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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL 
DO TRABALHO
Recursos no Processo do Trabalho
Livro Eletrônico
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Recursos no Processo do Trabalho
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Priscila Margarido
Sumário
Recursos no Processo do Trabalho ...........................................................................................................................3
1. Recursos no Processo do Trabalho .......................................................................................................................3
2. Princípios Recursais .........................................................................................................................................................4
2.1. Duplo Grau de Jurisdição ..........................................................................................................................................4
2.2. Taxatividade ......................................................................................................................................................................5
2.3. Singularidade ou Unirrecorribilidade ...............................................................................................................6
2.4. Fungibilidade ....................................................................................................................................................................6
2.5. Proibição da Reformatio In Pejus .......................................................................................................................7
2.6. Variabilidade ......................................................................................................................................................................8
2.7. Dialeticidade (ou Discursividade) .......................................................................................................................8
2.8. Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias ....................................................................9
3. Pressupostos Recursais ..............................................................................................................................................11
3.1. Pressupostos Recursais Intrínsecos ................................................................................................................11
3.2. Pressupostos Recursais Extrínsecos ............................................................................................................13
4. Efeitos dos Recursos ...................................................................................................................................................20
5. Qual Lei Aplicar aos Recursos? ............................................................................................................................23
6. Análise dos Pressupostos Recursais e Contrarrazões ........................................................................23
7. Prazo para Interposição de Recurso .................................................................................................................25
8. Recursos Cabíveis no Processo do Trabalho ...............................................................................................26
8.1. Remessa Necessária ou Reexame Necessário ou Recurso de Ofício .......................................26
Resumo .......................................................................................................................................................................................29
Questões de Concurso ......................................................................................................................................................30
Gabarito ......................................................................................................................................................................................47
Gabarito Comentado ..........................................................................................................................................................48
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Recursos no Processo do Trabalho
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Priscila Margarido
RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO
Olá, próximo (a) aprovado (a)!
Hoje começaremos o estudo dos recursos. Trata-se de matéria importante e bastante co-
brada em provas.
Estude com dedicação e acredite que este será o seu ano!
E lembre-se daquele detalhe: a mágica acontece nos exercícios. Não deixe de fazê-los.
Abraços.
Priscila
1. RecuRsos no PRocesso do TRabalho
Olha só... Não vai ter jeito de pularmos o estudo da parte teórica e irmos direto aos aspec-
tos práticos do recurso. Mas vamos fazer isso da forma mais objetiva possível, tá?
Recurso é uma palavra que tem origem no latim e significa andar para trás. É voltar com a 
mesma matéria para uma nova análise, antes de o processo prosseguir.
O recurso não é uma ação autônoma, mas um meio de impugnação dentro da relação jurí-
dica-processual.
Os recursos podem ser classificados da seguinte forma:
1) quanto à finalidade: recursos ordinários e recursos extraordinários;
• recursos ordinários: a parte pode se insurgir contra toda a decisão, pode reclamar de 
tudo que não gostou (matéria de mérito, questão processual...). O objetivo da parte é 
conseguir uma decisão mais justa para o processo.
São recursos ordinários no processo do trabalho: embargos de declaração, recurso ordiná-
rio, agravo de instrumento, agravo de petição e pedido de revisão.
• recursos extraordinários: não têm a finalidade de corrigir a justiça da decisão, mas de 
uniformizar a interpretação da Constituição e da legislação federal (a ideia é a seguinte: 
o recurso seria para defender o próprio sistema, para que a jurisprudência siga firme 
num determinado sentido).
Recursos extraordinários cabíveis no processo do trabalho: recurso de revista, recurso de 
embargos para o TST e recurso extraordinário para o STF.
2) quanto à fundamentação: recursos de fundamentação livre e recursos de fundamenta-
ção vinculada;
• de fundamentação livre: a lei não exige que seja apontado um vício específico. A parte 
pode impugnar qualquer aspecto da decisão; basta apenas que ela esteja inconformada.
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Recursos no Processo do Trabalho
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Priscila Margarido
EXEMPLO
Recursos de fundamentação livre: recurso ordinário e agravo de petição.
• de fundamentação vinculada: o recurso só é cabível para apontar um vício específico, 
previsto em lei.
EXEMPLO
Recursos de fundamentação vinculada no processo do trabalho: embargos de declaração (só 
podem apontar omissão, obscuridade ou contradição do julgado – Art. 897-A) e recurso de 
revista (só é cabível nos casos previstos no art. 896 da CLT).
3) quanto ao inconformismo da parte: recurso parcial ou recurso total;
Aqui o nome já é intuitivo, né? Recurso parcial é quando a parte recorre de parte da decisão; 
e recurso total quando recorre de toda a decisão.
DICA!
Por ora, não se preocupe muito em decorar a classificação dos 
recursos (ex. quais são de fundamentação livre, quais são de 
fundamentação vinculada etc.). Quando estudarmos cada um 
dos recursos, você conseguirá classificá-los com facilidade. O 
importante,agora, é saber quais são as classificações.
O PULO DO GATO
É importante você saber que os recursos cabíveis no processo do trabalho são aqueles pre-
vistos, de forma taxativa, na CLT e nas leis trabalhistas esparsas (ou seja, leis trabalhistas não 
incluídas na CLT). Não utilizamos no processo do trabalho os recursos previstos no CPC, ao 
argumento de que a CLT é omissa. Quanto a recursos, ou temos previsão expressa para o pro-
cesso do trabalho, ou dizemos que não é cabível.
2. PRincíPios RecuRsais
Se você já estudou os princípios dos recursos do processo civil, verá que não há muita 
diferença aqui.
Vamos aos princípios.
2.1. duPlo GRau de JuRisdição
Tradicionalmente era visto como um princípio que servia para evitar abuso do juiz de pri-
meiro grau, que supostamente poderia ocorrer caso sua decisão não estivesse submetida à 
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Recursos no Processo do Trabalho
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
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revisão de órgão superior. Contudo, é uma visão que não se justifica, uma vez que o abuso 
pode ocorrer tanto no primeiro quanto no segundo grau, devendo ser combatido onde quer que 
se apresente.
A melhor justificativa para o princípio é o fato de que quem perde nunca se conforma com 
a decisão do juiz... Então, o duplo grau permite à parte sucumbente o direito ao desabafo, a ser 
ouvida novamente e, desta vez, por julgador mais experiente.
O duplo grau de jurisdição não é um princípio absoluto, pois nem sempre à parte terá esse 
direito a ser ouvida novamente. É preciso que haja previsão em lei de recurso cabível para a 
situação e, ainda, que sejam observados os pressupostos recursais (ou seja, os requisitos ne-
cessários para que o recurso seja conhecido e analisado).
2.2. TaxaTividade
O recurso, para ser admitido no processo do trabalho, precisa estar previsto na CLT ou em 
alguma outra lei trabalhista, em regimento interno dos Tribunais do Trabalho ou na Constitui-
ção Federal (que é o caso do recurso extraordinário).
Por este princípio, já tiramos uma importantíssima conclusão: nós não usamos recurso 
previsto no CPC alegando que a matéria foi omissa na CLT. Em se tratando de recursos, se a 
CLT foi omissa (e não há previsão em outra lei trabalhista extravagante ou regimentos internos) 
é porque foi uma decisão do legislador e não podemos aplicar o CPC.
A ideia é que o sistema recursal do processo do trabalho seja mais simples e célere que o 
processo civil mesmo, então não vamos buscar no CPC recursos não previstos de forma es-
pecífica na esfera trabalhista.
A CLT estabelece nos arts. 893 e 897-A os recursos próprios do processo do trabalho:
Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
I – embargos;
II – recurso ordinário;
III – recurso de revista;
IV – agravo.
Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, de-
vendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, 
registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição 
no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
No entanto, os recursos previstos nos arts. 893 e 897-A não são os únicos admitidos no pro-
cesso do trabalho. Leis esparsas trabalhistas e regimentos internos do Tribunais (além da CF, 
que prevê o recurso extraordinário) também contemplam recursos trabalhistas. O que o prin-
cípio da taxatividade dispõe é que todo recurso deve estar previsto em lei, de forma expressa.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
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2.3. sinGulaRidade ou uniRRecoRRibilidade
Quer dizer que para cada decisão a lei prevê apenas um único recurso.
O PULO DO GATO
Aí surge uma dúvida: da mesma decisão não podem ser cabíveis tanto os embargos de decla-
ração quanto o recurso para discutir efetivamente a justiça da decisão (por exemplo, recurso 
ordinário)? Neste caso, deverão ser opostos primeiro os embargos de declaração e, somente 
após a decisão dos embargos é que será interposto recurso ordinário.
2.4. FunGibilidade
É quando, apesar de o recorrente ter interposto o recurso errado, é possível aproveitar este 
recurso como se fosse o certo. Isso ocorre em razão dos princípios do aproveitamento dos 
atos processuais, da informalidade e da simplicidade do processo do trabalho.
Para que o recurso errado seja admitido como se fosse o recurso certo, é preciso que obe-
deça a 3 regrinhas: 1) que haja dúvida objetiva sobre qual seria o recuso cabível (não é dúvida 
do advogado, mas efetiva discussão na doutrina e na jurisprudência); 2) que não haja erro 
grosseiro ou má-fé (erro grosseiro é quando a lei diz claramente qual o recurso cabível e a parte 
interpõe outro); 3) o recurso errado deve ser interposto no prazo do recurso correto: ou seja, na 
dúvida entre dois recursos a serem utilizados, a parte deve interpor o recurso no menor prazo.
Em relação ao princípio da fungibilidade, vamos ver a jurisprudência do TST mais cobrada 
em concursos:
Súmula 421:
JURISPRUDÊNCIA
EMBARGOS de Declaração. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CAL-
CADA NO art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. (atualizada em decorrên-
cia do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 
932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo 
integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado.
II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator 
converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade 
e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intima-
ção do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de 
modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
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OJ 412 da SDI-1:
JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO 
COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO 
DA FUNGIBILIDADE RECURSAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 
209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
É incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1º, do CPC de 1973) ou 
agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais 
recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses pre-
vistas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro.
OJ 69 da SDI-2:
JURISPRUDÊNCIA
FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MAN-
DADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGI-
MENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000)Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de 
ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, 
ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e 
devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental.
2.5. PRoibição da RefoRmatio in Pejus
A instância superior só pode analisar aquilo que o recorrente pleiteou e não pode piorar a si-
tuação dele. O recorrente deve sair do recurso com a situação igual ou melhor, mas nunca pior.
Mas existem exceções: as matérias que o Tribunal pode conhecer de ofício (matérias de 
ordem pública), como as mencionadas no art. 337 do CPC (ex. incompetência absoluta, coisa 
julgada). Desse modo, ainda que não tenha sido suscitada pelo recorrido, o Tribunal pode ana-
lisar a matéria de ofício e piorar a situação do recorrente.
EXEMPLO
Proibição da reformatio in pejus: o reclamante entrou com ação pedindo horas extras (4 HE 
por dia) e indenização por danos morais (R$ 20.000). O juiz julgou parcialmente procedente 
os pedidos, condenando o reclamado a pagar 2 horas extras por dia e indenização por danos 
morais no valor de R$ 5.000,00). O reclamante não recorreu. O reclamado recorreu dizendo 
que não havia direito nem a horas extras e nem à indenização. O TRT reformou a decisão, 
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entendendo que estava provado o direito às 4 horas extras por dia e manteve a condenação 
por danos morais em R$ 5.000,00. Quanto aos danos morais, a decisão é válida. Mas quanto às 
horas extras é nula por ter violado o princípio da não reformatio in pejus (o TRT somente pode-
ria ter mantido ou diminuído a condenação). O recorrente não pode ter medo de recorrer e ter 
sua situação piorada. Ele precisa de garantia jurídica de que a tentativa é apenas de melhorar 
sua situação (não é um jogo de azar!).
Agora, quando as duas partes recorrem, é diferente... Se no mesmo exemplo, além do recurso 
do reclamado, houvesse também recurso do reclamante dizendo, por exemplo, que os cartões 
de ponto demonstravam claramente 4 horas extras por dia, aí sim o TRT poderia ter aumentado 
a condenação no ponto das horas extras. Isso porque o TRT não estaria julgando “para pior” o 
recurso do reclamado, mas sim dando procedência ao recurso do reclamante.
Para finalizar o exemplo, vamos imaginar que esse caso já houvesse sido decidido com trânsito 
em julgado. Aí o reclamante entrou novamente pedindo horas extras e indenização por danos 
morais. O reclamado, ao ser citado, nem deu atenção, pois sabia que o caso estava encerrado e 
deixou o processo correr à revelia. O juiz, que não sabia da coisa julgada, considera o réu revel 
e julga procedente o pedido de horas extras, mas improcedente o pedido de danos morais. O 
reclamante, cara de pau que só, recorre para tentar ganhar os danos morais. Ao chegar o recur-
so no TRT, é verificada a existência de coisa julgada. Os desembargadores podem reconhecer 
de ofício a coisa julgada e extinguir a ação. A decisão será pior para o reclamante, mas se trata 
de uma exceção ao princípio da proibição da reformatio in pejus.
2.6. vaRiabilidade
É a possibilidade de, dentro do prazo recursal, trocar o recurso interposto. Se a parte per-
cebe que entrou com o recurso errado ou que, por exemplo, faltou falar alguma coisa, e ainda 
não acabou o prazo recursal, poderia interpor outro recurso.
Este princípio é bem controvertido na doutrina e na jurisprudência, e como não há previsão 
expressa dessa variabilidade de recurso no CPC e nem na CLT, tem prevalecido que não é pos-
sível fazer essa troca e que o que vale é o primeiro recurso interposto. Mas não se tata de um 
posicionamento unânime.
2.7. dialeTicidade (ou discuRsividade)
É a necessidade de o recorrente apresentar as razões pelas quais não se conforma com 
a decisão e apontar tudo que pretende que seja reformado. Isso serve tanto para que o órgão 
julgador possa analisar o recurso, quanto para que a parte contrária possa fundamentar suas 
contrarrazões ao recurso.
No art. 899 da CLT consta que “Os recursos serão interpostos por simples petição e terão 
efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução 
provisória até a penhora”.
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O que quer dizer recurso interposto por simples petição? Quer dizer que o recurso pode ser 
simples, mas deve conter as razões da parte (simples petição não quer dizer simplesmente 
apresentar uma petição escrita “recorro”. Deve haver a fundamentação).
Sobe o princípio da dialeticidade, o TST tem a Súmula 422:
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO (redação 
alterada, com inserção dos itens I, II e III) – Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e 
26.06.2015. Com errata publicado no DEJT divulgado em 01.07.2015
I – Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recor-
rente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida.
II – O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação secun-
dária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou 
em decisão monocrática.
III – Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência 
de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteira-
mente dissociada dos fundamentos da sentença.
A redação da súmula é meio confusa mesmo, mas a ideia é que tanto os recursos de na-
tureza ordinária quanto extraordinária tenham fundamentação. No entanto, no caso dos recur-
sos de natureza ordinária dirigidos ao TRT, a fundamentação pode ser mais sucinta. Agora, se 
a fundamentação for algo completamente dissociado dos fundamentos da sentença, não será 
nem conhecido o recurso. É preciso que haja fundamentação (ainda que simples) e que ela 
guarde pertinência com a decisão.
2.8. iRRecoRRibilidade imediaTa das decisões inTeRlocuTóRias
Esse princípio aqui é nosso e ninguém tasca! Até agora falamos de princípios recursais 
que são comuns aos outros ramos do direito. Mas o princípio da irrecorribilidade das decisões 
interlocutórias é próprio do processo do trabalho.
Segundo este princípio, não cabe nenhum recurso para atacar uma decisão interlocutória 
no processo do trabalho (decisão interlocutória é aquela que resolve uma questão incidente, 
sem colocar fim ao processo). Como eu sei que se trata de uma decisão interlocutória e não 
de um simples despacho? A decisão interlocutória resolve alguma questão, causando prejuízo 
a alguma das partes (ou a ambas). Já o despacho simplesmente impulsiona o processo.
A definição de decisão interlocutória está no art. 203 do CPC:
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despa-
chos.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Priscila Margarido
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronuncia-
mento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se en-
quadre no § 1º.
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou 
a requerimento da parte.
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despa-
cho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
No processo do trabalho, a decisão interlocutória somente poderá ser atacada depois da 
decisão final, de mérito. Aí, quando for interposto recurso da decisão final, já se questiona tam-
bém aquela decisão interlocutória dada lá atrás e com a qual a parte ainda não se conformou.
O objetivo deste princípio é dar maior celeridade ao processo, fazer com que o processo 
caminhe rápido até a decisão final e, aí então, se abrirá espaço para discussão daquela decisão 
que continua engasgada na garganta da parte. A previsão está no art. 893, § 1º, CLT:
Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
§ 1º Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apre-
ciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.
Estava fácil demais até aqui. Agora vamos para as exceções. Existem casos em que se 
pode recorrer imediatamente de uma decisão interlocutória. Isso está lá na Súmula 214 do TST 
(absurdamente cobrada em concursos!):
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ 
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias 
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do 
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Traba-
lho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe 
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional 
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, 
§ 2º, da CLT.
Como te disse, essa súmula é bastante cobrada em provas. Então, vamos gravá-la bem. Ela 
traz 3 possibilidades de se recorrer imediatamente de uma decisão interlocutória: 1) quando a 
decisão do TRT é contrária ao que diz uma Súmula ou OJ do TST. Neste caso, é bem evidente 
que a decisão será reformada e não precisa esperar o recurso da decisão final do TRT. 2) quando o 
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regimento interno do TRT prevê algum recurso para aquele tipo de decisão. 3) quando é aco-
lhida a exceção de incompetência territorial e o processo será mandado para outro TRT. Nesta 
hipótese o prejuízo da parte é muito grande, pois precisaria ir discutir essa competência lá no 
outro juízo; então a súmula ameniza a situação para permitir que haja recurso imediato da de-
cisão interlocutória que acolheu a exceção de incompetência e já se discuta essa questão da 
competência antes da remessa a outro TRT.
3. PRessuPosTos RecuRsais
Os pressupostos recursais são requisitos que serão observados pelo julgador para dizer 
se o recurso merece ou não ser conhecido e analisado. A doutrina os divide em pressupostos 
extrínsecos e intrínsecos.
Esses pressupostos são verificados duas vezes: primeiro pelo juízo que deu a decisão recor-
rida (chamado juízo a quo) e depois pelo juízo que irá julgar o recurso (chamado juízo ad quem).
3.1. PRessuPosTos RecuRsais inTRínsecos
Estão ligados à decisão recorrida. São eles: cabimento, legitimidade e interesse.
a) Cabimento: a decisão precisa ser recorrível (despachos e a maioria das decisões in-
terlocutórias, por exemplo, não são recorríveis). E o recurso interposto precisa ser o recurso 
adequado para atacar aquela decisão.
b) Legitimidade: a pessoa precisa ter legitimidade para apresenta o recurso. O art. 996 do 
CPC diz quem é que pode interpor recurso:
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministé-
rio Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídi-
ca submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em 
juízo como substituto processual.
RELEMBRANDO: Sobre a legitimidade do Ministério Público do Trabalho para recorrer, va-
mos lembrar o que diz a OJ 237 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA. EMPRESA PÚBLICA (incorporada a Orientação Jurisprudencial n. 
338 da SBDI-I) – Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016
I – O Ministério Público do Trabalho não tem legitimidade para recorrer na defesa de inte-
resse patrimonial privado, ainda que de empresas públicas e sociedades de economia mista.
II – Há legitimidade do Ministério Público do Trabalho para recorrer de decisão que declara 
a existência de vínculo empregatício com sociedade de economia mista ou empresa 
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pública, após a Constituição Federal de 1988, sem a prévia aprovação em concurso 
público, pois é matéria de ordem pública.
O terceiro que está legitimado a recorrer é aquela pessoa que não participou do processo, 
mas que pode ser prejudicada pelos efeitos da decisão.
Quanto à legitimidade, é importante conhecer a OJ 318 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
AUTARQUIA. FUNDAÇÃO PÚBLICA. legitimidade para recorrer. representação proces-
sual. (incluído o item II e alterada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 220/2017, 
DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I – Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das autar-
quias e das fundações públicas.
II – Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas autar-
quias e fundações públicas em juízo somente se designados pela lei da respectiva uni-
dade da federação (art. 75, IV, do CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de man-
dato válido.
c) Interesse recursal: a parte recorrente precisa ter algum benefício com a reforma pre-
tendida. É preciso que tenha sido sucumbente (ou seja, perdido) em alguma pretensão e que 
precise do recurso para conseguir mudar isso.
O PULO DO GATO
Se o processo foi extinto sem julgamento do mérito, o reclamado tem interesse recursal para 
recorrer? Veja que a extinção sem julgamento do mérito é favorável ao reclamado, pois se en-
cerrou o processo que era movido contra ele. No entanto, ele tem, sim, interesse em recorrer 
para buscar uma sentença de mérito que diga, de forma definitiva, que o reclamante não tem 
razão.Isso porque a extinção sem julgamento de mérito não impede que a ação seja ajuizada 
novamente. E é muito mais seguro para o reclamado ter uma decisão definitiva resolvendo o 
problema e impedindo nova discussão sobre o assunto.
De acordo com o art. 1.000 do CPC, será considerado que a parte não tem interesse recur-
sal quando houver concordado expressa ou tacitamente com a decisão:
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível 
com a vontade de recorrer.
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EXEMPLO
Se o reclamado, vencido na ação, paga o valor da condenação, não pode se arrepender do 
pagamento e resolver recorrer. Ao pagar, ele aceitou tacitamente a decisão.
No prazo para recurso a parte pode expressamente renunciar ao direito de recorrer, confor-
me previsto no art. 999 do CPC:
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
3.2. PRessuPosTos RecuRsais exTRínsecos
São fatores externos à decisão recorrida. São eles: preparo, depósito recursal, regularidade 
formal, assinatura e tempestividade.
a) Preparo: é o pagamento das custas para que o recurso seja conhecido. O valor das cus-
tas é fixado na sentença.
Quando não há o pagamento, diz-se que o recurso é deserto. A parte que for beneficiária da 
justiça gratuita não precisa fazer esse recolhimento para recorrer.
Obs.: � Não se esqueça de que tivemos uma aula sobre custas, onde vimos quem deve pagar, 
sucumbência recíproca, etc.
Em relação às custas, importante conhecer a Súmula 25 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
CUSTAS PROCESSUAIS. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. (alterada a Súmula e 
incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s 104 e 186 da SBDI-1) – Res. 197/2015 
– DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
I – A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, inde-
pendentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais 
ficara isenta a parte então vencida;
II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou 
atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um 
novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembol-
sar a quantia; (ex-OJ n. 186 da SBDI-I)
III – Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não 
houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte 
para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ n. 104 da SBDI-I)
IV – O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese 
em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, 
parágrafo único, da CLT.
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b) Depósito recursal: pode-se até dizer que o depósito recursal está dentro do preparo, mas 
é melhor analisá-lo separadamente, dadas das suas peculiaridades.
O depósito recursal é um valor (alto! Como veremos) que precisa ser depositado para que o 
recurso seja conhecido sempre que tiver havido condenação em pecúnia (obrigação de pegar) 
e o condenado queira recorrer.
Estabelece o art. 899 da CLT:
Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, 
salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vezes o salário-mínimo regional, nos dissídios indivi-
duais, só será admitido o recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva 
importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da 
importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz.
§ 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o depósito corresponderá ao que for arbi-
trado, para efeito de custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vezes o salário-
-mínimo da região.
§ 4º O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices 
da poupança.
§ 5º (Revogado).
§ 6º – Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas, exceder o limite de 10 (dez) 
vezes o salário-mínimo da região, o depósito para fins de recursos será limitado a este valor.
§ 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% 
(cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
§ 8º Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se 
insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, 
consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade 
de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo.
§ 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empre-
gadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 10 São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas 
e as empresas em recuperação judicial.
§ 11 O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial. 
O depósito recursal deve ser feito em conta vinculada ao juízo, conforme disposto no § 4º.
A função do depósito recursal é garantir a futura execução (é uma garantia de que, quando 
a decisão transitar em julgado, já tem uma parte do dinheiro ali para pagar o vencedor). Sem o 
depósito recursal, o recuso será considerado deserto.
Assim que transitar em julgado a decisão condenando o reclamado, o juiz deve liberar o 
valor do depósito recursal ao reclamante (§ 1º). Agora, se a condenação for revertida, o valor 
volta para o reclamado.
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O depósito recursal é exigido sempre que houver condenação do empregador. Se o empre-
gado for condenado, por exemplo, em reconvenção, não precisará fazer o depósito recursal 
para poder recorrer. Isso decorre do princípio da proteção ao trabalhador hipossuficiente.
Se não houver condenação em obrigação de pagar (se for, por exemplo, obrigação de fazer 
ou não fazer), não haverá necessidade do depósito. Nesse sentido, a Súmula 161 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO. CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA (mantida) – Res. 121/2003, DJ 
19, 20 e 21.11.2003
Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os 
§§ 1º e 2º do art. 899 da CLT
Deverá ser feito o depósito recursal para a interposição dos seguintesrecursos: recurso 
ordinário, recurso de revista, agravo de instrumento e recurso extraordinário.
O PULO DO GATO
Se já houve penhora (e aí estamos falando da fase de execução), o juízo já está garantido e 
não haverá necessidade de depósito recursal para interposição de recurso. Nesse sentido, a 
Súmula 128 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s 139, 189 e 
190 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I – É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada 
novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum 
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula n. 128 – alterada pela Res. 
121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ n. 139 da SBDI-1 – inserida em 27.11.1998)
II – Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qual-
quer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do 
valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ n. 189 da SBDI-1 
– inserida em 08.11.2000)
III – Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efe-
tuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não 
pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ n. 190 da SBDI-1 – inserida em 08.11.2000)
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Se dois ou mais reclamados são condenados solidariamente e um deles faz o depósito 
recursal, todos podem recorrer. No entanto, se quem fez o depósito está pleiteando a sua ex-
clusão da lide, os outros que queiram recorrer deverão fazer o depósito também. Isso porque, 
se der certo e o recorrente conseguir sair da lide, ele leva o seu depósito e a execução fica sem 
garantia. Isso está no item III da Súmula 128, citada acima.
Cada vez que a parte for interpor um recurso, deve fazer um novo depósito, até que se 
atinja o valor da condenação (assim que for atingido o valor da condenação, nenhum depósito 
mais é exigido para interposição de recurso).
Para interpor agravo de instrumento, há uma regra específica: como veremos, o agravo de 
instrumento serve para destrancar outro recurso ao qual tenha sido negado seguimento. E para 
se interpor o agravo de instrumento, deve ser feito depósito recursal de 50% do valor exigido 
como depósito recursal para interposição do recurso que se pretende destrancar.
O prazo para comprovação do depósito recursal é o prazo que a lei prevê para a interposi-
ção do recurso. Dispõe a Súmula 245 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposi-
ção antecipada deste não prejudica a dilação legal.
Mais algumas súmulas e OJ de extrema importância para concursos em relação ao tema 
depósito recursal:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 99 do TST:
AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO (incorporada a Orientação Jurisprudencial n. 
117 da SBDI-2) – Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando 
for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetu-
ado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção.
----------
OJ 140 da SDI-1:
DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. 
DESERÇÃO. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT 
divulgado em 20, 24 e 25.04.2017
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, 
somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 
2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido.
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Súmula 86 do TST:
DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL (incorporada 
a Orientação Jurisprudencial n. 31 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de 
depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em 
liquidação extrajudicial.
De acordo com a Súmula 86, a massa falida está dispensada do depósito recursal, mas 
a empresa em liquidação extrajudicial, não. E a empresa em recuperação judicial? Isso já foi 
muito discutido, mas a reforma trabalhista acabou com a polêmica, ao acrescentar o § 10 ao 
art. 899 da CLT, dispondo que: “São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça 
gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial”.
Quem também está dispensado do preparo são os entes de direito público externo e a Fa-
zenda Pública.
O mesmo § 10, citado acima, acabou com uma outra polêmica: antes da reforma se dis-
cutia se o beneficiário da justiça gratuita estava dispensado ou não do preparo. Havia forte 
corrente no sentido de que se o depósito é uma garantia da execução e o beneficiário da justiça 
gratuita terá, de algum modo, de pagar a 
execução, não estaria dispensado do preparo. Contudo, o entendimento que prevaleceu 
com a reforma é o de que o beneficiário da justiça gratuita está mal das pernas e não pode ser 
exigido depósito recursal para que possa interpor recurso.
Como se vê, o § 10 veio para apaziguar as emoções e acalmar os corações 
De acordo com o § 9º, o valor do depósito será reduzido à metade quando a parte que pre-
tenda recorrer for entidade sem fins lucrativos, empregador doméstico, microempreendedor 
individual, microempresas e empresas de pequena porte.
O PULO DO GATO
O STF decidiu que para a interposição de recurso extraordinário (o recurso extraordinário é 
dirigido ao STF, como veremos ao estudarmos cada um dos recursos) não é necessário o de-
pósito recursal. Portanto, é só na esfera trabalhista que há tal exigência.
c) Regularidade formal: Como vimos há pouco, o art. 899 da CLT dispõe que “Os recursos 
serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções 
previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora”.
Vimos há pouco que embora o artigo fale em simples petição, o entendimento majoritário 
é de que o recurso deve apresentar as razões recursais (apontamento de todos os tópicos da 
decisão que se pretende reformar e demonstração dos motivos). Essa necessidade de funda-
mentação é chamada princípio da dialeticidade ou da discursividade.
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d) Assinatura: o recurso precisa estar assinado para que seja conhecido. Mas a falta de 
assinatura é um vício sanável. Estabelece a OJ 120 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO. ASSINATURA DA PETIÇÃO OU DAS RAZÕES RECURSAIS. ART.932, PARÁ-
GRAFO ÚNICO, DO CPC DE 2015. (alterada em decorrência do CPC de 2015) Res. 
212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e 22.09.2016
I – Verificada a total ausência de assinatura no recurso, o juiz ou o relator concederá 
prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o 
recurso será reputado inadmissível (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015).
II – É válido o recurso assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões 
recursais.
Com o processo eletrônico, a matéria acaba perdendo a relevância, uma vez que a assina-
tura digital é necessariamente aposta para interposição do recurso.
e) Tempestividade: o recurso deve ser previsto dentro do prazo que a lei estabelece.
A regra geral dos recursos trabalhistas é que o prazo para interposição é de 8 dias. Mas 
existem exceções, como, por exemplo, os embargos de declaração (5 dias – art. 897-A da CLT) 
e o recurso extraordinário (15 dias).
De acordo com o art. 775 da CLT: Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em 
dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
Agora vamos falar dos recursos interpostos antes do prazo começar. Você acha que de-
vem ser considerados tempestivos ou intempestivos? Para mim, sempre foi óbvio que se parte 
se adianta e, antes do prazo começar a correr, já recorre, o recurso é super tempestivo. No en-
tanto, o TST tinha súmula dizendo que era intempestivo/extemporâneo. Mas, para alegria geral 
dos adiantados e ansiosos, essa Súmula foi cancelada e passou-se a seguir o entendimento 
do STF, no sentido de que o recurso interposto antes do início do prazo (antes da publicação 
da decisão) é tempestivo.
Já que estamos falando da tempestividade dos recursos, há uma importante análise a ser 
feita: o TST entende que se o recurso não for conhecido por falta de pressuposto processual, a 
decisão é ex nunc, ou seja, não retroage. Isso quer dizer que a só a partir da publicação da de-
cisão que não conheceu o recurso é que poderá ocorrer o trânsito em julgado da decisão (isso 
é importante para o ajuizamento de ação rescisória. Lembrando que o prazo para ajuizamento 
de ação rescisória é de 2 anos a contar da data do trânsito em julgado da decisão de mérito).
Agora, se o recurso não for conhecido por intempestividade ou não cabimento, a decisão 
que não conhece o recurso produz efeitos ex tunc, ou seja, a decisão retroage. Retroage a 
quando? À data do término do prazo recursal da decisão recorrida (ou seja, chegou no último 
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dia do prazo recursal, no dia seguinte considera-se que houve o trânsito em julgado). Isso por-
que a parte comeu mosca mesmo, entrou com recurso fora do prazo ou com recurso errado, 
então a decisão já transita em julgado assim que acaba o prazo do recurso (do recurso corre-
to!). Mas há uma exceção  se a dúvida quanto à tempestividade ou cabimento for razoável, 
a decisão passa a produzir efeitos ex nunc e o trânsito em julgado ocorrerá apenas com a pu-
blicação da decisão que não conheceu o recurso (afinal, a parte não comeu mosca, a questão 
era complicada mesmo!).
DICA!
ex nunc = não retroage
ex tunc = retroage
Conforme dispõe a Súmula 100 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s 
13, 16, 79, 102, 104, 122 e 145 da SBDI-2) – Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
I – O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subse-
quente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou 
não. (ex-Súmula n. 100 – alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)
II – Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se em momen-
tos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do 
trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial 
que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a decadência a 
partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial. (ex-Súmula n. 100 – 
alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)
III – Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo ou a interpo-
sição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo decadencial. (ex-Súmula n. 
100 – alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)
IV – O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em julgado juntada com 
a ação rescisória, podendo formar sua convicção através de outros elementos dos autos 
quanto à antecipação ou postergação do “dies a quo” do prazo decadencial. (ex-OJ n. 102 
da SBDI-2 – DJ 29.04.2003)
V – O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do 
art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua 
homologação judicial. (ex-OJ n. 104 da SBDI-2 – DJ 29.04.2003)
VI – Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória somente 
começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal, a partir 
do momento em que tem ciência da fraude. (ex-OJ n. 122 da SBDI-2 – DJ 11.08.2003)
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VII – Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do TST que, após 
afastar a decadência em sede de recurso ordinário, aprecia desde logo a lide, se a causa 
versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
(ex-OJ n. 79 da SBDI-2 – inserida em 13.03.2002)
VIII – A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, sem ter sido 
aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, 
assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. (ex-OJ n. 16 
da SBDI-2 – inserida em 20.09.2000)
IX – Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subsequente, o prazo decadencial 
para ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de 
semana ou em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. 
(ex-OJ n. 13 da SBDI-2 – inserida em 20.09.2000)
X – Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do prazo legal pre-
visto para a interposição do recurso extraordinário, apenas quando esgotadas todas as 
vias recursais ordinárias. (ex-OJ n. 145 da SBDI-2 – DJ 10.11.2004)
4. eFeiTos dos RecuRsos
Os efeitos dos recursos trabalhistas não diferem dos efeitos dos recursos do processo 
civil. Caso você já tenha estudado a matéria no processo civil, aproveite seus conhecimentos 
para fazer uma boa revisão aqui. Mas, se você ainda não conhece os efeitos dos recursos, va-
mos estudá-los de uma forma bem objetiva.
a) Efeito devolutivo: significa devolver o problema ao Poder Judiciário para uma nova análise.
Todos os recursos têm efeito devolutivo, pois sempre que se recorre, se devolve a análise 
da matéria ao Poder Judiciário (normalmente ao órgão superior àquele que proferiu a decisão; 
mas, excepcionalmente, o recurso pode ser de competência do próprio prolator da decisão, 
como ocorre nos embargos de declaração).
O efeito devolutivo está ligado às razões do recorrente. Somenteé devolvido para nova 
análise aquilo que foi objeto de inconformismo, ou seja, as partes da decisão que o recorrente 
impugnou. Para ficar mais bonito, vamos utilizar o termo latim que descreve isso: tantum devo-
lutum quantum appelatum. Isso quer dizer que é devolvido aquilo que foi apelado.
O art. 1.013 do CPC, §§ 1º e 2º, trata do efeito devolutivo, deixando claro que o julgador 
pode analisar todas as fundamentações que foram suscitadas na inicial e na defesa, mas que 
não tenham sido analisadas na sentença para decidir aquela determinada matéria. Isso é o 
chamado efeito devolutivo em profundidade. Também todas as provas poderão ser analisadas.
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e 
discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo 
impugnado.
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§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a 
apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
Nesse sentido, a Súmula 393 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. art. 1.013, § 1º, do 
cpc de 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC de 1973. (nova redação em decorrência do CPC de 
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 
1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não 
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
II – Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá 
decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, 
inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.
Reforçando: O efeito devolutivo em profundidade permite que o Tribunal aprecie os funda-
mentos da inicial ou da defesa, ainda que não examinados pela sentença.
O efeito devolutivo pode ser examinado tanto em relação à sua extensão (as matérias/tó-
picos que são trazidos no recurso. Apenas os tópicos trazidos é que podem ser examinados) 
quanto à sua profundidade (o desdobramento do assunto. Se o tópico foi levantado no recurso, 
o julgador pode analisar todos os fundamentos, ainda que analisados anteriormente).
b) efeito translativo: significa que quando há um recurso, além das matérias recorridas, o 
Tribunal pode conhecer de ofício as matérias de ordem pública, mesmo que não alegadas no 
recurso ou nas contrarrazões. (É uma exceção ao tantum devolutum quantum appelatum).
c) efeito regressivo: é a possibilidade de o órgão que prolatou a decisão se retratar; corrigir 
a sua decisão.
Todos os recursos têm este efeito? Não, o efeito regressivo não é regra, mas sim exceção. 
A regra é que ao prolatar a decisão, o julgador encerra o seu ofício.
Haverá este efeito, por exemplo, nos embargos de declaração, uma vez que são julgados 
pelo próprio prolator da decisão.
Também há essa previsão no art. 331 do CPC:
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) 
dias, retratar-se.
d) efeito substitutivo: a nova decisão substituiu a decisão anterior em relação às matérias 
recorridas. Mesmo que o acórdão do TRT tenha mantido integralmente a sentença de primeiro 
grau, o acórdão substituiu a sentença.
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Isso está no art. 1.008 do CPC:
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido 
objeto de recurso.
e) efeito suspensivo: o efeito suspensivo faz com que a decisão fique suspensa (não seja 
cumprida) enquanto o recurso está aguardando julgamento.
A regra, no processo do trabalho, é que os recursos não têm efeito suspensivo, portanto, a 
decisão deve ser cumprida mesmo antes do julgamento do recurso.
Quando a execução provisória da sentença puder causar danos irreparáveis ao reclamado, 
é possível requerer ao relator, ao Presidente, ou Vice-Presidente do Tribunal, que conceda o 
efeito suspensivo. Isso está no art. 1.029, § 5º, do CPC:
Art. 1.029, § 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso 
especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de ad-
missão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para 
julgá-lo;
II – ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido en-
tre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como 
no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.
Essa possibilidade também foi consagrada na Súmula 414 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SEN-
TENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT divul-
gado em 20, 24 e 25.04.2017
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do man-
dado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obten-
ção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, 
ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação sub-
sidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, 
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado 
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
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5. Qual lei aPlicaR aos RecuRsos?
Vamos supor que o processo esteja correndo e aí, depois da sentença, entre em vigor uma 
nova lei processual sobre recursos. Qual lei aplicar? A que estava vigendo quando o processo 
começou ou a nova lei?
A resposta está nos artigos 912 e 915 da CLT:
Art. 912. Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas 
não consumadas, antes da vigência desta Consolidação.
Art. 915. Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados ou 
cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta Consolidação.
Portanto, a regra geral é:a lei aplicável é aquela vigente à época da interposição do recurso.
Assim que a decisão é proferida, a parte já precisa pensar “qual o recurso que eu vou in-
terpor?”. E o recurso a ser interposto é aquele previsto em lei vigente no momento em que a 
decisão foi proferida.
EXEMPLO
A decisão é proferida em 20/2/2019. Em 23/2/2019 passa a viger uma lei que diz que daquela 
decisão não cabe mais o recurso X, mas o recurso Y. Como a lei entrou em vigor depois que a 
decisão foi proferida (e depois que o prazo recursal já estava em curso), não vale a lei nova, mas 
sim o que era previsto quando a decisão foi proferida (no exemplo, será cabível o recurso X).
A lei só será imediatamente aplicada, mesmo com o prazo em curso, se ela for mais bené-
fica (por exemplo, quando amplia o prazo recursal).
6. análise dos PRessuPosTos RecuRsais e conTRaRRazões
A parte que quer recorrer apresenta seu recurso à autoridade que proferiu a decisão (juízo 
a quo), que irá analisar se estão presentes os pressupostos recursais. Se estiver tudo certo, a 
parte contrária (recorrido) será intimada para apresentar as contrarrazões ao recurso. De acor-
do com o art. 900 da CLT:
Art. 900. Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, em prazo 
igual ao que tiver tido o recorrente.
O recurso e as contrarrazões serão enviadas à autoridade superior (juízo ad quem), que fará 
nova análise dos pressupostos e julgará o mérito.
No TRT, o relator, antes de decidir que o recurso é inadmissível, deve conceder o prazo de 5 
dias ao recorrente para sanar o vício. Isso está previsto no art. 932 do CPC:
Art. 932. Incumbe ao relator:
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cin-
co) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
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Sobre a matéria, dispõe a Súmula 435 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO MONOCRÁTICA. RELATOR. art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. 
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do 
CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
Aplica-se subsidiariamente ao processo do trabalho o art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 
do CPC de 1973).
O relator, monocraticamente, também pode negar seguimento a recurso manifestamente 
inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência 
do respectivo tribunal, do STF, do TST e súmula do TST. Por outro lado, o relator pode dar pro-
vimento a recurso se a decisão estiver em confronto com súmula ou jurisprudência dominante 
do STF, STJ ou TST.
Da decisão do relator cabe agravo (chamado agravo interno ou regimental) no prazo de 8 
dias para a turma que teria competência para julgar o mérito do recurso não conhecido. Após 
o recebimento do agravo, o relator pode se retratar.
De acordo com a Súmula 421 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
EMBARGOS de DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR 
CALCADA NO art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. (atualizada em decor-
rência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 
932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo 
integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado.
II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator 
converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade 
e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intima-
ção do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de 
modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015.
Quanto às contrarrazões, é importante mencionar que não podem conter pedido de refor-
ma da decisão ou discutir matéria não impugnada no recurso, uma vez que se trata apenas de 
resposta ao recurso e não de um novo recurso. O máximo que o recorrido pode fazer em con-
trarrazões é levantar questões que possam ser conhecidas de ofício, bem como a prescrição e 
todas as matérias de defesa (ainda que não tenham sido analisadas na sentença).
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Há mais uma coisa importante sobre as contrarrazões que precisa ser dita: elas servem, 
também, para que o recorrido impugne uma decisão interlocutória que, até então, ele tinha “en-
golido”. Vamos à explicação  Como já vimos, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de 
imediato. O momento de recorrer é no recurso da decisão de mérito. Se, quando sai a decisão 
de mérito, uma parte recorre e a outra não; a parte que não recorreu pode aproveitar as contrar-
razões para manifestar seu inconformismo com aquela decisão interlocutória lá de trás, que 
até então não poderia ter sido questionada.
Dispõe o art. 1.009, § 1º, CPC:
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar 
agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de 
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
7. PRazo PaRa inTeRPosição de RecuRso
Como já falamos no início da aula, em regra, o prazo recursal no processo do trabalho é 
de 8 dias.
Os prazos são contados em dias úteis, com exclusão do dia de início e inclusão do dia de 
vencimento.
Dispõe o art. 775 da CLT:
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia 
do começo e inclusão do dia do vencimento.
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóte-
ses:
I – quando o juízo entender necessário;
II – em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Se houver feriado local no interregno do prazo recursal, é incumbência do recorrente com-
provar a existência desse feriado. Se for feriado nacional, presume-se que o juiz deva conhecer; 
mas feriado local, não. Isso está na Súmula 385 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL. PROR-
ROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. (alterada em decorrência do CPC de 2015) 
– Res. 220/2017, DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de 
feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de 
2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no 
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momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafoúnico, do CPC de 2015), sob pena 
de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal;
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de 
admissibilidade certificar o expediente nos autos;
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova 
documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental, 
ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a con-
cessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense.
E a partir de quando começa a contar o prazo? Se a intimação for por meio de publicação 
no Diário de Justiça Eletrônico, a regra é a seguinte: o prazo começa a contar no dia útil seguin-
te à publicação. Agora vem o detalhe: a data da publicação é o primeiro dia útil seguinte à data 
de disponibilização. Isso está no art. 4º da Lei n. 11.419/2006:
§ 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da 
publicação.
8. RecuRsos cabíveis no PRocesso do TRabalho
Antes de começarmos a falar dos recursos cabíveis no processo do trabalho, vamos falar 
da remessa necessária ou recurso de ofício. É provável que você já tenha estudado isso em 
outras matérias, e não haverá muita diferença aqui.
8.1. Remessa necessáRia ou Reexame necessáRio ou RecuRso de oFício
Sempre (na verdade, quase sempre. Vamos ver as exceções depois) que a parte condena-
da no processo for a Fazenda Pública, será necessária a remessa obrigatória do processo ao 
segundo grau, mesmo que nenhuma das partes recorra. É o chamado duplo grau de jurisdição 
obrigatório.
RELEMBRANDO: Fazenda Pública abrange União, Estados, Distrito Federal, Municípios, au-
tarquias e fundações de direito público que não explorem atividade econômica. (Eu sei que já 
falei isso um monte de vezes, mas a repetição é a chave da memorização).
A remessa necessária é classificada pela doutrina como uma “condição de eficácia da 
sentença”. Isso porque a sentença só produzirá os seus efeitos depois que for confirmada pela 
instância superior (no nosso caso aqui, pelo TRT). Portanto, não é um recurso, mas sim uma 
medida necessária para que a sentença produza efeitos e possa transitar em julgado.
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A remessa necessária está prevista no art. 496 do CPC:
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada 
pelo tribunal, a sentença:
I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público;
II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a 
remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na 
causa for de valor certo e líquido inferior a:
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito 
público;
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias 
e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III – 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fun-
dações de direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I – súmula de tribunal superior;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julga-
mento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência;
IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do pró-
prio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Em relação ao tema, o que é mais cobrado em provas é a Súmula 303 do TST. Então, 
vamos a ela:
JURISPRUDÊNCIA
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 
2015) – Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da 
Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a con-
denação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para 
a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) 
salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fun-
dações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 
(cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fun-
dações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula 
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo 
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Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recur-
sos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assun-
ção de competência; d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no 
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou 
súmula administrativa.
III – Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita 
ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas 
hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ n. 71 da SBDI-1 – inserida em 03.06.1996)
IV – Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação pro-
cessual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela conces-
são da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante 
e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria admi-
nistrativa. (ex-OJs n.s 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 
03.06.1996).
Em sede de precatório NÃO é cabível reexame de ofício. Isso está na OJ 8 do Pleno do TST:
JURISPRUDÊNCIA
PRECATÓRIO. MATÉRIA ADMINISTRATIVA. REMESSA NECESSÁRIA. NÃO CABIMENTO 
(DJ 25.04.2007)
Em sede de precatório, por se tratar de decisão de natureza administrativa, não se aplica 
o disposto no art. 1º, V, do Decreto-Lei n. 779, de 21.08.1969, em que se determina a 
remessa necessária em caso de decisão judicial desfavorável a ente público.
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