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No líquido as ligações entre as moléculas são mais fortes, logo elas são mais coesas. Já no gás a interação entre as moléculas é muito pequena, logo elas ficam muito separadas umas das outras. ATENÇÃO: Se fluido líquido ocupa 1 litro de espaço em um balde, ele irá ocupar o mesmo volume de 1 litro independente do recipiente em que ele estiver. Já o fluido gasoso não, a mesma quantidade de gás pode ocupar qualquer volume, de acordo com o volume do recipiente em que ele está. Diferença entre líquido e gás, conceitos iniciais e fluidos em repouso - hidrostática, RESUMO | FISICA II MECÂNICA DOS FLUIDOS FLUIDOS Fluido é um material que pode escoar, que consegue adequar sua forma de acordo com o recipiente em que ele está. Líquidos e gases são fluidos. Por exemplo, quando colocamos a água em um copo, ela se ajeita na forma desse copo; Se pegamos um gás e colocamos em uma caixa, ele toma a forma dessa caixa. DIFERENÇA ENTRE LÍQUIDO E GÁS CONCEITOS BÁSICOS-ESSENCIAIS Consideraremos na Fisica II os fluidos como materiais homogêneos, dessa forma a densidade é a relação entre a massa e o volume (densidade volumétrica) desse fluido. DENSIDADE ρ= m [kg] V [m³] A pressão em um fluido é a relação entre o módulo da força normal F que o fluido exerce sobre uma superfície e a área dessa superfície. Observe que a pressão está relacionada à uma força, então, no caso de fluidos é mais conveniente descrevermos o comportamento do fluido em termos da pressão e não da força. PRESSÃO EM UM FLUIDO HIDROSTÁTICA: Se desprezarmos a massa de fluido, a pressão terá o mesmo valor em todos os pontos desse fluido. Porém, os fluidos possuem massa e, além disso, estão sob ação de um campo gravitacional, portando os fluidos também possuem peso! Devido ao peso do fluido, que é uma força, a pressão em diferentes pontos desse fluido varia! COMO A PRESSÃO VARIA EM CADA PONTO DO FLUIDO Suponhamos um recipiente com um fluido de densidade ρ em repouso, ou seja, se analisarmos um pequeno volume desse volume total, ele também estará em repouso. Além disso, adotamos um sistema de coordenadas com o 0 no fundo do recipiente. Estudo dos fluidos em repouso, ou seja, apesar das moléculas do fluido estarem em movimento, o fluido como um todo não apresenta um movimento coordenado em alguma direção, ele está parado. Vamos analisar as forças que atuam nesse pequeno volume de fluido, em cima e em baixo: P = F então F = PA A *dP é a diferença de pressão entre a parte de baixo e a parte de cima desse pequeno volume de fluido Pelo equilíbrio de forças no eixo y (as forças nos outros eixos se anulam!) temos a relação entre a pressão em dois pontos diferentes. Não confunda o p (força peso) e P (pressão)! Se integrarmos a penúltima equação com a pressão variando de P1 a P2 e y variando de y1 e y2 chegamos à equação que precisamos: *Observe que dP é diferente de 0, logo a pressão na parte de cima é diferente da parte de baixo. p = mg e ρ = m então p = mg = ρvg = ρ(Ady)g V O que nos interessa geralmente é descobrir a pressão do fluido em ponto que se encontra a uma determinada profundidade. Como demonstrado anteriormente, conseguimos melhorar a equação para encontrarmos a pressão em um ponto com determinada profundidade. Quanto maior a profundidade, maior a pressão, para um mesmo líquido. Note que, em pontos com a mesma profundidade a pressão é a mesma desde que as seguintes condições sejam atendidas: - O nível da água é o mesmo nos dois lados do recipiente; - É possível ir de um ponto ao outro caminhando pelo mesmo fluido (sem atravessar outro fluido); Caso contrário essa relação não é valida, é necessário calcular o valor da pressão para cada fluido, mesmo os pontos estando na mesma profundidade. *Níveis diferentes *Não é possível ir de um ponto a outro pelo mesmo fluido. Vamos observar o caso de um fluido em repouso no recipiente que em determinado ponto 1 possui uma pressão inicial P1. Por algum motivo externo, a pressão na superfície sofre variação, veremos o que acontecerá com a pressão no mesmo ponto 1 após essa variação de pressão na superfície. **Válido apenas fluidos líquidos, por terem maior coesão que os gases. LEI DE PASCAL Vemos que a variação de pressão no ponto 1 é exatamente igual á variação de pressão na superfície, ou seja, a pressão adicionada é sentida em todos os pontos do fluido. Isso é valido para todos os outros pontos. Consideremos um sistema como apresentado e que é submetido a uma força F1 em um de seus lados. Para que o sistema continue em equilíbrio, encontramos as forças de ação e reação: PA1 que é reação a F1, PA2 que surge devido à F1 pela propagação da pressão e a F2 que surge como reação da última. Lei de Pascal: "a pressão aplicada a um fluido no interior de um recipiente é transmitida sem nenhuma diminuição a todos os pontos do fluido e para as paredes do recipiente" ou "a pressão aplicada num ponto de um fluido em repouso transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido". APLICAÇÃO PRÁTICA E IMPORTANTE DA LEI DE PASCAL A partir da Lei de Pascal, em que a pressão exercida em uma parte do fluido é sentida por todas as outras, sabemos então que a pressão nos dois lados é a mesma. Com isso, a partir das relações de pressão conseguimos encontrar o módulo da reação F2. Além disso, com a configuração acima em que A2 é maior que A1, conseguimos saber que F2 é maior que F1. Note que, quanto maior for a área A2, maior sera a força F2. Essa força pode chegar a ser tão grande que pode ser comparado ao peso de um carro. É assim que são feitos os macacos hidráulicos ou elevadores hidráulicos. TIPOS DE PRESSÃO: É a pressão total que está atuando no fluido, as que calculamos anteriormente PRESSÃO ABSOLUTA É a diferença entre a pressão absoluta aplicada no fluido e a pressão atmosférica. PRESSÃO MANOMÉTRICA P = P - P man abs atm Quando calibramos um pneu, calibramos com a pressão manométrica, ou seja, nos interessa a diferença entre a pressão dentro do pneu e a atmosférica, afinal, se for igual o pneu ficaria murcho com o peso do automóvel. MANÔMETRO DE TUDO ABERTO O manômetro de tubo aberto é basicamente um tubo de vidro em forma de U que consegue medir a pressão manométrica dentro de um recipiente. A situação ao lado mostra o manómetro prestes a ser conectado a um recipiente com um fluido cuja pressão é P. SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I e Física II. 14ª. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008 REFERÊNCIAS DE ESTUDO: Ao conectarmos o manômetro ao recipiente, parte desse fluido entra no manômetro e causa uma diferença de alturas entre os níveis [que eram iguais] anteriormente. É a partir dessa diferença de nível [h], utilizando os resultados apresentados anteriormente, que conseguimos calcular a pressão manométrica dentro do fluido. Observações: - O tubo do manômetro tem um volume muito pequeno se comparado ao do recipiente, por isso a variação de volume dentro do recipiente, que causa variação da pressão P, é desprezível; - O fluido utilizado em manômetros geralmente é o mercúrio porque quanto maior é a densidade do fluido, menor será a diferença de níveis. Isso torna possível o manômetro ser um sistema mais compacto, sem precisar utilizar colunas extremamente longas.
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