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ATIVIDADE 05_EXERCÍCIO DIREITO DO TRABALHO

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EP II - ATIVIDADE 05 - 2021.1 
TODAS AS RESPOSTAS DEVEM SER FUNDAMENTADAS 
 
1. Um Tribunal Regional do Trabalho, por maioria de votos, manteve a 
condenação de uma empresa ao pagamento dos adicionais de insalubridade e 
periculosidade ao reclamante, tal qual requerido e deferido em 1º grau. Diante 
dessa situação e considerando que você foi contratado para zelar, em juízo, 
pelos interesses dessa empresa, responda aos itens a seguir. 
 
A) Qual a medida judicial deveria ser interposta na hipótese? 
R: O recurso cabível é o de revista, previsto no Art. 896 da CLT, caput ou alínea “c”, pois ele 
alveja uma decisão do TRT. 
 
B) Informe que tese jurídica você, como advogado(a) da empresa, sustentaria em 
defesa do seu cliente: 
 
R: A tese em defesa da empresa é a da impossibilidade de acúmulo dos adicionais de 
insalubridade e periculosidade, ou ainda que o trabalhador precisa optar por um deles, conforme 
preconiza o Art. 193, § 2º, da CLT. 
 
 
2) Ronaldo, foi contratado por Big Esfiha Ltda, em Campos dos Goytacazes, 
local onde fez todos os seus exames seletivos. Após a sua aprovação nos testes 
de seleção, o empregado iniciou imediatamente os seus serviços na filial do Rio 
de Janeiro. Demitido sem justa causa após quatro anos de serviço para o mesmo 
empregador, o trabalhador propôs uma reclamação trabalhista em Campos dos 
Goytacazes, onde mantém atualmente seu domicílio atual. 
 
Considerando os fatos informados, pode o ex-empregador de Ronaldo alegar a 
incompetência territorial da Justiça do Trabalho de Campos dos Goytacazes? 
 
R: Sim. Cada Vara do Trabalho é competente para examinar os casos que lhe são submetidos 
dentro de um espaço geográfico, que pode ser um Município ou alguns Municípios. 
Conforme o art. 651 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregado deve entrar com 
a reclamação trabalhista no local do seu último local de prestação de serviços ao empregador 
contra quem ele está entrando com a reclamação, mesmo que tenha sido contratado em outro 
local. 
Esta é a regra geral, o empregado deve entrar com a reclamação trabalhista na Vara da cidade 
onde prestou os serviços ao empregador, pois a competência da Vara do Trabalho está limitada 
territorialmente desta maneira. 
 
 
Qual é a peça e o momento processual para alegar essa defesa? 
 
R: A competência territorial, no processo do trabalho, via de regra, também é relativa. Logo, 
cabe à parte ré alegar a incompetência, não podendo o juiz reconhecê-la de ofício. Nesse 
sentido segue a OJ 149 da SDI-II do Tribunal Superior do Trabalho: 
 
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. 
HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE 
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA. (DEJT 
divulgado em 03, 04 e 05.12.2008) Não cabe declaração de ofício de 
incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
https://direitodetodos.com.br/acao-trabalhista-sem-sair-do-emprego/
faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-
se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local 
onde a ação foi proposta.” 
 
Neste contexto, o réu pode suscitar, mediante peça processual a “exceção de 
incompetência”. Deve a peça ser apresentada no prazo de 5 dias, na forma do art. 800, 
caput, da CLT: Uma vez apresentada a exceção, o juiz suspende o prosseguimento do 
restante do processo até resolver a alegação, na forma do art. 800, § 1º, da CLT: 
 
 
3) Ferdinando era estoquista em uma empresa multinacional havia 22 anos. O 
empregador, desejoso de reduzir seu quadro de funcionários, lançou, em 
outubro de 2018, um programa de demissão voluntária, com regras claras e 
objetivas, fixadas em acordo coletivo assinado com o sindicato de classe dos 
empregados. Diante do longo tempo trabalhado, a indenização adicional devida 
a Ferdinando era generosa. Assim, após refletir e conversar com sua família, ele 
aderiu ao PDV em questão, sem lançar ressalvas. Diante da situação 
apresentada, responda aos itens a seguir. 
 
A) Caso Ferdinando ajuizasse ação pleiteando horas extras após aderir ao PDV e 
receber a indenização correspondente, que tese jurídica você, contratado pela 
empresa para defendê-la em juízo, advogaria na contestação? 
 
R: Que a adesão ao PDV sem que exista ressalva confere quitação plena e irrevogável em relação 
a todos os direitos decorrentes da relação empregatícia, na forma do Art. 477-B da CLT. 
 
 
B) Se, em vez de aderir ao PDV, o contrato fosse extinto por acordo entre empregado 
e empregador, Ferdinando teria direito a receber o seguro-desemprego? 
 
R: Não haveria direito ao seguro desemprego em virtude de vedação legal, conforme previsto no Art. 
484-A, § 2º, da CLT. Será ainda admitida a alegação de que essa modalidade de ruptura não está 
prevista como ensejadora do seguro desemprego, conforme artigo 3º da Lei 7.998/90. 
 
4) Carlos, como dirigente sindical, vinha representando ativamente os 
empregados de uma sociedade empresária na unidade situada em Porto 
Alegre/RS. No entanto, para sua surpresa, recebeu um comunicado da empresa 
determinando sua transferência para a unidade de Porto Velho/Rondônia. No 
comunicado constava que a empresa pagaria apenas o transporte de ida e volta, 
bem como a moradia em hotel local. O trabalho em Rondônia duraria cerca de 6 
meses e seriam mantidos o mesmo salário e a mesma composição 
remuneratória que ele recebia em Porto Alegre. A mudança deveria ocorrer em 
15 dias. Carlos procura você, como advogado(a), para uma consulta. 
Observando o texto da CLT, responda aos itens a seguir. 
 
A) Que medida judicial prevista expressamente na CLT deverá ser adotada a fim de, 
imediatamente, evitar a transferência de Carlos? Fundamente. 
R: Deverá ser ajuizada ação trabalhista com pedido de liminar a fim de sustar a transferência, na 
forma do Art. 659, inciso IX, da CLT. 
 
 
B) Caso ocorra a transferência, Carlos terá algum direito trabalhista a reivindicar? 
Fundamente. 
R: Deverá ser requerido adicional de transferência, sendo ainda admitida resposta de pagamento 
suplementar não inferior a 25%, na forma do Art. 469, § 3º, da CLT. 
 
 
5) Gustavo era empregado de uma empresa, quando adoeceu gravemente. 
Afastado e em gozo de benefício previdenciário, o INSS o aposentou por 
invalidez. Contudo, dois anos após sua aposentadoria por invalidez, foi 
constatado, em perícia do respectivo órgão, que Gustavo havia recuperado sua 
capacidade de trabalho, estando curado, razão pela qual houve o retorno à 
função que ocupava antes do afastamento. Ocorre que, nesse ínterim, com 
cláusula expressa em contrato de trabalho dispondo que a contratação se dava 
em função da aposentadoria por invalidez de Gustavo, a qual poderia ser 
temporária, a empresa contratou Aroldo para as funções exercidas por Gustavo, 
tendo esclarecido acerca da interinidade do contrato. Com o retorno de Gustavo, 
Aroldo foi dispensado sem que lhe fosse paga qualquer indenização. Em razão 
disso, Aroldo ajuizou ação trabalhista em face da empresa, pleiteando 
indenização 
 
A) Você foi contratado(a) para contestar o pedido de Aroldo. O que deverá alegar? 
Fundamente. (mínimo 3 linhas – fonte 12) 
R: Deverá ser alegado que não cabe o pagamento de indenização no caso de contratação 
provisória para substituição de empregado aposentado por invalidez, na forma do Art. 475, § 2º, 
da CLT 
 
B) Admitindo que o juiz tenha julgado procedente o pedido de Aroldo e que a decisão 
foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho após recurso, mantida inalterada 
após a oposição de embargos de declaração, que medida jurídica você poderá adotar 
para defender a empresa? Fundamente. 
R: Deverá ser interposto recurso de revista, pois a decisão viola texto de lei federal (CLT), 
conforme o Art. 896, C, da CLT 
 
6) Em uma reclamação trabalhista que se encontra na fase de execução, o 
exequente apresentou seus cálculos de liquidação, que foram analisados pelo 
magistradoe homologados, no importe de R$ 10.000,00. Em seguida, o 
executado foi citado para pagar o valor, mas quedou-se inerte. O juiz, em razão 
disso, acionou o sistema Bacen-Jud e conseguiu reter R$ 8.000,00. Dez dias 
após essa retenção, o executado ajuizou embargos de devedor, afirmando que 
as contas apresentadas estariam incorretas e que o valor da dívida seria 
bastante inferior àquele homologado. Diante da situação apresentada e dos 
dispositivos da CLT, responda às indagações a seguir. 
 
 
A) Na condição de advogado(a) do exequente, se você fosse instado(a) a se 
manifestar sobre os embargos, que matéria preliminar sustentaria? Justifique. 
R: Deverá ser sustentado que os embargos não podem ser conhecidos porque o juízo não está 
integralmente garantido, sendo esse um dos requisitos legais para a apreciação dos embargos, 
conforme Art. 884 da CLT. 
 
B) Caso os embargos de devedor fossem julgados procedentes, que medida judicial 
poderia ser adotada pelo embargado para reverter a situação? Justifique. 
R: Deveria ser interposto o recurso de agravo de petição, na forma do Art. 897, alínea “a”, da 
CLT. 
 
7) Jessica Jones é comissária de bordo em uma grande empresa de transporte 
aéreo e ajuizou reclamação trabalhista postulando adicional de periculosidade, 
alegando que permanecia em área de risco durante o abastecimento das 
aeronaves porque ele era feito com a tripulação a bordo. Iracema, vizinha de 
Jessica, trabalha em uma unidade fabril recebendo adicional de insalubridade, 
mas, após cinco anos, sua atividade foi retirada da lista de atividades insalubres, 
por ato da autoridade competente. Sobre as duas situações, segundo a norma 
de regência e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Jessica não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o 
direito ao adicional de insalubridade. 
SÚMULA Nº 447 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O 
ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Res. 193/2013, DEJT divulgado em 13, 16 e 
17.12.2013 
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no 
momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de 
periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. 
No caso de Iracema, é o que dispõe a Súmula transcrita abaixo 
 
Súmula nº 248 do TST 
 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, 
repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio 
da irredutibilidade salarial. 
 
B) Jessica tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o adicional 
de insalubridade por ter direito adquirido. 
 
C) Jessica não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o direito 
ao adicional de insalubridade. D) Jessica tem direito ao adicional de periculosidade e 
Iracema perderá o direito ao adicional de insalubridade. 
 
8) Luke Cage trabalhou como despachante para a sociedade empresária Vinhos 
do Sul Ltda. Frequentemente ele reparava que, nas notas de despacho, constava 
também a razão social da sociedade empresária Vinhos e Sucos de Bento 
Gonçalves Ltda. Os CNPJs das sociedades empresárias eram distintos, assim 
como suas respectivas personalidades jurídicas, porém, os sócios de ambas 
eram os mesmos, sendo certo que a sociedade empresária Vinhos e Sucos de 
Bento Gonçalves Ltda. era sócia majoritária da sociedade empresária Vinhos do 
Sul Ltda., além dos sócios pessoas físicas. Com base no caso narrado, assinale 
a opção que apresenta a figura jurídica existente entre as sociedades 
empresárias e o efeito disso perante o contrato de trabalho de Luke, em caso de 
eventual ação trabalhista. 
 
 
A) Trata-se de consórcio de empregadores, havendo responsabilidade solidária. 
 
B) Trata-se de consórcio de empregadores, havendo responsabilidade subsidiária. 
 
C) Trata-se de grupo econômico, havendo responsabilidade solidária. 
 
D) Trata-se de grupo econômico, havendo responsabilidade subsidiária. 
 
 
 
9) Harry Potter, professor de educação física e fisioterapeuta, trabalhou para a 
Academia Hogwarts S/A, que assinou sua CTPS. Cumpria jornada de segunda a 
sexta-feira, das 7h às 16h, com uma hora de intervalo para almoço. Ao longo da 
jornada de trabalho, ele ministrava quatro aulas de ginástica com 50 minutos de 
duração cada, e, também, fazia atendimentos fisioterápicos previamente 
marcados pelos alunos da Academia, na sociedade empresária Sonserina Ltda., 
do mesmo grupo econômico da Academia, sem ter sua CTPS anotada. 
Dispensado, Carlos pretende ajuizar ação trabalhista. Diante disso, em relação 
ao vínculo de emprego de Carlos assinale a afirmativa correta. 
 
 
A) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas 
responsáveis solidárias dos débitos trabalhistas. 
 
 
B) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas 
responsáveis subsidiárias dos débitos trabalhistas. 
 
C) O caso gera duplicidade de contratos de emprego, cada empresa com sua 
responsabilidade. 
R: O caso não gera coexistência de mais de um contrato de trabalho. Súmula nº 129 do TST. 
CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 
e 21.11.2003. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo 
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de 
mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 
 
10) Um empresário explora o ramo de farmácias e drogarias, possuindo 18 filiais 
divididas por dois estados da Federação. Cada filial tem 5 empregados, todos 
com CTPS assinada. O empresário, desejando saber se precisa manter controle 
escrito dos horários de entrada e saída dos empregados, procura você para, 
como advogado, orientá-lo. Diante da situação retratada e com base na CLT, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) O controle de ponto deverá ser mantido, porque a empresa possui mais de 10 
empregados. 
 
 B) A análise deverá ser feita por cada estado da Federação, sendo obrigatório o ponto 
se houver mais de 10 empregados no espaço geográfico do estado. 
 
C) O empresário não precisará manter controle escrito, porque tem menos de 10 
empregados por estabelecimento. 
R: haja vista que o número de empregados deve ser analisado sobre cada estabelecimento de 
forma individualizado. Neste sentido, empresa que contiver mais de dez empregados por 
estabelecimento deve ter controle de ponto através de cartão de ponto mecânico, eletrônico ou 
manual, conforme artigo 74, parágrafo segundo da CLT: 
Art.74 § 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da 
hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a 
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de 
repouso. 
 
D) A Lei é omissa a respeito, daí porque, a título de cautela, é recomendável que seja 
marcado o controle, podendo haver a pré-assinalação da pausa alimentar. 
 
 
11) Considerando a grave crise financeira que o país atravessa, a fim de evitar a 
dispensa de alguns funcionários, a metalúrgica Multiforte Ltda. pretende 
suspender sua produção por um mês. O Sindicato dos Empregados da indústria 
metalúrgica contratou você para, como advogado, buscar a solução para o caso. 
Segundo o texto da CLT, assinale a opção que apresenta a solução de acordo 
mais favorável aos interesses dos empregados. 
 
 A) Implementar a suspensão dos contratos de trabalho dos empregados por 30 dias, 
por meio de acordo individual de trabalho. 
 
 
B) Conceder férias coletivas de 30 dias. 
R: LEI DE GREVE (7.783/1989): Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por 
iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o 
atendimento de reivindicações dos respectivosempregados (lockout). 
Art. 139, CLT - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma 
empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. 
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum 
deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do 
Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de 
início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos 
pela medida. 
§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos 
sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a 
afixação de aviso nos locais de trabalho. 
 
C) Promover o lockout. D) Implementar a suspensão dos contratos de trabalho dos 
empregados por 30 dias, por meio de acordo coletivo de trabalho. 
 
12) Felisberto foi contratado como técnico pela sociedade empresária 
Montagens Rápidas Ltda., em janeiro de 2018, recebendo salário 
correspondente ao mínimo legal. Ele não está muito satisfeito, mas espera, no 
futuro, galgar degraus dentro da empresa. O empregado em questão trabalha na 
seguinte jornada: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h48min com intervalo 
de uma hora para refeição, tendo assinado acordo particular por ocasião da 
admissão para não trabalhar aos sábados e trabalhar mais 48 minutos de 
segunda a sexta-feira. Com base na situação retratada e na Lei, considerando que a 
norma coletiva da categoria de Felisberto é silente a respeito, assinale a afirmativa 
correta. 
 
 
A) Há direito ao pagamento de horas extras, porque a compensação de horas teria de 
ser feita por acordo coletivo ou convenção coletiva, não se admitindo acordo particular 
para tal fim. 
 
B) Não existe direito ao pagamento de sobrejornada, porque as partes podem estipular 
qualquer quantidade de jornada, independentemente de limites. 
 
C) A Lei é omissa a respeito da forma pela qual a compensação de horas deva ser 
realizada, razão pela qual caberá ao juiz, valendo-se de bom senso e razoabilidade, 
julgar por equidade. 
 
D) A situação não gera direito a horas extras, porque é possível estipular 
compensação semanal de horas, inclusive por acordo particular, como foi o 
caso. 
CLT, Art. 59. 
A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de 
duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
CLT, Art. 59, § 6º 
É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, 
para a compensação no mesmo mês. 
BANCO DE HORAS ANUAL: 
 Exige acordo ou convenção coletiva 
BANCO DE HORAS SEMESTRAL: 
 Poderá ser pactuado por acordo individual escrito 
BANCO DE HORAS MENSAL: 
 Poderá ser pactuado por acordo individual 
 Poderá ocorrer de forma tácita 
 Poderá ser escrita 
 
 
 
13) Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia 
salário fixo de R$ 4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre 
cada seguro de carro, vida e previdência oferecido e aceito pelos clientes do 
Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de caixa, 
computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos em 
referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa 
do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. Diante disso, observando 
o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as disposições 
da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de 
Jorge, por se tratar de liberalidade. 
 
 
B) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de 
Jorge, porque relacionados a produtos de terceiros. 
 
 
C) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de 
Jorge. 
Súmula nº 93 do TST 
Integra a remuneração do bancário a vantagem pecuniária por ele auferida na colocação ou na 
venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se 
exercida essa atividade no horário e no local de trabalho e com o consentimento, tácito ou 
expresso, do banco empregador. 
 
D) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de 
Jorge, uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge 
já é remunerado pelo banco. 
 
14) Em 2018, um sindicato de empregados acertou, em acordo coletivo com uma 
sociedade empresária, a redução geral dos salários de seus empregados em 
15% durante 1 ano. Nesse caso, conforme dispõe a CLT, 
 
A) uma contrapartida de qualquer natureza será obrigatória e deverá ser acertada com 
a sociedade empresária. 
 
B) a contrapartida será a garantia no emprego a todos os empregados envolvidos 
durante a vigência do acordo coletivo. 
PROTEÇÃO SALARIAL 
REGRA: Irredutibilidade (não haverá redução) e intangibilidade (não haverá descontos) salarial. 
EXCEÇÕES À IRREDUTIBILIDADE: Previsão em Convenção ou Acordo Coletivo: "Se for pactuada 
cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de 
trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de 
vigência do instrumento coletivo" (Art. 611-A, §3º, CLT); 
EXCEÇÕES À INTANGIBILIDADE: Salário-utilidade (Art. 458, CLT); Dano causado pelo empregado 
por dolo ou culpa (esta apenas se tiver sido acordada); adiantamentos feitos pelo empregador (Art. 
462, caput, CLT), descontos legais ou convencionais (Art. 462, caput, CLT) 
 
 
C) a existência de alguma vantagem para os trabalhadores para validar o acordo 
coletivo será desnecessária. D) a norma em questão será nula, porque a redução geral 
de salário somente pode ser acertada por convenção coletiva de trabalho. 
 
 
15) Uma indústria de calçados, que se dedica à exportação, possui 75 
empregados. No último ano, Davi foi aposentado por invalidez, Heitor pediu 
demissão do emprego, Lorenzo foi dispensado por justa causa e Laura rompeu 
o contrato por acordo com o empregador, aproveitando-se da nova modalidade 
de ruptura trazida pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista). De acordo com a 
norma de regência, assinale a opção que indica, em razão dos eventos relatados, 
quem tem direito ao saque do FGTS. 
 
 
A) Davi e Laura, somente. 
 #REFORMATRABALHISTA 
 Trata-se da nova hipótese de rescisão do contrato de trabalho por acordo entre o empregado 
e o empregador trazida pela Lei 13467/2017. 
 CLT, Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: 
 I - por metade: 
 a) o aviso prévio, se indenizado; e 
 b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 
1º do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; 
 II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
 § 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta 
vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do 
art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor 
dos depósitos. 
 § 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso 
no Programa de Seguro-Desemprego. 
 
 
B) Todos poderão sacar o FGTS. 
 
C) Laura, somente. 
 
D) Davi, Heitor e Lorenzo, somente. 
 
 
16) Reinaldo é empregado da padaria Cruz de Prata Ltda., na qual exerce a 
função de auxiliar de padeiro, com jornada de segunda a sexta-feira, das 12h às 
17h, e pausa alimentar de 15 minutos. Aproxima-se o final do ano, e Reinaldo 
aguarda ansiosamente pelo pagamento do 13º salário, pois pretende utilizá-lo 
para comprar uma televisão. A respeito do 13º salário,assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Com a reforma da CLT, a gratificação natalina poderá ser paga em até três vezes, 
desde que haja concordância do empregado. 
 
 
B) A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre os 
meses de fevereiro e novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano. 
R: Conforme art. 1 e art. 2º da Lei 4749/65: 
O 13º será pago em duas parcelas: 
 Primeira entre os meses de fevereiro e novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro. 
 
C) Atualmente é possível negociar a supressão do 13º salário em convenção coletiva 
de trabalho. D) O empregado tem direito a receber a primeira parcela do 13º salário 
juntamente com as férias, desde que a requeira no mês de março. 
 
 
17) Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. 
Paulo é vigilante armado de uma agência bancária. Letícia é motociclista de 
entregas de uma empresa de logística. Avalie os três casos apresentados e, 
observadas as regras da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
 
A) Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de 
periculosidade. A atividade de Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele 
não deve receber adicional. 
O adicional de periculosidade é parcela salarial prevista no art. 193 da CLT e é devido pelo trabalho 
permanente em ambientes perigosos, em razão do contato: 
1) com agentes inflamáveis, explosivos, radioativos, ionizantes e sistema elétrico de potência; 
2) exposição a roubos ou outras espécies de violência física, na realização de segurança 
pessoal ou patrimonial (Lei 12.740/2012); 
3) atividades de trabalhador em motocicleta (Lei 12.997/14). 
 
 
B) Considerando que os três empregados não lidam com explosivos e inflamáveis, 
salvo por disposição em norma coletiva, nenhum deles terá direito ao recebimento de 
adicional de periculosidade. 
 
 C) Os três empregados fazem jus ao adicional de periculosidade, pois as profissões 
de Edimilson e Paulo estão sujeitas ao risco de violência física e, a de Letícia, a risco 
de vida. 
 
D) Apenas Paulo e Edimilson têm direito ao adicional de periculosidade por conta do 
risco de violência física. 
 
18) João e Maria são casados e trabalham na mesma empresa, localizada em 
Fortaleza/CE. Maria ocupa cargo de confiança e, por absoluta necessidade do 
serviço, será transferida para Porto Alegre/RS, lá devendo fixar residência, em 
razão da distância. Diante da situação retratada e da legislação em vigor, 
assinale a afirmativa correta. 
 
 
A) A transferência não poderá ser realizada, porque o núcleo familiar seria desfeito, 
daí ser vedada por Lei. 
 
 
B) A transferência poderá ser realizada, mas, como o casal ficará separado, isso 
deverá durar, no máximo, 1 ano. 
 
 
C) João terá direito, pela CLT, a ser transferido para o mesmo local da esposa e, com 
isso, manter a família unida. 
 
 
D) Não há óbice para a transferência, que poderá ser realizada sem que haja 
obrigação de a empresa transferir João. 
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para 
localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não 
acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. 
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo 
de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a 
transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. (Redação dada pela Lei nº 
6.203, de 17.4.1975) 
 
 
 
19) Vera Lúcia tem 17 anos e foi contratada como atendente em uma loja de 
conveniência, trabalhando em escala de 12x36 horas, no horário de 19 às 7h, 
com pausa alimentar de 1 hora. Essa escala é previsto acordo coletivo assinado 
pela loja com o sindicato de classe, em vigor. A empregada teve a CTPS 
assinada e tem, como atribuições, auxiliar os clientes, receber o pagamento das 
compras e dar o troco quando necessário. Diante do quadro apresentado e das 
normas legais, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A hipótese trata de trabalho proibido. 
 
Conforme art. 33, inciso XXXIII da CF. O trabalho noturno não é ilícito, é possível que ele ocorra, 
PORÉM aos menores de idade é considerado como Trabalho proibido. 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
 
B) O contrato é plenamente válido. 
 
C) A situação retrata caso de atividade com objeto ilícito. 
 
D) Por ter 17 anos, Vera Lúcia fica impedida de trabalhar em escala 12x36 horas, 
devendo ser alterada a jornada.

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