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Histologia do Sistema Circulatório

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Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
O sistema circulatório é um sistema de 
transporte: 
 Gases respiratórios; 
 Nutrientes; 
 Subprodutos do metabolismo; 
 Células de defesa; 
 Substâncias sinalizadoras; 
 Linfa. 
Esse sistema é composto por sistema 
vascular sanguíneo e linfático. 
Os tecidos que compõe os vasos são: 
 Endotélio; 
 Tecido muscular; 
 Tecido conjuntivo. 
A associação entre estes tecidos forma as 
camadas ou túnicas dos vasos. A 
quantidade e organização destes tecidos 
são influenciados por fatores mecânicos 
(pressão sanguínea) e fatores metabólicos 
(necessidades locais dos tecidos). 
É uma camada única de células 
pavimentosas que se apoia numa lamina 
basal (zônulas de oclusão). Esse endotélio 
forma uma barreira de permeabilidade 
seletiva, fazendo um monitoramento de 
trocas bidirecionais. 
Além de revestir os vasos, as células 
endoteliais: 
 Secretam ECA; 
 Realizam lipólise de lipoproteínas; 
 Secretam fatores vasoativos; 
 Secretam VEGF, fator de 
crescimento; 
 Secretam colágeno; 
 Secretam fator de Von Willebrand; 
 Degradam setotonina, noradrenalia 
e prostaglandina. 
As células musculares lisas se organizam 
concentricamente em camadas 
helicoidais. Cada célula muscular lisa é 
envolvida por uma lâmina basal 
juntamente com quantidade variável de 
tecido conjuntivo. 
 Fibras de colágeno: Tipo I, III e IV; 
 Lamelas elásticas: resistência ao 
estiramento; 
 Subst. fundamental: glicoproteínas e 
proteoglicanos; 
 Fibroblastos. 
 
Os três tecidos dos vasos se organizam em 
três túnicas concêntricas distintas. 
 Túnica íntima; 
 Túnica média; 
 Túnica adventícia. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
É a camada mais interna (próxima a luz do 
vaso). É composta por: 
 Uma camada de células endoteliais 
 Lâmina basal (onde o endotélio se 
apoia); 
 Camada subendotelial de tecido 
conjuntivo frouxo, com células 
musculares lisas esparsas; 
 Lâmina elástica interna evidente em 
artérias musculares (aspecto 
ondulado na histologia). 
É uma camada concêntrica de células 
musculares lisas que são organizadas de 
forma helocoidal, juntamente com 
quantidade variável de matriz extracelular 
(elastina, fibras reticulares, proteoglicanos 
e glicoproteínas). 
OBS: nas artérias, a túnica media é a mais 
desenvolvida. 
Artéria elástica: predomínio de material 
elástico; 
Artéria muscular: identificação da lâmina 
elástica externa. 
Por fim, existe uma lamina elástica externa 
que separa a túnica media da adventícia. 
É a camada mais externa, sendo 
composta por: 
 Colágeno tipo I e fibras elásticas; 
 Células musculares lisas e 
fibroblastos; 
 Contínua com tecidos adjacentes. 
Essa camada é mais desenvolvida em 
veias em comparação com as artérias. 
Além disso, pode existir vasos sanguíneos 
que irrigam as células dessa camada (vasa 
vasorum) e nervos (nervis vascularis). 
Dessa forma, o plano estrutural dos vasos 
sanguíneos pode ser descrito como: 
 
 
 
As artérias são vasos que transportam 
sangue a partir do coração, através de 
ramificações de vasos de diâmetro cada 
vez menor. Podem ser divididas em: 
 Grandes artérias (artérias elásticas 
ou condutoras); 
 Artérias de médio calibre (artérias 
musculares ou distribuidoras); 
 Arteríolas. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
Consistem na artéria aorta, ramos do arco 
aórtico, tronco pulmonar e ilíacas comuns. 
Túnica íntima: lamina elástica interna não é 
nítida; 
Túnica média: predomino de lamelas 
elásticas (membranas fenestradas). 
Túnica adventícia: sem peculiaridades. 
 
As lamelas são importantes para a 
estabilização do fluxo sanguíneo, 
realizando a distenção durante a sístole e 
contração passiva durante a diástole. 
As lâminas elásticas internas (íntima) e 
externa (média) não são individualizadas, 
pois a túnica média é rica em lamelas 
elásticas. 
Aneurisma: dilatação resultante da 
fraqueza da parede vascular, geralmente 
relacionado à idade. Ocorre uma 
substituição dos componentes do sistema 
elástico por fibras colágenas. 
 
São artérias de médio calibre, 
correspondendo a maioria dos vasos 
originados da aorta. 
Túnica intima: lamina elástica interna 
proeminente; 
Túnica média: camadas concêntricas de 
células musculares com a lamina elástica 
externa visível; 
Túnica adventícia: sem peculiaridades. 
 
Em artérias musculares de menor calibre, as 
túnicas são mais delgadas e a lamina 
elástica externa pode não ser mais 
evidente. 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
 
 
Possuem diâmetro menor que 0,1 mm e um 
lúmen estreito. 
Túnica intima: endotélio é sustentado por 
uma camada subendotelial delgada 
(lamina elástica interna ausente em 
arteríolas menores); 
Túnica média: 1 a 3 camadas de células 
musculares lisas com a lamina elástica 
externa ausente; 
Túnica adventícia: escassa. 
 
As arteríolas se ramificam e formam as 
metarteríolas com uma camada 
descontínua de céluas musculares. Esse 
tipo de artéria serve como um esfincter pré-
capilar para controle do fluxo de sangue. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
Anastomoses arteriovenosas: diz respeito a 
uma comunicação direta entre arteríola e 
vênula, fazendo controle local de pressão 
sanguínea, fluxo sanguíneo, temperatura 
musculatura esquelética e pele. 
 
Lesões arteroscleróticas: espessamento da 
túnica intima devido ao depósito de 
colesterol nas células musculares lisas e em 
macrófagos (células espumosas). Essas 
placas de gordura são visíveis 
macroscopicamente. 
 
São vasos de paredes delgadas, formam 
leitos capilares, através dos quais ocorre a 
troca de nutrientes, gases, metabólitos, 
hormônios, entre sangue e tecidos. 
Não apresentam túnicas e apresentam 
apenas: 
 Uma camada de células 
endoteliais; 
 Lâmina basal; 
 Pericitos. 
Os pericitos são células de suporte 
estrutural que se fundem entre as laminas 
basais. Em seu citoplasma, possui actina 
que auxilia na contração. Além disso, 
estudos evidenciam que essas células 
também participam no processo de reparo 
após lesão. 
 
São células endoteliais em uma camada 
de 1 a 3 células, onde o núcleo projeta-se 
para o lúmen capilar. 
Existem três tipos de capilares, sendo: 
 Capilar contínuo; 
 Capilar fenestrado; 
 Capilar sinusoide. 
No capilar continuo, 
existe ausência de 
fenestrações (poros) e 
sua lamina basal é 
continua. Dessa forma, 
o capilar tem total 
controle das trocas 
entre o sangue e o 
tecido e suas zônulas de oclusão são bem 
desenvolvidas. 
Nesses capilares, é comum encontrar 
vesículas de pinocitose que fazem o 
transporte de macromoléculas. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
Possuem fenestras (poros) presentes nas 
células endoteliais e lamina basal 
continua, obstruída por um diafragma. 
Esse capilar está 
presente nos rins, 
intestino e glândulas 
endócrinas. Dessa 
forma, podem ser 
observados em locais 
que exigem uma troca 
rápida entre tecido e 
sangue. 
OBS: existe uma exceção, um capilar 
fenestrado destituído de diafragma, 
presente nos glomérulos (capilares 
glomerulares). 
Este capilar apresenta: 
 Fenestrações; 
 Ausência de diafragma; 
 Células endoteliais separadas por 
espaços amplos e macrófagos entre 
essas células; 
 Lâmina basal descontínua; 
Está presente no fígado, baço e medula 
óssea, locais onde as trocas de substâncias 
são facilitadas 
(maior troca entre 
tecido e sangue). 
Esses capilares são 
mais tortuosos, com 
diâmetro mais amplo e menor velocidade 
do fluxo sanguíneo. 
As vênulas pós-capilares fazem trocas 
entre o sangue e o tecido, e estão 
envolvidas em respostas à mediadores 
inflamatórios (histamina) promovendo a 
diapedese. 
Essas vênulas são compostas por: 
 Uma camadade células 
endoteliais; 
 Lamina basal; 
 Pericitos. 
As vênulas musculares (>1mm) são a 
maioria e as células musculares substituem 
os pericitos. 
 
Em geral, uma rede de capilares se 
interpõe entre uma arteríola e uma veia. 
No entanto, existe outro arranjo, o sistema 
porta. 
 
Sistema porta-arterial: nos rins, uma 
arteríola esta interposta entre duas redes 
de capilares. Uma arteríola aferente da 
origem a uma massa de capilares, o 
glomérulo. Esses capilares coalescem para 
formar uma arteríola eferente, a qual, por 
sua vez, dá origem a redes de capilares 
que cercam os néfrons. 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
Sistema porta-venoso: no fígado e na 
hipófise, as vênulas alimentam uma 
extensa rede de capilares ou sinusoides 
que drenam para uma vênula. Essa 
distribuição é chamada de sistema porta-
venoso. 
 
Veias são vasos que drenam os leitos 
capilares, formando vasos cada vez mais 
calibrosos, e retornando o sangue ao 
coração – retorno venoso (sangue pobre 
em O2). 
 Pequeno calibre; 
 Médio calibre; 
 Grande calibre. 
OBS: as veias possuem componentes de 
tecido conjuntivo mais desenvolvidos e 
não há limite distinguível entre túnica 
íntima e média. 
 
Túnica íntima: possui endotélio e camada 
subendotelial pouco desenvolvida; 
Túnica média: poucas células musculares 
lisas, fibras colágenas e elásticas; 
Túnica adventícia: é mais desenvolvida, 
possuindo fibras elásticas, colágenas e 
células musculares lisas. 
Túnica íntima: bem desenvolvida com a 
presença de valvas (também presentes 
em veias de médio calibre); 
 Valvas: centro de tecido conjuntivo 
revestido por endotélio. 
Túnica média: poucas células musculares 
lisas, fibras colágenas e elásticas; 
Túnica adventícia: muito desenvolvida. 
Possui fibras elásticas, colágenas e células 
musculares lisas que formam feixes 
longitudinais. Além disso, ainda é possível 
encontrar vasa vasorum. 
 
São veias anormalmente 
dilatadas e tortuosas, que 
surgem em decorrência da 
perda de tônus muscular, 
degeneração das paredes 
dos vasos e incompetência 
das valvas. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
Na lâmina histológica, as veias possuem 
parede fina e luz irregular com a presença 
de hemácias. Já as artérias possuem 
parede espessa e luz regular. 
 
Em uma artéria e uma veia de mesmo 
diâmetro, a artéria possui uma luz menor 
em relação a veia. 
 
O coração possui três túnicas: 
 Endocárdio; 
 Miocárdio; 
 Epicárdio. 
É a camada homóloga à íntima. Possui um 
endotélio e uma camada subendotelial 
(fibras elásticas, colágenas e células 
musculares lisas). 
OBS: na camada subendocárdica é 
encontrado vasos, nervos e fibras de 
Purkinje. 
É a camada homologa e camada média 
(é a mais espessa). Nessa camada 
encontra-se células musculares estriadas 
organizadas em camadas, formando uma 
espiral complexa. Essas células musculares 
se inserem no esqueleto cardíaco fibroso. 
É a camada homologa à adventícia e diz 
respeito a camada visceral do pericárdio. 
Possui um epitélio pavimentoso simples 
(mesotélio). 
Na camada subepicárdica é encontrado 
tecido conjuntivo frouxo, vasos, nervos e 
tecido adiposo. 
É um tecido conjuntivo denso não 
modelado que faz sustentação estrutural 
do coração. Além disso, é o local de 
inserção das células musculares e válvulas. 
Anéis fibrosos: ao redor da aorta, artéria 
pulmonar e orifício atrioventriculares; 
Trígono fibroso: ao redor da valva aórtica; 
Septo membranáceo: porção superior do 
septo interventricular. 
OBS: as Válvulas cardíacas são um 
arcabouço central de tecido conjuntivo 
denso (colágeno e fibras elásticas) 
revestidas de endotélio. 
Nó sinoatrial: células fusiformes, menores, 
menor quantidade de miofibrilas, sem 
discos intercalares; 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Histologia 
 
Nó atrioventricular: projeções do 
citoplasma formando uma rede. 
 
Feixe atrioventricular e fibras de Purkinje: 
Possuem 1 a 2 núcleos centrais, citoplasma 
rico em mitocôndrias e glicogênio, fibrilas 
escassas e localizadas perifericamente. 
No coração, existem células cardíacas 
modificadas/especializadas na parede do 
átrio e do septo interventricular que 
secretam fator natriurético atrial, hormônio 
que estimula a diurese e natriurese, além 
de promover relaxamento da musculatura 
cardíaca. 
São canais de 
paredes delgadas, 
revestidas por 
endotélio que 
coletam a linfa. 
Capilares linfáticos: 
são tubos de fundo cego, revestidos por 
endotélio, com lamina basal incompleta e 
ausência de junções de oclusões. Além 
disso, possuem filamento de ancoragem. 
Estruturas semelhantes as veias, com 
parede mais finas e sem separação clara 
entra as túnicas. Além disso, possuem um 
número maior de valvas. 
 
Os capilares linfáticos caem em vasos 
linfáticos maiores e posteriormente no 
ducto torácico e ducto linfático direito. Por 
fim, a linfa cai em veias de grande calibre.

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