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VEDAÇÕES AO SERVIDOR 
 Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no 
âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de 
parentes, de amigos ou de terceiros. 
 Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber 
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, 
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para 
si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da 
sua missão ou para influenciar outro servidor para o 
mesmo fim. 
 Não pode retardar a prestação de contas 
 Retirar de repartição pública, sem estar legalmente 
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente 
ao patrimônio público. 
 É vedado ao servidor apresentar-se embriagado no 
serviço ou fora dele habitualmente. 
 Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao 
seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do 
seu mister. 
 É vedado desviar servidor público para atendimento a 
interesse particular. 
 Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu 
nome a empreendimento de cunho duvidoso. 
 
 
 
DEVERES DO SERVIDOR: 
 Manter sigilo quanto as informações sobre ato, fato ou 
decisão não divulgáveis ao público, ressalvando os casos 
cuja divulgação seja exigida em norma 
 Exercer juízo profissional independente, mantendo 
imparcialidade no tratamento com o público e com os 
demais agentes 
 Reconhecer, quando no exercício de cargo de chefia, o 
mérito de cada agente e propiciar igualdade de 
oportunidades para o desenvolvimento profissional. 
 A função pública deve ser tida como exercício 
profissional e, portanto, se integra na vida particular de 
cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na 
conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer 
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional 
 Comunicar imediatamente a seus superiores todo e 
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, 
exigindo as providencia cabíveis. 
 Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, 
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o 
público. 
 Ter consciência que seu trabalho é regido por 
princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos 
 Comunicar imediatamente a seus superiores todo e 
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, 
exigindo providencias cabíveis. 
 Servidor deve prestar toda a sua atenção as ordens 
legais de seus superiores, valendo atentamente por seu 
cumprimento e, assim, evitando a conduta negligente. Os 
repetidos erros, o descaso e o acumulo de desvios tornam-
se as vezes difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo 
imprudência no desempenho da função pública. 
 Abster-se de forma absoluta de exercer sua função, 
poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse 
público, mesmo observando as formalidades legais e não 
cometendo qualquer violação expressa a lei. 
 Ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que 
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, 
refletindo negativamente em todo o sistema. 
 Resistir a todas as pressões de superiores 
hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que 
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens 
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou 
aéticas e denuncia-las. 
 Manter-se atualizado com as instruções, as normas 
de serviço e a legislação pertinente ao órgão onde exerce 
suas funções. 
 Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por 
quem de direito 
 Apresentar-se ao trabalho com vestimentas 
adequadas ao exercício da função. 
 Exercer com estrita moderação as prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo 
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do 
serviço público e dos jurisdicionados administrativos. 
 
OUTROS 
 A moralidade da administração pública não se limita a 
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da 
ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio 
entre legalidade e a finalidade, na conduta do servidor 
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo. 
 Moralidade pública: tem que haver equilíbrio entre 
legalidade e finalidade 
 A remuneração do servidor é custeada pelos tributos 
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele 
mesmo, e por isso se exige, como contrapartida, que a 
moralidade administrativa se integre no Direito, como 
elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, 
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. 
 Deixar o servidor qualquer pessoa a espera de solução 
que compete ao setor em que exerça suas funções, 
permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra 
espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza 
apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços 
públicos. 
 O servidor público não poderá jamais desprezar o 
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir 
somente entre o legal e ilegal, o justo e o injusto, o 
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, 
mas principalmente entre o honesto e o desonesto, 
consoante as regras contidas. 
 O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante 
a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu 
próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da 
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado 
como seu maior patrimônio. 
 A dignidade, o decoro, zelo, eficácia e a consciência 
dos princípios morais são primados maiores que devem 
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou 
função, ou fora dele já que refletirá o exercício da vocação 
do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e 
atitudes serão direcionados para a preservação da honra e 
da tradição dos serviços públicos. 
 Toda ausência injustificada do servidor de seu local de 
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o 
que quase sempre conduz a desordem nas relações 
humanas. 
 Toda pessoa tem direito a verdade. O servidor não 
pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contraria aos 
interesses da própria pessoa interessada ou da 
administração pública. Nenhum Estado pode crescer ou 
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, 
da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até 
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma nação. 
 Salvo os casos de segurança nacional, investigações 
policiais ou interesse superior do Estado e da administração 
pública, a serem preservadas em processo previamente 
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e 
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento 
ético contra o bem comum, imputável a quem negar. 
 Para fins de apuração do comprometimento ético, 
entende-se por servidor público todo aquele que, por força 
de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços 
de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda 
que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, fundações públicas, entidades paraestatais, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, ou em 
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
 
 
COMISSÃO DE ÉTICA 
 Deve orientar e aconselhar sobre a ética profissional do 
servidor, no tratamento com as pessoas e com o 
patrimônio público, competindo-lhe conhecer 
concretamente de imputação ou de procedimento 
susceptível de censura. 
 A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de 
ética é a de censura e sua fundamentação constará do 
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, 
com ciência do faltoso. 
 A comissão não é corregedoria, não produz PAD e nem 
aplica advertência, suspensão, demissão.PDF 03 
 
COMISSÃO DE ÉTICA E COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA 
(CEP) 
O sistema de gestão da ética do poder federal é constituída pela 
CEP e pelas comissões de ética e equivalentes dos respectivos 
órgãos do poder executivo federal. 
 Qualquer cidadão, agente público, PJ de direito privado, 
associação ou entidade de classe poderá provocar a 
atuação da CEP ou de comissão de ética, visando a 
apuração de infração ética imputada a agente público, 
órgão ou setor específico de ente estatal 
 
Se existir infração ética deverá as providencias: 
A-Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou 
função de confiança a autoridade hierarquicamente superior ou 
devolução ao órgão de origem, conforme o caso. 
 Caso, o servidor que faltou com ética seja ocupante 
exclusivamente de cargo comissionado, a comissão de ética 
sugerirá sua exoneração. Caso se trate de servidor de outro 
órgão ou entidade que tenha sido cedido para exercer 
cargo ou função de confiança, a comissão de ética sugerirá 
sua devolução ao órgão de origem. 
B- encaminhamento, conforme o caso, para a controladoria-
geral da União ou unidade específica do sistema de correição do 
poder executivo federal de que trata o decreto 5.480 para 
exame de eventuais transgressões disciplinares. 
 A corregedoria geral da união é um dos órgãos 
componentes da controladoria geral d união. O decreto 
5480/2005 instituiu o sistema de correição do poder 
executivo federal, que tem como órgão central, e como 
unidades seccionais as corregedorias dos órgãos e 
entidades. Tanto a CGU quanto as corregedorias são 
competentes para apurar transgressões disciplinares e 
aplicar as penalidades previstas em lei. 
C- recomendação de abertura de procedimento administrativo, 
se a gravidade da conduta assim o exigir. 
 Será mantido com a chancela de reservado (sigilo), até que 
esteja concluso, qualquer procedimento instaurado para 
apuração de prática em desrespeito as normas éticas. 
 Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da 
comissão de ética do órgão ou entidade, os autos do 
procedimento deixarão de ser reservados. 
 É assegurado ao investigado o direito de saber o que lhe 
está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de 
ter vista dos autos, no recinto das comissões de ética, 
mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência 
do procedimento investigatório. 
FORMAÇÃO DA CEP 
 7 membros brasileiros com idoneidade moral, reputação 
ilibada e notória experiência em administração pública, 
designados pelo presidente da república. 
 Não são remunerados 
 O presidente da comissão tem prerrogativa de voto de 
qualidade 
 Mandatos são de 3 anos, permitida uma recondução. 
 É vinculada a casa civil da presidência da república. 
FORMAÇÃO COMISSÃO ÉTICA 
 3 titulares e 3 suplentes, servidores ou empregados 
públicos do quadro permanente do órgão ou entidade; 
assim como as demais comissões de ética que 
eventualmente tenham sido criadas no poder executivo, 
compõem o sistema de gestão da ética do poder executivo 
federal. 
PRINCÍPIOS 
 Imparcialidade dos membros 
 Preservação da honra e imagem dos investigados 
 Garantia do contraditório e ampla defesa 
 Identidade do denunciante deve ser mantida sob 
sigilo/reserva se ele assim o desejar. 
ATIBUIÇÕES CEP 
 Atuar como instancia consultiva do presidente da república 
e ministros de estado em matéria de ética pública. 
 Função consultiva, suas decisões não vinculam o presidente 
da república e nem os ministros de estado.

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