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FABIA RESUMO 2

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O SIGNIFICADO DA UTILIZAÇÃO DE PSICOFÁRMACO PARA INDIVÍDUOS 
COM TRANSTORNO MENTAL EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL
A saúde mental é auxiliada por uma compreensão dos processos da existência humana que tem avançado nas últimas décadas, ou seja, por conceber a pessoa com doença mental no contexto de seu sofrimento existencial, e não apenas no contexto de seu diagnóstico. A saúde mental assume, assim, um compromisso ético-político de cuidar das pessoas com sofrimento psíquico, respeitando sua singularidade e reinserção na sociedade e promovendo o cuidado humanizado. O tratamento farmacológico tem se destacado como parte da ação terapêutica no campo psicossocial, com o objetivo de diminuir os sintomas nocivos da doença mental para melhor adaptação à realidade. Para esclarecer, o papel das drogas psicotrópicas no tratamento não pode ser subestimado. Em vez disso, outras formas de cuidado podem ser combinadas a eles, tornando o uso de medicamentos a última opção e não a primeira opção de tratamento. 
O uso racional de medicamentos permite que os pacientes recebam medicamentos adequados às suas necessidades clínicas, no momento adequado e com o menor custo possível para eles e para a comunidade, em doses adequadas às suas necessidades individuais. O uso regular de medicamentos psicotrópicos é um dos maiores desafios no tratamento de pessoas com transtornos mentais. As razões para a rejeição de drogas variam de pessoa para pessoa, mas geralmente são devido a efeitos colaterais desagradáveis, afetando várias áreas da vida de um indivíduo, ou não aceitando o uso diário dessas drogas por muito tempo. Nesta categoria, o uso de drogas psicotrópicas é entendido pelos usuários como algo que lhes proporciona uma vida "normal" e clareza de pensamento. Ou seja, a oportunidade de realizar ações simples para pessoas "normais", como dormir e viver em sociedade.
Ao fazer uma análise com os pacientes sobre o uso de psicotrópicos, eles relatam diversos depoimentos, como se o medicamento seja uma afirmação do estado normal do usuário, em algum momento, ele relata delírio por não usar a droga. No mundo da medicina, o tratamento psiquiátrico é vista pelos usuários como acesso à medicação, bem como apoio nas atividades diárias. Observou-se que, por vezes, as substâncias psicotrópicas são consideradas parte integrante da vida do dependente químico, sem as quais o dependente estaria impossibilitado de realizar suas funções diárias. Às vezes, eles mostram que estão cientes dos danos causados ​pelo não uso e expressam sua esperança de cura.
Alguns relataram também que os pacientes se incomodavam com o fato de a medicação ter que ser usada de forma contínua. No entanto, como a crise e a internação tiveram um grande impacto em sua vida e na de sua família, gerando emoções negativas, ele parecia estar revendo o que havia passado e concluiu que precisava de medicação.
Os usuários entendem que não podem interromper a administração de medicamentos psicotrópicos, pois isso representa um risco, quase sempre de experiências negativas em momentos de crise. Porém, o uso do tratamento medicamentoso tem lhes dado a garantia de uma vida normal. A resolução de problemas e comportamentos também é um problema relacionado às drogas, cuja falta é vista como a causa do problema, enquanto seu uso é um recurso. Os pacientes também associam a ausência de sintomas ou o corpo trabalhando em silêncio, proporcionando ao indivíduo uma sensação de segurança proporcionada por uma sensação palpável de bem-estar.
Ao falar sobre outra parte do tratamento, que é a utilização de psicofármaco como promoção de saúde física e mental. Os depoimentos indicaram que a medicação era necessária, porém a escuta, a crença religiosa e o convívio com os amigos poderiam complementar o tratamento. Às vezes, dar atenção ao usuário na forma de diálogo pode reduzir o sofrimento e outras emoções negativas. A prescrição de medicamentos psicotrópicos é considerada atualmente um dos primeiros recursos terapêuticos a serem utilizados diante de qualquer angústia, luto ou desconforto mental.
Às vezes, os familiares têm dificuldade de entender os diferentes comportamentos e tentam aproximar os estranhos o mais possível do bom senso, o que pode dificultar o cuidado. Portanto, observou-se que a escuta era parte importante do cuidado integral dos usuários e era valorizada por eles, pois, por vezes, o uso de psicofármacos não era a única forma de tratamento.
As considerações finais sobre esta pesquisa, trouxe de certa forma, algo para abrir a mente de várias pessoas em um modo geral sobre a utilização do psicofármaco para várias atividades e encarar este modo de vida como algo que vá contribuir para o paciente, pois a medicação vai estar melhorando a sua qualidade de vida, por mais que exista divergências e seus efeitos colaterais, aprender a lidar com isso pode proporcionar uma vida mais confortável. Estar investigando cada opinião válida de usuários e pontos que se levam consideração ajuda as pessoas a entenderem que não há motivos para ter estigma sobre a psicofarmacologia.

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