Buscar

NÍVEIS DE INSPEÇÃO E ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NÍVEIS DE INSPEÇÃO E ESTABELECIMENTOS 
 INDUSTRIAIS 
 Lei nº 1.283, de 18/12/1950: dispõe sobre a 
 Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de 
 Origem Animal; 
 Art. 1 – É estabelecida a obrigatoriedade da prévia 
 fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário , de 
 todos os produtos de origem animal, comestíveis e não 
 comestíveis , sejam ou não adicionados de produtos 
 vegetais, preparados, transformados, manipulados, 
 recebidos acondicionados, depositados e em trânsito; 
 Lei nº 7.889, de 23/11/1989: dispõe sobre a 
 Inspeção Sanitária e Industrial dos Produtos de 
 Origem Animal, e dá outras Providências; 
 Art. 1 - A prévia inspeção sanitária e industrial dos 
 produtos de origem animal, de que trata a Lei nº 1.283, de 
 18 de dezembro de 1950, é da competência da União, dos 
 Estados, do Distrito Federal e dos Municípios , nos 
 termos do art. 23, inciso II, da Constituição; 
 S.I.F. (Serviço de Inspeção Federal): inspeção de 
 produtos elaborados e destinados ao comércio em 
 todo o Território Nacional (interestadual) e para 
 exportação ( internacional); 
 Decreto nº 9.013, de 29/03/2017: Reg. de inspeção industrial 
 e sanitária de produtos de origem animal (RIISPOA) 
 Art. 8º Para os fins deste Decreto, entende-se por 
 estabelecimento de produtos de origem animal, sob 
 inspeção federal, qualquer instalação industrial na qual 
 sejam abatidos ou industrializados animais produtores 
 de carnes e onde sejam obtidos, recebidos, manipulados, 
 beneficiados, industrializados, fracionados, conservados, 
 armazenados, acondicionados, embalados, rotulados ou 
 expedidos, com finalidade industrial ou comercial, a carne 
 e seus derivados, o pescado e seus derivados, os ovos e 
 seus derivados, o leite e seus derivados ou os produtos de 
 abelhas e seus derivados incluídos os estabelecimentos 
 agroindustriais de pequeno porte de produtos de origem 
 animal; 
 S.I.E. (Serviço de Inspeção Estadual): representa a 
 inspeção de produtos elaborados e destinados ao 
 comércio dentro dos limites do estado; 
 Lei nº 4223 de 08/10/2015: regula a obrigatoriedade da 
 prévia Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de 
 Origem Animal, produzidos no estado do Amazonas e 
 destinados ao consumo, nos limites de sua área 
 geográfica em consonância como disposto nas Leis 
 Federais nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950 e nº 7.889, de 
 23 de novembro de 1989; 
 Decreto nº 43.947 de 28/05/2021: estabelece as normas que 
 regulam, em todo o território do estado do Amazonas , a 
 inspeção e a fiscalização industrial e sanitária para 
 produtos e subprodutos de origem animal, destinadas a 
 preservar a inocuidade, a identidade, a qualidade e a 
 integridade dos produtos e a saúde e os interesses do 
 consumidor por meio do SIE; 
 S.I.M. (serviço de Inspeção Municipal): representa 
 inspeção de produtos elaborados e destinados ao 
 comércio restrito ao município; 
 Lei nº 1.130 de 03/07/2007: é instituído o Serviço de 
 Inspeção Municipal, relativo aos Produtos de Origem 
 Animal e ou Vegetal , na forma do disposto nesta Lei e nos 
 seus regulamentos. 
 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS: 
 (carnes e derivados conforme com o art. 17 RIISPOA): 
 Abatedouro frigorífico: estabelecimento destinado 
 ao abate dos animais produtores de carne, 
 podendo realizar o recebimento, manipulação, 
 industrialização, acondicionamento, 
 rotulagem, armazenagem e expedição de produtos 
 comestíveis; 
 Unidade de beneficiamento de carne e produtos 
 cárneos: destinado as etapas do fluxograma de 
 carnes e derivados excluindo o abate (cuida da 
 recepção, manipulação, acondicionamento, 
 rotulagem, armazenagem e expedição); 
 (pescado e derivados conforme art. 19 RIISPOA): 
 Barco-fábrica : embarcação de pesca destinada à 
 captura ou recepção , dotada de instalações de 
 frio industrial, que pode realizar a 
 industrialização de produtos comestíveis; 
 Abatedouro frigorífico de pescado: destinado ao 
 abate de anfíbios e répteis ; pode realizar todas as 
 outras fases dos processamentos, inclusive a 
 elaboração de cortes e produtos derivados; 
 Unidade de beneficiamento de pescado e produtos de 
 pescado: destinado a todas as etapas do 
 fluxograma de pescado e derivado, menos o abate; 
 Estação depuradora de moluscos bivalves: destinado 
 à recepção, depuração, acondicionamento, 
 rotulagem, armazenagem e expedição de moluscos 
 bivalves; 
 (estabs de armazenagem conforme o art. 23): 
 Entreposto de produtos de origem animal: destinado 
 exclusivamente à recepção, armazenagem e 
 expedição de produtos de origem animal, dotado 
 de instalações específicas para realização de 
 reinspeção; 
 Casa atacadista: registrado no órgão regulador da 
 saúde que receba e armazene produtos de origem 
 animal procedentes do comércio internacional 
 prontos para comercialização; 
 Pré-requisitos para a construção de um abatedouro frigorífico : 
 autorização do Meio Ambiente, Memorial socioeconômico 
 e sanitário, laudo do terreno (topografia regular, acesso 
 fácil, água (qualidade e quantidade) e tratamento de 
 efluentes), alvará municipal, licença da vigilância sanitária, 
 contrato social da empresa e contrato do R.T., energia, 
 local saudável, próximo a centros produtores e 
 consumidores, mão-de-obra disponível, termo de 
 compromisso da empresa, memorial da construção e 
 projeto (engenharia), requerimento à Autoridade 
 solicitando avaliação do projeto, e laudo técnico realizado 
 pela autoridade do S.I. (de acordo com a construção); 
 SETORES DE UM ABATEDOURO FRIGORÍFICO: 
 Bloco Industrial : recepção, sala de matança (esfola, 
 depenagem, escaldagem), setores de evisceração, 
 miúdos, cortes (desossa), embalagens, 
 frigorificação, e de expedição; 
 Bloco do Subproduto (graxaria): elaborados farinha 
 de carne e ossos, farinha de sangue, sebo (produto 
 gorduroso não comestível), e cascos e chifres; 
 Bloco de Apoio: oficina e caldeira, lavador de 
 caminhões, almoxarifado; 
 Bloco Social: escritório, sala do serviço de inspeção, 
 refeitório, lavanderia e sanitários; 
 EXIGÊNCIAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM 
 ABATEDOURO FRIGORÍFICO: 
 I - Devem estar: localizados na zona rural, distante 
 de criações e fontes de odores desagradáveis e/ou 
 poluentes ( distância 500m ); terreno cercado, 
 afastados das vias públicas no mínimo 5 m; 
 II – Devem dispor de: água de abastecimento 
 (quantidade e qualidade), sistema de tratamento 
 de dejetos (adequado em volume, dotados de 
 dispositivo que evite refluxo de cheiros e entrada 
 de insetos), instalações (quantidade, dimensões, 
 localização conforme o tipo de atividade, com 
 separação adequada para evitar contaminações), 
 utensílios e equipamentos (material impermeável, 
 resistente (proibido uso de madeira), e de 
 superfície lisa (fácil limpeza), iluminação (natural 
 e abundante, podendo ser completada com 
 lâmpadas protegidas), ventilação (natural e 
 abundante, podendo ser complementada através 
 da climatização) 
 III – Devem possuir: piso (impermeável, resistente à 
 corrosão, antiderrapante, inclinação de 2% em 
 direção aos ralos), paredes (lisas, impermeáveis, 
 cor clara), forro (resistente a umidade), ambos defácil limpeza/desinfecção; janelas e portas 
 (metálicas, as externas com proteção contra 
 insetos, presença de pedilúvios, lavador de botas, 
 pias de higienização), pé-direito (altura adequada 
 do estabelecimento), funcionários (nº adequado 
 para atender as necessidades), e 
 vestiários/sanitários (tamanho e números 
 suficientes, separados por sexo); 
 IV - Para serem registrados devem possuir: Zona suja 
 (Setor de recepção de animais vivos, de 
 insensibilização e sangria, de esfola / depilação, de 
 condenados, de não comestíveis; Zona limpa 
 (Setor de evisceração, de vísceras brancas 
 (bucharia e triparia), de vísceras vermelhas, de 
 inspeção final, de desossa e/ou cortes, de 
 resfriamento/congelamento, de expedição de 
 carcaças/cortes); 
 V – Anexos ao funcionamento do abatedouro: 
 graxaria, casa de couro; sanitários, vestiários, 
 escritórios, refeitório, oficina, lavadouro de 
 veículos; 
 NORMALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES PARA BOVINOS 
 (DIPOA/MAPA): 
 Transporte dos animais aos currais de observação: 
 devem situar-se de maneira que os ventos não 
 levem ao estabelecimento poeiras/sujidades, 
 afastados no mínimo 80 m de locais que elaboram 
 produtos comestíveis; 
 1. Currais de chegada e seleção: destinam-se ao recebimento, 
 separação para formação de lotes (sexo, idade, categoria); 
 deve ter a presença de plataformas elevadas (facilitar o 
 exame ante mortem e trânsito de pessoas); 
 2. Currais de observação: recebem animais excluídos na 
 inspeção ante mortem por suspeita de doença 
 (observação/exame mais acurado); área (+/-) 5% da área dos 
 currais de matança; 
 3. Curral de matança: recebem os animais aptos à matança 
 normal; área proporcional à capacidade máxima de 
 matança diária (cmmd), obtida multiplicando-se a cmmd 
 pelo coeficiente de 2,50 m 2 ; 
 Departamento de necropsia: localizado próximo ao 
 curral de observação; composto de uma sala de 
 necropsia e forno crematório ou autoclave; 
 Banheiro de aspersão: deve dispor de sistema 
 tubular de chuveiros (transversal, lateral e 
 longitudinal), com jatos para o centro; água 3 atm 
 e hiperclorada (15 ppm), justamente para 
 diminuir a carga microbiana; 
 Rampa de acesso à matança: estrutura que liga os 
 currais à sala de abate; inclinação de 13 a 15%; 
 Seringa : local de afunilamento da rampa até o boxe 
 de atordoamento, pode ser utilizado o “choque 
 elétrico” (40 a 60 v, apenas nos membros); proibido 
 o uso de ferrões; 
 Chuveiro : com canos furados ou borrifadores (toda 
 extensão da seringa); pressão água (mín. 3 atm); 
 Sala de matança: pé direito de 7 metros; 
 Boxe de atordoamento: técnica mais utilizada é a concussão 
 cerebral, na intersecção entre a base do chifre ao olho 
 oposto (processo aprovado pelo SI); estrutura metálica e 
 boxes individuais; 
 Em relação a concussão cerebral em bovinos, após realizada, 
 temos trinta segundos para o início da sangria; 
 Área de vômito: local que ocorre a regurgitação dos animais 
 insensibilizados, e drenagem dos resíduos; necessita de 
 chuveiro para a remoção do vômito, animais alçados, piso 
 revestido por grade metálica resistente, e iluminação de 6 
 watts/m 2 ; 
 Sangria (60-75% ): secção dos grandes vasos do pescoço, à 
 altura da entrada do peito, depois de aberta sagitalmente à 
 barbela; o animal permanece na sangria por 3 min (após 
 isso está morto); presença de esterilizadores (mín. 85ºC); 
 Serragem dos chifres : serra elétrica; 
 Esfola : sistema aéreo (vantagens do ponto de visto 
 higiênico-sanitário, presença de plataformas, 
 esterilizadores); 
 Retirada da cabeça : limpeza, esterilizadores; 
 Serragem do peito: preparação para a retirada das vísceras; 
 uso de esterilizadores; 
 Mesa de evisceração e inspeção de vísceras : esterilizadores; 
 vísceras abdominais (trato digestório, baço, pâncreas, 
 bexiga e útero), e vísceras torácicas (pulmões e coração) e 
 fígado; 
 Serragem de carcaças e plataforma de inspeção: avaliação dos 
 linfonodos, rins; uso de esterilizadores; 
 Departamento de inspeção final (DIF): próximo à evisceração 
 (facilitar o desvio para resolução de suspeitas); área 6% da 
 área da matança; 
 Toalete (limpeza): lavagem das meias-carcaças; uso de jatos 
 de água a 38ºC, pressão mín. 3 atm; proibido uso de 
 escovas e pano; 
 Transporte de materiais comestíveis e não-comestíveis: chutes 
 (estrutura metálica cilíndrica) de aço inoxidável ou 
 carrinhos; evitar acúmulo;

Outros materiais