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AÇÃO DE DEMARCAÇÃO DE TERRAS
ARTS. 574 A 587 DO CPC
LEGITIMADOS ATIVOS
Demarcação é uma operação que se assinala a linha divisória entre dois 
prédios com a finalidade de torná-la visível. Demarcar significa fixar marcos. A 
ação demarcatória visa fazer cessar a confusão de limites entre imóveis 
confinantes, seja fixando novos limites para cada um, seja aviventando os 
limites existentes, mas que se encontram apagados. 
Tem legitimidade ativa o proprietário, de modo que a ação deverá ser instruída 
com a certidão de propriedade. O condômino, o enfiteuta e o nu-proprietário 
também são legitimados, assim como o promissário comprador, com contrato 
sem cláusula de arrependimento.
FUNDAMENTO MATERIAL LEGAL (ARTS. 1.297 E 1.298 CC)
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e 
pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e 
a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas 
despesas.
§ 1 o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas 
ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes 
obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua 
construção e conservação.
§ 2 o As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisório, só podem ser cortadas, ou 
arrancadas, de comum acordo entre proprietários.
§ 3 o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, 
pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as 
despesas.
Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinarão de conformidade com a posse justa; e, 
não se achando ela provada, o terreno contestado se dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo possível a 
divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro.
CONCEITO E HIPÓTESES
Há casos em que o título aquisitivo não define convenientemente a linha divisória entre dois ou mais prédios. E é 
exatamente aí, para salvaguardar tais situações, que existe o procedimento demarcatório.
A demarcação objetiva evitar esbulhos e contestações que a falta de sinais visíveis dos limites da propriedade 
imobiliária possam acarretar aos proprietários de imóveis limítrofes. 
Para que a ação demarcatória seja proposta é preciso que exista uma situação litigiosa entre os confinantes.
É que ao proprietário concede-se a faculdade (constranger, no dizer do artigo 1297 do CC) de exigir de seu 
confinante que se submeta à operação de demarcação, cujo objetivo é, justamente, individuar e precisar o objeto da 
propriedade. Entretanto, quando o confrontante não se submete, voluntariamente, à pretensão de demarcar, o proprietário 
dispõe da ação de demarcação, a chamada“actio finium regundorum”.
CASOS DE ADMISSÃO DA AÇÃO DEMARCATÓRIA
1º) nas hipóteses em que, entre os prédios confinantes, não há e nem nunca houve a fixação 
da linha demarcatória;
 2º) nas hipóteses em que, os marcos foram destruídos em virtude da ação do tempo ou 
tenham desaparecido ou tenham se tornado confusos, impossibilitando-se, com isso, a sua 
perfeita identificação; 
3º) nas hipóteses em que, quando constarem descrições divergentes a respeito da linha 
demarcatória, nos documentos dos prédios confinantes, de modo que surja a necessidade de 
estabelecer, por sentença, qual delas corresponde à verdadeira linha de limite entre os 
imóveis.
REQUISITOS
1. Terras particulares: Para exercer o direito de demarcar é necessário a existência de um imóvel de 
propriedade privada, tanto urbano como rural. Posteriormente, é indispensável que os dois prédios 
estejam na especial situação de lindeiros, denominada contigüidade.
Não é outro o entendimento jurisprudencial:
DEMARCATÓRIA – Requisitos – Fixação da linha demarcatória entre os prédios confinantes e a descrição 
da linha divisória que pretende seja a certa – Falta – Ausência de vestígios físicos dos marcos ou mesmo que 
eles não tenham sido implantados no solo – Irrelevância – Interesse na obtenção da prestação jurisdicional 
demonstrado – Anulação do feito a partir da juntada do laudo pericial.
2. Prédios Contíguos: a contigüidade de dois ou mais prédios, porque a não ser junto ao seu vizinho imediato, 
não tem o proprietário interesse jurídico relevante em marcar os limites de seu terreno.
REQUISITOS
3. LIMITES: Limites de um prédio correspondem à uma linha de separação (contínua, reta, curva ou quebrada) entre 
ele e todos os outros que lhe são lindeiros. Se, no entanto, entre dois terrenos contíguos, de proprietários diversos, 
inexistem sinais visíveis (naturais ou convencionais), capazes de atestar de forma sensível a linha de confinação entre 
eles, dá-se o que se chama de “confusão de limites”.
É importante que se frise a indispensabilidade da individuação do imóvel, conforme se depreende da 
jurisprudência:
DEMARCATÓRIA – Condição de ação – Individuação do imóvel na inicial – Falta – Inviabilidade, 
ademais, ante a incerteza quanto à própria localização do imóvel – Art. 295, inc. III, do CPC – Carência da 
ação – Sentença confirmada.
DA PRODUÇÃO DE PROVAS
Art. 574. Na petição inicial, instruída com os títulos da propriedade, designar-se-á o imóvel pela situação e pela denominação, 
descrever-se-ão os limites por constituir, aviventar ou renovar e nomear-se-ão todos os confinantes da linha demarcanda.
 No entanto, pode ocorrer que a discussão se transfira para o nível da posse, servindo o título dominial 
apenas como adminículo probatório.
O STF, por sua vez, examinou amplamente a posição doutrinária e jurisprudencial a respeito do problema e 
concluiu pela dispensabilidade da posse do autor como requisito da ação demarcatória.
JULGADO: DEMARCATÓRIA – Prova – Produção – Levantamento planimétrico do prédio confinante, 
segundo o que consta de seu título de propriedade – Necessidade – Julgamento baseado em levantamento 
incompleto e em laudo desprovido de base técnica confiável – Anulação do feito a partir da juntada do laudo 
pericial.
IMPRESCRITIBILIDADE DA AÇÃO
A imprescritibilidade decorre da circunstância de ser uma pretensão típica de domínio, o qual, por sua vez, 
é imprescritível. Assim, a imprescritibilidade refere-se ao direito de pedir a demarcação enquanto perdura a 
confusão de limites. O tempo, por si só, não exclui o estado de confusão de limites.
Por vezes acontece que há cessação da confusão de limites, porque, por exemplo, um dos confrontantes 
assentou sua posse em porção certa do terreno e passou a agir como se aquela linha fosse realmente a que 
demarcara a sua terra.
Contudo, não é o de prescrição da ação demarcatória. O que houve foi a consolidação nas mãos do 
vizinho do domínio sobre a faixa duvidosa. Assim sendo, a demarcatória não será mais possível. O usucapião, na 
hipótese, tornou certo os limites e extinguiu o fato básico da pretensão de demarcar.
Ação demarcatória e discussão de posse pendente
É inviável o ajuizamento de ação demarcatória enquanto estiver pendente de julgamento 
ação possessória. Isso porque, nos casos em que há disputa pela posse de terra, a 
pendência de julgamento do processo é condição suspensiva para a ação demarcatória. 
O entendimento é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça ao julgar recurso especial 
que questionou a necessidade de se extinguir o feito demarcatório em trâmite.
"A proibição do ajuizamento de ação petitória enquanto pendente ação possessória, em 
verdade, não limita o exercício dos direitos constitucionais de propriedade e de ação, mas 
vem ao propósito da garantia constitucional e legal de que a propriedade deve cumprir a 
sua função social, representandouma mera condição suspensiva do exercício do direito 
de ação fundada na propriedade": Ministra Nancy Andrighi, relatora.
AÇÃO DE 
DESPEJO POR 
FALTA DE 
PAGAMENTO
LEI 8.245/91 e CC
DEVERES DO LOCATÁRIO
QUANTO AO PAGAMENTO: 
Art. 23. O locatário é obrigado a:
I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo 
estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não 
tiver sido indicado no contrato;
DEMAIS DEVERES: ARTS. 22 E 23 DA LEI 8.245/91
DO PROCEDIMENTO PELA FALTA DE PAGAMENTO
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação, de aluguel 
provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte:
I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; 
nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao 
pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito; (Redação dada pela Lei nº 
12.112, de 2009)
II – o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da citação, 
o pagamento do débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, incluídos: (Redação dada pela 
Lei nº 12.112, de 2009)
a) os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação;
b) as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis;
c) os juros de mora;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
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DO PROCEDIMENTO PELA FALTA DE PAGAMENTO
d) as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez por cento sobre o montante devido, se do 
contrato não constar disposição diversa;
III – efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é integral, justificando a diferença, o locatário 
poderá complementar o depósito no prazo de 10 (dez) dias, contado da intimação, que poderá ser dirigida ao locatário ou 
diretamente ao patrono deste, por carta ou publicação no órgão oficial, a requerimento do locador; (Redação dada pela 
Lei nº 12.112, de 2009)
IV – não sendo integralmente complementado o depósito, o pedido de rescisão prosseguirá pela diferença, podendo 
o locador levantar a quantia depositada; (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
V - os aluguéis que forem vencendo até a sentença deverão ser depositados à disposição do juízo, nos respectivos 
vencimentos, podendo o locador levantá - los desde que incontroversos;
VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a execução desta pode ter 
início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos.
Parágrafo único. Não se admitirá a emenda da mora se o locatário já houver utilizado essa faculdade nos 24 (vinte e 
quatro) meses imediatamente anteriores à propositura da ação. (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
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DO PROCEDIMENTO PELA FALTA DE PAGAMENTO
Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 
(trinta) dias para a desocupação voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes. (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
§ 1º O prazo será de quinze dias se:
 a) entre a citação e a sentença de primeira instância houverem decorrido mais de quatro meses; ou
b) o despejo houver sido decretado com fundamento no art. 9o ou no § 2o do art. 46. (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
§ 2° Tratando-se de estabelecimento de ensino autorizado e fiscalizado pelo Poder Público, respeitado o prazo mínimo de seis meses 
e o máximo de um ano, o juiz disporá de modo que a desocupação coincida com o período de férias escolares.
§ 3º Tratando-se de hospitais, repartições públicas, unidades sanitárias oficiais, asilos, estabelecimentos de saúde e de 
ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como por entidades religiosas devidamente registradas, e o despejo 
for decretado com fundamento no inciso IV do art. 9º ou no inciso II do art. 53, o prazo será de um ano, exceto no caso em que 
entre a citação e a sentença de primeira instância houver decorrido mais de um ano, hipótese em que o prazo será de seis 
meses. (Redação dada pela Lei nº 9.256, de 9.1.1996)
§ 4° A sentença que decretar o despejo fixará o valor da caução para o caso de ser executada provisoriamente.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9256.htm#art63%C2%A73
DO PROCEDIMENTO PELA FALTA DE PAGAMENTO
 Art. 64. Salvo nas hipóteses das ações fundadas no art. 9o, a execução provisória do despejo dependerá de caução não inferior a 6 
(seis) meses nem superior a 12 (doze) meses do aluguel, atualizado até a data da prestação da caução. (Redação dada pela Lei nº 
12.112, de 2009)
§ 1° A caução poderá ser real ou fidejussória e será prestada nos autos da execução provisória.
§ 2° Ocorrendo a reforma da sentença ou da decisão que concedeu liminarmente o despejo, o valor da caução reverterá em favor do 
réu, como indenização mínima das perdas e danos, podendo este reclamar, em ação própria, a diferença pelo que a exceder.
Art. 65. Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo, se necessário com 
emprego de força, inclusive arrombamento.
§ 1º Os móveis e utensílios serão entregues à guarda de depositário, se não os quiser retirar o despejado.
§ 2º O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte ao do falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.
Art. 66. Quando o imóvel for abandonado após ajuizada a ação, o locador poderá imitir-se na posse do imóvel.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
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POSSIBILIDADES DE CONCESSÃO DE LIMINAR
Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo terão o rito ordinário.
§ 1º Conceder - se - á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente da audiência da parte contrária e desde que prestada a 
caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo:
IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das 
garantias previstas no art. 37, por não ter sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, independentemente 
de motivo.
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA COM COBRANÇA. LOCAÇÃO 
RESIDENCIAL. TEMPORADA. AUSÊNCIA DEGARANTIAS LOCATÍCIAS. LIMINAR. ART. 59, IX 
DA LEI Nº 8.245/91. CAUÇÃO DO PRÓPRIO CRÉDITO. Se a hipótese fática é de contrato de locação 
que não apresenta nenhuma das garantias previstas no art. 37 da Lei de Locações, cabível a concessão da 
liminar para desocupação do imóvel, desde que prestada caução. Caução que pode consistir no próprio 
crédito a receber do locatário inadimplente. Conhecimento e provimento liminar do recurso” (Agravo de 
Instrumento nº 0013924‐ 54.2015.8.19.0000, Rel. Des. ROGÉRIO DE OLIVEIRA SOUZA, 22ª Câmara Cível,Julgamento em 08/04/2015).
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESPEJO. LIMINAR DEFERIDA COM BASE ART. 59, IX, DA 
LEI 8.245/91. MANUTENÇÃO DA DECISÃO. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. AUSÊNCIA DE 
PURGA DA MORA NO PRAZO PREVISTO NO INCISO II DO ARTIGO 62 DA LEI 8.245/91. RECURSO 
AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ART. 557, CAPUT, DO CPC. ” - (Agravo de 
Instrumento nº 0002313‐41.2014.8.19.0000, Rel. Des. HELENO RIBEIRO P. NUNES, 5ª Câmara Cível, 
Julgamento em 10/02/2014). 
Nesse caso, a liminar possui natureza de tutela de evidência:
voto condutor no REsp 1.207.161/AL, o ministro Luis Felipe Salomão, do STJ, inclusive utilizando citação 
doutrinária da obra do ministro Luiz Fux, do STF, esclareceu que:
“(...) Não se vislumbra, nas hipóteses do art. 59, § 1º, da Lei do Inquilinato, antecipação de tutela 
fundada no risco de infrutuosidade da ação de despejo, razão pela qual, com arrimo na doutrina, 
entende-se que os casos a que faz alusão o mencionado dispositivo ‘são de tutela antecipada da 
'evidência', porque neles se corporificam direitos líquidos e certos de o locador obter 
imediatamente a posse do imóvel locado’ (...)” (grifei)
É possível, a decretação antecipada do despejo do locatário inadimplente, à guisa de tutela de urgência, regulamentada pelo 
artigo 300 do Código de Processo Civil, desde que preenchidos os requisitos legais para o deferimento dessa medida.
Ou seja, deve ser deferida a tutela de urgência nas ações de despejo por falta de pagamento, sempre que haja demonstração 
do risco de dano à parte, quando houver perigo de demora no provimento de mérito e, ainda, quando não houver risco de 
irreversibilidade da medida, nos termos do que dispõe o artigo 300 do CPC.
“LOCAÇÃO. DESPEJO. CONCESSÃO DE LIMINAR. POSSIBILIDADE. ART. 59, § 1º, DA LEI N.º 8.245/94. ROL 
NÃO-EXAURIENTE. SUPERVENIÊNCIA DE ALTERAÇÃO LEGISLATIVA. NORMA PROCESSUAL. INCIDÊNCIA 
IMEDIATA.DETERMINAÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO. APLICAÇÃO DO DIREITO À ESPÉCIE.
1. O rol previsto no art. 59, § 1º, da Lei n.º 8.245/94, não é taxativo, podendo o magistrado acionar o disposto no art. 
273 do CPC para a concessão da antecipação de tutela em ação de despejo, desde que preenchidos os requisitos para 
a medida.
2. Ainda que se verifique a evidência do direito do autor, para a concessão da tutela 
antecipada com base no inciso I do art. 273 do CPC não se dispensa a comprovação da 
urgência da medida, tudo devidamente fundamentado pela decisão concessiva, nos termos do 
§ 1º do mencionado dispositivo. A ausência de fundamentação acerca de todas as exigências 
legais conduz à nulidade da decisão.
3. Embora o acórdão recorrido careça de fundamentação adequada para a aplicação do art. 
273, inciso I, do CPC, a Lei n.º 12.112/09 acrescentou ao art. 59, § 1º, da Lei do Inquilinato, a 
possibilidade de concessão de liminar em despejo por de "falta de pagamento de aluguel e 
acessórios da locação", desde que prestada caução no valor equivalente a três meses de 
aluguel. Assim, cuidando-se de norma processual, sua incidência é imediata, sendo de rigor a 
aplicação do direito à espécie, para determinar ao autor a prestação de caução - sob pena de a 
liminar perder operância.
4. Recurso especial improvido” (STJ, REsp 1207161/AL, Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 08/02/2011, DJe 18/02/2011).
CASO PRÁTICO
PROBLEMA (OAB NACIONAL. EXAME 2007.1 – ADAPTADO)
Paulo contratou a locação de um apartamento de propriedade de Carlos. Intervieram como 
fiadores José e Márcio, todos qualificados no instrumento do respectivo pacto locatício, 
oportunidade em que renunciaram expressamente ao benefício de ordem na forma da lei civil. No 
momento, Paulo encontra-se inadimplente com suas obrigações locatícias relativas às três últimas 
prestações.
QUESTÃO: Como advogado de Carlos, ingresse com a medida cabível, de modo a resguardar o 
interesse de seu cliente da forma mais ampla possível. Considere que (i) o valor da locação é de 
R$ 2 mil e (ii) que Carlos reside em Brasília e o imóvel, o locatário e os fiadores estão em Goiânia.
CASO PRÁTICO
SOLUÇÃO
Tem-se uma hipótese de inadimplemento que permite o despejo por falta de pagamento, nos 
termos da lei de locação (Lei 8.245/1991, art. 9.º, III). Considerando o débito, cabe o pedido 
cumulado de pagamento dos atrasados (art. 62, I). Além disso, considerando a existência de 
fiadores e de renúncia ao benefício de ordem (CC, art. 828, I), cabe incluí-los no polo passivo, no 
tocante à cobrança dos atrasados (Lei 8.245/1991, art. 62, I – especialmente com a redação dada 
pela Lei 12.112/2009). 
A causa deve ser ajuizada em Goiânia, foro do local do imóvel, diante de ausência de foro de 
eleição (Lei 8.245/1991, art. 58, II). O valor da causa deve ser o de 12 (doze) vezes o valor da 
locação (Lei 8.245/1991, art. 58, III).
AÇÃO DE USUCAPIÃO
ARTS. CPC 246, §3º E 259 DO CPC
MODALIDADES DE USUCAPIÃO
1. EXTRAORDINÁRI0: ART. 1.238 CC
2. ORDINÁRIO: ART. 1.242 CC
3. ESPECIAL URBANO: ART. 1.240 CC
4. ESPECIAL RURAL: ART. 1.239 CC
5. COLETIVO: ESTATUTO DA CIDADE: ARTS. 10 A 14
REGRA: quanto mais longo o prazo, menos requisitos tem a posse.
Posse contínua, pacífica e animus domini são comuns a todos os tipos de usucapião. 
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
Requisitos cumulativos: 
 - PRAZO: 15 ANOS; - POSSE CONTÍNUA (SEM INTERRUPÇÃO): não é possível somar períodos 
intervalados e separados de posse; - SEM OPOSIÇÃO = pacífica: que oposição é essa? (feita pelo 
dono). A oposição feita por terceiros não quebra a pacificidade. Como ocorre a oposição? somente 
através de atos lícitos (ações possessórias ou petitórias com sentenças procedentes). 
 - TER A POSSE COMO SUA= “animus domini”. O Possuidor deve possuir a coisa como sua, com 
soberania, sem reconhecer direito alheio sobre a coisa possuída. 
Estudo do art. 1.238 CC: “Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir 
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo 
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório 
de Registro de Imóveis.” Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos 
se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou 
serviços de caráter produtivo.
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO
Parte final: requisitos que a lei não exige: 
- posse de boa-fé, ou seja, o possuidor de má-fé pode usucapir. 
CUIDADO! Muitos autores dizem que só a posse justa gera usucapião, mas, o 
invasor, após 15 anos vai usucapir o imóvel. 
 - Razão jurídica (título) para a posse.
• Art. 1.238, p.único: usucapião extraordinário com prazo reduzido
a. Posse-trabalho: o possuidor usa o imóvel para habitação ou, ainda que não lá 
more, consegue dar função social ao imóvel. Prazo cai para 10 anos.
USUCAPIÃO ORDINÁRIO - ART 1242 CC
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo 
título e boa-fé, o possuir por dez anos.Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se 
o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, 
cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado 
investimentos de interesse social e econômico.
Requisitos cumulativos:
 - prazo: 10 anos
 - contínua,
 - pacífica,
 - “animus domini”
USUCAPIÃO ORDINÁRIO - ART 1242 CC
 - 2 requisitos adicionais:
1. boa-fé na posse (ignorância dos vícios que a maculam), durante os 10 anos
2. justo título: comparação entre o justo título do art. 1.201 do CC com o do art. 1.242 CC.
 (art. 1.201 CC) : qualquer razão que justifique a posse da coisa alheia (ex.: contrato de comodato, locação). 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. 
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por sia presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou 
quando a lei expressamente não admite esta presunção.
(art. 1.242CC): é mais restritivo. Abrange o ato jurídico hábil, em tese, a transferir a propriedade, 
independentemente de registro. Ex.: aquisição de falso dono. Imóveis que em tese se é dono, mas não consigo 
registrar o título, pois, são imóveis irregulares. Ex.: comprador de u lote sem prévio parcelamento do solo.
STJ: o compromisso de compra e venda com mpreço pago é justo título para usucapião ordinário.
Art. 1.242, p. único: posse-trabalho. Prazo reduz para 5 anos, mas há requisitos adicionais: além da 
posse-trabalho, o justo título deve ter sido adquirido a título ONEROSO (compra, troca, dação em pagamento). O 
t´titulo, a princípio era verossímil, mas foi cancelada por padecer de vício. 
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO - ARTS 1.240 E 183 DA CF
Requisitos:
 - prazo 5 anos
 - posse pacífica, contínua e “animus domini”
 - imóvel urbano apenas. Lei Municipal é que define o que é zona urbana;
 - área máxima de 250 m². OBS:
· A área de 250 m² é de terreno, portanto, a área construída pode ser maior que 250 m²;
· Este limite deve ser mantido durante todos os 5 anos;
· Apartamento: pode usucapir, desde que a área total seja de 250 m² ( e não a área útil)
· Usar o imóvel para fins de moradia – usucapião pró-moradia
· Único imóvel durante 5 anos. (quem faz a prova de ter outro imóvel? O contestante).
· Só pode ser requerido uma vez na vida: tem natureza social. 
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO FAMILIAR - ART. 1240-A CC
instituído em prol das pessoas de baixa renda que não tem imóvel próprio, seja urbano ou rural.
 - PRAZO: 2 anos.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre 
imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou 
ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde 
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
 - requisitos adicionais ao especial urbano:
1. O usucapiente dever ser coproprietário do imóvel, em comunhão ou condomínio com seu ex-cônjuge ou ex-companheiro;
2. Devem ter abandonado o lar de forma voluntária e injustificada.
USUCAPIÃO RURAL 1.239CC E 191 CF
Art. 1.239 CC: Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos 
ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva 
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 
Requisitos:
 - prazo: 5 anos;
 - imóvel rural – critério de localização, não de destinação;
 - área máxima: 50 ha
 - Ocupação de toda a área, durante todo o período;
 - usado para moradia;
 - O possuidor deve tomar o imóvel produtivo com o seu trabalho: é a usucapião “pro-labore” (pode ter 
empregados e prepostos)
 - único imóvel do possuidor (se era dono antes de usucapir, vendeu e comprou outro imóvel? Pode usucapir. 
O impedimento legal só se limita ao período aquisitivo).
 - pode ser requerido mais de uma vez : interesse geral em tornar terras produtivas – função social da 
propriedade. 
USUCAPIÃO COLETIVO - ESTATUTO DA CIDADE, ARTS 10 A 14 (Lei nº10.257/01)
- tem finalidade urbanística – visa recuperar imóveis degradados.
Requisitos:
 - prazo 5 anos
 - posse pacífica, contínua e com “animus domini”;
 - Recai sobre imóvel urbano que deve ter:
· Mais de 250 m²;
· Usado para moradia;
· Deve ser o único imóvel durante o período aquisitivo;
· Só podem requerer as pessoas de baixa renda (lei 11.977/09 – Minha casa Minha vida);
A Lei 11.977/09 disciplina a Usucapião administrativa ou extrajudicial, processada no Cartório de Registro de 
Imóveis, e não em juízo, pois, dá a possibilidade de o Poder Público legitimar a posse dos ocupantes de imóveis 
públicos ou particulares. 
AÇÃO DE USUCAPIÃO
 - Tem natureza declaratória, pois, a sentença apenas reconhece que o possuidor já era dono, 
quando consumou o período de (5, 10 ou 15 anos);
 - sentença tem efeito “erga omnes”
 - Citação: art. 246, §3º NCPC: A citação será feita: § 3o Na ação de usucapião de imóvel, os 
confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de 
prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
 - Deve-se dar ciência à União, ao estado e ao DF e Município;
Art. 259, I do NCPC: Serão publicados editais: 
I - na ação de usucapião de imóvel;
Diferentemente do que ocorria na vigência do CPC/1973, o NCPC não exige 
expressamente que as Fazendas Públicas sejam comunicadas acerca da existência da 
demanda (a doutrina entende que essa comunicação deve permanecer, ainda que não 
prevista, pois na usucapião extrajudicial as Fazendas Públicas precisam ser intimadas. 
Por analogia, esse requisito ainda restaria existente nas ações judiciais de usucapião 
de bens imóveis).
A grande novidade gira em torno da possibilidade de processar o usucapião 
diretamente perante o cartório do registro de imóveis da circunscrição do 
local onde se localiza o imóvel, conforme preceitua o artigo 216-A da Lei nª 
6.015/73 (Lei dos Registros Públicos) que traz um extenso rol de documentos 
que devem instruir o pedido na esfera administrativa.
ACÓRDÃO SOBRE USUCAPIÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1011813-37.2016.8.26.0037, da Comarca de 
Araraquara, em que são apelantes VALDIR RODRIGUES GARCIA, ZILDA FERNANDES LIRIA GARCIA, JAIR 
RODRIGUES GARCIA e EVA DE LOURDES SOUZA GARCIA, são apelados JOSÉ CASTRALLI (ESPÓLIO), MARIA 
DE LOURDES FENERICH CASTRALLI (ESPÓLIO), NIVEA MARIA CASTRALLI SOARES (ESP. MARIA DE LOUREDE 
CASTRALLI) (INVENTARIANTE), GABRIEL MORAES CARNEIRO (ESPÓLIO), MARIA CHRISTINA CAMPOS 
CARNEIRO (ESPÓLIO), PAULA CARNEIRO (ESP. GABRIEL MORAES) (INVENTARIANTE), CLODOALDO MEDINA 
(ESPÓLIO), DORA GALVÃO MEDINA e MUNICÍPIO DE ARARAQUARA.
ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São 
Paulo, proferir a seguinte decisão: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do 
relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RUI CASCALDI 
(Presidente sem voto), CHRISTINE SANTINI E AUGUSTO REZENDE. AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA 
Pleito fundado na alegação de posse mansa e pacífica sobre o imóvel usucapiendo por mais de 30 anos 
Autores proprietários de imóvel confrontante, que realizaram atos de limpeza e de conservação no imóvel 
usucapiendo “Animus domini” que implica plena soberania sobre a coisa, sem se curvar a direito concorrente 
ou superior alheio Autores reconhecem que não realizaram obras no local por não ser o lote de sua 
propriedade Reconhecimento da prescrição aquisitiva deve ser estreme de dúvidas, o que não ocorre no caso 
concreto Sentença de improcedência da ação mantida Recurso não provido. 
exercício
HERBERT TELMO VARELA E OUTRO entrou com ação de usucapião extraordinário em 
face de IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO. Alegaram 
posse própria, iniciada em 1964, fundada em promessa verbal de venda feita pela 
proprietária, Rosa Stella Baffa, ocasião em que, com o consentimento desta, se 
instalaram no imóvel. A ação foi julgada procedente. Apela a ré e alega: que "a 
usucapião extraordinário somente pode ser concedido a quem demonstre ter exercido 
a posse do imóvel pelo prazo vintenário, com ânimo de dono e que referido imóvel não 
esteja gravado com cláusula de inalienabilidade". A apelante tem razão?
EXERCÍCIO PARA MONTAR AÇÃO
Idracir e Anésio, companheiros, firmaram em 4-7-1996 um contrato particular de compra e venda 
de um terreno antespertencente a Pedro, localizado no bairro de Perus, na Capital Paulista, com 
260 m2. 
Foi ajustado o pagamento em uma entrada no valor de 40% e três parcelas de 20% do valor total 
a vencerem no final de cada ano. Embora a última parcela não tenha sido paga, o casal não foi 
procurado por Pedro.
Em 1997, o casal construiu sua casa no terreno e seguiu nela morando, nunca tendo sido 
incomodado em sua posse por Pedro. Agora, preocupada com seu estado de saúde, Idracir 
consulta um advogado para saber como transmitir o imóvel aos filhos do casal antes de seu 
falecimento. Descobre, então, que não é proprietária registral do bem, que não tem direito à 
adjudicação (pois não quitou o contrato) e que, ainda que tivesse quitado, o imóvel não está 
registrado em nome do vendedor. 
Promova a medida cabível para defender os interesses de Idracir e Anésio. 
SOLUÇÃO
Deverá ser proposta ação de usucapião em nome do casal. Como o imóvel se 
situa na capital de SP, a Lei de Organização Judiciária do Estado prevê a 
competência da Vara de Registros Públicos.
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de
pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer,
concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de
honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
§ 1º O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo. =
SANÇÃO PREMIAL
§ 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer
formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art.
702 , observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial .
§ 3º É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do
§ 2º.
§ 4º Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702 ,
aplicar-se-á o disposto no art. 496 , observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro
I da Parte Especial.
§ 5º Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916 . = PARCELAMENTO OU
MORATÓRIA LEGAL
ESQUEMA
PETIÇÃO INICIAL JUIZ ADMISSIBILIDADE
►Cognição sumária/juízo de probabilidade
EXPEDIÇÃO DO MANDADO MONITÓRIO/INJUNTIVO (DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE 5% SOBRE O VALOR DA
CAUSA
15 DIAS
☺Isenção do pagamento das custas processuais.
☺Possibilidade da moratória legal/parcelamento (916)
OUTRAS CONDUTAS POSSÍVEIS DO REQUERIDO
♠Inércia do réu – constituição de título executivo judicial – CABIMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA
♠Oposição de EMBARGOS À MONITÓRIA – contraditório diferido e eventual.
Ação incidental
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios
autos, no prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória.
§ 1o Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no
procedimento comum.
§ 2o Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de
imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado da
dívida.
§ 3o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão
liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamento, os
embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso.
§ 4o A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até o
julgamento em primeiro grau. EFEITO SUSPENSIVO OPE LEGIS
Apelação sem efeito suspensivo – ratificação de uma tutela provisória de evidência.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
AÇÃO REVISIONAL E RENOVATÓRIA 
DE LOCAÇÃO
ARTS 19, 51 E SS E 68 E SS DA LEI 8.245/91
REQUISITOS PARA 
INGRESSAR COM A 
AÇÃO RENOVATÓRIA 
- IMÓVEIS NÃO 
RESIDENCIAIS
 “I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e 
com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a 
renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos 
escritos seja de cinco anos; e III - o locatário esteja 
explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo 
mínimo e ininterrupto de três anos. ”
Além disso, a demanda deve ser proposta no máximo, com 
um ano, e no mínimo, com seis meses de antecedência da 
data prevista para o término do contrato. Por sua vez, 
decorrido o prazo, a renovação dependerá de acordo entre 
as partes.
REQUISITOS PARA 
INGRESSAR COM A 
AÇÃO REVISIONAL 
“Art. 19. Não havendo acordo, o locador ou locatário, após 
três anos de vigência do contrato ou do acordo 
anteriormente realizado, poderão pedir revisão judicial do 
aluguel, a fim de ajustá-lo ao preço de mercado.”
Não PODEMOS ESQUECER da importância do princípio da 
boa-fé contratual, no qual dispõe sobre o dever de agir 
com honestidade e lealdade com a outra parte da relação 
contratual.
jurisprudência
Jurisprudência•Data de publicação: 30/1/19. EMENTA.
 Decisão que, em processo relativo a demanda revisional de aluguel, rejeitou 
preliminar de impossibilidade jurídica do pedido. Agravo retido da locatária-ré, 
devidamente reiterado nas razões de apelação. Art. 523 , § 1º , do CPC /73. Matéria 
relativa aos limites de admissibilidade da revisão que é de mérito, não atinente às 
condições da ação. Rejeição da preliminar confirmada. Agravo retido desprovido. 
Locação. Revisional de aluguel e renovatória julgadas conjuntamente. Lojas em 
shopping center. Pacto das partes em termos de fixação do aluguel com base no 
faturamento da locatária, com determinação ainda de aluguel mínimo também 
inspirado por esse elemento. Critério de determinação livremente convencionado 
que deve ser preservado em função da força vinculante do contrato e do disposto 
no art. 54 da Lei nº 8.245 /91. Método de cálculo que não se confunde com o valor 
objetivo do locativo pago ao longo do tempo, não sendo suscetível de alteração em 
demanda revisional, nos termos do art. 19 da LI, a pretexto de adequação à 
realidade de mercado. Impossibilidade, outrossim, de alteração da substância da 
contratação em sede de demanda renovatória da locação, com desconsideração de 
elementos nucleares do acordo de vontades, ainda mais por iniciativa da 
locadora-ré. Sentença que acolheu parcialmente a demanda revisional ajuizada pela 
administradora do shopping, acolhendo ainda o pedido renovatório da locação e 
encampando para o novo período cláusula de aluguel mínimo agora baseada em 
valor de mercado arbitrado por perito. Descabimento. Decisão reformada para julgar 
improcedente a demanda revisional bem como manter a procedência da 
renovatória, mas nas condições oferecidas pela locatária. Apelação dessa última 
provida.
LEI DE LOCAÇÃO Art. 19. Não havendo acordo, o locador ou locatário, após três anos de vigência do contrato ou do acordo anteriormente 
realizado, poderão pedir revisão judicial do aluguel, a fim de 
ajustá - lo ao preço de mercado.
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o 
locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde 
que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com 
prazo determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, 
pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.
ART. 51 E §§ § 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo 
sublocatário.
§ 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel 
para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe 
a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser 
exercido pelo locatário ou pela sociedade.
§ 3º Dissolvidaa sociedade comercial por morte de um dos 
sócios, o sócio sobrevivente fica sub - rogado no direito a renovação, 
desde que continue no mesmo ramo.
§ 4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações 
celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, 
regularmente constituídas, desde que ocorrentes os pressupostos 
previstos neste artigo.
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a 
ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no 
mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em 
vigor.
ART 68 - AÇÃO 
REVISIONAL DE 
ALUGUEL - 
IMÓVEIS 
RESIDENCIAIS
Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumário, observar-se-á o 
seguinte: (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
I - além dos requisitos exigidos pelos arts. 276 e 282 do Código de Processo Civil, a 
petição inicial deverá indicar o valor do aluguel cuja fixação é pretendida;
II – ao designar a audiência de conciliação, o juiz, se houver pedido e com base nos 
elementos fornecidos tanto pelo locador como pelo locatário, ou nos que indicar, fixará 
aluguel provisório, que será devido desde a citação, nos seguintes moldes: (Redação dada 
pela Lei nº 12.112, de 2009)
a) em ação proposta pelo locador, o aluguel provisório não poderá ser excedente a 
80% (oitenta por cento) do pedido; (Incluída pela Lei nº 12.112, de 2009)
b) em ação proposta pelo locatário, o aluguel provisório não poderá ser inferior a 
80% (oitenta por cento) do aluguel vigente; (Incluída pela Lei nº 12.112, de 2009)
III - sem prejuízo da contestação e até a audiência, o réu poderá pedir seja revisto o 
aluguel provisório, fornecendo os elementos para tanto; 
IV – na audiência de conciliação, apresentada a contestação, que deverá conter 
contraproposta se houver discordância quanto ao valor pretendido, o juiz tentará a 
conciliação e, não sendo esta possível, determinará a realização de perícia, se necessária, 
designando, desde logo, audiência de instrução e julgamento; (Redação dada pela Lei nº 
12.112, de 2009)
V – o pedido de revisão previsto no inciso III deste artigo interrompe o prazo para 
interposição de recurso contra a decisão que fixar o aluguel provisório. (Incluído pela Lei nº 
12.112, de 2009)
§ 1º Não caberá ação revisional na pendência de prazo para desocupação do 
imóvel (arts. 46, parágrafo 2° e 57), ou quando tenha sido este estipulado amigável ou 
judicialmente.
§ 2º No curso da ação de revisão, o aluguel provisório será reajustado na 
periodicidade pactuada ou na fixada em lei.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm#art276
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm#art282
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12112.htm#art2
CASOS PRÁTICOS - 
EXAME 106º - 
PONTO 1 
ADAPTADO
Antônio alugou de Benedito um imóvel residencial situado 
na cidade de Campinas, celebrando contrato escrito de 48 
meses de duração. Decorridos 36 meses, o aluguel pago 
por Antônio a Benedito tornou-se muito alto (R$ 5.000,00) 
em relação aos aluguéis de imóveis existentes na região, 
com as mesmas dimensões, que estão sendo oferecidos à 
locação entre os valores de R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00. 
Benedito se recusa a reduzir o valor do aluguel. 
QUESTÃO:- Como advogado do locatário e sabendo-se 
que: a) Benedito tem domicílio em São Paulo, no bairro de 
Pinheiros, enquanto que Antônio reside em Limeira; b) 
Antônio é casado com Maria pelo regime de comunhão de 
bens e Benedito é viúvo; c) o contrato não tem foro de 
eleição; d) Benedito é usufrutuário do imóvel locado, 
pertencendo a nua propriedade a seu filho, menor 
impúbere, José; proponha a ação visando a redução do 
valor do aluguel a nível de mercado.
caso 2 - OAB/SP. 
EXAME 104º, 
PONTO 1 
ADAPTADO
A empresa Sernil Paulista "A" Ltda., com sede na capital 
paulista No bairro do Ipiranga, na Praça Cosmopolita, 20, 
deu em locação imóvel de sua propriedade, localizado na 
Rua Tito, 317-Lapa, na Capital, a empresa de embalagens 
"Cia. Americana de Embalagens", com e social na Rua 
Direita, n. 400, sobreloja, Centro, também na capital 
locação iniciou-se há quatro anos, tendo o prazo de 60 
meses, o v do aluguel atual mensal é de R$ 2.500,00 (dois 
mil e quinhentos além do condomínio que cabe à 
locatária, sendo certo que o justo valor locativo é de R$ 
4.000,00 (quatro mil reais). O antigo fiador veio a falecer 
em dezembro passado.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da sociedade 
dedicada à comercialização de embalagens, proponha a 
medida judicial pertinente visando à manutenção do 
contrato inquilinário.
Teoria geral 
Dos procedimentos especiais
A “teoria geral dos procedimentos especiais” 
refere-se à subsidiariedade das normas gerais do 
procedimento comum regulado pelo Livro I do 
Código de Processo Civil. Trata-se de um princípio 
aplicável a todo e qualquer procedimento especial, 
mesmo naqueles casos de procedimentos “muito 
especiais” (como o mandado de segurança ou as 
“ações coletivas”).
Os procedimentos especiais só se justificam na medida em 
que houver a necessidade de adequar regras inconvenientes 
ou insuficientes para prestação jurisdicional eficiente em 
face das peculiaridades do direito material
Cumulação de procedimentos e art. 327, §2º CPC
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, 
ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a 
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas 
processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais 
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
Cumulação de procedimentos e art. 327, §2º CPC
 O art, 327, §2º permite que se preservem “as técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais 
a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o 
procedimento comum”.
Ou seja, haveria a possibilidade de criar procedimentos “mistos” ou “híbridos”, em que a base seria o procedimento 
comum, mas preservadas algumas técnicas de procedimentos especiais fungíveis.
Exemplo da ação de consignação em pagamento do saldo do preço avençado em compromisso particular de venda e 
compra de imóvel, cumulada com pedido de adjudicação compulsória. Apenas a primeira demanda se sujeita a 
procedimento especial, mas a cumulação não acarretará a adoção integral do procedimento comum, preservando-se as 
providências relativas ao depósito inicial da coisa devida (arts. 541 a 543), das quais decorrem importantes 
desdobramentos no restante do procedimento (art. 545, caput, §§ 1.º e 2.º) 
AÇÃO MONITÓRIA 
(ARTS: 700 A 702 CPC)
· Art. 700 “caput” : prova escrita sem eficácia executiva (mas o autor pode renunciar à força executiva 
do título extra e entrar com a monitória – art. 785);
· Visa ao: I: recebimento de dinheiro, II: entrega de coisa ou III: prestação de fazer ou não fazer.
§§: leitura.
Art. 700, §6º: é possível ação monitória contra a Fazenda Pública, com ritodeterminado no art. 701, 
§4º. Atr. 496: trata da remessa necessária ao duplo grau de jurisdição para confirmação da sentença 
pelo Tribunal.
Obs.: Prazo para a defesa da FP: art. 183 CPC: 30 dias. A execução do mandado monitório contra a 
FP se dará conforme os arts. 534 e 535 CPC.
· Recebida a inicial, o devedor, no prazo de 15 dias, poderá (Art. 701):
a. Cumprir a obrigação (exime o devedor de pagamento de honorários, §1º. )
b. Permanecer inerte (parte-se para a execução do mandado monitório);
c. Apresentar defesa: embargos à monitória (art. 702).
Prova escrita: (doutrinário e jurisprudencial): relaciona-se a um juízo de admissibilidade, 
probabilidade do direito alegado. Exs: carta, email, faz, mensagem eletrônica, cheque 
prescrito – súmula 299 do STJ: é admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
EMBARGOS À MONITÓRIA (ART. 702)
É a defesa do devedor e a sua oposição suspende a eficácia do mandado 
monitório (§4º).
§ 1º: Pode ser alegada qualquer matéria;
§2º: devedor deve apresentar valor que entende devido, sob pena de 
indeferimento liminar dos embargos.
§7º: são oferecidos nos próprios autos da ação monitória, podendo ser autuados 
em apartado.
§8º: Rejeição dos embargos: constitui-se o título executivo judicial
AÇÕES 
POSSESSÓRIAS
PROFª. BEATRIZ SALLES FERREIRA LEITE
A. FUNGIBILIDADE DOS INTERDITOS: Art. 554 CPC/15 (foram adicionados 3 
parágrafos que regulam as regras a serem observadas na citação, caso o polo 
passivo seja composto de grande número de pessoas.
Princípio da MIHI FACTUM DABO TIBI JUS (a parte expõe o fato e o juiz aplica o direito).
A fungibilidade só se aplica nos caso das possessórias em sentido estrito (imissão, 
reintegração e manutenção na posse). Não se pode fungir ação de reintegração com 
ação de imissão na posse (ação petitória), p.ex. 
B. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS: ART. 555 CPC
C. CARÁTER DÚPLICE: ART. 556 CPC/15: desnecessária a 
reconvenção, e o réu também pode cumular pedidos;
D. DISTINÇÃO ENTRE JUÍZO POSSESSÓRIO E JUÍZO PETITÓRIO.
A exceção de domínio (exceptio proprietatis): Art. 557 CPC/15 + art. 
1.210, §2º CC.
No juízo possessório, não adianta alegar domínio (propriedade ou 
outro direito real sobre a coisa), pois só se discute posse.
No juízo petitório: só discute sobre o domínio, sendo secundária a 
posse
MANUTENÇÃO E REINTEGRAÇÃO DE POSSE
(ARTS. 560 A 566)
· Manutenção: SE HOUVE turbação;
· Reintegração: se houver esbulho
· Interdito proibitório (ameaça): (arts. 567 e 568)
Ação de consignação em 
pagamento
Direito Material
Direito Material: prevista no art. 334 do CC: mora accipiendi (mora do credor, por não aceitar o cumprimento da 
obrigação); quando for impossível o pagamento por motivos não imputáveis ao devedor.
Função: permitir ao devedor liberar-se da obrigação.
Obs.: A aceitação pelo credor não é requisito necessário para que haja direito à consignação. Só é cabível para o 
inadimplemento relativo. Para o inadimplemento absoluto, resolve-se em perdas e danos (art. 395, p. único CC) 
Art. 304 do CC: terceiro interessado e terceiro não interessado
Art. 305 CC: direito de reembolso.
Art. 306 CC: pagamento contra a vontade do devedor.
Art. 336 CC: requisitos para consignar.
Efeitos da consignação: exclusão, para o devedor, dos efeitos da mora. Julgada procedente a consignação, seus 
efeitos tornam-se definitivos.
Hipóteses legais para a consignação: Art. 335 do CC:
I - dívida portável: o devedor deve pagar a prestação no domicílio do credor;
II – dívida quesível: o credor deve buscar o pagamento;
III - credor incapaz, desconhecido, ausente ou difícil acesso,
IV - múltiplos credores dúvida quanto a quem deva receber, embora todos sejam 
conhecidos.
V – litígio sobre o objeto do pagamento. Discute-se o próprio crédito.
Consignação em 
pagamento 
direito 
processual
● ARTS 539 A 549 DO CPC
· Legitimidade ativa: devedor ou terceiro interessado ou não, desde que efetue 
pagamento em nome do devedor (art. 304 CC).
· Legitimidade passiva: credor conhecido, desconhecido ou incerto. Se houver concurso 
de credores, todos deverão figurar no polo passivo: litisconsórcio.
· Competência: art. 540 CPC: deve ser requerida no lugar do pagamento, do 
cumprimento da obrigação, ou, no lugar da situação do bem, se a obrigação for entrega 
de bem imóvel.
· Procedimento:
Art. 539, §1º CPC: fase extrajudicial: facultativa e se aplica apenas Às prestações 
pecuniárias.
Art. 539, §2º CPC: manifestação do credor;
Art. 539, §3º: recusa do credor – prazo de 1 mês para propor consignação judicial: 
resguarda o devedor da incidência de juros de mora, mas não impede que haja 
proposição posterior da ação, aí sim com incidência de juros de mora.
Art. 539, § 4º: perda da eficácia do depósito.
Fase judicial: comporta a consignação de qualquer espécie de prestação.
- requisitos da inicial: art. 542 CPC, prazo para depósito: 5 dias;
 - Art. 543: entrega de coisa indeterminada com escolha do credor;
 - Art. 541: prestações sucessivas
 - resposta do réu: em princípio, por ser procedimento especial, não se aplica a 
audiência do art. 334.
 - Art. 544: alegações do réu.
Art. 545: complementação do depósito: é facultativa, pois, pode o devedor entender 
que a quantia depositada está certa.
 - Art. 547 CPC: dúvida sobre quem é o credor, ou, credor desconhecido ( a citação 
deve ser feita por edital)
- Art. 548: diversos credores;
- Art. 546: a sentença: predominantemente declaratória, se reconhecido o pedido do 
autor;
Art. 545, §2º CPC: efeito declaratório e condenatório, se insuficiente o depósito.
DA AÇÃO DE 
ALIMENTOS
LEI 5478/68
O QUE SÃO ALIMENTOS E A NATUREZA DA OBRIGAÇÃO 
Segundo Carlos Roberto Gonçalves, alimentos são prestações pecuniárias, ou não, que visam à 
satisfação das necessidades vitais de quem não pode fazê-las por si. Tem como objetivo fornecer 
ao filhos, ascendentes, descendentes, parentes ou ex-cônjuge/companheiro o necessário à 
subsistência e manutenção do padrão de vida.
natureza da obrigação: A ação de alimentos não decorre de um dever familiar. É uma obrigação de 
caráter assistencial, segundo Yusef Cahali, e que depende muito da situação financeira de quem a 
propõe. 
Como tem como base o binômio possibilidade e necessidade, pode ter caráter transitório, 
provisional e provisório, já que o valor da prestação pode ser alterado a qualquer momento em 
decorrência de alteração no padrão de vida e salário do devedor e/ou credor. 
https://www.saraiva.com.br/direito-civil-brasileiro-responsabilidade-civil-vol-4-14-ed-2019-10506635/p
https://www.destakjornal.com.br/opiniao-destak/blogs/direito-de-familia/detalhe/alimentos-para-ex-conjuges-e-manutencao-do-padrao-social
https://www.megajuridico.com/pensao-alimenticia-necessidade-x-possibilidade-x-proporcionalidade/
PROVA DE PARENTESCO
 Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, 
qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco ou a obrigação de 
alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e 
naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.
 § 1º Dispensar-se-á a produção inicial de documentos probatórios;
 I - quando existente em notas, registros, repartições ou estabelecimentos públicos e ocorrer 
impedimento ou demora em extrair certidões.
 II - quando estiverem em poder do obrigado, as prestações alimentícias ou de terceiro residente 
em lugar incerto ou não sabido.
 § 2º Os documentos públicos ficam isentos de reconhecimento de firma.
 § 3º Se o credor comparecer pessoalmente e não indicar profissional que haja concordado em 
assisti-lo, o juiz designará desde logo quem o deva fazer.
LEGITIMADOS ATIVOS
Conforme o disposto no art.1694 do Código Civil, podem requisitar os alimentos parentes, cônjuges 
ou companheiros que necessitemde ajuda financeira para viver de modo compatível com sua 
condição social e, até mesmo, atender as necessidades de educação. Portanto, estão habilitados a 
requisitar a pensão alimentícia: 
● Filho ou filha de um relacionamento que chegou ao fim e em que os ex-cônjuges não habitam 
mais a mesma residência; 
● Ex-cônjuge ou ex-companheiro(a);
● Neto ou Neta;
● Pai ou Mãe; 
● Avó ou Avô; 
● Irmão ou Irmã;
● Parentes com grave enfermidade
● segundo o art.1696 do Código Civil, é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os 
ascendentes, recaindo a obrigação entre os pais próximos em grau de parentesco na falta do 
devedor da prestação. 
DINÂMICA DA AÇÃO DE ALIMENTOS
5. O JUIZ PROLATA SENTENÇA, 
PODENDO, INCLUSIVE 
MAJORAR O VALOR FIXADO 
PROVISORIAMENTE.
DESSA SENTENÇA CABE 
APELAÇÃO SEM EFEITO 
SUSPENSIVO, CONFORME ART. 
1.012, §1º, II DO CPC E DO ART 
14 DA LEI 5478/68
2
ART 5º. BUSCA-SE, ATRAVÉS 
DE AUDIÊNCIA DE 
CONCILIAÇÃO, A SOLUÇÃO DO 
CASO ATRAVÉS DE 
AUTOCOMPOSIÇÃO DAS 
PARTES
1 JUIZ RECEBE INICIAL E 
ESTIPULA O VALOR DOS 
ALIMENTOS 
PROVISÓRIOS,. EM REGRA 
ATRAVÉS DE PEDIDO 
LIMINAR 
3.
 INFRUTÍFERO O 
ACORDO, PREVALECE 
O VALOR FIXADO PELO 
JUIZ, PARTINDO-SE 
PARA A AIJ,
4. NA AIJ, NOVA 
CONCILIAÇÃO É TENTADA, 
CASO INFRUTÍFERA, 
PARTE-SE PARA A 
PRODUÇÃO DE PROVAS, 
APÓS ISSO, 10 MIN PARA 
ALEGAÇÕES FINAIS PARA 
CADA PARTE
LEI DE ALIMENTOS
 Art. 12. Da sentença serão as partes intimadas, pessoalmente ou através de seus representantes, na própria 
audiência, ainda quando ausentes, desde que intimadas de sua realização.
 Art. 13 O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e 
anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções.
 § 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer tempo, se houver modificação 
na situação financeira das partes, mas o pedido será sempre processado em apartado.
 § 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação.
 § 3º. Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso 
extraordinário.
 Art. 14. Da sentença caberá apelação no efeito devolutivo. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 27/12/73)
 Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista, em face 
da modificação da situação financeira dos interessados.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6014.htm#art4art14
SOBRE OS ALIMENTOS
Os alimentos são estipulados pelo juiz com base no salário líquido do devedor. Bem como, é 
possível pagar pensão alimentícia sem ser em dinheiro, através de pagamento de curso ou 
colégio ou qualquer outro tipo de obrigação. 
A sentença da ação de alimentos não transita em julgado e pode ser revista a qualquer 
momento. 
Lembre-se também que mesmo que o devedor da ação esteja desempregado e não tenha 
renda fixa, ele ainda continua obrigado a pagar a prestação, porém é reduzida em relação ao 
salário mínimo vigente. 
A única hipótese em que a ação pode ser finalizada é se o autor não comparecer em 
audiência, conforme as disposições do art.7º da Lei nº5.478/68. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5478.htm
CASO DE NÃO PAGAMENTO DOS ALIMENTOS
Atualmente, há 4 formas de se cobrar parcelas de alimentos 
vencidas: 
● execução de título extrajudicial sob pena de penhora;
● execução de título extrajudicial sob pena de prisão; 
● cumprimento de sentença sob pena de prisão;
● cumprimento de sentença sob pena de penhora 
 
 Art. 19. O juiz, para instrução da causa ou na execução da sentença ou 
do acordo, poderá tomar todas as providências necessárias para seu 
esclarecimento ou para o cumprimento do julgado ou do acordo, 
inclusive a decretação de prisão do devedor até 60 (sessenta) dias.
 § 1º O cumprimento integral da pena de prisão não eximirá o 
devedor do pagamento das prestações alimentícias, vincendas ou 
vencidas e não pagas. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 27/12/73)
 § 2º Da decisão que decretar a prisão do devedor, caberá agravo 
de instrumento. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 27/12/73)
 § 3º A interposição do agravo não suspende a execução da 
ordem de prisão. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6014.htm#art4art19%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6014.htm#art4art19%C2%A72
ART. 528 DO CPC
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de 
decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado 
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de 
efetuá-lo.
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o pagamento, não prove que o efetuou 
ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento 
judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517 .
§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o 
inadimplemento.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar 
protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) 
meses.
§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns.
§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e 
vincendas.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art517
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de 
prisão.
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que 
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as 
que se vencerem no curso do processo.
§ 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou 
decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso 
em que não será admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em 
dinheiro, a concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o 
exequente levante mensalmente a importância da prestação.
§ 9º Além das opções previstas no art. 516 , parágrafo único, o exequente pode 
promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de 
prestação alimentícia no juízo de seu domicílio.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art516
DA AÇÃO DE EXIGIR 
CONTAS
ARTS 550 A 553 CPC
DUAS FASES
A fase de conhecimento desta ação de procedimento especial é dividida em duas etapas, cada 
uma com objeto cognitivo específico e com multiplicidade de decisões judiciais que podem ser 
proferidas.
➔ Primeira etapa: tem como objetivo a apreciação dos requisitos formais da ação de exigir 
contas sem, contudo, adentrar no mérito e valorar os documentos apresentados, bem 
como se há ou não a necessidade de apurar algum saldo em favor de um dos litigantes: 
➔ §1º, do artigo 550, do CPC exige requisitos obrigatórios para o autor: indicação das 
“razões pelas quais exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa 
necessidade, se existirem”.
ART 550, §1º CPC
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a 
citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1º Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais 
exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se 
existirem.
A 1ª etapa tem cognição restrita e se encerra com a decisão que acolhe o 
pedido do autor e condena o réu (obrigação de prestar contas ou não 
impugnar as que o autor apresentar) ou extingue o processo, com ou sem 
resolução de mérito (artigos 485 ou 487, do CPC), por não reconhecer apresença dos requisitos previstos no art. 550, do CPC.
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
➔ Segunda etapa: na decisão final desta etapa há um juízo de valor positivo ou 
negativo em relação à continuidade do procedimento.
➔ será da decisão que rejeita a necessidade de se exigir contas recorrível?
➔ Primeiro devemos considerar que a decisão acima mencionada é interlocutória, 
assim, sendo, pela taxatividade mitigada do agravo de instrumento, 
entende-se possível tanto na 1ª quanto na 2ª etapas da ação de exigir contas, 
se houver decisão interlocutória que comporte recorribilidade imediata, o 
agravo de instrumento poderá/ deverá ser utilizado pelo prejudicado.
DECISÃO QUE RECONHECE O DIREITO AO PROSSEGUIMENTO DO 
FEITO
A natureza da decisão dependerá do prosseguimento ou não do procedimento: artigo 550, §5º, do CPC :
“§ 5º A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 
(quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.”
➔ será interlocutória de mérito sujeita ao agravo de instrumento, caso o 
procedimento adentre na 2ª etapa, resolvendo, em caráter definitivo, todos os 
aspectos ligados à 1ª e passando, apenas e tão-somente, para a discussão ligada ao 
aspecto valorativo das contas.
➔ será sentença, sujeita à apelação, caso seja extinto o processo nesta 1ª etapa, em 
razão de algum obstáculo intransponível ligado à pretensão deduzida pelo autor.
ART 550 CPC
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as preste ou 
ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
(...)
§ 2º Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-se o processo na forma do 
Capítulo X do Título I deste Livro.
§ 3º A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, com referência expressa ao 
lançamento questionado.
§ 4º Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355 .
(...)
§ 6º Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5º, seguir-se-á o procedimento do § 2º, caso contrário, o 
autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a realização de exame pericial, se necessário.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art355
ART 551 CPC
Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma adequada, 
especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver.
§ 1º Havendo impugnação específica e fundamentada pelo autor, o juiz 
estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos justificativos dos 
lançamentos individualmente impugnados.
§ 2º As contas do autor, para os fins do art. 550, § 5º , serão apresentadas na 
forma adequada, já instruídas com os documentos justificativos, especificando-se as 
receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver, bem como o 
respectivo saldo.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art550%C2%A75
ARTS 552 E 553 CPC
Art. 552. A sentença apurará o saldo e constituirá título executivo judicial.
 Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e 
de qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do 
processo em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o 
saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens 
sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria direito e 
determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
DIVÓRCIO CONSENSUAL
ARTS.731 A 733 DO CPC
O divórcio pode ser realizado pela simples vontade de qualquer uma das 
partes, ou de ambas, a qualquer momento, bastando que um dos cônjuges 
manifeste sua vontade sobre o desejo de colocar fim à relação conjugal. 
❖ Não há a necessidade de comprovação de um motivo específico, nem de culpa 
pelo término do relacionamento, para realização desse procedimento. Após 
sua realização os ex-cônjuges estarão livres para constituir novo vínculo 
matrimonial .
❖ pode ser realizado de duas formas
● Extrajudicial: se for consensual e preencher certos requisitos.
● Judicial: se o divórcio for consensual (mútuo consentimento) ou litigioso (quando 
não há acordo entre as partes sobre os termos do divórcio).
Na modalidade judicial, consensual ou litigioso, o divórcio deverá ser 
realizado mediante a propositura de uma ação junto a uma Vara de Família ou, no 
caso de ausência desta na cidade, por outra competente para julgar causas de 
Direito de Família.
Na ação judicial de divórcio os cônjuges poderão discutir sobre a extinção do 
vínculo conjugal, sobre a modalidade de guarda dos filhos e de convivência, sobre 
eventual pagamento de pensão alimentícia, partilha de bens, manutenção ou não 
do sobrenome do cônjuge (quando adotado), dentre outros assuntos pertinentes.
ART 731
Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os 
requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da 
qual constarão:
I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e
IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á 
esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658 .
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art647
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art658
ARTS. 732 E 733
Art. 732. As disposições relativas ao processo de homologação judicial de divórcio ou de 
separação consensuais aplicam-se, no que couber, ao processo de homologação da extinção 
consensual de união estável.
 Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união 
estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão 
ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731 .
§ 1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer 
ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições 
financeiras.
§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por 
advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art731
DO INVENTÁRIO 
E DA PARTILHA
ARTS 610 A 673 DO CPC
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O fato jurídico que motiva a sucessão e consequentemente a necessidade de abertura de inventário é a 
morte, real ou presumida, no caso do ausente, nas situações em que a Lei permite a abertura da sucessão 
definitiva (art. 745, § 3º, do CPC e arts. 38 e 39, do CC).
O inventário e partilha é um procedimento especial de jurisdição contenciosa obrigatório para a 
regularização da sucessão, salvo na hipótese em que todas as partes forem maiores, capazes, 
estiverem de acordo com a partilha dos bens e não houver testamento (art. 610, § 1º, do NCPC), 
pois neste caso poderá fazer-se o inventário e a partilha em cartório, por escritura pública, com as 
mesmas consequências jurídicas do inventário judicial, ou seja, constitui documento hábil para 
qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições 
financeiras.
O procedimento de inventário divide-se em três modalidades: 
1. O tradicional (arts. 610 a 658 do CPC), 
2. O arrolamento comum (arts. 659 a 663 do CPC);
3. O arrolamento sumário (arts. 664 a 666 do CPC), 
4. Além do inventário extrajudicial, previsto nos §§ 1º e 2º, do artigo 610, do CPC.: 
§ 1º Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilhapoderão ser feitos por 
escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem 
como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
§ 2 o O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas 
estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura 
constarão do ato notarial.
LEGITIMIDADE PARA 
REQUERER O 
INVENTÁRIO 
Art. 615. O requerimento de inventário e de partilha 
incumbe a quem estiver na posse e na administração do 
espólio, no prazo estabelecido no art. 611 .
Parágrafo único. O requerimento será instruído com 
a certidão de óbito do autor da herança.
 Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente:
I - o cônjuge ou companheiro supérstite;
II - o herdeiro;
III - o legatário;
IV - o testamenteiro;
V - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor 
da herança;
VII - o Ministério Público, havendo herdeiros 
incapazes;
VIII - a Fazenda Pública, quando tiver interesse;
IX - o administrador judicial da falência do herdeiro, 
do legatário, do autor da herança ou do cônjuge ou 
companheiro supérstite. 
ART. 615 CPC
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art611
A petição inicial que requer a abertura do inventário deve ser instruída com a 
certidão de óbito do autor da herança (art. 615, parágrafo único, do CPC), devendo 
também ser requerida a nomeação do inventariante entre as pessoas legitimadas, 
previstas no artigo 617, do CPC.
Observação para os seguintes legitimados:
❖ o herdeiro menor, devidamente representado ou assistido por seu 
representante legal (inciso IV, do art. 617, NCPC)
❖ o cessionário do herdeiro ou legatário (inciso VI, do art. 617, NCPC):
INVENTÁRIO TRADICIONAL - PONTOS PRINCIPAIS
ARTS 610 A 658 CPC
O foro competente para a abertura e processamento do inventário é do último domicílio do autor da 
herança (CPC, art. 48), porém, se o autor da herança não possuía domicílio certo, o foro competente 
será o da situação dos bens imóveis (o que é inovação do NCPC, pois o CPC/73 previa apenas o foro 
da situação dos bens), e havendo bens imóveis em mais de um lugar, quaisquer destes será 
competente, e por fim, se o espólio não possuir bens imóveis, será competente para o processamento 
do inventário e da partilha, o foro de qualquer dos bens do espólio. 
A regra de competência para o juízo do inventário é relativa, devendo ser arguida por exceção e 
admitindo prorrogação.
O juízo do inventário atrai todas as demandas propostas contra o espólio, só não atraindo aquelas 
que se submetam a regra de competência absoluta (competência funcional e em razão da matéria), 
pois estas são improrrogáveis.
 consideraçCON
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O rol do artigo 616 do CPC, não é taxativo, pois qualquer interessado patrimonial no 
processamento do inventário e da partilha está legitimado a requerer a abertura do 
inventário
❖
A pessoa jurídica não pode ser inventariante. Diante das recentes 
decisões sobre a união homoafetiva, admite-se o(a) parceiro(a) da união 
homoafetiva como inventariante.
ANÁLISE DO ART. 623, caput e parágrafo único do CPC, e em qualquer hipótese, 
será assegurado ao inventariate o contraditório e a ampla defesa, Da decisão 
proferida na remoção caberá agravo de instrumento. A decisão que remove, 
necessariamente nomeia um novo inventariante (art. 624, parágrafo único).
❖ O inventariante deve restituir a posse de todos os bens no caso de remoção ou destituição, sob pena de busca e apreensão ou imissão na posse, com 
fixação de multa como forma de execução indireta para pressionar o 
inventariante removido a efetivar a entrega dos bens.
QUESTÕES IMPORTANTES
ART 625 CPC - MULTA PARA O INVENTARIANTE REMOVIDO
Art. 625. O inventariante removido entregará imediatamente ao substituto os bens do espólio e, caso deixe de 
fazê-lo, será compelido mediante mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de 
bem móvel ou imóvel, sem prejuízo da multa a ser fixada pelo juiz em montante não superior a três por cento do 
valor dos bens inventariados.
citação do cônjuge, o companheiro, os herdeiros, os legatários, Conforme a previsão do § 1º, do art. 
626, do CPC, do cônjuge, o companheiro, os herdeiros, os legatários serão citados pelo correio, 
independentemente de seu domicílio, conforme o art. 247, do CPC, utilizando-se a citação por edital, 
de forma genérica, apenas para se dar conhecimento do inventário aos potenciais interessados, e 
aqueles cujo o endereço seja desconhecido, na forma do inciso III, do art. 259, do CPC.
Concluídas as citações, abre-se prazo, comum e em cartório, de 15 dias contados da última citação 
para se manifestarem sobre as primeiras declarações (art. 627 do CPC), apresentando suas 
impugnações.
DA PARTILHA - ARTS 647 A 658 CPC
Após a avaliação dos bens do espólio, se necessário for, haverá o cálculo do imposto 
devido, passar-se á à colação, onde:
Art.: Art. 639. No prazo estabelecido no art. 627 , o herdeiro obrigado à colação conferirá por termo nos autos ou 
por petição à qual o termo se reportará os bens que recebeu ou, se já não os possuir, trar-lhes-á o valor.
Parágrafo único. Os bens a serem conferidos na partilha, assim como as acessões e as benfeitorias que o 
donatário fez, calcular-se-ão pelo valor que tiverem ao tempo da abertura da sucessão.
Colação: antecipação daquilo que seria legítimo ao descendente quando da morte do doador - o 
que deve ser informado no Inventário, com a finalidade de igualar a legítima, sob pena de sonegação. 
Esse procedimento de relacionar os bens recebidos a título de doação no Inventário é denominado 
colação
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art627
PARTILHA
A Partilha é o procedimento que se segue ao inventário e consiste em repartir entre os sucessores, o acervo hereditário. 
Havendo apenas um herdeiro não se terá partilha, devendo ser adjudicado ao herdeiro único todos os bens.
Será feira após o pagamento das dívidas do espólio, e recairá sobre os bens que remanescerem ao acervo, excluída a 
meação o cônjuge sobrevivente.
Pagos os credores, ou reservadas as quantias necessárias para o seu pagamento, o juiz facultará às partes que, no prazo 
comum de 15 (quinze) dias, formulem o pedido de quinhão; em seguida proferirá decisão de deliberação da partilha, 
resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário.
★ PREVISÃO do parágrafo único, do art. 647: o juiz poderá, em decisão fundamentada, deferir antecipadamente a 
qualquer dos herdeiros o exercício dos direitos de usar e de fruir de determinado bem, com a condição de que, ao 
término do inventário, tal bem integre a cota desse herdeiro, cabendo a este, desde o deferimento, todos os ônus 
e bônus decorrentes do exercício daqueles direitos. Neste caso, poderá o futuro destinatário do bem usufruí-lo de 
imediato, ou seja, antes de julgada ou homologada a partilha. Como condição para o deferimento do uso ou 
fruição antecipada de bem, o legislador fez duas exigências: o bem deve integrar o quinhão do herdeiro ao final 
da partilha e o herdeiro deverá responsabilizar-se integralmente pelos ônus inerentes à sua conservação.
regras da partilha - art 648 CPC
art. 648 Na partilha, serão observadas as seguintes regras:
I - a máxima igualdade possível quanto ao valor, à natureza e à qualidade dos bens;
II - a prevenção de litígios futuros;
III - a máxima comodidade dos

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