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Servidores Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
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SERVIDORES PÚBLICOS
O conceito de servidor público encontra-se no texto da Constituição e nos mais variados 
estatutos. Os antigos funcionários públicos são hoje chamados de servidores públicos. O art. 
327 do Código Penal ainda usa a expressão “funcionário público”, que é um conceito mais 
abrangente. Para fins do Direito Administrativo, servidor público é quem ocupa cargo efetivo 
ou cargo em comissão, no sentido estrito. Portanto:
• Funcionário público (art. 327, CP).
• Agente público (art. 2º, Lei n. 8.429/1992, Lei de Improbidade Administrativa).
Essas duas expressões são em sentido amplo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os re-
quisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Obs.: o trecho “aos estrangeiros, na forma da lei” é uma norma de eficácia limitada. Os 
estrangeiros estão mais ligados às atividades de professores, pesquisadores e cien-
tistas. 
Cargos:
• Efetivos: são os servidores públicos em sentido estrito. Após três anos, os efetivos 
adquirem estabilidade constitucionalmente prevista no art. 41 da Constituição.
• Em comissão: são os servidores públicos em sentido estrito. São cargos ad nutum, ou 
seja, de livre nomeação e livre exoneração.
• Vitalício: magistrados e membros do Ministério Público. Prazo para adquirir vitalicie-
dade: dois anos.
Empregos: CLT. Os empregados públicos são celetistas.
Funções: temporários exercem função, nos termos do art. 37, IX, CF. Quem exerce 
função passou em uma seleção pública.
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II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público 
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou empre-
go, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei 
de livre nomeação e exoneração; 
Obs.: a investidura acontece com a posse. A sequência é: nomeação – posse – exercício.
Esse inciso apresenta a regra do concurso público.
No caso do processo seletivo, é preciso que ele tenha uma duração razoável e proporcional.
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efeti-
vo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condi-
ções e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia 
e assessoramento; 
ATENÇÃO
Não confundir função com função de confiança. As funções são selecionadas e têm 
um processo seletivo. A função de confiança é exclusivamente para servidores de car-
go efetivo.
A função é para os temporários (art. 37, IX).
VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
Obs.: � militar não pode fazer greve nem ser sindicalizado.
VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
Obs.: essa lei não existe. O inciso VII é uma norma de eficácia limitada, que é aquela que 
depende de regulamentação para a produção de efeitos.
As normas de eficácia plena têm eficácia imediata e não podem sofrer restrições legais 
posteriores. As normas de eficácia contida têm eficácia imediata, mas podem sofrer restri-
ções legais posteriores. Um exemplo é o art. 5º, XIII, que dispõe que é livre o exercício de 
qualquer trabalho ou profissão, atendidas às qualificações estabelecidas em lei. A norma de 
eficácia limitada é exemplificada pelo inciso VII. 
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O art. 37, VII foi atacado por vários mandados de injunção. Esse tema também entra na 
esfera do Controle da Administração Pública. O mandado de injunção visa combater omissão 
legislativa que inviabiliza o exercício de direito fundamental. O STF adotou a posição concre-
tista e mandou usar a legislação privada até que haja regulamentação.
VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de 
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessida-
de temporária de excepcional interesse público;
Obs.: o inciso IX é o dispositivo da função.
XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da admi-
nistração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulati-
vamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão 
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se 
como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Dis-
tritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, 
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos 
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
Obs.: o inciso XI dispõe sobre o teto remuneratório dos servidores. Os servidores públicos 
podem estar sujeitos a dois sistemas remuneratórios distintos. Fala-se em remune-
ração e em subsídio.
• Remuneração = Vencimento + Vantagens.
As três categorias de vantagens são: gratificações, adicionais e indenizações. Exemplo 
de indenizações: diárias, ajuda de custo, moradia.
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• Subsídio: parcela única. Não admite que sejam acrescidas gratificações nem adicio-
nais, mas admite eventuais indenizações. Quem recebe subsídio? Todos os ocupantes 
de cargo eletivo, magistrados, membros do Ministério Público, integrantes das carrei-
ras de segurança pública. Ver art. 39, § 4º + art. 144, § 9º. 
O Brasil só possui um teto: do Supremo Tribunal Federal. Atualmente, existem subtetos: 
municipal (prefeito), estadual (governador, no Executivo; deputado estadual, no Legislativo; 
desembargadores, no Judiciário).
Lembre-se: para fins de teto remuneratório, as indenizações não são contabilizadas.
• Teto remuneratório: STF.
• Subtetos:
 – Município: prefeito.
 – Estado: governador, no Executivo; deputado estadual, no Legislativo; desembarga-
dores, no Judiciário.
• É possível unificar os subtetos estaduais.
• É possível aplicar o subteto do Judiciário às funções essenciais da Justiça.
Para entender a conta dos 90,25%: 
STF
STJ: os ministros do STJ ganham 95% do que ganham os ministros do STF.
TJ: os desembargadores do Tribunal de Justiça ganham 95% do que ganham os minis-
tros do STJ.
Quando se faz menção do desembargador direto para o STF, é preciso entender que 
95% de 95% resulta em 90,25%.
O subteto do Judiciário estadual pode ser aplicado aos procuradores, membros do Minis-
tério Público e defensores do respectivo estado.
XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativoe do Poder Judiciário não poderão ser su-
periores aos pagos pelo Poder Executivo; 
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���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Brígido Bezerra Cardoso. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.