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Direitos Humanos: Compromisso Jurídico Brasileiro

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Direitos Humanos
Prof. Jamil Rangel
E-mail: professorjamilrangel@gmail.com
Aula 4 (Plano de Aula 9)
COMPROMISSO JURÍDICO BRASILEIRO NA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
OS PRINCÍPIOS REGEDORES DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS ADOTADOS PELO BRASIL
A INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
A COMPARAÇÃO HIERÁRQUICA­NORMATIVA DOS TRATADOS GENÉRICOS E DOS DIREITOS HUMANOS E A CLÁUSULA DE ABERTURA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
1
“Os tratados internacionais são apresentados como fontes formais do direito internacional público, sendo extremamente importantes para a “codificação” do direito internacional”.
“O art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça estabelece quais são as fontes do direito internacional”:
1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
a) as Convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
c) os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d) sob ressalva da disposição do artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).
“A Convenção de Viena sobre o direito dos tratados de 1969 estabelece que tratado é o acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja a sua designação específica.
No ano de 1986 foi concebida uma nova Convenção que alarga o conceito formulado acima, apresentando também as Organizações Internacionais com a possibilidade de celebrarem tratados internacionais para com outras Organizações Internacionais e com Estados, como se vê:
“Artigo 2o Tratado significa um acordo internacional regido pelo Direito Internacional e celebrado por escrito:
I – entre um ou mais Estados e uma ou mais Organizações Internacionais; ou
II – entre organizações internacionais, quer este acordo conste de um único instrumento ou de dois ou mais instrumentos conexos e qualquer que seja a sua designação específica.”
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).
 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
Para a celebração dos tratados internacionais devem ser observadas algumas fases ou etapas em seu processo de elaboração: negociação, redação do texto, assinatura, ratificação, promulgação, publicação e registro.
a) Negociação
É a fase onde os Estados discutem seus interesses e estabelecem o conteúdo do tratado.
b) Redação do texto
Trata-se, em verdade, de um “projeto” onde as partes envolvidas redigirão o texto que foi devidamente negociado, por vezes de forma longa e exaustiva, para posterior assinatura e desdobramentos que se apresentam de maneira diversa em cada Estado-nação.
c) Assinatura do texto
A matéria vem estampada no art. 10 da Convenção de Viena:
“O texto de um tratado é considerado autêntico e definitivo: a) mediante o processo previsto no texto ou acordado pelos Estados que participam da sua elaboração; ou b) na ausência de tal processo, pela assinatura, assinatura ad referendum ou rubrica, pelos representantes desses Estados, do texto do tratado ou da Ata Final da Conferência que incorporar o referido texto.”
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).
d) Ratificação
A ratificação é considerada a fase mais importante do processo de conclusão dos tratados, pois confirma a assinatura e dá validade a ele.
V.art.49, I da CF:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos 
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
 A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados estabelece em seu art. 14 o seguinte:
1. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela ratificação: (a) quando o tratado disponha que esse consentimento se manifeste pela ratificação; (b) quando, por outra forma, se estabeleça que os Estados negociadores acordaram que a ratificação seja exigida; (c) quando o representante do Estado tenha assinado o tratado sujeito à ratificação; ou (d) quando a intenção do Estado de assinar o tratado sob reserva de ratificação decorra dos plenos poderes de seu representante ou tenha sido manifestada durante a negociação.
2. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela aceitação ou aprovação em condições análogas às aplicáveis à ratificação.
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).
De fato, é o direito interno que prevê as competências (Executivo e/ou Legislativo) para a entrada em vigência de um tratado internacional, mas não se pode olvidar do disposto no art. 24 da Convenção de Viena, que estabelece:
1. Um tratado entra em vigor na forma e na data previstas no tratado ou acordadas pelos Estados negociadores.
2. Na ausência de tal disposição ou acordo, um tratado entra em vigor tão logo o consentimento em obrigar-se pelo tratado seja manifestado por todos os Estados negociadores.
3. Quando o consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado for manifestado após sua entrada em vigor, o tratado entrará em vigor em relação a esse Estado nessa data, a não ser que o tratado disponha de outra forma.
4. Aplicam-se desde o momento da adoção do texto de um tratado as disposições relativas à autenticação de seu texto, à manifestação do consentimento dos Estados em obrigarem-se pelo tratado, à maneira ou à data de sua entrada em vigor, às reservas, às funções de depositário e aos outros assuntos que surjam necessariamente antes da entrada em vigor do tratado.
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).
e) Promulgação
É o ato jurídico, de natureza interna, pelo qual o governo de um Estado afir-ma ou atesta a existência de um tratado por ele celebrado e o preenchimento das formalidades exigidas para sua conclusão, e, além disto, ordena sua execução dentro dos limites aos quais se estende a competência estata
f) Publicação
É a condição necessária para que o tratado seja aplicado na ordem interna do Estado. Publicam-se no Diário Oficial da União o texto do tratado e o decreto presidencial.
g) Registro
O registro é um requisito estabelecido na Carta da Organização das Nações Unidas e tem por escopo fazer com que o Estado que celebrou o tratado internacio- nal possa invocar para si, junto à organização, os benefícios do acordo celebrado.
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).
A INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO A PARTIR DA EMENDA 45/2004
“(...)o art. 5o, § 2o, da Constituição de 1988 estabelece que 
“os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes doregime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”, ou seja, consagra a denominada cláusula de abertura ou da não tipicidade dos direitos fundamentais. Impende assinalar que as disposições semelhantes podem ser encontradas em algumas constituições estrangeiras”.
CLÁUSULA DE ABERTURA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Com efeito, o art. 5o, § 2o, da Constituição de 1988 estabelece que “os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”, ou seja, consagra a denominada cláusula de abertura ou da não tipicidade dos direitos fundamentais. Impende assinalar que as disposições semelhantes podem ser encontradas em algumas constituições estrangeiras.
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).
O procedimento previsto no § 3o do art. 5o da Constituição de 1988 é compulsório para todos os tratados de direitos humanos assinados após a entrada em vigor da EC no 45/2004 ou apenas trata-se de uma faculdade atribuída ao Congresso Nacional?
“A melhor resposta para o questionamento suscitado segue o raciocínio de que o comando exarado da norma constitucional prevista no art. 5o, § 3o, teve como propósito maior acentuar o relevo e o caráter especial atribuídos aos tratados de direitos humanos, alçando-os ao status equivalente de emendas constitucionais e passando a integrar as disposições de direitos fundamentais. Por esta razão, o procedimento deve ser obrigatoriamente adotado sempre que se pretenda proceder à internalização de um tratado de direitos humanos no ordenamento jurídico brasileiro, assinado após a entrada em vigor da EC no 45/2004”.
(Guerra, Sydney. Direitos humanos: na ordem jurídica internacional e reflexos na ordem constitucional brasileira, 2ª edição . Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2014).

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