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10/12/2020 1 SDE3853 – FARMACOLOGIA APLICADA À SAÚDE Aula 11: Medicamentos que atuam no sistema cardiovascular: tratamento da insuficiência cardíaca e anti-hipertensivos. • A hipertensão é definida como uma pressão arterial sistólica contínua maior do que 140 mmHg e/ou uma pressão sanguínea diastólica contínua maior do que 90 mmHg. • A hipertensão resulta do aumento do tônus do músculo liso arteriolar vascular periférico. Na maioria dos casos, a causa do aumento do tônus vascular é desconhecida. • Embora muitos pacientes não tenham sintomas, a hipertensão crônica pode causar doença cardíaca e acidente vascular encefálico (AVE), as principais causas de morte no mundo. A hipertensão também é um fator de risco importante no desenvolvimento de doença renal crônica e insuficiência cardíaca. • No Brasil, 5% das crianças, 30% dos adultos e mais de 50% dos idosos são hipertensos. Hipertensão arterial 10/12/2020 2 Hipertensão arterial Sociedade Brasileira de Cardiologia • A hipertensão arterial pode ser dividida em primária (ou essencial – sem qualquer causa identificável), situação em que 95 a 97% dos pacientes se encontram, ou secundária, decorrente de problemas renovasculares, endócrinos, neurológicos e feocromocitoma (tumor de células cromafins produtor de catecolamina, leva a picos hipertensivos). • Os fatores predisponentes são vários: dislipidemia, tabagismo, estresse, obesidade, hereditariedade, idade, sedentarismo, gênero (masculino; igual após menopausa), etnia (negros), uso de contraceptivos, consumo de sal. Hipertensão arterial 10/12/2020 3 Principais fatores que influenciam a pressão arterial • A terapia anti-hipertensiva tem o intuito de controlar os níveis de PA para evitar complicações cardiovasculares e reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à PA elevada. • Pode-se executar essa tarefa de forma não farmacológica, com alteração da dieta, exercício, redução do consumo de álcool, cessação do tabagismo e métodos psicológicos de relaxamento; e de forma farmacológica, utilizando diuréticos, fármacos que agem no sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), fármacos que agem no sistema nervoso simpático, antagonista de canal para cálcio e vasodilatadores diretos. Terapia anti-hipertensiva 10/12/2020 4 Fármacos que agem no sistema renina- angiotensina-aldosterona (SRAA) Terapia anti-hipertensiva SRAA • O Sistema Renina-Angiotensina-Aldorestona é importante para o controle do volume extracelular. • O íon Na+, associado aos ânions Cl- e HCO3-, é o principal constituinte osmótico do LEC. 10/12/2020 5 SRAA Liberação de renina 10/12/2020 6 Angiotensinogênio Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe-His-Leu-Val-IIe-His-Thr-Glu Renina Angiotensina I Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe-His-Leu ECA (Enzima conversora de Angiotensina) Angiotensina II Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe Formação de Ang II Funções da Ang II A angiotensina II tem diversas funções fisiológicas importantes, incluindo: 1. Estimulação da secreção de aldosterona pelo córtex suprarrenal. 2. Vasoconstrição arteriolar, que aumenta a pressão arterial. 3. Estimulação da secreção do ADH e da sede. 4. Aumento da reabsorção de NaCl pelos túbulo proximal, ramo ascendente espesso da alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor. Desses segmentos, o efeito sobre o túbulo proximal é quantitativamente o maior. Para exercer sua atividade biológica, a angiotensina II liga-se, preferencialmente, ao receptor de alta afinidade AT1 existente em uma variedade de tecidos. 10/12/2020 7 Ações da Ang II Aldosterona Com relação à regulação do volume do LEC, a aldosterona reduz a excreção de NaCl pela estimulação de sua reabsorção pelo ramo espesso da alça de Henle, do túbulo distal e do ducto coletor. 10/12/2020 8 Os fármacos que atuam no SRAA são: - inibidores de renina; - inibidores da ECA; - antagonistas de receptor AT1 de Ang II; - antagonistas de aldosterona. Fármacos que agem no SRAA Antagonistas de Aldosterona • Os antagonistas de aldosterona bloqueiam os receptores de aldosterona, ou seja, agem na via final do SRAA. • Como a Ang II apresenta grande efeito, a eficácia desses fármacos é baixa. • Apresentam ação limitada como diuréticos e anti-hipertensivos, diminuindo a retenção de sódio e a secreção de potássio. • Os principais efeitos colaterais são: hipercalemia, ginecomastia (condição masculina resultante da hipertrofia das glândulas mamárias), distúrbios menstruais e disfunção erétil. • Os principais exemplos de drogas são: espironolactona e eplerenona. Fármacos que agem no SRAA 10/12/2020 9 Inibidores da ECA (IECA) • Os inibidores da ECA (IECA) impedem a conversão de Ang I a Ang II, sendo bastante utilizados no tratamento da hipertensão. • Outros usos: hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, nefropatia diabética, insuficiência cardíaca pós-infarto, prevenção de reinfarto, eventos isquêmicos coronarianos e acidente vascular encefálico (AVE). • São os fármacos de primeira escolha para tratar a insuficiência cardíaca, os pacientes hipertensos com doença renal crônica e os pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana. • Os efeitos colaterais são: tosse seca, erupções cutâneas, hipotensão, hipercalemia, potencial fetopático e perda do paladar. Fármacos que agem no SRAA Inibidores da ECA • Contraindicações: gestação (pode induzir malformações fetais), uso de AINE, diuréticos poupadores de potássio. • O uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio e IECAs pode induzir hipercalemia, especialmente se não houver outro diurético prescrito (de alça ou tiazídico), em idosos, em diabéticos e em pacientes com insuficiência renal. • Exemplos: captopril (descoberto por pesquisadores da USP-Ribeirão Preto: Sérgio Ferreira, Antônio Camargo e Eduardo Krieger), enalapril, lisinopril, benazepril... Fármacos que agem no SRAA 10/12/2020 10 Antagonistas de receptor AT1 (BRAs) • São utilizados em hipertensão arterial, insuficiência renal, nefropatia diabética, insuficiência cardíaca congestiva, hipertrofia ventricular esquerda e pós-infarto do miocárdio. • Eles podem ser usados como fármacos de primeira escolha para o tratamento da hipertensão, especialmente em pacientes com forte indicação de diabetes, insuficiência cardíaca ou doença renal crônica. • Os raros efeitos colaterais são: potencial fetopático, cefaleia, hipercalemia e hipotensão -> apresentam um perfil de segurança melhor do que outras classes de anti-hipertensivos. • Contraindicações: gestação (teratogênico) e diuréticos poupadores de potássio. • Exemplos: saralasina, losartan, valsartan, candesartan, etc. Fármacos que agem no SRAA Inibidores de Renina • Atualmente, há apenas um inibidor de renina, o alisquireno, que inibe a primeira etapa do SRAA. Assim, é bastante eficaz no tratamento da hipertensão. • O principal efeito colateral é a hipercalemia. Pode causar diarreia, especialmente em doses altas, e pode causar também tosse e angioedema, mas possivelmente menos do que com IECAs. • O alisquireno apresenta uma associação tolerável e segura quando administrado com outros fármacos que atuem no SRAA (Gonzaga et al., 2009). • Estão contraindicados para gestantes e pacientes que utilizam diuréticos poupadores de potássio. Fármacos que agem no SRAA 10/12/2020 11 Quem tiver curiosidade... Fármacos que agem no sistema nervoso simpático Terapia anti-hipertensiva 10/12/2020 12 Débito cardíaco: quantidade de sangue que cada ventrículo lança na circulação (pulmonar ou sistêmica) em determinada unidade de tempo. Em geral, o débito cardíaco é expresso em litros de sangue/minuto. Frequência cardíaca: número de vezes que o coração bate por minuto. A quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo emcada contração é chamada de volume sistólico (ou débito sistólico). Débito Cardíaco (DC) = Volume Sistólico (VS) x Frequência Cardíaca (FC) Mas antes... Alguns conceitos! Luta ou fuga? Atividade do sistema nervoso simpático - Aumenta glicogenólise (maior oferta de glicose). - Aumento do suprimento sanguíneo nos músculos esqueléticos. - Vasodilatação nos vasos dos músculos. - Aumento do ritmo cardíaco e da circulação coronária. - Aumento da pressão arterial. - Vasoconstrição nos vasos mesentérios e cutâneos (palidez). - Dilatação dos brônquios (melhora oxigenação). - Dilatação das pupilas (midríase). - Diminuição do peristaltismo intestinal e fechamento dos esfíncteres. - Aumento da sudorese e ereção dos pelos. 10/12/2020 13 Antagonistas não seletivos de receptores alfa-adrenérgicos • Fenoxibenzamina e a fentolamina. • Seus efeitos colaterais são: hipotensão postural, congestão nasal, taquicardia, inibição da ejaculação e redução da retenção urinária. Fenoxibenzamina • Liga-se covalentemente ao receptor, ou seja, faz bloqueio irreversível de receptores alfa1 e alfa2. Dessa forma, promove vasodilatações arteriolar e venosa, com redução da resistência vascular periférica (RVP), da pré-carga e da PA média. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático 10/12/2020 14 Fentolamina • Liga-se de forma reversível ao receptor alfa-adrenérgico. • Seus efeitos são: dilatação arterial e venosa, com redução da resistência vascular periférica (RVP) e da PAM; aumento da frequência cardíaca e do débito cardíaco (DC). • É utilizada para o controle da PA de pacientes com feocromocitoma, por reduzir a PA. Além disso, é usada no tratamento para crises hipertensivas. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático Antagonistas seletivos de receptores alfa1-adrenérgicos • Os fármacos principais são prazosina, terazosina, doxazosina, alfuzocina e tansulosina. • O uso clínico delas está indicado para tratamento de hipertensão, hiperplasia prostática benigna (HPB) (melhora a retenção urinária e promove relaxamento esfincteriano). • O mecanismo de ação é composto por dilatação arterial e venosa e redução da resistência vascular periférica e PAM, sem alteração da frequência cardíaca e do débito cardíaco. • Hipotensão postural é o principal efeito adverso. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático 10/12/2020 15 Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático Antagonistas beta-adrenérgicos • Opção de tratamento para pacientes hipertensos com doença ou insuficiência cardíaca concomitante. • Reduzem a pressão arterial primariamente diminuindo o débito cardíaco. • Eles também podem inibir a liberação de renina dos rins, reduzindo, assim, a formação de angiotensina II e a secreção de aldosterona. • Podem ser subdivididos em não seletivos (p.ex., propranolol) e seletivos (beta1 – atenolol e beta1 com efeitos adicionais – carvedilol). • Efeito rebote: a parada abrupta do uso de beta-bloqueadores leva a sintomas graves como arritmias cardíacas, agravamento da insuficiência coronariana, infarto do miocárdio e morte súbita. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático 10/12/2020 16 Antagonistas não seletivos de receptores beta-adrenérgicos • Os fármacos principais são propranolol, nadolol e timolol. • Os efeitos terapêuticos são: ausência de vasodilatação, redução da frequência cardíaca, redução da contração cardíaca e redução da contração muscular. Há redução do tônus simpático centralmente e redução da liberação de renina. • Importante: têm pouco ou nenhum efeito quando atividade simpática está normal (normotenso ou repouso). • Usos clínicos: hipertensão, angina (reduz trabalho cardíaco), arritmias pós-IAM, tremor de ansiedade e glaucoma de ângulo aberto. • Atualmente, é droga profilática de enxaqueca. • Efeito rebote. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático Antagonistas seletivos de receptores beta1-adrenérgicos • As drogas principais são atenolol, alprenolol e oxprenolol. • Os efeitos terapêuticos são: diminuição da frequência cardíaca e da contração cardíaca e redução da liberação de renina. • Uso clínico: hipertensão, arritmias pós-IAM e angina. • A retirada do remédio deve ser gradual para evitar o efeito rebote. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático 10/12/2020 17 Antagonistas beta-adrenérgicos de terceira geração Ainda há poucos estudos que identifiquem todos os usos clínicos desses fármacos. Além de bloquearem seletivamente, ou não, os receptores beta-adrenérgicos, apresentam outros efeitos. Carvedilol e labetalol • O carvedilol é um antagonista beta-adrenérgico e alfa1-adrenérgico (com relação de bloqueio 7:1) com efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Sua vantagem é o bloqueio em alfa1, que reduz a resistência vascular periférica e leva a maior perfusão tecidual. Dessa forma, tem uso promissor em diabéticos. • Atualmente, é indicado para tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca. • O labetalol tem o mesmo efeito do carvedilol, mas está indicado para gestantes. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático Nebivolol • O nebivolol é um antagonista beta1, beta2 e agonista parcial beta3-adrenérgico, causando vasodilatação adicional dependente do endotélio. • Tem como vantagem a possível utilização em pacientes diabético. Fármacos que agem no Sistema Nervoso Simpático 10/12/2020 18 Antagonistas de canal para cálcio Terapia anti-hipertensiva • Os antagonistas de canal para cálcio são úteis no tratamento da hipertensão arterial por diminuírem a resistência vascular periférica (RVP). Como a contração do músculo liso vascular depende do cálcio, a inibição de canais para cálcio voltagem-dependentes é importante para reduzir a vasoconstrição. • Há vários tipos de canais para cálcio voltagem-dependentes, mas essas drogas agem no tipo L. • Há classicamente três classes: fenilalquilaminas (verapamil), benzotiazepinas (diltiazem) e di-hidropiridinas (nifedipina). A primeira classe age majoritariamente no músculo cardíaco, sendo útil para hipertensão arterial associada à coronariopatia; a última classe age sobretudo no músculo liso vascular; a segunda, age nos dois locais. Antagonistas de canal para cálcio 10/12/2020 19 Vasodilatadores diretos Terapia anti-hipertensiva • Os vasodilatadores diretos são utilizados em situações específicas, principalmente em crises hipertensivas e apenas em associação com outros fármacos, pois, em razão de intensa e rápida redução da PA, ativam o SRAA e simpático. • Há três drogas principais: nitroprussiato de sódio, hidralazina e minoxidil. Nitroprussiato de sódio • Age por liberação de óxido nítrico, resultando em vasodilatação. • Trata-se de uma molécula instável que se decompõe em condições alcalinas ou sob exposição da luz. • Sua ação tem início em 30 segundos, e o pico hipotensor ocorre em 2 minutos. • Deve ser utilizado em pequenas concentrações, pois sua metabolização produz cianeto e tiocianato. • Seu uso é praticamente restrito ao hospital, sendo titulado gota a gota até que a pressão normalize-se. Vasodilatadores diretos 10/12/2020 20 Hidralazina • Relaxa diretamente o músculo liso arteriolar. • Seu mecanismo de ação molecular não está totalmente esclarecido • É utilizado em emergências hipertensivas, principalmente em gestantes. • Causa cefaleia, hipotensão postural e taquicardia reflexa. Minoxidil • Relaxamento do músculo liso. • Promove vasodilatação arteriolar e diminuição da resistência vascular periférica. • É utilizado em hipertensão refratária (pressão arterial que permanece acima da meta apesar do uso de três classes de fármacos anti-hipertensivos, incluindo um diurético). • Os efeitos colaterais são: cefaleia, hipotensão postural, taquicardia reflexa, retenção de sódio e hipertricose (utilizado na formade solução para calvície). Vasodilatadores diretos Insuficiência cardíaca Terapia anti-hipertensiva 10/12/2020 21 • Na insuficiência cardíaca (IC), há redução do débito cardíaco, que promove a ativação do sistema simpático, havendo, portanto, um tônus simpático elevado. Além disso, o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) também está suprarregulado. • Esses mecanismos compensatórios, em longo prazo, causam hipertrofia cardíaca. • Os sinais clássicos de insuficiência cardíaca (IC) são: estase jugular, edema periférico, edema pulmonar, ascite e oligúria (volume da urina excretada menor que as necessidades para a eliminação de catabólitos). • A terapêutica para IC divide-se em duas frentes: fármacos que atuam no próprio coração com o intuito de reduzir a frequência cardíaca e aumentar o inotropismo; e fármacos que atuam nos vasos com o intuito de diminuir a resistência vascular periférica (diminuição de pós-carga) e aumento da capacitância venosa (diminuição do retorno venoso/ pré-carga). Insuficiência cardíaca • Os diuréticos são a principal classe de fármacos no tratamento da Insuficiência cardíaca. • Em geral, utilizam-se diuréticos de alça em razão da maior potência, porém, eles podem ser associados a diuréticos tiazídicos e poupadores de potássio. Diuréticos III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica 10/12/2020 22 • Na IC, o sistema simpático e o SRAA estão superativados. Fármacos que diminuem o tônus desses sistemas são úteis no tratamento da IC. • Podem-se destacar: IECA (captopril, enalapril), BRA (losartan), inibidores de renina (alisquireno), beta-bloqueadores (propranolol, metoprolol). • O carvedilol é um antagonista beta-adrenérgico e antagonista alfa1-adrenérgico com melhor efeito do que o propranolol. Fármacos que agem no SRAA e simpático • Os inotrópicos positivos aumentam a contratilidade cardíaca, melhorando os sintomas da IC. • Eram os fármacos mais utilizadps antigamente, mas perderam espaço para os diuréticos e para os fármacos que agem no SRAA e no sistema simpático. • Atualmente, são utilizados apenas em estágios avançados da doença. • Há três fármacos principais dentro dessa classe: digoxina, milrinona e dobutamina. Inotrópicos positivos 10/12/2020 23 Digitálicos • Seu mecanismo de ação se dá por inibição da bomba de sódio e potássio em miócitos, efeito inotrópico positivo sobre o miocárdio. • Por inibirem a bomba de sódio e potássio, reduzem o efluxo de sódio e aumentam os níveis citoplasmáticos de sódio, que resultam em diminuição do gradiente eletroquímico de sódio que mantém o trocador sódio-cálcio. Consequentemente, menos cálcio é removido da célula e mais cálcio é acumulado no retículo sarcoplasmático, o que faz com que os níveis de cálcio na próxima contração aumentem e, assim, aumentem a contratilidade cardíaca. • O principal digitálico na atualidade é a digoxina. Inotrópicos positivos • Outros efeitos são diminuição da duração do potencial de ação (redução do período refratário – pode levar à arritmia ventricular), sensibilização dos barorreceptores e aumento do tônus vagal. • Os efeitos sistêmicos dos digitálicos são: aumento do débito cardíaco, aumento da tolerância ao exercício, redução do tônus simpático e do SRAA, aumento da natriurese. Intoxicação digitálica • A digoxina apresenta faixa terapêutica estreita. • Exacerbação dos sintomas da insuficiência cardíaca. Inotrópicos positivos
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