivador “se” fosse utilizado antes da forma verbal, 
incorreria em desvio gramatical. O mesmo erro gramatical ocorreria 
se a partícula “se” fosse empregada antes das formais verbais 
“notam” e “destacam”. 
 
Gabarito: Errado. 
 
11. O texto permaneceria gramatical correto caso o vocábulo 
“portanto” fosse deslocado para o início da oração, da seguinte 
forma: Portanto, há... . 
 
Comentário: O conectivo “portanto” exprime ideia de conclusão, 
integrando o rol das conjunções coordenativas conclusivas “logo”, 
“por conseguinte”, “por isso”, “pois” (após o verbo). No contexto em 
que está inserida, a mencionada conjunção pode ser deslocada, 
assumindo diferentes posicionamentos na sentença: 
 
Há que se fazer, portanto, esforço ... 
Há, portanto, que se fazer esforço ... 
Portanto, há que se fazer esforço ... 
 
 O deslocamento citado pelo examinador manteria a correção 
gramatical do texto. Logo, a afirmação da banca está correta. 
 
Gabarito: Certo. 
 
12. O vocábulo “redobrado” tem, no contexto, sentido diferente de 
reduplicado. 
 
Comentário: Na continuação da teia textual, a autora do texto 
exprime sua opinião acerca dos argumentos anteriormente 
apresentados no trecho “Há, portanto, que se fazer esforço redobrado 
para identificar e compreender esses novos processos (...) e para 
distinguir, entre as características e tendências emergentes, as que 
são mais duradouras das que são transitórias, ou seja, lidar com a 
necessidade do que Milton Santos resumiu como distinguir o modo da 
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moda”. Deste fragmento do texto podemos extrair a seguinte 
informação: 
 
- a palavra “redobrado”, segundo o Dicionário Caldas Aulete, 
significa: 
 
1. “que se redobrou, se manifestou em dobro; reduplicado”; 
 
2. “que se intensificou bastante (esforço redobrado, atenção 
redobrada)”. 
 
Portanto, os vocábulos “redobrado” e “reduplicado” apresentam 
o mesmo sentido no contexto. 
 
Gabarito: Errado. 
 
13. Não resultaria em erro sintático ou semântico a substituição do 
verbo “compreender” por entender. 
 
Comentário: O verbo “compreender”, no contexto em que está 
inserido, pode ser substituído por “entender”. De acordo com o 
Dicionário Caldas Aulete, “compreender” significa “alcançar com o 
raciocínio, a inteligência; perceber o sentido de; assimilar com 
clareza; entender”. Portanto, os verbos “compreender” e “entender” 
apresentam o mesmo sentido no contexto. Ademais, uma vez que 
ambos os verbos – compreender e entender – são transitivos diretos, 
este (entender) poderia substituir aquele (compreender) sem resultar 
em erro sintático ou semântico no texto. 
 
Gabarito: Certo. 
 
14. A correção gramatical do texto seria preservada caso o verbo 
permitir,no segmento “o que exige o desenvolvimento de um novo 
quadro conceitual e analítico que permita captar”, fosse flexionado no 
pretérito imperfeito do mesmo modo verbal (subjuntivo): permitisse. 
 
Comentário: Questão sobre correlação de tempos e modos verbais. 
Quando falamos de correlação verbal, fazemos alusão à 
correspondência harmônica entre formas verbais (tempo e modo) em 
uma frase ou período. Em outras palavras, é preciso que haja 
articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de 
maneira a expressar as ideias com lógica, coerência. Tempos e 
modos verbais devem, portanto, combinar entre si. 
 
Exemplo: Se você estudasse antes da prova, passará no concurso. 
 No período acima, temos o verbo estudar flexionado no 
pretérito imperfeito do subjuntivo. Como já sabemos, o 
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subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade. Entretanto, 
o verbo passar está conjugado no futuro do presente do 
indicativo, modo que expressa, dentre outras ideias, fatos certos 
ou prováveis. 
 Nesse caso, não podemos dizer “você passará no concurso”, 
pois o ato de passar está condicionado não a uma certeza, mas 
apenas a uma hipótese, transmitida pelo pretérito imperfeito do 
subjuntivo de estudar. Logo, percebemos que o período está 
incoerente, ou seja, não há uma correlação verbal. 
 
 Corrigindo o exemplo acima, teremos: 
 
Se você estudasse antes da prova, passaria no concurso. 
 
O verbo estudar está flexionado no pretérito imperfeito do 
subjuntivo. Assim, em que tempo o verbo passar deve estar 
conjugado, de modo a garantir que o período tenha coerência? Na 
frase, o verbo passar é usado no futuro do pretérito – passaria –, 
um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação 
condicionada – que depende de algo –, quando esta se refere a 
fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se 
realizarão. 
 Podemos dizer, portanto, que o período está coerente, já que a 
ideia transmitida por estudasse é exatamente a de uma dúvida, a 
de uma possibilidade, de uma hipótese que não temos certeza se 
ocorrerá. 
 
Voltando à questão da prova... 
 
 No trecho “o que exige o desenvolvimento de um novo quadro 
conceitual e analítico que permita captar”, o verbo “permitir” deve 
manter-se no presente do subjuntivo, a fim de manter uma 
relação harmônica com o verbo “exigir”, conjugado no presente do 
indicativo. 
 Logo, a afirmação do examinador está incorreta. 
 
Gabarito: Errado. 
 
15. O trecho “avaliar os elementos que determinam essas mudanças” 
poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte forma: 
avaliar os elementos que são determinantes de tais mudanças. 
 
Comentário: No trecho inicial, a oração “avaliar os elementos que 
determinam essas mudanças” é introduzida pelo pronome relativo 
“que”, sendo classificada como adjetiva restritiva. No contexto, a 
forma pronominal “que” retoma o vocábulo “elementos” e, por sua 
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vez, a forma verbal “determinam” é transitiva direta, tendo como 
objeto direto a expressão “essas mudanças”. 
 No item, o examinador sugere a reescritura “avaliar os 
elementos que são determinantes de tais mudanças”, respeitando os 
cânones gramaticais, pois a forma verbal “determinam” é 
equivalente, no contexto, à estrutura “são determinantes”. Logo, a 
afirmação da banca está correta. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
 O setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs) 
impulsiona um conjunto de inovações técnico-científicas, 
organizacionais, sociais e institucionais, gerando novas possibilidades 
de retorno econômico e social nas mais variadas atividades. Por 
contribuir para a elevação do valor agregado da produção, com 
reflexos positivos no emprego, na renda e na qualidade de vida da 
população, esse ramo vem obtendo status privilegiado em diversas 
políticas e programas nacionais para a ampliação do acesso às 
telecomunicações, aceleração da informatização e mitigação da 
exclusão digital. Como exemplo, podem ser destacadas as propostas 
de fortalecimento da competitividade inseridas no âmbito da Política 
de Desenvolvimento Produtivo do Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio, que são imprescindíveis em face do panorama 
da crise financeira internacional. 
 
Cristiane Vianna et al. Relatório de acompanhamento setorial. In: Tecnologias de 
informação e comunicação, v. III. UNICAMP e Agência Brasileira de Desenvolvimento 
Industrial, ago./2009, p. 10-1 (com adaptações). 
 
No que diz respeito aos argumentos e às estruturas linguísticas do 
texto acima, julgue os itens que se seguem. 
 
16. Na estrutura “com reflexos positivos no emprego, na renda e na 
qualidade de vida da população”, é obrigatória a presença da vírgula 
porque os constituintes frasais estão ligados por processo de 
subordinação. 
 
Comentário: Questão simples acerca do tema pontuação. No trecho 
“com reflexos positivos no emprego, na renda e na qualidade de vida 
da população”, a vírgula foi empregada pelo fato de haver 
constituintes desempenhando a mesma função sintática, e não 
ligados por processo de subordinação. Portanto, o item está 
incorreto. 
 
Gabarito: Errado. 
 
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17. Pelas relações de sequenciação e concatenação estabelecidas 
entre os elementos textuais, depreende-se que a expressão “esse 
ramo”, retoma diretamente o termo “tecnologias” (linha 1). 
 
Comentário: Para analisar a afirmação da banca, vamos transcrever 
o trecho aludido: 
“O setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs) 
impulsiona um conjunto de inovações técnico-científicas, 
organizacionais, sociais e institucionais, gerando novas possibilidades 
de retorno econômico e social nas mais variadas atividades. Por 
contribuir para a elevação do valor agregado da produção, com 
reflexos positivos no emprego, na renda e na qualidade de vida da 
população, esse ramo vem obtendo status privilegiado em diversas 
políticas e programas nacionais (...)”. 
 Como se percebe, a forma pronominal “esse”, constante da 
expressão “esse ramo”, retoma o segmento “o setor de tecnologias 
da informação e comunicação (TICs)”, evitando a repetição desse 
excerto no contexto. Logo, a afirmação da banca está incorreta. 
 
Gabarito: Errado. 
 
18. Da leitura do texto depreende-se que as TICs representam a nova 
base tecnoprodutiva em conhecimento e podem ser consideradas as 
principais difusoras de progresso técnico nos dias de hoje, além de 
constituírem elemento estratégico das organizações e instituições. 
 
Comentário: Questão sobre compreensão textual. De acordo com o 
texto, “o setor de tecnologias da informação e comunicação (...) 
impulsiona um conjunto de inovações técnico-científicas, 
organizacionais, sociais e institucionais, gerando novas possibilidades 
de retorno econômico e social nas mais variadas atividades”. Com 
isso, as TICs são consideradas as principais difusoras de progresso 
técnico nos dias de hoje, conforme aduz o fragmento “Por contribuir 
para a elevação do valor agregado da produção, com reflexos 
positivos no emprego, na renda e na qualidade de vida da população 
(...)”. Desse modo, o item está correto. 
 
Gabarito: Certo. 
 
19. No trecho “O setor de tecnologias da informação e comunicação 
(TICs) impulsiona um conjunto de inovações (...) institucionais”, o 
termo “conjunto” exerce a função de núcleo do complemento direto 
da forma verbal “impulsiona”. 
 
Comentário: No excerto “O setor de tecnologias da informação e 
comunicação (TICs) impulsiona um conjunto de inovações (...)”, 
temos as seguintes funções sintáticas: 
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“O setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs)” – 
sujeito 
“impulsiona” – verbo transitivo direto 
“um conjunto de inovações (...)” – objeto direto 
 
 Neste último sintagma, o vocábulo nuclear é o substantivo 
“conjunto”, validando a afirmação do examinador. 
 
Gabarito: Certo. 
 
20. A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos se o 
segmento “Por contribuir para a elevação do valor agregado”, fosse 
assim reescrito: Por contribuir, juntamente com a elevação do valor 
agregado. 
 
Comentário: No trecho original, o excerto “Por contribuir para a 
elevação do valor agregado” denota uma relação de causa e 
consequência com o segmento “esse ramo vem obtendo status 
privilegiado em diversas políticas e programas nacionais (...)”. 
Ao reescrever o trecho de acordo com as prescrições do 
examinador, haverá desvio gramatical, pois o trecho “juntamente 
com a elevação do valor agregado” deveria ser isolado por vírgulas. 
Entretanto, na reescrita proposta, há apenas uma vírgula antes do 
segmento. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 Segundo teorização do filósofo McLuhan, a palavra falada era o 
meio mais completo de comunicação, porque, embora se destinasse a 
ser escutada, envolvia também a participação de outros sentidos, 
como o tátil (gestos) e o visual (expressões faciais). As culturas orais 
são integrais, porquanto seus membros agem e reagem ao mesmo 
tempo. Os indivíduos são bem informados, constituem pessoas 
completas, formadoras de uma irmandade total. 
 Entretanto, o descobrimento da escrita e, mais tarde, das 
técnicas de impressão teve profundo impacto sobre a cultura: 
destribalizou a humanidade, rompeu a associação entre os sentidos e 
modificou a maneira de o homem perceber o mundo e com este se 
relacionar, tornando-a solitária, técnica, fria e impessoal. 
 Com o advento da era eletrônica do audiovisual, concebeu-se 
uma maneira de socializar o conhecimento, o que permitiu o reforço 
dos laços de irmandade entre os homens. A tecnologia, de forma 
gradual, cria um ambiente humano totalmente novo. Os indivíduos 
são modificados por suas técnicas de comunicação. As primeiras 
mídias eram extensões do corpo e dos sentidos, dos olhos e dos 
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ouvidos humanos. As telecomunicações constituem não só extensões 
do sistema nervoso central, mas também técnicas que sobre ele 
rebatem, determinando uma modelagem da sociedade. 
 
Francisco Rüdiger. As teorias da comunicação. Porto Alegre: Penso, 2011, p. 122-3 (com 
adaptações). 
 
Julgue os itens subsecutivos, relativos às ideias e estruturas 
linguísticas do texto acima. 
 
21. O texto permaneceria gramaticalmente correto se a forma verbal 
“teve” fosse flexionada no plural – tiveram -, caso em que estaria 
concordando com os segmentos “da escrita” e “das técnicas de 
impressão”. 
 
Comentário: No trecho “Entretanto, o descobrimento da escrita e, 
mais tarde, das técnicas de impressão teve profundo impacto sobre a 
cultura (...)”, a forma verbal “teve” foi mantida no singular para 
concordar com o vocábulo “descobrimento”, núcleo do sintagma “o 
descobrimento da escrita e (...) das técnicas de impressão”. Dessa 
forma, não estaria correta a flexão do verbo “ter” no plural. 
 
Gabarito: Errado. 
 
22. Extrai-se do texto a concepção de três épocas distintas na 
história da comunicação: a época da oralidade primária, anterior ao 
surgimento da prensa, a época gutenberguiana do impresso, em que 
se descobriu um novo modo de conservar a memória, aumentando-se 
seu volume e sua liberdade de emprego, e a época eletrônica do 
audiovisual, em que foi concebida nova forma de socialização do 
conhecimento. 
 
Comentário: Com efeito, o texto apresenta três momentos distintos, 
sendo: 
 
a) o primeiro caracterizado como época da oralidade, conforme o 
excerto “a palavra falada (oralidade) era o meio mais completo de 
comunicação, porque, embora se destinasse a ser escutada, envolvia 
também a participação de outros sentidos; 
b) o segundo, por sua vez, caracteriza-se como a época do impresso, 
consoante o trecho “o descobrimento da escrita e, mais tarde, das 
técnicas de impressão teve profundo impacto sobre a cultura”; e 
c) por fim, a época eletrônica do audiovisual, conforme ratifica o 
trecho “com o advernto da era eletrônica do audiovisual, concebeu-se 
uma maneira de sociabilizar o conhecimento”. 
 
 Portanto, o item está correto. 
 
Gabarito: Certo. 
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23. Da leitura do texto infere-se que, com o surgimento da cultura 
impressa, criou-se um novo tipo de homem e de sociedade, o que 
favoreceu sentidos como a visão em detrimento de outros e, ao 
mesmo tempo, engendrou determinada forma de racionalidade 
limitadora, que veio a ser modificada com a era seguinte. 
 
Comentário: O segundo parágrafo do texto ratifica a afirmação do 
examinador, consoante o trecho “(...) o descobrimento da escrita e, 
mais tarde, das técnicas de impressão (...) destribalizou a 
humanidade, rompeu a associação entre os sentidos e modificou a 
maneira de o homem perceber o mundo e com este se relacionar”. O 
parágrafo seguinte corrobora o favorecimento de sentidos como a 
visão em detrimento de outros: 
“Com o advento da era eletrônica do audiovisual, concebeu-se uma 
maneira de socializar o conhecimento (...)” 
“A tecnologia, de forma gradual, cria um humano totalmente novo” 
“As primeiras mídias eram extensões do corpo e dos sentidos, dos 
olhos e dos ouvidos humanos” 
 Portanto, o item está correto. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
24. Se a frase “tornando-a solitária, técnica, fria e impessoal” fosse 
substituída por tornando-o solitário, técnico, frio e impessoal, a 
correção gramatical do texto seria mantida, e a alteração facultaria 
ao leitor atribuir ao “mundo” ou ao “homem” as qualidades 
relacionadas a solidão, tecnicidade, frieza e impessoalidade. 
 
Comentário: Inicialmente, vamos transcrever o trecho a que o 
examinador fez alusão: 
“Entretanto, o descobrimento da escrita e, mais tarde, das técnicas 
de impressão teve profundo impacto sobre a cultura: destribalizou a 
humanidade, rompeu a associação entre os sentidos e modificou a 
maneira de o homem perceber o mundo e com este se relacionar, 
tornando-a solitária, técnica, fria e impessoal.” 
 No fragmento original, as formas femininas em “tornando-a 
solitária, técnica, fria” referem-se à “maneira” de o homem perceber 
o mundo. 
 Caso as palavras acima destacadas estivessem no masculino – 
tornando-o solitário, técnico, frio –, haveria ambiguidade estrutural, 
pois pode haver referência tanto ao “homem” quanto ao “mundo”, na 
superfície textual. 
 Logo, a afirmação da banca está correta 
 
Gabarito: Certo. 
 
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25. Na linha 5, o vocábulo “porquanto”, que liga orações 
coordenadas, pode ser substituído por conquanto, sem prejuízo para 
a correção gramatical ou para a ocorrência textual. 
 
Comentário: No contexto, o conector “porquanto” assume valor 
semântico de causa, equivalendo a “já que”, “uma vez que”, “visto 
que”. Por sua vez, a conjunção “conquanto” exprime matiz semântico 
de concessão. Sendo assim, caso a substituição proposta pelo 
examinador fosse efetuada, implicaria alteração do sentido original do 
texto. 
 
Gabarito: Errado. 
 
O documento abaixo constitui exemplo de um tipo de comunicação 
oficial que, salvo algumas adaptações, segue o padrão ofício. 
 
___ nº 0014/2013-CC-PR 
Brasília, 26 de fevereiro de 2013. 
 
Senhora Presidenta da República, 
 
 Submeto à consideração de Vossa Excelência a proposta anexa 
de Código de Conduta da AdministraçãoFederal, elaborado com a 
importante contribuição da Comissão de Ética Pública, criada pelo 
Decreto nº 32, de 26 de maio de 2013. 
 A linguagem do Código é simples e acessível, com o objetivo de 
assegurar a clareza das regras de conduta do administrador de modo 
que a sociedade possa sobre elas exercer o controle inerente ao 
regime democrático. 
 Além de o administrador ter de comportar-se de acordo com as 
normas estipuladas, o Código exige que ele observe o decoro 
inerente ao cargo. 
 A medida proposta visa à melhoria qualitativa dos padrões de 
conduta da administração pública, de maneira que este documento, 
uma vez aprovado, juntamente com o anexo Código de Conduta da 
Administração Federal, poderá informar a atuação das autoridades 
federais, permitindo-me sugerir a publicação de ambos os textos, 
para imediato conhecimento e aplicação. 
 Essas, Senhora Presidenta da República, são as razões que 
fundamentam a proposta que ora submeto à consideração de Vossa 
Excelência. 
 
 Atenciosamente, 
 
Fulana de Tal 
Ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República 
 
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Com fundamento no Manual de Redação da Presidência da 
República, julgue os itens de 26 a 30, relativos à adequação da 
linguagem e do formato da correspondência oficial acima 
apresentada. 
 
26. A forma de tratamento empregada no vocativo “Senhora 
Presidenta da República” está adequada ao gênero de 
correspondência oficial expedida e à autoridade a que está dirigida. 
 
Comentário: De acordo com as prescrições do Manual de Redação 
da Presidência da República, em comunicações dirigidas à Presidente 
da República, o vocativo adequado é “Excelentíssima Senhora 
Presidente da República”. Logo, a afirmação da banca está incorreta. 
 
Gabarito: Errado. 
 
27. O expediente oficial veiculado no modelo constitui uma exposição 
de motivos, encaminhada por uma ministra de governo à presidenta 
da República Federativa do Brasil. 
 
Comentário: Com efeito, expedientes oficiais encaminhados ao 
Presidente da República recebem o nome de “exposição de motivos”. 
De acordo com o MRPR, a “exposição de motivos é o expediente 
dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para: 
a) informá-lo de determinado assunto; 
b) propor alguma medida; ou 
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo. 
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da 
República por um Ministro de Estado, conforme ocorreu no modelo 
apresentado pela banca. 
 
Gabarito: Certo. 
 
28. O fecho utilizado no expediente oficial em apreço cumpre suas 
funções de arrematar o texto e de saudar corretamente a destinatária 
do documento. 
 
Comentário: O Manual de Redação da Presidência da República 
prescreve o emprego de dois fechos, a saber: 
Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou de nível 
hierárquico inferior; e 
Respeitosamente, para autoridades superiores, inclusive o Presidente 
da República. 
 Portanto, o fecho adequado seria “Respeitosamente”, já que a 
exposição de motivos é dirigida à Presidente da República. 
 
Gabarito: Errado. 
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29. Na correspondência oficial apresentada, o emprego da primeira 
pessoa do singular, por meio das formas verbais “Submeto” e 
“permitindo-me sugerir”, embora não represente uma postura de 
modéstia, possibilitou que o assunto fosse comunicado de modo claro 
e impessoal, o que se verifica pela ausência, no corpo do texto, de 
impressões individuais e parciais do remetente. 
 
Comentário: A banca apontou a questão como certa. Contudo, a 
resposta era passível de recurso. De acordo com o Manual de 
Redação da Presidência da República, os expedientes oficiais devem 
ser caracterizados, entre outros atributos, pela impessoalidade. 
Entretanto, no corpo do texto, há marcas de impressões individuais, 
tais como o adjetivo “importante”. Trata-se de um modalizador 
semântico, que exprime um juízo de valor da signatária e, portanto, é 
marca de subjetivismo no expediente em apreço. Ademais, o trecho 
“simples e acessível” é desnecessário no texto oficial, por expressar 
visão pessoal acerca da proposta submetida à presidente da 
República. Lamentavelmente, porém, a banca manteve o gabarito 
preliminarmente indicado. 
 
Gabarito: Certo (recurso). 
 
 
30. No documento oficial em questão, verifica-se a apresentação do 
problema que reclama a adoção da medida ou do ato normativo 
proposto e também da medida que deve ser tomada ou do ato 
normativo que deve ser editado para solucionar o problema. 
 
Comentário: Com efeito, o documento oficial em apreço reclama a 
adoção do “Código de Conduta da Administração Federal”. No 
decorrer do corpo do texto, a ministra apresenta as razões que 
ratificam a medida proposta no trecho “A medida proposta visa à 
melhoria qualitativa dos padrões de conduta da administração pública 
(...)”. Logo, a afirmação da banca está correta. 
 
Gabarito: Certo.

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