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Melissa Gimenes Araújo Referências: Anatomia aplicada à odontologia / Anatomia facial com fundamentos de anatomia geral Embriologia do sistema nervoso : Originado do folheto embrionário ectoderma (elementos que reagem com o meio externo); 1. A partir da segunda semana de vida embrionária, o ectoderma começa a se diferenciar em células de tecido nervoso em uma estrutura chamada placa neural; 2. Começa a se aprofundar formando uma invaginação, formando o sulco neural; 3. Depois tem a formação de uma estrutura semelhante a uma gota, chamada goteira neural, que possuem cristas neurais, o limite entra a goteira e a crista é chamada de prega neural (em cima tem o ectoderma que continua para formar a pele); 4. As pregas neurais se fundem e formam o tubo neural, as cristas neurais se separam porque as pregas se juntam para formar o tubo (entre 3 e 4 semana do desenvolvimento) Todos os elementos do SNC são formados a partir do tubo; as cristas dão origem as estruturas do SNP DIVISÕES EMBRIONÁRIAS: Primeiro fecha a parte central, depois a superior e por fim a inferior, e até o fechamento formam os polos (neuróporo rostral e neuróporo caudal) O neuróporo rostral da origem a todos os elementos do encéfalo (forma dilatações), e o caudal da origem a medula espinal (só cresce em comprimento) O rostral é divido em 3 vesículas/dilatações: 1. prosencéfalo 2. mesencéfalo (continua na idade adulta com o mesmo nome) 3. rombencéfalo O prosencéfalo forma: 1. telencéfalo 2. diencéfalo O mesencéfalo forma: 3. mesencéfalo O rombencéfalo forma: 4. metencéfalo (cerebelo e ponte) 5. mielencéfalo (bulbo) Melissa Gimenes Araújo Generalidades do sistema nervoso : O sistema nervoso pode ser dividido em duas partes principais: o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP) SNP aferente SNC eferente somático (m. esquelético) autônomo (m. liso, m. cardíaco, glândulas) SN eferente autônomo: simpático (fibras estimulam ou aumentam a atividade de um órgão), ou parassimpático (fibras inibem ou diminuem a atividade de um órgão) Substância branca: conjunto de axônios mielínicos e células que compõe a neuroglia Substância cinzenta: corpos neuronais, dendritos e axônios amielínicos Nervo: feixe de fibras nervosas no SNP Trato: feixe de fibras nervosas no SNC; podem percorrer longas distancias ao longo da medula espinal; também existem no encéfalo e conectam regiões encefálicas Gânglio: corpos de células nervosas no SNP Núcleo: corpos de células nervosas no SNC Corno: aspecto bidimensional da organização da substância cinzenta dentro da medula espinal Coluna: aspecto tridimensional resultante da organização longitudinal da substância cinzenta medular Telencéfalo : Porção mais desenvolvida do encéfalo Separado em dois hemisférios pela fissura longitudinal Se origina do prosencéfalo embrionário No desenvolvimento embrionário, dobra-se sobre si mesmo, formando sulcos, giros e fissuras É dividido em lobos: lobo frontal, lobo parietal, lobo occipital, lobo temporal e lobo da ínsula FACE SÚPERO-LATERAL: Lobo frontal: • Sulco pré-central • Sulcos frontal superior e frontal inferior • Giro pré-central -> área motora • Giro frontal superior (acima do sulco frontal superior) • Giro frontal médio (entre os sulcos frontais superior e inferior) • Giro frontal inferior (abaixo do sulco frontal inferior) • O giro frontal inferior, no hemisfério esquerdo, é denominado giro de Broca (área cortical da palavra falada Lobos parietal e occipital: • Sulco pós-central • Sulco intraparietal • Giro pós-central -> área sensitiva Melissa Gimenes Araújo Lobo temporal: • Giro temporal superior • Giro temporal médio • Giro temporal inferior • Giro temporal transverso anterior (face medial) –> audição FACE MEDIAL: Nessa face, destaca-se um grosso feixe de fibras brancas, o corpo caloso; essas fibras cruzam o plano mediano e conecta os dois hemisférios Abaixo do corpo caloso se encontra o fórnix, outro feixe de fibras, arqueado posteriormente à comissura anterior Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, membrana que separa os ventrículos laterais Lobo occipital: • Sulco parietoccipital (separa os lobos parietal e occipital) • Sulco calcarino -> visão • Cúneo -> área triangular formada pelo sulcos acima • Giro occipito-temporal medial (se continua como giro para-hipocampal no lobo temporal) Lobo frontal e parietal: • Sulco do corpo caloso (se continua com o sulco do hipocampo no lobo temporal) • Giro do cíngulo (delimitado pelo sulco do cíngulo) Melissa Gimenes Araújo FACE INFERIOR: Lobo temporal: • Giro para-hipocampal • Uncus -> olfato • Hipocampo -> área da memória para fatos recentes; relaciona-se com o comportamento emocional • Lobo límbico -.> hipocampo + giro para-hipocampal + giro do cíngulo; comportamento emocional e controle do SNA Lobo frontal: • Sulco olfatório (aloja o bulbo e o tracto olfatório) VENTRÍCULOS: Os ventrículos laterais se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares; apresentam uma parte central e três cornos que se projetam nos lobos frontal, occipital e temporal NÚCLEOS: No telencéfalo a substância cinzenta dispõe-se em uma fina camada chamada córtex cerebral A substância branca constitui o centro branco medular do telencéfalo e possui massas de substâncias cinzentas, denominadas núcleos O centro branco medular é constituído por fibras mielínicas divididas em três grupos: de projeção (conectam o telencéfalo com outras áreas subcorticais), de associação (conectam os dois hemisférios; comissura anterior, comissura do fórnix e corpo caloso) e comissurais Núcleos: • Claustro -> função desconhecida • Corpo amigdaloide -> comportamento emocional e memória • Putâmen e globo pálido -> constituem o núcleo lentiforme • Núcleo lentiforme e núcleo caudado -> formam o corpo estriado -> motricidade • Lesões desses núcleos ou de suas conexões provocam doenças como Parkinson, atetose e Coréia de Huntington PROTEÇÃO: Além dos ossos, o telencéfalo é protegido pelo líquor (produzido pelos plexos corióides), que amortece impactos, e pelas meninges Melissa Gimenes Araújo Dura-máter: • Meninge mais externa • Tecido conjuntivo fibroso, bem resistente • Entre a dura-máter e a parede óssea -> espaço peridural (virtual) Aracnoide: • Segunda membrana • Tecido conjuntivo fibroso, mais fino e delicado • Entre a aracnoide e a dura-máter -> espaço subdural Pia-máter: • Mais interna e mais delicada • Aderida à superfície do tecido nervoso • Bem vascularizada • Entre a aracnoide e pia-máter -> espaço subaracnóideo (por onde circula o líquor) LÍQUOR: • Fluido aquoso e incolor • Localizado no espaço subaracnóideo e cavidades ventriculares • Função primordial: proteção mecânica do SNC • SNC totalmente imerso por líquor (diminui o peso) • Formação: 60% pelos plexos corióides (estruturas enoveladas formadas por células ependimárias) 40% no epêndima das paredes ventriculares Circulação do líquor: O líquor formado principalmente pelos ventrículos laterais chegam ao III ventrículo pelos forames interventriculares e daí ao IV ventrículo através do aqueduto cerebral. Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido no sangue principalmente através das granulações aracnoideas que se projetam no interior dos seios da dura- máter. Como essas granulações predominam no seio sagital superior, a circulaçãodo líquor no espaço subaracnóideo se faz de baixo para cima, devendo, pois, atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois há reabsorção liquórica nas pequenas granulações aracnoideas existentes nas raízes dos nervos espinhais Diencéfalo : O diencéfalo é constituído pelo: hipotálamo, epitálamo, tálamo e subtálamo Se origina do prosencéfalo embrionário III VENTRÍCULO: Cavidade estreita que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos forames interventriculares Melissa Gimenes Araújo Há um sulco hipotalâmico na parede lateral que se estende do forame interventricular ao aqueduto cerebral que separa o tálamo (acima) do hipotálamo (abaixo) TÁLAMOS: Duas massas de substância cinzenta que delimitam entre si a cavidade do III ventrículo Ligados pela aderência intertalâmica HIPOTÁLAMO: Localizada ântero-inferiormente aos tálamos, no soalho do III ventrículo Quiasma óptico: anteriormente no soalho ventricular; cruzamento mediano de fibras do nervo óptico onde se originarão os tractos ópticos Túber cinéreo: onde a hipófise conecta-se ao hipotálamo através do infundíbulo Infundíbulo: formação nervosa em forma de funil que é continua com a neuro-hipófise; geralmente se rompe na retirada do encéfalo Hipófise: glândula endócrina constituída de tecido nervoso Corpos mamilares: eminências arredondadas na parte anterior da fossa interpeduncular EPITÁLAMO: Conjunto de estruturas localizadas posteriormente ao tálamo Limita posteriormente o III ventrículo A estrutura mais evidente é o corpo pineal SUBTÁLAMO: Núcleo localizado na transição diencéfalo-mesencefálica Visto em cortes Tronco encefálico : Porção do encéfalo que se continua com a medula espinal, na altura do forame magno É dividido em bulbo, ponte e mesencéfalo Origina 10 pares de nervos cranianos MESENCÉFALO: Atravessado longitudinalmente pelo aqueduto cerebral Tegmento: região anterior, onde se localizam os dois pedúnculos cerebrais Teto do mesencéfalo: região posterior, onde se localizam os corpos quadrigêmeos Os pedúnculos cerebrais são colunas de fibras que comunicam o telencéfalo com o tronco encefálico e entre eles existe a fossa interpeduncular Os corpos quadrigêmeos são divididos em dois colículos superiores e dos colículos inferiores Inferiormente aos colículos inferiores há o véu medular superior PONTE: Porção interposta entre o mesencéfalo e o bulbo Apresenta o sulco basilar na porção anterior A partir do sulco, várias fibras transversais convergem de cada lado, para formar os pedúnculos cerebrais médios A porção dorsal constitui o assoalho do IV ventrículo BULBO: Se continua com a medula espinal Se separa da ponte pelo sulco bulbopalatino Os sulcos medulares se continuam no bulbo -> fissura mediana anterior, sulco lateral anterior, sulcos laterais posteriores e sulco mediano posterior Na parte anterior localiza-se as pirâmides e as olivas Melissa Gimenes Araújo IV VENTRÍCULO: Formato losangular O teto é formado parcialmente pelo cerebelo Se comunica com o espaço subaracnóideo pelas aberturas laterais e por uma abertura mediana Se comunica com o III ventrículo através do aqueduto cerebral Apresenta plexo corióide Medula espinal : Estrutura cilíndrica formada por 31 segmentos (cada um dando origem a um par de nervo) Se estende do forame magno até o nível da segunda vértebra lombar (L2) Quando vista externamente, apresenta duas discretas dilatações, formadas pelo aumento do número de neurônios: a intumescência cervical e a intumescência lombossacral Inferiormente a intumescência lombossacral, a medula se afina, formando o cone medular (que termina na L2) A pia-máter se continua, formando um cordão delgado, chamado filamento terminal, que se prende ao cóccix Alguns nervos não abandonam a coluna vertebral imediatamente, formando a cauda equina Regra de Peele: • Lesão entre C2 e T10 -> soma 2 • T11 e T12 -> lombar • L1 -> sacral PROTEÇÃO: Além da coluna vertebra, a medula espinal é protegida pelo líquor (produzido pelos plexos corióides), que amortece impactos, pelas meninges pia-máter, dura-máter e aracnoide, e pelos ligamentos denticulados que a protege de deslocamentos súbitos Parte do líquor pode ser removido por meio da punção para diagnóstico e pode ser injetado antibióticos, quimioterápicos, anestésicos e contrastes radiográficos Melissa Gimenes Araújo ESTRUTURA: Substância cinzenta (H medular) e substância branca No H medular pode se distinguir os cornos anteriores (motricidade), cornos posteriores (sensibilidade) e cornos laterais (SNA); Há também o canal central que percorre toda sua extensão
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