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Universidade Veiga de Almeida TRABALHO DE DIREITO ADMINISTRATIVO Aluna: Joyce da Silva Ferreira Professor: Igor Ajouz Turma: 1JUR16A Matrícula: 20191102121 Tijuca, Rio de Janeiro, 2021 A Companhia de Processamento de Água e de Esgotos da Paraíba, mais conhecida como CAGEPA, tem sede e foro em João Pessoa. O abastecimento de água desse município foi inaugurado em 21 de abril de 1912, no governo de João Lopes Machado. A CAGEPA é uma empresa estatal de economia mista tendo o seu patrimônio social dividido entre o Governo do Estado de Paraíba e a Prefeitura Municipal de Campina Grande. 1) a natureza jurídica da entidade: A natureza jurídica da entidade é de economia mista, autorizado pela a Lei Estadual n° 3.459/66, com alteração da Lei Estadual n° 3.702/72, tendo vínculo com a Secretaria de Infraestrutura dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (SEIRHMA), como já mencionado, tem sede e foro em João Pessoa e também apresenta jurisdição em todo o território de Paraíba. 2) a atividade-fim desempenhada pela entidade: A atividade desempenhada pela entidade caracteriza-se pela execução e operação de serviços de saneamento básico como por exemplo a captação, a distribuição e tratamento de água, disposição final e tratamento dos esgotos e adução, tendo a comercialização desses serviços e benefícios de maneira direta ou indiretamente, acabando decorrendo dos empreendimentos, como qualquer outra atividade correlata ou afins. 3) o regime jurídico da entidade: O regime jurídico da entidade é de característica privada, ou seja, os interesses particulares são regidos pelo ordenamento jurídico. A empresa CAGEPA é uma empresa pública de economia mista por ações, que apresenta características de direito privado. 4) as razões que levaram à criação da entidade: O objetivo de disponibilizar água encanada para a sociedade e elaborar um meio para o abastecimento da mesma, foi um dos motivos que levaram a criação da entidade. Além disso, o abastecimento dos esgotos como meio de preservar o meio ambiente, foi umas das características fundamentais para a criação dessa entidade. 5 – caso a entidade deseje promover a admissão de funcionários, será necessária a realização de concurso público? A que regime jurídico estarão submetidos os funcionários? Como será definida a sua remuneração? Quais serão as formalidades a serem atendidas antes do início de seu exercício? Para trabalhar na CAGEPA é necessário a admissão feita por concurso público, segundo edital n° 001/2008. Sendo assim, obtendo uma classificação de acordo com o número de vagas por cargo/ cidade ou por cargo/regional. A remuneração será feita de acordo com o cargo preenchido. Segue abaixo um exemplo da remuneração imposta no edital n° 001/2008: CARGO JORNADA SEMANAL DE TRABALHO SALÁRIO INICIAL Analista Comercial 40 horas R$ 1.019,87 Atendente Comercial 36 horas R$ 705,78 Cadastrador 40 horas R$ 705,78 Inspetor de Instalações Prediais 40 horas R$ 705,78 Leiturista 40 horas R$ 609,43 Serralheiro 40 horas R$ 609,43 Soldador 40 horas R$ 609,43 Torneiro Mecânico 40 horas R$ 705,78 No mesmo edital, também podemos perceber a presença de alguns cargos para a formação de cadastro de reserva, são eles: CARGO JORNADA SEMANAL DE TRABALHO SALÁRIO INICIAL Administrador 40 horas R$ 1.805,32 Advogado 40 horas R$ 1.805,32 Agente Administrativo 40 horas R$ 506,02 Agente de Manutenção 40 horas R$ 506,02 Agente Operacional 40 horas R$ 506,02 Almoxarife 40 horas R$ 849,99 Analista Comercial 40 horas R$ 1.019,87 Analista de Sistemas 40 horas R$ 1.805,32 Analista de Suporte 40 horas R$ 1.805,32 Assistente Social 40 horas R$ 1.805,32 Atendente Comercial 40 horas R$ 705,78 Auxiliar de Almoxarifado 40 horas R$ 609,43 Auxiliar de Contabilidade 40 horas R$ 609,43 Auxiliar de Laboratório 40 horas R$ 506,02 Auxiliar de Manutenção Geral 40 horas R$ 506,02 Auxiliar de Serviços Gerais 40 horas R$ 451,13 Biólogo 40 horas R$ 1.805,32 Cadastrador 40 horas R$ 705,78 Contador 40 horas R$ 1.805,32 Continuo 40 horas R$ 451,13 Economista 40 horas R$ 1.805,32 Engenheiro (Área Civil) 40 horas R$ 3.527,50 Engenheiro (Área Civil - Especialização em Segurança do Trabalho) 40 horas R$ 3.527,50 Engenheiro (Área Eletricista) 40 horas R$ 3.527,50 Engenheiro (Área Química) 40 horas R$ 3.527,50 Geólogo 40 horas R$ 1.805,32 Inspetor de Instalações Prediais 40 horas R$ 705,78 Laboratorista 40 horas R$ 849,99 Leiturista 40 horas R$ 609,43 Marceneiro 40 horas R$ 506,02 Motorista 40 horas R$ 705,78 Oficial Administrativo 40 horas R$ 705,78 Operador de Equipamento 40 horas R$ 849,99 Pedreiro 40 horas R$ 506,02 Químico (Industrial) 40 horas R$ 1.805,32 Serralheiro 40 horas R$ 609,43 Soldador 40 horas R$ 609,43 Técnico Administrativo 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Contabilidade 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Edificações 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Eletrônica 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Eletrotécnica 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Geoprocessamento 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Informática 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Mecânica 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Saneamento 40 horas R$ 1.247,28 Técnico em Segurança do Trabalho 40 horas R$ 1.247,28 Tecnólogo em Geoprocessamento 40 horas R$ 1.686,08 Telefonista 36 horas R$ 506,02 Torneiro Mecânico 40 horas R$ 705,78 Antes do início do cargo algumas formalidades serão atendidas como por exemplo: ter obtido uma classificação de acordo com o número de vagas, ter nacionalidade brasileira ou portuguesa, sendo em caso de portuguesa, deverá está amparado pelo estatuto da igualdade dos brasileiros e portugueses, deverá também está de acordo com as questões eleitorais. E em caso de ser do sexo masculino, deverá está quite com o Serviço Militar. Além disso, todos os candidatos devem ter idade mínima de 18 anos no dia de sua posse. E deverá apresentar aptidão mental e física para as atribuições do cargo, sendo constatada através de um Exame Médico pré-admissional, que será feito pela CAGEPA. 6 - caso um automóvel, de propriedade da entidade, tenha, por imperícia do condutor (que estava no exercício de sua função de motorista, em horário de expediente), sido envolvida em acidente de trânsito, deverá a entidade arcar com a indenização à vítima? Sob que fundamento? Se a entidade desejar vender esse mesmo automóvel, a alienação será possível? Em caso negativo, justifique. Em caso positivo, quais formalidades deverão ser observadas? Sim, a entidade deverá arcar com a indenização à vítima de acidente de trânsito, segundo o entendimento do TJ-PR que retrata a responsabilidade do empregador em casos de acidente de trânsito causado pelo funcionário. “TJPR reconhece a responsabilidade de empregador em acidente de trânsito causado por um funcionário Colisão frontal com um ônibus de turismo matou o motorista do carro, que tentava realizar uma ultrapassagem...Proprietária do ônibus terá direito à indenização Sex, 08 Nov 2019 12:23:25 -0300 Uma empresa de turismo procurou a Justiça para ser indenizada por prejuízos sofridos após um acidente de trânsito....Conclusão em sentido diverso permitiria a responsabilidade do empregador por qualquer acidente causado por seus funcionários no trajeto de deslocamento de casa para o trabalho ou vice-versa, impondo ônus”. A indenização deverá ser de dano moral ou dano material, vai depender dos danos sofridos pela vítima. Portanto, vale destacar que tanto a empresa proprietária do imóvel quanto o funcionário responderão pelos danos causados à vítima. Sendo assim, mesmo que o proprietário não tenha contribuído em nada para o acidente, ele também deverá arcar com os prejuízos causados à vítima. Além disso, caso a entidade deseje vender o automóvel, poderá realizar a venda sem problemas, pois é um bem alienável e segundo a Súmula n° 132 do STJ, que retrata que a transferência do veículo não implica na responsabilidadedo proprietário antigo. As formalidades que devem ser observadas para venda desse veículo, são as mais simples e devem ser levadas a sério. Após a venda do veículo, o antigo dono deverá informar o DETRAN da cidade sobre a transferência para o novo dono. Sendo assim, de acordo com o artigo 134 do Código Brasileiro de Trânsito, é obrigação do antigo dono informar a transferência para o DETRAN. Além disso, existem outros procedimentos que devem ser realizados para a transferência do veículo em caso de transferência de propriedade, são eles: Cópia do comprovante de transferência da propriedade autenticada, assinada e com data, sob pena de responsabilidade pelas multas impostas até o dia da comunicação (art. 134, CTB). Para efetuar o procedimento será necessário: · O preenchimento e reconhecimento de firma do Certificado de Registro de Veículo (CRV); · Fazer duas cópias deste documento autenticado; · O preenchimento do formulário de comunicação de venda, que fica disponível no site do DETRAN; · A entrega desse formulário junto com uma autenticada cópia do RG no cadastro do DETRAN/ CIRETRAN ou também para um despachante. Além disso, será necessário a cópia autenticada do CRV. 7 - no plano tributário, a entidade analisada é obrigada a arcar com imposto de renda? E com o IPVA de seus automóveis? E com o IPTU de sua sede? E com o ISS dos serviços públicos prestados? E com a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento de seus empregados? E com a taxa anual de incêndio (ou congênere)? No plano tributário, podemos destacar os tributos pagos pela Companhia de Processamento de Água e de Esgoto da Paraíba (CAGEPA), como Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), PIS, COFINS, CPRB e ISS pelos serviços prestados. A Companhia de Água e de Esgoto da Paraíba também arca com o IPTU de sua sede. Além disso, a CAGEPA arca com o pagamento de IPVA de seus automóveis, visto que esse imposto deve ser pago por todos que tenham posse de automóveis. As contribuições previdenciárias, caracterizam-se pelo pagamento tributário destinados aos gastos da previdência social. Portanto, as contribuições previdenciárias incidentes na folha de pagamento dos funcionários da CAGEPA são o INSS e FGTS. Em um primeiro momento, a CAGEPA deveria arcar com as taxas de incêndio, pois, somente as pessoas portadoras de deficiência, aposentados e pensionistas ficam isentos de pagar essa taxa. Porém, de acordo com a matéria publicada no Diário do Rio, o STF decide que é inconstitucional a cobrança dessa taxa, pois, segundo o entendimento o Estado sequer usa o valor no combate aos incêndios. 8 - caso a entidade deixe de pagar espontaneamente uma dívida, já definida em título executivo, seus bens poderão ser penhorados? Os bens dessa entidade não poderão ser penhoráveis, segundo o entendimento do TRT- Agravo de Petição AP 010053009201850100008, que fala que os bens de empresas públicas são impenhoráveis, pois afeta o serviço público. 9 - caso a entidade deseje contratar uma empreiteira, para a construção de uma nova sede, orçada em R$ 5.000,000,00, como se dará a escolha da empresa contratada? Caso a entidade deseje contratar uma empreiteira para a construção de uma nova sede, orçada em R$ 5.000,000,00, é importante ter o entendimento de que sua função principal é a qualidade física da obra, sendo assim, tem como objetivo garantir que o edifício não tenha problemas como rachaduras e outros problemas físicos. Além disso, vale mencionar que a construtora é responsável pela execução física da obra. Assim como as construtoras, as empreiteiras participam da execução da obra, porém, é contratada por uma construtora para a realização de determinadas partes da obra. Sendo assim, caso a entidade deseje construir uma nova sede que seja orçada em R$ 5.000,000,00, a escolha de uma empreiteira seria ótima ideia devido ao fato de que é estabelecido um contrato de prestações de serviços, junto com uma construtora, com a finalidade de executar serviços definidos. Através disto, o empreiteiro fica responsável pela mão de obra, além de assumir despesas como por exemplo: encargos trabalhistas, qualificações e certificações. Além disso, caso o prazo esteja apertado, a contratação de uma empreiteira seria o ideal, pois, o objetivo de uma empreiteira é garantir a entrega da obra dentro do prazo estabelecido e dessa forma evitando atrasos. Contudo, o processo de contratação de uma empreiteira é mais rápido, além disso, a equipe é especializada e apresenta uma excelente capacitação para iniciar a atividade. REFERÊNCIAS DIÁRIO DO RIO. STF decide que a cobrança da taxa de incêndio é inconstitucional. Disponível em: https://diariodorio.com/stf-decide-que-a-cobranca-da-taxa-de-incendio-e-inconstitucional/. Acesso em: 2 out. 2021. DIÁRIO OFICIAL. João Pessoa - Quinta-feira, 25 de Março de 2021. Disponível em: https://auniao.pb.gov.br/servicos/arquivo-digital/doe/2021/marco/diario-oficial-25-03-2021.pdf. Acesso em: 2 out. 2021. ESTADÃO. Aprenda a diferencia entre construtora, empreiteira e incorporadora. Disponível em: https://imoveis.estadao.com.br/noticias/aprenda-a-diferenca-entre-construtora-empreiteira-e-incorporadora/. Acesso em: 2 out. 2021. ICETRAN. O comunicado de venda de veículo e as regras que devem ser observadas. Disponível em: https://icetran.com.br/blog/comunicado-de-venda-de-veiculo/. Acesso em: 2 out. 2021. JUS BRASIL. Agravo de Petição. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/buscaq=PENHORA+DE+BEM+DE+EMPRESA+P%C3%9ABLICA. Acesso em: 2 out. 2021. JUS BRASIL. TJ-PR Reconhece responsabilidade de empregador em acidente de trânsito causado por funcionário. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=acidente+de+transito+causado+por+funcionario+com+automovel+de+uma+empresa. Acesso em: 2 out. 2021. SIENCE PLATAFORMA. Como Selecionar Empreiteiros Comprometidos e Confiáveis. Disponível em: https://www.sienge.com.br/blog/como-selecionar-empreiteiros/. Acesso em: 2 out. 2021. STF- JUS. Súmula n° 132. Disponível em: https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_9_capSumula132.pdf. Acesso em: 2 out. 2021.
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