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Apostila - Estética Avançada - Módulo I - Unidade I - Anatomia, Bioética, Dermatologia Patológica e Distúrbios Estéticos

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MÓDULO I 
 
UNIDADE I 
Anatomia e fisiologia da pele 
saudável e distúrbios estéticos 
corporais e faciais e bioética, 
biossegurança e primeiros 
socorros aplicados à Estética 
Avançada. 
 www.inaesp.com.br 
1 
 
SUMÁRIO 
 
ANATOMIA ......................................................................................................................... 3 
Capítulo I - História da anatomia ......................................................................................... 3 
Capítulo II - Definições e divisão ......................................................................................... 8 
Capítulo III- Sistemas ........................................................................................................ 12 
Capítulo IV- SISTEMA VASCULAR .................................................................................. 18 
Capítulo V- Sistema Linfático ............................................................................................ 20 
Capítulo VI - Sistema muscular ......................................................................................... 23 
Capítulo VII- Sistema tegumentar ..................................................................................... 32 
Capítulo VIII- Classificação da pele ................................................................................... 41 
REFERÊNCIA ................................................................................................................... 45 
DERMATOLOGIA PATOLÓGICA E DISTÚRBIOS ESTÉTICOS .................................... 46 
Capítulo I- O diagnóstico dermatológico ........................................................................... 46 
Capítulo II- Lesões elementares ........................................................................................ 48 
Capítulo III- Afecções do folículo piloso - Tricoses ............................................................ 58 
Capítulo IV- Afecções ulcerosas ....................................................................................... 62 
Capítulo V - Tumores benignos da pele ............................................................................ 63 
Capítulo VI- Neoplasias da pele ........................................................................................ 65 
Capítulo VI- Doenças infecciosas ...................................................................................... 71 
Capítulo IX- Identificando problemas estéticos ................................................................. 72 
Capítulo X - Envelhecimento facial .................................................................................... 80 
REFERÊNCIA ................................................................................................................... 89 
BIOÉTICA NA ESTÉTICA ................................................................................................ 91 
Capítulo I – Introdução e história ....................................................................................... 91 
Capítulo II - A bioética e seus fundamentos ...................................................................... 95 
Capítulo III- Termo de consentimento livre e esclarecido .................................................. 97 
Capítulo IV - Leis dos profissionais da estética ............................................................... 101 
Capítulo V- Vigilância Sanitária e Legislação ................................................................ 1498 
Capítulo VI- Primeiros socorros na estética .................................................................... 161 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 170
 www.inaesp.com.br 
2 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
 No decorrer desta Unidade serão abordadas a anatomia e a fisiologia do corpo 
humano com ênfase no sistema tegumentar e seus anexos. Esta unidade é fundamental 
para iniciarmos qualquer tipo de estudo, tratamento ou entendimento de qualquer distúrbio 
estético, saber como ocorre à fisiologia do sistema tegumentar torna-se fundamental na 
escolha do melhor tratamento, ou melhor, cosmético a ser aplicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 www.inaesp.com.br 
3 
 
CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA ANATOMIA 
 
 Antes de iniciarmos o estudo da anatomia reflitam sempre sofre o que Rokitansky em 
1876 dizia: 
 
“Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver 
desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas, 
cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o 
agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. 
Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu 
saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele 
se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. 
Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a 
grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou 
indiferente”. 
 
Os primeiros estudos sobre anatomia iniciaram em 500 A.C., no sul da Itália pelo 
estudioso Alcméon de Crotona, a primeira dissecção que ele fez foi em animais. Os avanços 
desses estudos acontecerem no século III A.C. em Alexandrita por Herófilo e Erasístrato, 
eles foram os primeiros a realizar uma dissecção em corpo humano, mas em 150 A.C. a 
dissecção em corpo humano foi proibida pela igreja, mas a dissecção em animais seguia 
normal. Galeno no século II D.C. já havia dissecado quase todos os animais, desenvolvendo 
assim uma doutrina de “causa final”, esse sistema teológico requeria que os achados 
fisiológicos fossem confirmados e compreendidos. Com a chegada da guerra os estudos da 
anatomia recomeçaram por razões práticas. A palavra dissecar, também era usada para 
operação cesariana que cada vez eram mais frequentes (PETRUCELLI, 1997). 
Foi em 1460 que Ulrich Boner Der Edelstein pintou a primeira obra literária de 
anatomia, o livro foi publicado por Albrecht Plister. Em 1475 Konrad Megenberg publicou 
outro livro com imagens de gravuras em madeira de animais, o que também representava a 
anatomia (PETRUCELLI, 1997). 
O primeiro livro com ilustrações anatômicas reais foi a coleção de textos de autores 
contemporâneos “Fasciculus Mecidina”, datado de 1941, as ilustrações representação 
partes do corpo humano mostrando os pontos de sangria, mas os desenhos só se tornaram 
mais realistas em sua segunda edição em 1943(Figura 1) (PETRUCELLI, 1997). 
 
 www.inaesp.com.br 
4 
 
Figura 1 – Fasciculus Mecidina. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/KTN1TkWZXUzUwRdY8 
 
 
No século XV D.C. os artistas renascentistas começaram a se interessar mais pelo 
formato do corpo humano, Leonardo da Vinci, ele foi o primeiro artista a descrever a 
anatomia em suas obras. As ilustrações de Da Vinci eram tão precisas que muitas vezes 
suas anotações tinham tipo fisiológico. Outro artista que foi de grande importância no 
quesito ilustração da anatomia humana foi Michelangelo Buonarotti, ele passou vinte anos 
praticando a dissecção no convento de Santo Espírito em Florença, posteriormente expôs a 
evolução de seus estudos. Jacob Berengario foi o autor da obra “Commentaria super 
anatômica mundini”, obra essa que contém as primeiras ilustrações anatômicas ao 
natural(Figura 2) (FIGUEIRA, 2013). 
 
Figura 2 – Commentaria super anatômica mundini. 
 
Fonte: https://www.christies.com/lotfinder/Lot/berengario-da-carpi-giacomo-c1460-1530-carpi-
commentaria-6011015-details.aspx 
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5 
 
Foi no século XVIII/XIX, que os estudos da anatomia tiveram uma subdivisão, isso 
devido as técnicas operatórias que davam uma maior importância a anatomia topográfica. 
Assim o chamado estudo anatômico clínico de cadáver foi introduzido por Giovan Battista 
Morgani ficou mais segura para o estudode alterações provocadas por patologias, surgindo 
assim a anatomia patológica permitindo grandes descobertas no campo celular por Rudolf 
Virchow e as doenças infecciosas por Pasteur e Koch (FIGUEIRA, 2013). 
Atualmente o estudo da anatomia é submicroscópica, a fisiologia, bioquímica, 
microscopia eletrônica, tudo aplicado as células são as estruturas mais descritas em nível 
molecular. Também temos que lembrar que devido a tomografia computadorizada, raio X, 
tomografia por emissão de positrões, ressonância magnética, é possível estudar a anatomia 
em vivos. 
 
Episódio curioso no estudo da anatomia 
 
Na Grã Bretanha no século XVIII teve um grande centro de estudo de anatomia, ela 
ocupava a catedral de anatomia, como era chamada, e foi comandada pela dinastia dos 
Monro por três gerações, o primeiro foi Alexandre Monro de 1720 a 1758, foi substituído 
pelo seu filho Alexandre Monro segundo que teve um destaque nas obras de anatomia em 
1797, seu sucessor foi seu filho Alexandre Monro terceiro, que por não ter a mesma 
sabedoria dos seus antecessores levou a universidade da anatomia ao declínio. 
Naquela época o ensino paralelo em escolas e cursos privados eram permitidos, por 
isso o estudo da anatomia se destacava entre os cursos extracurriculares, um dos maiores 
professores da época foi Robert Knox médico do exército como cirurgião auxiliar, ele foi 
assistente do Dr. John Barclay que entre 1821 e 1823 publicaram vários trabalhos científicos 
anatômicos, personagens deste episodio que irei destacar. Dr. Knox firmou-se como 
professor de anatomia na escola do Dr. Barclay e suas aulas eram muito concorridas devido 
a demonstração prática de dissecção de cadáveres. Em 1826 Dr. Knox assumiu a direção 
da escola após o falecimento do Dr. Barclay, naquele ano a escola estava com 300 alunos 
matriculados. 
Os cadáveres para realização da dissecção eram conseguidos legalmente, os 
criminosos condenados a pena de morte não podia ter um sepultamento digno em terreno 
santificado da igreja, assim esses corpos eram usados na dissecação do estudo de 
anatomia, mas esse número era insuficiente para prover as necessidades do ensino da 
anatomia. Surgia assim o mercado negro de cadáveres, os quais eram exumados por 
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6 
ladrões de cemitério e vendidos as escolas, mas como não tinham método de conservação 
esses corpos precisavam ser frescos. 
William Hare e William Burke (Figura 3), eram ladrões de cemitério e residiam em 
uma pensão na Inglaterra, o proprietário veio a falecer e William Hare casou-se com a viúva 
Margaret. Em 1827 um dos pensionistas, um idoso faleceu e deixou uma dívida alta na 
pensão, neste momento Hare teve a ideia de vender seu corpo para quitar a dívida da 
pensão, assim junto de Burke simularam o sepultamento e venderam seu corpo para Dr. 
Know por um valor alto para época de 7,1 libras.Com o sucesso da operação lucrativa, 
idealizarão um plano para substituir a venda de cemitério, se tratava em atrair para pensão 
pessoas desamparadas, pedinte de rua, pessoas que se morressem não seriam notados 
pela sociedade. Essa vítima era embriagada e morta por asfixia, pois não deixava vestígio 
da causa da morte, Burke era o responsável pela morte e Hare negociava a venda dos 
corpos. 
 
Figura 3 – Hare e Burke. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/QCMVwy4m1EiquYbj6 
 
Em 1828 a escola do Dr. Knox teria recebido ao menos 16 corpos, assim sempre 
tinha peças bem conservadas em ótimo estado, os alunos começaram a desconfiar, devido 
a escassez habitual. 
A última vítima foi uma irlandesa, Mary Docherty, simplesmente desapareceu da 
pensão de um dia para o outro, o que levantou suspeita dos outros hospedes, o casal Gray 
encontrou o corpo da vítima escondida embaixo da cama, assim avisaram a polícia, porém 
quando chegaram o corpo já não estava lá mais. 
Alguns vizinhos contaram para polícia que viram dois homens carregando uma caixa 
de madeira, como já tinham suspeitas da escola do Dr. Knox os policiais se dirigiram para o 
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7 
local, onde encontraram a vítima. Hare e Burke foram presos, mas com não tinha provas 
concretas do assassinato, pressionaram Hare que acabou contando toda a verdade e foi 
colocado em liberdade e Burke foi julgado e condenado a forca, antes de ser enforcado ele 
assumiu as mortes, sua execução ocorreu no dia 28 de janeiro de 1829 e foi assistida por 
um multidão de milhares de pessoas, fazia parte da sentença que seu corpo fosse 
publicamente dissecado pelo Prof. Alexandre Monro terceiro, o que foi feito. Devido o 
tumulto que se formou parte de sua pele foi roubada, tempos depois foi encontrado livros 
encadernados com sua pele, um desses livros está exposto no museu de anatomia de 
Edimburgo junto de seu esqueleto (Figura 4). 
 
Figura 4 – Livro com pele de Burke. 
 
Fonte: http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-assassinatos-
em-west-port/ 
 
 
Já Dr. Knox não conseguiram comprovar sua culpa, mas seu curso teve uma evasão 
grande dos alunos, em 1831 sentindo-se constrangido deixou a universidade assim como o 
cargo de conservador do museu e mudou para Londres onde viveu até seus últimos dias. 
Este episódio repercutiu no parlamento britânico em 1832, onde o Anatomy Act 
passou a ser permitido o uso de cadáveres não reclamado por seus familiares para o ensino 
de anatomia, extinguindo assim o mercado negro de venda de corpos. Foi tão significante 
este episódio que teve um marco na língua inglesa com a criação do neologismo burkism e 
do verbo to burk, no sentido de sufocar, matar alguém para vender o cadáver, assassinar 
sem deixar vestígio. 
 
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8 
 
CAPÍTULO II - DEFINIÇÕES E DIVISÃO 
 
Anatomia refere-se ao estudo da estrutura e das relações e das relações entre as 
estruturas. 
 ANATOME = CORTE EM PARTES / CORTAR SEPARANDO 
Fisiologia refere-se à função das partes do corpo e como elas trabalham 
(PHYSIS+LÓGOS+IA) (NETTER, 2015). 
A função nunca é separada completamente da estrutura, por isso sempre 
estudamos a anatomia em conjunto da fisiologia humana. Cada estrutura designa 
uma função, exemplo os ossos do crânio estão unidos firmemente para proteger o 
encéfalo (NETTER, 2015). 
Somos formações a partir (Figura 5): 
 Átomo Menor unidade de matéria 
 Molécula União de 2 ou mais moléculas 
 Célula União de moléculas (unidade básica, estrutural e funcional) 
 Tecido União de células (conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso) 
 Órgão União de 2 ou mais tipos de tecidos diferentes 
 Sistema União de alguns órgãos que tem mesma função 
 Corpo humano União de todos os sistemas orgânicos 
(NETTER, 2015) 
 
Figura 5 – Formação do organismo humano. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/xrEH5V8dvGaVwKw7A 
 
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9 
Podemos ainda dividir a anatomia macroscópica em: 
 
 Anatomia sistemática ou descritiva: estuda de modo analítico, ou seja, 
separadamente em várias estruturas dos sistemas, como por exemplo: esqueleto, 
musculo etc. 
 Anatomia topográfica ou regional: estuda de modo sintético, reúne 
elementos diferentes e une todos em uma relação só 
 Anatomia de superfície ou do vivo: estuda a compreensão da semiologia 
clínica 
 Anatomia funcional:estuda segmentos funcionais do corpo humano 
 Anatomia aplicada: conhecimento anatômico para as atividades clínica, 
cirúrgica e artísticas 
 Anatomia radiológica: estuda o corpo usando as propriedades do raio X 
 Anatomia comparada: estuda a anatomia de diferentes espécies animais 
com particular enfoque aodesenvolvimento ontogenético e filogenético dos diferentes 
órgãos. 
(NETTER, 2015) 
 
 
Divisão do corpo humano 
 
1) Cabeça (pescoço). 
2) Tronco. 
a) Tórax. 
b) Abdome. 
3) Membros. 
a) Superiores. 
i. ombros (raiz). 
ii. Braços. 
iii. Antebraços. 
iv. Mãos. 
b) Inferiores. 
i. quadril (raiz). 
ii. Coxas. 
iii. Pernas.www.inaesp.com.br 
10 
iv. pés. (NETTER, 2015) 
 
Posição anatômica 
 
A posição anatômica consiste em uma convenção internacional de descrições do 
corpo humano, onde o corpo esteja posicionado em uma posição 
específica, chamada de posição anatômica. 
É considerado posição anatômica quando o indivíduo está: 
 
 Posição ereta 
 Posição ortostática 
 Face voltada para frente 
 Membros superiores estendidos paralelos ao tronco 
com as palmas das mãos voltada para frente 
 Membros inferiores unidos, com dedos dos pés 
voltado para frente. (NETTER, 2015) 
 
Planos de Inscrição 
 
Planos de inscrição ou planos de delimitação, são planos tangentes a superfície do 
corpo. Temos os seguintes planos: 
 Ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre 
 Dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso 
 Lateral direito => plano vertical tangente ao lado do 
corpo 
 Lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado do corpo 
 Cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça 
 Podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés 
(NETTER, 2015) 
 
Planos de secção 
 
A partir do plano de inscrição temos determinado os planos de secção; unindo o 
centro de dois planos de inscrição obtemos: 
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11 
 Plano sagital => corta o corpo no sentido antero posterior, possui esse nome porque passa 
exatamente na sutura sagital do crânio. Determina lado 
direito e esquerdo 
 Plano coronal => corta o corpo lateralmente, de uma 
orelha a outra. Determina se uma estrutura é 
anterior ou posterior. 
 Plano transversal => corta o corpo transversalmente, 
também é chamado de plano axial. Através desse plano 
podemos dizer se uma estrutura é superior ou inferior 
(NETTER, 2015) 
 
Termos e situações 
 
Existem alguns termos que devemos conhecer: 
 Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento 
 Estruturas profundas estão abaixo do tegumento. 
 Mediano: situada exatamente ao longo do plano de secção 
mediano. 
 Médio: quando as estruturas estão alinhadas na direção 
craniocaudal ou ântero-dorsal. 
 Intermédio: quando as estruturas estão em alinhamento látero-
lateral. 
 Proximal e Distal. esses termos são usados para comparar a 
distância de pelo menos duas estruturas. 
 Proximal: estrutura que se encontra mais próxima do tronco. 
 Distal: estrutura que se encontra mais distante do tronco. 
 
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12 
 
CAPÍTULO III - SISTEMAS 
 
Os principais sistemas são: 
 Esquelético (Figura 6). 
o Principais funções: sustentação, movimento e proteção. 
o Principais componentes: ossos e articulações 
 
Figura 6 – Sistema Esquelético 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/dr26TZAN2cLz5nC5A 
 
 Muscular (Figura 7) 
o Principais funções: sustentação e movimento. 
o Principais componentes: músculos e tendões. 
 
Figura 7 – Sistema muscular. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/S24kbza3qR2ps6sR7 
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13 
 Tegumentar (Figura 8) 
o Principais funções: proteção, controle da temperatura. 
o Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme). 
 
Figura 8 – Sistema tegumentar 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/iLAdEf5gW3XtvGL68 
 
 Nervoso (Figura 9) 
o Principais funções: perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as 
condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas 
condições. 
o Função Sensorial, Integrativa e Motora. 
o Principais componentes: Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula) e Sistema Nervoso 
Periférico. 
 
Figura 9 – Sistema nervoso 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/SMj1SH2Cn6FiaLbZ8 
 
 
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14 
 Endócrino (Figura 10) 
o Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove a manutenção do equilíbrio do 
organismo (homeostase), por meio do controle das funções biológicas. 
o Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise (Pituitária), Tireóide e Paratireóide 
(abaixo da laringe) , Supra-renais (superior aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos. 
 
Figura 10 – Sistema endócrino. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Xc7WAc6guFuiJZnz8 
 
 Circulatório (Figura 11) 
o Principais funções: transporte de O2, nutrientes, hormônios para as células e remoção de 
produtos indesejáveis; defesa do organismo 
o Principais componentes: coração, vasos (artérias, veias e capilares). 
 
Figura 11 – Sistema circulatório 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/8gxHeHCUAJUKeAYJA 
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15 
 Respiratório (Figura 12) 
o Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – remoção de CO2). 
o Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, laringe, traqueia (que se 
ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões. 
 
Figura 12 – Sistema respiratório. 
 
 Fonte: https://images.app.goo.gl/wZBwvknzDqtPDj3C8 
 
 Digestivo (Figura 13) 
o Principais funções: realiza a digestão: quebra de alimentos, absorção dos componentes 
nutritivos e eliminação de substâncias indesejáveis). 
o Principais componentes: boca (língua, dentes etc.), faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: glândulas salivares, fígado 
e pâncreas 
 
Figura 13 – Sistema digestivo. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Ddqw9kg28PsaNadSA 
 
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16 
 Urinário (Figura 14) 
o Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o equilíbrio hídrico e o controle de íons. 
o Principais componentes: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. 
 
Figura 14 – Sistema urinário. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/3AMWf78FwB8um81b6 
 
 Genial masculino (Figura 14) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra, 
vesículas seminais, próstata e pênis. 
o 
Figura 14 – Sistema genital masculino. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/y1Tq2igF8QoWibNw9 26/01/21 
 
 
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17 
 Genital feminino. (Figura 15) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: ovários, trompas, útero e vagina. 
Figura 15 – Sistema genital feminino 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/6MPzfhHhzw8J1jQ48 (NETTER, 2015) 
 
Nesta apostila será abordada o enfoque do sistema vascular, muscular e sistema 
tegumentar, visto que o foco é estético. 
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18 
 
CAPÍTULO IV- SISTEMA VASCULAR 
 
 
A função básica deste sistema é ofertar nutrição e oxigenação para todas as células. 
Ele transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão e o oxigênio da 
respiração para todas as células, ao mesmo tempo que recolhe os resíduos metabólicos 
levando até seu local de excreção. 
Formado pelo coração, vasos, sangue e linfa é um sistema do tipo fechado, ou seja, 
que não tem comunicação com meio externo. 
 
 Coração: órgão responsável pelo bombeamento e 
oxigenação do sangue, trata-se de um músculo, oco, 
situado na porção mediastinal da cavidade torácica, entre 
o osso esterno e a coluna vertebral, abraçado pelos 
pulmões e acima dodiafragma. Está disposto 
obliquamente e seu ápice mais inclinado para o lado 
esquerdo do plano mediano, conforme visualizamos. O 
ápice do coração,situado na região inferior, é mais lateral, enquanto a base é medial. Na 
base do coração estão os grandes vasos que chegam e saem deste órgão (SOBOTTA, 
2008). 
 Vasos Sanguíneos: compostos por artérias, veias e capilares. As artérias são tubos 
cilindróides e elásticos que conduzem o sangue oxigenado do coração para as demais 
estruturas corpóreas, artérias têm uma elasticidade que se adapta à demanda de fluxo 
sanguíneo e permite o controle dos níveis pressóricos. Quanto mais distantes do coração 
menos calibrosas estas estruturas se apresentam. As veias são estruturas cilíndricas 
responsáveis por recolher o sangue que sofreu trocas gasosas com os tecidos do corpo de 
voltaao coração. As válvulas ao receberem um impulso que direciona o sangue no sentido 
do coração, abrem-se permitindo que o sangue circule livremente. Quando o impulso 
termina a tendência natural seria que o sangue retornasse no sentido oposto à trajetória do 
coração. Porém, as válvulas impedem que isto ocorra, fechando-se, formando uma estrutura 
similar a uma bolsa que impede o retorno do sangue. Ao ocorrer um novo impulso este 
sangue continua seu percurso e isto ocorre até que este líquido atinja o coração (SOBOTTA, 
2008). 
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19 
 Grandes Vasos do Coração: a distribuição do sangue para o corpo ocorre através dos 
grandes vasos situados na base do coração. No átrio direito chegam às veias cavas, inferior 
e superior trazendo sangue do corpo para o coração. No átrio esquerdo chegam às veias 
pulmonares, que carregam sangue rico em oxigênio dos pulmões até o coração. O tronco 
pulmonar, formado pelas artérias pulmonares direita e esquerda, sai do ventrículo direito em 
direção aos pulmões, do ventrículo esquerdo, sai a artéria aorta, que leva sangue rico em 
oxigênio para o corpo (SOBOTTA, 2008). 
 Linfa: a composição é praticamente a mesma do sangue, com exceção da existência de 
glóbulos vermelhos, o que faz a linfa ser de coloração transparente. Por ela circulam além 
das impurezas retidas do meio intersticial, proteínas, hormônios, glóbulos brancos e, 
ocasionalmente, dos intestinos ao fígado, nutrientes (moléculas de gordura) (SOBOTTA, 
2008). 
 
Circulação do sangue 
Existem basicamente dois tipos de circulação sanguínea (Figura 16): 
 Pulmonar: o sangue rico em gás carbônico passa do átrio direito para o ventrículo direito e é 
em seguida impulsionado para o tronco pulmonar e 
artérias pulmonares até a rede de capilares dos pulmões (HOHEN, YOCOCHI, LUTJEN-
DRECOL, 2007) 
 Sistêmica: o sangue rico em oxigênio sai dos pulmões pelas veias pulmonares e chega ao 
átrio esquerdo dirigindo-se ao ventrículo direito que o encaminha para a artéria aorta e desta 
para o restante do corpo. Um esquema com os dois tipos de circulação (HOHEN, 
YOCOCHI, LUTJEN-DRECOL, 2007). 
 
Figura 16 – Circulação 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Rjkfa7UE1swMVQUx9 
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20 
 
CAPÍTULO V- SISTEMA LINFÁTICO 
 
Sistema de drenagem auxiliar do sistema circulatório. Responsável por transportar o 
líquido tecidual do corpo, chamado de linfa. Este sistema é composto 
pelos vasos linfáticos, órgãos linfoides (timo, baço e linfonodos), 
estruturas que funcionam comofiltros do líquido transportado pelos 
vasos. 
A principal relação entre o sistema linfático e o sistema circulatório é 
que grandes moléculas de líquido tecidual têm dificuldade para 
penetrar nos capilares sanguíneos, assim é necessário que os 
capilares linfáticos, mais calibrosos, conseguem realizar esse 
transporte. É importante ressaltar que o sistema linfático tem o 
chamado fundo cego, ou seja, um sistema de uma única direção, 
somente conduz a linfa para a corrente circulatória, não existe via de 
retorno. 
Os troncos linfáticos são: 
 Ducto torácico: se origina na cisterna de quilo, uma dilatação que ocorre na região 
abdominal. Ele recebe a linfa de todo o resto do corpo, e desemboca na junção entre veia 
subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda (Figura 17). 
 Ducto linfático direito: recebe a linfa do membro superior, direito, do lado direito da cabeça, 
do pescoço e do tórax; e acaba na anastomose da veia subclávia direita com a veia jugular 
interna direita (Figura 17). 
 
Figura 17 – Ductos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/YKSxWJVMHshR2dcx5 
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21 
 
Antes de passar para o sistema circulatório, a linfa é coletada pelos 
capilareslinfáticos, passando para os vasos linfáticos, chegando à linfa chega aos troncos 
linfáticos, estes, porsua vez, desembocam nas veias mais calibrosas, onde depositam a linfa 
(Figura 18). 
 
Figura 18 – Circulação linfática. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Gykvq28jrWb5awow8 
 
 
Estruturas do Sistema Linfático 
 
Iremos explicar aqui os órgãos linfóides os linfonodos, o baço e o timo. 
 Linfonodos: são estruturas de defesa do organismo, evitando 
que substâncias e microrganismos estranhos penetrem na 
corrente sanguínea.Possuem formas e tamanhos variados, 
podem estar isolados, mas apresentam-se geralmente em 
grupos, principalmente na região inguinal, na axila e no 
pescoço. 
 Baço: é o maior órgão do sistema linfóide. Apresenta 
duas faces: a diafragmática (em contato com a região 
inferior do diafragma) e visceral. Na face visceral, 
encontra-se o hilo do baço, uma fenda onde penetram 
nervos e vasos, incluindo a veia esplênica, que tem a 
função de drenar o sangue do baço. 
 
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22 
 Timo: órgão linfoide que apresenta dois lobos, sua função é 
produzir linfócitos. Está situado parcialmente no pescoço e 
no tórax, se estendendo desde a parte inferior da tireoide até 
a quarta cartilagem costal. O timo cresce até o período da 
puberdade, depois passa a se contrair até ser substituído por 
tecido adiposo 
 Tonsilas: são massas pequenas de tecido linfóide 
incluídas na mucosa de revestimento das cavidades 
bucal e faríngea. As tonsilas palatinas (amígdalas) 
estão localizadas na parede póstero-lateral da 
garganta, uma de cada lado. Ambas as tonsilas atuam 
como uma defesa adicional contra invasão bacteriana. 
 
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23 
 
CAPÍTULO VI - SISTEMA MUSCULAR 
 
Sistema muscular trata-se do conjunto de músculos, estima-se que nosso corpo 
tenha 650 músculos e representam 40% a 50% do peso corporal total, a formação de um 
musculo se dá por tecido originado pelo mesoderma.Os músculos possuem forma e 
comprimento variável, são formados por miócitos e que se inserem ao osso através do 
tendão, sua principal característica é a capacidade de contração e relaxamento (GUYTON & 
HALL, 2017). 
Possuímos três tipos de músculos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco. Se 
formos levar em consideração o exercício podemos classificar em voluntário e involuntário 
também. 
 
 Músculo liso: músculo involuntário, o estímulo para a 
contração é mediado pelo sistema nervoso 
vegetativo. Encontrado na parede das vísceras 
tubulares, como por exemplo vasos sanguíneos e 
intestino. 
 
 Músculo estriado cardíaco: tipo especializado de músculo que forma a 
parede do coração, também chamado de miocárdio. 
Controla os batimentos cardíacos, músculo é 
involuntário, como o músculo liso, e é estriado, como o 
músculo esquelético. 
 
 Músculo estriado esquelético: está fixado aos 
ossos, através dos tendões. As contrações 
exercem força nos ossos e então eles se 
movimentam e consequentemente é o 
responsável por diversas atividades, como 
levantar objetos e andar ou correr. São os únicos 
músculos voluntários do corpo. 
Para que haja movimento, os músculos estriados normalmente firmam-se em 
duas extremidades: 
• Origem: imóvel presa à peça óssea que não se desloca. 
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24 
• Inserção: móvel, presa à peça óssea que se desloca. (GUYTON & HALL, 2017). 
 
Quanto à Situação dos músculos temos: 
 Músculos Superficiais ou Cutâneos: são os músculos que se encontram logo abaixo 
da pele, onde devem apresentar no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da 
pele. Podemos encontrá-los no crânio e na face, no pescoço e na região hipotênar da mão. 
 Músculos Profundos ou Subaponeuróticos: este grupo de músculos não apresenta 
inserções na camada profunda da pele, insere-se na maioria das vezes nos ossos. Sua 
localização se dá logo abaixo da fáscia superficial. (GUYTON 
& HALL, 2017). 
 
Quanto à Forma do Ventre classificam-se: 
 Músculo Longo: O comprimento predomina sobre a 
largura e permanece constante em todo o músculo. Está 
localizado mais superficialmente e seu comprimento pode 
passar duas ou maisarticulações. Podemos citar como exemplo o 
músculo bíceps braquial. 
 Músculo Largo: o comprimento e a largura se equivalem. 
Este tipo de músculo é encontrado nas paredes das grandes 
cavidades, como tórax e abdome, podemos citar o músculo 
diafragma, o subescapular. 
 Músculo Curto: encontrado nas articulações, seu movimento 
tem pouca amplitude, fato que não exclui sua força e nem 
especialização, podemos citar os músculos da mão. (TOMITA, 2012) 
 
Quanto à Disposição da Fibra Muscular: 
 
 Transverso: perpendicular à linha média e podemos citar como exemplo o músculo 
transverso abdominal. 
 Reto: paralelo à linha média e podemos citar como exemplo o músculo reto 
abdominal. 
 Obliquo: diagonalmente à linha média, exemplo desse músculo temos o oblíquo 
externo. 
 
Quanto à Função: 
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25 
A realização de algum movimento, são envolvidos vários músculos além daquele 
diretamente responsável por ele. São os seguintes: 
 
 Músculo Agonista: agente principal de um movimento, esse músculo se contrai 
ativamente para produzir um movimento desejado. Ex.: músculos flexores dos dedos, 
quando apertamos a mão de uma pessoa. 
 Músculo Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, 
regulando força e velocidade do movimento. Ex.: músculos extensores dos dedos, não 
deixando apertar com força nem rapidez a mão da pessoa. 
 Músculo Sinergista: músculo que tem função de estabilizar as articulações para que 
não ocorram movimentos indesejáveis durante uma ação normal. Ex.: um dos músculos 
sinergista do movimento de abdução da coxa é o reto femoral. 
 Músculos Fixadores ou Posturais: sua atuação não está diretamente relacionada ao 
movimento, mas sim na fixação de um segmento do corpo para permitir um apoio básico 
nos movimentos executados por outros músculos. (TOMITA, 2012) 
 
Quanto ao tônus muscular: 
 
Quando os músculos se mantêm em um estado de contração parcial, chamamos de 
tônus muscular, que é causado pela estimulação nervosa, e é um processo inconsciente 
que mantém os músculos preparados para entrar em ação. 
 
Principais músculos para estética facial 
 
Os músculos da face são referidos como músculos da expressão facial, têm suas 
origens nos ossos do crânio, alguns se iniciam na fáscia superficial da face. A maioria 
desses músculos se insere na pele da região e a movimentam como se fosse uma 
articulação. Já os músculos do pescoço são localizados em um de dois triângulos (trígonos), 
anterior que são separados do posterior pelo músculo esternocleidomastóide, músculo este 
que se apresenta diagonalmente através damargem lateral do pescoço desde o processo 
mastoide do osso temporal até o ossoesterno e a clavícula. 
Observe a figura 19, correlacionada com os músculos abaixo: 
1- Músculo Occipitofrontal (Ventre frontal) 
a. Origem: pele das sobrancelhas. 
b. Inserção: aponeurose epicrânica. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
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26 
d. Função: responsável por franzir a fronte e elevar as sobrancelhas. 
2- Músculo prócero 
a. Origem: osso nasal e parte superior da cartilagem lateral do nariz. 
b. Inserção: pele parte inferior a fronte, entre as sobrancelha. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
d. Função: responsável por tracionar para baixo o ângulo medial das sobrancelhas, 
produzindo rugas transversais sobre o nariz. 
3- Músculo Corrugador 
a. Origem: extremidade medial do arco supercilia. 
b. Inserção: superfície profunda da pele. 
c. Inervação: ramo temporal e zigomático do nervo facial. 
d. Função: traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas 
verticais na fronte, músculo de expressão de sofrimento. 
4- Músculo orbicular dos olhos 
a. Origem: parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal do maxilar, 
crista lacrimal posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior e bordas do 
ligamento palpebral medial (porção palpebral). 
b. Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter. 
c. Inervação: ramos temporais e zigomáticas do nervo facial. 
d. Função: Fechamento ativo das pálpebras. 
5- Músculo nasal 
a. Origem: Porção Transversal – Maxila, acima e lateralmente à fossa incisiva. Porção 
Alar – Asa do nariz. Porção Transversal – Dorso do nariz. Porção Alar – Imediações 
do ápice do nariz. 
b. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
c. Função: Dilatação do nariz. 
6- Músculo levantador do lábio superior e asa do nariz 
a. Origem: processo frontal do maxilar. 
b. Inserção: se divide em dois, um inserido na cartilagem malar maior e outro se 
prolonga no lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo superior. 
d. Função: dilatar a narina e levantar o lábio superior. 
7- Músculo zigomático menor 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
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27 
d. Função: auxilia na elevação dos lábios e acentua sulca nasolabial. 
 
8- Músculo zigomático maior 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada). 
9- Músculo risório 
a. Origem: fáscia do masseter. 
b. Inserção: pele no ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado). 
10- Músculo depressor do lábio inferior 
a. Origem: Linha oblíqua da mandíbula. 
b. Inserção: Tegumento do lábio inferior. 
c. Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão 
de ironia). 
11- Músculo orbicular dos lábios 
a. Origem: Parte marginal e parte labial. 
b. Inserção: em cima da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Fechamento direto dos lábios. 
12- Músculo bucinador 
a. Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da 
mandíbula. 
b. Inserção: Ângulo da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. 
Importante para assobiar e soprar. Importante músculo acessório na mastigação. 
13- Músculo platisma 
a. Origem: Fáscia sobre as porções superiores dos músculos peitoral maior e deltóide 
b. Inserção: Limite inferior da mandíbula (fibras mediais); pele, tecidos subcutâneos e 
músculos ao redor da boca. 
c. Inervação: Ramo cervical do nervo facial. 
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d. Função: Depressão da mandíbula, movendo os cantos da boca inferiormente, 
tensiona a pele do pescoço anterior. 
 
Figura 19 – Músculos da face 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015). 
 
Principais músculos para estética corporal 
 
Os músculos do dorso são classificados como intrínsecos ou extrínsecos, com base 
na sua origem embrionária e inervação. Os músculos intrínsecos são profundos e são 
inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais, quanto aos extrínsecos estão 
envolvidos com os movimentos dos membros superiores e da parede torácica, são 
inervados por ramos anteriores e nervos espinais. 
 
Observe a figura 20, correlacionando os números abaixo: 
1- Músculo peitoral maior 
a. Origem: origina-se na metade medial da clavícula e superfície anterior do esterno, 
primeiras sete cartilagens costais e na aponeurose do músculo oblíquo externo do 
abdome. 
b. Inserção: insere-se na parte proximal do úmero mais precisamente na crista do 
tubérculo maior do úmero. 
c. Inervação: inervado pelos nervos peitorais, medial e lateral. 
d. Função: adução, rotação medial e flexão do úmero no ombro. 
 
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2- Músculo diafragma 
a. Origem: origina-se no processo xifoide, face interna das seis últimas costelas e 
vértebras lombares. 
b. Inserção: insere-se no centro tendíneo do diafragma. 
c. Inervação:inervado pelo nervo frênico e seis últimos nervos intercostais 
(propriocepção). 
d. Função: a sua função principal é a inspiratória, diminuindo dessa forma a pressão 
interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da 
coluna vertebral e expulsões como o vômito, o parto, a micção e a defecação. 
 
3- Músculo Oblíquo Externo do Abdome 
a. Origem: origina-se na face externa das oito costelas inferiores. 
b. Inserção: insere-se na linha branca e metade anterior da crista ilíaca. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos espinais. 
d. Função: tem como função comprimir a cavidade abdominal pélvica, auxilia na flexão e 
rotação da coluna vertebral. 
 
4- Músculo reto abdominal 
a. Origem: origina-se na púbica. 
b. Inserção: insere-se no processo xifóide e cartilagens costais da quinta a sétima 
costelas. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos sete últimos nervos torácicos. 
d. Função: tem como função comprimir o conteúdo abdominal, flexionar a coluna vertebral 
e tensionar a parede abdominal. 
 
5- Músculo piramidal 
a. Origem: origina-se na fáscia anterior do púbis e sínfise púbica. 
b. Inserção: insere-se no interior da linha Alba. 
c. Inervação: inervado pelo ramo anterior de T12. 
d. Função: tem como função tracionar a linha Alba 
 
6- Músculo Bíceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal. Porção Curta: Processo Coracóide. 
b. Inserção: Tuberosidade radial. 
c. Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6). 
d. Função: Flexão de Cotovelo / Ombro e Supinação do Antebraço. 
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7- Músculo Tríceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal. Porção Medial: ½ distal da face 
posterior do úmero (abaixo do sulco radial). Porção Lateral: ½ proximal da face posterior 
do úmero (acima do sulco radial). 
b. Inserção: Olécrano. 
c. Inervação: Nervo Radial (C7 – C8). 
d. Função: Extensão do Cotovelo. 
 
8- Músculo Quadríceps femoral 
a. Origem: Reto femoral: espinha ilíaca anterior da pelve, margem superior do acetábulo 
da pelve. Vasto medial: linha intertrocantérica do fêmur. Vasto lateral: linha áspera, 
trocânter maior do fêmur. Vastos intermédio: lado anterior do fêmur. 
b. Inserção: Tuberosidade da tíbia (todas as cabeças) - forma ligamento patelar. 
c. Inervação: Nervo femoral. 
d. Função: Extensão do joelho, flexão da anca (apenas o reto femoral). 
 
9- Músculo glúteo máximo 
a. Origem: Sacro (porção dorsal), ílio (atrás da linha glútea posterior), fáscia toracolombar 
e ligamento sacrotuberal. 
b. Inserção: Tuberosidade glútea do fémur (fibras caudais) e côndilo lateral da tíbia (fibras 
craniais). 
c. Inervação: Nervo glúteo inferior. 
d. Função: Extensão e rotação externa do fémur, estabilização da articulação do quadril, 
abdução (fibras craniais) e adução (fibras caudais) da coxa. 
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Figura 20 – músculos corporais. 
 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015) 
 
 
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32 
 
CAPÍTULO VII- SISTEMA TEGUMENTAR 
 
Algumas pessoas usam a terminologia “tecido” como sinônimo de pele ou 
tegumento, mas isso é errado, pois tecido é o agrupamento de células semelhantes, que 
executam funções específicas e em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, 
tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. O correto de se dizer é que a pele ou 
tegumento, é um órgão, composto por um agregado de tecidos, que funcionam em conjunto 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
O sistema tegumentar recobre o corpo, tendo a principal função de proteção: contra 
o atrito, a perda de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta, além de 
ter papel na percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na 
termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores. O sistema 
tegumentar é constituído pela pele e seus anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, 
sudoríparas e mamárias. A pele com uma espessura que varia de 0,5 a 4,0mm e é 
composta de duas camadas distintas: a epiderme e a derme. A pele está sobre o tecido 
subcutâneo ou tecido adiposo (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Epiderme 
 
Tecido avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em quatro ou cinco 
camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Sua espessura varia de 0,007 a 
0,12mm, porém resistente (GUIRRO & GUIRRO, 2006).É dividida em cinco camadas 
(Figura 21): 
 Camada Basal: único estrato de células tronco, pela sua atividade mitótica, também é 
chamado de germinativo, em contato direto com a derme, Por causa do grande número de 
células e, portanto, da pressão maior nas faces laterais, as células são colunares. Elas 
começam a sintetizar filamentos intermediários de citoqueratina (tonofilamentos). As células 
estão aderidas à membrana basal por hemidesmossomos e às células vizinhas por 
desmossomos. As células-filhas, os queratinócitos, vão para as camadas superiores 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006). É neste local onde encontramos os melanócitos e as células 
de Merkel (mais a frente iremos abordar esse tema). 
 Camada espinhoso: localizada acima da camada basal, as pressõessão mais uniformes, os 
queratinócitos são poliédricos. Eles contêm muitos filamentos de citoqueratina, os quais se 
agrupam em tonofibrilas, que conferem eosinofilia ao citoplasma. Exibem projeções curtas, 
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33 
que estão ligadas por desmossomos às projeções das células adjacentes, o que contribui 
para a resistência da epiderme ao atrito. No espaço entre as células, há o glicocálix, 
substância que serve de meio condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para 
o interno. Nesse estrato, são mais facilmente vistas as células de Langerhans (GUIRRO & 
GUIRRO, 2006). 
 Camada Granulosa: composta por poucas camadas de células achatadas, os precursores 
da proteína filagrina formam os grânulos de querato-hialina, que são basófilos e não 
envoltos por membrana, função de impermeabilizam as células, como prevenção à perda de 
água (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 Camada Córnea: composta por células com núcleo bem reduzido ou anucleada, 
queratinizada. Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes 
a escamas. Em média, o processo d renovação celular dura de 26 a 28 dias, após, as 
células mortas se desprendem e esfoliam, para que células novas das camadas mais 
profundas as substituam. Assim, a pele encontra-se em constante renovação. Esse estrato 
confere proteção contra o atrito, a invasão de micro-organismos e a perda de água 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 Camada Lúcida: camada extra presente nas regiões palmoplanteres em que a pele é mais 
espessa e nos lábios, se situa entre a camada córnea e a granulosa. Esta camada possui 
células transparentes e achatadas (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Figura 21 – Camadas da epiderme. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/K989cGkth5R4VqiR6 
 
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34 
 
COMPOSTOS CELULARES EPIDERME 
 
 Melanócito 
o Células arredondadas com longos prolongamentos, 
citoplasma claro e núcleo ovoide. Em vesículas 
membranosas, denominadas melanossomas, oxidam a 
tirosina em 3,4-di-hidroxifenilalanina (DOPA) através da 
enzima tirosinase e transformam a DOPA em melanina 
(do grego melas, negro), um pigmento pardo-amarelado 
a marrom-escuro. Pela fagocitose da extremidade dos 
prolongamentos, os grãos de melanina são introduzidos 
nas células do estrato basal e do estrato espinhoso. A 
melanina concentra-se sobre o núcleo, protegendo o material genético da radiação 
ultravioleta (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
o Quanto ao número de melanócitos encontrado em diferentes fototipos é praticamente o 
mesmo. Entretanto, nos indivíduos de pele clara, a atividade da tirosinase é menor; os 
melanossomas são menos desenvolvidos, e a melanina é rapidamente degradada pela 
atividade lisossômica dos queratinócitos,sendo decomposta antes da célula deixar a parte 
superior do estrato espinhoso. Nos afrodescentes, como os melanossomas são maiores e 
mais estáveis, a camada basal é mais pigmentada e as demais camadas da epiderme, 
inclusive o estrato córneo, contêm melanina (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
 Merkel 
o As células de Merkel são semelhantes aos melanócitos ao microscópio de luz, mas são 
mais escassas e, portanto, difíceis de serem 
observadas. Possuem processos curtos, os quais 
podem se ligar aos queratinócitos por 
desmossomos. Contêm um núcleo volumoso, 
filamentos de queratina e vesículas 
neuroendócrinas. Na base da célula, formam 
junções sinápticas com terminações nervosas 
sensitivas. Essas células são receptores táteis 
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35 
(mecanorreceptores) e são abundantes nas pontas dos dedos e na base dos folículos 
pilosos. Ainda não se descreveu uma função exata para essa célula (GUIRRO & GUIRRO, 
2006). 
 
 Langerhans 
o São células apresentadoras de antígenos e originam-
se de precursores da medula óssea. Com HE, elas 
exibem citoplasma claro e núcleo ovoide ou indentado. 
A visualização dos prolongamentos dendríticos é 
possível com a imunocitoquímica ou a impregnação 
pelo cloreto de ouro. Fagocitam e processam os 
antígenos estranhos na pele. Elas apresentam os 
antígenos capturados aos linfócitos T na própria 
epiderme ou nos linfonodos regionais, e os linfócitos 
iniciam a resposta imunológica. As células de 
Langerhans participam das dermatites alérgicas por contato e da rejeição de transplantes 
cutâneos (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
DERME 
 
 Principal camada da nossa pele, vista que é nela que encontramos as principais 
células e anexos. O limite entre a epiderme e a derme, é bastante irregular, devido a 
projeções da derme para a epiderme (papilas dérmicas) e de projeções da epiderme para a 
derme (cristas epidérmicas). 
A derme também uma subdivisão: 
 Derme papilar: corresponde às papilas 
dérmicas e é constituída por tecido conjuntivo frouxo. 
Essa camada se estende até pouco abaixo das 
papilas, onde continua a camada reticular. O 
suprimento capilar sanguíneo da camada papilar é 
muito grande. Um grupo de capilares em alça se 
estendem para o interior das cristas, fornecendo 
nutrição para a epiderme e atuando na regulação 
térmica (Junqueira & Carneiro, 2004). 
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36 
 Derme reticular: a maior parte da derme, de tecido conjuntivo denso não modelado. 
As fibras colágenas dispostas em diferentes sentidos conferem resistência ao estiramento. 
Os capilares são raros nessa camada, sendo numerosos somente nos anexos que se 
dirigem para a epiderme. É a camada mais espessa, formada por tecido conjuntivo denso 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Compostos celulares da derme 
 
Fibroblastos 
Originam-se das células mesenquimais 
indiferenciadas etem como principal função a 
manutenção da integridade do tecido conjuntivo e 
sintetização dos componentes da matriz 
extracelular, secreção de fatores de crescimentos e 
citocinas que controlam a proliferação 
ediferenciação das células da epiderme (Junqueira & 
Carneiro, 2004). 
Os fibrócitos são células menores do que os 
fibroblastos e possuemum citoplasma acidófilo com 
pouca quantidade de retículo rugoso, durante a cicatrização, podem ser recrutados do 
tecidoadjacente não LESADO, SE REVERTENDO PARA O ESTADO DE FIBROBLASTO E 
REATIVANDO SUACAPACIDADE DE SÍNTESE (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Mastócitos 
São células globulosas e com citoplasma repleto de 
grânulos contendo histamina e heparina. Atuam nas 
reações imunes e medeiam os processos inflamatórios 
e as reações de hipersensibilidade imediata (Junqueira 
& Carneiro, 2004). 
 
Macrófagos 
São células que possuem características morfológicas 
muito variáveis dependem do seu estado de atividade 
funcional e tecido que habitam. Participam no 
mecanismo de defesa, fagocitando e destruindo 
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37 
restos celulares, microrganismos e elementos inertes que penetrem no organismo. Os 
macrófagos também desempenham um papel fundamental na apresentação de antígenos 
para os linfócitos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Plasmócitos 
São células grandes e ovóides, localizam-se dispersos 
por todo tecido conjuntivo, porém estão presentes em 
maior número em áreas sujeitas a entrada de 
microrganismos e proteínas estranhas e nas 
inflamações crônicas. Os plasmócitos são células 
originárias dos linfócitos B e são responsáveis pela 
imunidade humoral (Gartner & Hiatt, 2007). 
 
Leucócitos 
Os leucócitos são glóbulos brancos que circulam na corrente sangüínea, e participam das 
defesas celulares e imunocelulares do organismo. São divididos em dois grupos: 
Granulócitos: núcleo de forma irregular e apresentam no citoplasma grânulos específicos 
três tipos de granulócitos são: neutrófilos, eosinófilos e basófilos 
Agranulócitos: núcleo mais regular e o citoplasma não possuem granulações específicas, 
dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os 
monócitos 
o Quando os tecidos são invadidos por 
microrganismos, substâncias quimiotaxias 
provocam a migração dos leucócitos ao local 
da invasão, logo estas células atravessam 
as paredes dos vasos sanguíneos e entram 
no tecido participando do processo 
inflamatório (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Componentes fibrosos (MEC) (Figura 22) 
 
Fibras de colágeno 
São fibras sintetizadas por fibroblastos e miofibroblastos, células musculares e várias 
células epiteliais. Principal componente da pele, cartilagem e do osso, os colágenos são as 
proteínas mais abundantes doorganismo, representando 25% da massa protéica. Até o 
momento foram descritos mais de 12 tipos diferentes de colágenos, entretanto, os 
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participantes da pele são os tipos: I, III, IV, V, VI e VII (HARRIS, 2009). 
 
Fibras elásticas 
Responsáveis por fornecer propriedades elásticas à pele, são sintetizadas pelos 
fibroblastos, constituídas por um núcleo central amorfo de elastina. A elastina é a uma 
importante proteína constituinte do chamado sistema elástico da matriz celular. Ela contém 
os aminoácidos desmosina e isodesmosina, que conferem as propriedades de distensão e 
recolhimento elástico das fibras de elastina (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
Glicosaminoglicana 
Também chamada de glucosaminaglicanos, glicosaminoglicanas ou mucopolissacarídeos, 
elemento incolor, transparente e homogêneo, componente fundamental na Matriz 
extracelular (MEC), nos tecidos conjuntivos, função de hidratação, viscosidade, textura da 
pele (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Figura 22 – MEC – Matriz extra celular. 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/EHXHwTfYGJVBzAs49 
 
 
ANEXOS DA PELE 
 
Glândulas sebáceas 
Localizada no folículo piloso, excretam um produto gorduroso, denominado sebo, cuja 
função é lubrificar o pelo e a superfície da pele. O sebo parece possuir propriedades 
bactericidas (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
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Glândulas sudoríparas 
Desembocam diretamente na pele. A porção secretora está geralmente localizada logo 
abaixo da derme, no tecido subcutâneo. Produzem o suor que tem a função de regular a 
temperatura corpórea (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Podem ser classificadas em dois tipos: 
Glândulas sudoríparas écrinas: são aquelas que liberam sua secreção sem que haja perda 
do citoplasma da célula secretora. Elas produzem suor que é composto em sua maior parte 
de água com vários sais, servem para a regulação da temperatura do corpo (Junqueira & 
Carneiro, 2004). 
Glândula sudoríparas apócrinas: eliminam secreção com porções do citoplasma, que 
produzem o suor que contém materiais gordurosos. Estão presentes nas axilas e em volta 
da área genital e sua atividade é a principal causa do odor do suor, devido às bactérias que 
quebram os compostos orgânicos no suor dessas glândulas (Junqueira & Carneiro, 2004).Folículo piloso 
É uma estrutura dérmica tegumentar que é constituída por três invólucros (ou bainhas) 
epiteliais e é capaz de produzir um pelo. No folículo o pelo em fase de crescimento, a 
porção terminal expandida corresponde ao bulbo piloso. Ele é constituído pela papila 
dérmica, de tecido conjuntivo frouxo e, recobrindo-a, pela matriz, de células epidérmicas 
(Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Pelo 
Composto por três partes básicas: a cutícula, o córtex e a medula. A parte mais externa é 
cutícula, que é formada por várias camadas de células sobrepostas sem pigmentos 
parecidas com escamas. Chamamos de haste a parte do pelo que pode ser observada 
externamente, já a raiz é a parte que está situada no interior da pele (Junqueira & Carneiro, 
2004). 
O ciclo capilar pode ser dividido em três fases distintas, crescimento, regressão e repouso. 
A fase de crescimento, também chamada de anágena, é responsável pelo aumento do 
crescimento do pelo e varia de acordo com fatores genéticos. Nessa fase, que é a mais 
longa do ciclo, a matriz está trabalhando continuamente. A fase de regressão, também 
chamada de catágena, caracteriza-se pela involução do folículo piloso (início da atrofia). 
Terminada essa fase, o folículo encontra-se completamente atrofiado (fase de repouso ou 
telógena) e ocorre a queda do pelo. Todo esse processo tem duração de cerca de cinco 
anos (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
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Unha 
São placas córneas formadas por queratina dura que estão fortemente aderidas umas às 
outras. As unhas estão localizadas na superfície dorsal das falanges distais dos dedos do pé 
e da mão. Origina-se de células epiteliais que formam a raiz da unha (Junqueira & Carneiro, 
2004). 
 
Tela subcutânea - Hipoderme 
 
 Tecido conjuntivo frouxo ou adiposo, subjacente a pele, de espessura variável, que é 
ricamente servido de vasos sanguíneos e nervos. As principais funções são regulação de 
temperatura, isolamento térmico, depósito nutricional, proteção mecânica do organismo às 
pressões e traumatismo externo e na motilidade da pele sobre as estruturas subjacentes 
(SAMPAIO; RIVITTI, 2007). 
 A localização e a distribuição da gordura corporal caracterizam dois tipos de 
biocorpo: 
Ginóide: predominantemente no sexo feminino, acúmulo de gordura na parte inferior do 
corpo, glúteos, coxa e quadril (GUIRRO, 2004). 
Andróide: observa-se maior quantidade de células adiposas 
na região abdominal. Esta variação é considerada de alto 
risco, pois possui um acúmulo predominante de células 
gordurosas na região abdominal, o que leva a um aumento 
de risco de doenças cardiovasculares e morte prematura. 
(GUIRRO, 2004). 
O tecido adiposo possui duas camadas de gordura com diferenças 
entre seus lóbulos: 
Tecido adiposo superficial ou areolar: mais superficial, ricamente 
irrigada possui adipócitos globulares e volumosos, local onde todos 
os tratamentos estéticos tem usa ação (GUIRRO, 2004). 
Tecido adiposo profundo ou lamelar: mais profunda e é onde ocorre 
aumento de espessura no ganho de peso, única forma de 
diminuir é fazendo atividade física (GUIRRO, 2004). 
 
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41 
 
CAPÍTULO VIII- CLASSIFICAÇÃO DA PELE 
 
COLORAÇÃO DA PELE 
 
 Depende de alguns fatores como espessura do estrato córneo, pigmento existente, 
vasos sanguíneos, além da melanina. Esta substância se constitui como um polímero 
proteico (GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005), 
 A formação do granulo de melanina envolve a hidroxilação do substrato L-tirosina em 
3,4-diidroxifenilalanina (DOPA), liberando a molécula de água, catalisada pela tirosinase 
(sintetizada nos ribossomas e transportada via retículo endoplasmático para o complexo de 
Golgi, de onde se originam vesículas que contêm a enzima). Estas vesículas são chamadas 
pré-melanossomas, no interior deles, a tirosinase produz a melanina a partir da 
tirosina.Quando a vesícula está cheia de melanina, passa a ser chamada melanossoma. A 
melanogênese é a produção de melanossoma dentro dos melanócitos, a partir da tirosinase, 
uma enzima cobre -dependente, o melanócito promove hidroxilação na tirosina, formando o 
DOPA (Figura 23) (SAMPAIO e RIVITTI, 2001). 
 Após a produção, a melanina, que ainda está dentro dos melanossomas, é 
transferida aos queratinócitos adjacentes através dos dendritos presentes nos melanócitos. 
(GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005). 
 
Figura 23 – Formação da melanina. 
 
 
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001. 
 
A partir disso são formados dois tipos de grânulos de melanina: 
 Eumelanina: constituem num grupo homogêneo de pigmentos pardos, insolúveis, 
resultantes dapolimerização oxidativa de compostos indólicos derivados da DOPA 
(VIGLIOGLIA, 1991). 
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 Feomelaninas: correspondentes a um grupo heterogêneo de pigmentos 
pardosavermelhados, solúveis em meio alcalino, constituídas por benzotiazidas 
ebenzotiozóis, os quais são derivados da cisteinildopa (VIGLIOGLIA, 1991). 
A quantidade de melanina formada nos melanócitos é geneticamente determinada, 
mas estes podem ser influenciados por fatores hormonais e ambientais, incluindo 
inflamação, idade e exposição a radiação solar.Os hormônios sexuais, estrógenos e 
progesterona promovemhiperpigmentação do rosto, genitais e aréola mamária pelo aumento 
do número demelanócitos ativos, pois estimulam a melanogênese (ICOLETTI et al, 2002). 
 
FOTOTIPO 
 
Em 1976, Fitzpatrick classificou a pele humana em seis tipos de acordo com 
ofototipo e etnia, variando do tipo I (pele mais branca) ao tipo VI (pele negra)(GUIRRO; 
GUIRRO, 2004), conforme apresentado na Tabela 1. 
A cor da pele varia segundo a raça e, no indivíduo, conforme a região do corpo, 
sendo também influenciável pelas condições do meio. A classificação da pele proposta por 
Fritzpatrick tem sido o método utilizado para categorizar a sensibilidade cutânea à radiação 
ultravioleta, mas devemos nos atentar que hoje em dia temos uma missegenação, ou seja, 
não conseguimos ter um fototipo único (YOUN et al, 1997). 
 
Tabela 1 – Fitzpatrick. 
 
Fonte: Guirro e Guirro 2004 
 
 
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43 
 
TIPOS DE PELE 
 
Em 2006 Baumann, propôs uma nova classificação da pele, catalogando a pele 
em 16 categorias, de acordo com quatro características da pele: hidratação,sensibilidade, 
pigmentação e rugas (BAUMANN, 2006). 
 Hidratação: pele seca ou oleosa. 
 Sensibilidade: pele resistente ou sensível. 
 Pigmentação: determina se a pessoa produz ou não grande quantidade de melanina. 
 Firmeza: menos propensa a rugasou se tende a rugas com a idade. 
 
Os dezesseis tipos de pele, segundo Baumann, são: 
1- Oleosa, sensível, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Possui muitos danos causados pela exposição frequente ao sol. 
b. Sinais de danos solares, como envelhecimento precoce (rugas), 
c. Manchas escuras na face e colo, telangiectasias, crises de acne, vermelhidão e queimação 
frequentes na pele. 
2- Oleosa, sensível, não pigmentada e firme. 
a. As características dessa pele formam um ciclo vicioso de erupções, manchas marrons e 
cicatrizes. 
b. Todos com este tipo de pele tendem a apresentar: acne, alergias de pele, manchas escuras 
na face, e pele brilhante. 
3- Oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele clara com pouca pigmentação para se proteger da radiação solar. 
b. Apresentam rubor e rosácea, rugas. 
c. Apresenta com frequência: manchas vermelhas, acne, poros dilatados, telangiectasias, 
dificuldade para se bronzear e queimaduras frequentes e rugas precoce. 
4- Oleosa, sensível, pigmentada e firme. 
a. O maior problema é o rubor facial. 
b. Pele é fina e pode sofrer de rosácea. 
c. Pode apresentar: acne, oleosidade, vermelhidão, manchas vermelhas, descamação, 
irritação a produtos para os cuidados com a pele e queimaduras solares frequentes. 
5- Oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Oleosidade, poros abertos e manchas escurassempre estarão presentes. 
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b. As rugas vão aparecendo com o processo do envelhecimento. Além disso, sua pele terá: 
crises de acne eventuais, risco aumentado de câncer de pele se sua pele for clara e 
dificuldade para encontrar um protetor solar que não deixe sua pele mais oleosa. 
c. Este tipo de pele suporta produtos mais fortes para o rosto. 
6- Oleosa, resistente, pigmentada e firme. 
a. Pele mais fáceis de lidar. 
b. É bastante comum fototipo alto. 
c. Apresentar: pele com boa viscosidade, manchas escuras, rugas mínimas, crises ocasionais 
de acne e pele que bronzeia com facilidade. 
7- Oleosa, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele complacente, ou seja, fácil de tratar. 
b. Apresentar: eventual oleosidade, acne discreta, dificuldade para se bronzear, pouca 
necessidade de hidratante e sinais precoces de rugas. 
8- Oleosa, resistente, não pigmentada e firme. 
a. Pele radiante, harmônica e que não envelhece. 
b. Apresenta: pele lisa, oleosa, pouca necessidade de hidratante, poucas rugas, poros 
grandes, crises raras de acne, cravos pretos. Previna o câncer de pele cuidando da pele e 
evite exposição solar. 
9- Seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele sempre está descamativa. 
b. A maioria dos produtos ocasiona coceira, ardência e irritação na pele. 
c. Apresenta: placas descamativas e rosadas na pele, vermelhidão e rubor facial, acne 
ocasionada por uso de produtos, Telangiectasia, hiperpigmentação pós inflamatório, 
suscetibilidade a alergias da pele. 
10- Seca, sensível, pigmentada e firme. 
a. Pele propensa a eczema, ressecamento, acne ocasionada pelo uso de produtos, 
descamação, vermelhidão, coceira e rosácea. 
b. Apresenta: placas de pele espessa e áspera, sensibilidade a fragrâncias, secura por 
detergentes, placas escuras em áreas de exposição solar. 
11- Seca, sensível, não pigmentada e propensa a rugas 
a. Não é um tipo fácil de pele e as condições da pele são imprevisíveis. Um dia a pele está 
bem e no outro, sem explicação, está péssima. 
b. Apresenta: ressecamento, descamação, queimação, rugas, vermelhidão, falta de brilho na 
pele, pele áspera e irritada. 
12- Seca, sensível, não pigmentada e firme. 
a. É o tipo de pele ressecada. 
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b. Pele descamativa, áspera, vermelha e sem brilho, pode ter alergias frequentes a produtos 
cosméticos, sensibilidade a sabonetes e alergias a metais. 
13- Seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Neste tipo de pele as rugas são a principal reclamação. 
b. Apresenta: pele seca e descamativa, coceira, pele fina, manchas escuras no rosto, rugas 
precoce, rugas em mãos e alto risco para desenvolver melanoma. 
14- Seca, resistente, pigmentada e firme. 
a. Esta pele tem raríssimos problemas com oleosidade e erupções. A pele vai se tornando 
vagarosamente mais seca com a idade. 
b. Apresenta: sardas ou machas do sol, melasma, prunido e descamação na pele. 
15- Seca, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Na juventude a pele tem poucas irritações, acnes e erupções, mas na meia idade a pele fica 
delicada, frágil e com sardas ou algumas descolorações. 
b. Apresenta: rugas precoces, problemas de bronzeamento e aumento de ressecamento com a 
idade. 
16- Seca, resistente, não pigmentada e firme. 
a. Na adolescência era o melhor tipo de pele, quase nada de acne, nenhuma oleosidade e sem 
sardas. Ao envelhecer a pele continua com a aparência muito boa, mas um pouco 
ressecada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dermatologia Patológica e Distúrbios Estéticos 
 
 
PONTO DE PARTIDA 
 
No decorrer desta Unidade serão abordados o que você precisa saber sobre 
dermatologia patológica e os principais distúrbios estéticos. Esta unidade é fundamental 
para traçarmos o melhor tratamento para o distúrbio a ser tratado, assim como o 
conhecimento da dermatologia patológica para saber se o paciente poderá ser nosso ou se 
isso será para os médicos. 
 
 
CAPÍTULO I- O DIAGNÓSTICO DERMATOLÓGICO 
 
 
Sempre iniciamos colhendo a história do paciente, seguido do examinar a pele, para 
se ter uma ideia do problema e depois propor perguntas relevantes (VIVIER, 2000). 
Precisamos sempre avaliar o paciente por inteiro, e não somente no local indicado 
por ele. Existem alguns questionamentos que podemos e devemos fazer, como: 
 Está presente há quanto tempo? 
 Ele muda dependendo do local? 
 Como e quando começou? 
 Ele mudou ou contínua como quando começou? 
 Está em outro local do corpo? 
 O que o afeta? 
 Esteve fora de sua cidade de origem atualmente? Se, positivo, onde? 
Também é necessário avaliar fatores como: 
 História pregressa de doenças de pele e correlatas. 
 História familiar. 
 Sintomas associados. 
 Medicamento atual. 
 Ocupação. 
 História social. 
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 Efeito da doença sobre o paciente. 
E finalmente questionar sobre os sintomas: 
 Sente prunido (coceira)? 
 Sente dor? 
 O local está mais sensível? 
 Sente sensação de queimação? (VIVIER, 2000) 
 
 
 
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CAPÍTULO II- LESÕES ELEMENTARES 
 
É de extrema importância o conhecimento das lesões elementares, pois elas são os 
sinais que nortearão nossas condutas. Saber descrever, reconhecer e classificar uma lesão 
de pele é vital para os profissionais da área da estética. Todas as alterações 
dermatológicas podem ser classificadas como lesão primária ou lesões secundárias 
(RAPINI, 2013). 
Podem ser classificados quanto a distribuição: 
 Anulares– dispõem-se em forma de anel. 
 Arciformes – em forma de arcos. 
 Agrupadas – uma ao lado da outra. 
 Lineares – em linha. 
Classificação quanto ao número: 
 Localizadas – lesões que aparecem em uma ou algumas regiões isoladamente. 
 Disseminadas – lesões individualizadas atingindo várias regiões cutâneas. 
 Generalizadas – distribuição difusa e uniforme, atingindo vários segmentos da pele. 
 Universais– comprometimento total da pele, incluindo o couro cabeludo. (RAPINI, 
2013). 
 
 
LESÕES PRIMÁRIAS 
 
Toda lesão que inclua alterações de cor (máculas), formações sólidas e formações 
líquidas são chamadas de lesões primárias. 
 Mácula: alteração circunscrita na cor da pele com menos de 1 cm de diâmetro e 
plana. Pode ser na cor marrom, azul, vermelha ou, hipopigmentada. Exemplos: 
o Manchas vásculo-sanguíneas: decorrentes da congestão ou pressão vascular ou do 
extravasamento de hemácias. 
o Eritema: caracteriza-se pela cor vermelha, devida à vasodilatação. A mancha 
desaparece quando pressionada, pois, há interrupção da circulação. No eritema, o sangue 
está dentro dos vasos. 
o Eritrodermia: eritema generalizado, crônico, com discreta escamação. 
o Cianose: eritema arroxeado, causado por congestão venosa. 
o Rubor: eritema vivo por congestão arterial. 
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o Exantema: eritema generalizado agudo que perdura alguns dias, podendo ser 
morbiliforme, quando há áreas comprometidas entremeadas por áreas não-comprometidas, 
ou escarlatiforme, quando é difuso e uniforme. 
o Telangiectasia (coperose): lesão filamentar, sinuosa, devida à presença de capilares 
dilatados na derme. Considera-se dilatação dos capilares. 
o Púrpura, petéquia: manchas eritemato-violáceas, de tamanho e forma variados, que, 
quando pressionadas, não desaparecem. Neste caso o sangue está localizado fora dos 
vasos. 
(RAPINI, 2013). 
 
 Formações sólidas: há relevo na pele, o que pode ocorrer por processos 
inflamatórios, infecciosos ou neoplásicos. 
o Pápula: elevação da pele circunscrita da pele com menos de 1cm de diâmetro, 
podendo ser de origem dérmica ou epidérmica. 
o Placa: lesão elevada, inferior a 1 cm, em plataforma achatada. Pode apresentar-se 
como lesão individual ou constituir um aglomerado de pápulas (placa papulosa). 
o Nódulo: massa palpável circunscrita de 1a 3 cm de diâmetro. A lesão pode evoluir a 
partir de uma pápula, as causas são múltiplas, mas a lesão pode ser devida a um infiltrado 
de células benignas, neoplásicas, ceratoacantoma, granuloma ou linfoma. 
o Tumor: circunscrita, elevada ou não, com mais de 3 cm. O termo tumor é mais 
empregado para processos neoplásicos. 
o Vegetação: pápula pedunculada, com superfície irregular e aspecto de couve-flor, 
que sangra com facilidade. 
o Verrucosidade: infecção da pele e membranas mucosas muito comum, por papiloma 
vírus. A incidência é de 10% em jovens. São contagiosas e se disseminam facilmente se 
houver trauma cutâneo sobre elas 
o Urtica: elevação eritematosa, irregular, edematosa, pruriginosa, que dura pouco. 
Pode apresentar-se como placa urticada ou pápula urticariforme. (RAPINI, 2013). 
 
 Formações líquidas: são lesões que contêm líquido no seu interior, o qual pode ser 
serosidade, sangue ou pus. Exemplos: 
o Vesícula:elevação circunscrita, contendo líquido, claro ou não, de até 1 cm de 
diâmetro, lesão elevada. 
o Bolha: elevação circunscrita, contendo líquido claro no interior, de 1 a 3 cm de 
diâmetro. 
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o Pústula: coleção circunscrita de conteúdo líquido e leucócitos que variam de 
tamanho. 
o Abscesso: lesão com menos de 0,5cm de diâmetro contendo líquido amarelo que se 
encontra infectado. Acima de 0,5 descreve-se como abscesso. 
o Herpes (vesícula): infecção comum mucocutânea contagiosa, causada pelo 
herpesvirus hominis, acomete frequentemente, lábios, narinas, genitais. As lesões começam 
com um formigamento, seguido de lesões que progridem rapidamente de mácula /pápula/ 
vesículas. 
o Herpes zoster: é um doloroso comprometimento do nervo cutâneo resultante da 
reativação do vírus varicela zoster latente. O vírus permanece latente na raiz dorsal ou 
gânglio do nervo craniano após o paciente se recuperar de varicela e existir anticorpos no 
soro. A reativação do vírus é puramente pessoal. 
 
 Neuralgia pós herpética: ocorre principalmente na velhice e persiste após 
desaparecimento da lesão ativa. 
 
 Paralisia pós herpética: paralisia de um membro superior ou inferior, geralmente 
temporária. 
o Molusco contagioso: pápula translúcida, com umbilicação central, localizada em 
qualquer região da pele, principalmente na área genital. É bastante comum nas crianças, 
que normalmente apresentam dezenas de lesões. As crianças atópicas, com pele mais 
seca, são mais susceptíveis. O tratamento consiste em curetar a lesão ou eliminá-la por 
eletrocoagulação ou congelamento (crioterapia). (RAPINI, 2013). 
o 
 Lesões pigmentares: Provocadas por excesso ou falta de pigmentos, como: 
o Excesso ou falta de hemoglobina: petéquia, víbice, equimose, hematoma. 
 
 Hematoma: coleção de sangue, que ocorre em geral em decorrência de um 
sangramento ativo, e causa na maioria das vezes um abaulamento no local. Em função do 
tamanho, deve ser removido ou não. Quando houver a necessidade de ser removido, isto 
em geral é realizado no centro cirúrgico, como uma nova cirurgia, em geral simples. 
 
 Equimose é o sangramento que ocorre e penetra nos tecidos, ficando uma mancha 
roxa no local, pode ser em decorrência de uma pancada ou de uma cirurgia ou de um 
procedimento minimamente invasivo. Ele desaparece sozinho ao longo dos dias. 
o Excesso ou falta de melanina: podemos três tipos: 
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 Acromia: ausência total de melanina, dá origem a manchas completamente brancas. 
 Hipocromia: a diminuição da melanina dá origem a manchas mais claras. 
 Hipercromia: aumento da melanina, produz manchas acastanhadas. 
o Manchas relacionadas a pigmentos anormais à pele (bilirrubina, carotenos etc.) 
o Manchas relacionadas a pigmentos estranhos ao organismo (ouro, prata, arsênico, 
corantes etc.). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
 Discromias: podem ser locais ou generalizadas, qualquer alteração na cor da pele. 
Os principais são: 
o Hipocromia: diminuição da produção da melanina, melanócito está presente, mas 
apresenta mau funcionamento. Exemplo: 
 Pitiríase alba: tamanhos variados, com limites mal definidos, assintomáticas, 
localizadas principalmente nos braços e no rosto. É considerada grau mínimo de dermatite 
atópica, estando associada à desidratação da pele. 
 Pitiríase versicolor: micose superficial da pele que provoca máculas hipocrômicas 
arredondadas (0,5 a 1 cm), isoladas ou confluentes, sem prurido, com descamação fina, 
situadas no pescoço, no tronco, nos braços e raramente, no rosto e nas pernas. 
o Acromia: ausência de melanina e de melanócito. Exemplos: 
 Vitiligo: Geralmente bilateral e simétrica, etiologia desconhecida, ocorre em qualquer 
idade, sexo e raça. Frequência de 1% na população mundial, atinge qualquer parte do 
corpo, em qualquer idade. As manchas são totalmente brancas, de tamanhos variados, e 
não apresentam sintomatologia. Os pelos da região também sofrem despigmentação. As 
lesões se instalam geralmente ao redor de orifícios, em proeminências ósseas e nas áreas 
intertriginosas. Alguns fatores precipitantes para essa doença são: estresse físico e 
emocional, traumas mecânicos e substâncias. 
 Albinismo: distúrbio autossômico recessivo do metabolismo da tirosinase que resulta 
na falência da produção de melanina. O albinismo é hereditário e pode ser de dois tipos: 
 tirosinase-negativo: a síntese de melanina está bloqueada devido à ausência de 
tirosinase; a produção de melanina é nula; 
 tirosinase-positivo, há pequena produção de melanina nas áreas expostas, formando 
sardas. 
 Acromia Residual: alguns despigmentantes são citotóxicos e destroem o melanócito, 
gerando várias manchas brancas e pequenas em forma de “confete” na face. Não existe 
tratamento. Sem melanócito, sem melanina, sem cor. A acromia, causada por traumatismos 
mecânicos ou pós-inflamatórios, praticamente não tem solução até o momento, já que o 
local ficou branco após a cicatrização, e os melanócitos daquela região foram destruídos. 
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 Leucodermia solar: também chamada hipomelanose gutata idiopática, compõe-se de 
pequenas manchas acrômicas múltiplas (3 a 5 mm), arredondadas, localizadas 
preferencialmente nos braços e nas pernas. Embora a causa não esteja totalmente definida, 
é considerada sinal de envelhecimento cutâneo. 
 Hanseníase: popularmente chamada de lepra, doença infecta contagiosa e de 
evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas 
dermatoneurológicos, ou seja, lesões na pele e nos nervos periféricos principalmente nos 
olhos, mãos e pés. Os nervos faciais, radial, ulnar, mediano, fibular comum e tibial posterior 
são os mais acometidos pela doença. Causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de 
Hansen. Formas Clínicas: 
 Formas Paucibacilares (PB - não contagiantes): Hanseníase Tuberculóide e 
Hanseníase Indeterminada. Casos com até cinco lesões de pele e ou apenas um tronco 
nervoso comprometido 
 Formas Multibacilares (MB - contagiantes): Hanseníase Dimorfa e Hanseníase 
Virchowiana. Casos com mais de cinco lesões de pele e ou mais de um tronco nervoso 
acometido. A baciloscopia positiva classifica o caso como Multibacilares, 
independentemente do número de lesões. (ARAÚJO, 1994). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
o Hipercromia: aumento na produção de melanina, melanócito produz além do que 
deveria. Podem ser hereditárias, congênitas, adquiridas e associadas a outras doenças. 
Exemplo: 
 Efélides: pequenas máculas vermelhas ou marrom-claras, puntiformes, isto é de 
limites precisos que são promovidas pela exposição ao sol e podem desaparecer durante o 
inverno. Elasnormalmente acometem a face, aos braços, e ao dorso. 
 Melanodermia difusa: Escurecimento difuso da pele ou das mucosas. Deve ser 
sempre investigado pelo especialista, pois pode significar distúrbios endócrinos ou 
metabólicos. 
 HIPI - Hiperpigmentaçãopós inflamatório: Constitui-se emmanchas ligeiramente 
cinzentas ou castanhas que surgem após um processo inflamatório. Pode aparecer após 
qualquer processo inflamatório, como: acne, picada de inseto, depilação a laser ou cera. 
 Cloasma/ melasma: hipermelanose comum caracterizada por máculas acastanhadas 
em áreas foto expostas, cuja fisiopatogênica não é totalmente esclarecida. Quadro 
caracterizado por manchas acastanhadas, mais ou menos intensas de limites irregulares 
localizadas em locais expostos ao sol.Os fatores genéticos e a radiação UV são as causas 
mais importantes. As principais causas incluem gestação, contraceptivos orais, as terapias 
com estrógenos e progesterona, a disfunção tireoidiana, os cosméticos e as drogas 
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fototóxicas e anti-convulsionantes. O melasma pode não se curar após o parto ou 
suspensão dos contraceptivos orais. Uma disfunção ovariana subclínica leve pode estar 
presente em alguns pacientes. 
 Substância fotossensibilizante: Existem substâncias químicas que produzem reações 
fotossensibilizantes, que podem ser classificadas como foto alérgicas ou fototóxicas.As 
fotoalérgicas (FA) são reações imunológicas que se caracterizam porque a substância 
fotossensibilizante absorve a radiação UV, originando um produto com poder antigênico. 
Exemplos: Benzofenonas, Cloroxidina, Cinamatos, Cinoxato, Quinidina, Trimetilpsoraleno, 
Contraceptivos Orais, Hidrocortisona. Já as reações de fototoxidade (FT) são resultados de 
reações físico-químicas sobre a substância fotossensibilizante que absorve um determinado 
comprimento de onda da radiação. Exemplos: Isotretinoina, Sulfato de cádmio, Furosemida, 
Ibuprofeno, Amiodarona, Formaldeido. (BORGES; SCORAZA, 2016) 
 
LESÕES SECUNDÁRIAS 
 
Trata-se de alterações de espessura e perdas teciduais. 
 Alteração de espessura 
o Atrofia: afinamento da pele, que pode ser em apenas um local ou difuso. Ocorre pela 
diminuição do número ou do volume dos constituintes da pele. Uma atrofia em linha é 
chamada de víbice (estria). Nos distúrbios estéticos iremos falar mais sobre esse 
tema. 
o Cicatriz: quando há uma destruição da pele, ocorre a seguir um processo de 
reparação. Esta é uma lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem sulcos, poros e 
pelos, que pode ser móvel, aderente ou retrátil. 
o Edema: é um aumento de espessura, determinado pelo acúmulo de líquido na derme 
e / ou epiderme. 
o Esclerose: é uma alteração da espessura, com aumento da consistência da pele, que 
se dá pela alteração do colágeno. O pregueamento é impossível. A área geralmente 
permanece lisa e brilhante, podendo haver discromia concomitante. 
o Infiltração: é um aumento da espessura e consistência da pele, às vezes 
acompanhado de eritema e edema. Resulta de infiltrado celular na derme. 
o Liquenificação: espessamento da pele, com acentuação dos sulcos e de sua cor 
própria. Deve-se ao aumento da espessura da epiderme. 
o Queratose: aumento da espessura da pele. Área dura, inelástica, amarelada e, às 
vezes, áspera. Resulta do aumento da camada córnea. 
 Perda tecidual 
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o Crosta: formação que surge em área de perdas teciduais, com cor que vai do amarelo 
claro ao esverdeado ou vermelho-escuro. Pode ser melicérica, purulenta ou 
hemorrágica. 
o Escara: área da pele de cor lívida ou negra, limitada, que resulta de necrose tecidual. 
o Escama: massa de tamanho e espessura variados, laminada, furfurácea, micácea ou 
foliácea, que se desprende da superfície cutânea. Ocorre por acentuação do processo 
de queratinização na epiderme. 
o Erosão ou exulceração: perda que atinge apenas a epiderme. A erosão provocada 
pelas unhas, no ato do prunido, é chamada de escoriação. 
o Fístula: canal com pertuito na pele que drena foco profundo de supuração ou necrose. 
o Fissura ou rágade: perda linear da epiderme e da derme, no contorno dos orifícios 
naturais ou em áreas de pregas ou dobras da pele. 
o Ulceração: perda da epiderme e da derme e, às vezes, até da tela subcutânea e 
outros tecidos. Uma ulceração persistente e de evolução crônica é chamada de úlcera. 
(BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
DERMATOSES 
 
Patologias que comprometem a pele sem fazer nenhum tipo de especificação, 
acontecem a partir das lesões elementares primárias e secundárias, podemos caracterizar 
as doenças que envolvem a pele. Iremos abordar as principais dermatoses: 
 Dermatite: significa alteração da pele com inflamação, independentemente da 
etiologia. 
o Eczema ou dermatite eczematosa é uma alteração da pele, de caráter inflamatório, 
com vesiculação, eritema, edema, infiltração, secreção serosa, formação de crostas, 
escamas e liquenificação. Há também prurido de intensidade variada. 
o Eczema de contato: De interesse maior para o profissional de estética é o eczema de 
contato, causado por agentes exógenos (contactantes), como cosméticos (cremes, loções 
etc.). Este eczema pode decorrer de uma irritação primária ou ser induzido por um processo 
de sensibilização. 
o Eczema atópico: O eczema atópico aparece em pessoas consideradas mais 
sensíveis do ponto de vista alérgico, cuja pele é normalmente muito ressecada. É uma 
doença geneticamente determinante: 70% dos acometidos têm antecedentes familiares com 
asma brônquica, rinite ou alergias alimentares. Portanto, conhecer a história de vida do 
indivíduo é muito importante. 
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o Eczema auricular bacteriano: O eczema auricular bacteriano ocorre não por infecção, 
mas por sensibilidade à presença de bactérias estafilocócicas. As lesões são escamação e 
eritema no meato acústico externo; nos casos mais acentuados, há umidificação, formação 
de crostas e erosão na região atingida. O prurido é insuportável. 
o Eczema numular: O eczema numular caracteriza-se por lesões eritematosas com 
forma de moeda (placas redondas e escamosas). A pele geralmente está desidratada e 
piora com banhos quentes e a baixa umidade relativa do ar. Acomete principalmente 
homens na meia-idade. (BORGES; SCORAZA, 2016) 
 Erupções eritemato escamoso: dentre as erupções eritemato-escamosas que o 
profissional de estética precisa conhecer, estão a dermatite seborreica e a psoríase. 
o Dermatite seborreica: É uma doença crônica, não contagiosa, localizada em áreas de 
maior concentração de glândulas sebáceas. Atinge pessoas que têm o chamado estado 
seborreico, constituído por acelerada multiplicação celular. As áreas mais 
comprometidas são o couro cabeludo, a face, o sulco nasogeniano, as áreas 
intertriginosas, torácica, pubiana, genital e axilar. 
o Psoríase: É uma erupção eritemato-escamosa que pode apresentar-se em forma de 
gotas, moedas, anéis, arcos de círculo ou formas bizarras. É mais comum nas segunda 
e terceira décadas de vida. Consiste em uma queratinização anormal, com aumento do 
número de mitoses, levando a acantose e paraqueratose. Placas eritemato-
descamativa, com escamas brancas espessas e localizadas podem atingir todo o 
tegumento, incluindo a face. 
o Erupções Acneiforme: Esta dermatose inflamatória crônica do folículo pilos sebáceo 
afeta 80% da população durante a puberdade e desaparece na fase adulta, raramente 
perdurando por mais de 10 anos. Deve ser tratada com seriedade, pois sua evolução 
gera cicatrizes que podem comprometer a aparência por toda a vida. Iremos abordar 
mais esse tema na unidade de distúrbios estéticos. 
o Erupções Alérgicas: reação causada pela relação antígeno-anticorpo, do tipo 
hipersensível. Os mecanismos são vários, envolvendo dependência de imunoglobulinas 
(IgE), linfócitos e outros. Por ingestão ou mesmo aplicação tópica, uma pessoa pode 
entrar em contato com algum medicamento ou cosmético e apresentar o quadro clínico 
alérgico.Como todos os tipos de substância podem provocar erupções, a história 
médica e cosmética do indivíduo é fundamental para o diagnóstico. Seguem as 
principais síndromes cutâneas causadas por drogas. 
o Eritema fixo: É a formamais frequente, caracterizada por manchas vermelho-azuladas, 
redondas ou ovais, com limites nítidos. A lesão pode ser purpúrica, urticada ou bolhosa. 
Ocorrem sensações de queimação e prurido. O eritema esmaece gradualmente, 
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assumindo cor acastanhada, por pigmentação melânica, que desaparece no decurso de 
algumas semanas. Ao entrar em contato com a substância, a pessoa sempre 
desenvolve o mesmo quadro (recidiva). Qualquer droga pode desencadear o quadro de 
eritema fixo. Em nosso meio, os remédios que possuem analgésicos e barbitúricos são 
os desencadeantes mais comuns. 
o Exantema agudo: É do tipo morbiliforme ou escarlatiniforme, às vezes urticado e com 
prurido. Pode estar associado a sintomas gerais, como febre, artralgias e cefaleia. Seu 
aparecimento é súbito, normalmente cerca de 8 dias após o contato com a droga. As 
drogas mais comuns são as sulfas, os diuréticos e os antidiabéticos sulfamídicos. 
o Eritema multiforme e nodoso: desencadeado por mecanismos imunológicos causados 
por drogas, como barbitúricos, sulfonamidas, penicilina, anovulatórios, brometos e 
codeína, para diagnosticá-lo é preciso fazer a exclusão de outras causas, como 
doenças infecciosas. Clinicamente, decorre de uma vasculodermite, caracterizada por 
lesões nodulares e inflamada, ou lesões em alvo, de certa simetria, na pele e nas 
mucosas. Pode haver febre e comprometimento geral. 
o Urticária: Esta erupção envolve o súbito aparecimento de urticas – pápulas edematosas 
de duração efêmera e extremamente pruriginosas. Pode apresentar sintomas gerais, 
como hipotensão, edema de glote e de vias aéreas respiratórias, levando ao choque 
anafilático. Drogas como antibióticos, opiáceos, tranquilizantes, brometos, morfina e 
codeína são as causas mais comuns. 
o Erupções eczematosas: Podem dever-se ao uso tópico ou à administração sistêmica de 
drogas sensibilizantes. As drogas mais frequentemente responsáveis são as sulfas e os 
antibióticos (penicilina). No caso de cosméticos e produtos usados por cabeleireiros, 
pode ser causada por irritação primária ou sensibilização. Qualquer produto pode 
originar o problema, mas algumas substâncias são mais comumente associadas à sua 
gênese: bálsamo do peru (tônicos capilares, sabonetes e sabores artificiais), ácido 
paraminobenzóico (PABA), cremes anti-solares, bicloreto de mercúrio (conservante para 
cosméticos), eosina (esmalte de unhas e batons), hexaclorofeno (sabões e cremes), 
hidroquinona (clareador), nitrobenzeno (perfumes), pirogalol (tinturas para cabelos) e 
tioglicolato de cálcio (depilatórios e alisantes). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
ROSÁCEA 
 É uma afecção crônica da face, em decorrência da resposta vascular, a nível 
cutâneo, e surtos inflamatórios eventuais. Mais frequente em mulheres entre a 30 a 50 anos. 
Acontece após uma longa evolução em 4 estágios: eritema, eritrose, rubor e rosácea. Estão 
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presentes telangiectasias, muitas vezes ocorre a presença de pápulas e pústulas que não 
tocam os folículos sebáceos como na acne (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
À medida que a rosácea progride verificam-se outros sintomas, como: eritemas 
semipermanentes, Telangiectasia, presença de pequenas bolhas e pústulas avermelhadas, 
olhos avermelhados, sensação de ardor e queimação e, em alguns casos avançados, 
lóbulos avermelhados no nariz (rinofima). A doença pode ser confundida e coexistir com o 
acne e a dermatite seborreica. Pode afetar ambos os sexos, mas é três vezes mais comum 
em mulheres e manifesta-se principalmente entre os 30 e os 60 anos de idade (GUIRRO & 
GUIRRO, 2006). 
 
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58 
 
CAPÍTULO III- AFECÇÕES DO FOLÍCULO PILOSO - TRICOSES 
 
Qualquer alteração do folículo piloso ou do pelo é chamado de tricose, podemos citar 
como alterações da cor do pelo: 
 Leucotrioses: embranquecimento dos cabelos por falta de melanina. Podem ser: 
 Leucotriquia – pode ser congênita (ex: albinismo) ou adquirida (ex: vitiligo) 
 Canície – descoloração fisiológica dos cabelos. Pode ser prematura (constitucional) ou 
senil 
Se for deformação do folículo piloso podemos citar: 
 Tricoptilose: cabelos frágeis e bifurcados. 
 Triconodose: formação de nós ou laços por torção dos fios. 
 Triquíase: cílios em direção ao globo ocular. 
 Pili recurvati: pelos encravados 
Anomalias de doenças sistêmicas temos: 
 Hipertricoses: aumento exagerado dos pelos 
o Congênitas: generalizada ou localizada 
o Adquiridas: secundárias ao uso de medicações ou doenças endócrinas 
 Hirsutismo:aumento exagerado de pelos terminais sexuais masculinos, na mulher. 
 Constitucional: sem qualquer anormalidade hormonal. É devido a fatores hereditários 
 Androgênico: devido anormalidade endócrina: ovários policísticos, por exemplo 
 Iatrogênico: secundário a terapias hormonais ou uso de anabolizantes 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
ALOPECIAS 
 
Distúrbio do folículo piloso, onde temos o encurtamento das fases de crescimento do 
cabelo. Podemos ter: 
 Atriquia: Congênita. Falta de pelos / cabelos em algumas áreas. Pode ser localizada 
ou difusa. 
 Alopécia cicatricial: Adquirida. É a ausência de pelos/cabelos pela destruição dos 
folículos pilosos. Tornam-se definitivas e acompanham-se de atrofia cicatricial. 
Ocorrem após traumas, queimaduras ou infecções. 
 Alopecia areata: Conhecida como “pelada” é caracterizada pela perda de 
pelos/cabelos em áreas redondas ou ovais, sem sinal de atrofia ou inflamação. Ocorre 
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mais em couro cabeludo e barba. Causa desconhecida. Fatores emocionais podem 
desencadear ou agravar o quadro. Pode evoluir para TOTAL (todo o couro cabeludo) 
ou UNIVERSAL (todo o corpo) 
 Eflúvio anágeno distrófico: Alopécia aguda difusa decorrente de moléstias 
 agudas febris, drogas, quimio e radioterapia, cirurgias prolongadas, etc. 
 Eflúvio telógeno: “Queda de cabelo”. Pode ocorrer no pós-parto, em dietas de 
emagrecimento, uso de medicamentos, uso de anticoncepcionais orais, stress, 
deficiência de ferro, zinco e proteínas. Perder até 100 fios por dia é considerado 
normal. 
 Alopecia androgenética: Determinada por herança genética. No homem, inicia-se pela 
linha frontal com entradas laterais. Na mulher, há uma rarefação difusa dos cabelos. 
 Alopecia involutiva: Rarefação de pelos e cabelos devido atrofia senil. 
 Alopecia das pernas: Geralmente causada pela tração/atrito das roupas. 
 Alopecia de pressão: Devido trauma e tração constante dos fios (penteados, 
acessórios, chapéus) 
 Tricotilomania: Quadro compulsivo, que produz placas alopécias pela compulsão em 
arrancar os fios. (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
Podemos ainda ter como afecções: 
 Piodermite: Infecção bacteriana da pele, comum em crianças, causada pelos germes 
estafilococos e estreptococos. A doença caracteriza-se pelo surgimento de vesículas e 
bolhas com pus que rapidamente se rompem (muitas vezes as bolhas nem são vistas) 
deixando áreas erosadas recobertas por crostas espessas de aspecto semelhante ao 
mel ressecado. Podem ser várias pequenas lesões disseminadas ou poucas que vão 
aumentando progressivamente de tamanho. 
 Foliculite: foliculite da barba, sicose da barba, é a infecção estafilocócica dos pelos da 
barba, atingem homens adultos, tem característica crônica e, pela proximidade das 
lesões, pode formar placas avermelhadas, inflamatórias, com inúmeras pústulas e 
crostas. Os pelos rígidos podem encurvar e penetrar na pele, produzindo irritação 
mesmo sem uma infecção importante. Nos folículos pilosos, ocorre o acúmulo de uma 
pequena quantidade de pus, o que faz com que eles se tornem irritados e 
hiperemiados. A infecção danifica os pelos, os quais podem ser facilmente arrancados. 
 Pseudo-foliculit: são lesões que surgem sempre após o ato de barbear-se e decorrem 
do encravamento de pelos. A da virilha é mais comum em mulheres, consequente ao 
hábito de depilar-se. 
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 Furúnculo: Infecção bacteriana da pele que causa a necrose (destruição) do folículo 
pilosebáceo. É causada pela bactéria estafilococos.A lesão inicia-se por um nódulo 
muito doloroso, eritematoso, inflamatório, endurecido e quente e centrado por um pêlo, 
onde pode aparecer pequeno ponto de pus. Com a evolução do quadro ocorre o 
rompimento do nódulo e a eliminação do "carnegão", deixando área ulcerada que vai 
cicatrizar geralmente deixando marca escura no local. As lesões são mais freqüentes 
em áreas de dobras da pele, sendo muito comuns nas nádegas e virilhas.Quando 
ocorrem repetidamente, a doença recebe o nome de furunculose e está associada a 
uma deficiência do organismo em evitar a infecção do folículo. 
 Xantelasma: caracteriza-se por placas amareladas nas pálpebras. Na maioria dos 
casos não há nenhuma causa sistêmica, mas pode estar associado a uma 
dislipoproteinemia, mais frequentemente à hipercolesterolemia familial com níveis 
elevados de colesterol e LDL. As razões para seu tratamento são estéticas, e diversas 
modalidades terapêuticas podem ser empregadas. 
 Erisipela: Infecção bacteriana da pele que atinge sua porção mais profunda (derme 
profunda e tecido gorduroso). É causada pela bactéria estreptococos. 
 Caracteriza-se por eritema, dor e edema (inchaço) da região afetada. A progressão é 
rápida, podendo atingir áreas extensas em pouco tempo. A pele se apresenta lisa, 
avermelhada e quente e, em alguns casos, pode haver a formação de bolhas (erisipela 
bolhosa) ou feridas. Acompanha-se de febre e mal estar geral e habitualmente ocorre 
o aumento dos gânglios regionais ("ínguas"). 
 A "porta de entrada" da bactéria para os tecidos profundos da pele pode ser uma 
pequena lesão muitas vezes imperceptível. Na erisipela da perna é muito comum a 
porta de entrada ser uma "frieira", micose ou ferimento entre os dedos dos pés. Surtos 
repetidos de erisipela podem causar a elefantíase, na qual o local apresenta aumento 
de volume devido a um edema duro e persistente, podendo a pele adquirir aspecto 
verrucoso. 
 Paroníquia: Alteração conhecida como “unheiro”. É um processo inflamatório crônico 
das dobras periungueais. Pode haver, secundariamente, infecção por bactérias ou 
fungos, leveduras (mais comumente candida albicans).É mais frequente em mulheres 
e como doença ocupacional: donas de casa, empregadas domésticas, profissionais de 
limpeza, ou profissionais que estejam sempre expondo mãos e unhas à umidade 
excessiva. 
 Púrpura senil: Acomete mais mulheres que os homens, por alterações hormonais, 
sofre com o envelhecimento da pele, com menor idade e maior intensidade. 
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 Rinofima: também chamado de elefantíase nasal ou acne hiperplásica. Está 
associado, na maioria das vezes, ao hábito de ingestão de álcool (alcoolismo). Sendo 
um adiantado estágio de acne rosácea, modifica substancialmente as características 
histológicas da pele do nariz, emprestando aos pacientes o aspecto típico de 
elefantíase nasal.É caracterizado clinicamente por eritema cutâneo, contendo 
grosseiras glândulas sebáceas hiperplásicas, sendo mais comum no sexo masculino 
numa proporção de 12 para 1, em pacientes caucasianos, com média de 60 anos de 
idade. Histologicamente, observa-se hipertrofia e hiperplasia das glândulas sebáceas, 
proliferação fibrovascular da derme e acantose do epitélio1-3. Pode ocorrer 
malignização, eventualmente para carcinoma basocelular e mais raramente, 
carcinoma espinocelular ou angiossarcoma. (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
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62 
 
CAPÍTULO IV- AFECÇÕES ULCEROSAS 
 
 Úlcera venosa de perna: forma mais comum, se dá por insuficiência venosa crônica, 
sequela de trombose venosa profunda, varizes primárias, anomalias valvulares venosas.A 
ulceração é o sinal físico da desnutrição cutânea e representa a ruptura do epitélio.Veias 
tortuosas, dilatadas, ao redor dos tornozelos são características de hipertensão venosa 
 Úlcera arterial de perna: Desnutrição crônica da pele devido à insuficiência arterial 
que leva a ulceração são frequentemente mais dolorosas que as venosas. E pioram quando 
em degravitação, a coloração é pálida, seca, cianosada, e a palidez aumentam se o membro 
é elevado, apresenta também sinais de queimação e parestesia. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
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63 
 
CAPÍTULO V - TUMORES BENIGNOS DA PELE 
 
 Lesões epidérmicas 
o Cisto epidermóide: Geralmente formado por lesões múltiplas, arredondadas e elevadas, 
de consistência relativamente mole, localizadas na derme ou na tela subcutânea, na 
região do pescoço e do tronco. O tamanho varia de 1 a 5 cm. É indolor. 
o Milium: Pequenos cistos epidérmicos de 1 a 2 mm de diâmetro, superficiais e de 
coloração esbranquiçada que surgem espontaneamente na face e região peri-orbicular, 
ou por traumatismo, sol, cirurgia e até dermabrasão. Atingem crianças, ocorrendo com 
maior frequência e número em mulheres jovens. 
o Verruga seborreica: No início a lesão é plana, elevando-se com o tempo. De 
consistência mole e coloração marrom, costuma atingir a face e o couro cabeludo. Por 
traumatismo, pode apresentar crostas na superfície e inflamação na base. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
 Lesões dos tecidos conjuntivos 
o Queloide: Neoplasia do tecido conjuntivo fibroso. Ocorrem espontaneamente ou após 
traumatismo, em geral queimadura pôr fogo ou substância química. A lesão tem 
consistência firme, coloração avermelhada e bem delimitada.Os quelóides são 
recobertos por pele fina e brilhante, sem folículos pilosos. Ocasionalmente encontram-
se telangiectasias. Pode haver sensibilidade à pressão, prurido ou hiperestesia. 
Acometem mais o rosto, a porção superior do tronco e o pescoço. A incidência é bem 
maior em negros e asiáticos, havendo predisposição genética. 
o Lipomas: Tumores benignos do tecido adiposo. São lisos, de consistência maciae 
crescimento lento. Podem ser múltiplos ou isolados. Costumam aparecer em regiões de 
maior depósito de gorduras, afetando tanto homens quanto mulheres. Às vezes atingem 
a face. Podem provocar dor. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
 Lesõesvasculares: 
o Hemangiomas: De dimensões variadas e consistência macia, regridem 
espontaneamente. A coloração depende da profundidade da lesão (de vermelho-escuro 
a vermelho-azulado, passando por cor da pele e acinzentado no início da regressão 
espontânea). Atingem mais meninas que meninos, em qualquer parte do corpo, 
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inclusive a face. De causa desconhecida, resultam do crescimento anormal do número 
e dimensão dos vasos sanguíneos. 
o Nevos: representam a proliferação benigna de um elemento tecidual, presente no 
nascimento ou nas primeiras décadas de vida. 
o Nevo melanócito displásico: Os aspectos morfológicos são variados: macular, papuloso, 
nodular e penduculado. A cor também varia, desde a cor da pele até o negro, passando 
pelo castanho, amarelo, azulado e marrom. Também apresenta tamanhos diversos, de 
milímetros a alguns centímetros. 
o Nevo melanocítico piloso: Há presença de tumores extensos de consistência macia e 
coloração escura, que eventualmente exibem porções mais claras. Sua superfície pode 
ser lisa ou papilomatosa, de dimensões variadas, desde o tamanho de uma moeda até 
proporções enormes, cobrindo extensas áreas do corpo. Muitas vezes, o tumor é 
coberto por pelos espessos e escuros. 
o Nevo azul: É azul-escuro, o centro da lesão pode ser cinzento ou esbranquiçado. A 
lesão é geralmente plana, mas pode ser nodular com superfície lisa. Tem no máximo 1 
cm de diâmetro. Aparece no dorso das mãos, dos pés, nos glúteos e na face. Embora 
não possa transformar-se em tumor maligno, quando se opta pela incisão, esta deve ser 
profunda, pois muitas vezes o tumor atinge a camada subcutânea. 
o Nevo acrômico: Formado por manchas acrômicas congênitas, de delimitações muito 
precisas, mas irregulares. 
o Nevocelular: Trata-sede um tumor benigno encontrado em peles normais de qualquer 
ser humano. Forma-se a partir de proliferações de melanócitos. Ao nascimento, pode 
estar ausente ou presente. No estágio inicial, mesmo sendo difícil diferenciar o 
melanoma de um nevo celular, é importante fazer o diagnóstico para identificar qualquer 
possibilidade de melanoma maligno. Sinais como crescimento rápido, alteração de cor, 
secreção, sangramento e prurido exigem o acompanhamento de um dermatologista. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
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CAPÍTULO VI- NEOPLASIAS DA PELE 
 
LUZ SOLAR E PELE E O ESPECTRO SOLAR 
 
A radiação solar, provocada pelas altíssimas temperaturas existentes no sol, resulta do 
deslocamento de elétrons que chegam até a Terra, via espaço sideral. 
Estas ondas de elétrons irradiam-se na forma de raios visíveis e invisíveis ao olho humano. 
O espectro solar compreende três zonas: luz visível, ultravioleta (UV) e infravermelha. 
Radiações invisíveis, denominadas ultravioleta (UV), de três tipos: ultravioleta A (UVA); 
ultravioleta B (UVB); ultravioleta C (UVC).Cada uma delas apresenta características 
especiais, particularmente em relação ao comprimento de onda – medido em nanômetros 
(nm): 
 UVA (315 a 400 nm): são as radiações que mais penetram na pele, atravessando a 
epiderme e chegando à derme mediana. Não têm capacidade eritematógena, mas sim 
de pigmentação direta. 
 UVB (280 a 315 nm): são radiações absorvidas pelo vidro e têm relativo poder 
bactericida. Aproximadamente 20% atingem a camada basal da epiderme e 5%, a 
derme superficial. São responsáveis pelas queimaduras solares e interferem na 
pigmentação de maneira indireta. 
 UVC (100 a 280 nm): são os raios de ondas mais curtas e quase não atingem a 
superfície da Terra, porque são absorvidos pelas camadas mais externas da atmosfera, 
especialmente pela camada de ozônio. Não atravessam vidros, são bactericidas, pouco 
eritematógenos e quase não têm poder de pigmentação 
A maior incidência de raios UV (principalmente UVB) se dá entre as 10 e as 14 horas, 
sendo mais intensa no verão e tanto mais intensa quanto mais baixa a latitude.A neve, a 
areia da praia, as superfícies brilhantes, metálicas e pintadas aumentam a dose de 
radiação recebida. Nuvens pouco esparsas não conseguem filtrar os raios UV. 
(BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
EFEITOS DO SOL SOBRE A PELE 
 
Na epiderme encontramos a melanina, pigmento orgânico fotoprotetor que atua 
como agente de absorção e reflexão da luz solar. Agindo desta maneira, a epiderme protege 
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os núcleos dos queratinócitos, evitando a sua morte. Encontramos ainda, nesta parte da 
pele, o ácido urocrânico, elemento igualmente responsável pela absorção da luz solar. 
O problema ocorre quando a exposição é prolongada e quando não se usa proteção 
solar. Todas as pessoas estão sujeitas às radiações. Fatores como o tipo e a cor da pele 
interferem muito no tipo de reação. 
A resposta à radiação solar caracteriza-se, fundamentalmente, pelo desenvolvimento 
de: 
 eritema solar: manifestação cutânea de avermelhamento; é uma resposta inflamatória, 
anormal e transitória, que se deve a reações originadas na camada espinhosa 
epidérmica e eventualmente na derme; 
 melanogênese: pode ser uma reação imediata, devida ao escurecimento da melanina 
existente nos queratinócitos, ou tardia, devida a um processo chamado de 
neomelanogênese; 
 aumento do número de queratinócitos; 
 espessamento da camada córnea. 
 Outras intercorrências: alteração do pH, descamação, desidratação e hipertricose. 
A exposição equilibrada ao sol, contudo, traz benefícios preciosos. 
 Os UVB são importantes na transformação do ergosterol dérmico em vitamina D (anti-
raquitismo). 
 A luz e o calor provenientes do sol melhoram o aspecto emocional. Na Europa, banhos 
de luz são usados para combater a depressão do inverno. 
 A exposição aos raios solares favorece a renovação da pele, colaborando para melhoria 
do aspecto de certas doenças da pele, como a psoríase 
 Dermatoses relacionadas à radiação solar 
 Queimadura solar: Reação inflamatória aguda que consiste na formação de eritema, 
edema, dor local e, nos casos mais intensos, vesiculação e bolhas. Causada pela 
agressão da radiação ultravioleta, principalmente UVB, relaciona-se diretamente à 
intensidade da luz e à cor da pele do indivíduo. 
 Fotodermatoses: Queimadura de pele sem conotações imunológicas, que resulta da 
maior sensibilidade da pele ao sol, produzida por certos tipos de substâncias. É o caso 
das manchas que ocorrem após a manipulação de frutas cítricas, como limão, por 
exemplo. 
 Fotoalergia: Aumento da reatividade cutânea à luz ultravioleta, de base imunológica 
(alérgica). O quadro clínico é eczematoso, com eritema, edema, vesiculação e bolhas. 
Ocorre pelo uso de algum tipo de droga, como analgésicos, antibióticos, diuréticos e 
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neurolépticos, e posterior exposição ao sol. Para comprovar a fotoalergia, realiza-se o 
fototeste de contato, de princípios semelhantes aos do upatch test. 
 Fotoenvelhecimento: Temos uma visão clara da ação solar sobre a pele ao observar a 
pele do idoso. Ela apresenta características bem diversas na região habitualmente não 
exposta à luz solar e na área cutânea submetida à ação deletéria e cumulativa da 
radiação solar. No envelhecimento actínico, observam-se erros de síntese protéica no 
nível dos fibroblastos, que favorecem alterações das proteínas fibrosas – elastose solar 
– as quais, junto com outras modificações, acentuam as rugas. O ácido retinóico 
(tretinoína) tem sido usado no rejuvenescimento desde os estudos de Kligman. Exige o 
uso simultâneo de filtro solar, por ser fotossensibilizante. Entre os alfa-hidroxi-ácidos, o 
mais usado é o ácido glicólico que, em baixas concentrações, promove alto grau de 
hidratação da pele, e a 70% é empregado em peeling, no tratamento das queratoses 
actínicas, verrugas etc. (BORGES; SCORAZA, 2016) 
 
Dermatoses relacionadas à exposição solar crônica 
 Melanose solar (senil) 
 Queratose solar: Composta por lesões queratósicas, rugosas, com escamas 
amareladas e acastanhadas, finas, aderentes e secas, localizadas no rosto, nos braços 
e no colo. Pré-cancerosas, relacionam-se à exposição crônica ao sol. Ocorrem em 
peles claras e idosas. 
 Além da melanose e da querastose solar, outras alterações se relacionam ao sol: 
elastose solar (engrossamento, espessamento e amarelamento), leucodermia solar 
(pequenas máculas acrômicas em braços e pernas). 
(BORGES; SCORAZA, 2016) 
 
 
CÂNCER DE PELE 
 
Tumor formado por células da pele que sofreram uma transformação e multiplicam-
se de maneira desordenada e anormal dando origem a um novo tecido (neoplasia). Entre as 
causas que predispõem ao início desta transformação celular aparece como principal agente 
a exposição prolongada e repetida à radiação ultra-violeta do sol. 
O câncer da pele atinge principalmente as pessoas de pele branca, que se queimam 
com facilidade e nunca se bronzeiam ou se bronzeiam com dificuldade. Cerca de 90% das 
lesões localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao sol, o que mostra a 
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importância da exposição solar para o surgimento do tumor. A proteção solar é, portanto, a 
principal forma de prevenção da doença. Quatro sinais indicadores de câncer: 
1. Assimetria: algumas formas de melanoma maligno, em fase inicial, são assimétricas, ou 
seja, traçando uma linha pelo meio do melanoma, as metades não são iguais. As 
manchas de pele comuns são redondas e simétricas. 
2. Borda: as bordas do melanoma, em seu estágio inicial, são frequentemente irregulares, 
com bordas abruptas e recortadas. As manchas comuns têm bordas regulares e suaves. 
3. Cor: tonalidades diferentes de negro e marrom são freqüentemente o primeiro sinal de 
um melanoma maligno. Manchas comuns com freqüência têm umatonalidade marrom 
específica. 
4. Diâmetro: As manchas comuns geralmente têm menos de 6 mm de diâmetro. Os 
melanomas, em estado inicial, tendem a apresentar um diâmetro maior. 
Medidas preventivas 
A exposição prolongada e repetida da pele ao sol causa o envelhecimento cutâneo além 
de predispor a pele ao surgimento do câncer. Tomando-se certos cuidados, os efeitos 
danosos do sol podem ser atenuados. Aprenda a seguir como proteger sua pele da 
radiação solar. 
 Usar sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15, 
aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre 
reaplicar após mergulhar ou transpiração excessiva. 
 Usar chapéus e barracas grossas, que bloqueiem ao máximo a passagem do sol e 
mesmo assim usar o filtro solar pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se na areia 
atingindo a Pele. 
 Evitar o sol no período entre 10 e 15 horas. 
 A grande maioria dos cânceres de pele localizam-se na face, deve-se protegê-la sempre. 
 Proteger os lábios e orelhas, locais comumente afetados pela doença. 
 Se as manchas da pele sofrerem modificações, formarem "cascas" na superfície, 
sangrarem com facilidade, feridas que não cicatrizam ou lesões de crescimento 
progressivo, deve-se procurar o médico 
 Recomenda-se que se faça uma visita anual ao médico para avaliação da sua pele e 
tratamento de eventuais lesões pré-malignas. 
 Estas recomendações são especialmente importantes para as pessoas de pele fotótipos I 
e II, as quais devem evitar qualquer tipo de exposição ao sol sem proteção. (BORGES e 
SCORAZA, 2016) 
 
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Os principais carcinomas de pele são: 
 Carcinoma Basocelular: mais frequente e com o menor potencial de malignidade. Seu 
crescimento é lento e muito raramente se dissemina à distância. Pode se manifestar de 
várias maneiras. Feridas que não cicatrizam ou lesões que sangram com facilidade 
devido a pequenos traumatismos, podem ser um carcinoma basocelular.Por ser um 
tumor de crescimento muito lento e que não dá metástases (não envia células para 
outros órgãos), é o de melhor prognóstico entre os cânceres da pele. No entanto, pode 
apresentar característica invasiva e, com o seu crescimento, destruir os tecidos que o 
rodeiam atingindo até a cartilagem e os ossos. 
 Carcinoma Espinocelular: Tem crescimento mais rápido e as lesões maiores podem 
enviar metástases à distância. Também conhecido como carcinoma epidermóide, é bem 
menos freqüente que o basocelular. Acometem mais áreas de mucosa aparente, como a 
boca ou o lábio, cicatrizes de queimaduras antigas ou áreas que sofreram irradiação 
(raios X). Pode ocorrer também a partir de lesões pré-cancerosas decorrentes da 
exposição prolongada e repetida da pele ao sol.Pode surgir em áreas de pele sadia ou 
previamente comprometidas por algum outro processo como cicatrizes de queimaduras 
antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do efeito acumulativo da radiação solar 
sobre a pele, como as ceratoses solares. Ele tem o crescimento mais rápido que o 
carcinoma basocelular, atinge a pele e as mucosas (lábios, mucosa bucal e genital) e 
pode enviar metástases para outros órgãos se não for tratado precocemente. A proteção 
solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento pois sua localização mais frequente 
são as áreas de pele expostas continuamente ao sol. 
 Melanoma Maligno: Tumor maligno muito grave que se origina das células que 
produzem o pigmento da pele (melanócitos). Freqüentemente envia metástases para 
outros órgãos, sendo de extrema importância o diagnóstico precoce para a sua cura. 
Pode surgir a partir da pele sadia ou a partir de "sinais" escuros (os nevos pigmentados) 
que se transformam no melanoma. O melanoma pode surgir em áreas da pele não 
exposta ao sol, porém, é mais frequente nas áreas expostas. Pessoas que possuem 
sinais escuros na pele devem se proteger dos raios ultravioletas do sol, que podem 
estimular a sua transformação. Por isso, qualquer alteração em sinais antigos, como: 
mudança da cor, aumento de tamanho, sangramento, coceira, inflamação, surgimento de 
áreas pigmentadas ao redor do sinal justifica uma consulta ao médico para avaliação da 
lesão. Além disso, algumas características dos sinais podem recomendar o exame. 
Abaixo, o ABCD do melanoma: 
o Assimetria: formato irregular 
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o Bordas irregulares: limites externos irregulares 
o Coloração variada (diferentes tonalidades de cor) 
o Diâmetro: maior que 6 milímetros 
 
NIVEIS DE CLARK 
•Nível I: melanoma in situ, atinge membrana basal 
•Nível II: atinge derme papilar. 
•Nível III: atinge o limite da derme papilar-reticular. Sem invadir a reticular. 
•Nível IV atinge derme reticular. 
•Nível V: atinge hipoderme. (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
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CAPÍTULO VII - DOENÇAS INFECCIOSAS 
 
 Micoses superficiais: As micoses superficiais são infecções causadas por fungos 
localizadas nas camadas superficiais da pele e seus anexos, bem como nas mucosas e 
zonas cutâneo mucosas. Os fungos e as leveduras proliferam melhor em ambientes 
quentes e úmidos. 
 Dermatofitoses: Dermatófitos são fungos prevalentes em nosso meio, que causam 
micoses no couro cabeludo, na pele e nas unhas. Pertencem a vários gêneros, como 
Microsoorum sp, Trichophyton sp e Epidermoohyton sp. Têm grande afinidade pela 
queratina e podem adaptar-se mais ao homem (antropofílicos), à terra (geofílicos) ou 
aos animais (zoofílicos). A lesão causada pelo dermatófito pode atingir os pés, a região 
inguinal ou a pele em geral.Nos pés, causa bolhas, descamação ou fissuras entre os 
dedos. 
 Micose do couro cabeludo: Os fungos do grupo dos dermatófitos podem comprometer o 
folículo pilossebáceo, contribuindo para um quadro de micose do couro cabeludo e da 
barba, no qual clinicamente aparece uma área com rarefação capilar (alopecia), cotos 
pilosos, descamação e às vezes algum prurido. 
 Candidoses: A Candida albicans é uma levedura que convive, saprofitariamente, na 
pele e na mucosa do indivíduo saudável. Mediante alterações fisiológicas, doenças 
imunológicas ou metabólicas, compromete patologicamente o indivíduo, ferindo a pele, 
a mucosa e as unhas. Aparecem placas eritemato-descamativa maceradas nas regiões 
submamárias, ínguinocrural, axilares ou interdigitais. 
 Verrugas: Causadas pelo vírus do grupo papovavírus, podem ser vulgares, quando 
aparecem como pápulas hiperqueratósicas com pontos enegrecidos na superfície; 
únicas ou disseminadas, se atingem as regiões periungueal e plantar (olho de peixe); ou 
achatadas (verruga plana).Quando atingem as mucosas, recebem o nome de condiloma 
acuminado, de aspecto papuloso, achatado e até vegetante, como uma couve-flor. 
 Piodermites: São infecções cutâneas primárias, produzidas por germes piogênicos 
(estreptococos e estafilococos), que são tipos de bactérias. Quando estes agentes 
infectam somente a superfície da pele, temos o impetigo; entretanto, se há 
comprometimento da derme, surge o ectima. 
(VIVIER, 2000) 
 
 
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72 
 
 
CAPÍTULO VIII - IDENTIFICANDO PROBLEMAS ESTÉTICOS 
 
Abordaremos os distúrbios estéticos que são mais comuns e seus principais 
tratamentos. Os principais distúrbios apresentam alterações histopatológicas nos tecidos e 
anexos que os compõem. Serão abordados: adiposidade localizada, L.D.G – Lipodistrofia 
ginóide, estrias, flacidez muscular etissular 
 
L.D.G (LIPODISTROFIA GINÓIDE) 
 
A L.D.G é também conhecida pelos nomes de lipoesclerose, Fibroedema ginóide, 
fibroedemagelóide, distrofia celular, dermohipodermosis celulítica, paniculopatia edemato-
fibrato-esclerótica, hidrolipodistrofia ginóide ou ainda fibroedemaesclerose (GUIRRO; 
GUIRRO, 2006). 
Entende-se por L.D.G (lipodistrofia ginóide) um complexo de alterações no tecido 
adiposo, resultando em macronódulos na superfície cutânea,que acomete exclusivamente 
mulheres, em que o fator hormonal influi na disposição das células adiposas e nos 
compartimentos interlobulares (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
 Histologicamente: é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, não inflamatória, 
seguida de polimerização da substância fundamental, que se infiltrando nas tramas produz 
uma reação fibrótica consecutiva. 
 Etiopatogenicamente: é um processo reativo da substância fundamental frente à 
mudança estrutural das glicosaminoglicanos. 
 Clinicamente: é um espessamento não inflamatório das capas subepidérmicas, às 
vezes doloroso, que se manifesta em forma de nódulo ou placas de variada extensão e 
localização. 
 Fisiopatologia: A dinâmica desse tecido distrófico é consequência do aumento da 
pressão do líquido intersticial, que evolui para um microedema não depressível. Pode 
considerar que se trata de uma hidrolipodistrofia. O aumento da pressão capilar resulta do 
aumento da pressão venosa por compressão ou constrição. A vasodilatação arteriolar pode 
ser química, humoral ou nervosa e há também a possibilidade de aumento da pressão 
arteriolar sistêmica, em pacientes propensos e obesos. O microedema também pode 
resultar da diminuição da pressão oncótica plasmática por perda das proteínas plasmáticas 
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e aumento da permeabilidade capilar. A pressão oncótica do líquido intersticial pode 
aumentar: por acúmulo excessivo de proteínas no interstício que extravasa; por aumento da 
permeabilidade capilar, por obstrução linfática e por hiperpolimerização dos 
glicosaminoglicanos. O fluxo linfático pode diminuir por insuficiência de reabsorção pelas 
terminações venosas e por aumento da pressão oncótica intersticial pelo acúmulo de 
proteínas de alto peso molecular. (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
A L.D.G deve ser vista como uma patologia multifatorial cuja estrutura alvo é o 
complexo dermogorduroso.Fatores predisponentes como genética, hormônios e outros 
fatores endógenos e ambientais, propiciam o desenvolvimento de sinais e sintomas clínicos 
que se superpõem e adicionam aspectos negativos nesse tipo de alteração. É importante 
ressaltar que a L.D.G resulta da soma de fatores predisponentes.O fator hereditariedade 
engloba importantes aspectos que incluem a predisposição genética, determinando a forma 
e tipo de alteração corporal que a paciente apresentará. Não pode atribuir a gênese da 
L.D.G a um único gene; a herança é multifatorial. Outro ponto a ser ressaltado é o tipo 
morfológico da paciente, tipo de distribuição da gordura e a forma pela qual esse sistema 
será metabolizado; nessa categoria ainda se encaixa a influência étnica. As deformidades 
encontradas nos latinos incluem a estrutura com excesso de quadril; os anglo-saxões 
apresentam deformidade tipo pneu, os asiáticos apresentam alterações tronculares no nível 
do quadril, tórax e braços (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 Influência Hormonal: A ação hormonal é responsável pelo início do processo, bem como 
pela evolução e agravamento da L.D.G. O tecido gorduroso é o principal local da 
conversão da androstenediona para estrona. Mulheres obesas possuem essa 
conversão aumentada, mas isso não quer dizer que mulheres magras não possam ter 
L.D.G. Os prováveis mecanismos do hiperestrogenismo incluem: secreção aumentada 
de estrogênio (tumores ovarianos); aumento na conversão periférica (extra glandulares) 
de androstenediona em estrona; por iatrogenia na administração de estrógeno e 
percussores (anabolizantes). O estrógeno influencia as células adiposas pelo aumento 
significativo de enzima lipoproteína lípase (LPL) ou pela ação heparínica ativadora da 
LPL.Além de atuar sobre os adipócitos, o estrógeno atua sobre o fibroblasto e o 
turnover de macromoléculas. A alteração das propriedades bioquímicas da matriz 
extracelular afeta o transporte e a retenção de íons; essa retenção de íons produz uma 
pressão osmótica intersticial alta, microedema que dificulta a difusão de nutrientes, 
metabólitos e hormônios entre as células e o sistema circulatório. As alterações dos 
vasos pelo estrógeno incluem diminuição do fluxo sanguíneo venoso, alteração da 
permeabilidade dos vasos linfáticos e aumento da coagulação por mudança nas 
plaquetas. 
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 Influência Ambiental: é muito importante no agravamento e na evolução da L.D.G. 
Hábitos alimentares inadequados, com dieta hipercalórica e hiperlipídica, com 
insuficiência de proteínas, fibras, vitaminas, sais minerais e oligoelementos são um dos 
principais fatores ambientais. 
 Sedentarismo: também contribui como fator exógeno por diversos motivos, que incluem: 
a diminuição de gastos calóricos e de estímulo adrenérgico; diminuição da massa 
muscular e aumento da adiposidade, flacidez tissular e muscular, diminuição do fluxo 
sanguíneo dificultando a oxigenação, troca metabólica e retorno venoso e linfático. 
 Doenças associadas: propiciam alterações do conectivo como circulatório, metabólico, 
hormonais, entre outros. A iatrogenia medicamentosa também influencia a L.D.G como 
hormonoterapia. Assim como fatores de compressão interna como gravidez, doenças 
pélvicas, TPM, obstipação intestinal; e a compressão externa, como vestuário e cinta 
apertadas, podem diminuir a microcirculação cutânea. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
Evolução é realizada em quatro estágios baseados na fisiopatologia: 
 Alteração esfincteriana arteriolar, pré-capilare, levando a uma modificação da 
permeabilidade do capilar venoso e ectasia capilar, com transudação e edema 
pericapilar e interadipocitária 
 O edema dificulta as trocas metabólicas e, desencadeia uma resposta conjuntiva, com 
hiperplasia e hipertrofia do arcabouço reticular. Laceração de alguns adipócitos. 
 Arqueamento das fibras de colágeno e agregação em formas capsulares gerando a 
formação dos micronódulos. 
 Esclerose das traves conjuntivas e formação de macronódulos, pela junção de muitos 
micronódulos. 
 Resumindo: Trata-se, portanto de um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado, 
sem elasticidade, resultante de um mau funcionamento do sistema circulatório e das 
consecutivas transformações do tecido conjuntivo. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
CLASSIFICAÇÃO L.D.G 
 
 Estágio 1 - microestases sanguíneas e linfáticas localizadas, provocando alterações no 
tecido dermo-hipodérmico, edema tecidual. 
 Estágio 2 - degeneração das fibras colágeno e elastina, com consequente floculação do 
tecido conectivo, causando micronódulos. 
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 Estágio 3 - completo processo de eliminação de catabólitos, formando uma trama 
profunda e compacta de elementos vasculares e celulares, transformando os micros em 
macronódulos. 
 Estágio 4 - chamado de fibroso-cicatricial, o tecido dermo-hipodérmico é acometido por 
um processo único de esclerose, caracterizado praticamente por acúmulo, com 
capacidade quase nula de eliminação. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
 
 
A L.D.G também pode ser classificada por consistência de pele: 
 Compacto: firme e não muda de acordo com a posição. Na palpação, a superfície é 
prendida aos níveis fundos e, ao beliscar, o aspecto da casca de laranja é evidente. 
Este padrão é frequentemente associado com marcas de extensão e é o padrão mais 
comum achado entre adolescentes. 
 Flácido: associado com hipotonia muscular e flacidez. Também acontece em mulheres 
que perderam peso de repente. A superfície acolchoada é evidente, a pele treme com 
movimento e mudanças, de acordo com a posição. Pode haver perturbações 
circulatórias (telangiectasias e varizes). 
 Edematosa: manifesta com volume aumentado dos MMII e um sinal de Godet positivo. 
 Misto: misturado acontece frequentemente, pode ser observada em locais diferentes na 
mesma paciente. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
ESTRIAS 
 
Podem ser definidas como um processo degenerativo cutâneo, benigno, 
caracterizado por lesões atróficas em trajeto linear,que variam de coloração de acordo com 
sua fase evolutiva. É considerado um processo de natureza estética, uma vez que não gera 
incapacitação física ou alteração da função cutânea. 
Acometem, na maioria das vezes, mulheres e homens entre 9 a 35 anos, 
principalmente gestantes, obesos, adolescentes em fase de estirão de crescimento, 
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levantadores de peso, uso de contraceptivos e pacientes submetidas a implante de prótese 
de silicone mamária. Ocorrem preferencialmente em glúteos, mamas, coxas, pernas, 
podendo também surgir em abdômen, axilas e braços. 
Apresentam-se como linhas de aspecto atrófico central, com coloração que oscila do 
eritema purpuro, nas lesões recentes, ao branco, nas mais antigas. O prunido é bastante 
referido na fase inicial. A evolução natural do processo dura de 6 a 12 meses, período no 
qual as estrias naturalmente esmaecem na coloração, o que dá uma impressão de melhora 
e o que torna a avaliação objetiva dos vários tratamentos muito difíceis. (MAIO, 2011). 
 
As estrias podem ser de dois tipos: 
 Rosadas: são as estrias que se formaram mais recentemente, 
apresentando essa coloração devido ao rompimento dos vasos 
sanguíneos da região. Nessa fase, os tratamentos costumam fornecer 
resultados mais satisfatórios. 
 Nacaradas: são as estrias antigas, nas quais já ocorreu a formação da 
fibrose. Nessa fase, elas são esbranquiçadas. Os tratamentos 
conseguem promover seu estreitamento ou atenuação. 
 
 
Sua patogênese ainda não é plenamente conhecida. Os trabalhos científicos 
reconhecem sua natureza multifatorial e vêm demonstrando os vários fatores implicando em 
sua origem. As mudanças nas estruturas que suportam a força tênsil e elasticidade geram 
um afilamento do tecido conectivo que, aliado a maiores tensões sobre a pele, produzem as 
estriações cutâneas. 
São tradicionalmente reconhecidos fatores físicos, hormonais, imunológicos, 
tratamentos com corticóides como principais causas; assim como o elevado nível de cortisol, 
estrógeno envolvido com a obesidade também é citado como causador de estrias. 
Há redução da expressão gênica para formação de pró-colágeno I e III, fibronectinas, 
elastina quando estudados em comparação com áreas de pele normal, o que indica 
alteração do metabolismo dos fibroblastos nas estrias. 
Essas lesões mostram, usualmente, fragmentação e posterior espessamento de 
fibras elásticas, degranulação mastócitária e elastólise na fase inicial da formação das 
estrias. As fibras elásticas parecem ser o alvo principal no processo inicial da formação das 
estrias, a partir disso, degranulação de mastócitos e ativação macrofágica intensificam a 
elastólise. 
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Na área que afeta a matriz dérmica apresenta-se mais fina e flocular; os 
tonofilamentos subjacentes à junção dermoepidérmica, assim como as fibras elásticas da 
derme papilar, encontram-se significativamente reduzidas em relação à pele normal. (MAIO, 
2011). 
 
FLACIDEZ 
 
 A flacidez muscular é a falta de tonicidade da pele ou músculo. A flacidez refere-se ao 
estado mobilizado, frouxo ou lânguido do tecido. Ela pode ser muscular ou cutânea, 
sendo a sua causa multifatorial, o que incluem fatores genéticos, ambientais e de maus 
hábitos, como o sedentarismo. Não há um fator único e específico que cause flacidez 
(MAIO, 2011). 
 A flacidez tissular percebe-se que a maior incidência de casos é na mulher, em 
consequência de fatores hormonais e à gestação. Porém, outros fatores, como o 
fotoenvelhecimento, sedentarismo, alimentação inadequada e efeito sanfona, contribuem 
para o envelhecimento fisiológico, que tem seu início por volta dos 30 anos. Os idosos 
também repõem menor quantidade de colágeno e de elastina, que são as fibras mais 
importantes da tonicidade da pele. Cirurgias que promovam perda de peso rápida 
também favorecem a flacidez (MAIO, 2011). 
A flacidez tecidual ou tissular refere-se quando a pele fica flácida, frouxa; já a 
muscular se refere quando os músculos se encontram de uma maneira não tonificada. A 
pele geralmente está sobreposta ao músculo e acompanha a tonicidade dele. Se o músculo 
está flácido, a pele também parece flácida, porém se a pele está flácida e o músculo 
tonificado, então a aparência não é tão evidente. O músculo tonifica conforme os exercícios, 
já a pele não.A maior causa da flacidez muscular é a falta de exercício físico, pois quando 
os músculos não são solicitados com frequência, suas fibras se atrofiam (MAIO, 2011). 
 
ADIPOSIDADE LOCALIZADA / OBESIDADE 
 
É impossível falar de gordura localizada sem citar a obesidade. Não que pessoas 
com a gordura localizada sejam consideradas obesas, mas a fisiologia da formação das 
duas disfunções é a mesma, sendo a primeira em depósitos específicos e a segunda, mais 
distribuída corporalmente. 
As células adiposas fazem parte do tecido conjuntivo comum, porém a maioria delas 
se agrupa no tecido adiposo espalhado pelo corpo. Em pessoas de peso normal, o tecido 
adiposo corresponde a 20 - 25% do peso corporal na mulher e 15 - 20% no homem. 
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O tecido adiposo é o maior depósito de energia (sob a forma de triglicerídeos) do 
corpo. As células hepáticas e o músculo esquelético também acumulam energia, mas sob a 
forma de glicogênio. Como a alimentação é feita a intervalos, e os depósitos de glicogênio 
são menores, é importante a existência dos grandes depósitos de triglicerídeos, que são 
usados para fornecer entre as refeições. Somente 5% dos obesos são de causas 
endócrinas. Em geral se dá pelo sedentarismo, má alimentação, causas psicológicas 
(ansiedade, stress) e genética (a chance é de 70% para quem tem pais obesos). (MAIO, 
2011). 
 
Classificação da Obesidade 
 
A obesidade pode ser classificada em quatro tipos, de acordo com a distribuição dos 
depósitos de gordura: 
 Tipo 1: caracterizado pelo excesso de massa adiposa total, sem concentração 
particular; 
 Tipo 2: caracterizado pelo excesso de gordura subcutânea na região abdominal e do 
tronco, também conhecido como do tipo andróide. Normalmente está associada ao 
aumento da fração LDL-C, estimulando o desenvolvimento de problemas 
cardiovasculares e a resistência à ação da insulina. 
 Tipo 3: caracterizado pelo excesso de gordura visceroabdominal, que também está 
associado a problemas cardiovasculares e a resistência à ação da insulina. 
 Tipo 4: caracterizado pelo excesso de gordura glúteo-femural, também conhecida como 
do tipo ginóide. Pode estar mais suscetível a alteração no período gestacional e 
desmame precoce. (MAIO, 2011). 
 
QUELÓIDES E CICATRIZES HIPERTRÓFICAS 
 
Cicatrizes hipertróficas e quelóides são variações do processo de cicatrização normal 
das feridas. Representam respostas hiperproliferativas do tecido conjuntivo aos 
traumatismos. 
São processos de cicatrização anormal, formados por deposição excessiva de matriz 
extracelular, especialmente colágeno. Para que uma cicatrização adequada ocorra é preciso 
que o mecanismo responsável pela sua realização esteja em perfeito funcionamento. 
Distúrbios genéticos, hereditários, podem causar alteração no mecanismo normal de 
cicatrização e com isto cicatrizes anômalas podem surgir. 
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A cicatriz tem por finalidade reparar um dano causado em nosso corpo, preenchendo 
o espaço, o buraco, resultante da morte das células do tecido traumatizado, de maneira a 
fechar este espaço e manter a integridade interna de nosso corpo. 
Os fatores etiológicos relatados incluem inflamação, infecção ou trauma, 
especialmente queimaduras. Corpos estranhos, incisões mal planejadas e tensão estão 
frequentemente associadas à formação de cicatrizes hipertróficas. Quelóides e cicatrizes 
hipertróficas desenvolvem-se como resultado de uma proliferação exagerada de fibroblastos 
da derme após uma lesão tecidual, havendo acúmulo excessivo de colágeno nos tecidos. 
Há uma ausênciade equilíbrio entre as fases anabólicas e metabólicas até as 3-4 semanas, 
com aumento contínuo da produção de colágeno, superior à quantidade que se degrada. A 
ferida se expande em todas as direções, elevando-se sobre a pele, de forma profunda. 
 Cicatrizes hipertróficas são mais frequentes que os quelóides. 
O exato motivo que causa este processo ainda não é conhecido pela medicina e este 
mecanismo ainda permanece uma incógnita. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 Cicatrizes Hipertróficas: Apesar de serem resultados do mesmo processo, os quelóides 
possuem características que os diferem da Cicatriz Hipertrófica. 
 Quelóide: Tem como principal característica invadir tecidos íntegros, ao redor da 
cicatriz. Inicialmente o crescimento de um quelóide é acelerado, após algum tempo do 
seu surgimento este passa a ser lento, quase imperceptível. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
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CAPÍTULO X - ENVELHECIMENTO FACIAL 
 
INTRODUÇÃO 
 
Envelhecimento é a perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do 
organismo às condições mutáveis do meio ambiente. A pele é o órgão que mais demonstra 
o envelhecimento. 
Um dado que diversos autores concordam é que apenas 25% do envelhecimento é 
causado por fatores genéticos e 75% por fatores ambientais. O número de melanócitos 
diminui com a idade, em áreas não foto exposta, na proporção de 6 a 8% por década. 
O start do envelhecimento facial inicia-se aos 25 anos de idade, isso porque a 
degradação da matriz extra celular (MEC) torna-se maior do que sua fabricação. A partir dos 
30 anos de idade as células aumentam a produção de toxinas e radicais livres devido a ação 
do sol e poluição. 
O envelhecimento cutâneo divide-se em dois componentes, são eles: o 
envelhecimento intrínseco e extrínseco (TABELA 1). 
 
 Envelhecimento Intrínseco 
o O envelhecimento cutâneo intrínseco corresponde ao desgaste natural do organismo que 
ocorre pelo passar do tempo, sem sofrer interferências de fatores externos; podemos 
defini-lo também como envelhecimento cronológico. 
o O envelhecimento intrínseco, acompanha o processo ocorrido também com outros 
órgãos diante da degeneração natural do corpo do ponto de vista cronológico, e não tem 
relação com fatores ambientais. 
o Os fatores que o determinam são os fatores genéticos, hereditários, tipo e pele, doenças 
e hábitos diários. 
o Encontramos como alterações cutâneas ocorridas pelo envelhecimento intrínseco: 
 Diminuição da capacidade de renovação celular causando a aparência craquelado e fina. 
 Diminuição da produção de colágeno e elastina, ocorrendo então o surgimento de rugas 
e linhas de expressão que vão tornando-se cada vez mais acentuadas. 
 Achatamento da junção dermoepidérmica, comprometendo a homeostase dos tecidos 
circundantes. A pele apresenta-se fragilizada, pois não consegue ter suas funções 
adequadamente satisfatórias. 
 Atrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas; a pele sem vitalidade, brilho, seca. 
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81 
 Diminuição da circulação sanguínea, pele desvitalizada, falta de nutrição celular; 
 Irregularidades no tecido adiposo, gerando esmaecimento de algumas regiões como 
submentoniana e malar. 
 Redução de melanócitos ativos o que pode causar a diminuição da fotoproteção aos raios 
ultravioletas. Pode ocorrer surgimentos discromias (hipercromias/hipocromias/acromias). 
 Diminuição da síntese de vitamina D, outro fator que compromete a capacidade de 
fotoproteção aos raios ultravioletas bem como a agressão de agentes externos. 
 Aumento da presença de radicais livres, devido a perda da funcionalidade dos telômeros. 
 
 Envelhecimento extrínseco 
o A radiação UVA (ultravioleta) com comprimento entre 320 nm a 400nm, atinge derme, 
trazendo prejuízo aos queratinócitos da epiderme e fibroblastos da derme. A exposição 
as radiações UVA induz a pigmentação da pele, promovendo bronzeamento pelo 
escurecimento da melanina. Já a radiação UVB, com comprimento de 280 nm a 320 nm, 
atinge a epiderme, é mais superficial, e por isso geralmente causa queimaduras. 
o Como a exposição solar é cumulativa, quanto maior o tempo de exposição solar, maiores 
serão os danos ao colágeno, bem como maiores serão as alterações das propriedades 
mecânicas da pele. Essa exposição causa lesões no DNA, alteram a resposta 
imunológica da pele, por ser tão agressiva podem causar mutações celulares aumentado 
o risco de câncer. 
o O envelhecimento extrínseco é caracterizado por alterações causadas por fatores 
externos, como: 
 fatores ambientais (luz, temperatura, ambiente, pressão atmosférica, ionização e 
composição química do ar); 
 hábitos de vida (ambiente trabalho, alimentação, uso de medicação, alimentação, 
tabagismo, uso de cosméticos, dentre outros) e 
 exposição à radiação ultravioleta, radiações ionizantes, ozônio, poluentes do ambiente, 
durante toda a vida, sendo esse último o principal fator; e é devido a isso também é 
chamado de fotoenvelhecimento. 
o Outro fator de grande relevância no processo de envelhecimento extrínseco é o 
tabagismo. O fumo apresenta mais de 4 mil substâncias prejudiciais à saúde; mas a que 
mais prejudica a pele é a nicotina. A nicotina contida no fumo causa vasoconstrição que 
acarreta a diminuição da circulação sanguínea, prejudicando a oxigenação do tecido 
dérmico. Essa exposição de forma contínua e prolongada gera lesão das fibras elásticas 
e diminuição de síntese de colágeno; e como é considerada uma agressão faz com que 
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aumente a produção de leucócitos, aumentando a liberação de antioxidantes e 
mediadores da inflamação intensificando o grau de envelhecimento (FIGURA 1). 
 
Figura 1 – Pele fumante envelhecida. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/J3u5HKbdek45rsz49 
 
Tabela 1 – Diferença da pele envelhecida intrínseca e extrensíca 
INTRÍNSECO EXTRÍNSECO 
 
Pele Fina Pele Espessa 
Pele sem elasticidade Pele enrugamento 
Rugas (superficiais e/ou profundas) Atrófica 
Linhas de expressão mais acentuadas Pele frouxa, dura 
Pigmentação regular Pigmentação irregular 
Coloração mais pálida Coloração amarelada 
Opaca Presença de telangiectasias 
 Presença de hiperpigmentação 
 
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Fotoenvelhecimento 
 
Pele bronzeada, para muitas pessoas, é sinônimo de beleza e saúde, 80% da 
radiação solar de uma pessoa ocorre antes dos 18 anos de idade. O preço que se paga por 
essa radiação, por esse bronze, é o fotoenvelhecimento cutâneo, causado pela exposição 
solar, que provoca ressecamento, alteração na textura e rugas na pele, além de outros 
efeitos indesejáveis. 
As pessoas esquecem que toda radiação solar tem um prazo para se apresentar na 
pele de até 10 anos, o seja, o 80% da radiação solar que tomou aos 18 anos irá se 
apresentar na pele, como fotoenvelhecimento, aos 28 anos. Por isso a importância de 
ensinarmos às crianças a importância do uso constante do protetor solar, não adianta usar 
protetor solar só quando for a praia ou piscina, o ideal é usar diariamente. Além do 
envelhecimento, a exposição exagerada ao sol aumenta também o risco do câncer de pele, 
neoplasia que pode levar alguns anos para se manifestar (FIGURA 1). 
Devemos lembrar que pessoas de pele mais clara são as mais predispostas a sofrer 
danos mais intensos. No entanto, o fotoenvelhecimento é um problema que atinge pessoas 
morenas, mulatas e negras também, embora nesse grupo os efeitos possam ser menos 
acentuados. Pessoas morenas quando se expõe ao sol produz mais melanina e, assim, 
diante dos sinais do fotoenvelhecimento, são capazes de produzir mais colágeno. No 
entanto, quanto a maior a exposição, mais acentuado será o fotoenvelhecimento. 
 
Figura 1 – Fotoenvelhecimento. 
 
Fonte: dermatologia.net 
 
Existem seis teorias sobre o fotoenvelhecimento, isso porque a comunidade científica 
sempre deseja entender de que forma pode ocorrer o envelhecimento, assim deu origem adiversas teorias, são elas: 
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 Teoria do envelhecimento programado: envelhecimento é regulado por uma tabela 
biológica, dependente da expressão de genes reguladores dos processos de 
manutenção, reparo e resposta de defesa, ou seja, as células do organismo, inclusive 
as do sistema tegumentar, estão geneticamente programadas para morrer após 
determinado número de divisões celulares. 
 Teoria dos telômeros: o telômero mantém a integridade e protege nossos 
cromossomos. A cada divisão celular, eles vão encurtando, e com isso, aumentando o 
envelhecimento, ou seja, quanto maior o tamanho dos nossos telômeros, menos 
envelheceremos ou mais tardiamente ocorrerá nosso envelhecimento. 
 Teoria imunológica: conforme envelhecemos nosso sistema imunológico perde 
eficiência em distinguir elementos próprios e estranhos ao organismo, assim favorece o 
surgimento de doenças autoimunes. 
 Teoria da reparação do DNA: a velocidade de reparação do DNA é o fator determinante 
para o tempo de vida de indivíduos, ou seja, sem reparação teremos mais degradação. 
 Teoria da glicosilação: Indica que as ligações cruzadas provocadas pelo elevado nível 
de glicemia e de glicose tecidual, conduz ao enrijecimento do colágeno e elastina, e 
assim a deterioração estrutural e da funcionalidade dos tecidos. 
 Teoria do stress oxidativo: Alguns pesquisadores consideram o envelhecimento como 
resultado do acúmulo de lesões moleculares provocadas pelas reações dos radicais 
livres nos componentes celulares ao longo da vida, as quais podem conduzir à perda de 
funcionalidade e à doença do sistema tegumentar. 
 
Rugas e linhas de expressão 
 
As rugas são sulcos ou pregas cutâneas que se apresentam de forma progressiva 
pela diminuição da junção dermoepidérmica, ocasionando alterações no tecido conjuntivo. 
As linhas de expressão surgem devido a alteração nas fibras elásticas e pela diminuição da 
junção dermoepidérmica que ocorrem no envelhecimento cutâneo. Elas são uma das 
características mais visíveis no envelhecimento da pele e aparecem geralmente em região 
mentoniana, orbital, nasal, frontal, bucal, cervical, malar e terço médio da face. 
Ocorrem tanto pelo processo de envelhecimento quanto pelas mímicas faciais, 
exposição solar, tabagismo, falta de hidratação dentre outros. 
Histologicamente, nas rugas, o colágeno torna-se mais rígido e a elastina perde a 
sua elasticidade natural com a redução do número de fibras elásticas e de outros 
componentes do tecido. E é devido à essa alterações que formam-se invaginações nas 
papilas dérmicas que prendem a epiderme à derme nas peles mais jovens e nos indivíduos 
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mais idosos, temos o déficit de vascularização, como vimos anteriormente, o que ocasiona a 
diminuição da oxigenação do tecido, prejudicando o trabalho celular e tecidos que a 
compõem. 
Gradativamente o tecido cutâneo perde a elasticidade devido a diminuição das fibras 
elásticas, e pela rigidez e espessamento das fibras de colágeno, além disso começa a 
ocorrer irregularidade do tecido adiposo, fazendo com que as rugas se apresentem com 
sulcos mais profundos; classificamos essas rugas como gravitacionais. 
Classificamos as rugas, quanto à profundidade em: 
 Rugas superficiais: também chamada de linhas de 
expressão, ocasionadas pela perda ou diminuição das fibras 
elásticas na derme papilar; tendem a desaparecer quando se 
traciona a região, apresentam-se também na pele que não fica 
necessariamente exposta, e é decorrente do envelhecimento 
cutâneo cronológico. 
 Rugas profundas: causadas na sua grande maioria pelo efeito 
da radiação solar, principalmente nas regiões expostas a essa 
radiação. Esse tipo de ruga apresenta-se de forma mais 
profunda, sulcos permanentes e que não desaparecem mesmo 
com o tecido sob estiramento. 
 
Ainda podemos utilizar a classificação perante a 
mobilização (FIGURA 2): 
 Rugas dinâmicas: Surgem devido à movimentos repetitivos dos músculos 
responsáveis pela expressão facial e aparecem em decorrência do movimento. 
 Rugas estáticas: Surgem mesmo sem ter o movimento dos músculos de expressão 
facial, e podem ser atribuídas à fadiga das estruturas que constituem a pele, em decorrência 
da repetição de movimento, excesso de tensão e/ou fadiga. 
 Rugas gravitacionais: surgem também pelo excesso de movimento, mas com ptose 
(atrofia) muscular e dérmica; irregularidades do tecido adiposo, que acabam não 
sustentando o tecido. 
 
 
 
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Figura 2 – Tipos de rugas. 
 
Fonte: Profa. Taís A Menegat 2019. 
 
Sleep lines 
Também conhecidas como rugas do sono, são aquelas que ocorrem devido a uma 
pressão prolongada, durante o sono, quando nos deitamos de lado ou de bruços, 
pressionamos o peso do corpo contra a cama e a face se comprime contra o travesseiro. 
Conforme vamos relaxando, a pele automaticamente desliza e acaba sendo “amassada”, 
muitas vezes permanecendo por horas na mesma posição. Normalmente se apresenta 
apenas em um lado do rosto, colo ou entre mamas. 
Dormir faz bem para pele sim, mas enquanto você dorme, sua pele pode estar sendo 
afetada pela posição que você dorme. Acordar com a “cara amassada” e perceber as 
marcas do sono no rosto é comum. Às vezes demoram de minutos a horas para 
desaparecer, mas com o passar dos anos elas podem ser definitivas. Definimos se a ruga é 
sleep line se estiverem na posição vertical (FIGURA 3). 
 
Figura 3 – Exemplos de sleep lines. 
 
Fonte: Do autor. 
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Alguns simples cuidados podem prevenir o surgimento das sleep lines. Como: 
 Posicionamento correto:chamado de posição da princesa dormir, a posição ideal para não 
surgir essas rugas é decúbito dorsal, ou seja, dormir de barriga para cima, assim a 
musculatura permanece descansada e esticada durante toda a noite. Prefira travesseiros 
macios que se adaptem a anatomia do pescoço e rosto. Escolha fronhas de seda ou cetim, 
pois facilitam o deslizamento do rosto e diminuem o atrito e a fricção da pele com o 
travesseiro. 
 Pads para dormir: são placas de silicone começaram a ser usados no Japão em 2010, e 
podem ajudar a prevenir as sleep lines. O silicone é um material que não agride a pele por 
isso não há contraindicação, exceto em caso de sensibilidade ao uso de produtos à base de 
silicone. Os PADS agem através da ação mecânica dos adesivos na pele, que estimulam a 
hidratação ao esticar a pele, diminuindo a profundidade das rugas, deixando a pele mais 
lisa. Existe uma ampla variedade de modelos que se adaptam a região dos olhos, entre as 
sobrancelhas, pescoço e colo. 
 Hidratação: creme de hidratação e tratamento noturnos ajudam a prevenir as sleep lines. 
Enquanto você dorme, eles agem na sua pele, ajudando a combater o processo de 
envelhecimento. Beber água também faz parte do processo de hidratação. 
 
Síndrome Tech Neck 
 
De acordo com um estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul, grande 
parte das mulheres com menos de 30 anos já apresenta rugas no pescoço, quando o 
natural seria após os 40 anos, isso vem ocorrendo pelo avanço da tecnologia. 
Também conhecido como Neck text ou pescoço tecnológico, nos dias atuais abusamos do 
uso de aparelhos celulares, tablets e não nos preocupamos com nossa postura, além das 
alterações na coluna cervical e ativação excessiva dos músculos dessa região esse mal 
posicionamento durante o uso prolongado desses dispositivos faz com que ocorra o 
surgimento de rugas horizontais na região do pescoço e acúmulo de gordura submandibular, 
papada ( FIGURA 4). 
 
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Figura 4 – Exemplo de tech neck. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/7qghmBhx4mX1S2Ud9 
 
Alguns simples cuidados podem prevenir Tech Neck como: 
 Posicione Sua Tela Mais Alta: evita inclinar o pescoço 
para baixo ou inclinar a cabeça para a frente, mantenha o 
telefone próximo ao nível dos olhos.Se você estiver 
trabalhando em um laptop, compre outro monitor e ajuste 
sua altura. 
 
 Hidratação e proteção solar: como a pele do pescoço é mais fina, a 
necessidade de manter a área mais hidratada e protegida auxilia 
para não degradar tanto o colágeno. 
 
 Alongar: Faça alongamentos da região 
do pescoço todos os dias, 
principalmente quando perceber que 
está ficando em postura errada. 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 BAUMANN, Skin & Aging 14(2), 60-64 (2006b) 
 BORGES F, SCORAZA F. TERAPEUTICA EM ESTÉTICA. Ed. Phorte,2016. 
 FIGUEIRA E. Psicologia da arte – Primeiros estudos e ensaios. Ed. Do autor. 2013 
 FITZPATRICK, T. B.; HAYNES, H. A. Lesões cutâneas de significado clínico 
 geral. In: PETERSDORF, R. G. et al. (red.) Harrison: medicina interna. 10 ed. 
 GONCHOROSKI, Danieli Dürks; CÔRREA, Giane Márcia. Tratamento de hipercromia 
pós- inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Infarma, v. 17, n. 3/4, p. 84-
88, 2005. 
 Guirro ECO, Guirro RRJ. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e 
patologias. São Paulo: Manole; 2006. 
 GUYTON & HALL. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017 
 HOHEN, J. W; YOCOCHI, C; LUTJEN-DRECOL. E. Anatomia humana: atlas 
fotográfico de anatomia sistêmica e regional. Tradução de Nader Wafae. 6ª. ed. 
Barueri, São Paulo: Manole, 2007. 
 ICOLETTI, Maria et al. Hipercromias: aspectos gerais e uso de despigmentantes 
cutâneos. Cosmetics & Toiletries, v. 14, n. 3, p. 46- 53, mai./jun. 2002. 
 JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia básica – texto/atlas. 10.ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 
 MAIO M. Tratado de Medicina Estética - 3 Vols - 2ª Ed. - 2011. 
 NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2015 
 PETRUCELLI, L. J. – História da Medicina – Editora Manole – 1997. 
 RAPINI R. DERMATOPATOLOGIA PRÁTICA – Ed. Elsevier. 2ª ed. 2013. 
 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984. p. 281-290. v. 1. 
 SAMPAIO, S.A.P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 
2007 
 SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 2 / editado por R. Putz e R. Pabst, Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 
 TOMITA, Rúbia Yuri. Atlas visual compacto do corpo humano. 3. ed. São Paulo: 
Rideel, 2012 
 VIGLIOGLIA, P. A. Biologia cutânea da pele normal. J. Cosmiatria II. 2 ed. Buenos 
Aires: AP Americana, 1991. p. 22- 37. 
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 VIVIER AD. Atlas de Dermatologia Clínica.Ed. Manole. 2000. 
 YOUNG, A. R. Chromophores in human skin. Phys Med Biol, v. 42, p. 789- 802, 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIOÉTICA NA ESTÉTICA 
 
 
PONTO DE PARTIDA 
 
Com o crescimento do mercado da estética, tivemos o aumento da busca exagerada 
por procedimentos, muitas vezes desnecessários, com riscos crescentes associados, assim 
cabe ao profissional da saúde estética, assumir uma postura eticamente correta, levando em 
consideração as indicações técnicas, os riscos associados e, principalmente, o benefício 
que este procedimento trará ao seu paciente, assim o estudo da bioética é de extrema 
importância neste momento. 
 
 
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO E HISTÓRIA 
 
 
A pergunta que sempre escutamos é: o que devemos aprender na bioética? 
De uma forma geral podemos dizer: dos aspectos éticos relacionados com os atendimentos 
do dia a dia, ou seja, dos problemas éticos decorrentes de um atendimento (CLOTET e 
FEIJÓ, 2011). 
A Estética, do grego: perceber, sentir, é um ramo dafilosofia que trata da natureza da 
beleza. Pensando nisso pergunto: 
 Como podemos definir o que torna uma coisa bela? 
 Quais os traços e as características que tornam uma pessoa bonita? 
 Estes padrões são constantes durante o tempo? 
(CLOTET e FEIJÓ, 2011) 
Grandes filósofos tentaram definir o BELO ao longo da história, como: 
 Aristóteles (384 - 322 a.C.): falava que caberia ao homem a busca do ideal, através 
da ordem, da proporção e da simetria. 
 Platão (428 - 347 a.C.) e René Descartes (1596 – 1650): falaram que o belo seria 
inerente ao objeto, não dependendo do sujeito que o percebe. 
 David Hume (1711 - 1776): o gosto para o belo seria algo que partiria de cada 
indivíduo. 
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 Hegel (1770 - 1831): o belo seria inerente a atividade espiritual de cada 
indivíduo,assim como na Idade Média a concepção do belo estava relacionada com a 
identificação direta com Deus. (LOCH, 2011) 
É extremamente difícil determinar o que torna algo ou alguém belo, não existe uma 
resposta universal para justificar o belo, portanto os chamados padrões estéticos são 
mutáveis, depende da região, grupo de convívio, cultura, entre outros. Assim se faz 
necessário uma reflexão para essa incessante busca pela perfeição da estética, nós, os 
profissionais da estética, somos responsáveis por falar o NÃO ao paciente, se o 
procedimento estiver colocando em risco a saúde do paciente, não deveremos realizar o tal 
(LOCH, 2011). 
 
A HISTÓRIA DA BIOÉTICA 
 
Não conseguimos definir cm exatidão quando a bioética surgiu, o que temos são 
alguns fatos que levaram os seres humanos a refletir sobre como a vida deveria ser 
observada em questões éticas (WATSON, 2005). 
Alguns historiadores citam a revolução biotecnológica, descoberta da estrutura do 
DNA pelo cientista Francis Crick e James Dewey Watson, como a partida da bioética, isso 
porque essa revolução trouxe muitos benefícios, mas também diversos malefícios, ou seja, 
há uma ambivalência quanto efeitos do desenvolvimento técnico, evidenciados pelo mau 
uso das técnicas na pesquisa com indivíduos humanos, talvez, tais problemas sejam 
decorrentes da falta de conscientização de que a ciência e a tecnologia devem estar a 
serviço do homem e não ao contrário. Muitos falavam que essa técnica colocava o ser 
humano como um objeto, uma cobaia a serviço da ciência e da tecnologia (WATSON, 
2005). 
Algumas atrocidades cometidas em nome do desenvolvimento científico e 
tecnológico forçaram a evolução do pensamento, não se podendo mais admitir, por 
exemplo,pesquisas em seres humanos e em animais que ocorreram de maneira cruel,tais 
como as que permitiram: exercícios de cirurgia sem anestesia; infecções propositais que 
levavam a gangrena e geravam amputações; experimentos martirizantes de alta pressão, 
congelamento e açoitamentos; vivissecção (operação praticada em animais vivos para 
estudos de fenômenos fisiológicos),prática essa também realizada em seres humanos; 
utilização e aplicação sem limites de poções, tônicos, remédios à base de ervas que alteram 
o comportamento; drogas injetadas que induzem a transtornos de personalidade; inserção 
de bactérias no organismo para testar seu grau de resistência; dentre outros, todos esses 
fatores culminaram na criação de uma nova palavra, o neologismo denominado “bioética”, 
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trata-se de uma junção de duas palavras já existentes e utilizadas no vocabulário, portanto, 
a importância de se conhecer e conceituar as palavras: biologia e ética (VIDAL, 2008). 
Biologia: é dada a partir da doutrinaespecífica da matéria, que demonstra claramente 
sua posição no âmbito científicocomo uma disciplina, ou seja, a ciência doestudo da vida, o 
que é natural(VIDAL, 2008). 
Ética de origem grego“étikos” (comportar-se), muito próximo de “éthos” (ser sujeito), 
que se apresentacom dois significados, primeiro de “morada” e osegundo de “caráter”, modo 
de ser adquirido(VIDAL, 2008). 
No sentido da obra foi à criação de uma ética médica baseada nosprincípios: 
autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça, que serviriamcomo um esquema 
teórico de moral objetivando a identificação, a análise e asolução mais adequadas às 
questões morais a serem enfrentadas pela medicina (VIDAL, 2008). 
 
O RESPEITO PELA AUTONOMIA DO PACIENTE 
 
Em 1979 Beauchamp e Childressdescreveram os fundamentos da bioética, 
chamada de principialismo, são elas: beneficência, não maleficência, justiça 
e respeito a autonomia, todos considerados “deveres primafacie” para os profissionais da 
saúde. 
A definição de autonomia é a capacidade de uma pessoa para decidir fazer ou 
buscar aquilo que ela julga ser melhor para si mesmo. Entretanto, para que ela possa 
exercer esta autodeterminação, são necessárias duas condições fundamentais: (A) 
capacidade para agir intencionalmente e (B) liberdade, no sentido de estar livre de qualquer 
influência controladora (WEBER, 2011). 
Esse respeito à autonomia do paciente é a base do processo de termo de consentimento 
informado, que além de ser um aspecto legal é, acima de tudo, uma atitude éticamente 
correta (WEBER, 2011). 
Um bom relacionamento no tratamento estética consiste em formarmos uma aliança 
entre o paciente e a profissional da estética, assim ambos estarão empenhamos na buscado 
melhor resultado, enquanto o paciente se compromete a seguir todas as orientações, o 
profissional se compromete a encontrar a melhor terapêutica, levando em consideração as 
indicações técnicas, os valores e os princípios do paciente, para conseguir oferecer o 
melhor tratamento a ele. Esse modelo chamado de aliança que citamos foi descrito em 1972 
por Veatch no qual o profissional preserva sua autoridade enquanto detentor de 
conhecimento e habilidades específicas, assumindo a responsabilidade pela tomada de 
decisões técnicas, o paciente também participa ativamente do processo de tomada de 
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94 
decisões, exercendo seu poder de acordo com o estilo de vida e valores morais e pessoais 
(WEBER, 2011). 
 
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95 
 
CAPÍTULO II - A BIOÉTICA E SEUS FUNDAMENTOS 
 
Van Rensselaer Potter (1970)(foto ao lado) estava preocupado 
com a dimensão que os avanços da ciência, principalmente no 
âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. Assim, propôs um 
novo ramo do conhecimento que ajudasse as pessoas a pensar 
nas possíveis implicações (positivas ou negativas) dos avanços da 
ciência sobre a vida (humana ou, de maneira mais ampla, de todos 
os seres vivos). Ele sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” 
entre duas culturas, a científica e a humanística, guiado pela 
seguinte frase: “Nem tudo que é cientificamente possível é 
eticamente aceitável” 
O conceito de definição mais aceito de Bioética (“ética da vida”) é a ciência “que tem 
como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, 
identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das 
possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001). 
Pata obtermos um caminho da bioética na estética, precisamos de uma “base 
sólida”, de um fundamento, que nos oriente nos momentos de decisão.Esse fundamento é a 
pessoa humana(JUNQUEIRA, 2009). 
1. A pessoa é única, ou seja, significa que as pessoas são diferentes (mesmo os 
gêmeos idênticos são diferentes), têm suas características, seus anseios, suas 
necessidades, e esse patrimônio, essa identidade, merece ser respeitado (para que as 
pessoas não sejam tratadas como números)(JUNQUEIRA, 2009). 
2. Fundamental o respeito à vida humana, segundo os principais livros de embriologia, 
a vida humana inicia-se no exato momento da fecundação, quando o gameta masculino e o 
gameta feminino se juntam para formar um novo código genético(JUNQUEIRA, 2009). 
Após a compreensão desse fundamento, podemos utilizar “ferramentas” para 
facilitar o nosso processo de estudo e de decisão sobre os diversos temas de Bioética. A 
essas ferramentas chamamos princípios. 
Os princípios foram propostos no Relatório Belmont, de 1978, para orientar as pesquisas 
com seres humanos e, em 1979, Beauchamps e Childress, em sua obra Principles of 
biomedical ethics, estenderam a utilização deles para a prática médica, ou seja, para todos 
aqueles que se ocupam da saúde das pessoas. 
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96 
 Beneficência/não maleficência: Beneficência significa “fazer o bem”, e não 
maleficência significa “evitar o mal”. O profissional propuser um tratamento a um paciente, 
ele deverá reconhecer a dignidade do paciente e considerá-lo em sua totalidade (todas as 
dimensões do ser humano devem ser consideradas: física, psicológica, social, espiritual), 
visando oferecer o melhor tratamento ao seu paciente, tanto no que diz respeito à técnica 
quanto no que se refere ao reconhecimento das necessidades físicas, psicológicas ou 
sociais do paciente. 
 
 Autonomia: o paciente tem “liberdade de decisão” sobre sua vida. A autonomia é a 
capacidade de autodeterminação de uma pessoa, ou seja, o quanto ela pode gerenciar sua 
própria vontade, livre da influência de outras pessoas. 
 
 Justiça: Justa distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisa etc. 
Costumamos acrescentar outro conceito ao de justiça: o conceito de equidade que 
representa dar a cada pessoa o que lhe é devido segundo suas necessidades, ou seja, 
incorpora-se a ideia de que as pessoas são diferentes e que, portanto, também são 
diferentes as suas necessidades. 
 
 Objeção de consciência: representa o direito de um profissional de se recusar a 
realizar um procedimento, aceito pelo paciente ou mesmo legalizado. 
(JUNQUEIRA, 2009). 
 
Todos esses princípios (insistimos que eles devem ser nossas “ferramentas” de 
trabalho) devem ser considerados na ordem em que foram apresentados, pois existe uma 
hierarquia entre eles. Isso significa que, diante de um processo de decisão, devemos 
primeiro nos lembrar do nosso fundamento (o reconhecimento do valor da pessoa); em 
seguida,devemos buscar fazer o bem para aquela pessoa (e evitar um mal!); depois 
devemos respeitar suas escolhas (autonomia); e, por fim, devemos ser justos(JUNQUEIRA, 
2009). 
 
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97 
 
CAPÍTULO III - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E 
ESCLARECIDO 
 
O termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) édocumento que visa proteger 
a autonomia dos pacientes, noqual atestam estar cientes de suas condições. Em um termo 
e consentimento livre e esclarecido pode ser diferente a cada procedimento e/ou a cada 
profissional, mas existem alguns pontos que são sempre básicos e fundamentais em um 
termo: (OLIVEIRA et al., 2010). 
 Sempre utilizar uma linguagem acessível e de fácil entendimento 
 Deve conter: 
o Nome e explicação dos procedimentos terapêuticos que serão utilizados 
o Desconfortos do procedimento assim como os possíveis riscos 
o Benefícios aguardados do procedimento 
o Existência de método alternativo 
o Liberdade d paciente a se recusar ou retirar seu consentimento sem qualquer 
penalização e/ou prejuízo a sua assistência 
o Assinatura do paciente e/ou representante legal, assim como assinatura do 
profissional 
(OLIVEIRA et al., 2010). 
É importante ressaltarmos que o consentimento deve ser livre, voluntário, consciente, 
não comportando vícios e erros. Não pode ser obtido mediante práticas de coação 
física,psíquica ou moral ou por meio de simulação ou práticas enganosas, ou quaisquer 
outras formas de manipulação impeditivas da livre manifestação da vontade pessoal 
(OLIVEIRA et al., 2010). 
No Brasil, está ocorrendo um fenômeno do aumento exponencial dos casos de 
processos contra profissionais da saúde e estética, assim como acontece em outros países 
também. Nesse contexto o TCLE, vem contribuindo para absolvição desses profissionais, na 
maior parte das vezes, isso porque o paciente, ao assiná-lo, concorda com a realização do 
procedimento – mesmo que lhe possa causar efeitos não desejados, mas previstos e 
previamente explicitados pelo profissional – e dá uma declaração escrita da boa-fé do 
profissional, assumindo a responsabilidade conjunta da escolha do tratamento (OLIVEIRA et 
al., 2010). 
Podemos assim listar as três principais vantagens do TCLE: 
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 Esclarecimentodo paciente: A informação é o ponto central do paradigma da 
autonomia. É o consentimento informado e esclarecido a grande manifestação da atuação 
do paciente na tomada de decisões do profissional, ou seja, a verdadeira essência da 
autonomia. É esse esclarecimento que reduz o desnível e a distância existentes entre 
profissional e pacientes, decorrentes da disparidade de informação. 
 Defesa judicial: A prevenção de demandas judiciais importa aos médicos que 
deveriam se preocupar em facilitá-la visando evitar maiores prejuízos, tanto morais quanto 
financeiros. Ainda que não demonstrem interesse em relação ao exercício da autonomia da 
vontade do paciente, ao menos egoisticamente deveriam se inquietar com a própria defesa 
judicial. 
 Fortalecimento da relação profissional/paciente: o profissional da saúde estética 
anteriormente veste pela sociedade com notável respeito, torna-se agora um fornecedor de 
serviços, conforme o Código de Defesa de Consumidor. A relação com seus pacientes, 
antes baseada na confiança, passa a ser regida sob a ótica contratual. (OLIVEIRA et al., 
2010). 
 
 
MONTANDO UM TERMO DE CONSENTIMEMTO 
 
As primeiras informações devem ser sobre o paciente: 
Eu,__________________________________________________________________ 
,portador (a) do RG (____________), CPF (_____________), em pleno gozo de minhas 
faculdades mentais, livre e voluntariamente, aceito o tratamento com 
Dr.(a)_______________________ CRBM/CREFITO/CRF etc (_______)...... 
 
Logo em seguida informamos o objetivo do tratamento e qual o melhor tratamento a ser 
aplicado neste caso: 
 
.....com objetivo de tratamento de REMOÇÃO A LASER DE TATUAGEM, será realizado o 
tratamento de LASER ND YAG QS. 
 
Partimos agora para a explicação do funcionamento do tratamento: 
 
.... funciona com descarga em pulsos curtos de alta energia, que passam pela pele e 
“quebram” o pigmento. Essas partículas são então removidas pelo processo de fagocitação 
(limpeza natural do corpo). 
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É importante indicarmos a quantidade de sessões mínimas para se obter resultados e o que 
é normal o paciente sentir: 
 
... São necessárias 03 sessões no mínimo, pois depende da cor do pigmento. Pigmento cor 
de pele (camuflagem) é normal ele escurecer primeiro para depois poder clarear. Pigmento 
azul não sai por completo, vermelho demora mais tempo, preto normalmente sai 
tudo.Intervalo das sessões variam de 30, 40, 60 dias entra cada aplicação, dependendo em 
qual sessão esteja é necessário aguardar o corpo eliminar totalmente o pigmento para que 
depois se faça uma nova sessão. Durante a aplicação é normal sentir uma sensação ardor 
ou pontadas como se um elástico se solta na pele. Estou ciente dependendo da cor da 
tatuagem não será removida por completo (azul e vermelho). 
 
Deverá informar as possíveis consequências deste procedimento: 
 
.... Embora raro é possível ter as complicações: bolhas/ queimadura, dor, vermelhidão, 
inchaço no local aplicado, hipocromia, cicatriz hipertrófica, isso pode ocorrer caso paciente 
não siga as orientações em casa ou já tenha tendência a este tipo de manifestação. 
 
Assim como informar o que é normal ocorrer após o procedimento: 
 
... É normal formar: crosta (que não pode ser removida), leve inchaço, vermelhidão, ardor, 
que podem permanecer de 1 a 7 dias. Atenção aos cuidados após, isso interfere em 50% 
dos seus resultados. 
 
Finalizando o termo deverá conter todos os cuidados que o paciente deverá ter em casa: 
Indicações pós procedimento 
1. Aplicar creme DEXAMETAZONA por 4 dias, 3x ao dia. 
2. Evite atrito do local com roupas 
3. Não coçar, faça compressa de chá de camomila gelada para minimizar a coceira. 
4. Beba bastante água (mín.2 litros), facilita a expulsão do pigmento 
5. Seque suavemente o local, não esfregue 
6. Lave a área com água fria e sabonete antibacteriano 
7. Não se exponha ao sol 
8. Se formar bolhas, não estourar 
9. Utilize protetor solar, mesmo sem sol, fator 60 no mínimo 
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100 
10. Não remova as crostas, senão cria cicatriz e aumenta tempo cicatrização 
11. Uma semana após aplicar DERSANI ou óleo essencial de girassol para regenerar 
mais rápido 
12. Não usar nenhum cosmético em cima sem o consentimento da profissional. 
Sempre finalizar com uma frase: 
Declaro que não tenho dúvidas sobre o procedimento que irei realizar de livre e espontânea 
vontade 
Data: ______/_____/_____ 
Assinatura do paciente e Assinatura do profissional 
 
Sempre o paciente devera receber em uma cópia do termo de consentimento, uma outra 
opção é realizar um folder explicativo como o exemplo abaixo. 
 
 
Lembrem que o TCLE não é padrão, ou seja, você pode colocar tudo que achar 
necessário ao paciente. 
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101 
 
CAPÍTULO IV - LEIS DOS PROFISSIONAIS DA ESTÉTICA 
 
 
QUESTÕES IMPORTANTES A SEREM ANALISADAS 
 
Antes de falarmos das leis, vamos abordar algumas definições que se fazem 
importantes aqui: 
• IMPRUDÊNCIA: é a prática de uma ação irrefletida, precipitada. Ex.: profissional que 
faz um procedimento sem os cuidados necessários. 
• NEGLIGÊNCIA: Falta de cuidado ou desatenção. Implica em omissão ou falta de 
observação ou dever. Não age com cuidado.Ex.: profissional que não coloca as luvas antes 
do procedimento. 
• IMPERÍCIA: Falta de aptidão ou habilidade específica para a realização do 
procedimento.Ex.: profissional que realiza um procedimento sem estar qualificada para isso. 
• CONDUTA: Cumprir padrões pré-estabelecidos para o exercício da profissão. 
Constante aprimoramento técnico e científico e acompanhar o crescimento da indústria 
cosmética mundial (aprendendo a separar). 
• COMPORTAMENTO ÉTICO: o profissional tem como função atender e cuidar muito 
bem dos seus clientes, embasado em sólida formação técnica, com domínio total de todos s 
setores que compõem a estética e a cosmetologia. 
o Prestar serviços de ALTA qualidade ao público 
o Com o objetivo de melhorar e manter a boa aparência da pele e suas funções 
o Influenciar o relaxamento e bem-estar do corpo e da mente 
o Estar qualificado para exercer sua profissão em âmbito internacional, mantendo sua 
conduta e ética irrepreensíveis. 
• LEI: A primeira informação prática que se constata de que a relação entre 
profissional e cliente é regida pelo Código do Consumidor é o prazo prescricional das ações 
indenizatórias: 
o O prazo prescricional das ações indenizatórias por erro do profissional é de 05 
(cinco) anos cuja contagem se inicia a partir do dano e de sua autoria (Ar. 27 do CDC). 
o A relação jurídica estabelecida entre o profissional e o paciente é Lei n. 8.078/90 
(Código de Defesa do Consumidor).Há entre eles uma relação contratual. 
(VIANA,2014) 
 
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102 
Atribuições e proibições 
o Assistência de estética o cliente (higienização, hidratação e revitalização), estando 
apto a colaborar em outras áreas relacionadas a estética, quando solicitado por outro 
profissional responsável. 
o Zelar pela provisão e manutenção do seu local de trabalho (cabine, sala), aplicando 
princípios de higiene e biossegurança. 
o Programar e coordenar atividades e tratamentos de eletro estética. 
o Avaliar e indicar o melhor tratamento a cada cliente de maneira personalizada e 
seguindo todas as normas de segurança. 
o Respeitar o pudor e intimidade do cliente. 
o Respeitar o direito do cliente em decidir se é conveniente seguir os procedimentos de 
manutenção do tratamento proposto. 
o Manter sigilo sobre fatos que tenha conhecimento em razão da sua atividade 
profissional e exigir o mesmo comportamento da equipe que está sob sua supervisão. 
o Zelar pelo prestígio das entidades relacionadas a estética (associações, federações, 
sindicatos). 
o Tratar colegas e profissionais com respeito e cortesia. 
o Respeitar as atribuições pertinentes a sua atividade, não invadindo áreas de 
responsabilidadede outros profissionais. 
o Indenizar prontamente, eventuais prejuízos causados por negligência ou erro, na 
aplicação de tratamento de sua responsabilidade. 
o É proibido abandonar o cliente no meio do tratamento (somente por motivo de força 
maior). 
o Agir com negligência, imperícia ou imprudência, colocando em risco a saúde do 
cliente. 
o Prescrever medicamentos ou praticar atos exclusivos da classe médica. 
o Tornar-se cúmplice de pessoas que praticam ilegalmente atividades da área estética 
o Praticar ou divulgar técnicas para as quais não esteja habilitado a exercer ou que 
não possuam comprovação científica. 
o Exibir imagens do cliente sem prévia autorização (VIANA,2014). 
 
 
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103 
 
LEIS DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E BELEZA 
 
FISIOTERAPEUTAS 
 
As principais leis que amparam ao fisioterapeuta dermato funcional a atuação na estética 
são: 
• RESOLUÇÃO COFFITO nº. 380, de 3 de novembro de 2010. Regulamenta o uso 
pelo Fisioterapeuta das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde e dá outras 
providências. 
o A resolução poderá ser lida na íntegra no link 
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=1437. 
 O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das 
atribuições conferidas pelos incisos II e IX do art. 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de setembro de 
1975, em sua 208ª Reunião Ordinária, realizada no dia 03 de novembro de 2010, em sua 
subsede, situada na Rua Napoleão de Barros, nº. 471, Vila Clementino, São Paulo-SP, 
considerando: 
 1) A institucionalização pelo Ministério da Saúde das Práticas Integrativas e 
Complementares de Saúde nos termos da Portaria Ministerial 971/2006; 
 2) O reconhecimento de sua relevância social pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS); 
 3) A necessidade de fundamentá-las eticamente ao fundi-las socialmente sob o 
manejo de profissionais de saúde regulamentados; 
 4) Que todas as ações elencadas no ato administrativo do Ministério da Saúde, estão 
incluídas no CBO/2002, revisado no ano de 2008, publicado em 2009; 
 5) Que as Práticas Integrativas e Complementares de Saúde, em seus exatos 
termos, não concorrem com os atos profissionais previstos na reserva legal da assistência 
fisioterapêutica regulamentada; 
 6) Que o objeto social da assistência fisioterapêutica regulamentada está 
consolidado nos cuidados preventivos, diagnósticos e terapêuticos indicados para a 
superação dos distúrbios incidentes na saúdecinesiológica funcional do indivíduo, 
intercorrentes em órgãos e/ou sistemas funcionais do corpo humano; 
 7) Que o fisioterapeuta é ator importante na promoção, na educação, na restauração 
e na preservação da saúde. 
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104 
 8) Que a lei Nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, o Decreto Nº 79.094, de 5 de 
Janeiro de 1977 e demais legislação e registros da ANVISA que versam sobre os 
Fitoterápicos e suas restrições de prescrição,nos termos da RDC 138 de 29 de maio de 
2003, resolve: 
o Artigo 1º- Autorizar a prática pelo Fisioterapeuta dos atos complementares ao seu 
exercício profissional regulamentado, nos termos desta resolução e da portaria MS número 
971/2006: 
 a) Fitoterapia; 
 b) Práticas Corporais, Manuais e Meditativas 
 c) Terapia Floral; 
 d) Magnetoterapia 
 e) Fisioterapia Antroposófica; 
 f) Termalismo/ Crenoterapia/Balneoterapia 
 g) Hipnose. 
 Parágrafo primeiro: excluem-se deste artigo os procedimentos cinesioterapêuticos e 
hidrocinesioterapêuticos componentes da reserva legal da Fisioterapia regulamentada. 
 Parágrafo segundo: Considerar-se-á também autorizado ao fisioterapeuta à prática 
de todos os atos complementares que estiverem relacionados á saúde do ser humano e que 
vierem a ser regulamentados peloMinistério da Saúde por meio de portaria específica. 
 Artigo 2º- O disposto nesta resolução não se aplica aos atos profissionais 
reconhecidos como especialidades fisioterapêuticas por instrumentos normativos 
específicos do Coffito. 
 Artigo 3º- O Fisioterapeuta deverá comprovar perante o Coffito a certificação de 
conhecimento das práticas integrativas e complementares. Será habilitado nos termos desta 
resolução o Fisioterapeuta queapresentar títulos que comprovem o domínio das Práticas 
Integrativas de Saúde objeto desta resolução. Os títulos a que alude este artigo deverão ter 
como origem: 
o a) Instituições de Ensino Superior; 
o b) Instituições especialmente credenciadas pelo MEC; 
o c) Entidades Nacionais da Fisioterapia intimamente relacionadas ás práticas 
autorizadas por esta resolução. 
 Parágrafo Único: Os cursos concedentes dos títulos de que trata este artigo, deverão 
observar uma carga horária mínima, devidamente determinada pelo COFFITO que 
consultará as entidades associativas dafisioterapia de âmbito nacional que sejam 
intimamente relacionadas ás práticas autorizadas por esta resolução, por meio dos seus 
respectivos Departamentos. 
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105 
 Artigo 4º- Os casos omissos deverão ser deliberados pelo Plenário do Coffito. 
 Artigo 5º- Os efeitos desta resolução entram em vigor na data de sua publicação, 
revogadas disposições em contrário. 
 
• RESOLUÇÃO COFFITO nº. 362, de 20 de maio de 2009 (DOU nº. 112, Seção 1, em 
16/6/2009, páginas 41/42) Reconhece a Fisioterapia Dermato-Funcional como especialidade 
do profissional Fisioterapeuta e dá outras providências. 
o O para ler a lei da estética para os fisioterapeutas poderá acessar o link 
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3125 
 Reconhece a Fisioterapia Dermato-Funcional como especialidade do profissional 
Fisioterapeuta e dá outras providências. 
 Considerando o inciso XII do artigo 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975; 
 Considerando as alíneas a, b, c, d, e do inciso I e alíneas a, b, c, d, f, do inciso II do 
artigo 3º da Resolução COFFITO nº 8, de 20 de fevereiro de 1978; 
 Considerando os artigos 1º, 2º, e 3º da Resolução COFFITO nº 80, de 9 de maio de 
1987; 
 Considerando o inciso XXIII do artigo 8º da Resolução COFFITO nº 181, de 25 de 
novembro de 1997; 
 Considerando os artigos 3º e 4º da Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro 
de 2008; 
 Considerando a necessidade de prover, por meio de uma assistência profissional 
adequada e específica, as exigências clínico-cinesiológico-funcionais dos indivíduos com 
alterações nas funções da pele e estruturas relacionadas; 
 O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das 
atribuições conferidas pelo art. 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975, em sua 
183ª Reunião Plenária Extraordinária, realizada no dia 20 de maio de 2009, em sua 
subsede, situada na Rua Napoleão de Barros, nº 471, Vila Clementino, São Paulo-SP, 
resolve: 
 Art. 1º – Reconhecer a Fisioterapia Dermato-Funcional como especialidade própria e 
exclusiva do profissional Fisioterapeuta. 
 Art. 2º – Terá reconhecido o seu título de Especialista em Fisioterapia Dermato-
Funcional o profissional Fisioterapeuta que cumprir os critérios a serem estabelecidos em 
Resolução própria em conformidade com a Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro 
de 2008. 
 Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
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106 
 
• ACÓRDÃO Nº 611, DE 1º DE ABRIL DE 2017 – normatização da utilização e/ou 
indicação de substâncias de livre prescrição pelo fisioterapeuta, esta lei é destinada a tudo 
que o fisioterapeuta pode prescrever. 
o O para ler na íntegra poderá acessar o link 
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=6670 
 Os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, 
reunidos na sessão da 274ª Reunião Plenária Ordinária, no uso de suas atribuições e 
disposições regulamentares conferidas pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e 
pela Resolução-COFFITO nº 413, de 19 de janeiro de 2012; 
 Considerando que o Ministério da Saúde institucionalizou a Política Nacional de 
PráticasIntegrativas e Complementares (PNPIC), nos termos da Portaria Ministerial nº 971, 
de 3 de maio de 2006; 
 Considerando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a relevância 
social das práticas integrativas; 
 Considerando que a Resolução-COFFITO nº 380, de 3 de novembro de 2010, 
regulamentou o uso pelo fisioterapeuta das Práticas Integrativas e Complementares em 
Saúde; 
 Considerando que o Ministério da Saúde estabeleceu a Política Nacional de Plantas 
Medicinais e Fitoterápicos, por meio do Decreto Presidencial nº 5.813, de 22 de junho de 
2006; 
 Considerando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o 
uso racional e economicamente eficiente dos medicamentos por parte dos profissionais de 
Saúde; 
 Considerando que a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, o Decreto nº 8.077, de 
14 de agosto de 2013, e demais legislações e registros da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) versam sobre os fitoterápicos e suas restrições de prescrição, nos 
termos da RDC nº 98, de 1º de agosto de 2016; 
 Considerando a Portaria SVS/MS nº 40, de 13 de janeiro de 1998, que estabelece os 
níveis máximos de segurança de vitaminas e minerais; 
 Considerando que a Resolução RDC-ANVISA nº 26, de 30 de março de 2007, dispôs 
sobre a isenção de registro de medicamentos homeopáticos industrializados sem a 
obrigatoriedade de prescrição; 
 Considerando que a Resolução RDC-ANVISA nº 269, de 22 de setembro de 2005, 
regulamenta a Ingestão Diária Recomendada (IDR); 
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107 
 Considerando que a Portaria Interministerial nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, 
aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, com o objetivo de, 
entre outros, construir um marco regulatório sobre plantas medicinais e fitoterápicos, e 
estabeleceu critérios de inclusão e exclusão de espécies nas relações nacionais e regionais 
de plantas medicinais, e que devem ser utilizados pelos prescritores como guia; 
 Considerando a Instrução Normativa-ANVISA nº 9, de 17 de agosto de 2009, que 
trata dos florais; 
 Considerando que a Coordenação de Medicamentos Fitoterápicos e Dinamizados 
(COFID) esclareceu que não fica a cargo da ANVISA e nem do Ministério da Saúde regular 
as classes de medicamentos que cada profissional poderá prescrever, pois essa é uma 
atribuição de cada conselho de classe profissional, que, por meio do seu Conselho Federal, 
publica resoluções no âmbito de atuação de seus profissionais; 
 Considerando que os recursos de iontoforese e fonoforese são de utilização notória 
na prática clínica do fisioterapeuta há algumas décadas, e que, para esse fim, ele utiliza 
substâncias biologicamente ativas e que carecem de normatização específica no Brasil para 
utilização por este profissional; 
 Considerando que a Terapia Fotodinâmica é um recurso recentemente descoberto, a 
partir da prática da fototerapia, sendo utilizadas substâncias fotossensíveis em baixas 
concentrações, que, sob a ação de Laser ou Led, podem ser ativadas e desencadear efeito 
terapêutico; 
 Considerando que nem todas as ações elencadas no ato administrativo do Ministério 
da Saúde e neste Acórdão estão incluídas na CBO/2002, revisada no ano de 2008, 
publicada em 2009; 
 Considerando, por fim, que o fisioterapeuta é ator importante na promoção, 
educação, restauração e preservação da saúde, na forma do Decreto-Lei nº 938, de 13 de 
outubro de 1969, norma legal de conteúdo vago e indeterminado, em que a extensão do 
exercício profissional é regulada por este Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional; 
 ACORDAM em aprovar, por unanimidade, a normatização da utilização e/ou 
indicação de substâncias de livre prescrição pelo fisioterapeuta, observando-se ainda que: 
 I – O fisioterapeuta poderá adotar as referidas substâncias, de forma complementar à 
sua prática profissional, somente quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso 
relacionadas com o seu campo de atuação e embasadas em trabalhos científicos ou em uso 
tradicional reconhecido, atendendo aos critérios de eficácia e segurança, considerando-se 
as contraindicações e oferecendo orientações técnicas necessárias para minimizar os 
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108 
efeitos colaterais e adversos das interações existentes, assim como os riscos da potencial 
toxicidade dos produtos prescritos. 
 II – A decisão do Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional visa aperfeiçoar a utilização e/ou indicação de substâncias de livre prescrição 
pelo fisioterapeuta, considerando o atual contexto científico e social, para correto emprego 
das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos/fitofármacos, medicamentos 
antroposóficos, medicamentos homeopáticos, medicamentos ortomoleculares, florais, 
medicamentos de livre venda para fonoforese e iontoforese, fotossensibilizadores para 
terapia fotodinâmica nos distúrbios cinético-funcionais, e autorizar a prática de todos os atos 
complementares que estiverem relacionados à saúde do ser humano e que vierem a ser 
regulamentados pelo Ministério da Saúde, por meio de portaria específica. 
 III – Na presente decisão o Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional trata dos seguintes recursos: medicamentos fitoterápicos/fitofármacos, 
medicamentos homeopáticos, medicamentos antroposóficos, medicamentos 
ortomoleculares, fotossensibilizadores para terapia fotodinâmica, iontoforese e fonoforese 
com substâncias de livre prescrição e florais como próprios da Fisioterapia. 
o Fitoterápicos/Fitofármacos 
 IV – Fitoterápicos são considerados medicamentos obtidos com emprego exclusivo 
de matérias-primas ativas vegetais. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que 
inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as 
associações dessas com extratos vegetais. Fitofármaco, por definição, é uma “substância 
ativa, isolada de matérias-primas vegetais ou mesmo mistura de substâncias ativas de 
origem vegetal”. 
o Homeopatia e Antroposofia 
 V – Medicamentos homeopáticos são medicamentos dinamizados, preparados com 
base nos fundamentos da homeopatia, cujos métodos de preparação e controle estejam 
descritos na Farmacopeia Homeopática Brasileira, edição em vigor, outras farmacopeias 
homeopáticas, ou compêndios oficiais, com comprovada ação terapêutica descrita nas 
matérias médicas homeopáticas ou nos compêndios homeopáticos oficiais, estudos clínicos, 
ou revistas científicas, respeitando-se sempre a respectiva Instrução Normativa da ANVISA. 
 VI – Não há restrição de prescrição para os medicamentos dinamizados que 
possuam um único insumo ativo isentos de prescrição, conforme disposto na “Tabela de 
potências para registro e notificação de medicamentos dinamizados industrializados” – 
Resolução RDC-ANVISA nº 26, de 30 de março de 2007. 
 VII – Medicamentos antroposóficos são medicamentos dinamizados preparados com 
base nos fundamentos da antroposofia, cujos métodos de preparação e controle constam 
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109 
nas Farmacopeias Homeopáticas e Código Farmacêutico Antroposófico ou compêndios 
oficiais reconhecidos pela ANVISA, com comprovada indicação terapêutica, estudos 
clínicos, ou presentes em revistas científicas. A prescrição, dessa maneira, deve seguir as 
formulações farmacêuticas descritas na Farmacopeia e normas da ANVISA. 
o Terapia Ortomolecular 
 VIII – O principal objetivo da Terapia Ortomolecular é restabelecer o equilíbrio do 
organismo. Isso é feito através do uso de substâncias naturais como vitaminas, minerais, 
enzimas, gliconutrientes, ácidos graxos e aminoácidos. Essas substâncias também são 
utilizadas no combate aos radicais livres. 
o Florais 
 IX – As essências florais são registradas como uma espécie de complemento 
alimentar, uma bebida tipo brandy, álcool natural, de cereal, vinagre de maçã (como 
conservante), bonificado com essênciasde flores, não sendo, pois, legalmente consideradas 
medicamentos. O foco de atuação das essências está no nível energético, facilitando o 
melhor controle sobre o próprio corpo e uma maior participação espontânea no processo de 
cura. Todas as flores empregadas na preparação das essências são colhidas no campo, em 
estado silvestre (Parecer nº 23/1993, 030/COIU, do Ministério da Agricultura e Reforma 
Agrária/Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária). 
 X – Acrescente-se que no Ofício MS/SVS/GABIN nº 479, datado de 23 de outubro de 
1998, a ANVISA relata que as essências florais não constituem matéria submetida ao 
regime da vigilância sanitária, ao teor da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e seus 
regulamentos, não se tratando de medicamentos, drogas ou insumos farmacêuticos. 
o Terapia Fotodinâmica e Fotossensibilizadores 
 XI – A Terapia Fotodinâmica é uma técnica que associa radiação eletromagnética em 
um comprimento de onda apropriado, com uma substância medicamentosa 
fotossensibilizadora e o oxigênio molecular, a fim de promover um efeito tóxico pela 
formação de produtos altamente reativos em estruturas membranosas celulares e 
vasculares in situ. 
 XII – O presente Acórdão será preponderante no aspecto ético-deontológico e sua 
não observância poderá ser, a juízo dos Conselhos Regionais e Federal, considerado como 
circunstância agravante de eventual pena imposta em processo ético, que avalia o exercício 
do profissional fisioterapeuta na utilização e/ou indicação de substâncias de livre prescrição. 
 
• RESOLUÇÃO n°. 394/2011. Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia 
Dermatofuncional e dá outras providências. 
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110 
o Acesse a lei 
http://www.abrafidef.org.br/arqSite/COFFITO__Resolucao_394_2011.pdf 
 O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, 
no exercício de suas atribuições legais e regimentais e cumprindo o deliberado em sua 213ª 
Reunião Plenária Ordinária, realizada no dia 03 de agosto de 2011, em sua sede, situada 
na SRTVS, Quadra 701, Conj. L, Ed. Assis Chateaubriand, Bloco II, Sala 602, Brasília – DF, 
na conformidade com a competência prevista nos incisos II, III e XII do Art. 5º, da Lei nº. 
6.316, de 17.12.1975, 
 CONSIDERANDO o disposto no Decreto-Lei 938, de 13 de outubro de 1969; 
 CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 80, de 09 de maio de 1987; 
 CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 362, de 20 de maio de 
2009; 
 CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 370, de 06 de novembro de 
2009; 
 CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 377, de 11 de junho de 
2010; 
 CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 381, de 03 de novembro de 
2010; 
 CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 387, de 08 de junho de 
2011; 
 CONSIDERANDO a Ética Profissional do Fisioterapeuta, que é disciplinada por meio 
do seu Código Deontológico Profissional; 
 RESOLVE: 
 Art. 1º – Disciplinar a atividade do Fisioterapeuta no exercício da Especialidade 
Profissional em Fisioterapia Dermatofuncional. 
 Art. 2º – Para efeito de registro, o título concedido ao profissional Fisioterapeuta será 
de Especialista Profissional em Fisioterapia Dermatofuncional; 
 Art. 3º – Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia 
Dermatofuncional é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de Competência: 
o I – Realizar consulta fisioterapêutica, anamnese, solicitar e realizar interconsulta e 
encaminhamento; 
o II – Realizar avaliação física e cinésiofuncional específica do cliente/paciente/usuário 
dermatofuncional; 
o III – Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes funcionais; 
o IV – Solicitar, realizar e interpretar exames complementares; 
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111 
o V – Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico; 
o VI – Planejar e executar medidas de prevenção e redução de risco; 
o VII – Prescrever e executar recursos terapêuticos manuais; 
o VIII – Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses e tecnologia assistiva; 
o XIX – Aplicar métodos, técnicas e recursos terapêuticos manuais; 
o X – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-mecano-
terapêutico, massoterapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, fototerapêutico, 
eletroterapêutico, sonidoterapêutico, aeroterapêuticos entre outros; 
o XI – Aplicar medidas de controle de infecção hospitalar; 
o XII – Realizar posicionamento no leito, sedestação, ortostatismo, deambulação, 
orientar e facilitar a funcionalidade do cliente/paciente/usuário; 
o XIII – Prevenir, promover e realizar a recuperação do sistema tegumentar no que se 
refere aos distúrbios endócrino, metabólico, dermatológico, linfático, circulatório, 
osteomioarticular e neurológico como as disfunções de queimaduras, hanseníase, 
dermatoses, psoríase, vitiligo, piodermites, acne, cicatrizes aderentes, cicatrizes 
hipertróficas, cicatrizes queloideanas, cicatrizes deiscências, úlceras cutâneas, obesidade, 
adiposidade localizada, fibroedema gelóide, estrias atróficas, envelhecimento, 
fotoenvelhecimento, rugas, flacidez, hipertricose, linfoedemas, fleboedemas, entre outras, 
para fins de funcionalidade e/ou estética; 
o XIV – Prevenir, promover e realizar a atenção fisioterapêutica pré e pós-operatória de 
cirurgias bariátricas, plásticas reparadoras, estéticas, entre outras; 
o XV – Determinar as condições de alta fisioterapêutica; 
o XVI – Prescrever a alta fisioterapêutica; 
o XVII – Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, 
tratamento, evolução, interconsulta, intercorrências e alta fisioterapêutica; 
o XVIII – Emitir laudos, pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos. 
o XIX – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e na 
prevenção de riscos ambientais e ocupacionais. 
 Art. 4º – O exercício profissional do Fisioterapeuta Dermatofuncional é condicionado 
ao conhecimento e domínio das seguintes áreas e disciplinas, entre outras: 
 I – Anatomia geral dos órgãos e sistemas e em especial dos sistemas tegumentar, 
cardiorespiratório, circulatório, linfático, metabólico e endócrino; 
 II – Biomecânica; 
 III – Fisiologia humana geral; 
 IV – Fisiopatologia aplicada aos sistemas tegumentar, cardiorespiratório, digestório, 
circulatório, linfático, metabólico e endócrino; 
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112 
 V – Biologia e histologia dos sistemas tegumentar, cardiorespiratório, digestório, 
circulatório, linfático, metabólico e endócrino; 
 VI – Semiologia dos sistemas tegumentar, cardiorespiratório, digestório, circulatório, 
linfático, metabólico e endócrino; 
 VII – Endocrinologia e suas correlações com os sistemas tegumentar, 
cardiorespiratório, digestório, circulatório e linfático; 
 VIII – Instrumentos de medida e avaliação da Dermatofuncional; 
 IX – Farmacologia aplicada a Dermatofuncional; 
 X – Cosmetologia; 
 XI – Técnicas e recursos tecnológicos; 
 XII – Próteses, Órteses e Tecnologia Assistiva; 
 XIII – Humanização, 
 XIV – Ética e Bioética. 
 Art. 5º – Para efeito de registro das áreas de atuação desta especialidade, são 
reconhecidas as seguintes: 
 I – Fisioterapia Dermatofuncional no Pré e Pós-operatório de Cirurgia Plástica; 
 II – Fisioterapia Dermatofuncional no Pré e Pós-operatório de Cirurgia Bariátrica; 
 III – Fisioterapia Dermatofuncional em Angiologia e Linfologia; 
 IV – Fisioterapia Dermatofuncional em Dermatologia; 
 V – Fisioterapia Dermatofuncional em Estética e Cosmetologia; 
 VI – Fisioterapia Dermatofuncional em Endocrinologia; 
 VII – Fisioterapia Dermatofuncional em Queimados. 
o §1°: O COFFITO disporá acerca do Certificado das áreas de atuação do Especialista 
Profissional em Fisioterapia Dermatofuncional, nos termos do Título VII da Resolução 
COFFITO 377/2010. 
o §2°: Transcorrido prazo mínimo de seis meses a contardo registro de especialidade, 
o profissional poderá requerer o certificado de área de atuação e seu respectivo registro, 
devendo atender os critérios definidos em Portaria editada pelo presidente do COFFITO. 
 Art. 6º – O Fisioterapeuta especialista profissional em Fisioterapia Dermatofuncional 
pode exercer as seguintes atribuições, entre outras: 
 I – Coordenação, supervisão e responsabilidade técnica; 
 II – Gestão; 
 III – Gerenciamento; 
 IV – Direção; 
 V – Chefia; 
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113 
 VI – Consultoria; 
 VII – Auditoria; 
 VIII – Perícia. 
 Art. 7º – A atuação do Fisioterapeuta Dermatofuncional se caracteriza pelo exercício 
profissional em todos os níveis de atenção à saúde, em todas as fases do desenvolvimento 
ontogênico, com ações de prevenção, promoção, proteção, educação, intervenção, 
recuperação e reabilitação do cliente/paciente/usuário, nos seguintes ambientes, entre 
outros: 
 I – Hospitalar; 
 II – Ambulatorial (clínicas, consultórios, centros de saúde); 
 III – Domiciliar e Home Care; 
 IV – Públicos; 
 V – Filantrópicos; 
 VI – Militares; 
 VII – Privados; 
 VIII – Terceiro Setor; 
 Art 8º – Os casos omissos serão deliberados pelo Plenário do COFFITO. 
 Art. 9º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
• ACÓRDÃO 293, DE 16 DE JUNHO DE 2012. TRATA DOS SEGUINTES 
PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PELA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL: LASER, 
LUZ INTENSA PULSADA, RADIOFREQUÊNCIA, CARBOXITERAPIA E PEELINGS. 
o O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso de 
suas atribuições e disposições regulamentares conferidas pela Lei nº 6.316, de 17 de 
dezembro de 1975, e a Resolução nº 181, de 25 de novembro de 1997. 
 Acordam os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional, reunidos na sessão da 225ª Reunião Plenária Ordinária, em aprovar por 
unanimidade a Normatização das Técnicas e recursos próprios da Fisioterapia 
Dermatofuncional. 
 O tratamento fisioterapêutico Dermatofuncional, assim como todos os outros 
tratamentos podem oferecer diferentes graus de risco à saúde da população. Assim, mister 
se dá primeiro, definir risco. 
 Para a ANVISA risco é a probabilidade de um efeito adverso à saúde causado por 
um perigo ou perigos existentes, sendo o perigo o componente que tem potencial de 
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114 
oferecer risco. Sendo assim, a segurança do paciente/cliente consiste em reduzir o risco de 
danos desnecessários/evitáveis relacionados aos cuidados de saúde a um mínimo aceitável. 
 O Bioethics Thesaurus caracteriza risco como sendo a probabilidade de ocorrência 
de um evento desfavorável. Define risco em saúde como o perigo potencial de ocorrer uma 
reação adversa à saúde. Engloba uma variedade de probabilidades incluindo aquelas 
baseadas em dados estatísticos ou em julgamentos subjetivos. 
 A Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde define risco como a 
possibilidade de danos à dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou 
espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrente. 
 Para o COFFITO, risco, independente do seu nível, decorre do exercício profissional 
sem a observância das regulamentações técnicas estabelecidas por esta Autarquia, nos 
termos de sua competência legal. 
 Por segurança da população assistida os serviços de fisioterapia devem ser capazes 
de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo aos requisitos da 
legislação e regulamentos vigentes. 
 De acordo com a Resolução COFFITO 8, artigo III, são recursos terapêuticos a ação 
isolada ou concomitante de agente termoterapêutico, crioterapêutico, hidroterapêutico, 
aeroterapêutico, fototerapêutico, eletroterapêutico, sonidoterapêutico, massoterapêutico, 
mecanoterapêutico, cinesioterapêutico motor e cardiorespiratório e utilização de órteses e 
próteses. 
 A fisioterapia Dermatofuncional utiliza ainda a cosmetologia (RDC/ANVISA 79/00) e 
acupuntura (Resolução COFFITO 219/00) como recursos terapêuticos, podendo também 
lançar mão das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (Resolução COFFITO 
380/10), tecnologias assistivas, entre outros. 
 Este parecer trata dos seguintes procedimentos utilizados pela Fisioterapia 
Dermatofuncional: LASER, Luz Intensa Pulsada, Radiofrequência, Carboxiterapia e 
Peelings, tomando por base documento produzido pelo GT de Fisioterapia Dermatofuncional 
do COFFITO (2011). 
 LASER: 
o O termo laser é abreviação do termo inglês Light Amplification by Stimulated 
Emission of Radiation, sendo um tipo de energia luminosa que possui características 
próprias que o diferenciam de outras fontes similares. É uma radiação não ionizante, 
monocromática, colimada e polarizada (Baxter, 2003). 
o Baseada na evolução das tecnologias Laser e na teoria da fototermólise seletiva, 
novas indicações terapêuticas passaram a ser utilizadas como para lesões 
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115 
hiperpigmentadas e hipopigmentadas, fotoenvelhecimento, epilação e lesões vasculares 
periféricas. 
o O laser de baixa potência cada vez mais é utilizado em várias aplicações clínicas. Ao 
contrário dos lasers de alta potência, os soft lasers emitem luz em baixa densidade de 
energia e promove certas reações bioquímicas sem induzir a efeitos térmicos nos tecidos 
subjacentes (Kreisler et al., 2003). 
o Conclui-se que a utilização dos Lasers classificados como cirúrgicos ou de alta 
potência (Power-Laser) não são recomendados para o uso do fisioterapeuta. Os demais 
tipos de lasers de baixa e média potência não ablativos utilizados para epilação, discromias, 
envelhecimento cutâneo, flacidez tegumentar, lesões vasculares estão entre os recursos 
fototerápicos mencionados na Resolução COFFITO 8, portanto, entende-se que a utilização 
dos Lasers não ablativos é considerado como de uso próprio do fisioterapeuta. 
 Luz intensa pulsada: 
o Luz intensa pulsada, erroneamente denominada de lasers, apresenta ações 
similares, nos quais o espectro de radiação produzida abrange vários comprimentos de 
onda simultaneamente (de 50 a 900 nm). 
o A diversidade de comprimentos de onda utilizados nos aparelhos de luz intensa 
pulsada possibilita o tratamento de indivíduos de diferentes fototipos de pele, bem como, 
várias aplicações: epilação, remoção de manchas e tatuagens, rejuvenescimento não-
ablativo e lesões vasculares (Maio, 2004; Osório, Torrezan, 2002). 
o Conclui-se que a luz intensa pulsada é considerada uma fonte de luz não laser, 
gerada por lâmpadas, resultando na emissão de calor e radiação luminosa, sendo, portanto, 
classificada como um recurso fototermoterapeutico próprio do fisioterapeuta. 
 Para os procedimentos citados acima (Lasers e Luz Intensa Pulsada) é necessário 
que o fisioterapeuta observe os seguintes critérios: 
o I. Utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou registro pela ANVISA e 
manter em seu poder tais documentos comprobatórios para fins de fiscalização do 
CREFITO de sua circunscrição; 
o II. Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, nunca se 
ausentando, em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento é realizado. 
o III. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo 
dele a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
o IV. Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento. 
o V. Aplicar os princípios da biossegurança; 
o VI. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e 
segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor. 
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116 
 Radiofrequência: 
o A radiofrequencia é um tipo de radiação eletromagnética que em frequências mais 
elevadas gera calor nos tecidos biológicos. O principal efeito da sua utilização é o estímulo 
na produção de fibras colágenas, que resulta na melhora do aspecto da pele, sendoindicada em alterações cutâneas como flacidez cutânea e rugas, dentre outras. 
o A técnica é considerada não ablativa, induzindo a produção de colágeno sem ruptura 
da pele. 
o Conclui-se que o princípio de funcionamento da radiofrequência se enquadra dentro 
dos recursos físicos de tratamento, especificamente a termoterapia. Os efeitos adversos 
podem ser bem controlados e na sua maioria são passageiros. Os riscos de lesões por 
queimadura podem ser evitados e ou minimizados com a aquisição de habilidades e 
competências específicas de avaliação, indicação e de execução da técnica de aplicação 
bem como a eficiência de resultado. 
 Para o procedimento citado acima é necessário que o fisioterapeuta observe os 
seguintes critérios: 
o I. Utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou registro pela ANVISA e 
manter em seu poder tais documentos comprobatórios para fins de fiscalização do 
CREFITO de sua circunscrição; 
o II. Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, nunca se 
ausentando, em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento é realizado. 
o III. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo 
dele a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
o IV. Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento; 
o V. Aplicar os princípios da biossegurança; 
o VI. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e 
segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
 PEELING 
o É considerado como agente indutor da descamação controlada, conduzindo diversas 
reações na pele como espessamento da epiderme, aumento de volume da derme, liberação 
de mediadores de inflamação e citocinas, além da reorganização de elementos estruturais. 
Podem ser classificados como químicos ou físicos. 
o Peeling físico: 
 Varia desde receitas caseiras como cristais de açúcar, lixas, cremes abrasivos com 
microesferas de material plástico, até os aparelhos de microdermoabrasão por fluxo de 
cristais ou as lixas de ponta de diamante (Quiroga e Guillot, 1986), além do ultrassônico. 
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117 
 Dermoabrasão trata-se de uma esfoliação até o limite dermoepidérmico com objetivo 
de aumentar a nutrição pelo estímulo dérmico (Sabatovich et al., 2004; Ruiz, 2004; 
Rusenhac, 2006) e estimular a proliferação de fibroblastos e, consequentemente, do 
colágeno pela injúria intraepidérmica repetida (Shepall et al., 2004). 
 As reações decorrentes da aplicação do peeling superficial (sensação de ardência, 
queimação, eritema e edema), podem ser controladas por meio dos recursos próprios da 
fisioterapia. 
o Peeling químico: 
 Uso de substâncias químicas isoladas ou combinadas no intuito de obter-se o agente 
mais adequado para cada caso para graus variados de esfoliação (Ghersetich et al., 1997; 
Monheit, 2001). Divide-se os peelings químicos em: 
 - Muito superficial, que atinge as camadas córnea e granulosa; 
 - Superficial, atinge a epiderme; 
 - Médio atinge a derme papilar; 
 - Profundo que atinge a derme reticular (Camacho, 2004, Zakapoulou, 
Kontochristopoulos, 2006). 
 Conclui-se que o fisioterapeuta não deve aplicar procedimentos de peeling cuja 
profundidade ultrapasse o limite da epiderme. 
o Para os procedimentos citados acima é necessário que o fisioterapeuta observe os 
seguintes critérios: 
 I. Quando for o caso, utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou 
registro pela ANVISA e manter em seu poder tais documentos comprobatórios para fins de 
fiscalização do Crefito de sua circunscrição; 
 II. Quando o tratamento envolver peeling mecânico; 
 III. Aplicar os princípios da biossegurança para prevenir infecções cruzadas e 
descarte de respectivo material; 
 IV. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e 
segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
 V. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo 
dele a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
 VI. Manter registro em prontuário de todas as etapas da técnica. 
 Carboxiterapia: 
o A carboxiterapia é uma técnica onde se utiliza o gás carbônico (dióxido de carbono 
ou CO2 ou anidro-carbônico) injetado no tecido transcutâneo, estimulando assim efeitos 
fisiológicos como melhora da circulação e oxigenação tecidual, angiogênese e incremento 
de fibras colágenas, podendo ser utilizado no tratamento do fibro edema gelóide, de 
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118 
lipodistrofias localizadas, além da melhora da qualidade da cicatriz, melhora da elasticidade 
e irregularidade da pele (Brandi et al., 2001, 2004; Hidekazul, et al., 2005, Goldman et al., 
2006; Worthington, Lopez, 2006, Lee, 2008, Nach, et al., 2010). 
o A carboxiterapia por sua complexidade é admitida pelo COFFITO como técnica de 
risco, factível de desenvolver efeitos adversos. 
o Como se trata de procedimento de risco é recomendável ao fisioterapeuta ser 
especialista profissional em fisioterapia Dermatofuncional e ainda observar os critérios 
abaixo especificados: 
 I. No caso de profissional capacitado, porém que ainda não é especialista 
profissional, apresentar junto ao Crefito documentos que comprovem devida habilitação para 
atuar com a técnica; 
 II. Comprovar junto ao CREFITO de sua circunscrição conhecimento teórico e prático 
de primeiros socorros por meio de certificado de conclusão de curso de suporte básico de 
vida (Basic Life Support, BLS); ou outro que garanta a formação necessária para os 
primeiros socorros; 
 III. Utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou registro pela ANVISA e 
manter em seu poder tais documentos comprobatórios para fins de fiscalização do 
CREFITO de sua circunscrição; 
 IV. Garantir a adequada remoção do cliente/paciente/usuário para unidades 
hospitalares em caso de indubitável urgência e emergência; 
 V. Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, nunca se 
ausentando, em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento é realizado; 
 VI. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo 
a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
 VII. Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento; 
 VIII. Aplicar os princípios da biossegurança para prevenir infecções cruzadas e 
descarte de respectivo material; 
 IX. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e 
segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor. 
 
• ACÓRDÃO Nº 65, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2015. SOBRE A UTILIZAÇÃO PELO 
FISIOTERAPEUTA DA TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE COMO RECURSO 
TERAPÊUTICO. 
o Os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, 
reunidos na 258ª Reunião Plenária Ordinária, no uso de suas atribuições e disposições 
regulamentares, conferidas pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e pela 
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119 
Resolução-COFFITO nº 413/2012, ACORDAM em aprovar, por unanimidade, a utilização 
pelo Fisioterapeuta da Terapia por Ondas de Choque como recurso terapêutico, nos termos 
do parecer técnico que passará a fazer parte integrante do presente Acórdão, a saber: 
 PARECER TÉCNICO 
 INTRODUÇÃO 
 A chamada Terapia por Ondas de Choque (TOC), do inglês Shock Wave Therapy 
(SWT), que pode ser extracorpórea radial, chamada de Radial Shock Wave Therapy 
(RSWT), ou Focal/Planar, do inglês Focused/Planar Shock Wave Therapy (ESWT/PSWT), 
faz parte do arsenal de recursos terapêuticos dentro da Fisioterapia, inserido na área maior 
chamada de “Agentes Eletrofísicos”, utilizados para terapia de variadas situações, na 
dependência das evidências científicas publicadas, assim como da experiência clínica e 
expertise dos envolvidos neste tipo de atividade. Dentre os agentes estudados nesta área, 
estão os eletroestimuladores, as fontes de fototerapia(como ultravioleta, infravermelho, 
LEDs ou lasers), os equipamentos de ondas curtas, o ultrassom, as vibrações e as Ondas 
de Choque. Estes três últimos métodos de tratamento têm semelhanças entre si pelas 
características de ação sobre os tecidos biológicos. 
 Ondas de Choque são um distúrbio de pressão que se propaga rapidamente por um 
meio. Pode ser definido como uma onda de compressão de grande amplitude como as 
produzidas por explosões ou jatos supersônicos sobre um meio. As Ondas de Choque 
utilizadas clinicamente são, na realidade, uma espécie de explosão controlada (OGDEN et 
al., 2001). 
 HISTÓRICO 
 As Ondas de Choque foram inicialmente empregadas como um tratamento não 
invasivo de pedras nos rins, nos anos 1970, e se tornaram tratamento para esse desarranjo 
no início dos anos 1980. Nas experimentações com modelos animais foi identificado que 
essas Ondas de Choque tinham efeitos sobre os ossos e isso levou a uma série de outras 
experimentações, observando-se os efeitos dessas ondas no osso e na cartilagem e 
associado a tecidos moles (tendões, ligamentos e fáscia), tornando-se uma intervenção que 
aumentou a sua utilização. Nos anos 1990 foram reportados os primeiros artigos utilizando 
Ondas de Choque como técnica terapêutica para alterações de tecidos moles, mais 
comumente a tendinite calcária e, posteriormente, uma variedade de tendões, ligamentos e 
outros tecidos similares. 
 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 
 As Ondas de Choque têm uma pressão tipicamente na ordem de 35-120MPa 
(SPEED, 2004). Produzem uma rápida elevação da pressão, usualmente, menos que 10 
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120 
nanossegundos, e uma curta duração, em torno de 10 microssegundos. O feixe efetivo é 
fino, entre 2-8mm de diâmetro. 
 As intensidades são normalmente divididas em 3 faixas: baixa intensidade, acima de 
0,08 até 0,28mJ/mm2; média intensidade, entre 0,28 e 0,6mJ/mm2; e alta intensidade, 
acima de 0,6mJ/mm2. 
 EFEITOS COLATERAIS E ADVERSOS 
 As Ondas de Choque de alta energia mostraram ter alguns efeitos prejudiciais em 
tecidos moles, mas algo que não acontece quando se utilizam as doses corretas para 
terapia. Para algumas situações pode haver produção de dor, principalmente, se utilizadas 
doses médias ou altas como consequência. Ondas de Choque no tendão, quando aplicadas 
em modelos animais, com dosagem de 0,6mJ/mm2, mostraram provocar efeitos deletérios 
sobre vasos sanguíneos locais (ROMPE et al., 1998). 
 Quando os níveis de energia aplicados estiverem na faixa entre baixa e média não 
há relatos de efeitos adversos significantes. Alguns relatos de dor ou desconforto durante e, 
algumas vezes, após o tratamento podem ser comuns por períodos relativamente curtos (de 
1 a 2 dias). É interessante, neste sentido, advertir o paciente sobre esta possibilidade antes 
da aplicação do tratamento. Pode haver, também, algumas irritações de pele suaves, 
avermelhamento e parestesia, mas esses efeitos, em geral, são transitórios (WANG et al., 
2012). 
 DOSAGEM TERAPÊUTICA 
 Em adição à energia aplicada em mJ/mm2, cujos níveis variam entre baixos e 
médios, outros fatores importantes são relacionados. 
 1. Números de disparos: usualmente entre 1000 e 1500, como a maioria dos ensaios 
clínicos demonstraram, porém algumas autoridades no assunto sugerem superior a 2000. 
Por outro lado, outros autores sugerem o número tão pequeno quanto 100 disparos, mas é 
mais comum encontrar acima de 500. 
 2. Número de aplicações: há evidências que uma única aplicação possa ser eficiente, 
mas a maioria dos resultados de pesquisas clínicas usam entre 3 e 5 sessões, sugerindo 
que possam ser necessárias até 7 sessões para lesões renitentes e, geralmente, com baixa 
energia. 
 3. Frequência: o período ótimo entre sessões de tratamentos é de uma semana, 
mas, a critério do terapeuta, este período pode ser reduzido ou aumentado de acordo com 
as condições do paciente e com a resposta deste à terapêutica. 
 EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS 
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121 
 Entre as aplicações mais comuns com resultados já comprovados na literatura estão 
os casos de tendinites calcárias, fasceíte plantar, bursites, epicondilites, tendinopatias de 
diversas origens, entre outras, além de inativação de pontos gatilho da síndrome miofascial. 
 Numa revisão sistemática publicada numa revista típica dos profissionais de 
Fisioterapia (Manual Therapy), os autores acharam fortes ou moderadas evidências de seus 
efeitos em tendinose do manguito rotador com calcificação em curto prazo ou longo prazo 
com altas e baixas doses, respectivamente, num lote de 11 Ensaios Clínicos Controlados e 
Aleatorizados (do inglês, RCTs). No mesmo estudo, os autores observaram que para 
tendinose sem calcificação houve apenas 6 RTCs com um nível de evidência limitada para 
médias intensidades, normalmente associadas com cinesioterapia (terapia por exercícios), 
mas com ressalvas, pois não se achou estudos com Ondas de Choque de Alta Intensidade, 
o que faz os autores indicarem que se realizem estudos nestas condições para submissão e 
avaliação no futuro (HUISSTEDE et al., 2011). Vale ressaltar que, nesta metanálise, os 
autores comparam com variados métodos de Fisioterapia, para viabilizar a escolha mais 
acertada para o profissional que vai realizar o tratamento para estes casos. 
 Confirmação neste sentido vem da revisão sistemática e metanálise com avaliação 
de seis meses após o tratamento, que demonstrou uma efetividade maior do tratamento 
pelas Ondas de Choque sobre a reabsorção da calcificação do ombro, em 4 de 6 estudos 
analisados. IOPPOLO et al. (2013) relatam ainda uma melhora da dor e função articular do 
ombro com persistência dos resultados após seis meses. 
 Num outro trabalho de revisão, no qual vários fisioterapeutas realizam as análises, 
houve um detalhamento da qualidade metodológica dos trabalhos, em que a maioria esteve 
em 7 na escala até 10. No entanto, houve evidências de vantagens clínicas na utilização das 
Ondas de Choque em tendinites calcárias do ombro, com alguns trabalhos mostrando 
alguma efetividade de longo prazo (mais de um ano), porém com poucos trabalhos 
realizados com este objetivo (médio prazo), para que se pudesse conseguir estabelecer um 
guia seguro de dosagens para aplicações (LEE et al., 2011). 
 Numa revisão sistemática e metanálise realizada por CHANG et al. (2012) há 
evidências que suportam a Terapia por Ondas de Choque como tratamento para fasceíte 
plantar. As taxas de sucesso do tratamento não foram relacionadas com os níveis de 
energia, enquanto a magnitude da redução da dor tem uma suave relação com a dose-
resposta. Com a modalidade de Ondas de Choque focalizadas foi relacionada com as 
energias maiores e mais toleráveis na faixa de média intensidade. No entanto, foi preferível 
por parte dos pacientes o uso das Ondas de Choque radiais no tratamento da fasceíte 
plantar, pelo seu preço menor e por ser mais efetiva na prática clínica (o chamado custo-
efetividade do tratamento). 
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122 
 Outra área em que estão sendo usada as Ondas de Choque para terapia é na 
enfermidade de Peyronie, que é a enduração dolorosa do pênis com alteração da sua forma, 
devido a uma fibrose intensa do corpo cavernoso. Na metanálise realizada por HAUCK et al. 
(2004) foi analisada a eficiência da terapia nestes casos para dor e função sexual, com 
vantagens em relação a evolução natural da doença. 
 Uma área que mais recentemente tem sido explorada em tratamentos com Ondas de 
Choque é a de reparação tecidual para feridas abertas. Seis publicações relatando 
resultados de outros estudos clínicos foram identificadas, incluindo um total de 523 
pacientes. As Ondas de Choque foram mais comumente aplicadas uma ou duas vezes por 
semana, usando baixa ou média energia, com geradores focalizados ou desfocados (faixa 
de energia 0,03 a 0,25 mJ/mm2; usualmente de 0,1 mJ/mm2). Algumas preocupaçõescom 
a segurança foram relatadas e, em estudos clínicos controlados, nos quais diferenças 
estatisticamente significativas nas taxas de fechamento de feridas foram relatadas em 
comparação com uma variedade de modalidades convencionais de tratamentos tópicos ou 
mesmo tratamento simulado ou oxigenoterapia hiperbárica. Com base nesta análise, as 
Ondas de Choque podem ser caracterizadas como não invasivas. Ensaios clínicos cegos, 
controlados, randomizados, multicêntricos ainda são necessários para avaliar a eficácia e 
custo-efetividade das Ondas de Choque em relação a outros tipos de tratamentos 
adjuvantes em feridas, com curativos fechados e úmidos, que são comumente usados 
nestes casos (DYMARECK et al., 2014). 
 INDICAÇÕES MAIS COMUNS 
 A lista de indicações a seguir está baseada na literatura consultada, as condições de 
dose, intensidade, protocolo de tratamento, a frequência de tratamento e outras, podem ser 
mais adequadas ou melhoradas a partir de novos dados que surgirem de pesquisa científica 
publicada na tentativa de consolidar as indicações com maior precisão. 
 As indicações a seguir são uma sugestão do que já existe na literatura, porém as 
fundamentações mais importantes já foram citadas alhures: Tendinite Calcificante; dores no 
ombro com ou sem calcificação; Tendinopatias; Tendinite Trocantérica; Síndrome Patelar 
(Joelho de Saltador); Síndrome do Tibial Anterior; Aquilodínea; Fasceíte Plantar; Esporão de 
Calcâneo; entesopatias; Cervicalgia; Dorsalgia e Lombalgia aguda e crônica; alterações 
musculares, como entorse, distensão, espasmo, e outros; Metatarsalgia; Pseudoartrose 
(não união óssea ou retardo de consolidação); Trigger Points superficiais e profundos; 
Reparo Tecidual (feridas abertas, fibrose e outras); Celulite; tratamento da dor. 
 CUIDADOS, PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES 
 A lista a seguir foi compilada pelas melhores evidências e pelas opiniões dos experts 
mais envolvidos com a terapia e isto pode ser uma abordagem bastante conservadora, mas 
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123 
em muitas terapias emergentes podem, eventualmente, surgir novos efeitos colaterais ainda 
não aparecidos anteriormente e que devem ser comunicados ao Conselho Federal de 
Fisioterapia e Terapia Ocupacional. 
o • Tecido pulmonar deve ser evitado, porque pode ser danificado; 
o • A epífise deve ser considerada uma área a ser evitada por não se saber os efeitos 
de longo prazo; 
o • Pacientes com hemofilia ou com terapia anticoagulante não devem ser tratados 
com Ondas de Choque (pode haver o aparecimento de petéquias e ruptura da rede 
microvascular); 
o • Tumores malignos se mantêm na lista de contraindicações tanto quanto para outras 
modalidades porque não se sabe o quanto pode produzir de crescimento e de espalhamento 
do tecido maligno; 
o • Implantes metálicos baseado em fixações mecânicas no osso parecem não ser um 
problema, porém stents cardíacos implantados e válvulas cardíacas não foram 
completamente avaliados; 
o • Marca-passo; 
o • Útero gravídico não se encontra na literatura, entretanto por uma questão ética 
deve-se evitar; 
o • Endopróteses deve ser evitado em próteses com cimentação cirúrgica, tendo em 
vista que há possibilidade do desprendimento da prótese por ação da onda de choque. 
 CRITÉRIOS DE SEGURANÇA 
 Para segurança dos pacientes que se utilizarão do recurso das Ondas de Choque 
radiais ou focais deve haver por parte do profissional fisioterapeuta cuidados com a 
utilização de gel condutor de preferência antialérgico em quantidade suficiente para um bom 
acoplamento, adequação da dose (intensidade, número de disparos, pressão e tempo de 
atuação) a ser utilizada em função da enfermidade ou lesão a ser tratada. Deve-se 
posicionar adequadamente o paciente de acordo com a região corporal a ser tratada e 
respeitar os limites sensoriais ou incômodo importante. 
 RECOMENDAÇÕES GERAIS 
 I. Os parâmetros de programação do equipamento devem seguir aqueles que já 
foram previamente testados e publicados na literatura específica; 
 II. Informar ao paciente que há chances de apresentar dor ao procedimento, que 
deverá ser reduzida em 24-48 horas após o tratamento; 
 III. Informar também ao paciente que há o envolvimento possível de risco de 
ineficácia do tratamento e deverá ser colhida assinatura no Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido (TCLE); 
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124 
 IV. A TOC faz parte dos procedimentos fisioterapêuticos utilizados pelo fisioterapeuta 
os quais podem e devem ser aplicados em associação a outros recursos 
eletrotermofototerapêuticos complementares, a fim de evitar efeitos indesejados ao paciente 
como dor e/ou desconforto quando da sua aplicação; 
 V. Interromper o procedimento caso haja alguma reação inesperada ou adversa; 
 VI. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e 
segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
 VII. Tomar as providências com relação à Biossegurança. 
 CONCLUSÃO 
 Há plenas possibilidades de aquisição dos equipamentos de Ondas de Choque em 
qualquer parte do mundo por profissionais da área de saúde. Em grandes eventos da área 
de Fisioterapia tem sido apresentada uma variedade de modelos com diferentes controles 
de intensidade, diferentes sistemas de funcionamento e com amplitudes controláveis, 
frequências ajustáveis e com várias ponteiras (do inglês, probes) para tratamento. Servem 
para Ondas de Choque radiais ou focais, dependendo do formato e da estruturação da 
probe, como anteparos de água para espalhamento do feixe de ondas ou para focalização. 
 Toda fundamentação relacionada à Terapia por Ondas de Choque se baseia na 
física e nos efeitos fisiológicos causados por ela. Ou seja, segue um protocolo já bastante 
conhecido pelos profissionais fisioterapeutas que estudam os agentes eletrofísicos durante o 
curso de graduação e outros que até se especializam nestas terapias em cursos de pós-
graduação. Portanto, o profissional fisioterapeuta é certamente um dos profissionais da 
saúde que conta em sua estrutura curricular com formação suficiente na área de “Agentes 
Eletrofísicos”, em que se inclui a Terapia por Ondas de Choque radiais e focais, estuda seu 
funcionamento, seus efeitos fisiológicos e terapêuticos, podendo aplicar e indicar sua 
aplicação, desde que respeitadas as contraindicações do método. 
 
FARMACÊUTICOS 
 
• RESOLUÇÃO Nº 573 DE 22 DE MAIO DE 2013. Dispõe sobre as atribuições do 
farmacêutico no exercício da saúde estética e da responsabilidade técnica por 
estabelecimentos que executam atividades afins. 
o Para ler a lei na íntegra acesse o link 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/573.pdf 
 O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições legais e 
regimentais, e considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e 
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125 
como Conselho de Profissão Regulamentada, exerce atividade típica de Estado, nos termos 
dos artigos 5º, inciso XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso XVI, todos da Constituição Federal; 
 considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado e que as ações e 
serviços de saúde são de relevância pública, nos termos dos artigos 196 e 197 da 
Constituição da República Federativa do Brasil, cabendo ao Poder Público a sua 
fiscalização; 
 Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções para eficiência da Lei 
Federal nº 3.820/60 e, ainda, compete-lhe o múnus de definir ou modificar a competência 
dos farmacêuticos em seu âmbito, de acordo com o artigo 6º, alíneas “g” e “m”, da norma 
assinalada; 
 Considerando, ainda, a outorga legal ao CFF de zelar pela saúde pública, 
promovendo ações de assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção à saúde, de 
acordo com a alínea “p”, do artigo 6º, da Lei Federal nº 3.820/60, com as alterações da Lei 
Federal nº 9.120/95; 
 Considerando a Lei Federal nº 8.078/90 (Código deProteção e Defesa do 
Consumidor), que estabelece que a proteção da saúde e segurança contra os riscos 
provocados 
 por práticas no fornecimento de serviços e um dos direitos básicos do consumidor; 
 Considerando que as empresas e estabelecimentos que explorem serviços para os 
quais é necessária a atividade de profissional farmacêutico, deverão provar perante os 
Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, que essas atividades são exercidas por 
profissionais habilitados e registrados, conforme disposto no artigo 24 de Lei nº 3.820/60; 
 Considerando os termos do decreto nº. 20.931, de 11 de janeiro de 1932, que regula 
e fiscaliza o exercício da medicina, odontologia, da medicina veterinária e dasprofissões de 
farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e estabelece penas; 
 Considerando que procedimentos invasivos não-cirúrgicos na área de estéticasão, 
também, de competência dos profissionais da área da saúde, inclusive o farmacêutico; 
 Considerando que os farmacêuticos atuam e desenvolvem de maneira 
interdisciplinar e participativa em ações e serviços de saúde, até mesmo as que tratam das 
disfunções metabólicas, dermatológicas e fisiológicas e que são soluções alternativas aos 
interesses da população; 
 Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde como 
um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de 
doença ou enfermidade; 
 Considerando a infra-estrutura mínima dos serviços de saúde, bem como os 
recursos materiais e instrumentais exigidos para esta atividade que é correlata com o 
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126 
profissional farmacêutico e, visando a prestação de assistência com dignidade que estão 
disciplinadas em normativas próprias, quer na esfera federal, estadual ou municipal e da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 
 RESOLVE: 
 Art. 1º – Reconhecer a saúde estética como área de atuação do farmacêutico. 
o Parágrafo único – Na área de saúde estética, o farmacêutico poderá ser o 
responsável técnico por estabelecimentos nos quais se utilizam técnicas de natureza 
estética e recursos terapêuticos para fins estéticos, desde que não haja a prática de 
intervenções de cirurgia plástica, devendo estar regularmente inscrito no Conselho Regional 
de Farmácia desua jurisdição. 
 Art. 2º – Constituem técnicas de natureza estética e recursos terapêuticosutilizados 
pelo farmacêutico em estabelecimentos de saúde estética: 
o I – avaliação, definição dos procedimentos e estratégias, acompanhamento e 
evolução estética; 
o II – cosmetoterapia; 
o III – eletroterapia; 
o IV – iontoforese; 
o V – laserterapia; 
o VI – luz intensa pulsada; 
o VII – peelings químicos e mecânicos; 
o VIII – radiofrequência estética; 
o IX – sonoforese (ultrassom estético). 
 Parágrafo único – O farmacêutico deve certificar-se de que o estabelecimento pelo 
qual assumirá a responsabilidade técnica encontra-se legalmente constituído e autorizado 
para o desempenho de suas atividades, especialmente junto ao Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária (SNVS). 
 Art. 3º – Caberá ao farmacêutico, quando no exercício da responsabilidadetécnica 
em estabelecimentos de saúde estética: 
o I - atuar em consonância com o Código de Ética da Profissão Farmacêutica; 
o II – apresentar aos órgãos competentes a documentação necessária àregularização 
da empresa, quanto à licença e autorização de funcionamento; 
o III - ter conhecimento atualizado das normas sanitárias vigentes que regem o 
funcionamento dos estabelecimentos de saúde estética; 
o IV – estar capacitado técnica, científica e profissionalmente para utilizar-se das 
técnicas de natureza estética e dos recursos terapêuticos especificadas no âmbito desta 
resolução; 
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127 
o V – elaborar Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) relativos às técnicas de 
natureza estética e recursos terapêuticos desenvolvidos, visando garantir a qualidade dos 
serviços prestados, bem como proteger e preservar a segurança dos profissionais e dos 
usuários; 
o VI – responsabilizar-se pela elaboração do plano de gerenciamento de resíduosde 
serviços de saúde, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde coletiva; 
o VII – manter atualizados os registros de calibração dos equipamentos utilizadosnas 
técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos; 
o VIII – garantir que sejam usados equipamentos de proteção individual durante a 
utilização das técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos, em conformidade com 
asnormas de biossegurança vigentes; 
o IX – cumprir com suas obrigações perante o estabelecimento em que atua, 
informando ou notificando o Conselho Regional de Farmácia e o SNVS sobre os 
fatosrelevantes e irregularidades que tomar conhecimento. 
 Art. 4º – Consideram-se para os fins desta resolução as definições de 
termos(glossário) contidas no Anexo. 
 Art. 5º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogandose as 
disposições em contrário. 
 
• RESOLUÇÃO Nº 586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013. Ementa: Regula a prescrição 
farmacêutica e dá outras providências. Para ler a lei na íntegra acesse o link 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/noticias/Resolução586_13.pdf 
o No mundo contemporâneo, os modelos de assistência à saúde passam por 
profundas e sensíveis transformações resultantes da demanda por serviços, da 
incorporação de tecnologias e dos desafios de sustentabilidade do seu financiamento. Esses 
fatores provocam mudanças na forma de produzir o cuidado à saúde das pessoas, a um 
tempo em que contribuem para a redefinição da divisão social do trabalho entre 
asprofissões da saúde. 
o A ideia de expandir para outros profissionais, entre os quais o farmacêutico, maior 
responsabilidade no manejo clínico dos pacientes, intensificando o processo de cuidado, 
tem propiciado alterações nos marcos de regulação em vários países. Com base nessas 
mudanças, foi estabelecida, entre outras, a autorização para que distintos profissionais 
possam selecionar, iniciar, adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia 
farmacológica. Essa tendência surgiu pela necessidade de ampliar a cobertura dos serviços 
de saúde e incrementar a capacidade de resolução desses serviços. 
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128 
o É fato que, em vários sistemas de saúde, profissionais não médicos estão 
autorizados a prescrever medicamentos. É assim que surge o novo modelo de prescrição 
como prática multiprofissional. Esta prática tem modos específicos para cada profissão e é 
efetivada de acordo com as necessidades de cuidado do paciente, e com as 
responsabilidades e limites de atuação de cada profissional. Isso favorece o acesso e 
aumenta o controle sobre os gastos, reduzindo, assim, os custos com a provisão de 
farmacoterapia racional,além de propiciar a obtenção de melhores resultados terapêuticos. 
o A literatura internacional demonstra benefícios da prescrição por farmacêuticos 
segundo diferentes modelos, realizada tanto de forma independente ou em colaboração com 
outros profissionais da equipe de saúde. O farmacêutico, neste último caso, prescreve 
medicamentos definidos em programas de saúde no âmbito dos sistemas públicos, em 
rotinas de instituições ou conforme protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas pré-
estabelecidos. 
o Esta resolução encerra a concepção de prescrição como a ação de recomendar algo 
ao paciente. Tal recomendação pode incluir a seleção de opção terapêutica, a oferta de 
serviços farmacêuticos, ou o encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde. 
o Vale ressaltar que concepções de prescrição farmacêutica encontram-se 
fragmentadas na legislação vigente, tanto sanitária como profissional. Esta resolução inova 
ao considerar a prescrição como uma atribuição clínica do farmacêutico, definir sua 
natureza, especificar e ampliar o seu escopo para além do produto e descrever seu 
processo na perspectivadas boas práticas, estabelecendo seus limites e a necessidade de 
documentar e avaliar as atividades de prescrição. 
o O Conselho Federal de Farmácia, ao regular a prescrição farmacêutica, o faz em 
consonância com as tendências de maior integração da profissão farmacêutica com as 
demais profissões da área da saúde, reforça a sua missão de zelar pelo bem-estar da 
população e de propiciar a valorização técnico-científica e ética do farmacêutico. 
o O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições previstas na Lei 
Federal nº 3.820, de 11 de novembro 1960, e considerando o disposto no artigo 5º, inciso 
XIII, da Constituição Federal, que outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, 
desde que atendidas as qualificações que a lei estabelecer; 
o Considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e, como 
entidade de profissão regulamentada, exerce atividade típica de Estado, nos termos do 
artigo 5º, inciso XIII; artigo 21, inciso XXIV e artigo 22, inciso XVI, todos da Constituição 
Federal; 
o Considerando a outorga legal ao CFF de zelar pela saúde pública, promovendo 
ações de assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção à saúde, de acordo com a 
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129 
alínea "p", do artigo 6º da Lei Federal nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, com as 
alterações da Lei Federal nº 9.120, de 26 de outubro de 1995; 
o Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções para eficácia da Lei 
Federal nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, e, que ainda, compete-lhe o múnus de definir 
ou modificar a competência dos profissionais de Farmácia em seu âmbito, conforme o artigo 
6º, alíneas “g” e “m”; 
o Considerando a Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre 
a proteção do consumidor e dá outras providências; 
o Considerando o Decreto Federal nº 85.878, de 7 de abril de 1981, que estabelece 
normas para execução da Lei Federal nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, que dispõe 
sobre o exercício da profissão farmacêutica, e dá outras providências; 
o Considerando as deliberações da Conferência Internacional sobre Cuidados 
Primários em Saúde realizada em Alma-Ata, promovida pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), de 6/12 de setembro de 1978; 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006, que aprova a 
Política de Promoção da Saúde; 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que 
estabelece diretrizes para a organização da rede de atenção à saúde no âmbito do sistema 
único de saúde (SUS); 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 3.124, de 28 de dezembro de 2012, que redefine 
os parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) 
Modalidades 1 e 2 às Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para 
populações específicas, cria a Modalidade NASF 3, e dá outras providências; 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 529, de 1º de abril de 2013, que institui o 
Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP); 
o Considerando a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 338, de 6 de 
maio de 2004, que aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, em particular o 
inciso IV do artigo 1º, no que se refere à atenção farmacêutica; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 386, de 12 de novembro de 2002, que dispõe 
sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domiciliar em equipes 
multidisciplinares; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 357, de 27 de abril de 2001, que aprova o 
regulamento técnico das boas práticas de farmácia; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 417, de 29 de setembro de 2004, que aprova o 
Código de Ética da Profissão Farmacêutica; 
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130 
o Considerando a Resolução/CFF nº 467, de 28 de novembro de 2007, que 
regulamenta e estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na manipulação 
de medicamentos e de outros produtos farmacêuticos; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 499, de 17 de dezembro de 2008, que dispõe 
sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, e dá outras 
providências, alterada pela Resolução/CFF nº505, de 23 de junho de 2009; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 546, de 21 de julho de 2011, que dispõe sobre a 
indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e o seu 
registro; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 555, de 30 de novembro de 2011, que 
regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da prática da 
assistência farmacêutica em serviços de saúde; 
o Considerando a Resolução/CFF no 585, de 29 de agosto de 2013, que regulamenta 
as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências; 
o Considerando a Instrução Normativa (IN) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa) nº 5, de 11 de abril de 2007, que dispõe sobre os limites sobre potência para o 
registro e notificação de medicamentos dinamizados; 
o Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Anvisa nº 138, de 29 de 
maio de 2003, que dispõe sobre o enquadramento na categoria de venda de medicamentos; 
o Considerando a RDC Anvisa nº 222, de 29 de julho de 2005, que aprova a 1ª Edição 
do Formulário Nacional, elaborado pela Subcomissão do Formulário Nacional, da Comissão 
Permanente de Revisão da Farmacopeia Brasileira (CPRVD); 
o Considerando a RDC Anvisa nº 26, de 30 de março de 2007, que dispõe sobre o 
registro de medicamentos dinamizados industrializados homeopáticos, antroposóficos e anti-
homotóxicos; 
o Considerando a RDC Anvisa nº 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas 
Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em 
Farmácias, alterada pela RDC Anvisa nº 87, de 21 de novembro de 2008; e, 
o Considerando a RDC Anvisa nº 44, de 17 de agosto de 2009, que dispõe sobre boas 
práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da 
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e 
drogarias e dá outras providências, 
• RESOLVE: 
o Art. 1º - Regulamentar a prescrição farmacêutica, nos termos desta resolução. 
o Art. 2º - O ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do farmacêutico 
legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição. 
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131 
o Art. 3º - Para os propósitos desta resolução, define-se a prescrição farmacêutica 
como ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não 
farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à 
promoção, proteção e recuperação da saúde, e àprevenção de doenças e de outros 
problemas de saúde. 
 Parágrafo único - A prescrição farmacêutica de que trata o caput deste artigo 
constitui uma atribuição clínica do farmacêutico e deverá ser realizada com base nas 
necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, em princípios 
éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes. 
o Art. 4º - O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes 
estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde 
que respeitado o princípio da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento. 
o Art. 5º - O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros 
produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, 
incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou 
dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de 
medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do 
farmacêutico. 
 § 1º - O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e 
habilidades clínicas que abranjam boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, 
comunicaçãointerpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. 
 § 2º - O ato da prescrição de medicamentos dinamizados e de terapias relacionadas 
às práticas integrativas e complementares, deverá estar fundamentado em conhecimentos e 
habilidades relacionados aestas práticas. 
o Art. 6º - O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija 
prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas 
quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados 
para uso no âmbito de instituições de saúde ou quandoda formalização de acordos de 
colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. 
 § 1º - Para o exercício deste ato será exigido, pelo Conselho Regional de Farmácia 
de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de especialista profissional 
farmacêutico na área clínica, com comprovação de formação que inclua conhecimentos e 
habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação 
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. 
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132 
 § 2º - Para a prescrição de medicamentos dinamizados será exigido, pelo Conselho 
Regional de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista em 
Homeopatia ou Antroposofia. 
 § 3º - É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do 
paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de colaboração, 
sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da justificativa correspondente, deverá 
ser comunicada ao outro prescritor. 
o Art. 7º - O processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes etapas: 
 I - identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde; 
 II - definição do objetivo terapêutico; 
 III - seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base em 
sua segurança,eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado; 
 IV - redação da prescrição; 
 V - orientação ao paciente; 
 VI - avaliação dos resultados; 
 VII - documentação do processo de prescrição. 
o Art. 8º - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que contribuam 
para a promoção da segurança do paciente, entre as quais se destacam: 
 I - basear suas ações nas melhores evidências científicas; 
 II - tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente; 
 III - considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de outros 
medicamentos, os hábitos de vida e o contexto de cuidado no entorno do paciente; 
 IV - estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão 
entregues ao paciente; 
 V - comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador, as suas 
decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de forma completa; 
 VI - adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da 
prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados. 
o Art. 9º - A prescrição farmacêutica deverá ser redigida em vernáculo, por extenso, de 
modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, sem 
emendas ou rasuras, devendo conter os seguintes componentes mínimos: 
 I - identificação do estabelecimento farmacêutico ou do serviço de saúde ao qual o 
farmacêutico está vinculado; 
 II - nome completo e contato do paciente; 
 III - descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes 
informações: 
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133 
 a) nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização, forma 
farmacêutica e via de administração; 
 b) dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento; 
 c)instruções adicionais, quando necessário. 
 IV - descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao 
cuidado do paciente,quando houver; 
 V - nome completo do farmacêutico, assinatura e número de registro no Conselho 
Regional de Farmácia; 
 VI - local e data da prescrição. 
o Art. 10 - A prescrição de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS), estará necessariamente em conformidade com a Denominação Comum Brasileira 
(DCB) ou, em sua falta, com a Denominação Comum Internacional (DCI). 
o Art. 11 - A prescrição de medicamentos, no âmbito privado, estará preferentemente 
em conformidade com a DCB ou, em sua falta, com a DCI. 
o Art. 12 - É vedado ao farmacêutico prescrever sem a sua identificação ou a do 
paciente, de forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou assinar folhas de receituários 
em branco. 
o Art. 13 - Será garantido o sigilo dos dados e informações do paciente, obtidos em 
decorrência da prescrição farmacêutica, sendo vedada a sua utilização para qualquer 
finalidade que não seja de interesse sanitário ou de fiscalização do exercício profissional. 
o Art. 14 - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá orientar suas ações de maneira 
ética, sempre observando o benefício e o interesse do paciente, mantendo autonomia 
profissional e científica em relação às empresas, instituições e pessoas físicas que tenham 
interesse comercial ou possam obter vantagens com a prescrição farmacêutica. 
o Art. 15 - É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio de propaganda e 
publicidade de qualquer natureza. 
o Art. 16 - O farmacêutico manterá registro de todo o processo de prescrição na forma 
da lei. 
o Art. 17 - Consideram-se, para os fins desta resolução, o preâmbulo, as definições de 
termos (glossário) e as referências contidas no Anexo. 
o Art. 18 - Esta resolução entrará em vigor nesta data, revogando-se as disposições 
em contrário. 
• RESOLUÇÃO Nº 616, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2015. ENTIDADES DE 
FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES LIBERAIS. CONSELHO FEDERAL 
DE FARMÁCIA DOU de 27/11/2015 (nº 227, Seção 1, pág. 228). Define os requisitos para o 
exercício do farmacêutico no âmbito da saúde estética. Para ler a lei na íntegra acesse o link 
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134 
http://www.lex.com.br/legis_27045719_RESOLUCAO_N_616_DE_25_DE_NOVEMBRO_DE
_2015.aspx 
o Define os requisitos técnicos para o exercício do farmacêutico no âmbito da saúde 
estética, ampliando o rol das técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos utilizados 
pelo farmacêutico em estabelecimentos de saúde estética. 
o O CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF), conforme as suas atribuições 
previstas na Lei Federal nº 3.820/60 e, considerando que o CFF, no âmbito de sua área 
específica de atuação e como entidade fiscalizadora de profissão regulamentada, exerce 
atividade típica de Estado, nos termos dos artigos 5º, inciso XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso 
XVI, todos da Constituição Federal; 
 Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções, competindo-lhe o múnus 
de definir ou modificar a competência dos farmacêuticos em seu âmbito, nos termos do 
artigo 6º, alíneas "g" e "m", da Lei Federal nº 3.820/60; 
 Considerando que, nos termos da Lei Federal nº 12.842/2013, apenas é ato privativo 
do profissional da medicina a indicação da execução e a execução de procedimentos 
invasivos, os quais são considerados tão somente a invasão dos orifícios naturais do corpo 
que atinjam órgãos internos; 
 Considerando que, no campo da estética, a identificação de tais procedimentos, ou 
seja, das intervenções para fins estéticos que atinjam órgãos internos, é que demarcará a 
área de atuação exclusiva dos médicos; 
 Considerando que os procedimentos que excedem a esse âmbito podem ser 
operados por outros profissionais da saúde, conforme a sua formação e especialização; 
 Considerando que o Conselho Federal de Medicina não reconhece a "Medicina 
Estética" como especialidade médica (Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial nº 
1.038.260, publicado no DJE de 10/02/2010); 
 Considerando que o Decreto Federal nº 77.052/76, abrangendo as atividades 
exercidas em institutos de esteticismo, determina que a verificação das condiçõesde 
exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares relacionadas diretamente com a 
saúde, pelas autoridades sanitárias no desempenho da ação fiscalizadora, observará a 
capacidade legal do agente, por meio do exame dos documentos de habilitação inerentes ao 
seu âmbito profissional ou ocupacional, compreendendo as formalidades intrínsecas e 
extrínsecas do diploma ou certificado respectivo, tais como o registro da expedição por 
estabelecimentos de ensino que funcionem oficialmente de acordo com as normas legais e 
regulamentares vigentes no País e inscrição dos seus titulares, quando for o caso, nos 
Conselhos Regionais pertinentes, ou em outros órgãos competentes previstos na legislação 
federal básica de ensino; 
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135 
 Considerando o artigo 25 do Decreto Federal nº 20.931/32, que dispõe que os 
procedimentos invasivos não cirúrgicos podem ser de competência dos profissionais da área 
da saúde, inclusive do farmacêutico; 
 Considerando a Lei Federal nº 13.021/2014, que dispõe que as farmácias de 
qualquer natureza poderão dispor, para atendimento imediato à população, de 
medicamentos, vacinas e soros que atendam o perfil epidemiológico de sua região 
demográfica; 
 Considerando a Resolução/CFF nº 239/92 e a Resolução/CFF nº 499/08, que 
atribuem ao farmacêutico a competência para aplicação de injetáveis; 
 Considerando a Resolução/CFF nº 573/2013, que dispõe sobre as atribuições do 
farmacêutico no exercício da saúde estética e da responsabilidade técnica por 
estabelecimentos que executam atividades afins; 
 Considerando os termos do OF. Circ. nº 07575-2013/Coord. Com./CFF, de 
10/12/2013; 
 Considerando que a Resolução/CFF nº 574/2013 garante ao farmacêutico a 
dispensação e aplicação de vacinas; 
 Considerando que a RDC nº 315/2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), considera como medicamentos biológicos vacinas, soros hiperimunes, 
hemoderivados, biomedicamentos, medicamentos obtidos a partir de fluidos biológicos ou 
de tecido de origem animal, medicamentos obtidos por procedimentos biotecnológicos, 
anticorpos monoclonais, medicamento contendo microrganismos vivos, atenuados ou 
mortos, probióticos e alérgenos; 
 Considerando que a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 44/2009, da Anvisa, 
prevê como prestação de serviço farmacêutico a aplicação de injetáveis; 
 Considerando que são exemplos de procedimentos invasivos não cirúrgicos o fio 
lifting de auto sustentação, a aplicação de toxina botulínica, o preenchimento dérmico, a 
carboxiterapia, a intradermoterapia/ mesoterapia, agulhamento e microagulhamento 
estético, conforme disposto nos Anexos I, II, III, IV e V, e os recursos para realização das 
referidas técnicas; 
 Considerando que as técnicas crioterápicas estéticas, como a criolipólise, são 
procedimentos não invasivos não cirúrgicos, conforme disposto no Anexo VI; 
 Considerando que o farmacêutico deve estar capacitado técnica, científica e 
profissionalmente para utilizar-se das técnicas de natureza estética e dos recursos 
terapêuticos especificados no âmbito desta Resolução, resolve: 
 Art. 1º - É atribuição do farmacêutico a atuação, nos estabelecimentos de saúde 
estética, nas técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos, especificados nos 
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136 
anexos desta Resolução, desde que para fins estritamente estéticos, vedando-se qualquer 
outro ato, separado ou em conjunto, que seja considerado pela legislação ou literatura 
especializada como invasivo cirúrgico. 
 Art. 2º - O farmacêutico é capacitado para exercer a saúde estética desde que 
preencha um dos seguintes requisitos: 
o I - ser egresso de programa de pós-graduação Lato Sensu reconhecido pelo 
Ministério da Educação, na área de saúde estética; 
o II - ser egresso de curso livre na área de estética, reconhecido pelo Conselho 
Federal de Farmácia; 
o III - que comprove experiência por, pelo menos, 2 (dois) anos, contínuos ou 
intermitentes, sobre a qual deverá apresentar os documentos a seguir identificados, 
comprovando a experiência profissional na área de saúde estética: 
 a) no caso do farmacêutico com vínculo empregatício, constitui documento 
obrigatório a declaração do empregador (Pessoa jurídica), em que deverá constar a 
identificação do empregador, com número do CNPJ e endereço completo expedido pelo 
setor administrativo da empresa, bem como a função exercida, com a descrição das 
atividades e a indicação do período em que foram realizadas pelo requerente; 
 b) no caso do farmacêutico como proprietário do estabelecimento de saúde estética, 
constitui documento obrigatório o contrato social da empresa e o alvará de funcionamento, 
além da função exercida, com a descrição das atividades e a indicação do período em que 
foram realizadas pelo requerente. 
 Art. 3º - Em função de sua qualificação para o exercício da saúde estética, o 
farmacêutico, nos estabelecimentos de saúde estética sob sua responsabilidade, é o 
responsável pela aquisição das substâncias e dos equipamentos necessários ao 
desenvolvimento das técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos. 
 Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se 
as disposições em contrário. 
 
• RESOLUÇÃO Nº 645, DE 27 DE JULHO DE 2017. Dá nova redação aos artigos 2º e 
3º e inclui os anexos VII e VIII da Resolução/CFF nº 616/15. Traz tabela de substâncias 
utilizadas nos procedimentos estéticos por farmacêuticos habilitados na estética. Para 
ter acesso a lei completa acesse 
http://www.lex.com.br/legis_27482775_RESOLUCAO_N_645_DE_27_DE_JULHO_DE_201
7.aspx 
o Dá nova redação aos artigos 2º e 3º e inclui os anexos VII e VIII da Resolução/CFF 
nº 616/15. 
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137 
o O CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF), conforme as suas atribuições 
previstas na Lei Federal nº 3.820/60 e, considerando que o CFF, no âmbito de sua área 
específica de atuação e como entidade fiscalizadora de profissão regulamentada, exerce 
atividade típica de Estado, nos termos dos artigos 5º, inciso XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso 
XVI, todos da Constituição Federal; 
 Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções, competindo-lhe o múnus 
de definir ou modificar a competência dos farmacêuticos em seu âmbito, nos termos do 
artigo 6º, alíneas "g" e "m", da Lei Federal nº 3.820/60; 
 Considerando a Resolução/CFF nº 573/13, que dispõe sobre as atribuições do 
farmacêutico no exercício da saúde estética e da responsabilidade técnica por 
estabelecimentos que executam atividades afins; 
 Considerando a Resolução/CFF nº 616/15, que define os requisitos técnicos para o 
exercício do farmacêutico no âmbito da saúde estética, ampliando o rol das técnicas de 
natureza estética e recursos terapêuticos utilizados pelo farmacêutico em estabelecimentos 
de saúde estética; 
 Considerando que o farmacêutico deve estar capacitado técnica, científica e 
profissionalmente para utilizar-se das técnicas de natureza estética e dos recursos 
terapêuticos especificados no âmbito desta resolução, resolve: 
 Art. 1º - O artigo 2º da Resolução/CFF nº 616/15 (DOU de 27/11/2015, Seção 1, 
página 228) passa a vigorar com a seguinte redação: 
 "Art. 2º - O farmacêutico é capacitado para exercer a saúde estética, desde que 
preencha um dos seguintes requisitos: 
o I - ser egresso de programa de pós-graduação lato sensu reconhecido pelo Ministério 
da Educação, na área de saúde estética; 
o II - ser egresso de curso livre de formação profissional em saúde estética 
reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), de acordo com os referenciais 
mínimos definidos em nota técnica específica, disponível no sítio eletrônico do CFF 
(www.cff.org.br)." 
 Art. 2º - O artigo 3º da Resolução/CFF nº 616/15 (DOU de 27/11/2015, Seção 1, 
página 228), passa a vigorar com a seguinte redação: 
 "Art. 3º - Em função da habilitação o profissionalfarmacêutico, é o responsável 
técnico para compra e utilização das substâncias e equipamentos necessários para os 
procedimentos estéticos em consonância com a sua capacitação profissional. 
o I - O profissional farmacêutico, legalmente habilitado em estética poderá fazer a 
escolha autônoma para uso de substâncias em conformidade com a tabela abaixo: 
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138 
o TABELA DE SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NOS PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS 
POR FARMACÊUTICOS HABILITADOS: 
 Agentes eutróficos 
 Agentes Venotônicos 
 Biológicos (Ex. Toxina botulínica tipo A, fatores de crescimento) 
 Vitaminas; 
 Aminoácidos; 
 Minerais; 
 Fitoterápicos; 
 Peelings químicos, enzimáticos e biológicos, incluindo a tretinoína (ácido retinóico de 
0,01% a 0,5% de uso domiciliar e até 10% para uso profissional). 
 Solução hipertônica de glicose 50% e 75% (uso exclusivo em procedimentos para 
telangiectasias); 
 Preenchedores dérmicos absorvíveis; 
 Agentes lipolíticos (Ex. Desoxicolato de sódio, lipossomas de girassol e outros); 
 Fios lifting absorvíveis;" 
 Art. 3º - Ficam incluídos os Anexos VII e VIII. 
 Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as 
disposições em contrário. 
 
BIOMÉDICOS 
 
• O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, através do plenário, no uso 
de suas atribuições que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº 6.684, de 03/09/79, 
com a modificação contida na Lei nº 7.017 de 30/08/1982 e, o disposto no inciso III, do artigo 
12, do Decreto nº 88.439/83, de 28/06/1983; regulamente o biomédico na área da estética. 
Para ler a lei na íntegra acesse o link 
http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_200de01julho2011.pdf 
o Dispõe sobre critérios para habilitação em Biomedicina Estética. 
o O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA - CFBM, através do plenário, no uso de 
suas atribuições que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº 6.684, de 03/09/79, com a 
modificação contida na Lei nº 7.017 de 30/08/1982 e, o disposto no inciso III, do artigo 12, 
do Decreto nº 88.439/83, de 28/06/1983; CONSIDERANDO, que qualquer procedimento 
administrativo submetido ao Conselho Federal de Biomedicina, deverá observar as normas 
que Regulamenta a Profissão do Biomédico em consonância com os preceitos da Lei 
Federal nº 9.784/99, que tratam do rito administrativo da administração pública, sem prejuízo 
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139 
das normas internas; CONSIDERANDO a falta de normatização de parâmetros relacionados 
ao Registro de Habilitação pelos Conselhos Regionais de Biomedicina em Estética, e com a 
finalidade de estabelecer as normas e orientar os profissionais, comissões de habilitações, 
gestores, coordenadores, supervisores inclusive de instituições de saúde no 
planejamento,programação e priorização das ações de saúde em geral; CONSIDERANDO a 
necessidade 
o imediata do estabelecimento de escala como instrumento de planejamento, controle, 
regulação e avaliação para Habilitação Definitiva e/ou Provisória em Biomedicina Estética; 
CONSIDERANDO que, no âmbito de sua área específica de atuação e como Conselho de 
Profissão Regulamentada, o Conselho Federal de Biomedicina exerce atividade típica do 
Estado, nos termos dos artigos 5º, inciso XIII; e 22, inciso XVI, todos da Constituição Federal 
do Brasil; CONSIDERANDO a infra-estrutura mínima dos serviços de saúde, bem como, os 
recursos materiais e instrumentais exigidos para esta atividade que é correlata com o 
profissional Biomédico e, visando prestação de assistência com dignidade que estão 
disciplinadas em normativas próprias quer na esfera federal, estadual ou municipal e da 
ANVISA; CONSIDERANDO a necessidade de melhor definir e dar celeridade a habilitação 
em Biomedicina Estética relativo a avaliação da qualificação profissional; CONSIDERANDO, 
o deliberado pelo Plenário do CFBM em sessão realizada no dia 01 de julho de 2011, na 
cidadedo Rio de Janeiro -RJ, resolve: 
 Art. 1º - Normatizar a habilitação em Biomedicina Estética, quanto a sua 
coordenação,responsabilidade técnica e requisitos necessários. 
 Art. 2º - Por ser multiforme às áreas de atuação legalmente atribuída ao profissional 
Biomédico, fica estabelecido que para ser coordenador do curso nesta específica área e/ou 
ser responsável técnico, deverá o profissional Biomédico estar devidamente habilitado e 
inscritono respectivo Conselho Regional de Biomedicina; 
 Art. 3º - Os requisitos necessários para a habilitação provisória em Biomedicina 
Estética são: 
 a) Eletroterapia; sonoforese (Ultrasom Estético); Iontoforese; Radiofreqüência 
Estética; 
 b) Laserterapia; Luz Intensa Pulsada e LED; 
 c) Peelings químicos e Mecânicos; 
 d) Cosmetologia; 
 e) Carboxiterapia; 
 f) Intradermoterapia; 
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140 
 g) Certificados de participações em Congressos e/ou eventos na área de Saúde 
Estética; 
 h) Declaração de matricula com a devida carga curricular em curso de Pós-
Graduação em 
 Estética; 
 i) Comprovante de experiência na área de saúde estética, com o mínimo de um (01) 
ano de atuação como: Contrato Social da Empresa em exerce e/ou exerceu esta atividade; 
Carteira de Trabalho devidamente assinada; Contrato de Prestação de Serviços 
devidamente registradoem Cartório e/ou com firma reconhecida; 
 Art. 4º - Para o profissional habilitar provisoriamente junto aos Conselhos Regionais 
de Biomedicina em Biomedicina Estética, deverá fazer o requerimento por escrito devendo 
ser acompanhado no mínimo de dois (02) documentos que comprovem o conhecimento na 
áreaestabelecida nas letras do artigo 3º; 
 Art. 5º - Quanto aos requisitos necessários para a habilitação definitiva em 
Biomedicina Estética, o profissional Biomédico deverá atender um (01) ou dois (02) dos 
quesitos exigidos noart. 3º retro mencionado e, apresentar junto com o seu requerimento: 
 a) Certificado e/ou Diploma com título de especialista em Estética, obtido ou 
reconhecido pela Associação Brasileira de Biomedicina - ABBM e/ou Certifcado de pós-
graduação (Lato ou Stricto Sensu), em conformidade com LDB (Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação) e demaisdeterminações e normas estabelecido pelo CAPES - MEC. 
 Art. 6º - Considera-se no direito de requerer a habilitação definitiva o profissional 
Biomédico que esteja fazendo graduação na área, respeitando o estágio supervisionado 
mínimo de quinhentas (500) horas. 
 Art. 7º - Fica estabelecido a data limite de 31 de dezembro de 2012 para as 
habilitaçõesprovisórias. 
 Art. 8º - Face aos avanços existentes na área de saúde, especialmente quanto a 
Estética, a exigência dos requisitos para habilitação exigida no art. 3º retro mencionado, 
poderá seroutra, desde que respeitado o que foi estabelecido no art. 5º desta Resolução. 
 Art. 9º - Esta RESOLUÇÃO, aprovada por unanimidade, entrará em vigor na data de 
suapublicação. 
 
• O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de suas atribuições 
que lhe confere o inciso II do artigo 10, Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII do artigo 12, do 
Decreto nº. 88.439/83. Para conhecer estas atribuições acesse o link 
http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_214de10abril2012.pdf 
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141 
o Dispõe sobre atos do profissional biomédico e, insere-se no uso desubstâncias em 
procedimentos estéticos. 
o O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso desuas atribuições 
que lhe confere o inciso II do artigo 10, Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII do artigo 12, do 
Decreto nº. 88.439/83, CONSIDERANDO, a necessidade de normatizar a atividade do 
profissional biomédico quanto ao uso de substâncias em estética, visto o reconhecimento 
desta especialidade na área de saúde; CONSIDERANDO, a necessidade do uso de 
substância para a execução de procedimentos em estética, pelo qual o Biomédico possuí 
legitimidade; CONSIDERANDO, a efetiva necessidade de dar a devida interpretação jurídica 
à Lei nº. 6.684/79 e Decreto nº. 88.439/83,mantendo-se atualizada sua regulamentação, 
bem como os termos inseridos na Resolução nº. 197, de 21 de fevereiro de 2011, resolve: 
 Art. 1º - As substâncias necessárias aos procedimentos realizados por profissionais 
biomédicos devidamente habilitados na área de estética, deverão seguir estritamente as 
normas descritas pelo fabricante em conformidade com a sua especialidade, e em 
obediência as normasestabelecidas pela sociedade científica. 
 Art. 2º - Em função da habilitação o profissional biomédico, é o responsável técnico 
para compra e utilização das substâncias em consonância com a sua capacitação 
profissional. 
 Art. 3º - O profissional biomédico, legalmente habilitado em estética poderá fazer uso 
de substancias em conformidade com a tabela inserida no texto abaixo.TABELA DE 
SUBSTÂNCIAS DOS PROCEDIMENTOS REALIZADOS POR BIOMÉDICOS: 
 Nutrientes (coenzima Q10, vitaminas, etc.), 
 Biológicos (Toxina Botulínica) 
 Fitoterápicos (lipossomas de girassóis, etc.). 
 AYSLIM (ext. de manga). 
 Acido glicólico 
 Acido alfa lipolico 
 Acido hialuronico 
 Aminofilina, Benzopirona 
 Bicabornato de sódio 8,4% 
 Biotina, Blufemedil, Cafeína. 
 Castanha da Índia 
 Centella asiática 
 Chá verde (Green Tea) 
 Cloreto de magnésio 
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142 
 Colágeno, Complexo B 
 Condoitina sulfato 
 Dente de leão 
 Desoxicolato de sódio, DMAE 
 DMSO (dimetillaminoetanol) 
 D pantenol, Elastina 
 GAG (glicosaminaglicanos) 
 Gincko Bliloba, L Glutamina 
 Inositol, Ioimbina, L-Carnitina 
 L-Fenilalanina 
 Finaterida (própria para intradermoterapia capilar) 
 Glicina glutation, Hialuronidase 
 L –Taurina, L -Triptofano 
 L-Ornitina, Mesocaina (lidocaína) 
 Minoxidil (vaso dilatador) 
 Procaina (anestésico) 
 Rutina (enzima fitoterápica) 
 Solução fisiológica, Sinetrol 
 Silício Orgânico, Tiratricol 
 Vitamina C 
 Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicaçãono Diário Oficial 
da União. 
 
• O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de suas atribuições 
legais que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII do 
artigo 12, do Decreto nº.88.439/83. Para saber mais sobre as prescrições de medicações 
acesse o link http://crbm1.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2013/12/RESOLUCAOCFBM-
n-241-2014.pdf 
o Dispõe sobre atos do profissional biomédico com habilitação em biomedicinaestética 
e regulamenta a prescrição por este profissional para fins estéticos. 
o TEX O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de 
suasatribuições legais que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº. 6.684/79, e o inciso 
III eXVIII do artigo 12, do Decreto nº.88.439/83. 
o CONSIDERANDO, que a prescrição de substâncias e medicamentos é um 
documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, 
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143 
aqueles que prescrevem, dispensam e administram as substâncias, sendo regida por certos 
preceitos gerais, de forma a não deixar dúvida nem tão pouco dificuldades de interpretação; 
o CONSIDERANDO, que no Brasil, como em outros países, existem regulamentações 
sobre a prescrição de medicamentos e sobre aspectos éticos a serem seguidos pelos 
profissionais envolvidos no processo. As principais normas que versam sobre a prescrição 
de medicamentos são a Lei Federal n.º 5991, de 17 de dezembro de 1973 e o Decreto n.º 
3181, de 23 de setembro de 1999 que regulamenta a Lei n.º 9787, de 10 de fevereiro de 
1999, bem como a Resolução – CFF n.º 357, de 20 de abril de 2001, do Conselho Federal 
de Farmácia (CFF), que define as Boas Práticas em Farmácia; 
o CONSIDERANDO, que as normativas sobre prescrição versam que a prescrição 
deve ser clara, legível e em linguagem compreensível; a prescrição deve ser escrita sem 
rasura, em letra de fôrma, por extenso e legível, utilizando tinta e de acordo com 
nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais; o documento não deve trazer 
abreviaturas, códigos ou símbolos. Não é permitido abreviar formas farmacêuticas, vias de 
administração, quantidades ou intervalos entre doses; 
o CONSIDERANDO, a necessidade de normatizar a atividade do profissional 
biomédico quanto ao uso de substâncias para fins estéticos, visto o reconhecimento desta 
especialidade na área de saúde; 
o CONSIDERANDO, que o uso de substâncias para fins estéticos deve se dar de 
forma segura e eficaz e por profissional com conhecimento técnico científico das mesmas; 
o CONSIDERANDO, a necessidade do uso de substâncias para a execução de 
procedimentos para fins estéticos, pelo qual o Biomédico possui legitimidade; 
o CONSIDERANDO, a efetiva necessidade de dar a devida interpretação jurídica à Lei 
nº. 6.684/79 e Decreto nº. 88.439/83, mantendo-se atualizada sua regulamentação, bem 
como os termos inseridos na Resolução nº. 197, de 21 de fevereiro de 2011, Resolve: 
 Art. 1º - Que as substâncias necessárias aos realizados por profissionais biomédicos, 
devidamente habilitados na área de biomedicina estética, deverão seguir estritamente as 
recomendações em conformidade com a sua especialidade e em obediência às normas 
estabelecidas pela sociedade científica. 
 Art. 2º - Regulamentar a prescrição e utilização de substâncias (incluindo injetáveis), 
pelo profissional biomédico habilitado em biomedicina estética para fins estéticos, 
emconsonância com a sua capacitação profissional e legislação vigente. 
 Art. 3º - Na prescrição devem constar: nome da substância ou formulação, forma 
farmacêutica e potência do fármaco prescrito (a potência do fármaco deve ser solicitada de 
acordo com abreviações do Sistema Internacional, evitando abreviações e uso de decimais); 
a quantidade total da substância, de acordo com a dose e a duração do tratamento; a via de 
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144 
administração, o intervalo entre as doses, a dose máxima por dia e a duração do tratamento; 
nome completo do biomédico prescritor, assinatura e número do registro no Conselho 
Regional de Biomedicina, local, endereço e telefone do prescritor de forma a possibilitar 
contato em caso de dúvidas ou ocorrência de problemas relacionados ao uso das 
substâncias prescritas; data da prescrição. A prescrição deverá seguir as instruções 
contidas na RDC 67 de 08 de outubro de 2007 e demais normas regulamentadoras da 
ANVISA; 
 Art. 4º - O profissional biomédico para habilitar-se legalmente em biomedicina 
estética e poder realizar a administração e prescrição de substâncias para fins estéticos, 
que são adquiridas somente mediante prescrição, deverá comprovar a conclusão de curso 
de pósgraduação em biomedicina estética que contemple disciplinas ou conteúdos de 
semiologia e farmacologia e demais recursos terapêuticos e farmacológicos utilizados na 
biomedicina estética ou comprovar estágio supervisionado em biomedicina estética com no 
mínimo 500 horas/aula durante a graduação ou título de especialista em biomedicina 
estética de acordo com normas vigentes da Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM) 
ou por meio de residência biomédica de acordo com normas e Resoluções nºs 169 e 174, 
do Conselho Federal de Biomedicina. 
 Art. 5º - O biomédico que possuir habilitação em Biomedicina Estética poderá realizar 
a prescrição de substâncias e outros produtos para fins estéticos incluindo substâncias 
biológicas (toxina botulínica tipo A), substâncias utilizadas na intradermoterapia (incluindo 
substâncias eutróficas, venotróficas e lipolíticas), substâncias classificadas como correlatos 
de uso injetável conforme ANVISA, preenchimentos dérmicos, subcutâneos e supraperiostal 
(excetuando-se o Polimetilmetacrilato/PMMA), fitoterápicos, nutrientes (vitaminas, minerais, 
aminoácidos, bioflavonóides, enzimas e lactobacilos), seguindo normatizações daANVISA. 
 Art. 6º – Caberá ao profissional biomédico a prescrição de formulações magistrais ou 
de referência de cosméticos, cosmecêuticos,dermocosméticos, óleos essenciais e fármacos 
deadministração tópica. Formulações magistrais e de referência de peelings químicos, 
enzimáticos e biológicos, incluindo a Tretinoína (Ácido retinoico de 0,01 à 0,5% de uso 
domiciliar e até 10% para uso exclusivo em clínica) seguindo instruções da ANVISA. 
 Art. 7º – O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e 
habilidades científicas que abranjam boas práticas de prescrição, semiologia e farmacologia. 
 Art. 8º – Cabe ainda ao profissional biomédico esteta a prescrição e a realização dos 
procedimentos que envolvam a utilização de lasers (de baixa, média e alta potência) e 
outrosrecursos tecnológicos utilizados para fins estéticos. 
 Art. 9º - O processo de prescrição biomédica deverá seguir as seguintes etapas: 
 I - identificação das necessidades estéticas do paciente; 
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145 
 II – definição e prescrição do tratamento para fins estético, seja de natureza 
farmacológica,biotecnológica ou que envolvam procedimentos invasivos não cirúrgicos para 
fins estéticos. 
 III - seleção do tratamento ou intervenções relativas aos cuidados à saúde estética e 
qualidadede vida, com base em sua segurança, eficácia e bases científicas; 
 IV - redação da prescrição; 
 V - orientação ao paciente; 
 VI - avaliação dos resultados; 
 VII - documentação do processo de prescrição e do tratamento adotado. 
 Art. 10º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
 
• CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA (CFBM) – Autarquia Federal, por seu 
Presidente, no uso de suas atribuições legais e regimentais, em consonância com a Lei n° 
6.684/79, modificada pela Lei n° 7.017/82, ambas regulamentadas pelo Decreto n°88.439, 
de 28 de junho de 1983, portanto, dotada consoante redação de sua Lei originária, de 
personalidade jurídica de direito público, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o 
Território Nacional, estabelece a presente norma sobre procedimentos realizados por 
Biomédicos Estetas, utilizando-se de fios de sustentação tecidual para fins estéticos. 
 Acesse o link http://crbm1.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2014/01/NORMATIVA-
CFBM-004.2015-ESTETICA.pdf para ler a lei na íntegra. 
o CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA (CFBM) – Autarquia Federal, por seu 
Presidente, no uso de suas atribuições legais e regimentais, em consonância com a Lei n° 
6.684/79, modificada pela Lei n° 7.017/82, ambas regulamentadas pelo Decreto n°88.439, 
de 28 de junho de 1983, portanto, dotada consoante redação de sua Lei originária, de 
personalidade jurídica de direito público, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o 
Território Nacional, estabelece a presente norma sobre procedimentos realizados por 
Biomédicos Estetas, utilizando-se de fios de sustentação tecidual parafins estéticos. 
o CONSIDERANDO que cabe ao Conselho Federal de Biomedicina disciplinar o 
exercício profissionalBiomédico e zelar pela boa prática biomédica no país; 
o CONSIDERANDO que procedimentos invasivos não cirúrgicos na área de estética 
são também decompetência dos profissionais da área de saúde, dentre eles estando 
inserido o Biomédico; 
o CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011, do 
CFBM, que dispõe sobre as atribuições do profissional Biomédico no exercício da 
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146 
Biomedicina Estética e atuar comoresponsável técnico de empresa que executa atividades 
para fins estéticos; 
o CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº atos do profissional B in - 
CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014, do CFBM, que 
dispatos do profissional B Biomedicina E 
o CONSIDERANDO que a Anvisa editou a RDC 185, de 22 de outubro de 2001, 
visando atualizar os “ ” L º 6.360, de 23 de setembro de 1976, o Decreto nº 79.094, de 5 de 
janeiro de 1977 e a Portaria Conjunta SVS/SAS nº 1, de 23 dejaneiro de 1996; 
o CONSIDERANDO a decisão do Plenário em sua 109ª Reunião Plenária de 05 
novembro de 2015,RESOLVE: 
 Art. 1º - Definir que os procedimentos de fios de sustentação tecidual para fins 
estéticos podem ser realizados por Biomédicos habilitados no exercício da Biomedicina 
Estética. 
 Art. 2º - Os fios de sutura para fins estéticos utilizados pelos Biomédicos habilitados 
no exercício da Biomedicina devem ser absorvíveis, hipoalergênicos, biocompatíveis, 
estéreis, de uso único e individual, devidamente aprovados pela Anvisa, devem ser 
implantados supraperiostal, sendo vedada a implantação de fios de sutura para fins 
estéticos definidos como“ ” “ v ”. 
 Art. 3º Os profissionais Biomédicos somente poderão realizar procedimentos para 
implantação de fios de suturas para fins estéticos que amoldam-se às definições e 
classificações estabelecidas pela Anvisa, sendo vedada a utilização de técnicas que exijam 
procedimento invasivo cirúrgico, mesmo que o produto seja absorvível. 
 Art. 4º - O procedimento descrito nesta normativa deve ser realizado por Biomédico 
esteta em estabelecimento que possua Alvará de Licença Sanitária. 
o Esta normativa entra em vigor nesta data 
 
ESTETICISTAS 
 
• LEI Nº 13.643, DE 3 DE ABRIL DE 2018. Regulamenta as profissões de Esteticista, 
que compreende o Esteticista e Cosmetologo, e de Técnico em Estética. Para ler as 
atribuições desta lei acesse o link http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13643-3-
abril-2018-786398-publicacaooriginal-155154-pl.html 
o O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
o Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 Art. 1º Esta Lei regulamenta o exercício das profissões de Esteticista, que 
compreende o Esteticista e Cosmetólogo, e de Técnico em Estética. 
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147 
 Parágrafo único. Esta Lei não compreende atividades em estética médica, nos 
termos definidos no art. 4º da Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013. 
 Art. 2º O exercício da profissão de Esteticista é livre em todo o território nacional, 
observadas as disposições desta Lei. 
 Art. 3º Considera-se Técnico em Estética o profissional habilitado em: 
 I - curso técnico com concentração em Estética oferecido por instituição regular de 
ensino no Brasil; 
 II - curso técnico com concentração em Estética oferecido por escola estrangeira, 
com revalidação de certificado ou diploma pelo Brasil, em instituição devidamente 
reconhecida pelo Ministério da Educação. 
o Parágrafo único. O profissional que possua prévia formação técnica em estética, ou 
que comprove o exercício da profissão há pelo menos três anos, contados da data de 
entrada em vigor desta Lei, terá assegurado o direito ao exercício da profissão, na forma 
estabelecida em regulamento. 
 Art. 4º Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional: 
 I - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, 
ou equivalente, oferecido por instituição regular de ensino no Brasil, devidamente 
reconhecida pelo Ministério da Educação; 
 II - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, 
ou equivalente, oferecido por escola estrangeira, com diploma revalidado no Brasil, por 
instituição de ensino devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação. 
 Art. 5º Compete ao Técnico em Estética: 
 I - executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando como 
recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos com registro na 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); 
 II - solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro profissional que 
complemente a avaliação estética; 
 III - observar a prescrição médica ou fisioterápica apresentada pelo cliente, ou 
solicitar, após exame da situação, avaliação médica ou fisioterápica. 
 Art. 6º Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades descritas no art. 
5º desta Lei: 
 I - a responsabilidade técnica pelos centros deestética que executam e aplicam 
recursos estéticos, observado o disposto nesta Lei; 
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148 
 II - a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas relativas a 
cursos que compreendam estudos com concentração em Estética ou Cosmetologia, desde 
que observadas as leis e as normas regulamentadoras da atividade docente; 
 III - a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e equipamentos 
específicos de estética com registro na Anvisa; 
 IV - a elaboração de informes, pareceres técnico-científicos, estudos, trabalhos e 
pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia, em sua 
área de atuação; 
 V - a elaboração do programa de atendimento, com base no quadro do cliente, 
estabelecendo as técnicas a serem empregadas e a quantidade de aplicações necessárias; 
 VI - observar a prescrição médica apresentada pelo cliente, ou solicitar, após 
avaliação da situação, prévia prescrição médica ou fisioterápica. 
 Art. 7º O Esteticista, no exercício das suas atividades e atribuições, deve zelar: 
 I - pela observância a princípios éticos; 
 II - pela relação de transparência com o cliente, prestando-lhe o atendimento 
adequado e informando-o sobre técnicas, produtos utilizados e orçamento dos serviços; 
 III - pela segurança dos clientes e das demais pessoas envolvidas no atendimento, 
evitando exposição a riscos e potenciais danos. 
 Art. 8º O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas relativas à 
biossegurança e à legislação sanitária. 
 Art. 9º Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da profissão de 
Esteticista e sobre as adequações necessárias à observância do disposto nesta Lei. 
 Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
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149 
 
CAPÍTULO VI - VIGILÂNCIA SANITÁRIA E LEGISLAÇÃO 
 
Para um bom atendimento e ter a estrutura correta para atender seu paciente é necessário 
seguirmos as leis e normas da vigilância sanitária, afinal iremos trabalhar no Brasil. 
 
A Vigilância Sanitária é um órgão, regulamentado pela lei federal nº 8.080 de 19 de 
setembro de 1990, que visa promover e proteger a saúde da população e tem poder de 
polícia do Estado, essa entidade é capacitada para eliminar, diminuir ou prevenir os riscos à 
saúde. 
A Vigilância Sanitária está estruturada em: 
 União se limita a expedir normas gerais sobre o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária, coordena e define as normas em todo território nacional. 
 Estados coordenam, em caráter complementar, as ações e serviços de Vigilância 
Sanitária e de saúde do trabalhador. Supervisionando, nesses setores, legislações sobre 
normas gerais expedidas pela União. 
 Municípios fiscalizam a aplicação e execução de ações e serviços de Vigilância 
Sanitária, sempre, assegurado nas leis Estaduais e Federais. 
 
Seis tipos de documentações são solicitados pela Vigilância Sanitária, para o funcionamento 
das estéticas. Os documentos são: 
 Alvará de Localização e Funcionamento; 
 Alvará de Autorização Sanitária; 
 Manual de boas práticas; 
 Registro de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; 
 Registro de monitoramento da esterilização; 
 Comprovante de recolhimento dos resíduos perfuro cortantes 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2009, criou o regulamento técnico 
voltado para estabelecimento que realiza atividades de cabeleireiro, barbearia, manicure e 
pedicure, podologia, depilação (exceto a laser), estética facial, estética corporal, massagem 
relaxante, banho de ofurô, drenagem linfática, massagem estética e outras atividades 
similares, nele descrevem o funcionamento dos serviços de estética e embelezamento sem 
responsabilidade médica, estabelece as regras e o padrão mínimo de funcionamento desses 
estabelecimentos. Assim abaixo seguirá esse manual na íntegra: 
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150 
• Considerando as disposições constitucionais e a Lei Federal nº. 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, que tratam das condições para promoção, proteção e recuperação da 
saúde, como direito fundamental do ser humano; 
• Considerando a Lei Federal nº. 8.078, de 11/09/90 (Código de Proteção 
e Defesa do Consumidor), que estabelece que a proteção da saúde e segurança contra os 
riscos provocados por práticas no fornecimento de serviços é um dos direitos básicos do 
consumidor; 
• Considerando a necessidade de prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais 
ficam expostas as pessoas que freqüentam os serviços de estética e embelezamento sem 
responsabilidade médica; 
• Considerando a necessidade de definir critérios mínimos para o funcionamento e 
qualidade e avaliação dos serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade 
médica; 
• Considerando as disposições contidas no Código Penal, art.129 (das lesões 
corporais), e dos artigos 949, 950 e 951 do Código Civil, que tratam da indenização no caso 
de lesão ou outra ofensa à saúde de outrem; 
• Considerando que no exercício da atividade fiscalizadora, as Vigilâncias 
Sanitárias de estados e municípios, deverão observar entre outros requisitos e condições, a 
adoção de medidas de biossegurança pelos serviços de estética e embelezamento sem 
responsabilidade médica; 
• Considerando que as ações e serviços de saúde são de relevância publica, estando 
sujeitos à regulamentação, fiscalização e controle pelo Poder Público, nos termos do art. 
197, da Constituição da República; 
• RESOLVE: 
o Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para os 
serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica, na forma do Anexo 
deste Regulamento Técnico. 
o Art. 2º As secretarias de saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal devem 
implementar procedimentos para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por esta 
RDC, podendo adotar normas de caráter suplementar, com a finalidade de adequá-lo às 
especificidades locais. 
o Art. 3º. O descumprimento das determinações deste Regulamento Técnico constitui 
infração de natureza sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei 
nº 6437, de 20 de agosto de 1977, ou instrumento legal que venha a substituir, sem prejuízo 
das responsabilidades penal e civil cabíveis. 
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151 
• ANEXO: REFERÊNCIA TÉCNICA PARA O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE 
ESTÉTICA E EMBELEZAMENTO SEM RESPONSABILIDADE MÉDICA. 
o 1. Objetivo 
 Estabelecer o padrão mínimo de funcionamento para os estabelecimentos que 
realizam serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica. 
o 2. Abrangência 
 Este Regulamento é aplicável a todo estabelecimento que realiza atividades de 
cabeleireiro, barbearia, depilação (exceto depilação a laser), manicure e pedicure, 
podologia, estética facial, estética corporal, massagem relaxante, banho de ofurô,drenagem 
linfática, massagem estética e outras atividades similares. 
o 3. Definições 
 3.1 Alvará sanitário/Licença sanitária: Documento expedido pelo órgão sanitário 
competente Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, que libera o funcionamento dos 
estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária. 
 3.2 Ambiente: espaço fisicamente determinado e especializado para o 
desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações 
diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma área. 
 3.3 Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e uma porta. 
 3.4 Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces. 
 3.5 Área de processamento de artigos: local onde são realizadas lavagem, 
preparação,desinfecção ou esterilização de instrumentais utilizados nos procedimentos. 
 3.6 Artigos: compreendem instrumentos de naturezas diversas, acessórios de 
equipamentos e outros. Exemplo: pinças, alicates, tesouras, espátulas, pincéis,pentes,escovas, etc. 
 3.7 Artigo de uso único: é o produto que, após o uso, perde suas características 
originais ou que, em função de outros riscos reais ou potenciais à saúde do usuário,não 
deve ser reutilizado. 
 3.8 Artigo Descartável: É o produto que, após o uso, perde suas características 
originais e não deve ser reutilizado e nem reprocessado. 
 3.9 Limpeza: Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, 
realizada com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, 
por ação mecânica, com conseqüente redução da carga microbiana. Deve preceder os 
processos de desinfecção ou esterilização. 
 3.10 Desinfecção: processo físico ou químico que elimina a maioria dos 
microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies. 
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152 
 3.11 Esterilização: Processo físico ou químico ou físico-químico que elimina todas as 
formas de vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos. 
 3.12 Evento Adverso: qualquer efeito não desejado, em humanos, decorrente do uso 
de produtos sujeitos à Vigilância. 
 3.13 Local insalubre: local que permite a exposição a fatores de risco para a 
saúde,presente em ambientes e processos de trabalho. 
 3.14 Responsável legal: pessoa física designada em estatuto, contrato social ou ata, 
incumbida de representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais apessoa 
jurídica 
o 4. Licenciamento: 
 Os estabelecimentos objetos desse Regulamento Técnico devem possuir 
alvará/licença sanitária, expedido pelo órgão sanitário competente. 
o 5. Estrutura Físico Funcional: 
 5.1 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento estarão sujeitos às normas 
gerais e específicas de edificações, sejam federais, estaduais e municipais vigentes; às 
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua especificidade; as 
normas técnicas específicas de engenharia e arquitetura, com a adoção de procedimentos 
que garantam a segurança do trabalhador e do usuário. 
 5.2 Os serviços de estética e embelezamento não poderão utilizar suas 
dependências para outros fins, nem servir de passagem para outro local. 
 5.3 As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate a 
incêndio, telefonia e outras existentes, deverão atender às exigências dos códigos de obras 
e posturas locais, assim como às normas técnicas pertinentes a cada uma das instalações. 
 5.4 As instalações elétricas deverão possuir fiação embutida, tomadas com indicação 
e voltagem e quadro de força devidamente identificado com acesso desobstruído. 
 5.5 Estes estabelecimentos deverão ter identificação externa visível, entrada com 
acesso fácil; portas de acesso com mínimo de 0,80 m de vão livre; adequações aos 
portadores de necessidades especiais conforme legislação vigente. 
 5.6 O ambiente destinado à recepção/sala de espera, deverá ser de fácil acesso, 
com ventilação e iluminação que garantam conforto térmico ao usuário. Neste ambiente, 
deverá ser disponibilizado ao usuário água potável e copos descartáveis, além de coletor 
para lixo com saco plástico. 
 5.7 As instalações sanitárias destinadas ao público deverão ser separadas por 
gênero,com piso de material liso, resistente, antiderrapante e de fácil higienização, paredes 
também de material liso, resistente, impermeável e de fácil higienização. Estas instalações 
deverão ser providas de pia lavatório com suporte para toalha de papel e dispensador de 
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153 
sabão liquido, vaso sanitário com tampa, recipiente coletor de lixo com saco plástico, tampa 
e acionamento por pedal. Quando albergada em shopping/centros comerciais, as 
instalações sanitárias destinadas ao público, poderão ser as coletivas do local albergante. 
 5.8 As paredes e teto do estabelecimento deverão ser revestidos ou pintados com 
material liso, resistente e impermeável, piso de material antiderrapante, resistente, 
impermeável e de fácil higienização. 
 5.9 Todos os ralos instalados nos estabelecimentos deverão ser de fecho hídrico e 
tampa escamoteável. 
 5.10 A iluminação e ventilação deverão ser natural e/ou artificial de forma 
aproporcionar adequadas condições de segurança e conforto. 
 5.11 Para a realização de procedimentos de estética e embelezamento, os 
estabelecimentos deverão possuir área mínima de 10 m², com largura mínima de 2,50m, 
para o máximo de 02 cadeiras (5m² por cadeira). 
 5.12 Os sanitários/vestiário de funcionários, deverão ser separados por 
gênero,providos de vaso sanitário com tampa, pia lavatório com dispensador de sabão 
líquido e suporte para papel toalha, lixeira com tampa e acionamento por pedal e armário 
para guarda de pertences. 
 5.13 As salas destinadas ao atendimento direto ao cliente (manuseio), deverão 
dispor de pia lavatório para higienização de mãos provida de dispensador de sabão líquido e 
suporte para papel toalha, coletor para lixo com tampa e acionamento por pedal e saco 
plástico, bancadas fixas ou móveis para apoio das atividades, com acabamento liso, 
impermeável, resistente, lavável, de fácil higienização. 
 5.14 O ambiente destinado ao processamento de artigos deverá dispor de pia com 
bancada para limpeza de materiais e bancada para o preparo, desinfecção ou esterilização 
de materiais. 
 5.15 Quando não houver sala para processamento de material, esta atividade poderá 
estar localizada em uma área dentro da sala de procedimentos, desde que estabelecida 
barreira técnica. 
 5.16 Os estabelecimentos deverão disponibilizar área específica para guarda de 
materiais esterilizados dotada de armário exclusivo fechado, limpo e livre de umidade, bem 
como área específica para materiais limpos e instrumentais não esterilizados, que deverão 
ser acondicionados em recipiente fechado, limpo e livre de umidade. 
 5.17 Nos estabelecimentos onde é exercida a atividade de podologia, o ambiente 
deverá ter área mínima total de 10 m², com largura mínima de 2,5 m² e área mínima de 5 m² 
para cada cadeira adicional. Os compartimentos de atendimento deverão ser separados por 
divisórias de no mínimo 2 m de altura. 
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154 
 5.18 O estabelecimento deverá disponibilizar local adequado para refeições, e não 
poderá ter comunicação direta com postos de trabalho, instalações sanitárias ou locais 
insalubres, tendo no mínimo piso revestido com material resistente, liso e impermeável; pia 
com bancada, armário para guarda de alimentos e utensílios, geladeira exclusiva para 
guarda de alimentos e equipamento para aquecimento de alimentos. 
 5.19 No caso de preparo de alimentos, o estabelecimento fica obrigado a instalar 
cozinha, de acordo com a legislação específica. 
 5.20 Deverá ser garantida a privacidade do cliente durante os procedimentos, 
devendo haver sala/box individual. 
 5.21 O DML (Depósito de Material de Limpeza) deverá ser dotado de tanque com 
profundidade superior a 35 cm para higienização de materiais usados no processo de 
limpeza das superfícies dos estabelecimentos e para o descarte das águas servidas. 
 5.22 Quando o estabelecimento realizar processamento de roupas, deverá 
disponibilizar área exclusiva para lavanderia e dispor de máquina lavadora, sendo vetado a 
lavagem manual de roupas utilizadas por clientes. 
 5.23 Os estabelecimentos de que trata este regulamento, deverão dispor de 
equipamentos e mobiliário adequados, mantidos higienizados e em condições ergonômicas 
aceitáveis. Os móveis e equipamentos como cadeiras, armários, macas e colchões deverão 
ser revestidos de material resistente, impermeável e de fácil higienização. 
 5.24 Os serviços de cabeleireiro deverão ser dotados de no mínimo 01 (um) lavatório 
de cabelos, com água corrente e mecanismo ajustável de temperatura. 
 5.25 A obrigatoriedade do ambiente dependerá da execução da atividade. 
o 6. Abastecimento e Uso de Água: 
 6.1 Os estabelecimentos de que trata este Regulamentodeverão ser providos de 
reservatório de água potável, com capacidade suficiente à sua demanda diária, devendo ser 
limpo e desinfectado a cada 06 (seis). A limpeza e desinfecção deverá ser registrada em 
formulário específico contendo data, método de lavagem, produto utilizado e assinatura do 
responsável pelo procedimento. 
 6.2 O reservatório de água potável deve ser isento de rachaduras, com tampa, 
permitindo o fácil acesso para inspeção e limpeza, além de possibilitar o esgotamento total. 
 6.3 A água de abastecimento deverá atender aos padrões de potabilidade previsto 
na legislação pertinente, confirmados através de análises bacteriológica e físico-química 
aserem realizadas anualmente. 
o 7. Esgotamento Sanitário: 
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155 
 7.1 O esgoto sanitário a as águas residuárias deverão ter como destinação final a 
rede coletora de esgotos ou sistemas individuais de esgotamento sanitário, sendo vetado o 
lançamento no sistema de coleta de águas pluviais. 
 7.2 O sistema de caixas de gordura e de passagem deverão ter manutenção 
periódica,evitando incrustações ou extravasamentos. 
 7.3 Para escoamento da água de lavagem de pisos, o estabelecimento deverá dispor 
de sistema de ralos instalados em pontos estratégicos, com fecho hídrico e tampa 
escamoteável, devidamente interligado ao sistema de esgotamento sanitário. 
 
o 8. Esgotamento Sanitário: 
 8.1 Todos os resíduos sólidos produzidos no estabelecimento deverão será 
condicionados em sacos plásticos com simbologia de substância infectante quando se tratar 
de lixo contaminado ou sacos sem simbologia, para lixo comum. Este acondicionamento se 
dará em recipientes coletores providos de tampa, de material liso e resistente, sem arestas, 
de forma a permitir a adequada lavagem diária. 
 8.2 Sobras de ceras para depilação e outros produtos químicos deverão ser 
descartados de acordo com legislação específica. 
 8.3 Os resíduos perfurantes ou cortantes deverão ser acondicionados previamente 
em recipiente rígido, estanque, vedado e identificado pela simbologia do produto infectante. 
 8.4 Os resíduos sólidos deverão ser depositados, após embalados, em local 
apropriado,protegidos contra acesso de roedores e outros animais, fora da área de 
atendimento, enquanto aguardam o recolhimento. 
 8.5 Não será permitido o acúmulo, em locais impróprios, de detritos que possibilitem 
aproliferação de vetores. 
 8.6 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão instituir rotinas de 
desinsetização e desratização. 
o 9. Saúde Ocupacional: 
 9.1 Os proprietários dos estabelecimentos deverão capacitar e manter registro 
atualizado de treinamento dos funcionários contendo data, carga horária, nome e formação 
do instrutor, conteúdo, nome e assinatura do funcionário. 
 9.2 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento Técnico deverão elaborar e 
tornar disponíveis aos funcionários Manual de Procedimentos Operacionais, contendo 
rotinas de procedimentos técnicos, biossegurança e medidas de controle de transmissão de 
doenças. Este Manual deverá ser atualizado anualmente. 
 9.3 Os profissionais dos estabelecimentos de que trata este Regulamento devem 
comprovar conhecimento básico em controle de infecção, processamento de artigos e 
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156 
superfícies, biossegurança e gerenciamento de resíduos, com carga horária mínima de 20 
horas, realizado por profissional habilitado. 
 9.4 Os profissionais que realizam procedimentos onde são utilizados materiais 
perfurocortantes devem ser vacinados contra hepatite B e tétano sem prejuízo de outras que 
forem necessárias. 
 9.5 O mobiliário deverá estar em condições ergonômicas adequadas e permitir a 
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, 
de modo a proporcionar um máximo de conforto e segurança. 
 9.6 Deverão ser disponibilizados equipamentos de proteção individual (EPI) aos 
funcionários (óculos, máscaras, luvas e jalecos), de acordo com as funções exercidas em 
número suficiente, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. 
 9.7 Fica proibido aos funcionários, o ato de fumar, o uso de adornos durante os 
procedimentos, bem como a guarda e consumo de alimentos em locais não destinados para 
este fim. 
 9.8 Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os 
responsáveis pelo seu descarte, sendo vetado o re-encape de agulhas. 
o 10. Produtos: 
 10.1 Todos os produtos de interesse à saúde em uso ou armazenados no 
estabelecimento deverão obrigatoriamente estar dentro do prazo de validade e obedecer a 
legislação específica quanto ao registro no órgão competente. 
 10.2 Os produtos químicos, saneantes e domissanitários que forem submetidos a 
fracionamento ou diluição deverão ser acondicionados em recipientes devidamente 
identificados, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, 
sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação 
ou fracionamento. 
 10.3 O fracionamento a que se refere o item anterior deverá ser de acordo com as 
especificações contidas no rótulo do fabricante. 
 10.4 É vetado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos. 
 10.5 As ceras para depilação devem ser fracionadas em porções suficientes para 
cada cliente, sendo vetado a reutilização de sobras de ceras ou de qualquer outro produto 
 químico. 
 10.6 Os estabelecimentos que oferecem serviços de cabeleireiros e congêneres 
ficam obrigados a afixarem em local visível ao público cartaz com os seguintes dizeres: “O 
FORMOL É CONSIDERADO CANCERÍGENO PELA OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE 
SAÚDE). QUANDO ABSORVIDO PELO ORGANISMO POR INALAÇÃO E, 
PRINCIPALMENTE, PELA EXPOSIÇÃO PROLONGADA, APRESENTA COMO RISCO 
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157 
OAPARECIMENTO DE CÂNCER NA BOCA, NAS NARINAS, NO PULMÃO, NO SANGUE E 
NA CABEÇA”. 
o 11. Equipamentos: 
 11.1 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão dispor de todos os 
equipamentos necessários à realização das atividades propostas, mantendo-oshigienizados 
e em condições de funcionamento e ergonomia adequados. 
 11.2 Os equipamentos e instrumentais deverão ser disponibilizados em quantidade 
suficiente para atender a demanda do estabelecimento respeitando os prazos paralimpeza, 
desinfecção ou esterilização dos mesmos. 
 11.3 Todos os equipamentos deverão possuir registro no órgão competente, sendo 
observadas suas restrições de uso. Os proprietários deverão instituir manutenção preventiva 
e corretiva de equipamentos, mantendo os registros atualizados. 
 11.4 Os equipamentos destinados à esterilização de materiais deverão ter registro 
para este procedimento no órgão competente. 
 11.5 A higienização dos aparelhos de ventilação artificial deverá atender as 
orientações do fabricante quando se tratar de aparelho individual ou seguir normas técnicas 
específicas para centrais de ar condicionado. 
 11.6 O estabelecimento deverá manter refrigerador exclusivo para guarda de 
produtos que necessitam ser mantidos sob refrigeração, com termômetro e registro diário de 
temperatura. É vetado o armazenamento em refrigerador de guarda de alimentos. 
 11.7 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão possuir 
equipamentos de proteção contra incêndio, dentro do prazo de validade de acordo com 
legislação específica. 
o 12. Procedimentos: 
 12.1 Os instrumentais deverão ser higienizados, desinfectados ou esterilizados de 
acordo com as finalidades propostas e a legislação pertinente. 
 12.2 As cadeiras, armários, macas, colchões, travesseiros e almofadas deverão ser 
revestidos de material impermeável, resistente, de fácil limpeza e desinfecção, mantidos em 
bom estado de conservação e higiene. 
 12.3 Os artigos utilizados em procedimentos estéticos e de embelezamento deverão 
ser submetidos aos processos de limpeza, desinfecçãoe esterilização, de acordo com o 
estabelecido em legislação específica e o Manual de Procedimentos Operacionais do 
estabelecimento. Estes artigos quando em contato com sangue ou secreções deverão ser 
esterilizados ou descartáveis. 
 12.4 Após os processos de limpeza, desinfecção e esterilização os artigos deverão 
será condicionados em recipiente limpo e protegido. 
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158 
 12.5 No processo de esterilização é obrigatório o acondicionamento dos artigos em 
invólucros adequados à técnica empregada, devendo constar na embalagem a data de 
esterilização. 
 12.6 Os estabelecimentos deverão realizar controle de qualidade do processo de 
esterilização de acordo com legislação específica. 
 12.7 As roupas limpas do estabelecimento deverão ser acondicionadas em sacos 
plásticos ou recipientes fechados, sendo trocadas a cada cliente. 
 12.8 O acondicionamento de roupas sujas deverá ser feito em recipiente plástico 
com tampa e identificado com a inscrição ROUPA SUJA. 
 12.9 Os materiais que entrarem em contato com o couro cabeludo 
(escovas,pentes,etc.) deverão ser limpos após cada cliente. 
 12.10 As lâminas para barbear são de uso único ficando vetado o seu 
reprocessamento,devendo ser descartadas como material pérfurocortante. 
 12.11 É obrigatório a utilização de material descartável para proteção de macas e 
bacias de manicure e pedicure. Também são consideradas de uso único lixas para unhas e 
pés, palitos e espátulas de madeira e esponjas para higienização ou esfoliação da pele. 
o 13. Disposições Gerais: 
 13.1 O responsável legal responderá administrativamente por todos os atos 
praticados,por ele ou por seus funcionários, no interior de seu estabelecimento. 
 13.2 É vetada aos profissionais que realizam os procedimentos de estética e 
embelezamento a prescrição e administração de quaisquer medicamentos por qualquer via 
de administração (tópica, oral, injetável e outras) aos seus clientes. 
 13.3 Estes estabelecimentos deverão manter quadro de pessoal devidamente 
qualificado, em número suficiente para a perfeita execução das atividades. Deverão também 
instituir Programa de Capacitação de Recursos Humanos; 
 13.4 Os estabelecimentos terão prazo de 180 dias para atendimento das 
determinações deste Regulamento. 
 
De todo o manual acima pode destacar: 
1- Os estabelecimentos de saúde, de qualquer natureza, necessitam de um 
responsável legal, pessoa física designada em estatuto, contrato social ou ata, incumbida de 
representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais a pessoa jurídica. 
2- Os estabelecimentos de estética ou embelezamento não podem utilizar suas 
dependências para outros fins, nem servir passagem para outro local; 
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3- Todas as instalações, como de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate 
de incêndio e outras existentes, necessitam estar de acordo com as exigências dos códigos 
de obras e posturas locais; 
4- Esses locais devem ter entrada de fácil acesso, com identificação externa visível, 
bem como, acessibilidade à portadores de necessidades especiais, de acordo com a 
legislação vigente; 
5- A sala de espera ou recepção deve ser ventilada, iluminada e com coletor para lixo 
com saco plástico. 
6- Instalações sanitárias devem ter piso e paredes de material liso, resistente, 
antiderrapante e de fácil higienização. Esses locais também devem ter pia lavatório com 
suporte para toalha de papel e dispensador de sabão líquido, coletor para lixo com saco 
plástico dotado de tampa e acionamento por pedal; 
7- As dependências ou salas utilizadas para atender os clientes devem ter pia lavatório 
para a higienização das mãos, com dispensador de sabão líquido e suporte para papel 
toalha. O recipiente para lixo deve ter tampa, saco plástico e com acionamento por pedal. 
Os armários e bancadas devem ter acabamento liso impermeável, resiste, lavável de fácil 
higienização; 
8- A sala para processamento de artigos deve apresentar pia com bancada para 
limpeza dos materiais e balcão para o preparo, desinfecção ou esterilização de materiais. 
Caso o estabelecimento não tenha um ambiente para essa atividade, a mesma pode ser 
realizada dentro da sala de procedimentos, desde que estabelecida barreira técnica; 
9- Um local específico para armazenamento dos materiais esterilizados e não 
esterilizados deve ser disponibilizado. Ele deve ter armário exclusivo, fechado, limpo e livre 
de umidade; 
10- A privacidade do cliente deve ser mantida, devendo haver sala/box individual; 
11- Os equipamentos, mobiliários e estrutura física deve ser mantida higienizada e com 
condições ergonômicas aceitáveis; 
12- Balcão, armário ou recinto para armazenar os materiais de limpeza; 
13- Ralos com sistema de fechamento; 
14- Água potável encanada; 
15- Ligação de esgoto na rede pública; 
16- Manter periodicamente os filtros de ar condicionados limpos; 
17- Produtos que devem ser refrigerados devem ser armazenados em refrigeradores 
exclusivos, com termômetro de registro diário de temperatura; 
18- É proibido armazenar alimentos nesses refrigeradores; 
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160 
19- Estar em dia com equipamentos de proteção contra incêndio. monitorando o prazo 
de validade de acordo com a legislação específica. 
 
Quanto aos equipamentos: 
• Mantenha os equipamentos higienizados e em condições de funcionamento e 
ergonomia adequados; 
• Utilize equipamentos devidamente registrados no órgão competente (número de 
Anvisa); 
• Mantenha a manutenção periódica em dia de equipamentos estéticos; 
• Faça manutenção somente em autorizadas pelos representantes; 
• Em caso de locação dos equipamentos estéticos, peça as documentações do 
equipamento que for utilizar e confirme com o fabricante esses dados. 
Quanto aos cosméticos: 
Os produtos utilizados nos estabelecimentos de estética são oriundos da categoria 
cosméticos e são regulamentados pela ANVISA. Alguns cuidados são importantes e devem 
ser observados após adquirir esses produtos: 
• Nome do produto; 
• Marca; 
• Lote; 
• Prazo de validade; 
• Conteúdo; 
• País de origem; 
• Fabricante/importador; 
• Composição do produto; 
• Finalidade de uso do produto; 
• Instruções em língua portuguesa; 
• Autorização de Funcionamento da indústria, na ANVISA; 
• Número de registro ou notificação no Ministério da Saúde/ANVISA. 
Todo e qualquer cosmético necessita ser armazenado em local adequado, protegido da luz, 
calor, umidade e separados de alimentos e produtos de limpeza. Antes de utilizá-los sobre a 
pele, cabelos ou unhas é necessário perguntar ao cliente se ele (a) apresenta algum tipo de 
alergia à componentes químicos do produto a ser utilizado. Em alguns casos também é 
indicado teste sensorial em região pequena da pele. 
 
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161 
 
 
CAPÍTULO VII - PRIMEIROS SOCORROS NA ESTÉTICA 
 
Com o crescimento do mercado do minimamente invasivo na estética, temos que ter 
conhecimento dos primeiros socorros caso sejam necessários. Devemos ressaltar que isso 
é apenas para uma primeira verificação e socorro, nunca substitui a chamada do SAMU 
quando necessário. 
A definição de primeiros socorros são os cuidados imediatos que devem ser 
prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado 
físico põe em perigo a sua vida,com o fim de manter as funções vitais e evitar o 
agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de 
assistência qualificada (BRASIL, 2003). 
Tendo o treinamento de primeiros socorros qualquer pessoa poderá prestar a 
assistência, sempre com serenidade, compreensão e confiança, sempre mantendo calmae o 
próprio controle, porém, o controle de outras pessoas é igualmente importante (BRASIL, 
2003). 
Estudos mostram que pequenos atos fazem toda a diferença no momento do 
atendimento, como por exemplo, o tom de voz sempre tranqüilo e confortantedará à vítima 
sensação de confiança na pessoa que o estás ocorrendo de subsidiar o atendimento a um 
acidentado. 
Podemos dizer que a função de quem está fazendo o socorro é: 
1- Contatar o serviço de atendimento emergencial SAMU. 
2- Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: 
a. Salvar uma vida 
b. Prevenir danos maiores 
3- Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento. 
4- Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança. 
5- Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado. 
6- Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado, afastando-as do 
local do acidente, evitando assim causar o chamado "segundo trauma", isto é, não 
ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes. 
7- Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial. 
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162 
8- Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento. Saber 
avaliar seus limites físicos e de conhecimento. Não tentar transportar um acidentado ou 
medicá-lo. 
9- O profissional não médico deverá ter como princípio fundamental de sua ação a 
importância da primeira e correta abordagem ao acidentado, lembrando que o objetivo é 
atendê-lo e mantê-lo com vida até a chegada de socorro especializado, ou até a sua 
remoção para atendimento 
(BRASIL, 2003). 
 
ETAPAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS 
 
1. Avaliação do Local do Acidente 
a. Assumir o controle da situação e proceder a uma rápida e segura avaliação da 
ocorrência. Deve-se tentar obter o máximo de informações possíveis sobre o ocorrido. 
Dependendo das circunstâncias de cada acidente, é importante também: 
 evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas, dando ordens breves, 
claras, objetivas e concisas; 
 manter afastados os curiosos, para evitar confusão e para ter espaço em que se 
possa trabalhar da melhor maneira possível. 
b. Observar rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver 
prestando o socorro nas proximidades da ocorrência. Por exemplo: fios elétricos soltos e 
desencapados; tráfego de veículos; andaimes; vazamento de gás; máquinas funcionando. 
Devem-se identificar pessoas que possam ajudar. Deve-se desligar a corrente elétrica; 
evitar chamas, faíscas e fagulhas; afastar pessoas desprotegidas da presença de gás; 
retirar vítima de afogamento da água, desde que o faça com segurança para quem está 
socorrendo; evacuar área em risco iminente de explosão ou desmoronamento. 
c. Avaliar o acidentado na posição em que ele se encontra, só mobilizá-lo com 
segurança (sem aumentar o trauma e os riscos), sempre que possível deve-se manter o 
acidentado deitado de costas até que seja examinada, e até que se saiba quais os danos 
sofridos. Não se deve alterar a posição em que se acha o acidentado, sem antes refletir 
cuidadosamente sobre o que aconteceu e qual a conduta mais adequada a ser tomada. 
d. Se o acidentado estiver inconsciente, por sua cabeça em posiçãolateral antes de 
proceder à avaliação do seu estado geral. 
e. A calma do acidentado desempenha um papel muito importante na prestação dos 
primeiros socorros. O estado geral do acidentado pode se agravar se ela estiver com medo, 
ansiosa e sem confiança em quem está cuidando 
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163 
2. Avaliação e Exame do Estado Geral do acidentado 
a. Ela deve ser realizada simultaneamente ou imediatamente à "avaliação do acidente e 
proteção do acidentado". O exame deve ser rápido e sistemático, observando as seguintes 
prioridades: 
 ·Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome, idade, etc). 
 Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar 
normalmente pelas narinas ou boca. 
 Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue que se perde. 
Se é arterial ou venoso. 
 Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre as pupilas). 
 Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e extremidades. 
b. Em seguida proceder a um exame rápido das diversas partes do corpo. 
 Cabeça e Pescoço 
o Verificar o estado de consciência e a respiração do acidentado, apalpar, com 
cuidado, o crânio a procura de fratura,hemorragia ou depressão óssea. 
o Proceder da mesma forma para o pescoço, procurando verificar o pulso na artéria 
carótida, observando frequência, ritmo e amplitude, correr os dedos pela coluna cervical, 
desde a base do crânio até os ombros, procurando alguma irregularidade. Solicitar que o 
acidentado movimente lentamente o pescoço, verificar se há dor nessa região. Movimentar 
lenta e suavemente o pescoço, movendo-o de um lado para o outro. Em caso de dor pare 
qualquer mobilização desnecessária. 
o Perguntar a natureza do acidente, sobre a sensibilidade e a capacidade de 
movimentação dos membros visando confirmar suspeita de fratura nacoluna cervical. 
 Coluna Dorsal 
o Perguntar ao acidentado se sente dor. Na coluna dorsal correr a mão pela espinha 
do acidentado desde a nuca até o sacro. 
o A presença dedor pode indicar lesão da coluna dorsal. 
 Tórax e Membros 
o Verificar se há lesão no tórax, se há dor quando respira ou se há dorquando o tórax é 
levemente comprimido. 
o Solicitar ao acidentado que movimente de leve os braços e verificar a existência de 
dor ou incapacidade funcional. 
o Localizar o local da dor e procurar deformação, edema e marcas de injeções. 
Verificar se há dor no abdome e procurar todo tipo de ferimento, mesmo pequeno. Muitas 
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164 
vezes um ferimento de bala é pequeno, não sangra e é profundo, comconsequências 
graves. 
o Apertar cuidadosamente ambos os lados da bacia para verificar se há lesões. 
Solicitar à vítima que tente mover as pernas e verificar se há dorou incapacidade funcional. 
o Não permitir que o acidentado de choque elétrico ou traumatismo violento tente 
levantar-se prontamente, achando que nada sofreu. Ele deve ser mantido imóvel, pelo 
menos para um rápido exame nas áreas que sofreram alguma lesão. O acidentado deve 
ficar deitado de costas ou na posição que mais conforto lhe ofereça. 
 
3. Exame do acidentado Inconsciente 
a. O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores desimpedidas fazendo a 
extensão da cabeça, ou mantê-la em posição lateral para evitar aspiração de vômito. Limpar 
a cavidade bucal. 
b. O exame do acidentado inconsciente deve ser igual ao do acidentado consciente, só 
que com cuidados redobrados, pois os parâmetros de força e capacidade funcional não 
poderão ser verificados. O mesmo ocorrendo com respostas a estímulos dolorosos. 
c. A observação das seguintes alterações deve ter prioridade acima de qualquer outra 
iniciativa. Ela pode salvar uma vida: 
o Falta de respiração; 
o Falta de circulação (pulso ausente); 
o Hemorragia abundante; 
o Perda dos sentidos (ausência de consciência); 
o Envenenamento. 
 
Podemos resumir então que para um bom atendimento de acidente é imprescindível: 
1. Manter a calma. Evitar pânico e assumir a situação. 
2. Antes de qualquer procedimento, avaliar a cena do acidente e observar se ela pode 
oferecer riscos, para o acidentado e para você. EMHIPÓTESE NENHUMA PONHA SUA 
PRÓPRIA VIDA EM RISCO. 
3. Os circunstantes devem ser afastados do acidentado, com calma e educação. O 
acidentado deve ser mantido afastado dos olhares decuriosos, preservando a sua 
integridade física e moral. 
4. Saiba que qualquer ferimento ou doença súbita dará origem a uma grande mudança 
no ritmo da vida do acidentado, pois o coloca repentinamente em uma situação para a qual 
não está preparado e que foge a seu controle. Suas reações e comportamentos são 
diferentes do normal, não permitindo que ele possa avaliar as próprias condições de saúde 
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165 
e as consequências do acidente. Necessita de alguém que o ajude.Atue de maneira 
tranquila e hábil, o acidentado sentirá que está sendo bem cuidado e nãoentrará em pânico. 
Isto é muito importante, pois a intranquilidade pode piorar muito o seu estado. 
5. Em caso de óbito serão necessárias testemunhas do ocorrido. Obter a colaboração 
de outras pessoas dando ordens claras e concisas. Identificar pessoas que se encarreguem 
de desviar o trânsito ou construir uma proteção provisória. Uma ótima dica é dar tarefas 
como, por exemplo: contatar o atendimento de emergência, buscar material para auxiliar no 
atendimento, como talas e gaze, avisar a polícia se necessário, etc. 
6. JAMAIS SE EXPONHA A RISCOS. Utilizar luvas descartáveis e evitar o contato 
direto com sangue, secreções, excreções ou outros líquidos.Existem várias doenças que 
são transmitidas através deste contato 
7. Tranquilizar o acidentado. Em todo atendimento ao acidentado consciente, 
comunicar o que será feito antes de executar para transmitir-lhe confiança, evitando o medo 
e a ansiedade. 
8. Quando a causa de lesão for um choque violento, deve-se pressupor a existência de 
lesão interna. As vítimas de trauma requerem técnicas específicas de manipulação, pois 
qualquer movimento errado pode piorar o seu estado. Recomendamos que as vítimas de 
traumas não sejam manuseadas até a chegada do atendimento emergencial. Acidentados 
presos em ferragens só devem ser retirados pela equipe de atendimentoemergencial. 
9. No caso de o acidentado ter sede, não ofereça líquidos para beber,apenas molhe 
sua boca com gaze ou algodão umedecido. 
10. Cobrir o acidentado para conservar o corpo quente e protegê-lo do frio, chuva, etc. 
11. Em locais onde não haja ambulância, o acidentado só poderá ser transportado após 
ser avaliado, estabilizado e imobilizado adequadamente.Evite movimentos desnecessários. 
12. Só retire o acidentado do local do acidente se esse local causar risco de vida para 
ele ou para o socorrista. Ex: risco de explosão, estrada perigosa onde não haja como 
sinalizar, etc. 
 
O PRIMEIRO SOCORRO E A ESTÉTICA 
 
Diversos procedimentos podem ocasionar acidentes dentro de um centro estético, 
mas as mais comuns são falta de atenção e/ou conhecimento do procedimento por parte do 
profissional. 
Podemos citar como ocorrências mais comuns: 
o Quedas, 
o Queimaduras, 
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o Alergias, 
o Desmaios, 
o Envenenamentos, 
o Cortes e 
o Choques. 
 Todas elas exigem um socorro imediato. Como vimos anteriormente O socorro à 
vítima consiste em: 
o Reconhecer que se trata de urgência; 
o Chamar o serviço médico; 
o Atuar conforme o seu conhecimento; 
o Assistir a vítima até que chegue o socorro médico; 
o É muito importante identificar se a situação é caso de urgência ou emergência; 
o Urgência: Situação que não oferece risco à vida; 
o Emergência: Oferece risco à vida. 
 
Todas essas ocorrências citadas podem ser prevenidas, organizando o ambiente de 
trabalho principalmente, por exemplo, , não deixar fios de equipamentos, extensões, tapetes 
que possam ser escorregadios, ou qualquer outro objeto ou acessório que possa atrapalhar 
o deslocamento do seu cliente na sala ou na recepção. Lembrando que nosso cliente pode 
ser gestante, idosos ou ter dificuldades de locomoção. Nosso ambiente deve ser o mais 
seguro possível. 
Como atuamos com peelings químicos, recursos eletroterápicos podem oferecer 
risco de queimadura, assim é muito importante trabalhar com substâncias químicas seguras 
e manter em dia a calibragem do seu equipamento e também o seu aperfeiçoamento. Se 
tiver dúvidas, procure estudar e se aperfeiçoar para manusear o equipamento em questão. 
Finalmente é essencial na estética realizarmos uma boa ficha de anamnese, não podemos 
deixar escapar nada, principalmente alergias, e, muitas vezes, não realizam testes para 
saber se o cliente é alérgico a determinado produto ou substância. Por isso, a avaliação e o 
termo de consentimento são importantíssimos, além da ficha de evolução. 
Caso uma dessas ocorrências ocorram podemos agir: 
o Quedas. 
 Esse tipo de emergência está muito ligado a ferimentos e fraturas, principalmente de 
pernas e braços. Dependendo da altura e da intensidade da queda, pode haver perda de 
consciência e traumatismos graves, como o craniano. 
 Se a queda for leve, lave bem a área afetada com água e sabão para evitar que a 
ferida infeccione. 
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 Se após a queda a vítima sentir dor em alguma parte do corpo, faça a imobilização 
da área e procure o atendimento médico imediatamente. 
 Se a vítima estiver inconsciente, verifique a respiração e o pulso dela e chame SAMU 
imediatamente. 
o Queimaduras. 
 Primeiramente tentar identificar o grau da queimadura: 
 Queimadura de primeiro grau: é aquela que atinge a camada superficial da pele, 
causando uma vermelhidão e uma ardência no local. Normalmente, são causadas por 
exposição prolongada ao sol, ou contato rápido com alguma chama, ou objeto aquecido. 
 Queimadura de segundo grau: caracteriza-se por afetar uma região secundária da 
pele, entre a derme (superfície exterior da pele) e a epiderme (camada interior da pele), e 
nota-se o aparecimento de uma ou mais bolhas na área afetada. As bolhas são o resultado 
de uma espécie de deslocamento da camada entre a derme e a epiderme causada pela 
mudança drástica de temperatura na região. 
 Queimadura de terceiro grau: As queimaduras de terceiro grau caracterizam-se por 
atingir uma área profunda da pele, podendo incluir até o tecido ósseo, e costuma apresentar 
uma necrose no local afetado. É o tipo de queimadura mais profundo e mais grave. 
 O que fazer 
 Primeiro grau: Deve-se procurar resfriar bem a localidade da queimadura com soro 
fisiológico ou água fria em abundância, até que a dor amenize e administrar o uso de 
pomadas contra queimadura. 
 Segundo grau: Resfrie a área afetada com soro fisiológico ou água fria corrente em 
abundância, deve-se lavar a área cuidadosamente, sem esfregar, com sabão neutro, ou um 
antiséptico, que não seja álcool. Não se deve “estourar” as bolhas que se formam, e nem 
retirar a pele das que já estiverem rebentadas, deve-se colocar uma gaze úmida após ter 
resfriado o local e a dor haver diminuído. O curativo sobre a lesão deve permanecer durante 
48 horas e, somente depois desse tempo, recomenda-se expor a pele ao ar livre, para evitar 
infecções. 
 Terceiro grau: Resfriar a região com soro fisiológico ou água fria corrente até que a 
dor amenize, lavar cuidadosamente sem esfregar, com sabão neutro ou antiséptico que não 
seja álcool. Se a área afetada for extensa, deve-se envolver a vítima num lençol limpo e 
molhado com soro fisiológico, ou com água fria, nesses casos, por se tratar de queimaduras 
mais graves, a vítima deve ter um atendimento médico o quanto antes leva-a a um hospital 
próximo. 
o Alergia: remova completamente o produto, faça compressas com soro fisiológico 
(gelado de preferência), pode usar esferas cromoterápicas (devem estar previamente 
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geladas). Faça de tudo para acalmar a pele, a máscara calmante em gel também pode ser 
usada nesse processo, ledterapia vermelha ajuda muito também. Se mesmo assim o caso 
for grave e a pele estiver com muito edema, encaminhe imediatamente ao médico, para que 
seja medicado de maneira adequada. 
o Desmaios: 
 Quedas causadas por um estado de semiconsciência ou inconsciência repentina, 
quando o cérebro deixa de receber a quantidade necessária de oxigênio ou açúcar para 
manter suas funções plenamente ativas. O desmaio pode ser ocasionado por diversas 
razões como calor, longos períodos sem ingerir alimentos, cansaço, emoções muito fortes, 
etc. 
 O que fazer: 
 Se a pessoa estiver prestes a desmaiar; sentá-la com a cabeça entre os joelhos e as 
penas formando um ângulo, ou deitá-la com as pernas levantadas; 
 Molhar a testa da pessoa com água fria; 
 Afrouxar as roupas da vítima; 
 Se a pessoa já se encontrar desmaiada, deve-se deitá-la na PLS (Posição Lateralde 
Segurança), de preferência com a cabeça ligeiramente mais baixa que as pernas; 
 Afrouxar as roupas da vítima e mantê-la de forma confortável e aquecida; 
 Assim que a vítima recobrar seus sentidos, recomenda-se que se dê algo açucarado 
para tomar, para recuperar os níveis de açúcares perdidos os quais podem ter sido a causa 
do desmaio (vale lembrar que o consumo excessivo de açúcar em situações extraordinárias 
como a de um desmaio, não acarreta em prejuízo para o organismo); 
 Caso a pessoa não recupere os sentidos, deve-se administrar uma espécie de pasta 
feita com água e açúcar, com pouca água e mais açúcar. Esta “pasta” deve ser colocada 
debaixo da língua da pessoa mesmo inconsciente, e aguardar o socorro médico; 
o Envenenamentos: 
 Ligue imediatamente para o Centro de Informações Antiveneno, através do número 
0800 284 4343, ou chame uma ambulância, ligando o 192; 
 Diminua a exposição ao agente tóxico: 
 Ingestão: a melhor forma consiste em fazer lavagem gástrica no hospital, no entanto, 
enquanto se espera pela ajuda médica pode-se beber 100 g de carvão vegetal ativado em 
pó diluído num copo de água, para adultos, ou 25 g desse carvão, para crianças. O carvão 
vegetal gruda na substância tóxica e evita que seja absorvida no estômago. Pode ser 
comprado em farmácias e algumas lojas de produtos naturais; 
 Inalação: tente remover a vítima do ambiente contaminado; 
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 Contato com a pele: lave a pele da vítima com água e sabão e remova roupas 
manchadas pela substância; 
 Contato com os olhos: lavar os olhos com água fria durante 20 minutos. 
 Coloque a pessoa em posição lateral de segurança, especialmente se estiver 
inconsciente para evitar que sufoque caso precise vomitar. Veja como colocar alguém nesta 
posição; 
 Procure informações sobre a substância que provocou o envenenamento, lendo o 
rótulo da embalagem da substância tóxica e aguardar socorro. 
o Cortes: 
 Ter certeza de que a ferida não é grave. Em seguida deve-se lavar as mãos com 
água e sabão; 
 Lave a ferida com muito cuidado com água e sabão. Certifique-se de que o local 
ficou bem limpo e livre de partículas que poderiam causar infecção; 
 Aplique um antiséptico e seque o local em volta da ferida; 
 De acordo com a lesão, coloque uma gaze ou pano limpo para cobrir o ferimento. 
Não use algodão, pois as fibras do material podem colar na ferida, provocando novamente 
sangramento ao retirar o curativo; 
 Mantenha o corte limpo e seco para facilitar a cicatrização. 
o Choques: 
 Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima; 
 Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais 
não condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha; 
 Chame uma ambulância, ligando para o 192; 
 Observe se a pessoa está consciente e respirando; 
 Se estiver consciente: acalme a vítima até a chegada da equipe médica; 
 Se estiver inconsciente, mas respirando: deite-a de lado, colocando-a em posição 
lateral de segurança. Saiba como pode fazer isso de forma correta; 
(BRASIL, 2003) 
Tenha sempre um kit básico de primeiro socorro, ele deve contar: 
 Instrumentos 
o pinça; 
o tesoura; 
o termômetro; 
o colar cervical; 
o luvas cirúrgicas; 
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o óculos de proteção; 
o tala de imobilização; 
o máscara para proteção facial; 
o Material para curativo. 
 
 Caso haja a necessidade de fazer curativo, os seguintes materiais não podem faltar: 
 band-aid; 
 antisséptico; 
 esparadrapo; 
 álcool 70%; 
 água boricada; 
 solução de iodo; 
 algodão hidrófilo; 
 gaze esterilizada; 
 ataduras de crepe; 
 água oxigenada de 10 volumes. 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 ANVISA, Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética e 
embelezamento sem responsabilidade médica, 2009. 
 BRASIL, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Manual de 
Primeiros Socorros. Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz, 2003 
 CLOTET J, FEIJÓ A. Bioética: uma visão panorâmica. M. Bioética: uma visão 
panorâmica, 1a ed. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2011, 9 - 20. 
 e esclarecido na prática médica. Revista Bioética 2010; 18(3): 705 – 24 
 JUNQUEIRA, S. R. Bioética e saúde pública. In: RAMOS, D. L. P. Bioética: pessoa e 
vida. São Caetano do Sul: Difusão, 2009, p. 97-115 
 LEONE, S.; PRIVITERA, S.; CUNHA, J.T. (Coords.). Dicionário de bioética. 
Aparecida: Editorial Perpétuo Socorro/Santuário, 2001. 
 LOCH JA. Modelos de análise de casos em Bioética Clínica. M. Bioética: uma visão 
panorâmica, 1a ed. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2011, 9 - 20. 
 OLIVEIRA VL, Pimentel D e Vieira MJ. O uso do termo de consentimento livre 
 VIANA LM. Aula Responsabilidade Civil da Esteticista – 2014. 
 vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. 
 VIDAL, Marciano. Bioética: estudios de bioética racional. 3.ed. Madrid: Tecnos 2008. 
 WATSON, James D. Tradução: Carlos Afonso Malferrari. DNA: o segredo da 
 WEBER J. Estética e bioética. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (3): 302-305, 
jul.-set. 2011

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